Boletim Setcepar
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NA MÍDIA<br />
O <strong>Setcepar</strong> está presente nos meios de comunicação. Na coluna “<strong>Setcepar</strong> na Mídia”,<br />
você confere as principais matérias veiculadas na grande imprensa.<br />
Por Magaléa Mazziotti, reportagem local<br />
Marcos Zanutto/27-07-2017<br />
Paraná passou a responder por 11% da carga transportada em todo o País<br />
Receita do transporte rodoviário do PR é a segunda maior do país<br />
Em cinco anos (2010-2015), o faturamento do setor cresceu 137%, contra 68% da média nacional<br />
A receita bruta gerada pelas empresas<br />
de transporte rodoviário do Paraná<br />
cresceu 137% de 2010 a 2015 - de R$<br />
11,4 bilhões para R$ 27,1 bilhões -<br />
colocando o Estado na vice-liderança<br />
nacional deste serviço. É o que revela a<br />
Pesquisa Anual de Serviços do IBGE<br />
(Instituto Brasileiro de Geografia e<br />
Estatística). Anteriormente, o Paraná<br />
ocupava a quinta posição no ranking do<br />
transporte. Era responsável por 7,9%<br />
das cargas. Passou a responder por<br />
11,1% delas.<br />
A pesquisa ainda não traz dados de<br />
2016 e 2017, mas acredita-se que o<br />
Paraná tenha mantido a posição de<br />
2015. "Creio que o Paraná não mudará<br />
(de lugar na lista) porque o desempenho<br />
amargado pelo País durante a crise foi<br />
pior que o nosso. O transporte é extremamente<br />
sensível ao ritmo da atividade<br />
econômica", pondera o presidente do<br />
<strong>Setcepar</strong> (Sindicato das Empresas de<br />
Transporte de Cargas do Paraná),<br />
Marcos Battistella.<br />
Ele ressalta que o Estado não é "uma<br />
ilha" e que as empresas e os profissionais<br />
autônomos foram afetados com a<br />
crise. O ano de 2016, não analisado<br />
pelo IBGE, foi o pior para o setor. "Ficamos<br />
com caminhões parados por queda<br />
na construção civil, na produção industrial<br />
e a consequente redução de produtos<br />
para transportar, concentrando a<br />
movimentação para as safras e o<br />
agronegócio como é de costume",<br />
ressalta.<br />
Enquanto o setor cresceu 137% no<br />
Paraná, naquele período, na média<br />
nacional o crescimento foi de 68%. Em<br />
termos nominais, o transporte rodoviário<br />
gerou R$ 243,8 bilhões em todo o<br />
Brasil. O Paraná respondeu por R$ 27,1<br />
bilhões deste total. Já a receita bruta no<br />
Estado líder do ranking, São Paulo, foi<br />
de R$ 73,6 bilhões em 2015 - 30,2% do<br />
total."Ultrapassamos estados como Rio<br />
Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas<br />
Gerais", aponta.<br />
Ainda que a força do agronegócio<br />
responda por grande parte das cargas<br />
transportadas, o diretor-presidente do<br />
Ipardes (Instituto Paranaense de<br />
Desenvolvimento Econômico e Social),<br />
Julio Suzuki Júnior afirma que o programa<br />
de desenvolvimento industrial<br />
Paraná Competitivo teria contribuído<br />
para a performance do transporte no<br />
Paraná.<br />
Para o economista, professor da FAE<br />
Centro Universitário, e ex-presidente do<br />
Ipardes, Gilmar Lourenço, o "esforço<br />
fiscal" feito pelo Estado foi outro motivador<br />
do crescimento da receita do transporte.<br />
"Observando o retrato de 2010 e<br />
2015, podemos ver que o recorte não<br />
pega toda a crise, mas é fato de que o<br />
Paraná, graças ao esforço do ajuste<br />
fiscal de toda a nossa sociedade,<br />
inclusive com aumento de impostos,<br />
garantiu um rumo diferente (do restante<br />
do País)", afirma.<br />
Ele ressalta que o levantamento<br />
revela a dependência do setor produtivo<br />
do modal rodoviário. "O uso excessivo<br />
do transporte rodoviário evidencia o<br />
grau de nossa dependência em um<br />
modal limitado, mas estratégico para os<br />
nossos objetivos de escoamento e que<br />
tem se dado em estradas bem conservadas",<br />
aponta.<br />
Neste aspecto, ele é contestado pelo<br />
o presidente do <strong>Setcepar</strong>. "Quase nada<br />
mudou em termos de infraestrutura,<br />
mesmo na época que antecedeu a<br />
crise. Várias duplicações ficaram no<br />
papel e trechos estratégicos, como<br />
Curitiba- Londrina, seguem dependendo<br />
dos mesmos caminhos, porém, com<br />
uma demanda muito maior. Dos 400<br />
quilômetros que separam a capital de<br />
Londrina, 250 quilômetros seguem em<br />
pista simples", argumenta Battistella.<br />
6 | BOLETIM SETCEPAR<br />
Folha de Londrina | 03/10/2017