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PF Revista

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2


3


4<br />

Historia do Motor AP<br />

5<br />

14<br />

Primeiro Carro motorizado<br />

Lamborghini<br />

18<br />

22<br />

Ferrari


3<br />

5<br />

História do motor AP<br />

Como pode um motor projetado<br />

há mais de 40 anos,<br />

pequeno, barato, simples,<br />

sobreviver e mostrar ótimos<br />

resultados em todas as aplicações?<br />

Simples: Basta se<br />

chamar AP!<br />

Origem<br />

A Volkswagen, outrora KDF,<br />

era conhecida mundialmente<br />

graças aos seus motores<br />

robustos, de refrigeração a<br />

ar. Mas seus motores pequenos<br />

e barulhentos não eram<br />

exclusividade, já que todas<br />

as empresas europeias fabricavam<br />

motores similares,<br />

muitos até mais interessantes,<br />

como o DKW 3c ou o Renault<br />

2cv. Somado a isso, a<br />

VW também não era conhecida<br />

somente pelos seus motores<br />

a ar, mas também pela<br />

sua identificação com o nazismo.<br />

Nesse cenário, os dirigentes<br />

da fábrica optaram<br />

como estratégia, abocanhar<br />

outras empresas, como a Audi,<br />

DKW e NSU, tanto para fechar o<br />

mercado, como para buscar novos<br />

projetos. Nessas compras, surgiu o<br />

primeiro carro da Volkswagen refrigerado<br />

a água.<br />

Quem falou Golf ou Passat? Então…errado!<br />

Quem saiu na frente<br />

foi o K70, em 1969.<br />

Com o motor produzido pela NSU,<br />

famosa por usar motor rotativos<br />

em seus carros, o K70 deu origem<br />

a revolução tecnológica que levaria<br />

a fábrica a modernidade, pois<br />

além do novo motor, o K70 tinha<br />

tração dianteira, que já era sucesso<br />

e preferência na Europa. Seu motor<br />

de quatro cilindros em linha,


6<br />

em posição longitudinal,<br />

tinha 1.605<br />

cm³ de cilindrada.<br />

A potência era de<br />

70 cavalos a 5.200<br />

rpm. O torque era<br />

de 12.5 mkgf a 3.500<br />

rpm e sua taxa de<br />

compressão era de<br />

8:1. Era alimentado<br />

por um carburador<br />

de corpo duplo. As<br />

válvulas de aço inox<br />

e o comando eram<br />

no cabeçote, feito<br />

de alumínio, assim<br />

como o bloco. Outra<br />

versão tinha 1.807<br />

cm³ que proporcionava<br />

100 cavalos a<br />

5.300 rpm. A taxa de<br />

compressão era de<br />

9,5:1 e o torque máximo<br />

de 13,7 mkgf.<br />

Sua velocidade final<br />

era de 165 km/h e<br />

fazia de 0 a 100 em<br />

13,5 segundos.<br />

Porém, os custos<br />

para produzir esse<br />

carro, ou para manter<br />

esse motor em<br />

outro projeto eram<br />

altos demais. A<br />

Volkswagen sempre<br />

primou por produtos<br />

de custo mais<br />

baixo, mesmo que<br />

fosse necessário<br />

sacrificar o avanço<br />

tecnológico. Sendo<br />

assim, o carro foi<br />

descontinuado em<br />

1975.<br />

Mas, antes disso surgia<br />

no mercado um<br />

conhecido nosso: O<br />

Audi 80. Com um<br />

projeto engavetado<br />

há anos, o motor<br />

Audi 827 foi concebido<br />

pela equipe de<br />

Ludwig Kraus, um<br />

antigo engenheiro<br />

de competições<br />

da Mercedes-Benz.<br />

Kurt Lotz, o então<br />

diretor geral do<br />

grupo Volkswagen,<br />

solicita o projeto de<br />

um novo motor com<br />

comando de válvulas<br />

no cabeçote, de<br />

construção simples,<br />

porém robusta, baseado<br />

no conceito<br />

do Mitteldruckmotor<br />

(motor de taxa<br />

de compressão intermediária<br />

entre o<br />

ciclo Otto e o ciclo<br />

Diesel).<br />

Rebatizado de MD-<br />

270 ( Mitteldruckmotor:<br />

motor de<br />

taxa de compressão<br />

intermediária entre<br />

o ciclo Otto e o ciclo


7<br />

Diesel), foi lançado<br />

em maio de 1972.<br />

Esse motor refrigerado<br />

a água foi um<br />

grande impacto.<br />

Contrariou inclusive<br />

um slogan da<br />

VW na época, que<br />

denegria os motores<br />

com refrigeração à<br />

água: ar não ferve,<br />

em referência aos<br />

seus clássicos Boxer<br />

refrigerados a ar.<br />

Com versões de 1.3,<br />

de 54cv e 1.5 litros,<br />

com potência variável<br />

entre 75 e 85cv, o<br />

Audi 80 iniciou um<br />

processo de enorme<br />

sucesso aos amantes<br />

de motores pequenos.<br />

E logo depois, a<br />

Volkswagen lança o<br />

Passat, com a mesma<br />

motorização, porém<br />

com taxa menor<br />

de compressão.<br />

Em 1984 a Volkswagen<br />

do Brasil realizou<br />

um novo<br />

aprimoramento dos<br />

motores, que foram<br />

montados com<br />

as bielas fora das<br />

especificações dos<br />

motores alemães<br />

tinha bielas muito<br />

curtas, de 136mm, o<br />

que ocasionava um<br />

motor que vibrava<br />

muito. Cria-se então,<br />

a versão de 1,8<br />

litro, com bielas de<br />

144mm. Passou a<br />

ser chamado de AP<br />

(Alta Performance).<br />

Em 1995 chegavam<br />

ao Brasil motores<br />

com diâmetros de<br />

blocos de 259mm<br />

e bielas de 159mm:<br />

os famosos EA 837<br />

Crosflown, que equipavam<br />

o Golf GLX e<br />

GTI<br />

Tá…chega de história!<br />

Como não poderia<br />

ser diferente, esse<br />

motor foi e é utilizado<br />

de todas as<br />

maneiras, em todos<br />

os carros possíveis.<br />

Desde o Porsche<br />

914, até Saveiro ou<br />

Kombi diesel. Equipou<br />

no Brasil os<br />

carros Ford, como o<br />

esportivo XR3. E foi<br />

preparado exaustivamente,<br />

por muitas<br />

pessoas, em vários<br />

cantos do mundo.<br />

Muitos carros de arrancada<br />

trocam seus<br />

motores originais<br />

por motores AP’s:<br />

Chevettes, Brasílias,<br />

Fuscas, Dodges Polaras,<br />

Gordinis…E<br />

aí, você pode até não<br />

gostar do motor AP,<br />

mas tem que respeitar:<br />

AP Rules!


8<br />

Um dos preparadores<br />

mais tradicionais,<br />

Josué Soldera,<br />

fala um pouco<br />

sobre as grandes<br />

diferenças dos motores<br />

que trabalha:<br />

” É um pouco difícil<br />

estipular diferenças<br />

do motor AP para<br />

os importados, na<br />

minha opinião o<br />

grande diferencial<br />

da maioria dos motores<br />

importados<br />

que preparo, é que<br />

são motores derivados<br />

de veículos realmente<br />

esportivos,<br />

muitas vezes já era<br />

previsto pelo fabricante<br />

o aumento de<br />

desempenho após<br />

sua venda, como o<br />

caso de muitos motores<br />

japoneses, que<br />

devido a uma lei,<br />

não podem sair de<br />

fábrica com mais de<br />

300cv. Isso se traduz<br />

em um motor com<br />

uma estrutura melhor<br />

em termos de<br />

bloco, mancais do<br />

virabrequim, cabeçote<br />

e sua fixação/<br />

vedação ao bloco, lubrificação.<br />

Uma das<br />

principais características<br />

é a capacidade<br />

de absorver toda<br />

a potência extra<br />

após a preparação<br />

e dissipar de forma<br />

correta todo o calor<br />

excedente.”, explica o<br />

preparador. Agora,<br />

o nosso bom e velho<br />

AP é surpreendente<br />

em todos os aspectos.<br />

A começar por<br />

ser praticamente o<br />

oposto do que descrevi<br />

sobre os motores<br />

importados, pois<br />

o motor AP, apesar<br />

da sigla, nunca<br />

teve realmente um<br />

projeto com apelo<br />

esportivo. Mas sua<br />

simplicidade, somada<br />

a extrema capacidade<br />

e criatividade<br />

dos preparadores<br />

brasileiros, colocou<br />

o esse motor num<br />

patamar que hoje<br />

nos da reconhecimento<br />

internacional.<br />

Posso afirmar<br />

que hoje temos técnicas,<br />

profissionais<br />

capacitados, peças e<br />

equipamentos para<br />

qualquer aplicação<br />

neste motor, transformando-o<br />

em um<br />

motor realmente de<br />

Alta Performance.<br />

Essa é a principais<br />

vantagens, tanto<br />

para pilotos como<br />

preparadores”, atesta<br />

Josué.<br />

Sim, o Brasil é muito<br />

importante para<br />

o AP. Prova disso


9<br />

são componentes<br />

importados desenvolvidos<br />

exclusivamente<br />

para os<br />

preparadores brasileiros.<br />

Marco Amirati,<br />

da Pro-1, conta<br />

como foi a tarefa de<br />

convencer a BME a<br />

produzir bielas para<br />

o AP: “Não foi uma<br />

tarefa fácil, dois projetos<br />

diferentes para<br />

o motor AP, padrão<br />

144 (AP) e padrão<br />

159 (Golf), porém o<br />

altíssimo know-how<br />

dos engenheiros da<br />

BME conseguiram<br />

entender e abraçar<br />

a ideia: motores de<br />

4 cilindros considerados<br />

“pequeninos”<br />

para eles, tirando<br />

mais potência que<br />

os famosos V8. Eles<br />

já estão acostumados<br />

com números<br />

grandes, mas não<br />

em blocos e cilindradas<br />

tão pequenas,<br />

afinal, eles são os<br />

responsáveis por fabricar<br />

as bielas dos<br />

carros mais rápidos<br />

do mundo, os TOP<br />

FUEL, que possuem<br />

8.000HP em um<br />

motor V8, ou seja,<br />

cerca de 1.000 HP<br />

por biela. E ai vem<br />

o resultado: leveza,<br />

resistência e durabilidade,<br />

três fatores<br />

que fazem das bielas<br />

BME as melhores.<br />

Testado e aprovado<br />

nas pistas dos EUA e<br />

no Brasil também.”E<br />

no caminho aberto,<br />

a Pro-1 também<br />

conseguiu uma parceria<br />

com a Wiseco:<br />

“a Wiseco é uma empresa<br />

muito grande,<br />

70 anos na ativa,<br />

abrange um mer-<br />

cado imenso, tanto<br />

automotivo, quanto<br />

o de motos, náutico<br />

e ATVs. Eles até<br />

possuem em catálogos<br />

na linha chamado<br />

“Sport compact”,<br />

kits de reposição<br />

para a linha VW 1.8,<br />

porém como não é<br />

explorado lá , não<br />

são para aplicações<br />

severas. Explicamos<br />

e mostramos alguns<br />

bólidos feitos aqui,<br />

entramos com este<br />

projeto e conseguimos<br />

com exclusividade,<br />

juntamente<br />

com os engenheiros,<br />

uma linha Special<br />

Order de pistões<br />

para o nosso padrão<br />

AP 2.0, com tudo<br />

que há de mais moderno,<br />

desde seu<br />

projeto, material e<br />

usinagem em CNC.<br />

Foram desenvolvidos<br />

para suportar<br />

o máximo de potência<br />

e ainda sim


10<br />

podendo ser usados<br />

em carros de rua,<br />

pois possuem o pino<br />

descentrado e uma<br />

saia mais curta, que<br />

reduz muito a famosa<br />

“batida de saia”,<br />

comum em pistões<br />

forjados. Seus pinos<br />

também são super<br />

reforçados e possuem<br />

5mm de parede.”<br />

ção desse “pequeno<br />

notável” é muito<br />

grande: “É um motor<br />

que vem sendo<br />

extraído cada vez<br />

mais potência, então<br />

sempre buscamos<br />

adequar os produtos<br />

com as necessidades<br />

dos preparadores,<br />

pilotos, etc. Há muito<br />

tempo a Powertech<br />

disponibiliza, por<br />

exemplo, bielas para<br />

700cv (Powerod),<br />

Por ser um motor<br />

pequeno, as empresas<br />

destinadas ao<br />

mundo da alta performance<br />

tiveram<br />

que “se virar” para<br />

aumentar o rendimento<br />

que os pilotos<br />

e preparadores<br />

esperavam. Sendo<br />

assim, a fabricação<br />

de componentes de<br />

alta performance<br />

para o motor AP<br />

evoluiu muito nesses<br />

anos. Segundo<br />

Murilo Martins, da<br />

Powertech, a evolupara<br />

1.000cv (Maxrod)<br />

e foi lançado<br />

há pouco, bielas superleves<br />

de aço para<br />

circuito, que é um<br />

produto destinado<br />

somente para carros<br />

aspirados e combustíveis<br />

tradicionais,<br />

como etanol, metanol<br />

e gasolina. Ou<br />

seja, é um produto<br />

novo, desenvolvido<br />

para um motor antigo.<br />

Outro produto<br />

que teve que sofrer<br />

mudança de material<br />

pelo motivo de<br />

buscar mais potência,<br />

foram os pinos,<br />

que antes eram H11<br />

e hoje são os H13,<br />

desenvolvidos para<br />

aguentar mais de<br />

1.000Hps. Some-se à<br />

isso, e temos 22 modelos<br />

diferente de<br />

pistões e 5 modelos<br />

de bielas, só de nossa<br />

empresa.”, relata<br />

Murilo.


11<br />

Falando de injeção<br />

eletrônica, o AP<br />

também foi pioneiro<br />

no Brasil com o<br />

saudoso Gol GTI.<br />

Ok, aquele módulo<br />

não é tão saudoso<br />

assim, confesso…<br />

Porém, estamos no<br />

Brasil, e novamente<br />

foram feitos “milagres”.<br />

Paulo, da<br />

Powerchips, conta<br />

um pouco sobre<br />

essa época: “Como<br />

trabalhamos com<br />

reprogramação de<br />

centrais de injeção<br />

original desde o início<br />

da década de 90,<br />

quando chegaram os<br />

primeiros AP com<br />

injeção EEC-V, já<br />

vimos que este sistema<br />

não funcionaria<br />

bem, principalmente<br />

pressurizados, e<br />

fazíamos o que hoje<br />

é uma atrocidade:<br />

colocávamos um<br />

carburador! Depois,<br />

em 97 chegaram<br />

as Injeções Marelli<br />

Mi e aí a coisa ficou<br />

mais fácil. Só que<br />

para quem não tinha<br />

o recurso para<br />

modificar os mapas<br />

da injeção ainda era<br />

muito difícil. O fato<br />

de ter os recursos<br />

em mão facilitou<br />

muito nosso trabalho<br />

e conseguimos<br />

resultados muito<br />

bons”.<br />

No mesmo ano de<br />

1997, foi lançada<br />

a injeção HIS Efic<br />

Turbo, a primeira<br />

programável no<br />

Brasil, e Gustavo<br />

Oioli conta como<br />

era naquela época:<br />

“Era uma loucura,<br />

porque ninguém<br />

sabia usar, mas todo<br />

mundo queria. Era<br />

algo muito avançado<br />

para a época, principalmente<br />

porque<br />

muita gente tinha<br />

medo de abandonar<br />

o carburador. Tanto<br />

é que no primeiro<br />

ano, vendemos apenas<br />

20 módulos”,<br />

finaliza Gustavo.<br />

Paulo concorda: “A<br />

eletrônica é uma<br />

realidade já há muitos<br />

anos nas pistas,<br />

devido a facilidade<br />

de acerto em todas<br />

as faixas de rotação.<br />

Hoje temos no mercado<br />

sistemas de injeções<br />

programáveis<br />

de altíssima qualidade.<br />

Os preparadores<br />

de hoje têm a<br />

disposição sistemas


12<br />

evoluídos com processadores<br />

de alta<br />

velocidade, com<br />

recursos que podem<br />

proporcionar um excelente<br />

acerto para<br />

os bólidos de suas<br />

equipes. Os recursos<br />

estão aí, para todos.<br />

Basta vencer o medo<br />

do desconhecido<br />

para perceber tudo<br />

que o mercado atual<br />

pode lhe oferecer”,<br />

finaliza Paulo, da<br />

Powerchips.<br />

E para os pilotos,<br />

o AP é um grande<br />

vencedor. Marcel<br />

Falato é a prova disso,<br />

atual campeão<br />

da DTB no ECPA,<br />

explica: ”Desde<br />

que comecei, como<br />

preparador, como<br />

piloto, a palavra<br />

evolução sempre<br />

acompanhou o motor<br />

AP. Usamos o<br />

mesmo motor desde<br />

os anos 80, só<br />

que com tecnologia<br />

e peças de última<br />

geração. Tudo isso<br />

contribuiu para<br />

essa evolução praticamente<br />

sem fim<br />

desses motores.<br />

Hoje somos os mais<br />

rápidos do mundo,<br />

se falarmos de motores<br />

VW”, afirma o<br />

piloto. E realmente,<br />

a evolução do motor<br />

AP é constante e impressionante.<br />

“Nos<br />

anos 90 não existia<br />

nem dinamômetro<br />

de rolo no Brasil,<br />

então as potencias<br />

eram estimadas em:<br />

aspirado, uns 180<br />

cvs. Hoje, facilmente<br />

quebramos a barreira<br />

dos 300 cvs, e<br />

turbo, na época uns<br />

400cvs, sendo que<br />

atualmente estamos<br />

chegando nos<br />

1200cvs.”<br />

Válvulas<br />

Quando os motores<br />

Ap’s foram montados<br />

com 16 ou 20<br />

válvulas, a potência<br />

extraída aumentou<br />

gradativamente.<br />

Mas no princípio,<br />

poucos preparadores<br />

conheciam<br />

os segredinhos de<br />

montar esses cabeçotes,<br />

e logo foram<br />

taxados de cabeçotes<br />

bombas. Com o<br />

tempo, com a experiência,<br />

esses cabeçotes<br />

começaram a<br />

dar resultados. Fim<br />

do 8v? Não! O motor<br />

AP sempre se renova,<br />

de certa forma.<br />

Sempre surge algo<br />

novo, não explo-


13<br />

rado, mesmo com<br />

toda a sua simplicidade.<br />

Um exemplo<br />

é o da equipe Kadu<br />

Racing. Com um<br />

motor 8v rendendo<br />

1000cvs, o pequeno<br />

motor atingiu 280<br />

km/h, estampando<br />

9.037 no Velopark.<br />

Mais um mito derrubado.<br />

Fim<br />

“Sobre seu fim, pelo<br />

menos no meio da<br />

alta performance, eu<br />

acredito que esteja<br />

muito distante, por<br />

mais que ele hoje<br />

não seja mais fabricado,<br />

quantos milhares<br />

foram produzidos<br />

e estão ai para<br />

serem preparados?<br />

E as peças que vão<br />

ficando escassas,<br />

empresas especializadas<br />

estão produzindo,<br />

até com uma<br />

tecnologia muito<br />

melhor do que antigamente”,<br />

afirma<br />

Josué Soldeira.”Certamente<br />

o motor AP<br />

ainda tem muito a<br />

oferecer, muita coisa<br />

ainda pode ser feita”,<br />

completa Roberto ,<br />

da HIS.<br />

Hoje, o motor AP é<br />

um mito nacional,<br />

um ícone, assim<br />

como o motor 4100<br />

do Opala. ícones,<br />

rivais, fenômenos.<br />

E a história, tanto<br />

passada como recente,<br />

mostra que isso<br />

é verdade. Basta um<br />

Honda virar um ótimo<br />

tempo, que novamente<br />

começa as<br />

novelas: O AP será<br />

aposentado. Mas,<br />

na prova seguinte,<br />

algum piloto destemido<br />

aparece e quebra<br />

o recorde, mostrando<br />

que o velho<br />

guerreiro ainda tem<br />

muito o que render.<br />

Seja em qualquer<br />

aplicação, o bom e<br />

valente AP, com 40<br />

anos de idade, tem o<br />

vigor de um garoto<br />

de 18 anos.


14<br />

O primeiro veículo<br />

motorizado a ser produzido<br />

com propósito<br />

comercial foi um<br />

carro com apenas três<br />

rodas. Este foi produzido,<br />

em 1885, pelo<br />

engenheiro alemão<br />

Karl Benz e possuía<br />

um motor a gasolina.<br />

Chamado de motorwagen<br />

(carro motorizado),<br />

as primeiras<br />

unidades foram produzidas<br />

pela empresa<br />

do inventor, a Benz &<br />

Co., na cidade alemã<br />

de Mannheim. Com<br />

sistema de arranque<br />

a manivela, este primeiro<br />

automóvel tinha<br />

potência de 0,8<br />

cv, podendo atingir 18<br />

km/h.<br />

Outro engenheiro alemão<br />

foi de extrema<br />

importância nestes<br />

primórdios da história<br />

do automóvel. Em<br />

Stuttgart, Gottlieb<br />

Daimler inventou,<br />

em 1886, o primeiro<br />

veículo de<br />

quatro rodas com<br />

motor de combustão<br />

interna. Sua<br />

invenção atingia a<br />

velocidade máxima<br />

de 16 km/h<br />

Evolução<br />

Algum tempo depois,<br />

uma empresa<br />

francesa, chamada<br />

Panhard et Levassor,<br />

iniciou sua<br />

própria produção e<br />

venda de veículos.<br />

Em 1892, Henry<br />

Ford produziu seu<br />

primeiro Ford na<br />

América do Norte.<br />

Os ingleses demoraram<br />

um pouco<br />

mais em relação<br />

aos outros países<br />

europeus devido<br />

à lei da bandeira<br />

vermelha (1862).<br />

Esta impunha aos<br />

veículos transitar<br />

somente com uma<br />

pessoa em sua frente,<br />

segurando uma<br />

bandeira vermelha<br />

como sinal de aviso.<br />

O Lanchester foi<br />

o primeiro carro<br />

inglês, e, logo após<br />

dele, vieram outros<br />

como: Subean,<br />

Swift, Humber, Riley,<br />

Singer, Lagonda,<br />

etc.<br />

No ano de 1904,<br />

surgiu o primeiro<br />

Rolls Royce com<br />

um radiador que<br />

não passaria por<br />

nenhuma transformação.<br />

A Europa<br />

seguiu com sua<br />

frota de carros: na<br />

França (De Dion<br />

Bouton, Berliet,<br />

Rapid), na Itália


15<br />

(Fiat, Alfa-Romeo),<br />

na Alemanha (Mercedes-Benz),<br />

já a Suíça<br />

e a Espanha partiram<br />

para uma linha mais<br />

potente e luxuosa: o<br />

Hispano-Suiza.<br />

Após a Primeira<br />

Guerra Mundial, os<br />

fabricantes partiram<br />

para uma linha de<br />

produção mais barata,<br />

os automóveis aqui<br />

seriam mais compactos<br />

e fabricados em<br />

séries. Tanto Henry<br />

Ford, nos Estados<br />

Unidos da América,<br />

quanto Willian Morris,<br />

na Inglaterra,<br />

produziram modelos<br />

como: o Ford, o Morris<br />

e o Austin. Estes<br />

tiveram uma saída<br />

impressionante das<br />

fábricas. Impressionados<br />

com o resultado,<br />

logo outras fábricas<br />

começaram a produzir<br />

veículos da mesma<br />

forma, ou seja, em<br />

série. Este sistema de<br />

produção ficou conhecido<br />

como fordismo.<br />

Carro antigo: Lagonda<br />

modelo 1938<br />

No caso do Brasil e<br />

também em outros<br />

países da América Latina,<br />

esta evolução automotora<br />

chegou somente<br />

após a Segunda<br />

Guerra Mundial. Já na<br />

década de 30, fábricas<br />

estrangeiras, como a<br />

Ford e a General Motors,<br />

colocaram suas<br />

linhas de montagem<br />

no país. Porém, foi<br />

somente em 1956,<br />

durante o governo de<br />

Juscelino Kubitschek<br />

que as multinacionais<br />

automotivas começaram<br />

a montar os<br />

automóveis. Primeiramente<br />

fabricaram caminhões,<br />

camionetas,<br />

jipes, furgões e, finalmente,<br />

carros de passeio.<br />

Esta indústria foi


16<br />

iniciada pela Fábrica<br />

Nacional de Motores,<br />

que era responsável<br />

pela produção de<br />

caminhões pesados.<br />

Posteriormente vieram:<br />

automóvel JK<br />

com estilo Alfa-Romeo,<br />

Harvester, Mercedes-Benz<br />

do Brasil<br />

com seus caminhões<br />

e ônibus, a Scania-<br />

-Vabis e a Toyota.<br />

Logo depois, carros<br />

de passeio e camionetas<br />

começaram<br />

a ser fabricados:<br />

Volkswagem, DKW-<br />

-Vemag, Willys-Overland,<br />

Simca, Galaxie,<br />

Corcel (da Ford),<br />

Opala (da Chevrolet),<br />

Esplanada,<br />

Regente e Dart (da<br />

Chrysler). Todos estes<br />

veículos, embora<br />

montados no Brasil,<br />

eram projetados nas<br />

matrizes europeias<br />

e norte-americanas,<br />

utilizando a maioria<br />

de peças e equipamentos<br />

importados.<br />

Diferente de antigamente,<br />

hoje o<br />

automóvel possui<br />

características como<br />

conforto e rapidez,<br />

além de ser bem<br />

mais silencioso e<br />

seguro. Nos últimos<br />

anos, os carros vêm<br />

passando por inúmeras<br />

mudanças,<br />

e estas, os tornam<br />

cada vez mais cobiçados<br />

por grande<br />

parte dos consumidores.<br />

Todo o processo<br />

de fabricação<br />

gera milhões de<br />

empregos em todo<br />

mundo e movimenta<br />

bilhões de dólares,<br />

gerando lucros<br />

para as multinacionais<br />

que os fabricam.<br />

Curiosidades<br />

- Foi somente na Exposição<br />

Universal de<br />

1889, realizada em<br />

Paris, que o automóvel<br />

foi divulgado<br />

em nível mundial.<br />

Antes disso, poucas<br />

pessoas conheciam<br />

a invenção e o interesse<br />

era pequeno e<br />

restrito.<br />

- Nos primeiros<br />

anos do século XX,<br />

a maioria dos automóveis<br />

produzidos<br />

era movida a<br />

energia elétrica ou a<br />

vapor. Foi somente<br />

na década de 1920<br />

que os automóveis<br />

com motor a gasolina<br />

passaram a ter a<br />

preferência dos consumidores.<br />

- A primeira corrida<br />

de automóveis da<br />

história ocorreu em<br />

22 de julho 1894. O<br />

trajeto foi entre as<br />

cidades francesas<br />

de Paris e Rouen. O


17<br />

percurso da corrida<br />

era de 125 km.<br />

Com participação<br />

de 32 automóveis<br />

(somente 8 terminaram),<br />

a prova foi<br />

vencida pelo conde<br />

francês Albert de<br />

Dion. Porém, por<br />

desrespeitar vários<br />

regulamentos ele,<br />

foi desclassificado.<br />

Então, os jurados<br />

deram o prêmio aos<br />

fabricantes Panhard<br />

Et Lavassor e Peugeot.<br />

- O primeiro pneu<br />

para automóveis foi<br />

lançado, em 1895,<br />

pela empresa francesa<br />

Michelin.<br />

- Comemora-se em<br />

13 de maio o Dia do<br />

Automóvel e no dia<br />

10 de novembro, o<br />

Dia da Indústria Automobilística.<br />

- O carro mais barato<br />

comercializado<br />

na história do automóvel<br />

foi o Flyer<br />

1922. Produzido<br />

pela empresa norte-<br />

-americana Briggs &<br />

Stratton, ele era vendido<br />

por US$ 150<br />

(por volta de US$<br />

1800 atualmente,<br />

com correção monetária),<br />

no começo da<br />

década de 1920.<br />

- O primeiro automóvel<br />

chegou ao<br />

Brasil no ano de<br />

1893. A grande novidade<br />

foi comprada<br />

pelo inventor do<br />

avião, o brasileiro<br />

Santos Dumont.


18<br />

Lamborghini<br />

História<br />

Ferruccio Lamborghini<br />

antes de fazer<br />

os carros, ele fazia<br />

tratores com motores<br />

de tanques da<br />

2ª Guerra Mundial.<br />

Decidiu instalar-se<br />

em Sant’Agata Bolognese<br />

e contratou<br />

uma série de engenheiros<br />

de renome<br />

para construir os<br />

seus carros, como<br />

foi o caso de Bizzarrini,<br />

Dallara e Stanzani.<br />

Em 1964 foi produzido<br />

o primeiro<br />

carro Lamborghini,<br />

o modelo 350 GT,<br />

que combinava um<br />

chassis desenhado<br />

por Dallara com um<br />

motor V12 concebido<br />

por Bizzarrini.<br />

O carro fez bastante<br />

sucesso e foi produzido<br />

até 1968,<br />

depois de ter sido<br />

renovado em 1966.<br />

[4] Ainda em 1966<br />

foi lançado o mítico<br />

Lamborghini Miura,<br />

desenhado por<br />

Luigi Bertone e dotado<br />

também de um<br />

potente motor V12.<br />

Também este modelo<br />

foi um tremendo<br />

sucesso de vendas,<br />

sendo produzido até<br />

1973.<br />

Lamborghini da Policia Italiana(Gallardo)<br />

Entretanto, em 1968<br />

tinha sido apresentado<br />

o Lamborghini<br />

Islero, destinado a<br />

substituir o 400 GT,<br />

que havia surgido<br />

como desenvolvimento<br />

do 350GT.<br />

Também em 1968<br />

apareceu o Lamborghini<br />

Espada, o primeiro<br />

carro da marca<br />

com capacidade<br />

para quatro pessoas.<br />

Dois anos depois,<br />

em 1970; o Islero<br />

foi substituído pelo<br />

Lamborghini Jarama.<br />

Em 1972 o Lamborghini<br />

Urraco permitiu<br />

à marca italiana<br />

entrar no segmento<br />

dos pequenos supercarros.<br />

Ainda nesse ano a<br />

Lamborghini vendeu<br />

51% das suas<br />

acções a um empresário<br />

suíço, com os<br />

restantes 49% a serem<br />

entregues a ou-


19<br />

tro suíço em 1974.<br />

Pelo meio, em 1973<br />

o Miura foi substituído<br />

por um outro<br />

modelo que também<br />

fez história no mundo<br />

dos carros de características<br />

desportivas,<br />

o Countach.<br />

Este carro tinha um<br />

design extremamente<br />

angular e aerodinâmico<br />

e estava dotado<br />

de um potente<br />

motor V12 traseiro<br />

de 4000 cc. O carro<br />

foi produzido com<br />

estas características<br />

até 1988, ano em<br />

que o motor passou<br />

a ter uma cilindrada<br />

de 5000cc.<br />

No entanto, a empresa<br />

estava há muito<br />

tempo em dificuldades<br />

financeiras e<br />

em 1981 tinha sido<br />

vendida aos irmãos<br />

Mimram, que revitalizaram<br />

a marca.<br />

Nesse sentido, no<br />

ano de 1981 surgiu<br />

o Lamborghini<br />

Jalpa, que teve por<br />

base o Urraco, e em<br />

1982 o Lamborghini<br />

LM002, uma novidade<br />

na marca, já<br />

que se tratava de<br />

um veículo off-road.<br />

Este jipe estava dotado<br />

de um motor<br />

Countach.<br />

Em 1987, a marca<br />

norte-americana<br />

Chrysler comprou<br />

a Lamborghini e,<br />

além do substituto<br />

do Countach, começou<br />

a preparar um<br />

motor para equipar<br />

carros de Fórmula<br />

1. A estreia nesta<br />

competição automobilística<br />

ocorreu<br />

em 1989, mas nunca<br />

teve sucesso. Desde<br />

1998 a Lamborghini<br />

pertence ao grupo<br />

Volkswagen.<br />

Já o substituto do<br />

Countach, o Diablo,<br />

foi apresentado em<br />

1990 e obteve grande<br />

sucesso, mantendo-se<br />

em produção<br />

para além do ano<br />

2000.<br />

O mais novo Lamborghini<br />

é o Huracán<br />

que chegou em<br />

2014 para substituir<br />

o Gallardo. O<br />

Lamborghini Huracán<br />

traz uma nova<br />

tecnologia que é o<br />

chassis híbrido, feito<br />

de carbono e alumínio,<br />

o que deixa o<br />

carro 10% mais leve<br />

que seu antecessor e<br />

com uma carroceria<br />

50% mais rígida.<br />

Lamborghini Veneno


20<br />

Lamborghini Reventón at the


2007 en:Frankfurt Auto Show<br />

21


19<br />

Ferrari<br />

A Ferrari é uma fabricante<br />

italiana de<br />

automóveis (tanto de<br />

competição, como esportivos<br />

de luxo), fundada<br />

por Enzo Ferrari<br />

em 1939 como Scuderia<br />

Ferrari.<br />

No início, a Scuderia<br />

Ferrari patrocinou pilotos<br />

e carros de corrida<br />

fabricados, tendo,<br />

no ano de 1946, começado<br />

a sua produção<br />

independente, porém<br />

em 1969, 50% das ações<br />

da companhia foram<br />

vendidas para a Fiat e<br />

que em 1988 a passou a<br />

deter 90% da empresa<br />

ao comprar na época<br />

a comprar a parte de<br />

Enzo Ferrari que faleceu<br />

naquele ano.[2] Em<br />

2014 a Ferrari vendeu<br />

10% das ações da Ferrari para o filho de Enzo,<br />

de de Maranello, no norte da Itália.<br />

Em 2016, por meio de uma cisão, a Ferrari se s<br />

a ter suas ações e operações geridas pela empre


23<br />

Piero Ferrari, faz parte do grupo FCA. A empresa está sediada na cidaeparou<br />

da FCA e fez um IPO de suas ações na Bolsa de valores e passou<br />

sa holandesa FE Interim B.V., criada para esta finalidade.[3]


24<br />

Recentemente, uma Ferrari<br />

250 GT Spyder California<br />

SWB, fabricada em 1961, foi<br />

leiloada pelo valor equivalente<br />

a R$ 52 milhões. O valor alcançado<br />

no leilão diz respeito<br />

à raridade do modelo, que teve<br />

apenas 37 exemplares fabricados,<br />

e à admiração da Ferrari<br />

por entusiastas de automóveis.<br />

Tudo começou em 1929, quando<br />

a marca foi fundada na cidade<br />

de Maranello, na Itália,<br />

por Enzo Ferrari. Inicialmente<br />

conhecida como Scuderia Ferrari,<br />

a fabricante patrocinava<br />

pilotos e carros de corrida já<br />

fabricados. A produção independente<br />

começou somente<br />

em 1946, com o “nascimento”<br />

da Ferrari 125S, com motor<br />

V12. A estreia do modelo foi<br />

marcado com a vitória no<br />

Grande Prêmio de Roma, em<br />

1947 – o primeiro carro de<br />

rua, o 166 Inter, no entanto,<br />

foi lançado somente em 1948.<br />

Já inserida no mundo das<br />

competições, a fabricante do<br />

cavalinho rampante conseguiu<br />

sua primeira vitória na Fórmula<br />

1 em 1951. Em seguida,<br />

em 1956, o lendário piloto<br />

Juan Manuel Fangio ganha o<br />

campeonato mundial a bordo<br />

de uma Ferrari.<br />

A década de 60 não foi uma<br />

das melhores para a empresa<br />

de Maranello. A americana<br />

Ford chegou a tentar comprar,<br />

de olho no potencial da fabricante<br />

em competições automotivas,<br />

mas as negociações<br />

não foram adiante. O resultado<br />

foi a criação do emblemático<br />

Ford GT40, que terminou<br />

com a hegemonia da Ferrari<br />

nas 24 Horas de Le Mans. Ao<br />

final da década, em 1969, e já<br />

com o nome de Ferrari SpA, a<br />

família Ferrari resolve vender<br />

50% das ações para a Fiat, que<br />

atualmente detém 90% das<br />

ações da fabricante de luxo.<br />

O falecimento de Enzo Ferrari,<br />

em 1988, aos 90 anos, deixou<br />

o legado da marca para<br />

Luca Cordero di Montezemolo,<br />

antigo funcionário e amigo<br />

do fundador. De início, ele<br />

resolveu investir na escuderia,<br />

o que resultou no vice-campeonato<br />

de Fórmula 1 de Michael<br />

Schumacher e no sucesso do


nome Ferrari na competição. Desde sua fundação, a Ferrari lançou<br />

cerca de 70 modelos. Em maio do ano passado, a marca anunciou<br />

que fará um lançamento por ano nos próximos quatro anos. Durante<br />

a divulgação de planos estava ainda a criação de edições especiais<br />

mirando consumidores de alto nível, a continuação do programa<br />

de personalização da marca e a Fórmula 1.<br />

25


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