Jornal Cocamar Dezembro 2017
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Deixou de fazer<br />
adubação do seu jeito e agora<br />
segue a recomendação técnica<br />
da equipe da <strong>Cocamar</strong>,<br />
sendo acompanhado pelo técnico<br />
agrícola responsável pelo<br />
café, Tarcísio Andrade Machado,<br />
além de fazer controle<br />
fitossanitário e adubação foliar.<br />
“Se não tratar, não rende, como<br />
qualquer lavoura. Quem pensaria<br />
em plantar soja sem adubar?<br />
Se apenas extrair do solo,<br />
só vai diminuindo a produção”,<br />
afirma Mauro, ressaltando que<br />
não adianta achar que vai produzir<br />
café como antigamente.<br />
“Como qualquer outra lavoura,<br />
tem que acompanhar os avanços<br />
tecnológicos”.<br />
Os Maranho, que produzem<br />
uma média de 18 a 20 sacas por<br />
hectare ou 44 a 48 sacas por alqueire<br />
de café beneficiado, têm<br />
adotado o sistema de “safra<br />
zero”, esqueleteando de dois a<br />
três mil plantas por ano. Também<br />
vêm renovando o cafezal,<br />
adaptando à mecanização,<br />
tendo seis mil pés plantados há<br />
pouco tempo, com mudas produzidas<br />
no sítio. A renovação<br />
vem sendo feita por etapa por<br />
causa do alto custo e para não<br />
ficarem sem renda.<br />
A família também capricha na<br />
qualidade da produção, com<br />
95% dos grãos dando normalmente<br />
bebida dura. E sempre<br />
participa do Concurso de Café<br />
de Qualidade do Paraná, conseguindo<br />
em 2010 e 2014 o terceiro<br />
lugar regional.<br />
“Café é rentável”, garante<br />
Laércio, “mas tem que fazer<br />
certo”. “Se fosse só lavoura de<br />
soja com as terras que temos,<br />
Nem tudo é mecanizável<br />
A família Maranho tem investido<br />
há alguns anos para<br />
formar sua estrutura de mecanização<br />
da propriedade.<br />
Comprou lavador e secador<br />
de café para seis mil litros,<br />
abanadeira motorizada, trator,<br />
soprador, roçadeira manual,<br />
pulverizador motorizado<br />
costal e derriçadeira.<br />
Junto, tem adaptado e renovado<br />
o cafezal antigo. Os<br />
próximos investimentos serão<br />
a roçadeira e o pulverizador<br />
mecânicos e, quem<br />
sabe, conseguir trazer uma<br />
colhedora de café para a região.<br />
“Apesar de ser parcialmente<br />
mecanizada, esta estrutura<br />
já ajuda muito no serviço, facilitando<br />
a nossa vida”, conta<br />
Laércio. Antes, a família contratava<br />
mais seis a sete pessoas<br />
na colheita, por um<br />
passávamos fome”, comenta.<br />
Além de sete hectares de café,<br />
a família tem 2 hectares e meio<br />
de milho, um pedaço de pasto,<br />
onde mantém alguns bezerros,<br />
eucalipto e área de reserva.<br />
Também aproveita ao máximo<br />
a propriedade plantando arroz,<br />
feijão, milho, girassol, amendoim,<br />
quiabo, abóbora e tudo<br />
mais no meio do cafezal novo e<br />
tem criações de porco, galinha<br />
e carneiro.<br />
período maior. Agora, com<br />
mais duas pessoas consegue<br />
colher, em um tempo menor.<br />
“É mais para ajudar a juntar<br />
o café”, diz.<br />
Uma forma que os Maranho<br />
utilizam para reduzir os gastos<br />
com mão de obra na colheita<br />
é a troca de serviço<br />
com produtores vizinhos, um<br />
ajudando o outro na colheita.<br />
Também trabalham como<br />
Família segue recomendações dos técnicos da <strong>Cocamar</strong><br />
pedreiro, tratorista ou qualquer<br />
serviço nas horas vagas.<br />
Dos 28 mil pés de café existentes<br />
na propriedade das<br />
variedades Catuaí Rubi, Tupi,<br />
IPR 100, Catuaí e Iapar 98, só<br />
20 mil são mecanizáveis.<br />
Têm oito mil pés que foram<br />
plantados numa área mais<br />
acidentada e cheia de pedras,<br />
onde não será possível<br />
mecanizar totalmente.<br />
Inclusive, tem dois mil pés que<br />
foram plantados onde só tinha<br />
pedra. “Deu muito trabalho,<br />
mas conseguimos aproveitar<br />
esse um hectare”, afirma Mário.<br />
As covas foram abertas<br />
com enxadão e picareta e<br />
foram levadas 15 carroças de<br />
terra, cerca de 10 toneladas,<br />
para forrar o fundo da cova e<br />
plantar o café na pedra.<br />
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