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Pág. 4 O Jornal Comunitário da Zona Norte de Maringá! | Ano 01 | Edição <strong>001</strong> | Maringá, dezembro de 2017<br />
Ciclovia da Mandacaru<br />
Pedestres e ciclista disputam lado a lado um espaço nela.<br />
(Por Ligiane Ciola)<br />
Em outubro de 2008 quando a prefeitura de Maringá inaugurou a ciclovia da Mandacaru,<br />
a administração pública não podia imaginar que a obra fosse agradar mais a pedestres do que a ciclistas.<br />
Os moradores decidiram usar o<br />
trajeto de 4,1km que vai do início<br />
da Avenida Mandacaru e prossegue<br />
até a Praça Vitor Martins como<br />
pista de caminhadas. Nascia assim<br />
um problema que desde então se arrasta<br />
sem solução: Uma disputa de<br />
espaço entre ciclistas e pedestres<br />
que já causou pequenos acidentes.<br />
O açougueiro Idalécio Bispo,<br />
42 anos, conta que já se<br />
envolveu em um acidente.<br />
Nas quase duas horas do fim<br />
do dia que permanecemos<br />
na ciclovia, observamos vários<br />
episódios de tensão entre<br />
os dois grupos.<br />
Mulheres, casais e até quem<br />
aproveita a caminhada para passear<br />
com o cachorro, terminam por<br />
obstruir a passagem de ciclistas<br />
que estão retornando do trabalho<br />
ou simplesmente querem andar de<br />
bicicleta com segurança.<br />
O problema é mais visível no<br />
trajeto da Mandacaru mas há relatos<br />
de casos similares em outros<br />
percursos da periferia. Maringá<br />
tem cinco ciclovias que somam um<br />
percurso de 18 quilômetros.<br />
O açougueiro Idálécio Bispo,<br />
42 anos, já passou apuros com sua<br />
bicicleta. Ele usa a ciclovia todos<br />
os dias para ir ao trabalho e voltar<br />
para casa.<br />
“É muito difícil, os pedestres<br />
deveriam usar as calçadas e como<br />
isso não acontece sempre temos incidentes.<br />
Há cerca de 30 dias eu<br />
mesmo estava descendo com minha<br />
bicicleta e um senhor cruzou<br />
na minha frente, eu consegui frear,<br />
mas mesmo assim o pneu ainda tocou<br />
na perna dele; felizmente não<br />
aconteceu nada de grave.<br />
Aqui as coisas estão invertidas,<br />
às vezes é possível ver bicicletas<br />
nas calçadas e o pessoal na ciclovia<br />
fazendo caminhadas com cachorros<br />
e carrinhos de bebê. Agora<br />
mesmo eu tive que parar e esperar<br />
a passagem de três mulheres<br />
que ocupavam toda a ciclovia. A solução<br />
é consciência, pedestre na<br />
calçada e ciclista na ciclovia.”<br />
O publicitário Anderson Paulim,<br />
40 anos, diz que “caminhar na<br />
ciclovia é ruim porque a gente atrapalha<br />
os ciclistas e eles também nos<br />
atrapalham, eu acho que poderiam<br />
dividi-las; deixar uma das vias para<br />
os ciclistas e a outra para os pedestres.<br />
Penso que seria necessário<br />
uma readequação para atender a<br />
necessidade que se criou, ficaria fácil<br />
para todo mundo. Hoje, do jeito<br />
que está é perigoso, mas é o único lugar<br />
que a gente tem para caminhar.”