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RESUMO<br />

ENCONTROS<br />

CIENTÍFICOS<br />

2016<br />

C O O R D E N A Ç Ã O :<br />

E D U A R D O J O S É D E M O R A E S


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

RESUMOS ENCONTROS CIENTÍFICOS 2016<br />

Coordenação: Eduardo José de Moraes<br />

1<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

ENCONTROS CIENTÍFICOS 2016<br />

No sentido de manter uma atividade cientifica constante o Instituto<br />

De Moraes com o apoio da AORJ e ABOMI, juntamente com a parceria<br />

do laboratório de prótese LABRIO e a revista IMPLANTNEWSPERIO<br />

tiveram a iniciativa de promover encontros científicos para alunos, exalunos<br />

de pós-graduação e profissionais interessados em Implantodontia.<br />

Esta atividade ocorreu bimestralmente, tendo como apresentadores<br />

professores convidados nacionais e internacionais, que apresentaram e<br />

discutiram temas atuais de interesse da Implantodontia. Foram<br />

compostas mesas redondas com dois apresentadores e um moderador,<br />

com participação ativa da platéia.<br />

Cordialmente<br />

Eduardo José de Moraes<br />

Coordenador<br />

2<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Encontros Científicos 2016<br />

MR - 1<br />

Tema: Macro e microgeometria<br />

dos implantes sua importância<br />

na Implantodontia<br />

MR - 3<br />

Tema: Carga imediata em<br />

Implantodontia: quando,<br />

como e porque utilizar ?<br />

Coordenação e Moderação<br />

Data: 16.03.2016<br />

Carlos Nelson Elias<br />

Mestre e Doutor em Ciencias dos Materiais ;<br />

Professor do Instituto Militar de Engenharia<br />

Fabio Bezerra<br />

Especialista em Implantodontia; Mestre<br />

em Periodontia; Doutorando em<br />

Biotecnologia<br />

Data: 20.07.2016<br />

Marcos Motta<br />

Especialista em Implantodontia e Periodontia;<br />

Mestre em Implantodontia; Coordenador do<br />

Curso de Especialização em Implantodontia<br />

da UNIGRANRIO- Campus Caxias; Consultor<br />

NEODENT.<br />

Sergio Motta<br />

Especialista em Protese Dental; Mestre e<br />

Doutor em Implantodontia; Coordenador<br />

do Curso de Especialização em<br />

Implantodontia CLIVO<br />

MR - 2<br />

Tema: Tratamento e prevenção<br />

da osteonecrose induzida por<br />

bisfosfonatos<br />

MR - 4<br />

Tema: Material de enxertia em<br />

Implantodontia: qual, quando e<br />

como utilizar ?<br />

Data: 18.05.2016<br />

Data: 21.09.2016<br />

Data: 23.11.2016<br />

Pylyp Nakonechnyj Neto<br />

Cirurgião - Dentista e Medico-UERJ ; Mestre<br />

em Cirurgia Bucomaxilofacial ;Chefe do<br />

Serv. de Cirurgia Cranio-Maxilo-Facial do<br />

Hospital São Vicente de Paulo,RJ.<br />

Eduardo Cardoso<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial<br />

Mestre e Doutor em Cirurgia<br />

Bucomaxilofacial; Prof. Universidade<br />

Federal Fluminense - Nova Friburgo<br />

Marcio Baltazar Conz<br />

Especialista em Implantoodontia; Mestre e<br />

Doutor em Ciencias dos Materiais - COPPE-<br />

UFRJ; Prof. Especialização em Implantodontia<br />

/ UNESA<br />

Renato Aló Fontoura<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial;<br />

Mestre em Morfologia; Doutor em<br />

Implantodontia; Coord. curso de<br />

Implantodontia e Cirurgia da CERTO<br />

Odontologia<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Especialista e Mestre em Implantodontia;<br />

Membro da Academia Brasileira de Odontologia Militar; Membro da Academia de<br />

Odontologia do Rio de Janeiro<br />

Local: Av. N.S.Copacabana, 690, Auditório 2º andar - Copacabana<br />

(Edifício Brasil Estados Unidos) ; Horário: 16:00 às 20:00 h<br />

Inscrições: 2256-1135 (Gabrielle) Site: www.coimplante.odo.br<br />

MR - 5<br />

Tema: Novas tecnologias em<br />

Implantodontia: quando, como e<br />

porque utilizar ?<br />

Aldir Machado<br />

Especialista em Periodontia e<br />

Implantodontia ; Mestre e Doutorando em<br />

Clinicas Odontologicas;Coord. do Curso de<br />

Especialização em Implantodontia UFF<br />

Silvio Deluca<br />

Especialista em Peridotnia; Especialista e<br />

Mestre e Doutorando em Implantodontia<br />

Parceria :<br />

Apoio :<br />

3<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Macro e microgeometria dos implantes sua importância<br />

na Implantodontia<br />

Apresentadores:<br />

Carlos Nelson Elias<br />

Mestre e Doutor em Ciencias dos Materiais ;<br />

Professor do Instituto Militar de Engenharia<br />

Fabio Bezerra<br />

Especialista em Implantodontia; Mestre<br />

em Periodontia; Doutorando em<br />

Biotecnologia<br />

Moderador:<br />

Colaboradora:<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

e Especialista em Implantodontia; Membro da<br />

ABOMI e Membro da AORJ<br />

Izabelly Oliveira Rezende<br />

Especialista em Implantodontia; Mestranda<br />

em Clinicas Odontológicas UFF<br />

4<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Introdução:<br />

As formas dos implantes dentários sofreram alterações ao longo dos anos, inicialmente as<br />

mudanças foram empíricas. Com a identificação da osseointegração, novos parâmetros relacionados<br />

à macro e microgeometria foram considerados, que associados a um protocolo cirúrgico-protético<br />

tornou o tratamento com implantes mais previsível e com um índice de sucesso elevado.<br />

Na era da osseointegração novas técnicas e opções de tratamento foram propostas, assim<br />

como alguns aspectos, dentro deste protocolo foram reavaliados. Embora a osseointegração tenha<br />

gerado um grande avanço para a Implantodontia, o protocolo clássico ainda apresentava algumas<br />

limitações em determinadas situações. A ampla utilização clinica dos implantes possibilitou o<br />

desenvolvimento de novos conceitos que hoje servem de referência para o diagnóstico e planejamento<br />

no tratamento com implantes.<br />

As superfícies dos implantes, inicialmente com rugosidades micrométricas foram modificadas<br />

para nanométricas. Esta alteração possibilitou uma resposta biológica diferenciada dos tecidos,<br />

principalmente na interface osso-implante. Os tratamentos da superfície proporcionaram uma redução<br />

no tempo de espera na 1ª fase da osseointegração. Por outro lado, existe uma relevância na<br />

macromorfologia dos implantes, pois permite uma melhor dissipação das cargas oclusais e uma melhor<br />

estabilidade primária em osso de baixa densidade. Aumentando com isso o espectro de utilização dos<br />

implantes e melhorando os resultados. Novos diâmetros e comprimentos de implantes reduziram a<br />

morbidade em algumas situações clinicas e proporcionaram melhores resultados estético-funcionais<br />

em áreas criticas.<br />

Entretanto, ainda existem fatores de risco que acarretam fracassos e complicações, que<br />

despertaram na comunidade cientifica uma necessidade na busca por soluções. Novas propostas<br />

surgiram com o objetivo de controlar os fatores de risco e reduzir as complicações, especialmente a<br />

estabilização das estruturas de suporte dos implantes ao longo do tempo. Dentre os aspectos<br />

analisados a macro e microgeometria dos implantes tem sido discutida constantemente, por ser um<br />

fator considerado relevante.<br />

A estabilidade das estruturas de suporte têm sido o foco de diversos estudos sendo um fator<br />

importante nas reabilitações com implantes. O surgimento de recessões na interface periimplantar e<br />

complicações mecânicas no complexo pilar-implante são considerados problemas de difícil solução.<br />

Novos conceitos associados a macro e microgeometria foram aplicados possibilitando um melhor<br />

controle das possíveis complicações que ocorrem durante a fase de cicatrização e carregamento dos<br />

implantes.<br />

Entretanto, algumas duvidas ainda persistem, especialmente por parte dos clinicos, que diante<br />

de diversas opções de implantes, demonstram dificuldade na escolha do melhor sistema a ser utilizado<br />

no seu paciente. Portanto esta mesa redonda teve como objetivo apresentar ao clínico, por meio de<br />

uma discussão dirigida, os principais aspectos relacionados a macro e microgeometria dos implantes<br />

e sua importância na Implantodontia atual.<br />

Micromorfologia dos Implantes:<br />

Aspectos relacionados à morfologia dos implantes têm sido discutidos ao longo do tempo,<br />

sendo atualmente considerado um importante coadjuvante para o sucesso da osseointegração. O<br />

protocolo de Brånemark enfatizava que a macromorfologia do implante, a técnica cirúrgica e os<br />

aspectos biomecânicos relacionados à sobrecarga oclusal eram fatores que exerciam grande influência<br />

no êxito do tratamento.<br />

5<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Ao longo dos anos, novos tratamentos da superfície dos implantes foram propostos.<br />

Inicialmente, a adição (plasma spray de titânio) e posteriormente a remoção ou subtração (ataque ácido<br />

e o jateamento) com micropartículas da superfície foram utilizadas com o objetivo de melhorar a adesão<br />

de proteínas e aumentar a superfície de contato osso-implante. Recentemente, a nanotecnologia<br />

possibilitou a elaboração de superfícies tratadas com ácido e anodizadas que liberam cálcio e fósforo.<br />

Estas superfícies modificam os mecanismos envolvidos na osseointegração, uma vez que após a<br />

instalação cirúrgica do implante, ocorre uma atividade osteoclástica, e os íons cálcio e fósforo atraem<br />

as proteínas presentes no coágulo, acelerando a osseointegração.<br />

Existem ainda novos conceitos que se referem a uma superfície híbrida, com a presença de<br />

“platôs” que permitem uma melhor estabilidade primária, enquanto a outra parte propicia a acomodação<br />

do coágulo sanguíneo. A associação de nano partículas de hidroxi- apatita complementa este tipo de<br />

superfície, para promover a liberação de íons cálcio. Entretanto para a preservação desta superfície é<br />

necessário um maior cuidado durante a instalação cirúrgica do implante, para reduzir os danos à<br />

superfície, gerado pelo excesso do torque de instalação.<br />

Os avanços da nanotecnologia e suas aplicações no tratamento da superfície dos implantes<br />

facilitaram as interações das células e reduziram o tempo de espera para o carregamento do implante,<br />

o qual nos dias atuais varia de 28 dias a 8 semanas. É importante ressaltar que esta regra não se<br />

aplica a qualquer situação. Aspectos relacionados às condições gerais e locais do paciente devem ser<br />

considerados. A baixa densidade óssea, a pequena área de contato osso-implante, em especial nos<br />

casos de implantações imediatas e a estabilidade primária deficiente são fatores considerados<br />

desfavoráveis para o carregamento precoce dos implantes.<br />

Macromorfologia dos implantes<br />

Quanto maior a área da superfície de contato ósseo melhor será a dissipação das forças geradas<br />

pela carga oclusal. Um dos fatores que pode determinar a área de contato é a forma dos filetes das<br />

roscas dos implantes, a qual pode ser: triangular, quadrada e trapezoidal. A presença de micro-roscas<br />

na região cervical do implante, têm como objetivos aumentar a área de superfície nesta região<br />

crítica,melhorar a distribuição das forças, promover uma boa estabilidade e reduzir a reabsorção<br />

óssea.<br />

Para cada tipo de osso é recomendado um tipo de rosca do implante, a qual durante a instalação<br />

pode compactar o osso ou não. Alguns implantes cônicos apresentam tipos de roscas que possibilitam<br />

um aumento de superfície de contato e compactação de osso durante a instalação. A compactação<br />

óssea promove uma estabilidade primária mínima de 20 a 30 N.cm favorecendo a osseointegração.<br />

Este tipo de rosca favorece a instalação do implante em osso de baixa densidade, pois, além de reduzir<br />

o trauma durante a instalação, aumenta a área de contato.<br />

Com relação à dissipação das cargas sobre os implantes, convém ressaltar a importância do<br />

número e a inclinação dos filetes quantidade e inclinação das roscas, no sentido de reduzir o<br />

cisalhamento inerente a função mecânica do implante no osso decompondo as forças axiais incidentes<br />

na interface.<br />

Sistema Antirotacional e Redução de plataforma<br />

O sistema do tipo cone Morse apresenta um bom comportamento mecânico, melhor dissipação<br />

das forças e redução do risco de afrouxamento do pilar quando submetido a função oclusal. Portanto,<br />

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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

este tipo é considerado a primeira escolha para as coroas unitárias. Entretanto, este sistema exige<br />

uma precisão no posicionamento do implante que nas reabilitações parciais e totais pode gerar<br />

dificuldades na confecção da prótese. Por outro lado, o bom desempenho mecânico, não evita danos<br />

gerados pela carga oclusal sobre a interface osso-implante, podendo induzir a perda óssea.<br />

Com relação à periimplantite e a perda óssea marginal, é uma questão discutível. Tendo em<br />

vista que a perda óssea periimplantar pode estar relacionada não somente ao desenho da plataforma<br />

do implante, mas também ao trauma durante a instalação. Um torque de instalação elevado cria microfraturas<br />

no osso cortical e com isso promove uma perda óssea marginal.<br />

Outro aspecto importante está relacionado à falta de controle da qualidade na fabricação de<br />

componentes de prótese. Uma acoplagem deficiente dos pilares protéticos com “gaps” favorecem o<br />

infiltrado bacteriano. Esta condição não pode ser considerada como a causa principal da periimplantite<br />

e perda óssea marginal, mas sim um conjunto de fatores.<br />

A redução da plataforma (“Switching Platform”) favorece a estabilidade dos tecidos moles e<br />

duros, aspecto fundamental para o sucesso dos implantes em área estética. Entretanto, dados da<br />

literatura indicam que independente do sistema de acoplamento pilar-implante, hexágono externo,<br />

interno ou Morse, o posicionamento do implante é considerado um importante fator para um resultado<br />

estético satisfatório, haja visto os resultados obtidos com os diversos sistemas ao longo do tempo.<br />

Diâmetro e comprimento dos Implantes<br />

Atualmente existe muita dúvida por parte do clinico em relação ao comprimento dos implantes.<br />

Estudos clínicos demonstram que os implantes curtos e extra-curtos, com comprimentos inferiores a<br />

10 mm, podem ser considerados uma excelente opção. Principalmente, para as áreas de atrofia de<br />

maxila e mandíbula posteriores, otimizando o tempo de tratamento e reduzindo a morbidade acarretada<br />

pelos enxertos.<br />

Os implantes longos com comprimentos acima de 13 mm são utilizados com o objetivo de<br />

obtenção de uma bicorticalização, geralmente em condições de baixa densidade óssea. Os implantes<br />

extra-longos, como os implantes zigomáticos viabilizaram a reabilitação de atrofias severas de maxila,<br />

antes dependentes de grandes reconstruções ósseas.<br />

Em relação ao diâmetro dos implantes, podemos considerar que convém uma análise<br />

criteriosa, para a sua indicação e utilização. Embora os implantes de diâmetro reduzido (finos)<br />

apresentem resultados satisfatórios, em especial nas áreas de estética crítica e rebordos atróficos, a<br />

sua resistência mecânica podem comprometer o tratamento ao longo prazo. Algumas empresas, com<br />

objetivo de melhorar esta limitação mecânica, propuseram a utilização de liga de titânio, denominado<br />

de titânio grau 5. Esta liga tem o inconveniente de liberar íons considerados tóxicos (vanádio e<br />

alumínio). A tendência é usar o titânio comercialmente puro, produzido com tamanho de cristais<br />

nanométricos e com resistência mecânica equivalente as ligas de titânio.<br />

Nos casos de implantes unitários nas regiões de molares, os implantes de largo diâmetro são<br />

considerados uma boa opção. O diâmetro do implante propicia um aumento na superfície de contato<br />

osso-implante em uma proporção de cada 0,25 mm de aumento do diâmetro gerar um aumenta 10%<br />

de área de contato ósseo.<br />

Os implantes imediatos nas regiões de molares apresentam um elevado índice de sucesso,<br />

porém requer um cuidado cirúrgico durante a instalação, em função da obtenção da estabilidade<br />

primária devido à disponibilidade óssea no alvéolo remanescente. A ancoragem do implante nos<br />

molares inferiores, pode ser dificultada em algumas situações, pelo íntimo contato com o canal<br />

mandibular. Por outro lado, nos molares superiores a presença de corticais das paredes e septos<br />

7<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

alveolares favorecem esta estabilidade inicial, que nos casos de implantações tardias estão ausentes<br />

devido a remodelagem óssea.<br />

Um aspecto recentemente discutido pela literatura está relacionado ao torque de inserção e o<br />

diâmetro do implante. Vários trabalhos científicos preconizaram que o torque de 30 N.cm é o valor de<br />

torque inicial mínimo para submeter os implantes à carga imediata. Convém ressaltar que na maioria<br />

destes trabalhos, foram utilizados implantes de diâmetro convencional. Sob o ponto de vista mecânico<br />

existem fatores que devem ser considerados para avaliação do torque de inserção, os quais podem ser<br />

definidos na seguinte fórmula matemática: (Michael Norton, 2013)<br />

Resistência do Torque = µ x P x H x π x D 2<br />

2<br />

H = comprimento do implante cilíndrico<br />

D = diâmetro do implante cilíndrico<br />

π = 3,14<br />

H x π x D 2 = área da superfície do implante em contato ósseo<br />

P = pressão critica do ossoµ = coeficiente de fricção<br />

Um importante fator desta fórmula é o valor de P (pressão critica do osso). Um valor da pressão<br />

pode acarretar danos ao osso e formação de trincas. Tendo em vista que existe uma proporcionalidade<br />

entre o diâmetro e o torque de resistência óssea, pode-se concluir que dobrando o diâmetro de um<br />

implante, o torque de inserção aumenta em 4 vezes. Baseado neste conceito, implantes com grandes<br />

diâmetros podem ser submetidos à carga imediata quando instalados com um menor torque de<br />

inserção. Portanto, é recomendável um cuidado especial no preparo e instalação do implante em áreas<br />

cicatrizadas, evitando-se torque elevado para não induzir danos na interface óssea. Esta análise<br />

biomecânica pode ser denominada de “restrição viável” para uma estabilidade primária do implante e<br />

resposta óssea satisfatória.<br />

Conclusões:<br />

1. A microgeometria dos implantes é um importante fator coadjuvante para o sucesso da<br />

osseointegração.<br />

2. A nanotecnologia permitiu modificações na micromorfologia dos implantes e possibilitaram uma<br />

melhor resposta biológica dos tecidos.<br />

3. O desenvolvimento das superfícies que liberam íons cálcio e fósforo e que atraem as proteínas<br />

presentes no coágulo aceleram os mecanismos envolvidos na osseointegração.<br />

4. Aspectos relacionados às condições gerais e locais do paciente; densidade óssea e área de contato<br />

osso implante e estabilidade primária, são fatores que podem interferir no sucesso dos implantes<br />

submetidos a carregamento precoce.<br />

5. A macrogeometria dos implantes influencia no resultado do tratamento, especialmente pelo aumento<br />

na área de contato ósseo, na estabilidade primária do implante e na dissipação das cargas oclusais.<br />

6. Atualmente, o sistema cone Morse é considerado o melhor sistema de acoplamento pilar- implante,<br />

pois, apresenta o melhor desempenho mecânico, possibilita uma redução da plataforma (plataforma<br />

switching) e uma melhor precisão de encaixe. Entretanto os demais sistemas antirotacionais, quando<br />

fabricados com controle de qualidade, também apresentam bons resultados.<br />

8<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

7. O sucesso dos implantes em áreas de estética crítica depende de vários aspectos, dentre os quais:<br />

fenótipo gengival, altura do osso proximal e posicionamento adequado do implante. Aspectos<br />

relacionados a macrogeometria tais como: diâmetro reduzido do implante e redução da plataforma são<br />

fatores coadjuvantes, porém não determinantes para o sucesso.<br />

8. A importância do comprimento dos implantes se restringe a bicorticalização no caso dos implantes<br />

longos (maior que 13 mm) e na busca por ancoragem em regiões específicas no caso dos implantes<br />

zigomáticos.<br />

9. Apesar da utilização dos implantes com maiores diâmetros ser questionada, a sua instalação,<br />

especialmente, nas implantações imediatas unitárias de molares, apresenta vantagens e resultados<br />

satisfatórios.<br />

10. Existe uma relação de proporcionalidade entre o diâmetro do implante e o torque de instalação, a<br />

qual pode ser descrita por uma equação matemática.<br />

9<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

“Tratamento e Prevenção da Osteonecrose Induzida por<br />

bisfosfonatos “<br />

Apresentadores:<br />

Pylyp Nakonechnyj Neto<br />

Cirurgião - Dentista e Medico-UERJ ; Mestre em<br />

Cirurgia Bucomaxilofacial ;Chefe do Serv. de<br />

Cirurgia Cranio-Maxilo-Facial do Hospital São<br />

Vicente de Paulo,RJ<br />

Eduardo Cardoso<br />

Especialista em Cirurgia<br />

Bucomaxilofacial Mestre e Doutor e<br />

CirurgiaBucomaxilofacial; Prof. UFF -<br />

Nova Friburgo<br />

Moderador:<br />

Colaboradora:<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

e Especialista em Implantodontia; Membro da<br />

ABOMI e Membro da AORJ<br />

Izabelly Oliveira Rezende<br />

Especialista em Implantodontia; Mestranda<br />

em Clinicas Odontológicas UFF<br />

10<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Introdução:<br />

Os bisfosfonatos (Bfs) são medicamentos que atuam na remodelação óssea, pois interferem<br />

na atividade osteclastica e angiogênese. A osteonecrose dos maxilares por bisfosfonatos (OMB),<br />

osteonecrose induzida por bisfosfonatos (ONIB) ou osteonecrose induzida por medicamentos (OIM),<br />

foi primeiramente descrita por Marx em 2003. Foi definida pela presença de osso necrótico exposto em<br />

uma ferida cirúrgica na mucosa alveolar por mais de 8 semanas.<br />

Os Bfs podem ser nitrogenados ou aminados e não nitrogenados ou não aminados, sendo os<br />

do primeiro grupo mais potentes. São medicamentos com uma meia-vida longa. Podem ser<br />

administrados por via oral e intravenosa, porém os de administração venosa são mais eficientes e mais<br />

utilizados na terapia de lesões ósseas de natureza neoplásica maligna.<br />

Geralmente os Bfs são utilizados no tratamento de lesões ósseas em doenças com grau de<br />

malignidade ou que apresentem metástases ósseas, como: mieloma múltiplo, câncer de mama, câncer<br />

de próstata, ou ainda no tratamento de doenças degenerativas, especialmente nas que interferem no<br />

metabolismo ósseo como a Doença de Paget e displasias fibrosas.<br />

Atualmente os anti-reabsortivos ósseos são também utilizados, no tratamento e/ou prevenção<br />

da osteoporose, principalmente em mulheres na fase pós-menopausa. Esta proposta de tratamento<br />

promoveu um grande aumento na utilização dos Bfs, que obviamente apresentam riscos e benefícios<br />

Existem trabalhos na literatura (Fugazzotto e Jefcoat) que são estudos clínicos com pacientes<br />

tratados com Bfs, acompanhados por longo tempo, que foram submetidos a cirurgia para instalação<br />

de implantes e reabilitados com resultados satisfatórios. Outros trabalhos do grupo italiano (Tallarico,<br />

2015) e uma revisão sistemática do grupo de Valencia (Ata – Ali 2014) que corroboraram estes<br />

autores.<br />

O diagnóstico e tratamento da osteonecrose foi descrita e apresentada por Marx em 2003.<br />

Posteriormente, outros autores relataram casos e opções de tratamentos, que muitas vezes não<br />

solucionaram o problema de forma clara. Portanto, ainda existem dúvidas relacionadas à conduta<br />

clinica diante dos pacientes tratados com os Bfs e principalmente na prevenção da OMB.<br />

Esta mesa redonda reuniu profissionais especialistas e docentes em Cirurgia Bucomaxilofacial<br />

com experiência clinica em osteonecrose induzida por bisfosfonatos ou medicamentos anti-reabsortivos<br />

ósseos , e teve como o objetivo discutir este tema tão polêmico, e esclarecer aspectos que não<br />

ficaram claros para os clínicos.<br />

Diagnóstico da osteoporose<br />

A osteoporose é um processo progressivo que inicia com uma osteopenia, que é assintomática,<br />

e que pode ser detectada principalmente nas mulheres na fase pós-menopausa. A maior preocupação<br />

do médico no tratamento da osteoporose é a prevenção de fraturas. O diagnóstico e prevenção da<br />

osteoporose deve se basear na analise da Densidade Mineral Óssea (DMO) do paciente. Geralmente<br />

esta análise tem sido realizada pela densitometria óssea.<br />

Entretanto é recomendável a análise dos marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo que<br />

avaliam a formação e reabsorção óssea. Estes marcadores fornecem informações importantes sobre<br />

a condição óssea do paciente, antes de surgirem alterações densitométricas significativas. Podemos<br />

citar os seguintes exames:<br />

- Telopeptideo C-Terminal (CTX) - Nível de degradação do colágeno tipo 1 (reabsorção óssea)<br />

- Propeptideo do colágeno tipo 1 (P1NP) – reabsorção óssea<br />

- Fosfatase alcalina – formação óssea<br />

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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

- Vitamina D – formação óssea<br />

- Dosagem de cálcio no sangue e urina – reabsorção óssea<br />

- Dosagem de Osteocalcina – formação óssea<br />

- Deoxipiridinolina total na urina (DPD)– reabsorção óssea<br />

OBS: A Piridinolina e deoxipiridolina são aminoácidos encontrados no colágeno ósseo e dentina que é<br />

liberada do colágeno maduro durante a osteoclasia.<br />

Tratamento e Prevenção da osteoporose<br />

Exames médicos regulares, uma alimentação rica em cálcio, exposição ao sol em horários<br />

seguros e atividade física são condutas recomendadas na prevenção da osteoporose. Entretanto na<br />

fase pós-menopausa a reposição hormonal é citada como uma alternativa na prevenção. A utilização<br />

de medicamentos como: Raloxifene (Evista), Teriparatide (Forteo) ou Micalcin (calcitonina de Salmão),<br />

parecem apresentar resultados satisfatórios, sendo uma opção no tratamento e prevenção da<br />

osteoporose.<br />

O Raloxifeno (Nome comercial Evista) é um modulador seletivo receptor do estrogênio que<br />

estimula e inibe o estrogênio em vários tecidos. Atua no osso, útero e glândulas mamárias, sendo<br />

utilizado no tratamento da osteoporose e na prevenção do câncer de mama.<br />

Teriparatide (Nome comercial Forteo) é uma forma recombinante do hormônio da paratireóide,<br />

sendo considerado ocasionalmente no tratamento da osteoporose. Este medicamento é idêntico a uma<br />

porção do hormônio paratireóide – paratormônio - (PTH), o seu uso intermitente ativa mais<br />

osteoblastos do que osteoclastos, que leva a um aumento ósseo. (pode ser administrada na forma de<br />

injeção na coxa ou abdômen).<br />

A Calcitonina de Salmão (Nome comercial Micalcin) é utilizada no tratamento de doenças<br />

ósseas degenerativas e osteoporose. Auxilia no metabolismo de cálcio no osso e com isso previne as<br />

fraturas. Pode ser utilizada nas formas injetável ou spray nasal.<br />

Os Bisfosfonatos e os Anti-reabsortivos Ósseos<br />

Os Bisfosfonatos (Bfs) e medicamentos anti-reabsortivos ósseos têm sido disponibilizados por<br />

anos , sendo utilizados no tratamento de disfunções ósseas. São amplamente empregados em<br />

associação no tratamento de câncer de mama e próstata, no tratamento de hipercalcemia induzida por<br />

tumor, tratamento da dor óssea, redução de complicações esqueléticas em pacientes com metástases<br />

ósseas ou mieloma múltiplo, doença de Paget óssea, fibrodisplasia, e artrite reumatóide. Mais<br />

recentemente os Bfs têm sido recomendados como medicamentos de primeira escolha no tratamento<br />

e prevenção da osteoporose.<br />

Estes medicamentos reduzem a reabsorção óssea de maneira dose-dependente,<br />

principalmente ao inibirem o recrutamento e promoverem a apoptose dos osteoclastos, além de<br />

estimularem a atividade osteoblástica. Com o decréscimo da atividade osteoclástica, ocorre inibição da<br />

liberação de fatores de crescimento como TGF-ß e IGF-I e de outros peptídeos da matriz óssea. Inibição<br />

semelhante ocorre sobre as células endoteliais. Células tratadas com Bfs tiveram decréscimo da<br />

proliferação e aumento da taxa de apoptose (morte celular). Diminuição da formação de tubos capilares<br />

e conseqüente redução do número de vasos sangüíneos, também, foram observadas.<br />

Mais recentemente a indústria farmacêutica apresentou no mercado medicamentos antireabsortivos<br />

ósseas com composição química diferente dos Bfs, porém com os mesmos efeitos<br />

colaterais. O mais conhecido no Brasil, foi classificado como anticorpo monoclonal, de nome comercial<br />

Prolia (Denosumab) tem sido utilizado na forma injetável.<br />

12<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Prevenção da osteonecrose por uso de anti-reabsortivos ósseos<br />

Dentre os marcadores biológicos citados anteriormente, o exame CTX (Telopeptideo C-<br />

Terminal - Nível de degradação do colágeno tipo 1) se destaca como o melhor exame para avaliação<br />

do efeito dos BFs ou anti-reabsortivos ósseos. É recomendado na atualidade, como exame de rotina<br />

em Cirurgia e Implantodontia, na avaliação pré-cirúrgica de pacientes pós-menopausa. Deve ser<br />

solicitado na avaliação de um paciente com histórico de uso de Bfs em alguma fase da sua vida. O CTX<br />

tem sido citado pela literatura como o principal exame para avaliação da resposta terapêutica dos<br />

pacientes que fazem ou fizeram uso de Bfs.<br />

Alguns autores como Jefcoat e Fugazzoto apresentaram estudos clínicos com pacientes que<br />

foram medicados com Bfs (VO) e submetidos a cirurgia para instalação de implantes com resultados<br />

satisfatórios. Ata – Ali, 2014, após uma revisão sistemática sobre o tema, corrobora estes autores em<br />

relação ao sucesso dos implantes em pacientes nesta situação. Entretanto os estudos clínicos têm sido<br />

realizados em amostras pequenas e existem muitas duvidas relacionadas principalmente a prevenção<br />

da ONIB.<br />

Robert Marx estabeleceu uma tabela considerando três condições de risco de ONIB:<br />

Menores de 100 pg/ml – alto risco<br />

Entre 100 e 150 pg/ml – risco moderado<br />

Maiores de 150 pg/ml - risco minimo<br />

Nos casos abaixo de 150 pg/ml recomenda suspensão (“Drug Holliday”) do medicamento com<br />

uma redução de 25 pg/ml por mês, em um período de 4 a 6 meses para restabelecimento osteoclástico.<br />

Outros fatores a serem considerados, estão relacionados à extensão do procedimento cirúrgico<br />

proposto e as co-morbidades apresentadas pelo paciente. As condições de saúde do paciente são<br />

importantes para o sucesso, assim como o tipo e extensão do procedimento cirúrgico, que pode gerar<br />

uma resposta pós-operatória variável.<br />

Diagnóstico e Tratamento da osteonecrose por uso de anti-reabsortivos ósseos<br />

A utilização do plasma rico em plaquetas foi apresentado, como uma alternativa no auxilio ao<br />

tratamento da ONIB. Alguns trabalhos demonstram bons resultados obtidos em casos clínicos. A<br />

presença de fatores de crescimento, favorecem a angiogênese e com isso uma possível melhora na<br />

cicatrização. O mesmo se associa ao tratamento com câmara hiperbárica, que tem como objetivo<br />

melhorar a vascularização local. A questão está relacionada à resposta local de um osso quimicamente<br />

alterado por uso sistêmico de medicamentos, que não tem capacidade de revitalizar uma matriz e<br />

remover a quantidade de medicamento agregado.<br />

Estadiamento e Estratégias de Tratamento<br />

Estágio<br />

Categoria de Risco<br />

Paciente tratado com BFs (Oral ou IV)<br />

Estratégia de Tratamento<br />

- Nenhum tratamento indicado<br />

- Educação do pacientes<br />

Estágio 0<br />

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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Sem evidencias clinicas e sintomas<br />

Estágio 1<br />

Osso necrótico exposto sem sintomas<br />

e infecção<br />

Estágio 2<br />

Osso necrótico exposto , dor, infecção, eritema na<br />

região óssea com ou sem drenagem purulenta<br />

Estágio 3<br />

Osso necrótico exposto , dor, infecção,<br />

extensa área óssea necrótica além da região alveolar<br />

(borda mandibular, ramo, seio maxilar, zigoma) fratura<br />

patológica, fistula extraoral ou oronasal ou sinusal.<br />

- Controle sistêmico com uso de<br />

analgésicos e antiobióticos<br />

- Antissepsia oral com colutórios<br />

- Acompanhamento clínico trimestral<br />

- Educação do paciente<br />

- Rever indicação de terapia com BFs<br />

- Tratamento sintomático com<br />

antibióticos<br />

- Antissepsia oral com colutorios<br />

- Controle da dor<br />

- Debridamento superficial de tecidos<br />

moles<br />

- Antissepsia oral com colutorios<br />

- Controle da dor e antibioticoterapia<br />

- Debridamento cirúrgico/ressecção<br />

extensa para redução da dor e<br />

infecção<br />

Conclusões:<br />

1. Uma análise dos marcadores bioquímicos do metabolismo ósseo que avaliam a formação e<br />

reabsorção óssea. Estes marcadores fornecem informações importantes sobre a condição<br />

óssea do paciente, antes de surgirem alterações densitométricas significativas.<br />

2. O CTX pode ser considerado o melhor exame para avaliação da condição óssea reabsortiva<br />

de uma paciente e da atividade de anti-reabsortivo ósseo, nos casos de pacientes<br />

medicados com essas drogas.<br />

3. O CTX é um tipo de exame que deve ser solicitado na rotina pré-operatória, principalmente<br />

em pacientes, na fase pós-menopausa, com histórico de uso de bisfosfonatos.<br />

4. Existem drogas alternativas para a prevenção da osteoporose, tais como: Raloxifene<br />

(Evista), Teriparatide (Forteo) ou Micalcin (calcitonina de Salmão)<br />

5. Alguns autores apresentaram estudos clínicos com pacientes que foram medicados com Bfs<br />

(VO) e submetidos a cirurgia para instalação de implantes com resultados satisfatórios..<br />

Entretanto os estudos clínicos têm sido realizados em amostras pequenas e existem muitas<br />

duvidas relacionadas ao tratamento e prevenção da ONIB.<br />

6. Na prevenção da ONIB, segundo Marx, é recomendado a suspensão (“Drug Holliday”) de<br />

medicamento anti-reabsortivo ósseo em um período de 4 a 6 meses para restabelecimento<br />

osteoclástico.<br />

7. Os estágios 1,2 e 3 são considerados de difícil solução, pois a condutaterapêutica proposta<br />

pela literatura pode ser considerada apenas paliativa.<br />

14<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

8. A utilização do plasma rico em plaquetas foi apresentada como uma alternativa no auxilio ao<br />

tratamento da ONIB. A presença de fatores de crescimento favorecem a angiogênese e com<br />

isso uma possível melhora na cicatrização. Entretanto, um osso quimicamente alterado por uso<br />

sistêmico de medicamentos, não tem capacidade de revitalizar uma matriz e remover a<br />

quantidade de medicamento agregado<br />

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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

“Carga imediata em Implantodontia: quando, como e porque<br />

utilizar ?”<br />

Apresentadores:<br />

Marcos Motta<br />

Especialista em Implantodontia e Periodontia; Mestre<br />

em Implantodontia; Coordenador do Curso de<br />

Especialização em Implantodontia da UNIGRANRIO-<br />

Campus Caxias; Consultor NEODENT.<br />

Sergio Motta<br />

Especialista em Protese Dental; Mestre e<br />

Doutor em Implantodontia; Coordenador do<br />

Curso de Especialização em Implantodontia<br />

CLIVO<br />

Moderador:<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

e Especialista em Implantodontia; Membro da<br />

ABOMI e Membro da AORJ<br />

Colaboradora:<br />

Izabelly Oliveira Rezende<br />

Especialista em Implantodontia; Mestranda<br />

em Clinicas Odontológicas UFF<br />

16<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Introdução<br />

A maior evolução da Implantodontia está marcada pelos conceitos atuais que se basearam<br />

nas investigações clinicas e cientificas para estabelecer uma nova visão ao especialista. Para obter<br />

esta visão é necessária uma boa interpretação dos problemas apresentados pelos seus pacientes,<br />

elaboração do diagnóstico e tratamento. Uma base científica sólida possibilita por meio de um exame<br />

clínico avaliar as condições preexistentes do paciente, a previsibilidade do tratamento e a melhor<br />

técnica a ser utilizada para cada caso.<br />

A carga imediata utilizada inicialmente nos implantes convencionais no passado, de forma<br />

empírica, não apresentava uma previsibilidade de sucesso como na atualidade. Schnitmann et al 1997<br />

demonstrou a viabilidade desta técnica utilizando em implantes osseointegráveis. O sistema Novum<br />

foi então criado por Brånemark para reabilitação da mandíbula, desenvolvendo um protocolo para carga<br />

imediata. Outros autores como Schroeder, Tarnow, Horiuchi e Gatti corroboraram Brånemark utilizando<br />

protocolos alternativos, porém sem contrariar os conceitos básicos para obtenção da osseointegração.<br />

Aspectos relacionados à densidade óssea e estabilidade primaria do implante, foram citados<br />

como fatores essenciais para o sucesso da carga imediata. A bicorticalização também foi considerada<br />

como uma alternativa para melhorar a estabilidade inicial em regiões de baixa densidade óssea e<br />

atingir a osseointegração. Atualmente este conceito, é proposto em reabilitações da maxila com<br />

implantes submetidos à carga imediata.<br />

A morfologia dos implantes pode ser considerada um fator coadjuvante importante para o<br />

sucesso. A nanotecnologia e suas aplicações no tratamento da superfície dos implantes facilitaram as<br />

interações das células e reduziram o tempo de espera para o carregamento do implante. Por outro lado,<br />

uma macrogeometria para melhorar a dissipação das cargas, favorece um aumento na superfície de<br />

contato ósseo e promove uma compactação óssea durante a instalação do implante.<br />

As evidências científicas comprovam os benefícios proporcionados pela carga imediata e<br />

incentivam a sua prática rotineiramente. As vantagens que esta técnica oferece, torna esta opção de<br />

tratamento atrativa e estimulante para o profissional e paciente. A reposição imediata de elementos<br />

unitários em uma zona estética, tem sido demonstrada por diversos autores como excelente opção de<br />

tratamento. Tendo em vista que a função imediata do implante após a remoção de um elemento<br />

dentário, reduz a reabsorção óssea e preserva as estruturas de suporte.<br />

Uma análise criteriosa dos diversos fatores implícitos a cada situação deve sempre ser<br />

estabelecida para a sua utilização. Os parâmetros atuais apresentados pela literatura, tem viabilizado<br />

um resultado excelente para a carga imediata, em diversas situações. Entretanto ainda existem<br />

conceitos da técnica e condições clínicas que necessitam de um melhor esclarecimento para o<br />

especialista.<br />

Portanto, este encontro científico consistiu em uma mesa redonda em que foram discutidos e<br />

revisados alguns aspectos da carga imediata e sua aplicação na Implantodontia.<br />

Macro e microgeometria dos Implantes:<br />

Aspectos relacionados à morfologia dos implantes têm sido discutidos ao longo do tempo,<br />

sendo atualmente considerado um importante coadjuvante para o sucesso da osseointegração. O<br />

protocolo de Brånemark enfatizava que a macromorfologia do implante, a técnica cirúrgica e os<br />

aspectos biomecânicos relacionados à sobrecarga oclusal eram fatores que exerciam grande influência<br />

no êxito do tratamento.<br />

17<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Ao longo dos anos, novos tratamentos da superfície dos implantes foram propostos. Recentemente,<br />

a nanotecnologia possibilitou a elaboração de superfícies tratadas com ácido e anodizadas que liberam<br />

cálcio e fósforo. Estas superfícies modificam os mecanismos envolvidos na osseointegração, uma vez<br />

que após a instalação cirúrgica do implante, acelerando a osseointegração<br />

A superfície híbrida, com a presença de “platôs” que permitem uma melhor estabilidade primária,<br />

enquanto a outra parte propicia a acomodação do coágulo sanguíneo. A associação de nano partículas<br />

de hidroxiapatita complementa este tipo de superfície, para promover a liberação de íons cálcio. Estes<br />

avanços da nanotecnologia e suas aplicações no tratamento da superfície dos implantes reduziram o<br />

tempo de espera para o carregamento do implante, que atualmente varia de 28 dias a 8 semanas.<br />

A macrogeometria é um fator importante relacionado a densidade óssea, pois o desenho da rosca<br />

do implante poderá interferir na sua estabilidade durante a sua instalação. A compactação óssea<br />

promove uma estabilidade primária mínima de 20 a 30 N.cm favorecendo a osseointegração. Este tipo<br />

de rosca favorece a instalação do implante em osso de baixa densidade e promove uma melhor<br />

estabilidade primária<br />

É importante ressaltar que esta regra não se aplica a qualquer situação e aspectos relacionados<br />

às condições gerais e locais do paciente devem ser considerados. A baixa densidade óssea, a pequena<br />

área de contato osso-implante, em especial nos casos de implantações imediatas e a estabilidade<br />

primária deficiente são fatores considerados desfavoráveis para o carregamento precoce dos<br />

implantes.<br />

Diâmetro e comprimento dos Implantes<br />

A bicorticalização é um recurso citado pela literatura para promover uma melhor estabilidade<br />

primaria e obtenção da osseointegração em osso de baixa densidade. Esta técnica também tem sido<br />

utilizada com o mesmo objetivo na carga imediata. Os implantes longos com comprimentos acima de<br />

13 mm, assim como os implantes extra-longos, como as fixações zigomáticas, são utilizados para<br />

buscar uma ancoragem nas corticais nasal e zigomática respectivamente, e viabilizar a carga imediata<br />

na maxila.<br />

Em relação ao diâmetro dos implantes, podemos considerar que convém uma análise<br />

criteriosa, para a sua indicação e utilização. Os implantes de diâmetro reduzido (finos) apresentam<br />

resultados satisfatórios, em especial nas áreas de estética crítica e rebordos atróficos, porém a sua<br />

resistência mecânica pode comprometer o tratamento ao longo prazo.<br />

O diâmetro do implante propicia um aumento na superfície de contato osso-implante em uma<br />

proporção de cada 0,25 mm de aumento do diâmetro gerar um aumenta 10% de área de contato ósseo.<br />

Entretanto os implantes de largo diâmetro atualmente são recomendados, apenas para as<br />

implantações unitárias imediatas ou não, na região de molares.<br />

Um aspecto recentemente discutido pela literatura está relacionado ao torque de inserção e o<br />

diâmetro do implante. Vários trabalhos científicos preconizaram que o torque de 30 N.cm é o valor de<br />

torque inicial mínimo para submeter os implantes à carga imediata. Entretanto sob o ponto de vista<br />

mecânico existem fatores que devem ser considerados para avaliação do torque de inserção Tendo<br />

em vista que existe uma proporcionalidade entre o diâmetro e o torque de resistência óssea, que nos<br />

leva a concluir que dobrando o diâmetro de um implante, o torque de inserção aumenta em 4 vezes.<br />

Baseado neste conceito, implantes com grandes diâmetros podem ser submetidos à carga imediata<br />

quando instalados com um menor torque de inserção.<br />

18<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Torque de inserção e Frequência de Ressonância<br />

Estes dois fatores são constantemente estudados no sentido de comparar parâmetros para<br />

medição da estabilidade dos implantes. O torque de inserção (“insertion torque” – IT) durante muito<br />

tempo foi considerado clinicamente como um parâmetro fundamental para avaliação da estabilidade<br />

do implante e consequentemente fator primordial para a carga imediata. Posteriormente a medição de<br />

frequência de ressonância estabeleceu o quociente de estabilidade do implante (“implant stability<br />

quocient” – ISQ), foi apresentado como relevante na analise da interface osso implante e sua<br />

previsibilidade de sucesso. A micromovimentação do implante acima de 150 µm é citada pela literatura<br />

como o principal fator comprometedor da osseointegração e a essência do que a frequência de<br />

ressonância mede. Estudos também demonstram que um torque de inserção superior a 30 Ncm é<br />

considerado adequado para a carga imediata, tendo em vista que promove uma estabilidade e reduz a<br />

micromovimentação do implante. Um implante raramente atingirá a osseointegração com quociente<br />

de estabilidade inferior a 50 (ISQ < 50), o que torna esta avaliação importante na analise de<br />

previsibilidade dos tratamentos. Cabe ressaltar que embora os dois fatores sejam considerados<br />

importantes na avaliação da estabilidade dos implantes, não existe uma correlação entre eles.<br />

Fatores Oclusais e a Micromovimentação<br />

Uma redução na micromovimentação é considerada fator essencial para que ocorra a<br />

osseointegração dos implantes. Sob o ponto de vista clinico as próteses removíveis levam a exposição<br />

dos implantes submersos, gerando uma carga precoce, promovendo a sua micromovimentação e com<br />

isso levar ao insucesso. A carga imediata sobre implantes múltiplos apresenta um elevado índice de<br />

sucesso, pois a união dos implantes com uma prótese preferencialmente utilizando uma estrutura<br />

metálica, reduz a micromovimentação dos implantes. No caso das próteses unitárias a oclusão pode<br />

ser fator de risco para o sucesso. Por isso além de uma boa estabilidade primaria deve-se evitar cargas<br />

que geram componentes de força desfavoráveis para o implante levando-os ao fracasso.<br />

Conclusões<br />

1) Embora a carga imediata seja uma técnica viável com elevado índice de sucesso, a sua pratica deve<br />

ser criteriosa com o respeito aos princípios básicos para obtenção da osseointegração.<br />

2) A estabilidade primária com um torque de inserção acima de 30 N.cm é considerada como condição<br />

mínima para reduzir a micromovimentação do implante e favorecer o sucesso.<br />

3) A densidade óssea é um importante fator para o sucesso da carga imediata, por isso a<br />

bicorticalização é uma opção na busca de uma melhor ancoragem dos implantes em regiões com<br />

baixa densidade óssea, para viabilizar a carga imediata.<br />

4) Os aspectos relacionados à macro e microgeometria dos implantes são fatores coadjuvantes<br />

importantes e auxiliam na estabilidade primaria favorecendo à carga imediata dos implantes.<br />

5) A oclusão pode ser um fator de risco importante no sucesso da carga imediata dos implantes,<br />

especialmente nos implantes unitários, tendo em vista que as cargas oclusais geram componentes de<br />

forças desfavoráveis e podem levar ao insucesso.<br />

6) O torque de inserção (IT) e o quociente de estabilidade do implante (ISQ) são fatores importantes<br />

na avaliação da estabilidade dos implantes, porém não existe uma correlação entre estes índices.<br />

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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Material de enxertia Quando, onde e porque utilizar ?<br />

Apresentadores:<br />

Marcio Baltazar Conz<br />

Especialista em Implantoodontia; Mestre<br />

eDoutor em Ciencias dos Materiais - COPPE-<br />

UFRJ; Prof. Especialização em<br />

Implantodontia / UNESA<br />

Renato Aló Fontoura<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

em Morfologia; Doutor em Implantodontia; Coord.<br />

curso de Implantodontia e Cirurgia da CERTO<br />

Odontologia<br />

Moderador:<br />

Colaboradora:<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

e Especialista em Implantodontia; Membro da<br />

ABOMI e Membro da AORJ<br />

Izabelly Oliveira Rezende<br />

Especialista em Implantodontia; Mestranda<br />

em Clinicas Odontológicas UFF<br />

20<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Introdução<br />

A osseointegração transformou o implante dentário na primeira opção de tratamento para a<br />

reposição e substituição de elementos dentários. Entretanto muitas vezes os defeitos ósseos<br />

associados aos dentes comprometidos ou em decorrência a reabsorção óssea, presentes nos<br />

edêntulos parciais e totais, tornam necessárias as reconstruções ósseas com biomateriais de enxertia.<br />

Estas enxertias podem ser realizadas previamente para viabilizar a instalação do implante, ou<br />

associada a cirurgia de instalação.<br />

O osso autógeno sempre foi o enxerto mais utilizado ao longo do tempo, sendo considerado o<br />

“padrão ouro”, apresentando os melhores resultados nas reconstruções de defeitos em Cirurgia e<br />

Implantodontia. Pelo fato de apresentarem propriedades fundamentais para a regeneração óssea que<br />

são: osseocondução, osseoindução e osteogênese. Por outro lado, a morbidade cirúrgica gerada ao<br />

paciente pela necessidade de um segundo acesso à área doadora, desestimulam em algumas<br />

situações a sua utilização.<br />

Estudos recentes de biologia celular em regeneração óssea com osso autógeno, observaram<br />

que após 14 dias não havia presença das células transplantadas. As células ósseas vivas<br />

transplantadas estavam presentes nas primeiras 48 horas e após 7 dias havia uma extensa perda<br />

destas células.(Zimmermann).<br />

Evidências recentes constatam que estas células transplantadas desempenham diferentes<br />

papeis no processo de regeneração óssea tais como: recrutamento de células ósseas endógenas e<br />

funções imunomoduladoras. Esta imunomodulação ocorre pela produção de citocinas e fatores de<br />

crescimento que estimulam o recrutamento de células osteoprogenitoras que migram para o sitio<br />

enxertado.<br />

Os enxertos alógenos (osso desmineralizado) e as hidroxiapatitas oriundas do coral, foram<br />

muito empregadas na Implantodontia durante os anos 90. Entretanto os possíveis riscos de<br />

transmissões de doenças e a reabsorção lenta, respectivamente destes materiais, desestimularam a<br />

sua utilização.<br />

Atualmente os biomateriais aloplásticos, tais como: as hidroxiapatitas sintetizadas , fosfato<br />

tricálcico e a hidroxiapatita bovina (xenógeno) além do osso autógeno, são os biomateriais de enxertia<br />

mais utilizados pelos implantodontistas. Esses materiais possibilitam a osseocondução e auxiliam na<br />

reconstrução de defeitos ósseos com resultados satisfatórios e com baixa morbidade.<br />

A evolução tecnológica da indústria tem possibilitado o desenvolvimento de biomateriais de<br />

alta qualidade. Porém existem aspectos relacionados as propriedades físico-quimicas tais como:<br />

composição química, forma, tamanho, porosidade e cristalinidade; que devem ser melhor entendidos<br />

pelo clinico. Tendo em vista que estas propriedades podem interferir no resultado do material de<br />

enxertia e sua aplicação clinica.<br />

Portanto esta mesa redonda teve como objetivo trazer subsídios técnico-cientificos ao clinico,<br />

por meio da experiência clinica dos apresentadores e da discussão de alto nível.<br />

Propriedades Fisico-Quimicas dos Materiais<br />

As propriedades físico-químicas são fatores fundamentais para que os biomateriais exerçam a<br />

sua função reparadora em tecidos vivos. Portanto o clinico deve avaliar estas propriedades antes da<br />

sua utilização. Estas propriedades estão relacionadas: a composição química, tamanho, forma,<br />

porosidade e a cristalinidade.<br />

21<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM


IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Por isso, todo material antes de aprovado para o uso em humanos, devem ser submetidos a<br />

testes laboratoriais e em animais. Com o objetivo de avaliar o seu comportamento e resposta em tecidos<br />

vivos, assim como analisar a sua capacidade de contribuir de fato com a reparação desses tecidos.<br />

O tamanho e forma da partícula do material de enxertia, tem uma relação importante com o seu<br />

comportamento. Tendo em vista que a resposta biológica depende de fatores que possibilitem uma<br />

diferenciação celular na presença do material. Portanto a superfície e a porosidade das partículas são<br />

aspectos de extrema importância, pois aumentam a sua adesão mecânica aos tecidos, alteram a<br />

velocidade de reabsorção do material interferindo com isso na neoformação óssea.<br />

Além disso, a cristalinidade dos materiais de enxertias é considerada como uma propriedade<br />

que caracteriza a capacidade de dissolução da partícula. Portanto uma baixa cristalinidade nas<br />

partículas de enxertos favorecem a sua reabsorção, reduzindo o seu tempo de sobrevida nos tecidos<br />

e favorecendo a reparação óssea.<br />

Utilização dos Enxertos<br />

Atualmente, além do osso autógeno, os biomateriais mais utilizados são os materiais<br />

aloplásticos e xenógenos. Geralmente na forma de grânulos e para preenchimento de defeitos<br />

associados a alvéolos pós exodontia, a defeitos gerados durante a instalação de implantes e na cirurgia<br />

de reconstrução de seios maxilares.<br />

A mistura de materiais de enxertia também é recomendada por alguns autores, com o objetivo<br />

de favorecer a reparação óssea, tendo em vista que diferenças nas propriedades físico-quimica podem<br />

equilibra o tempo de reabsorção. A utilização de membranas reabsorvíveis e não reabsorvíveis também<br />

são opções para situações especificas. Em relação às membranas não-reabsorviveis, cabe ressaltar,<br />

que dependem de um melhor domínio técnico-cirúrgico do operador devido as possíveis complicações<br />

trans e pós operatórias que decorrem do procedimento.<br />

Os blocos ósseos de biomateriais foram apresentados pela literatura com o objetivo de<br />

substituir os blocos ósseos autógenos. Porém a cristalinidade ainda é um problema para a sua<br />

utilização de rotina. Portanto a reconstrução óssea, do tipo “onlay” com blocos autógenos, ainda<br />

continua sendo uma alternativa de tratamento indicada para os rebordos atróficos.<br />

Associação de Concentrados Plaquetários aos Biomateriais<br />

Os concentrados plaquetários foram inicialmente apresentados por Marx como auxilio na<br />

regeneração óssea. O plasma rico em plaquetas (PRP) foi durante algum tempo muito utilizado, com<br />

o objetivo de acelerar o processo regenerativo, devido a presença de fatores de crescimento.<br />

Entretanto, teve a sua comprovação cientifica contestada, devido a falta de um estudo padronizado nos<br />

protocolos de obtenção. Atualmente o plasma rico em fibrina (PRF) desenvolvido por Choukron, tem<br />

sido o derivado plaquetário mais utilizado por simplificar o processo de obtenção e preservar fatores de<br />

crescimento. Assim como possibilitar o seu uso como uma membrana biológica favorecendo a<br />

regeneração óssea e cicatrização dos tecidos moles.<br />

Conclusões<br />

1. O osso autógeno é o melhor material para enxertia, porém os biomateriais xenógenos e<br />

aloplásticos são considerados substitutos ósseos que apresentam resultados satisfatórios e<br />

podem ser uma excelente opção para os tratamentos regenerativos em implantodontia.<br />

2. As propriedades físico-quimicas dos biomateriais são fatores preponderantes para avaliar a<br />

sua capacidade ossecondutora no processo de regeneração óssea.<br />

3. A baixa cristalinidade, o tamanho da partícula e a porosidade do material interferem na sua<br />

velocidade de reabsorção e com isso favorecem a reparação óssea.<br />

4. A mistura de biomateriais é sugerida por alguns autores como uma opção para equilibrar a<br />

velocidade de reabsorção e favorecer o processo regenerativo.<br />

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5. A utilização de membranas reabsorviveis a não-reabsorviveis na regeneração óssea<br />

dependem de um domínio técnico-cirúrgico em função das possíveis complicações<br />

decorrentes desta técnica.<br />

6. Os fatores de crescimento presentes nos concentrados plaquetários e sua associação aos<br />

materiais de enxertia, como membrana biológica ou misturado ao material de enxertia,<br />

favorecem o processo regenerativo ósseo e de tecidos moles.<br />

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Novas Tecnologias em Implantodontia: quando, como e porque<br />

utilizar ?<br />

Apresentadores:<br />

Aldir Machado<br />

Especialista em Periodontia e Implantodontia ;<br />

Mestre e Doutorando em Clinicas<br />

Odontologicas;Coord. do Curso de<br />

Especialização em Implantodontia UFF<br />

Silvio Deluca<br />

Especialista em Peridotnia; Especialista e<br />

Mestre e Doutorando em Implantodontia<br />

Moderador:<br />

Colaboradora:<br />

Eduardo Jose de Moraes<br />

Especialista em Cirurgia Bucomaxilofacial; Mestre<br />

e Especialista em Implantodontia; Membro da<br />

ABOMI e Membro da AORJ<br />

Izabelly Oliveira Rezende<br />

Especialista em Implantodontia; Mestranda<br />

em Clinicas Odontológicas UFF<br />

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Introdução:<br />

Novas tecnologias têm sido desenvolvidas ao longo do tempo que contribuíram para a evolução<br />

da Implantodontia. Aspectos relacionados à micro e macrogeometria dos implantes, possibilitando uma<br />

resposta biológica diferenciada dos tecidos e uma melhor estabilidade primaria, proporcionaram uma<br />

mudança no protocolo clássico da osseointegração. Novos recursos cirúrgicos, tais como: a<br />

implantação imediata e a carga imediata levaram a uma melhor estabilidade dos tecidos em áreas<br />

estéticas favorecendo os resultados clínicos e uma otimização no tempo de tratamento.<br />

A melhor compreensão sobre o comportamento dos biomateriais de enxertia e a resposta<br />

biológica dos tecidos, tem possibilitado resultados mais previsíveis na reconstrução alveolar prévia e<br />

concomitante à instalação dos implantes. A engenharia tecidual têm apresentado estudos com fatores<br />

de crescimento, proteínas morfogenéticas e células tronco. Entretanto existem alguns aspectos<br />

controvertidos em relação aos resultados e o custo operacional, que ainda não estão adequados a<br />

nossa realidade clinica.<br />

Atualmente a maior evolução que constatamos na nossa rotina clinica são as técnicas digitais.<br />

Primeiramente por meio do diagnóstico de imagens, com o surgimento da tomografia cone beam e do<br />

escâner intra-oral , que possibilitam uma analise e planejamento tridimensional das condições<br />

alveolares remanescentes dos pacientes. A utilização da tecnologia CAD CAM tem sido um objeto de<br />

grande interesse em diversas áreas dentre elas cirurgia maxilofacial e implantodontia.<br />

Estas tecnologias ganharam uma grande aceitação do clinico, pois oferecem uma maior<br />

precisão e uma redução no tempo do tratamento; permitindo ainda a apresentação do planejamento<br />

cirúrgico-protético ao paciente. A possibilidade de produzir impressões personalizadas de modelos<br />

anatômicos, guias cirúrgicos, restaurações, coroas protéticas, estruturas protéticas e pilares préfabricados<br />

para implantes; têm sido utilizados frequentemente na clinica.<br />

Inicialmente o sistema CAD CAM foi utilizado na reabilitação protética e personalização de<br />

pilares para implantes. Posteriormente com a cirurgia guiada por intermédio da prototipagem,<br />

planejamento virtual e confecção de um guia personalizado. Essas tecnologias reduzem o tempo e a<br />

morbidade do tratamento com implantes e apresentam excelentes resultados. Entretanto alguns<br />

aspectos ainda devem ser discutidos com o objetivo de um maior esclarecimento para o clinico em<br />

relação a viabilidade de utilização rotineira dessas novas tecnologias.<br />

Portanto o objetivo desta mesa redonda consiste na discussão de como, quando e porque<br />

devemos utilizar estas novas tecnologias na implantodontia.<br />

Utilização do CAD-CAM na confecção de pilares e próteses sobre implantes<br />

Inicialmente o sistema CAD-CAM foi utilizado na confecção de pilares e estruturas para prótese<br />

sobre dentes naturais e implantes. Esta técnica tem evoluído muito desde a sua criação com o Sistema<br />

CEREC para a confecção de restaurações e coroas cerâmicas para dentes naturais. Atualmente este<br />

sistema está sendo aplicado na Implantodontia também para a fase cirurgica com confecção de guias<br />

cirúrgicos e próteses baseando-se no planejamento virtual da cirurgia. Estas estruturas poderão ser<br />

construídas após o escaneamento na boca e/ou de um modelo da região a ser reabilitada. Em seguida<br />

ocorre um processamento da imagem escaneada com a sua transmissão para uma fresadora, sendo<br />

realizado o processo de confecção de pilares e estruturas para prótese, que podem ser metálicas ou<br />

cerâmicas.<br />

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Conceito da cirurgia guiada<br />

A princípio a cirurgia para instalação de implantes, como em qualquer tratamento, necessita de<br />

um planejamento. Tendo em vista, que um posicionamento favorável dos implantes é fundamental para<br />

a reabilitação protética. Por isso, a importância de um guia cirúrgico, que inicialmente era idealizado de<br />

uma forma mais simplificada baseando-se apenas em um modelo de gesso. Posteriormente o guia<br />

cirúrgico passou a ter um papel multifuncional, especialmente na carga imediata, pois além de orientar<br />

o posicionamento do implante auxilia no registro para confecção da prótese.<br />

O primeiro sistema que definiu previamente o posicionamento dos implantes, foi o Sistema<br />

Novum que utilizava uma estrutura pré-fabricada, que tinha opções de tamanho, de acordo com a forma<br />

do arco. As posições pré-definidas para os implantes em um guia metálico, que era fixado no rebordo<br />

ósseo com subsequente instalação de 3 implantes na mandíbula. Porém existiam algumas restrições<br />

no sistema, que mesmo nas versões com 4 implantes, impediam a sua utilização em varias condições.<br />

Esta limitação, incentivou a prática da técnica convencional com um guia multifuncional, pois além de<br />

simplificada e de menor custo, apresentava melhores resultados.<br />

A grande evolução tecnológica nos exames de imagem, com o surgimento da tomografia Cone<br />

Beam, as impressoras 3D e os novos softwares; possibilitaram um planejamento com uma maior<br />

precisão e segurança. Entretanto o conceito da cirurgia guiada consiste na utilização de um guia préfabricado<br />

baseado em um planejamento virtual ou em um protótipo, que poderá ser realizada com ou<br />

sem retalho, em rebordos totalmente ou parcialmente edêntulos independente da sua condição..<br />

Planejamento e seleção de pacientes<br />

Durante o planejamento de uma cirurgia guiada sem retalho aspectos como espessura e<br />

morfologia ósseas devem ser avaliadas de forma criteriosa. A espessura óssea deve ser de no mínimo<br />

7 mm para a utilização desta técnica. Esta avaliação de ser feita por meio de tomografia<br />

computadorizada, palpação ou calibradores cirúrgicos. Baseado nesta avaliação deve ser<br />

confeccionado um guia cirúrgico pré-fabricado em impressora 3D que poderá ser utilizado na cirurgia<br />

sem retalho ou com retalho. Atualmente o software mais utilizado é o Sistema Dental Slice. A sua<br />

fixação pode ser feita sobre a mucosa ou diretamente sobre o osso nos respectivos casos. Nos casos<br />

de edêntulos parciais, o guia poderá ser apoiado sobre elementos dentários vizinhos à área de<br />

instalação de implante. Poderá ser executada, antes da fixação do guia, uma incisão com bisturi<br />

circular (“punch”) ou com bisturi convencional sem descolamento. Por isso, o planejamento virtual deve<br />

ser cuidadoso para evitar ângulos e inclinações que possam gerar fenestrações nas paredes<br />

remanescentes ou outro tipo de complicações ao procedimento.<br />

Vantagens e desvantagens da cirurgia sem Retalho (“Flapless”)<br />

Ao longo dos anos o protocolo cirúrgico proposto por Brånemark evoluiu com modificações<br />

desenvolvidas devido aos estudos, experiência clinica e novas tecnologias, as quais apresentaram<br />

melhores resultados estéticos com uma redução no tempo do tratamento, sem contrariar o conceito da<br />

osseointegração. Outro aspecto também importante foi uma redução na invasividade e morbidade da<br />

cirurgia, que inicialmente foi aplicada com uma modificação no tipo e desenho da incisão visando não<br />

comprometer a estética.<br />

Por outro, lado o retalho mucoperiósteo permite uma melhor visualização da quantidade e<br />

morfologia do rebordo ósseo, assim como reduz o risco de fenestrações e deiscências ósseas durante<br />

a instalação do implante. Entretanto a elevação do retalho sempre apresenta um grau de morbidade e<br />

desconforto; e requer uma sutura para fechamento da ferida cirúrgica.<br />

Recentemente os procedimentos sem retalho têm sido utilizados nos implantes imediatos pósexodontia,<br />

no sentido de preservar o suprimento sanguíneo e estruturas de suporte, favorecendo a<br />

cicatrização dos tecidos moles. Baseado neste principio a cirurgia sem retalho, que no passado foi<br />

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utilizada nos implantes de Scialom e de Garbaccio, resurgiu e se popularizou sendo realizada por<br />

alguns cirurgiões. A tecnologia utilizando uma imagem 3D da tomografia computadorizada<br />

potencializou o planejamento cirúrgico os implantes e tem estimulado a prática desta técnica. Um guia<br />

pré-fabricado idealizado no planejamento virtual e confeccionado em impressora 3D é fixado na arcada.<br />

Com auxilio de um bisturi circular (“punch”) para remoção do tecido gengival e perfuração do osso com<br />

instalação do implante; o profissional realiza a cirurgia de instalação de implantes em sítios previamente<br />

estabelecidos.<br />

As principais vantagens desta técnica são as seguintes:<br />

1. Redução de complicações pós-operatórias (dor e edema)<br />

2. Redução do sangramento cirúrgico<br />

3. Redução do tempo cirúrgico e necessidade de sutura<br />

4. Preservação dos tecidos moles e duros<br />

5. Manutenção do suprimento sanguíneo<br />

Dentre as desvantagens podemos citar:<br />

1.Inabilidade do cirurgião<br />

2.Risco de superaquecimento ósseo pela limitação da irrigação durante a instrumentação<br />

cirúrgica.<br />

3.Visualização reduzida do rebordo ósseo de possíveis fenestrações e deiscências durante a<br />

instrumentação cirúrgica e instalação do implante<br />

4.Impossibilidade de manipulação de tecido queratinizado na região periimplantar.<br />

Morbidade e conforto do paciente<br />

Durante as cirurgias de implantes, o trauma e a morbidade do paciente, devem ser reduzidos<br />

ao mínimo. A incisão, o descolamento do retalho e o uso de afastadores cirúrgicos, para manter o<br />

campo cirúrgico, são agentes traumáticos que geram e contribuem para aumentar a morbidade do<br />

procedimento. A resposta inflamatória pós-operatória, natural a este trauma cirúrgico, provoca dor e<br />

edema com um desconforto ao paciente que necessitará utilizar medicamentos para controlar estes<br />

sintomas. Estudos clínicos têm demonstrado, por meio de questionários para avaliar a dor e edema<br />

pós-operatório, uma redução significativa no desconforto em um período de 1 a 7 dias após a cirurgia.<br />

É indiscutível que a cirurgia convencional para instalação de implantes sem retalho apresenta um<br />

conforto pós-operatório maior ao paciente, devido a um menor trauma e a baixa morbidade inerente a<br />

esta técnica.<br />

Sobrevivência dos Implantes e comportamento dos tecidos de suporte<br />

Diversos estudos clínicos demonstram um índice de sucesso elevado nos implantes instalados<br />

na técnica de cirurgia sem retalho. Os resultados variam de 95% a 99% de sobrevivência dos implantes<br />

sugerindo a eficácia desta técnica, assim como a sua utilização em todas as morfologias ósseas.<br />

Em relação a perda óssea marginal, estudos clínicos apresentaram uma media de 0.7 a 2.6<br />

mm de perda óssea marginal após um período de 1 ano. Apenas um estudo comparativo entre cirurgia<br />

“flapless” versus cirurgia convencional com retalho foi realizado para avaliar perda óssea marginal dos<br />

implantes. Os autores apresentaram uma pequena redução na perda óssea nos implantes instalados<br />

sem retalho com 2.1 mm e convencional com retalho com 2.8 mm. Os autores também concluíram que<br />

a carga imediata apresenta fatores de risco potenciais a este tipo de técnica.<br />

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Por outro lado, estudos clínicos retrospectivos comparativos realizados com avaliação da<br />

profundidade do tecido mole periimplantar com sondagem, índice de sangramento, índice de placa e<br />

espessura de mucosa queratinizada; não constataram diferenças significativas no comportamento<br />

deste tecido entre as duas modalidades de cirurgia.<br />

Complicações trans-operatórias<br />

Apesar de uma redução na morbidade e no desconforto pós-operatório existem aspectos que<br />

devem ser ressaltados na cirurgia sem retalho (“flapless”). As complicações trans-operatórias desta<br />

técnica devem ser discutidas e avaliadas. Em um estudo de 10 anos foi observado que as<br />

complicações mais comuns são a fenestração da parede vestibular do leito e a deiscência óssea<br />

marginal. A falta de estabilidade primaria nos casos de carga imediata também é uma das possíveis<br />

complicações relatadas, que mudam o planejamento e o tempo de tratamento. Portanto, esta<br />

ocorrência deve ser considerada como possível intercorrência, que acarretará em uma mudança no<br />

tratamento, nos casos de carga imediata, e deve ser prevista e apresentada ao paciente como um fator<br />

de risco.<br />

A cirurgia sem retalho é uma técnica que depende de um planejamento virtual precbaseado em<br />

um software de computador. Por isso o sucesso deste procedimento depende de uma analise previa<br />

da condição óssea (quantidade e qualidade) e da habilidade do cirurgião.<br />

Conclusões<br />

1. A cirurgia guiada apresenta uma maior precisão com um posicionamento favorável dos<br />

implantes possibilitando uma melhor reabilitação protética<br />

2. A tecnologia do planejamento virtual é de fácil execução e permite a sua apresentação ao<br />

paciente de uma forma mais motivadora.<br />

3. A cirurgia guiada caracteriza-se pela a utilização de um guia pré-fabricado, baseado em um<br />

planejamento virtual ou em um protótipo, podendo ser realizada com ou sem retalho<br />

(“Flapless”) e em rebordos edêntulos unitários ou múltiplos.<br />

4. A cirurgia sem retalho (“Flapless”) apresenta uma menor morbidade e um conforto maior no<br />

pós-operatório cirúrgico. Entretanto existem fatores de riscos tais como: fenestração da parede<br />

do leito, deiscência marginal e baixa estabilidade primária do implante.<br />

5. Um planejamento virtual adequado depende de um exame de imagem em tomógrafo do tipo<br />

Cone Beam e um software compatível com o sistema de implante a ser utilizado.<br />

6. O sistema CAD-CAM de confecção de guias, pilares, restaurações, coroas, estruturas<br />

metálicas ou cerâmicas favorece a sua prática na clinica nas reabilitações protéticas<br />

convencionais e sobre implantes.<br />

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