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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Torque de inserção e Frequência de Ressonância<br />

Estes dois fatores são constantemente estudados no sentido de comparar parâmetros para<br />

medição da estabilidade dos implantes. O torque de inserção (“insertion torque” – IT) durante muito<br />

tempo foi considerado clinicamente como um parâmetro fundamental para avaliação da estabilidade<br />

do implante e consequentemente fator primordial para a carga imediata. Posteriormente a medição de<br />

frequência de ressonância estabeleceu o quociente de estabilidade do implante (“implant stability<br />

quocient” – ISQ), foi apresentado como relevante na analise da interface osso implante e sua<br />

previsibilidade de sucesso. A micromovimentação do implante acima de 150 µm é citada pela literatura<br />

como o principal fator comprometedor da osseointegração e a essência do que a frequência de<br />

ressonância mede. Estudos também demonstram que um torque de inserção superior a 30 Ncm é<br />

considerado adequado para a carga imediata, tendo em vista que promove uma estabilidade e reduz a<br />

micromovimentação do implante. Um implante raramente atingirá a osseointegração com quociente<br />

de estabilidade inferior a 50 (ISQ < 50), o que torna esta avaliação importante na analise de<br />

previsibilidade dos tratamentos. Cabe ressaltar que embora os dois fatores sejam considerados<br />

importantes na avaliação da estabilidade dos implantes, não existe uma correlação entre eles.<br />

Fatores Oclusais e a Micromovimentação<br />

Uma redução na micromovimentação é considerada fator essencial para que ocorra a<br />

osseointegração dos implantes. Sob o ponto de vista clinico as próteses removíveis levam a exposição<br />

dos implantes submersos, gerando uma carga precoce, promovendo a sua micromovimentação e com<br />

isso levar ao insucesso. A carga imediata sobre implantes múltiplos apresenta um elevado índice de<br />

sucesso, pois a união dos implantes com uma prótese preferencialmente utilizando uma estrutura<br />

metálica, reduz a micromovimentação dos implantes. No caso das próteses unitárias a oclusão pode<br />

ser fator de risco para o sucesso. Por isso além de uma boa estabilidade primaria deve-se evitar cargas<br />

que geram componentes de força desfavoráveis para o implante levando-os ao fracasso.<br />

Conclusões<br />

1) Embora a carga imediata seja uma técnica viável com elevado índice de sucesso, a sua pratica deve<br />

ser criteriosa com o respeito aos princípios básicos para obtenção da osseointegração.<br />

2) A estabilidade primária com um torque de inserção acima de 30 N.cm é considerada como condição<br />

mínima para reduzir a micromovimentação do implante e favorecer o sucesso.<br />

3) A densidade óssea é um importante fator para o sucesso da carga imediata, por isso a<br />

bicorticalização é uma opção na busca de uma melhor ancoragem dos implantes em regiões com<br />

baixa densidade óssea, para viabilizar a carga imediata.<br />

4) Os aspectos relacionados à macro e microgeometria dos implantes são fatores coadjuvantes<br />

importantes e auxiliam na estabilidade primaria favorecendo à carga imediata dos implantes.<br />

5) A oclusão pode ser um fator de risco importante no sucesso da carga imediata dos implantes,<br />

especialmente nos implantes unitários, tendo em vista que as cargas oclusais geram componentes de<br />

forças desfavoráveis e podem levar ao insucesso.<br />

6) O torque de inserção (IT) e o quociente de estabilidade do implante (ISQ) são fatores importantes<br />

na avaliação da estabilidade dos implantes, porém não existe uma correlação entre estes índices.<br />

19<br />

Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM

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