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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />
alveolares favorecem esta estabilidade inicial, que nos casos de implantações tardias estão ausentes<br />
devido a remodelagem óssea.<br />
Um aspecto recentemente discutido pela literatura está relacionado ao torque de inserção e o<br />
diâmetro do implante. Vários trabalhos científicos preconizaram que o torque de 30 N.cm é o valor de<br />
torque inicial mínimo para submeter os implantes à carga imediata. Convém ressaltar que na maioria<br />
destes trabalhos, foram utilizados implantes de diâmetro convencional. Sob o ponto de vista mecânico<br />
existem fatores que devem ser considerados para avaliação do torque de inserção, os quais podem ser<br />
definidos na seguinte fórmula matemática: (Michael Norton, 2013)<br />
Resistência do Torque = µ x P x H x π x D 2<br />
2<br />
H = comprimento do implante cilíndrico<br />
D = diâmetro do implante cilíndrico<br />
π = 3,14<br />
H x π x D 2 = área da superfície do implante em contato ósseo<br />
P = pressão critica do ossoµ = coeficiente de fricção<br />
Um importante fator desta fórmula é o valor de P (pressão critica do osso). Um valor da pressão<br />
pode acarretar danos ao osso e formação de trincas. Tendo em vista que existe uma proporcionalidade<br />
entre o diâmetro e o torque de resistência óssea, pode-se concluir que dobrando o diâmetro de um<br />
implante, o torque de inserção aumenta em 4 vezes. Baseado neste conceito, implantes com grandes<br />
diâmetros podem ser submetidos à carga imediata quando instalados com um menor torque de<br />
inserção. Portanto, é recomendável um cuidado especial no preparo e instalação do implante em áreas<br />
cicatrizadas, evitando-se torque elevado para não induzir danos na interface óssea. Esta análise<br />
biomecânica pode ser denominada de “restrição viável” para uma estabilidade primária do implante e<br />
resposta óssea satisfatória.<br />
Conclusões:<br />
1. A microgeometria dos implantes é um importante fator coadjuvante para o sucesso da<br />
osseointegração.<br />
2. A nanotecnologia permitiu modificações na micromorfologia dos implantes e possibilitaram uma<br />
melhor resposta biológica dos tecidos.<br />
3. O desenvolvimento das superfícies que liberam íons cálcio e fósforo e que atraem as proteínas<br />
presentes no coágulo aceleram os mecanismos envolvidos na osseointegração.<br />
4. Aspectos relacionados às condições gerais e locais do paciente; densidade óssea e área de contato<br />
osso implante e estabilidade primária, são fatores que podem interferir no sucesso dos implantes<br />
submetidos a carregamento precoce.<br />
5. A macrogeometria dos implantes influencia no resultado do tratamento, especialmente pelo aumento<br />
na área de contato ósseo, na estabilidade primária do implante e na dissipação das cargas oclusais.<br />
6. Atualmente, o sistema cone Morse é considerado o melhor sistema de acoplamento pilar- implante,<br />
pois, apresenta o melhor desempenho mecânico, possibilita uma redução da plataforma (plataforma<br />
switching) e uma melhor precisão de encaixe. Entretanto os demais sistemas antirotacionais, quando<br />
fabricados com controle de qualidade, também apresentam bons resultados.<br />
8<br />
Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM