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IDM Resumos Encontros Científicos 2016<br />

Por isso, todo material antes de aprovado para o uso em humanos, devem ser submetidos a<br />

testes laboratoriais e em animais. Com o objetivo de avaliar o seu comportamento e resposta em tecidos<br />

vivos, assim como analisar a sua capacidade de contribuir de fato com a reparação desses tecidos.<br />

O tamanho e forma da partícula do material de enxertia, tem uma relação importante com o seu<br />

comportamento. Tendo em vista que a resposta biológica depende de fatores que possibilitem uma<br />

diferenciação celular na presença do material. Portanto a superfície e a porosidade das partículas são<br />

aspectos de extrema importância, pois aumentam a sua adesão mecânica aos tecidos, alteram a<br />

velocidade de reabsorção do material interferindo com isso na neoformação óssea.<br />

Além disso, a cristalinidade dos materiais de enxertias é considerada como uma propriedade<br />

que caracteriza a capacidade de dissolução da partícula. Portanto uma baixa cristalinidade nas<br />

partículas de enxertos favorecem a sua reabsorção, reduzindo o seu tempo de sobrevida nos tecidos<br />

e favorecendo a reparação óssea.<br />

Utilização dos Enxertos<br />

Atualmente, além do osso autógeno, os biomateriais mais utilizados são os materiais<br />

aloplásticos e xenógenos. Geralmente na forma de grânulos e para preenchimento de defeitos<br />

associados a alvéolos pós exodontia, a defeitos gerados durante a instalação de implantes e na cirurgia<br />

de reconstrução de seios maxilares.<br />

A mistura de materiais de enxertia também é recomendada por alguns autores, com o objetivo<br />

de favorecer a reparação óssea, tendo em vista que diferenças nas propriedades físico-quimica podem<br />

equilibra o tempo de reabsorção. A utilização de membranas reabsorvíveis e não reabsorvíveis também<br />

são opções para situações especificas. Em relação às membranas não-reabsorviveis, cabe ressaltar,<br />

que dependem de um melhor domínio técnico-cirúrgico do operador devido as possíveis complicações<br />

trans e pós operatórias que decorrem do procedimento.<br />

Os blocos ósseos de biomateriais foram apresentados pela literatura com o objetivo de<br />

substituir os blocos ósseos autógenos. Porém a cristalinidade ainda é um problema para a sua<br />

utilização de rotina. Portanto a reconstrução óssea, do tipo “onlay” com blocos autógenos, ainda<br />

continua sendo uma alternativa de tratamento indicada para os rebordos atróficos.<br />

Associação de Concentrados Plaquetários aos Biomateriais<br />

Os concentrados plaquetários foram inicialmente apresentados por Marx como auxilio na<br />

regeneração óssea. O plasma rico em plaquetas (PRP) foi durante algum tempo muito utilizado, com<br />

o objetivo de acelerar o processo regenerativo, devido a presença de fatores de crescimento.<br />

Entretanto, teve a sua comprovação cientifica contestada, devido a falta de um estudo padronizado nos<br />

protocolos de obtenção. Atualmente o plasma rico em fibrina (PRF) desenvolvido por Choukron, tem<br />

sido o derivado plaquetário mais utilizado por simplificar o processo de obtenção e preservar fatores de<br />

crescimento. Assim como possibilitar o seu uso como uma membrana biológica favorecendo a<br />

regeneração óssea e cicatrização dos tecidos moles.<br />

Conclusões<br />

1. O osso autógeno é o melhor material para enxertia, porém os biomateriais xenógenos e<br />

aloplásticos são considerados substitutos ósseos que apresentam resultados satisfatórios e<br />

podem ser uma excelente opção para os tratamentos regenerativos em implantodontia.<br />

2. As propriedades físico-quimicas dos biomateriais são fatores preponderantes para avaliar a<br />

sua capacidade ossecondutora no processo de regeneração óssea.<br />

3. A baixa cristalinidade, o tamanho da partícula e a porosidade do material interferem na sua<br />

velocidade de reabsorção e com isso favorecem a reparação óssea.<br />

4. A mistura de biomateriais é sugerida por alguns autores como uma opção para equilibrar a<br />

velocidade de reabsorção e favorecer o processo regenerativo.<br />

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Rio de Janeiro, Julho de 2017 EJM

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