Edição 46 RBCIAMB
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Silva, L.T.; Abe, K.C.; Miraglia, S.G.E.K.<br />
Diagnosticou-se que a redução das concentrações<br />
de poluentes atmosféricos, juntamente com a criação<br />
de novas políticas públicas, pode gerar benefícios<br />
econômicos e à saúde da população. Apesar dos<br />
resultados promissores, observa-se que o modelo<br />
APHEKOM foi originalmente criado para estudos relacionados<br />
à população europeia, e sua utilização para<br />
aplicação em uma população residente na América<br />
do Sul pode ser considerada como uma limitação do<br />
estudo, já que as funções dose-respostas utilizadas<br />
são internacionais.<br />
O monitoramento da qualidade do ar é importante<br />
para o acompanhamento da evolução dos níveis de<br />
poluição, permitindo medidas de intervenção sempre<br />
que os valores possam colocar a saúde da população<br />
CONCLUSÃO<br />
AGRADECIMENTOS<br />
em risco. Adicionalmente, ressalta-se a importância<br />
de incluir na rede de monitoramento um sensor para<br />
a medição da concentração de MP 2,5<br />
, visto que esse<br />
poluente está intrinsecamente relacionado a efeitos a<br />
longo prazo na saúde da população e os resultados obtidos<br />
gerariam um diagnóstico mais preciso da ameaça<br />
à população.<br />
Assim, conclui-se que a redução dos níveis de emissões<br />
de MP 10<br />
, MP 2,5<br />
e O 3<br />
evitaria um grande número de óbitos<br />
e traria uma economia bastante significativa em um país<br />
onde os recursos econômicos são escassos. Da mesma<br />
forma, tal redução dos níveis de poluição atmosférica<br />
também diminuiria a demanda de recursos hospitalares,<br />
em consequência da diminuição das internações, garantindo<br />
uma melhora na qualidade de vida da população.<br />
Agradecemos à Secretaria de Vigilância em Saúde<br />
do Ministério da Saúde (SVS/MS) do Brasil,<br />
ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico<br />
e Tecnológico (CNPq) e à Coordenação de<br />
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior<br />
(CAPES), o apoio.<br />
REFERÊNCIAS<br />
ABE, K. C.; MIRAGLIA, S. G. Avaliação de Impacto à Saúde (AIS) no Brasil e América Latina: uma ferramenta essencial<br />
a projetos, planos e políticas. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1807-<br />
57622016.0802.<br />
ABE, K. C.; MIRAGLIA, S. G. Health Impact Assessment of Air Pollution in São Paulo, Brazil. International Journal of<br />
Environmental Research Public Health, v. 13, n. 7, jul. 2016.<br />
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; GONÇALVES, J. L. M.; SPAROVEK, G. Köppen’s climate classification map<br />
for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2014.<br />
ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL. Perfil de Diadema. 2013. Disponível em: . Acesso em: jan. 2017.<br />
BRASIL. Avaliação de Impacto à Saúde (AIS). Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância e Saúde Ambiental<br />
e Saúde do Trabalhador. Metodologia adaptada para aplicação no Brasil. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 68 p.<br />
______. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (Datasus). Informações de Saúde. 2016a. Disponível<br />
em: . Acesso em: set. 2016.<br />
______. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS (Datasus). Morbidade hospitalar do SUS. 2016b.<br />
Disponível em: . Acesso em: out. 2016.<br />
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<strong>RBCIAMB</strong> | n.<strong>46</strong> | dez 2017 | 117-129