Peripecias 10
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GRATIDÃO<br />
Colaboração: Jeremias Simões Alves Corrêa<br />
Faço coro a meu irmão José Francisco que<br />
está homenageando na coluna<br />
Personalidades, nosso irmão Nilson<br />
Simões Alves Corrêa, o considerando<br />
como um segundo pai.<br />
Também sempre o considerei assim. Sou<br />
imensa e infinitamente grato ao Nilson a<br />
quem considero meu orientador<br />
profissional, apesar de não ter muita queda<br />
para o comércio, pois minha preferência<br />
sempre foi fazer as coisas, produzir algo,<br />
mesmo que fosse por encomenda; portanto<br />
a Indústria se encaixava mais em meu<br />
perfil.<br />
Depois que nosso pai partiu, o Nilson e o<br />
tio Izaías eram sócios, porém o Tio Izaías<br />
esteve afastado do Bar Santo Antônio por<br />
ter ido a Portugal em 1947 a passeio e para<br />
tratar de assuntos do seu casamento, que<br />
foi em 26/05/1949. Assim, esteve bastante<br />
afastado, mas ainda participando da<br />
sociedade provisória com seu irmão João,<br />
que por sua vez foi com a família também<br />
para Portugal, permanecendo de abril de<br />
1949 a fevereiro de 1953.<br />
Eu estudava no turno da manhã e após o<br />
almoço por muitas vezes ia caminhando<br />
até a rua Almirante Cochrane, entrava no<br />
ônibus 72 e descia na esquina de<br />
Engenheiro Richard com Mearim para<br />
ajudar o Nilson no que eu podia fazer em<br />
termos de limpeza, pintura de prateleiras<br />
da área onde ficavam guardados<br />
vasilhames, garrafas, etc. Nesta ocasião o<br />
Nilson não tinha o Luiz como empregado<br />
o dia todo. De manhã ele trabalhava no Bar<br />
do Nilson e a tarde ficava no Bar com o tio<br />
Izaías, dormindo em um cômodo anexo à<br />
casa. Adiante as coisas foram se ajustando<br />
com a vinda do Manoel Menezes e<br />
Joaquim Mancebo, que então<br />
permaneceram no Bar dos tios João e<br />
Izaías e o Luiz passou a ficar em horário<br />
integral no Bar do Nilson.<br />
Ressalte-se aqui que o Nilson era um<br />
comerciante austero e exemplar, jamais<br />
vendendo bebidas alcoólicas ou cervejas<br />
aos menores de idade. Quando não<br />
acreditava na idade aparente, pedia que<br />
mostrassem a carteira de identidade. A<br />
clientela era repleta de rapazes, visto que<br />
o Bar ficava bem próximo ao Grajaú Tênis