PADRE BARTOLOMEU PÁROCO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA “Valorizar esta igreja é mantê-la no seu estado original” 2
Em novembro, a IGREJA E O ANTIGO CONVENTO DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA, atual Direção Nacional da PSP, foram classificados como MONUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO, o que significa que foi reconhecido pelo Estado que a sua proteção e valorização representa um valor cultural de importância nacional. Uma distinção que tardava, mas que põe a nu a necessidade de recuperação deste património. O QUE SIGNIFICA A CLASSIFICAÇÃO COMO MO- NUMENTO DE INTERESSE PÚBLICO DA IGREJA DE NOSSA SENHORA DA PENHA DE FRANÇA? Tal classificação significa, em primeiro lugar, que a sociedade civil reconhece que a Igreja de Nossa Senhora da <strong>Penha</strong> de França tem um valor histórico, patrimonial, cultural e religioso valioso, que deve ser promovido e se deve preservar. Para a paróquia é uma honra e, ao mesmo tempo, uma responsabilidade. Uma honra porque dá visibilidade à Igreja onde a nossa comunidade se reúne para celebrar. Uma responsabilidade pois aproveitar a <strong>maio</strong>r visibilidade que agora teremos dará muito trabalho. De facto, a partir de agora poderemos escrever num folheto ‘visite a Igreja da <strong>Penha</strong> de França, classificada como Monumento de Interesse Público’ chamando a atenção de quem o lê – e quanto <strong>maio</strong>r interesse do público existir mais cuidado haverá com a preservação do espaço. De qualquer forma, teríamos todo o interesse em salvaguardar esta igreja no seu estado original mesmo que não tivesse sido declarada Monumento de Interesse Público, porque isso significa valorizá-la. DESDE QUE A IGREJA FOI CLASSIFICADA TEVE APOIO DE ALGUMA INSTITUIÇÃO? A única instituição que cá veio, a nosso pedido, foi o Museu Nacional do Azulejo porque está aqui na freguesia e lembrámo-nos de pedir a sua colaboração. Temos uma grande coleção de azulejos do séc. XVII ao XIX, alguns sobreviveram ao terramoto de 1755, e a diretora do museu, com um pequeno grupo de técnicos, veio cá ver o seu estado, como se podem valorizar, avaliar a possibilidade de se fazerem visitas guiadas. OS AZULEJOS ESTÃO EM BOM ESTADO OU PRECI- SAM DE INTERVENÇÃO? Os únicos que precisam de intervenção são os da capela de Santa Mónica, que era um ex-libris da igreja e que nos anos 60/70 foi transformada numa sala de reuniões. Um exemplo da ajuda do Museu é a sacristia, que foi pintada este ano e arrumada seguindo as indicações da Dr.ª Maria Antónia Pinto de Matos, a diretora do Museu do Azulejo. FICOU MUITO BONITA… Sim, é monumental, muito bonita. Tirámos daqui muitos objetos, para realçar o espaço. A INTENÇÃO É FAZER UM PROTOCOLO COM O MU- SEU PARA SEREM PROMOVIDAS AS VISITAS? Exatamente. O nosso objetivo é que o Museu do Azulejo nos promova e que nós promovamos aqui o Museu: com o apoio da Junta de Freguesia vamos tentar criar uma siner- 3