REVISTA AUGE - EDIÇÃO 28

Auge: Ruy, qual é a sua rotina atual?
RC: Neste momento, estou passando uma temporada
no México para alguns trabalhos e retorno
a Milão após passar uns dias de férias no Brasil,
com intuito de rever minha família e amigos.
Minha rotina de trabalho é como a de qualquer
modelo. Vou à castings ou seleções na expectativa
de conseguir novos trabalhos. Dentre todas
as possibilidades da minha profissão, o que
mais gosto de fazer são os comerciais, pois tenho
oportunidade de atuar e mostrar mais o meu potencial,
me expressando de maneira mais livre e
espontânea. Mas, gosto muito de todos os trabalhos
que faço e sou muito feliz na minha carreira.
Auge: Qual é a sua relação com a cidade
de SAJ? Tem lembranças marcantes aqui?
RC: Eu tenho uma relação muito especial com
Santo Antônio de Jesus porque minha família
paterna mora na cidade. Tenho uma avó, muitos
tios e primos que ainda visito quando estou
de férias, assim como na minha infância e adolescência.
Gosto muito também das festas de
São João da cidade que me deixaram lembranças
especiais, sendo as melhores que já tive.
Auge: Como você projetou sua carreira como
modelo? Quais foram os passos? Quem foram
seus incentivadores? E suas inspirações?
RC: Honestamente, antes de começar a trabalhar
como modelo, há uns dois anos, eu nunca
tinha pensado seriamente nisso. Ao contrário,
eu tinha muitos dos preconceitos que a maioria
das pessoas tem. Na época, eu fazia o terceiro
ano de Administração na UFBA até que veio a
crise financeira do Brasil, e por consequência,
a terceira greve que enfrentei na universidade.
Aproveitei esse tempo livre pra tentar um rumo
novo na minha vida e acabei indo pra São Paulo.
Fiz algumas entrevistas em agências... arrisquei
mesmo! Nunca havia pensado e ninguém, até
então, tinha me incentivado seriamente a seguir
esse rumo profissional. Os meus pais também
não imaginavam isso, mas me incentivaram muito
quando eu disse que era isso o que eu queria.
Consegui uma agência em São Paulo e, como
todo começo, não foi fácil. Tive que começar trabalhando
num Hostel em troca de hospedagem
pra economizar. Passei os primeiros cinco meses
com pouquíssimos trabalhos na área, sendo necessário
muito apoio e investimento dos meus
pais pra que eu pudesse viver da carreira de modelo.
Logo depois, tive a oportunidade de ir pro
México e novamente me arrisquei, tendo apenas
um contrato de seis meses com uma agência.
Mas, graças a Deus, tudo começou a dar certo.
Por meio dessa agência, fiz muitos trabalhos por
toda América do Sul, envolvendo marcas como a
Avon, Chevrolet, Coca-Cola, Firestone e comecei
a tomar gosto pela profissão. Também estudei
teatro, conheci muitas pessoas e procurei apro-
veitar a estada no país para melhorar o idioma
espanhol que eu já conhecia. Foi a partir deste
momento, que comecei a levar mais a sério a
minha carreira e fazer planos maiores como o
de ir pra Europa em busca de novos mercados.
Auge: Como é a sua rotina de cuidados com o
corpo e a mente para se manter numa profissão
tão exigente do ponto de vista estético?
RC: A profissão de modelo, assim como qualquer
outra em que você queira chegar, num alto nível,
requer uma preparação diária, física e mental. Eu
criei alguns hábitos desde que comecei a trabalhar
e que hoje fazem parte da minha rotina. O
principal deles é a atividade física. Todos os dias,
eu corro em jejum pela manhã, pelo menos dez
“
ÊTA SAUDADE DAS
MÚSICAS DE SÃO JOÃO
ACOMPANHADAS DE:
SANFONA, TRIÂNGULO,
ZABUMBA, PANDEIRO!”
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