REVISTA GALERIA POR MÁRCIA TRAVESSONI - EDIÇÃO #09
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva A atuação renovadora de Fábio Zech + Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
Zelma Madeira - A força inspiradora que defende a luta contra o racismo como causa urgente e coletiva
A atuação renovadora de Fábio Zech
+ Cultura, Decoração, Estilo, Empreendedorismo e Gastronomia
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CULTURA<br />
OS SONS<br />
DA TAPERA<br />
IDEALIZADA <strong>POR</strong> RITELZA CABRAL, A TAPERA DAS ARTES,<br />
EM AQUIRAZ, OFERECE EDUCAÇÃO MUSICAL E TEM UMA REDE<br />
DE CONEXÕES EM PROL DA TROCA DE EXPERIÊNCIAS<br />
<strong>POR</strong> ALINE CONDE FOTOS RONI VASCONCELOS<br />
No Centro de Aquiraz, o fio condutor de<br />
várias crianças tocando os mais diversificados<br />
instrumentos possíveis é a música, que logo pode<br />
ser escutada por quem chega próximo ao local.<br />
Toda essa energia e vida vêm da Tapera das Artes,<br />
ONG comandada pela idealizadora do projeto,<br />
Ritelza Cabral, e que, há 35 anos, tem a arte como forma de<br />
sociabilização e desenvolvimento integral das 500 crianças e<br />
adolescentes, entre 5 e 17 anos, que participam dos projetos<br />
e ações da instituição.<br />
Com aulas de instrumentos de corda, sopros, percussão e<br />
canto, os alunos têm as habilidades realçadas e aprendem a<br />
desenvolver mais ainda, por exemplo, a memória, a imaginação,<br />
a concentração e a atenção. Tudo isso faz com que a Tapera<br />
das Artes acredite que aprender a fazer música proporciona o<br />
aumento da autoestima deles, impactando positivamente até<br />
no rendimento escolar. Um dos exemplos de desenvolvimento<br />
é o atual presidente executivo da Tapera das Artes, Magno<br />
Miranda, que chegou à instituição para ser aluno, quando tinha<br />
9 anos, e hoje administra a entidade. “Posso um dia não estar<br />
mais na Tapera, mas a Tapera sempre estará dentro de mim.<br />
Tudo que sou devo a este lugar”, ressalta Magno.<br />
Para a idealizadora Ritelza, a melhor parte de conviver<br />
com as crianças e os adolescentes envolvidos nos projetos<br />
da ONG é perceber a mudança de vida deles. “Transformar<br />
uma criança anônima em alguém que pode escolher, que é<br />
sujeito participante de sua reflexão, consciente de sua própria<br />
história, em alguém com responsabilidade dos seus atos, que é<br />
capaz de interagir, compartilhar, conviver harmonicamente<br />
com o outro... É como acender a luz, e se sentir iluminado<br />
também”, estabelece ela, que também é presidente do Conselho<br />
Consultivo da entidade.<br />
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