Previz2 - 12.07 VRamalho3

A Vítor Ramalho ligam-me factos, ideias e
amizades comuns. O primeiro dos factos
não acontece durante a oposição à ditadura,
que não foi simultânea, pelo meu exílio
de doze anos. Acontece quando ele, como
advogado, representava sindicatos de trabalhadores
da RTP e eu, enquanto Presidente, negociávamos o primeiro
acordo coletivo de trabalho. Num período difícil, tive de imediato a noção
da sua competência e equilibrada seriedade sobre o que era preciso fazer.
No campo das ideias, são elas que nos ligam a princípios e modos de ver
os interesses da nossa comunidade, que nos fazem camaradas, do Partido
Socialista. Mas há uma especial: a ênfase ao valor da/das cultura/s faladas
pela língua portuguesa, por mares navegados em várias latitudes e
nos dois hemisférios do mundo, creio que devido ao facto de eu ter vivido
alguns anos no Brasil e ele em Angola.
As amizades comuns são numerosas. Mas a de Mário Soares salienta o
exemplo de amizade dedicada que o Vítor nos soube dar.
Manuel Pedroso Marques
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