009 - O FATO MARINGÁ - SETEMBRO 2018 - NÚMERO 9 (MGÁ 02)
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Jornal Comunitário Metropolitano<br />
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong><br />
Distribuição Gratuita<br />
PRESIDENTE HOSSOKAWA DIZ OUE:<br />
“CPIs desgastam imagem da Câmara.”<br />
Página 2<br />
VILA DESFILA SEU<br />
ORGULHO DE SER OPERÁRIA<br />
Foto: Márcio Naka Página 4
2 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1<br />
PRESIDENTE DA CÂMARA ELOGIA TRABALHO DOS VEREADORES<br />
MAS CRITICA ABERTURAS INDISCRIMINADAS DE CPIs<br />
(44) 3<strong>02</strong>9-1431<br />
Av. Alziro Zarur, 7<strong>02</strong><br />
Jd. São Jorge - Maringá<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Mário Hossokawa<br />
possui uma longa experiência<br />
política. Entrou na<br />
vida pública em 1983, foi Vice-Prefeito<br />
na segunda gestão<br />
de Said Ferreira (1993 /<br />
1996), coleciona seis mandatos<br />
de vereador, três dos quais<br />
como Presidente da Câmara<br />
Municipal. Além disso, assumiu<br />
o cargo de Prefeito interinamente<br />
em três ocasiões:<br />
1994, 1996 e 2010.<br />
Em 1996, Hossakawa não<br />
concorreu a uma vaga na Câmara,<br />
mas acabou trabalhando<br />
na gestão de Jairo Gianoto<br />
(1997/2000) como secretário<br />
municipal.<br />
Na gestão de Roberto Pupim<br />
(2013/2016) ocupou a<br />
chefia de gabinete por dois<br />
anos e por outros dois anos<br />
foi chefe do PROCON.<br />
Na gestão atual, foi escolhido<br />
novamente para exercer<br />
o cargo de Presidente da<br />
Câmara Municipal mas não<br />
tem sido fácil, nem para ele e<br />
nem para os outros quatorze<br />
J. C. Leonel<br />
vereadores. Todo esse<br />
stress, que Mário<br />
diz “não sentir”, talvez<br />
tenha também influenciado<br />
no seu estado<br />
de saúde. Em<br />
março desse ano,<br />
Hossokawa teve que<br />
se submeter a uma cirurgia<br />
para implantar<br />
pontes de safena e teve<br />
que ficar trinta dias afastado<br />
da Câmara.<br />
J. C. LEONEL: A pauta da câmara<br />
está bem carregada de<br />
assuntos polêmicos, que demandam<br />
atenção e recursos<br />
especiais, como a CPI do<br />
transporte público, a questão<br />
da Sanepar, tem também<br />
a CPI sobre um vereador,<br />
além daquilo que deve chegar<br />
do executivo, ou seja, Projeto<br />
de Lei complementar sobre<br />
o Estatuto da Guarda Municipal<br />
que trabalhará armada<br />
e terá orçamento próprio,<br />
tem também a questão da lei<br />
de abertura dos supermercados,<br />
desentendimentos com<br />
um veículo de comunicação<br />
e no meio disso tudo, o senhor<br />
ainda enfrentou problemas<br />
de saúde. Tá difícil?<br />
MÁRIO HOSSOKAWA: Eu<br />
sempre penso que para ser presidente<br />
da Câmara Municipal<br />
em circunstâncias como essas<br />
que você citou, é preciso experiência<br />
e agir com naturalidade.<br />
“Essas CPIs não dão em nada”, diz Mário Hossokawa<br />
Eu sou Presidente pela terceira<br />
vez e ajo com serenidade,<br />
mas é lógico que não é fácil. Essa<br />
questão dos supermercados por<br />
exemplo, na época, quando foi<br />
discutido e votado, eu estava licenciado<br />
mas se eu estivesse<br />
aqui eu teria votado contra.<br />
Creio que o comércio deva<br />
ter liberdade para abrir quando<br />
quiser pois os grandes supermercados<br />
geram muitos empregos.<br />
Sou contra o poder público<br />
interferir em questões administrativas<br />
da iniciativa privada.<br />
A única coisa que eu cobro,<br />
e que os empresários respeitem<br />
as leis trabalhistas. Sobre<br />
a comissão processante do<br />
vereador Marchese, está suspensa<br />
temporariamente, está<br />
no tribunal de justiça, porém<br />
dia mais, dia menos, vai voltar<br />
para a casa e aí, a Câmara vai<br />
ter que delegar.<br />
A comissão processante<br />
vai ter que fazer o seu trabalho.<br />
Sobre a CPI do transporte<br />
público, eu disse para os colegas<br />
vereadores: “É uma situação<br />
muito delicada para a Câmara,<br />
antes de mais nada porque<br />
nós não temos técnicos para<br />
analisar uma planilha de<br />
custos e conseguir compreender<br />
se o valor praticado ou requisitado<br />
é justo”.<br />
Nós não temos estrutura<br />
para isso e além de tudo, quando<br />
se fala de quebra de contrato<br />
com a TCCC, no meu ponto<br />
de vista, a Câmara não tem<br />
poder para fazer isso, é o executivo<br />
que poderá fazer.<br />
Ao longo dos anos já enfrentamos<br />
tantas CPIS nessa<br />
casa, da TCCC mesmo, já houve<br />
no passado, teve também a<br />
do Parque Industrial, do<br />
Intermodal, mas o fato é que a<br />
Câmara nunca chegou a lugar<br />
nenhum com essas CPIS, e<br />
quando chega a alguma coisa,<br />
não acontece nada.<br />
A gente envia o relatório final<br />
ao Ministério Público, ao o<br />
Poder Executivo, para o Tribunal<br />
de Contas, mas qual é o resultado<br />
obtido? Nada! Não dá<br />
em nada. A Câmara acaba se<br />
desgastando e as pessoas começam<br />
a dizer que tudo termina<br />
em pizza, foi assim no passado<br />
e sempre dirão que houve acerto,<br />
coisas que obviamente não<br />
são verdades. Eu sou terminantemente<br />
contra fazer CPIS<br />
como estão fazendo.<br />
J. C. LEONEL: Como funciona<br />
a gestão dos vereadores<br />
que se candidataram a deputado<br />
mas não se licenciaram<br />
do cargo?<br />
MARIO HOSSOKAWA: Nós<br />
temos tomado muito cuidado,<br />
alertamos os vereadores candidatos,<br />
baixamos uma portaria<br />
que deixa claro tudo aquilo<br />
que a lei eleitoral permite e<br />
não permite, e eles sabem que<br />
é terminantemente proibindo<br />
fazer campanha política dentro<br />
da Câmara Municipal.<br />
Um exemplo: Não podem<br />
usar qualquer tipo de equipamento,<br />
computadores, telefones,<br />
usar a tribuna da Câmara<br />
para pedir voto, os gabinetes<br />
também não podem ser usados<br />
como se fossem comitês<br />
eleitorais, nem mesmo para armazenar<br />
material de campanha.<br />
Estamos atentos, vamos<br />
fiscalizar mas como todos se<br />
comprometeram a cumprir<br />
aquilo que diz a leis, nós queremos<br />
também confiar na honestidade<br />
intelectual deles.<br />
J. C. LEONEL - A quem pensa<br />
de anular o próprio voto, o<br />
que o senhor diz?<br />
MÁRIO HOSSOKAWA - Quando<br />
encontro pessoas que me<br />
dizem que vão anular o voto,<br />
que não votarão em ninguém<br />
porque não confiam mais em<br />
políticos, digo a eles que na verdade<br />
estarão elegendo do mesmo<br />
modo. Eu sempre falo para<br />
as pessoas que anular o voto<br />
na verdade é anular a si mesmo.<br />
Votar em branco ou nulo<br />
não é solução para melhorar a<br />
classe política que temos.<br />
Se queremos ter um país<br />
bom temos que fazer uma análise<br />
criteriosa dos candidatos,<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Não foi uma<br />
sessão comum, afinal já fazia<br />
algum tempo que Maringá<br />
não via uma única mulher entre<br />
os edis. A última foi Márcia<br />
Socrepa na legislação passada,<br />
mas era a única e isso<br />
na opinião desse Jornal, é<br />
pouco, muito pouco.<br />
Dia 21 de agosto, quando o<br />
Presidente da Câmara Mario<br />
Hossokawa declarou empossada<br />
Vilma Garcia da Silva, das<br />
galerias lotadas partiu um aplauso<br />
emocionado e justificado.<br />
Antes do início da sessão,<br />
Ligiane Ciola conversou<br />
brevemente com Vilma e lhe<br />
perguntou se estava emocionada.<br />
Vilma disse que estava<br />
tranquila, mas se via estava a<br />
flor da pele.<br />
LIGIANE CIOLA: É um<br />
dia importante para vários<br />
estratos da sociedade?<br />
VEREADORA VILMA:<br />
Sem dúvida nenhuma, é um<br />
dia importante para as mulheres,<br />
é uma vitória do projeto<br />
da representatividade,<br />
daqueles que não se veem representados,<br />
também do<br />
segmento LGBT, enfim, vamos<br />
à luta.<br />
Com Vilma, sentaram-se<br />
no plenário da Câmara, a professora,<br />
a dona de casa, a mãe,<br />
a empregada doméstica e ainda<br />
sobrou espaço para todos<br />
os que ousam viver livres.<br />
Sentada ao lado do vereador<br />
Jean Marques, aos poucos<br />
Vilma foi tomando posse da serenidade,<br />
já o cenário da Câmara<br />
mudou para melhor; não<br />
Mário Hossokawa Presidente<br />
da Câmara de Vereadores<br />
do passado do candidato, de<br />
suas ideias. Se a gente não votar,<br />
elegeremos aquelas pessoas<br />
que aprontaram, que roubaram<br />
e que partiram para a<br />
corrupção.<br />
Anular o voto é ceder espaço<br />
a pessoas ruins. Tem muita gente<br />
que não quer votar porque está<br />
revoltada e eu não tiro a razão<br />
dessas pessoas mas não existe<br />
outro percurso além desse<br />
que é o voto democrático.◆<br />
Use o Leitor de Código<br />
(QR Code), em seu<br />
celular para ler a<br />
matéria na integra.<br />
VILMA GARCIA DA SILVA<br />
TOMA POSSE COMO VEREADORA EM <strong>MARINGÁ</strong><br />
Ligiane Ciola<br />
Foto: Marquinhos de Oliveira<br />
porque saiu um homem, que<br />
no caso é Mario Verri, um com<br />
boas chances de se eleger representante<br />
da cidade na<br />
ALEP, mas porque entrou uma<br />
mulher e isso, sobretudo hoje<br />
em dia, é muito importante.<br />
Caso Verri se eleja Deputado<br />
Estadual, a aventura<br />
prosseguirá além dos 123 dias<br />
e todas as mulheres continuarão<br />
tendo espaço na Câmara<br />
de Maringá até o final<br />
do mandato.◆<br />
EXPEDIENTE:<br />
Ano 1<br />
Edição 9<br />
Setembro <strong>2018</strong><br />
R. Itamar Garcia Pereira, 55 • Vila Santa Izabel • Maringá/PR<br />
(44) 3246-1769 • (44) 99713-0030 • ofatomaringa@gmail.com<br />
Direção Geral: J. C. Leonel<br />
Jornalista Responsável: Ligiane Ciola (MTB 30014)<br />
Diagramação: Ricardo Rennó (ArtWork Com&Mkt)<br />
Impressão: O Diário - Maringá/PR<br />
Tiragem: 5.000 Exemplares<br />
Distribuição: Gratuita<br />
A opinião dos colunistas não representa necessariamente a posição editorial do JORNAL O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>. Os espaços<br />
publicitários contendo OFERTAS, PROMOÇÕES e/ou VALORES são de total responsabilidade dos anunciantes. As imagens dos<br />
anúncios são ilustrativas. Reservamo-nos no direito de corrigir informações incorretas de diagramação e/ou erros gráficos.
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
ULISSES MAIA FRENTE A FRENTE COM “O <strong>FATO</strong>”<br />
• TCCC • Sanepar • Guarda Municipal • Abertura dos Supermercados aos Domingos e Feriados • Contorno Sul<br />
• PREFEITURA X TCCC<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: O caso<br />
TCCC que culminou com a<br />
abertura da CPI do transporte<br />
público, exprime vontade<br />
política de mudar o sistema<br />
de gestão da TCCC ou substitui-la?<br />
Existem propostas<br />
atrativas e mais eficazes da<br />
parte de outros sujeitos privados<br />
ou mesmo de sua administração?<br />
ULISSES MAIA: O que acontece<br />
no transporte coletivo, é<br />
que Maringá é uma cidade<br />
grande com mais de 430 mil<br />
habitantes, 320 mil veículos<br />
circulando, então o trânsito<br />
acaba ficando insustentável<br />
apesar de muitos investimentos<br />
que nós estamos fazendo;<br />
por isso tem que um transporte<br />
coletivo eficiente, com mais<br />
qualidade e com preço razoável.<br />
O que acontece em Maringá<br />
é que nós estamos enfrentando<br />
a empresa desde que<br />
nós assumimos, exigindo que<br />
ela faça melhorias, algumas<br />
aconteceram, para melhorar a<br />
qualidade do transporte, melhorar<br />
o preço para que as pessoas<br />
se sintam estimuladas a<br />
usar o transporte público, e aí<br />
sim você melhora o trânsito.<br />
Estamos fazendo esses enfrentamentos<br />
com a TCCC.<br />
Quando a empresa pediu reajuste<br />
para R$4,30, nós não aceitamos.<br />
Não tem a mínima lógica,<br />
não autorizamos em hipótese<br />
nenhuma pois na nossa<br />
avaliação, R$3,90 já é caro.<br />
A TCCC fez uma informação<br />
para a prefeitura, afirmando<br />
que estava em dificuldades financeiras,<br />
que estava devendo<br />
a bancos e tendo prejuízo de<br />
600 mil reais por mês, o que<br />
nos fez entender que ela não<br />
tem saúde financeira para continuar<br />
a execução do contrato.<br />
O contrato foi assinado em<br />
2010 e prevê uma duração de<br />
20 anos prorrogáveis por outros<br />
20, na prática são 40 anos<br />
de concessão à TCCC e então<br />
nós notificamos e estamos no<br />
processo para analisar a situação<br />
da empresa para eventualmente<br />
romper o contrato e<br />
fazer uma nova licitação.<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: E sobre<br />
a CPI?<br />
ULISSES MAIA: Paralelamente<br />
a isso, a Câmara abriu<br />
a CPI. Que bom que a Câmara<br />
abriu. A gente entende a importância<br />
dessa CPI e vamos<br />
trabalhar juntos. Os elementos<br />
que a Comissão Parlamentar<br />
de inquérito levantar vão<br />
ser usados por nós nesse processo<br />
contra a TCCC.<br />
• PREFEITURA X SANEPAR<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: A Sanepar<br />
conseguiu derrubar com<br />
uma liminar o decreto que o senhor<br />
prefeito assinou, autorizando<br />
o acerto de contas e a retomada<br />
dos serviços. E agora?<br />
ULISSES MAIA: Na realidade<br />
é uma liminar, uma decisão provisória<br />
que a Sanepar conseguiu<br />
no tribunal de justiça mas nós já<br />
recorremos, e acredito que essa<br />
decisão vai ser revogada.<br />
A realidade que existe é que<br />
em 2010 venceu o contrato entre<br />
a prefeitura e a Sanepar.<br />
Esse contrato foi firmado em<br />
1980. Até aquele ano, a água e<br />
o esgoto eram gerenciados pela<br />
autarquia pública, pela Codemar,<br />
agora a Sanepar tem<br />
que devolver o serviço ao município,<br />
fim da história.<br />
• GUARDA MUNICIPAL<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: O Secretário<br />
Padilha nos disse<br />
em entrevista que a prefeitura<br />
pretende enviar à câmara,<br />
um projeto de lei complementar<br />
sobre o estatuto da<br />
guarda municipal que prevê<br />
entre outras coisas, plano de<br />
carreira, de cargos, ouvidoria,<br />
corregedoria. Isso tudo<br />
precisará de um orçamento<br />
especifico ou não é assim? A<br />
secretaria extraordinária de<br />
segurança pública possui um<br />
orçamento?<br />
ULISSES MAIA: O orçamento<br />
da Guarda Municipal já<br />
quando nós assumimos a prefeitura,<br />
estava incluso no orçamento<br />
do gabinete do prefeito.<br />
Agora para armar a Guarda é<br />
necessário aprovar a lei complementar<br />
na Câmara e isso inclui<br />
a criação de plano de carreira,<br />
corregedoria e tudo mais<br />
e aí sim teremos um orçamento<br />
especifico para isso.<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: O senhor<br />
já sabe qual será o valor<br />
do orçamento para a Guarda<br />
Municipal?<br />
ULISSES MAIA: Não sabemos<br />
mas em breve teremos os<br />
números.<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 3<br />
• ABERTURA DOS-<br />
GRANDES SUPER-<br />
MERCADOS AOS DO-<br />
MINGOS E FERIADOS<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>:<br />
Como o senhor se posiciona<br />
em relação a<br />
abertura das grandes<br />
distribuições aos domingos<br />
e feriados?<br />
ULISSES MAIA: Me<br />
posiciono como me posicionei<br />
desde o início dessa discussão.<br />
Não é algo que deve ser<br />
estabelecido pelo executivo e<br />
nem pelo legislativo; será o judiciário<br />
a estabelecer o que é justo<br />
e nós como poder público vamos<br />
acatar.<br />
• OBRAS DO CONTORNO SUL<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: “Esse<br />
problema existe há 30 anos.<br />
Nós conseguimos viabilizar<br />
junto com os vereadores 13 milhões<br />
de reais e vamos fazer<br />
uma 'reforma boa' e já, neste<br />
contorno sul. Primeiro Precisamos<br />
fazer a licitação. Daqui<br />
três meses começaremos a reforma.”<br />
Essa frase é sua prefeito,<br />
o senhor disse isso no<br />
dia 21 de março lá no Cidade<br />
Alta, em ocasião do Prefeitura<br />
no Bairro, mas já se passaram<br />
5 meses e nada de licitação<br />
e nem de obra.<br />
ULISSES MAIA: Sim, mas nós<br />
estamos dentro dos prazos. Veja,<br />
são muitas empresas que<br />
querem participar dessa licitação<br />
e normalmente uma abertura<br />
de licitação demora no mínimo<br />
três meses mas pode demorar<br />
até seis meses.<br />
O <strong>FATO</strong> <strong>MARINGÁ</strong>: E sobre<br />
o anteprojeto do contorno<br />
sul que contempla a inclusão<br />
de viadutos, galerias, em resumo,<br />
aquele mais completo,<br />
não seria oportuno esperar<br />
e usar esses 13 milhões<br />
nessa obra?<br />
ULISSES MAIA: Absolutamente<br />
não. Com esses 13,4 milhões<br />
conseguiremos melhorar<br />
e muito o asfalto do contorno<br />
sul e isso vai melhorar<br />
muito o tráfego e diminuir o<br />
risco de acidentes. Sobre o anteprojeto,<br />
temos problemas<br />
com o DENIT mas já estamos<br />
resolvendo tudo. Essa obra é<br />
que inclui a construção de pistas<br />
duplas, acostamentos, 7 viadutos,<br />
galerias de águas, drenagem,<br />
em resumo: tudo aquilo<br />
que o atual não tem. É uma<br />
obra muito cara, custará 240<br />
milhões de reais.◆
4 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1<br />
OS 71 ANOS DA<br />
VILA OPERÁRIA<br />
Da Redação<br />
Foto:<br />
Daniel Mattos<br />
“Homens, mulheres. Operários deram vida à Vila que<br />
nasceu de uma esperança. O ouro verde, o ouro branco,<br />
a fartura, cresceu tão bela, tão Imponente.<br />
Vila Operária, orgulho de sua gente.”<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Ainda com o espírito das palavras de Tereza Baldo na composição do Hino da<br />
Operária, pioneiros da Zona 3, tomaram conta da Av. Paissandu na manhã de Domingo (19<br />
de agosto). O Desfile Cívico que marcou os 71 anos de criação da Vila mais famosa de Maringá,<br />
foi uma festa de cores e lembranças.<br />
Ortílio Carlos Vieira, mais conhecido<br />
como Tilinho, é um dos líderes do<br />
Esporte Clube Operário, Time de Futebol<br />
que representa o bairro há mais de<br />
40 anos. Antes dele, um outro Operário<br />
havia deixado de existir para fazer<br />
parte de uma fusão que deu vida ao<br />
Grêmio de Esportes Maringá.<br />
“A Operária e o Operário significam<br />
muito para mim; elevamos o<br />
nome da Vila pois fazíamos frente<br />
até aos juniores do Grêmio. Eu<br />
agradeço muito à Vila Operária<br />
porque através dela, fiz muitos<br />
amigos na cidade inteira e cheguei<br />
até a trabalhar no futebol<br />
profissional por 9 anos.”<br />
Bento Sala, morador há 66 anos e Tereza Baldo, moradora há 64 anos, que é também compositora<br />
do Hino da Vila Operária.<br />
“A gente já tem raízes aqui na Vila Operária. Cheguei aqui em 1952. Não tinha nada, só<br />
galhos queimados sobre a terra vermelha e algumas casas de madeira, mas era muito<br />
bonito. Parabéns aos homens que desbravaram e que a fizeram bonita como hoje.”<br />
João Barbosa da Silva, mora<br />
na Rua Inhaúma há 60 anos<br />
e trabalhou 50 anos como<br />
feirante.<br />
“Naquele tempo, a Avenida<br />
Brasil era de paralelepípedos,<br />
o resto nem isso tinha e<br />
as cercas eram de ripas.<br />
Nossa diversão era ir ao velho<br />
Cine Horizonte. Não<br />
quero sair nunca daqui.”◆<br />
Use o Leitor de Código<br />
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matéria na integra.<br />
No QR CODE, galeria de fotos<br />
do desfile e o Hino completo<br />
da Vila Operária
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
PREFEITURA DE <strong>MARINGÁ</strong> DESTACA<br />
89 OBRAS EM ANDAMENTO<br />
Ligiane Ciola<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Durante o café com a imprensa (16/08), o prefeito Ulisses Maia enfatizou investimentos em obras citando<br />
89 projetos em andamento que somam R$ 260 milhões.<br />
Ulisses Maia falou sobre os investimentos e ressaltou a economia com as licitações, citando a do aeroporto que de R$<br />
105 milhões caiu para R$ 82 milhões, e a do terminal intermodal com economia de R$ 15 milhões. “Os investimentos de R$<br />
260 milhões são 20 % de nossa receita corrente líquida. Esse percentual<br />
é um sonho para muitas prefeituras do país”, destacou o prefeito.<br />
Ainda sobre as obras, Maia lembrou que obras como a do Terminal<br />
Intermodal estão dentro do prazo (setembro de 2019).<br />
Com relação aos viadutos do Contorno Norte, explicou que o cronograma<br />
depende da burocracia do Departamento Nacional de<br />
Infraestrutura de Transportes (DNIT). Alterações nos anteprojetos<br />
e mudanças na direção do órgão tem dificultado o processo.◆<br />
VAGAS ABERTAS PARA CURSOS DE<br />
MANICURE/PEDICURE E SOBRANCELHA<br />
Ligiane Ciola<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) continuam com vagas abertas para os Cursos de<br />
Manicure e Pedicure e Design de Sobrancelha.<br />
As capacitações são gratuitas e destinadas a famílias de baixa renda de Maringá.<br />
A promoção é da Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria da Assistência Social e Cidadania (SASC), em parceria<br />
com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC).<br />
As inscrições são reservadas a adultos e menores com idade igual ou acima de 16 anos; nesse caso é necessário apresentar<br />
a autorização do responsável legal.<br />
As matrículas são realizadas nos CRAS. É necessário apresentar documentos pessoais, comprovante de endereço e de<br />
renda. Os alunos terão o benefício do vale-transporte e receberão certificado após a conclusão das aulas. As inscrições<br />
são limitadas ás cotas preestabelecidas.◆<br />
• Curso de Manicure e Pedicure<br />
1 Turma: 11/09 a 22/10/<strong>2018</strong><br />
Público-alvo: Maiores de 18 anos<br />
• Curso de Design de Sobrancelha:<br />
3 Turmas: 10 a 14/09 | 15 a 19/10 | 05 a 09/11/<strong>2018</strong>.<br />
Público-alvo: Maiores de 16 anos (c/ autorização de responsável legal)<br />
Local: SENAC Maringá - Av. Colombo, 6225 - Zona 7 - Maringá - PR<br />
Inscrições: CRAS de Maringá + Informações: SASC: (44) 3221-6440<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 5<br />
coluna<br />
LIGIANE<br />
CIOLA<br />
NOITE DE ORAÇÃO PELA PAZ<br />
O Grupo de Diálogo Inter-religioso convida a comunidade<br />
a participar da 15ª edição da Noite de Oração pela Paz.O<br />
evento acontece dia 21 de setembro, as 20h no Auditório<br />
Dona Guilhermina que fica na Avenida Tiradentes, 740.<br />
FESTIVAL NIPO-BRASILEIRO DA ACEMA<br />
Vem aí o tradicional Festival Nipo Brasileiro da ACEMA. O<br />
Asilo Wajunkai, com apoio do templo Nippakuji, participará<br />
com sua tradicional barraca. O Festiva começa dia 6<br />
de setembro e prossegue até dia 16.<br />
CASA DI NONNA GANHA PRÊMIO<br />
Os amigos André Conde e Viviane Farias festejam a conquista<br />
de um prêmio que certifica a qualidade da comida<br />
que o Restaurante CASA DI NONNA oferece todos os dias a<br />
seus clientes. O Casa di Nonna foi aparece como melhor<br />
restaurante self-service na pesquisa realizada pela empresa<br />
“Excelência”.<br />
MESA REDONDA<br />
A Arquidiocese de Maringá através da Aras / Cáritas, promove<br />
dia 26 de setembro a partir das 20h, no Auditório<br />
Dona Guilhermina, uma Mesa Redonda que terá como tema<br />
“Agrotóxicos - Envenenamento da Casa Comum”. Em<br />
ocasião da Mesa Redonda, será feita uma coleta de assinaturas<br />
em apoio ao Programa Estadual de Redução de<br />
Agrotóxicos (PROERA) e a proibição da pulverização aérea<br />
no Estado do Paraná. O Auditório Dona Guilhermina fica<br />
na Avenida Tiradentes, 710. Toda a comunidade é convidada<br />
a participar.◆<br />
CADEIRAS MOTORIZADAS<br />
SÃO DOADAS AO PROVOPAR<br />
Os três equipamentos vão ser emprestados à<br />
pessoas paraplégicas e tetraplégicas de<br />
Maringá e região<br />
Marcelo Bulgarelli<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Criar possibilidades para uma pessoa se envolver em tarefas simples da vida<br />
diária. Na segunda-feira ( 27 de agosto) a presidente do Programa do Voluntariado Paranaense<br />
- PROVOPAR, e primeira dama de Maringá, Eliane Maia, recebeu três cadeiras motorizadas<br />
avaliadas em R$ 30 mil. Elas vão ser emprestadas às pessoas paraplégicas e tetraplégicas<br />
da cidade e outros municípios da região.<br />
A doação foi realizada pela concessionária de rodovias Viapar, empresa responsável pela<br />
administração do Lote 2 do Anel de Integração do Paraná, com trechos nas regiões Norte,<br />
Noroeste e Oeste do Estado. “Além de obras e serviços realizados nas estradas acredito na<br />
importância dessa parceria, que vai beneficiar pessoas carentes ao longo da nossa malha”,<br />
finalizou o presidente da concessionária VIAPAR, Guilherme Nogueira.<br />
Atualmente, 230 instituições estão cadastradas no Provopar, que realiza a média de 40<br />
atendimentos por dia.◆<br />
Serviço: A sede do Provopar de Maringá fica no 1º andar do paço da prefeitura municipal. Mais informações<br />
pelo telefone (44) 3221-1508.
FALE DIRETAMENTE COMIGO:<br />
Se quando estamos sozinhos<br />
enfrentamos dificulda-<br />
6 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1<br />
SOU CEGO , MAS...<br />
Ligiane Ciola<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • Fui conhecer<br />
os alunos de uma das várias salas<br />
especiais da rede pública de<br />
ensino para pessoas que possuem<br />
graus diferenciados de visão,<br />
pessoas com baixa visão ou A maioria das pessoas, Inclusão Social de Cegos e Portadores de Baixa Visão, depende...<br />
até completamente cegas. não sabe como agir quando<br />
Cheguei a sala especial da se depara com um cego ou<br />
Escola Municipal de Ensino portador de baixa visão que<br />
Fundamental Kennedy num tem que por exemplo, atravessar<br />
uma rua. Normal-<br />
dia chuvoso, o que impediu<br />
que vários alunos viessem a mente, as pessoas ficam em<br />
escola. Encontrei Celso Yoshida<br />
e Fabrício Batista de Pai-<br />
tudo sozinhos, o que não é<br />
silêncio e nos deixam fazer<br />
va que estavam a estudar para<br />
um Concurso Público da guém tenta nos ajudar e o<br />
bom, pior ainda é quando al-<br />
Prefeitura de Maringá. As outras<br />
pessoas que encontra-<br />
Chegam sem falar nada,<br />
faz em modo errado.<br />
mos, foram Silvia de Oliveira, nos pegam pelo braço e nos<br />
professora auxiliar e também arrastam consigo, tudo isso<br />
portadora de baixa visão e Lettícia<br />
Farias, Professora titular única palavra. Sabemos que<br />
as vezes sem nos dirigir uma<br />
na Escola do Mandacaru. não é culpa deles mas da falta<br />
de informação, de igno-<br />
Do encontro com todos<br />
eles extraí relatos que dão indicação<br />
sobre como ajuda-<br />
pessoa age assim, nos tira torância<br />
mesmo. Quando uma<br />
los sem ter que fazer grandes da a sensibilidade e nos expõe<br />
a riscos como quedas.<br />
esforços.<br />
“Se vocês entendessem a Qual é o jeito certo? Comece<br />
pelo diálogo, afinal so-<br />
vida de quem enxerga o mundo<br />
em modo diferente, passariam<br />
a não temer de nos ajular<br />
e ouvir. Um bom início,<br />
mos cegos mas podemos fadar<br />
nas tarefas que para vocês<br />
são muito simples, mas chamo fulano”, responde-<br />
seria um “oi ou bom dia, me<br />
Fabricio Batista de Paiva, Letticia Farias, Celso Yoshida e Silvia de Oliveira na Sala Especial da Escola Kennedy do Mandacaru.<br />
que para nós, são sempre ríamos em modo gentil e então<br />
você nos perguntaria: baixa visão, deveria ser uma fiquei com complexo de infe-<br />
auxilie, quando a gente está<br />
cegueira assim como dos de olho direito. Foi muito difícil, des para encontrar quem nos<br />
complexas apesar de toda a<br />
habilidade que desenvolvemos<br />
com o passar dos anos. ríamos a você de estender o vel de visão minimamente mas superei tudo e fui me po de problema; Um dia des-<br />
Como posso te ajudar? Pedi-<br />
meta para quem tem um nírioridade<br />
por um bom tempo acompanhado surge outro ti-<br />
braço deixando-nos seguralo,<br />
desse modo você poderia por tudo, muito obrigado.” Infelizmente a pouca vinhado<br />
de um amigo e o farma-<br />
normal. Nós agradecemos adaptando aos poucos”. ses fui a farmácia acompa-<br />
nos guiar em modo seguro.<br />
CELSO YOSHIDA: “NINGUÉM são que mantive após a cirurgia,<br />
foi se reduzindo aos pou-<br />
eu precisava, foi nesse mocêutico<br />
perguntou a ele o que<br />
Quando uma pessoa PODE ENTENDER O QUE PAScompreende<br />
isso e age de SAMOS. SÓ QUEM VIVE NA PE- cos, até que aos 25 anos fiquei mento que o interrompi dizendo-lhe<br />
que podia perguntar di-<br />
consequência, rompe uma LE, SABE O QUANTO É DIFÍCIL, completamente cego.“Se penso<br />
ao nível de visão que eu tiretamente<br />
a mim. Ele se des-<br />
barreira estabelecendo uma MAS EU NÃO DESISTO JAMAIS”.<br />
relação que acolheríamos<br />
Eu sou Celso Yoshida, tenho<br />
44 anos, nasci com “baixa do, e também um grau muije<br />
sempre que vou à farmácia,<br />
nha, só 5% no olho esquerculpou,<br />
fizemos amizade e ho-<br />
imediatamente como amizade,<br />
produzindo para si<br />
visão” e minha deficiência foi diagnosticada<br />
aos 4 meses de ida-<br />
me permitia de enxergar pra-<br />
Compreendo o constrangito<br />
forte de miopia que não ele já sabe como deve agir.<br />
mesma conhecimento, que<br />
lhe serviria seguramente em<br />
de. Aos 4 anos, com o agravamento<br />
do problema, tive que dizer que levo uma vida me-<br />
que é recíproco, se amanhã eu<br />
ticamente nada, hoje posso mento das pessoas e garanto<br />
uma futura experiência com<br />
outros cegos. Pense como seria<br />
legal.<br />
passar por uma cirurgia em lhor sendo completamente tiver que ir a outra farmácia<br />
Campinas para corrigir um grave<br />
descolamento de retina, que o que passamos. Só quem vive tar o mesmo problema.<br />
cego. Ninguém pode entender ou comércio, terei que enfren-<br />
Na segunda vez que nos<br />
encontrássemos, você já saberia<br />
meu nome e como me<br />
evitou que eu perdesse completamente<br />
da visão. “Mantive a mas eu NÃO DESISTO<br />
na pele, sabe o quanto é difícil,<br />
ajudar no mesmo tipo de situação<br />
e também em outras.<br />
visão com o olho esquerdo JAMAIS.”<br />
Celso Yoshida: aos 25 anos,<br />
perdeu totalmente a visão.<br />
mas acabei ficando cego do<br />
O desejo dos portadores de<br />
ME AJUDE A SUBIR NO ÔNIBUS:<br />
Em 2013, comecei a frequentar<br />
a Escola Kennedy do<br />
Mandacaru e muitas vezes me<br />
desloco de casa até a escola<br />
com meios públicos de transportes.<br />
Estou habituado, algumas<br />
pessoas já se acostumaram<br />
com a minha presença e<br />
até me oferecem uma mão,<br />
mas nem sempre foi assim, e<br />
nem todos os cegos conseguem<br />
reunir forças para enfrentar<br />
as dificuldades.<br />
ME AJUDAR A ENCONTRAR O<br />
PRODUTO QUE PRECISO:<br />
A mesma coisa acontece<br />
nos supermercados. Aqui no<br />
Mandacaru, sempre que vou<br />
ao supermercados tem um funcionário<br />
que me acompanha<br />
pegando os produtos e dizendo<br />
os preços de cada coisa,<br />
mas não é assim em todo lugar.<br />
Há pessoas porém que<br />
são muito sensíveis. Outro<br />
dia fui comer em um restaurante<br />
que fica bem perto da<br />
escola e todos foram tão gentis,<br />
ao ponto de me perguntarem<br />
se eu gostaria que o bife<br />
fosse cortado em pedaços<br />
para que eu não tivesse dificuldades.<br />
É disso que precisamos.<br />
Paciência e gentileza.<br />
O encontro que tivemos<br />
com a Professora Silvia foi<br />
surpreendente, pois não sabíamos<br />
que ela era portadora<br />
de baixa visão. Ao<br />
contrário do que acontece<br />
com uma pessoa que nada<br />
vê, no caso de Silvia, quase<br />
impossível perceber sua deficiência.<br />
“Esse handicap positivo<br />
muitas vezes se transforma<br />
em negativo em questão de segundos.<br />
Eu não uso bengala,<br />
bem por isso, as pessoas não<br />
percebem que tenho um grau<br />
de deficiência altíssimo.<br />
Não é raro que alguém<br />
me questione por exemplo,<br />
porque estou na fila preferencial<br />
de um banco. Pior ainda<br />
é quando tenho que atravessar<br />
a faixa de pedestres, já<br />
aconteceu de motoristas me<br />
hostilizarem por não saberem<br />
de estarem diante de<br />
uma pessoa que não vê o mundo<br />
como eles, e que portanto,<br />
deve atravessar a estrada lentamente,<br />
na esperança que<br />
nada de ruim aconteça; Vivo<br />
as duas faces da moeda. Sou<br />
formada em Letras com especialização<br />
em Educação Especial<br />
mas também tenho uma<br />
deficiência visual.”<br />
LIGIANE CIOLA: Mais do<br />
que Auxiliar, você é uma Professora<br />
Especialista? ▶
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 7<br />
PODE FALAR COMIGO<br />
também da consciência de quem tudo pode ver.<br />
Fabricio Batista de Paiva: portador de baixa visão.<br />
LETTICIA FARIAS: “APRENDO<br />
MUITO COM ELES”<br />
A professora Lettícia Farias<br />
trabalha há quase dois<br />
anos com portadores de deficiência<br />
visual na sala especial<br />
na Escola do Mandacaru,<br />
na verdade ela trabalha com<br />
educação especial desde que<br />
em formou em 2008. A experiência<br />
adquirida nos doa<br />
conselhos importantes sobre<br />
como devemos nos relacionar<br />
com as diferenças:<br />
“Sempre trabalhei com<br />
educação especial, deficiência<br />
cerebral e outros<br />
transtornos, meu foco sempre<br />
foi Educação Especial.<br />
Temos que ter em mente<br />
uma coisa muito importante.<br />
Devemos nos policiar cada<br />
vez mais para compreender<br />
e atender essas pessoas.<br />
Todos nós deveríamos<br />
estarmos atentos a isso”.◆<br />
▶ CELSO YOSHIDA: Podemos<br />
dizer que sim, enxergo somente<br />
8% e só com o olho direito. Normalmente,<br />
as classes não tem<br />
professores auxiliares. Os titulares<br />
tem que se arranjar sozinhos.<br />
Eu atuo como tal há 5<br />
anos, pois passei em um concurso<br />
e pedi para a Escola me colocar<br />
para trabalhar nesta sala e<br />
eles deixaram. Pouca gente sabe,<br />
mas muitas escolas públicas<br />
possuem salas especiais destinadas<br />
a crianças portadoras de<br />
deficiências visuais e auditivas.<br />
Na verdade esse tipo de escola<br />
ainda é pouco divulgada, há<br />
pessoas que poderiam usufruir<br />
e não sabem que existe. Eu<br />
mesma estudei em uma escola<br />
normal e foi muito difícil. Tenho<br />
baixa visão desde bebê e<br />
aprendi a me virar sozinha.<br />
LIGIANE CIOLA: Você estudou<br />
em escola particular?<br />
CELSO YOSHIDA: Sim, infelizmente,<br />
porque as particulares<br />
não oferecem adaptações<br />
para alunos com deficiência visual<br />
e outros tipos de deficiências.<br />
Pelo menos no meu tempo<br />
foi assim, só depois ficamos<br />
sabendo, que eu deveria ter estudado<br />
em escolas públicas como<br />
a Kennedy, que tem turmas<br />
especiais e professores<br />
preparados para atender nossas<br />
necessidades.<br />
Só a escola pública faz isso,<br />
faz de graça e entende que<br />
por exemplo, pessoas com baixa<br />
visão usam óculos que auxiliam<br />
na definição e nas cores<br />
dos objetos, mas que não aumentam<br />
a visão. É importante<br />
que as pessoas compreendam<br />
o nosso mundo. A adaptação<br />
de uma criança de baixa visão<br />
na escola é mais difícil do que<br />
a de um cego, pois para o cego<br />
existe o método especifico e já<br />
os alunos de baixa visão ficam<br />
“escondidos” na sala e acabam<br />
não pedindo ajuda.<br />
Muitos alunos especiais<br />
desistem de estudar e muitos<br />
professores não conseguem<br />
prosseguir com o trabalho pois<br />
todos os dias precisam superar<br />
barreiras diferentes que<br />
não existem no mundo dos<br />
que veem perfeitamente. Depois<br />
tem a faculdade e o mercado<br />
de trabalho, que só com muita<br />
força de vontade para enfrentar<br />
sem desistir. Entre os motivos<br />
que levam tantos cegos e<br />
pessoas portadoras de baixa visão<br />
a desistirem, está a dificuldade<br />
econômica das famílias<br />
que matriculam os filhos, mas<br />
depois não conseguem trazelos<br />
e busca-los todos os dias.<br />
Tudo isso custa e estamos falando<br />
de famílias de baixa renda.<br />
Fiz todos meus estudos sem<br />
nenhum tipo de adaptação. Na<br />
faculdade eu tinha direito a<br />
adaptações mas todas as vezes<br />
que eu requisitava algo, chegava<br />
na hora me diziam: “Esquecemos<br />
de trazer o seu material”.<br />
Ás vezes se tratava somente de<br />
impressão com letras maiores<br />
e mesmo assim, eu não era<br />
atendida, assim tinha que me<br />
sentar junto com uma colega<br />
que me ajudava e as vezes o professor<br />
me ditava os textos.<br />
FABRÍCIO BATISTA DE PAIVA:<br />
“Sou um portador de baixa<br />
visão, uso bengalas e na verdade<br />
não enxergo praticamente<br />
nada. Tive uma atrofia<br />
nos nervos dos olhos por causa<br />
de uma paralisia cerebral.<br />
Tenho que continuar a ler para<br />
que os nervos dos olhos se<br />
acomodem, pois isso me faria<br />
perder o pouco que enxergo.<br />
Fiz dois concursos para<br />
agente administrativo na área<br />
de educação mas não passei,<br />
fiz também um vestibular na<br />
UEM, porém fiquei muito feliz<br />
com os resultados que obtive.<br />
Quando chego em um ambiente<br />
novo, tenho dificuldades<br />
para me localizar e tendencialmente<br />
me retraio dos<br />
relacionamentos, por isso procuro<br />
ser bem expansivo para<br />
não me sentir bloqueado. Nós,<br />
que temos baixa visão, enfrentamos<br />
problemas diferentes<br />
dos cegos até mesmo nas relações<br />
com o poder público.<br />
Entendemos que falta<br />
boa vontade em nos oferecer<br />
ocasiões de trabalho. Eu gosto<br />
de operar o rádio amador e<br />
gosto muito de me comunicar.<br />
Há tantas coisas que poderíamos<br />
fazer no contexto<br />
do trabalho mas as pessoas<br />
nos veem como problemas e<br />
acabamos sempre excluídos,<br />
pois o papel aceita tudo, nele,<br />
escreveram que a sociedade<br />
tem o dever de facilitar a nossa<br />
inserção na vida profissional<br />
mas infelizmente tudo<br />
acaba ficando no papel.”<br />
QUAL A IMPORTÂNCIA<br />
DO ESCAPAMENTO<br />
PARA O SEU CARRO?<br />
Você roda com o seu carro todo dia e nem lembra que ele existe até que começa<br />
a escutar aquele barulhão de ronco ou vibrações indesejadas: o escapamento está<br />
com problema!<br />
Os dois principais objetivos dos escapamentos são a eliminação de gases e a redução<br />
significativa de ruídos, ambos produzidos pelo funcionamento do motor.<br />
O sistema de exaustão, na maioria dos carros é composto dos seguintes itens:<br />
• COLETOR ou CANO MOTOR: é a peça que sai do motor e coleta os gases produzidos<br />
pela queima de combustível;<br />
• CATALISADOR: auxilia na regulagem do carro e filtra os gases poluentes e os<br />
transforma em gases inofensivos / vapor d'água, além de reduzir o nível de ruído<br />
do motor;<br />
• FLEXÍVEL: malha de aço maleável que reduz a vibração do motor e, consequentemente,<br />
aumenta a vida útil do escapamento;<br />
• ABAFADOR e SILENCIOSO: são os principais responsáveis pela eliminação<br />
dos ruídos graças aos seus sistemas internos de câmaras refletivas / absortivas.<br />
Por trabalharem mais frias são as peças mais comuns de apresentarem problemas<br />
corrosivos, por causa do excesso de água presente no combustível. Além disso,<br />
borrachas, juntas de vedação e abraçadeiras também fazem parte do sistema<br />
de exaustão e devem ser trocadas sempre que necessário para aumentar a vida útil<br />
do escapamento.<br />
Na Joia Escapamentos você encontra a mais completa linha de escapamentos<br />
para veículos nacionais e importados. Faça periodicamente a revisão do escapamento<br />
do seu carro: na Joia Escapamentos ela é feita na hora e não custa nada.<br />
Loja 1: Av. Mauá, 3007 - em Frente ao Sh. Avenida Center - (44) 3226-1512<br />
Loja 2: Av. Brasil, 5579 - Maringá Velho - (44) 3354-7646<br />
Loja 3: Av. Morangueira, 5<strong>02</strong> - (44) 3354-5300<br />
Loja 4: Rua Ver. José Fernandes, 1951 - Sarandi - (44) 3264-1284<br />
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joia@joiaescapamentos.com.br<br />
Informe Publicitário
8 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1<br />
ZÉ DUARTE • MÚSICA COM CAFÉ<br />
Entre um café e outro, percussionista do histórico Trio Kaza sonha com a volta do grupo<br />
Ligiane Ciola<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • José Carlos<br />
Duarte é da turma que veio<br />
ao mundo em 68, nasceu na<br />
pequena Lucélia - interior de<br />
São Paulo e só se transferiu<br />
para Maringá aos 20 anos, depois<br />
de passar no vestibular<br />
da UEM e ingressar no curso<br />
de zootecnia. Apesar da timidez,<br />
o jovem careca cabeludo<br />
logo se enturmou com os músicos<br />
que tocavam nos bares<br />
do entorno, e foi assim que<br />
começou a despontar musicalmente<br />
o percussionista conhecido<br />
como Zé Duarte.<br />
Clube da Esquina, Último<br />
Gole e Free, são nomes de alguns<br />
dos bares noturnos que<br />
o viram aprimorar sua técnica.<br />
Eclético e criativo, logo<br />
chamou a atenção de músicos<br />
que viraram colegas, viraram<br />
parceiros musicais e viraram<br />
amigos. "O Moacir Filho<br />
(referindo-se ao cantor, compositor<br />
e professor universitário)<br />
foi um dos primeiros a<br />
me dar uma chance. A parceria<br />
com ele foi uma honra,<br />
me apresentou a noite maringaense.”<br />
Trio Kaza - duas formações<br />
sem mudar a harmonia<br />
- Zé Duarte relembra o Trio<br />
com olhos lúcidos de quem<br />
luta para não deixar escapar<br />
uma lágrima.<br />
“O Trio nasceu em 1998<br />
com Paulinho Schoffen na<br />
guitarra e violão, Theodoro<br />
no baixo e comigo na percussão.<br />
Em 2000 o Theodoro deixou<br />
o grupo para fazer sua especialização<br />
em uma Universidade<br />
em outra cidade, e foi<br />
ai que convidamos o Ronaldo<br />
Gravino para substituí-lo.<br />
Foi tudo ótimo sempre,<br />
pois o Gravino, além de excelente<br />
músico é também<br />
um experiente produtor e<br />
havia realizado nosso primeiro<br />
cd.” Com o Trio, diz<br />
Zé Duarte, “abrimos shows<br />
de artistas importantes como<br />
Marcelo Nova e Belchior<br />
em 2000 e 14 BIS, Osvaldo<br />
Montenegro, Zé Ramalho<br />
e Zé Geraldo no ano seguinte.<br />
Foi o ápice. Uma<br />
das recordações mais queridas<br />
que tenho, e que tocar<br />
no Kaza me proporcionou,<br />
é do dia em que estávamos<br />
nos bastidores do show do<br />
Geraldo Azevedo.<br />
Após nossa participação<br />
no show de abertura, me convidaram<br />
para tocar com ele,<br />
minhas pernas tremiam, deu<br />
tudo certo, mas quase morri.”<br />
OUERO CAFÉ!<br />
Jornalista Luiz Fernando Cardoso lança<br />
seu segundo E-book<br />
Seu primeiro E-book:<br />
“Orfeu e Violeta:<br />
E outras histórias<br />
lá de Pato Branco”<br />
Da Redação<br />
“Quero Café!” traz 27 crônicas<br />
publicadas entre 2008 e 2013,<br />
além de um recente texto:<br />
“Sonhei com o Corinthians”.<br />
A maioria dessas crônicas é<br />
ambientada na redação de<br />
um jornal de Maringá e nos<br />
relacionamentos de um grupo<br />
jornalistas.<br />
Algumas crônicas, como já<br />
sugere o nome do livro, se<br />
passam em cafeterias da<br />
cidade.<br />
“Quero Café!" é o segundo<br />
e-book da trilogia.<br />
O primeiro foi “Orfeu e Violeta:<br />
E outras histórias lá<br />
de Pato Branco”, que teve<br />
boa aceitação, tanto que<br />
chegou a liderar a categoria<br />
dos e-books mais<br />
vendidos de crônicas da<br />
Amazon.◆<br />
Zé Duarte e Belchior (2000)<br />
O percussionista apaixonado<br />
narra também o encontro<br />
com o autor de Disparada.<br />
Theo de Barros o assistiu tocar<br />
e depois lhe disse: “Nunca<br />
pare de tocar, você tem o brilho<br />
e alma de músico.”<br />
Ana Paula Machado Velho<br />
Mas o Zé parou em 2006,<br />
só profissionalmente. Naquele<br />
período, o mercado<br />
profissional das bandas MPB<br />
começava a perder mercado<br />
para subgêneros e modices, e<br />
o músico Zé Duarte não encontrando<br />
apoio, decidiu sabiamente<br />
dedicar o mesmo<br />
grau de talento em outros setores<br />
profissionais. Fez escola<br />
de gastronomia, aprendeu<br />
muitas coisas sobre o comércio<br />
e hoje é dono do CAFE DU<br />
ZÉ, no Shopping Mandacaru.<br />
O encontro com esse músico<br />
em letargo foi um bom<br />
papo com um excelente café.<br />
Posicionado no hall de entrada,<br />
em frente às escadas<br />
rolantes, o Café Du Zé é uma<br />
tentação para os passantes.<br />
Aqui, o café é do tipo bebida<br />
e o pão de queijo é divino.<br />
Falo só daquilo que mais consumo,<br />
mas nos meus planos<br />
está comer também tapiocas,<br />
tortas salgadas e doces. Tudo,<br />
com cordial atendimento, dele,<br />
de sua esposa Elaine de Oliveira<br />
e de seu sobrinho Gustavo.<br />
Entre um café e uma história,<br />
Zé Duarte folheia seu<br />
book recheado de fotos e recortes<br />
de jornais que sozinhos,<br />
contariam muito bem<br />
suas histórias, mas não nos<br />
emocionariam, já o Zé sim.<br />
Em tempo: Zé Duarte, o<br />
percussionista, já está cedendo.<br />
No mês passado, no<br />
show do dia dos pais que<br />
aconteceu na praça de alimentação<br />
do shopping, o Zé<br />
tocou com os músicos e amigos<br />
Enéas e Tijolo.<br />
A vontade do Zé é ajudar a<br />
organizar eventos musicais de<br />
qualidade e quem sabe, deixar<br />
que o destino faça o resto.<br />
Antes de me despedir o<br />
Zé disse: “A música não sairá<br />
jamais da minha vida.”◆<br />
Use o Leitor de Código<br />
(QR Code), em seu<br />
celular para ler a<br />
matéria na integra.<br />
JOHREI CENTER<br />
PROMOVE O<br />
DIA DO BELO<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • No final deste mês, dias 29 e 30 de setembro, o Johrei Center de Maringá<br />
vai promover um evento para toda a comunidade maringaense. Trata-se do Dia do Belo.<br />
O objetivo é propiciar momentos de alegria e bem-estar para as pessoas, por meio de manifestações<br />
artísticas.<br />
O Johrei Center é ligado à Fundação Mokiti Okada, da Igreja Messiânica Mundial do<br />
Brasil. Para a instituição, apreciar o belo e promover manifestações artísticas é uma das<br />
colunas de atuação dos messiânicos.<br />
O objetivo dos membros é mudar o mundo, mudando a energia do ambiente. Segundo<br />
os ensinamentos, quando apreciamos coisas bonitas, energias positivas também passam a<br />
se manifestar e isso se torna um circuito do bem, do amor, do bem-estar, através do belo.<br />
Desta forma, no último fim de semana de setembro, o Johrei Center estará recebendo<br />
artistas, artesãos e a comunidade em geral de Maringá. Haverá exposições de arte, de<br />
flores, dança, teatro, artesanato, oficina de Ikebana (arte de vivificação da flor) e de horta<br />
caseira, entre outras atividades.<br />
No sábado, dia 29/09, a programação acontece de 9h da amanhã às 18h.<br />
No domingo, dia 30/09, a programação acontece de 9h da amanhã às 16h.<br />
Quem precisar de mais informações sobre o evento deve ligar para o Johrei Cente:<br />
Telefone: (44) 3222-9486.
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 9<br />
EOUIPE MARINGAENSE CONOUISTA<br />
TERCEIRO LUGAR NA SEGUNDA ETAPA<br />
DA COPA SUL DE GOALBALL<br />
Da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • O time maringaense AMACAP / UNIMED participou nos dias 11 e 12 de<br />
agosto da segunda etapa da Copa Sul de Goalball.<br />
A equipe maringaense voltou para casa com a medalha de bronze. No primeira etapa disputada<br />
em abril, os maringaenses conquistaram o ouro.<br />
Com os resultados das duas etapas que aconteceram em Florianópolis - SC, o time segue<br />
com chances de vencer o circuito em segundo lugar na competição.<br />
De acordo com o atleta e coordenador da equipe, Ricardo Alexandre Vieira, ao fim das<br />
três etapas será feita uma somatória para saber quem será o campeão geral. “Isso quer dizer<br />
que ainda temos chances de vencer a competição. Estamos otimistas”, diz.◆<br />
Foto: WHSV-TV / E.U.A.<br />
Sobre o Goalball<br />
O Goalball é um jogo em que atletas cegos ou<br />
que têm baixa visão têm que arremessar a bola<br />
com o intuito de fazer gol no time adversário.<br />
A quadra da modalidade tem o mesmo tamanho<br />
da quadra de vôlei e a bola é semelhante à de<br />
basquete, mas com um guizo que faz barulho<br />
conforme os movimentos, e isso ajuda os joga<br />
dores a encontrá-la durante a partida.<br />
Fonte: Agência Textual Comunicação<br />
CARTUNISTA KALTOÉ<br />
NO MUSEU<br />
ESPORTIVO<br />
DE <strong>MARINGÁ</strong><br />
Antônio Roberto de Paula, Diretor do Museu e o<br />
Cartunista Luíz Carlos Altoé.<br />
IPP BRASIL DE CURITIBA<br />
CONOUISTA A SEGUNDA ETAPA<br />
REGIONAL DE PARAVÔLEI,<br />
<strong>MARINGÁ</strong> É TERCEIRO<br />
Da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> A segunda etapa Regional Sul que aconteceu nos dias 11 e 12 de agosto no<br />
Ginásio Valdir Pinheiro, na Vila Olímpica. Terminou com a vitória do IPP Curitiba, seguido<br />
pelo Círculo Militar, com Maringá em terceiro e Paranaguá em quarto lugar.◆<br />
Da Redação<br />
<strong>MARINGÁ</strong> • O Museu Esportivo de Maringá conta agora com 10 trabalhos do Cartunista<br />
Luíz Carlos Altoé, o Kaltoé. A inauguração do espaço aconteceu dia 14 de agosto e os<br />
trabalhos ficarão em exposição em modo permanente.<br />
O Museu Esportivo fica na Rua Pioneiro Domingos Salgueiro, 1415, esquina com a Avenida<br />
Carlos Borges, no Jardim Guapore.◆
10 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1<br />
DISTRITO DE IGUATEMI RECEBE<br />
SESSÃO DA CÂMARA MUNICIPAL<br />
Escola Estadual Rui Barbosa recebe Brasão do Município nos seus 60 anos de existência<br />
Ligiane Ciola<br />
Diretor Marcos Wagner Skaraboto Lopes recebendo a homenagem, das mão de Onivaldo Barris.<br />
IGUATEMI • A Quadra Esportiva do Colégio Estadual Rui<br />
Barbosa do Distrito de Iguatemi, foi sede da Câmara Municipal<br />
de Maringá na noite de quinta-feira, 30 de agosto.<br />
A Sessão no Distrito, atendeu ao pedido do Vereador Onivaldo<br />
Barris e contou com maciça participação da comunidade<br />
que lotou a quadra esportiva. Faltaram cadeiras, mas isso<br />
não é uma crítica.<br />
Emocionado, Barris, vereador pelo distrito, foi encarregado<br />
pelo Presidente Mário Hossokawa, de discursar antes<br />
da entrega do Brasão à instituição de ensino.<br />
O vereador, abriu seu discurso citando José Diniz Neto, primeiro<br />
diretor do então Grupo Escolar Rui Barbosa; lembrou ainda<br />
que ele mesmo, foi aluno da instituição na década de 1960.<br />
A O <strong>FATO</strong>, antes da Sessão, ressaltou a importância das<br />
sessões itinerantes: “As sessões itinerantes são muito importantes,<br />
hoje, ainda mais, pois a escola onde estamos, existe<br />
há 60 anos e merece receber o Brasão do Município de Maringá.<br />
Por isso estamos aqui, para reconhecer os relevantes<br />
serviços que a escola presta à população”.<br />
A honraria, foi entregue ao atual diretor, Marcos Wagner<br />
Skaraboto Lopes, que lembrou: “As fundações da Escola e do<br />
distrito de Iguatemi, não coincidem. A Escola chegou primeiro,<br />
porque para que fosse criado um distrito, era necessário<br />
garantir acesso à educação”.<br />
Além do Brasão à instituição, a Câmara também homenageou<br />
todos os diretores que passaram pela instituição com<br />
o título de Mérito Comunitário.◆<br />
Vereador Onivaldo Barris.<br />
Use o Leitor de Código<br />
(QR Code), em seu<br />
celular para ler a<br />
matéria na integra.<br />
Quadra Esportiva do Colégio Estadual Rui Barbosa do Distrito de Iguatemi-PR.<br />
Vereadoes presentes.
Ano 1 • Edição 9 • Setembro de <strong>2018</strong> • DISTRIBUIÇÃO GRATUITA<br />
Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá • 11<br />
O AMOR, A SABEDORIA E O PODER DE DEUS SERVEM PARA<br />
LIMPAR O NOSSO CORAÇÃO, O NOSSO MUNDO INTERIOR<br />
Nilson Pereira<br />
Os Mestres ensinam<br />
que precisamos ENTRAR<br />
totalmente dentro de nós,<br />
ouvir a voz do coração. Essa<br />
é a regra. Assim, entrando<br />
dentro de nós, mudando a<br />
nossa forma de pensar, corrigindo<br />
os nossos sentimentos,<br />
renovando o nosso<br />
íntimo, mudaremos o placar,<br />
o resultado da nossa<br />
existência no jogo da vida.<br />
Igual no futebol, dentro<br />
de nós, temos um campo,<br />
um local para desfilar nossas<br />
habilidades e talentos.<br />
Também existe, dentro de<br />
nós, a formação da barreira,<br />
dos bloqueios. Há adversários,<br />
elementos que jogam<br />
contra, coisas do ego / personalidade.<br />
É preciso planejar, adotar<br />
estratégias de defesa e<br />
ataque; existe torcida a nosso<br />
favor e também contra<br />
nós. O adversário, o esforço,<br />
a superação, servem como<br />
estimulantes... Ajudam a formar<br />
o craque, driblando a<br />
tendência do conformismo.<br />
DENTRO & FORA:<br />
Temos o mental, o emocional,<br />
o espírito, a psicologia<br />
e, claro, o físico. Nossos<br />
pensamentos, sentimentos,<br />
memórias, crenças, hábitos,<br />
comportamento, tudo, tudo<br />
isso vai formando uma teia,<br />
uma rede. Nessa rede estamos<br />
ligados, conectados.<br />
A bola, a esfera, essa figura<br />
representa o círculo<br />
da Lei de ação / reação em<br />
movimento, rolando no gramado<br />
da vida material, o<br />
tempo que estamos em campo<br />
aqui na terra.<br />
O círculo da vida é sempre<br />
movimentado através<br />
dos nossos pés, dos nossos<br />
passos no caminho, com as<br />
nossas pernas. Resumindo:<br />
através do nosso jeitão de caminhar<br />
pela vida.<br />
A bola tem dois aspectos:<br />
fora e dentro. Dentro<br />
o ar, o vazio oculto, não é<br />
visível. Igual nossa vida. Vida<br />
interior... Vida manifestada<br />
fora.<br />
Assim, a melhor tática,<br />
o melhor esquema de defesa<br />
e avanço, praticar o jogo,<br />
é usar estratégia de limpar,<br />
purificar o coração, sentir<br />
Deus dentro dele. Receber<br />
dele orientações, incentivo,<br />
coragem, confiança e apoio.<br />
DEUS DENTRO DO CORAÇÃO:<br />
Um coração alegre, feliz,<br />
vitorioso, é obtido pela<br />
prática de pureza, paciência<br />
e perseverança em todos<br />
os momentos, instante<br />
a instante. É a postura da vigilância,<br />
do cuidado, mantendo<br />
a guarda.<br />
Afinal, a incapacidade de<br />
perceber Deus dentro de nós,<br />
só acontece, porque não percebemos<br />
a cobertura suja em<br />
que Ele está envolto. Essa é<br />
uma falta grave de consciência<br />
que provoca o cartão vermelho<br />
e a expulsão da bemaventurança,<br />
daí vem a barreira,<br />
o bloqueio, o aumento<br />
das dificuldades para fazer o<br />
gol, ter motivos para comemoração,<br />
celebrar a vida... Vida<br />
em abundância.<br />
Se nossas roupas ficarem<br />
sujas, nós as trocamos<br />
porque temos vergonha de<br />
aparecer em roupas sujas. Se<br />
a nossa casa, a nossa empresa<br />
estiverem sujas, nós as<br />
limpamos para que os visitantes<br />
e os clientes não tenham<br />
uma impressão ruim<br />
de nós.<br />
Mas quando nossas<br />
mentes e corações estão poluídos,<br />
nos sentimos envergonhados?<br />
Não é ridículo que devamos<br />
nos preocupar tanto<br />
com a limpeza de nossas<br />
roupas, de nossos lares, das<br />
empresas, mas não estamos<br />
preocupados, envolvidos<br />
com a pureza de nossos corações<br />
e mentes que afetam toda<br />
a nossa vida, as nossas relações<br />
por aqui?<br />
Para purificar nossos corações<br />
e mentes, os Mestres<br />
ensinam destacando a primeira<br />
coisa que devemos fazer:<br />
levar uma vida justa.<br />
Nossas ações, de acordo<br />
com os Mestres, devem ser<br />
baseadas na moralidade,<br />
num conjunto de bons princípios.<br />
Dar ênfase ao ser. Ser<br />
para ter... Reto pensar, reto<br />
sentir, reto agir.<br />
Terminamos com as palavras<br />
de Saint Germain: “O<br />
descontrolado emprego do<br />
pensamento e do sentimento<br />
trouxe quase toda sorte de discórdias,<br />
doenças e misérias.<br />
Entretanto, poucos creem nisso,<br />
e prosseguem continuamente<br />
criando, pelo pensamento<br />
e pelos desejos desenfreados,<br />
o caos em seu próprio<br />
mundo; eles poderiam,<br />
tão facilmente como respirar,<br />
inverter a situação usando<br />
seu pensamento construtivamente<br />
com a força motriz do<br />
Amor Divino, e erigir para si<br />
um Paraíso Perfeito...”<br />
Muito obrigado! Deus<br />
abençoe seus sonhos, seus<br />
projetos, sua vida!◆<br />
Ensinamentos da<br />
Grande Fraternidade Branca<br />
Contato: (44) 3<strong>02</strong>8 6139<br />
Foto: Androfroll<br />
TEMOS RAZÕES PARA SERMOS OTIMISTAS, SOBRETUDO<br />
EM OUESTÃO DE MUDANÇA DO PARADIGMA FINANCEIRO?<br />
Henrique Borralho - jh_depaula@yahoo.com.br<br />
(Parte II – Ver “Parte I” na Edição 5, página 9)<br />
“Governo do BILDERBERG”<br />
SÃO LUÍS DO MARA-<br />
NHÃO • Na edição anterior<br />
suscitei as correlações que<br />
darão início ao reset econômico<br />
global, ou, a redefinição<br />
da moeda fiduciária que<br />
permeia e controla o mundo<br />
a partir do decreto FIAT, não<br />
me refiro à empresa automobilística,<br />
e sim, a instituição<br />
dos bancos privados que<br />
estabeleceram suas relações<br />
a partir de ordenações, tais<br />
como as que determinam<br />
que uma dívida ou a emissão<br />
de um papel moeda passam a<br />
ter a correlação de um valor,<br />
sem necessariamente estar<br />
alicerçado em um lastro, como,<br />
por exemplo: grama de<br />
ouro ou mesmo litros de petróleo.<br />
Exatamente!<br />
Para além do problema<br />
do capital volátil (tema de próximos<br />
artigos), o mundo hoje<br />
está assentado em uma ordem<br />
financeira que foi estabelecida<br />
por decretos de grupos<br />
que definiram os jogos do<br />
mercado, regularam seus princípios<br />
e constituíram dividas<br />
simplesmente impagáveis.<br />
Basta ver os dados do FMI<br />
para o ano de 2017: o somatório<br />
de todos os PIB's de todos<br />
os países da terra foi de<br />
US$ 75 trilhões de dólares, já<br />
o montante das dívidas com<br />
o FMI é de US$ 90 trilhões.<br />
Como tudo isso começou?<br />
Há uma relação direta entre<br />
a criação do Grupo Bilderberg<br />
e o crash de Nova York<br />
em 1929. O grupo Bilderberg<br />
é responsável direto pela criação<br />
do FED (Federal Reserve<br />
Bank) e, ao contrário dos outros<br />
países, é uma instituição<br />
privada, oriunda da associação<br />
dos 06 maiores banqueiros<br />
internacionais: Paul Wauburg<br />
(Rotschild Banker); Benjamin<br />
Strong (Morgan Trust);<br />
Abraham Piatt /Andrew (U.S.<br />
Treasury); Frank Vanderlip<br />
(Citybank); Charles Norton<br />
(First National Bank); Nelson<br />
Aldrich (Senator); J. P Morgan<br />
(Tyycon).<br />
O grupo Bilderberg foi instituído,<br />
dentre outras coisas,<br />
para definir as metas bancárias<br />
dos EUA, e, consequentemente,<br />
do restante do mundo.<br />
Eles estão diretamente<br />
envolvidos nas eleições dos<br />
presidentes dos EUA e sua<br />
pressão indireta é responsável<br />
pelo grande Crash de<br />
1929, ou a cognominada crise<br />
de superprodução e a ordenação<br />
FIAT.<br />
Os integrantes do grupo<br />
Bilderberg tiveram participação<br />
direta nos grandes conflitos<br />
mundiais ao longo do<br />
século XX, I e II Guerras.<br />
No caso da I Guerra, foram<br />
eles que emprestaram US$ 2 bilhões<br />
para Lênin e Stálin iniciarem<br />
a revolução russa com o<br />
propósito de retirada deste país<br />
do conflito, garantindo a extensão<br />
da guerra por mais dois<br />
anos, 1917 e 1918, como de fato<br />
ocorreu (ademais, a Rússia<br />
era controlada pelos Czarianos,<br />
adversários dos Illuminati),<br />
além do crash de 1929,<br />
quando o FED ordenou a retirada<br />
de depósitos bancários aumentando<br />
a crise.<br />
Após a retirada dos depósitos<br />
bancários e pelas consequências<br />
da grande crise,<br />
os bancos estadunidenses,<br />
que antes tinham o caráter<br />
regional e não recolhiam depósitos<br />
ao Federal Reserve,<br />
criado em 1913, a partir de<br />
então passaram a fazê-lo.<br />
A crise de superprodução<br />
ocorreu porque findo o I Grande<br />
conflito, as indústrias dos<br />
países europeus paulatinamente<br />
recuperam sua capacidade<br />
produtiva e diminuíram<br />
a demanda da produção estadunidense.<br />
Resultado: com o<br />
passar dos anos as empresas<br />
estadunidense faturaram alto<br />
no mercado de ações da bolsa<br />
de valores e com a diminuição<br />
drástica de pedidos ocorreu<br />
a debacle de 1929.<br />
No próximo artigo irei explorar<br />
as relações diretas entre<br />
a Grande depressão de<br />
1929 e a farsa do atentado às<br />
duas torres gêmeas do World<br />
Trade Center, em 11 de setembro<br />
de 2001.◆
12 • Jornal Comunitário Metropolitano de Maringá DISTRIBUIÇÃO GRATUITA • Setembro de <strong>2018</strong> • Edição 9 • Ano 1