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ATAS 31º COLÓQUIO BELMONTE 2019

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Atas do XXXI Colóquio da Lusofonia – Belmonte – 12-15 abr 2019<br />

Em outras palavras, estamos auxiliando um corpo discente imigrante para que não facilitemos a integração escolar e<br />

social, levando-os ao fracasso escolar e à ignorância da língua anfitriã, por um lado, e por outro lado ao rompimento<br />

com seus sinais de identidade, perda de prestígio ou abandono em relação à língua e cultura familiar. Nós não os<br />

ensinamos corretamente, nem os ajudamos a se desenvolverem. Nós nem sequer alcançamos a mera assimilação. A<br />

resposta que lhes damos se move entre a assimilação e a marginalização. (tradução nossa). (2009: 38)<br />

Uma sociedade democrática, cujo princípio basilar está na igualdade, deve estar em condições de acolher aos imigrantes<br />

refugiados. A escola é exatamente esse lugar, e, por ser um espaço de representação da sociedade, pode receber,<br />

com equidade, os estudantes imigrantes, diferente do mercado de trabalho, cujas relações próprias de competitividade e<br />

produtividade impedem o acolhimento adequado (Etxeberria, Herriko & Elosegi, 2009: 39)<br />

Entretanto, todos os esforços para acolher o estudante imigrante/refugiado devem ser repensados, pois os níveis de<br />

competência linguística dos estudantes imigrantes têm sido abaixo dos estudantes autóctones. Félix Etxeberria, José Garmendia,<br />

Hilário Murua & Elisabete Arrieta afirmam que:<br />

Infelizmente, os resultados acadêmicos obtidos pelos estudantes imigrantes nas diferentes avaliações realizadas nos<br />

campos educacionais que examinamos indicam que estamos longe do que seria desejável em termos de equidade se<br />

compararmos os níveis do corpo discente nativo e do corpo discente e os estudantes imigrantes. (tradução nossa).<br />

(2018: 95)<br />

O acolhimento ao estudante imigrante/refugiado deve se pautar pelo respeito ao seu estatuto linguístico próprio, pois<br />

o imigrante pode ser designado como um aluno que, pelo fato de não possuir competência linguística na língua de acolhida,<br />

possa ser considerado como não-falante. Entretanto, grande parte dos imigrantes/refugiados possuem contato com numerosas<br />

línguas por virem de países multilíngues, podendo ser considerado como uma pessoa de identidade pluricultural e plurilíngue.<br />

O ponto fulcral para que ocorra a integração do imigrante/refugiado é justamente a língua, pois ela será a chave que resultará<br />

no seu êxito ou fracasso diante da nova sociedade que o acolhe, desde que a língua de origem seja utilizada como<br />

base para essa integração (González & Correa, 2014; Oliveira, 2010).<br />

https://www..lusofonias.net<br />

http://coloquios.lusofonias.net/XXXI/<br />

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