Revista Educar Transforma - 2019
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CAPA<br />
TEORIA E PRÁTICA DA BNCC<br />
Por que e para que a gente<br />
aprende a ler e escrever? As respostas<br />
a essas perguntas podem<br />
parecer óbvias, mas nunca foi tão<br />
importante refletir sobre o assunto.<br />
Especialmente depois que a<br />
BNCC determinou a antecipação<br />
do processo de alfabetização –<br />
antes deveria ocorrer até o terceiro<br />
ano do Ensino Fundamental e,<br />
agora, deve acontecer até o fim do<br />
segundo. Há ainda um alerta nas<br />
discussões sobre a “idade certa<br />
para se alfabetizar”.<br />
Um dos principais desafios está<br />
relacionado à visão de continuidade<br />
do processo de aprendizado.<br />
De acordo com a BNCC, ele é prioridade<br />
no primeiro e no segundo<br />
anos do Ensino Fundamental. Contudo,<br />
na opinião de Renata Rossi,<br />
mestre em Educação, Linguagem e<br />
Psicologia pela USP, não é possível<br />
afirmar que a alfabetização só<br />
acontece nesse período. “Podemos<br />
dizer que ela é mais intensa nesses<br />
dois anos, mas começa bem antes<br />
e continua depois”, pondera.<br />
Para Renata, que também é<br />
gerente da equipe de Assessoria<br />
Pedagógica da Somos Educação,<br />
além de compreender que se<br />
trata de um processo contínuo, o<br />
professor deve conhecer a fundo<br />
os meios pelos quais as crianças<br />
aprendem a ler e escrever. “A<br />
noção de que ‘eu ensino e você<br />
aprende’ perdeu sentido. O docente<br />
precisa propor atividades adequadas<br />
aos mecanismos que os<br />
alunos desenvolvem em relação à<br />
língua. Ao ler um texto de história,<br />
por exemplo, ele realiza uma atividade<br />
que envolve a alfabetização,<br />
14 <strong>Revista</strong> <strong>Educar</strong> <strong>Transforma</strong> Junho <strong>2019</strong>