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EDIÇÃO ESPECIAL<br />
JUL/AGO<br />
ANO XXX<br />
EXEMPLAR<br />
DE ASSINANTE<br />
WWW.<strong>FHOX</strong>.COM.BR<br />
QUEM<br />
REALMENTE<br />
ESTÁ GANHANDO<br />
DINHEIRO COM A<br />
FOTOGRAFIA<br />
OS SEGREDOS DE QUEM ESTÁ<br />
FATURANDO NO MERCADO E<br />
CONSOLIDANDO MARCAS<br />
AUTORAL<br />
Fernanda Feitosa fala sobre<br />
a SP-Foto e o mercado<br />
PERFIL<br />
<strong>FHOX</strong> responde às dúvidas<br />
de expoentes da fotografia<br />
NEWBORN<br />
O que é preciso fazer para<br />
iniciar na carreira newborn?
3 e 4 de setembro<br />
VITÓRIA CONCEPT CAMPINAS<br />
Av. José de Souza Campos, 425, Campinas/SP<br />
FÓRUM DE IDEIAS<br />
Conteúdo para quem quer se<br />
atualizar e encarar os desafios<br />
do mercado. Dicas, casos de<br />
sucesso, inspiração para os<br />
negócios. Participe e receba<br />
muitos insights.<br />
3 DE SETEMBRO<br />
Para onde vai o negócio<br />
de formaturas?<br />
LEO SALDANHA<br />
Case Avoice Fornaturas: como<br />
ter uma gestão de sucesso<br />
EMERSON PAULINELLI<br />
e FERNANDA VILHENA<br />
4 DE SETEMBRO<br />
Marketing para o<br />
resultado de vendas<br />
TAIS FERNANDA CAMARGO<br />
Cultura do Seguro: entendendo<br />
os riscos de não ter um!<br />
MIDIÃ BORGES,<br />
LUCIANA DUARTE<br />
e MARCIO GUERRERO<br />
O Mercado<br />
norte-americano<br />
FABRÍCIO REZENDE<br />
Fotografia é o teu negócio<br />
WILLIAN SILVEIRA<br />
Estudo de Case: AGF 360<br />
ANDRE BIAZZO<br />
Gestão: a alma do seu<br />
negócio de formaturas<br />
UNISAL<br />
Debate: novos meios de<br />
pagamento e a questão<br />
tributária<br />
CLAUDIO CRUZ, HELIO GALVÃO,<br />
MICHEL BRUCE e THIAGO CHAIM<br />
PATROCÍNIO<br />
REALIZAÇÃO APOIO INFORMAÇÕES<br />
11 2344-0810<br />
11 98245-0709
O mercado de formaturas<br />
está passando por mudanças.<br />
Encare novos horizontes<br />
FEIRA DE NEGÓCIOS<br />
As principais marcas do mercado<br />
fotográfico. Na Feira você encontra<br />
novidades em produtos, serviços<br />
e soluções para empresas de<br />
formatura.<br />
MARCAS CONFIRMADAS<br />
até 24 de <strong>julho</strong><br />
DNP | Fujifilm | <strong>FHOX</strong> | Guaraci Digital<br />
Photoalbum Universal | Pixel House<br />
SGE | XEROX | Zangraf | Z4Money<br />
NETWORKING<br />
O principal ponto do evento é a<br />
interação. Crie novas oportunidades<br />
de negócios e faça mais contatos<br />
profissionais. Conheça e converse<br />
com outras empresas do mercado,<br />
descubra suas dificuldades e saiba<br />
como fazer para enfrentá-las.<br />
WWW.FORMASUMMIT.COM.BR
NESTA EDIÇÃO<br />
PAPO COM O LEITOR<br />
PERFIL: <strong>FHOX</strong> RESPONDE DÚVIDAS DO MERCADO<br />
CAPA: ONDE ESTÁ O DINHEIRO DA FOTOGRAFIA?<br />
ERA DAS FINTECHS NA FORMATURA<br />
O SUCESSO VEM DE TUK-TUK<br />
COLUNA DR. PAULO GOMES<br />
PRIMEIROS PASSOS NA FOTOGRAFIA NEWBORN<br />
COLUNA MARCO PERLMAN<br />
A FORÇA DA ARTE NA FOTOGRAFIA<br />
ESPECIAL <strong>FHOX</strong> 30 ANOS<br />
COLUNA NICOLAU PIRATININGA<br />
UM NOVO JEITO DE LER A <strong>FHOX</strong><br />
COLUNA RENATO RIZUTTI<br />
VIACOLOR: É SÓ ALEGRIA...E NOVIDADES<br />
COLUNA RAFAEL ARRUDA<br />
NOTAS<br />
VISITARAM A REDAÇÃO<br />
5<br />
6<br />
16<br />
30<br />
34<br />
38<br />
42<br />
48<br />
50<br />
55<br />
66<br />
68<br />
70<br />
72<br />
74<br />
76<br />
78<br />
QUEM FAZ A<br />
LEO SALDANHA Líder | MOZART MESQUITA Líder | POLIANE SILVEIRA Comercial | ANDREIA CACIJI Administrativo<br />
DIOGO AMORIM Coordenador Geral | RENATA LASAK Líder Eventos | THALITA MONTE SANTO Redação<br />
FLÁVIO AUGUSTO PRIORI Redação | FELLIPE SALES Design | GABRIELLE CESARETTI Mídias Sociais | WICTOR DUARTE Assinaturas<br />
FUNDADOR: CARLOS DREHER MESQUITA (1953 - 2012). Uma publicação da Editora <strong>FHOX</strong> dirigida às atividades técnicas<br />
e comerciais da fotografia brasileira. Circulação apenas por assinatura. Os artigos assinados não representam necessiariamente<br />
a opinião da revista. Atenção! A venda de assinaturas é feita somente pela editora <strong>FHOX</strong>. Não temos representantes.<br />
Na eventual não ocorrência da indicação de autoria da foto, entrar em contato com a Redação para a devida correção.<br />
Membro<br />
Assinaturas e números atrasados: DDG: 0800-015-8400 • redacao@fhox.com.br | assina@fhox.com.br | <strong>FHOX</strong>.com.br<br />
Rua Clodomiro Amazonas, 1.099 · cj. 121 · CEP 04537-012 • Pré-Impressão e Impressão: Centrográfica<br />
Tratamento de Imagens: Eduardo Leandro • Foto de Capa: Banco de Imagens
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 5<br />
<strong>200</strong> RAZÕES PARA<br />
ACREDITAR NA<br />
FOTOGRAFIA<br />
Por Leo Saldanha<br />
Um clichê para edições comemorativas é discorrer<br />
sobre não sei quantas páginas em não sei quantos<br />
anos de revista. Ou ainda abordar números de cidades<br />
atendidas e falar de muitas situações que envolvem<br />
essas histórias sobre a trajetória da publicação.<br />
Contudo, preferimos olhar para outras razões. Afinal,<br />
em <strong>200</strong> edições, certamente abordamos muito<br />
mais do que <strong>200</strong> motivos para acreditar na fotografia.<br />
Provavelmente foram mais do que mil razões.<br />
O fato é que vamos completar 30 anos de revista<br />
e, hoje, a <strong>FHOX</strong> é bem mais do que uma publicação<br />
impressa. Temos mais de 30 mil leitores<br />
mensais no site e agora estamos com um novo<br />
modelo de assinatura direto na internet, em conjunto<br />
com o Cameraclub. Os resultados iniciais<br />
dessa nova fase mostram-se empolgantes.<br />
A princípio, ficamos receosos de que o acesso<br />
grátis do site sendo encerrado causaria impacto<br />
negativo no número de leitores. O efeito foi<br />
inverso. Não caiu, e tem tudo para crescer e ser<br />
mais justo com os assinantes (tanto do impresso<br />
quanto da versão digital).<br />
Além de mais informações sobre o novo jeito de<br />
ler a <strong>FHOX</strong>, essa edição de número <strong>200</strong> traz personagens<br />
importantes do mercado fotográfico.<br />
Fizemos questão de retratar uma representatividade<br />
fascinante de algumas das figuras que movimentam<br />
a economia criativa do setor.<br />
A <strong>FHOX</strong> é uma marca de legado. Criada por Carlos<br />
Dreher, primeiro como escola de fotografia<br />
para depois se tornar uma edição que circula<br />
pelo Brasil todo. Hoje tem leitores mundo afora.<br />
Temos podcast, publicações com alto engajamento<br />
nas redes sociais e o e-letter com maior<br />
alcance e maior mailing do ramo no País. Organizamos<br />
eventos e trabalhamos em parceria com<br />
as empresas de fotografia e vídeo.<br />
Nós, antes de tudo, esperamos continuar fomentando<br />
a fotografia como negócio em todas as<br />
suas vertentes. Da fotocabine às empresas de<br />
foto de formatura, do fotógrafo de festa infantil<br />
ao lojista com loja/estúdio.<br />
Os desafios para todos nós que vivemos de fotografar<br />
e imprimir são imensos. Ainda bem que<br />
as famílias não vão deixar de viajar, de casar, se<br />
formar e ter filhos. Elas querem ver esses momentos<br />
em fotos impressas e poder compartilhar<br />
com amigos e parentes. A <strong>FHOX</strong> comemora<br />
essa edição <strong>200</strong> com a certeza de que a fotografia<br />
nunca teve tantas possibilidades. E nossa<br />
missão é mostrar a você quais são elas.<br />
Boa leitura!
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 7<br />
Thalita Monte Santo<br />
O MERCADO<br />
ENTREVISTA<br />
A <strong>FHOX</strong><br />
SEGUINDO O EXEMPLO DA CENTÉSIMA EDIÇÃO, <strong>FHOX</strong> INVERTE<br />
OS PAPÉIS E RESPONDE QUESTÕES DE EXPOENTES DA<br />
FOTOGRAFIA PROFISSIONAL BRASILEIRA<br />
Texto por Redação | Fotos: Arquivo Pessoal<br />
Dizem que o importante não são as respostas,<br />
mas sim fazer as perguntas certas. Nesta edição<br />
especial que atinge o número <strong>200</strong>, isso é<br />
posto efetivamente em prática. <strong>FHOX</strong> recebeu<br />
perguntas de diferentes figuras do cenário fotográfico,<br />
sobre quais são suas perspectivas para<br />
o mercado. As respostas foram submetidas aos<br />
irmãos e sócios que conduzem o Grupo <strong>FHOX</strong>,<br />
Mozart Mesquita e Leo Saldanha. Ensino, laboratórios,<br />
casamento, formaturas, newborn e família,<br />
distribuição, revenda e indústria, passado,<br />
presente e futuro do mercado fotográfico brasileiro<br />
foram abordados nas perguntas a seguir.<br />
A ideia deste perfil segue o modelo da edição<br />
nº 100, onde importantes agentes do mercado<br />
naquele momento, novembro de <strong>200</strong>5, também<br />
questionaram a <strong>FHOX</strong> em um período de muitas<br />
dúvidas, mas cheio de oportunidades.<br />
Cem edições atrás o mundo era um pouco diferente:<br />
o Orkut era a rede social predileta; o<br />
celular que todos queriam ter era um Nokia e<br />
a seleção brasileira, que se preparava para a<br />
copa da Alemanha, destacava-se como franca<br />
favorita. Na fotografia, digital ainda era<br />
novidade e fotografia analógica um negócio<br />
relevante. Câmeras compactas e lojas de fotografia<br />
tinham outro status, assim como a fotografia<br />
em si, já que Instagram estava longe de<br />
ser criado e celular com câmera era um conceito<br />
em desenvolvimento. Porém, ao comparar<br />
as perguntas feitas para a <strong>FHOX</strong> naquele<br />
momento e agora, percebe-se que empresários,<br />
executivos e fotógrafos continuam motivados<br />
e apaixonados pelo que fazem. Suas<br />
perguntas, como as de 14 anos atrás, refletem<br />
o instigante momento de mudanças que vivemos<br />
e denotam um mercado mais maduro e<br />
preparado para se adaptar, que afinal é a única<br />
possibilidade de perseverar. Leia a seguir<br />
um pouco das dúvidas e questões que povoam<br />
o imaginário do mercado fotográfico brasileiro<br />
no momento atual e as respostas que<br />
estão ao alcance de <strong>FHOX</strong>.
8 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Foto: Arlindo Namour Filho<br />
Autorretrato<br />
Cristian de Lima, sócio da Go image<br />
Qual a ideia ou produto disruptivo na área<br />
da impressão?<br />
<strong>FHOX</strong> - É difícil prever algo disruptivo na área<br />
de impressão. Mas parece claro um avanço na<br />
personalização. Sobretudo nas possibilidades de<br />
aplicações direto na foto, com um avanço maior<br />
na área gráfica. Contudo, a Fujifilm mostra que<br />
os investimentos em papel fotográfico seguem<br />
firmes e fortes e com resultados surpreendentes.<br />
A grande questão é se a adesão do mercado<br />
para um papel fotográfico mais em conta, com<br />
qualidade e que pode competir com o gráfico<br />
fará sucesso entre os laboratórios e lojas de foto<br />
mundo afora.<br />
Na parte de labs pro e encadernadoras, a personalização<br />
vai depender da criatividade e de tentar<br />
criar produtos ainda mais diferenciados seja<br />
na embalagem, ou nos formatos de produtos impressos.<br />
Isso é importante para os fotógrafos e<br />
estúdios, pois assim eles conseguem se diferenciar<br />
e cobrar mais. No fim, são esses profissionais<br />
que vão puxar essa revolução, os fornecedores,<br />
indústria, labs e todos nós teremos que nos adequar<br />
a essa realidade. O mais do mesmo na impressão<br />
só leva à guerra de preços. Resumindo:<br />
é uma combinação de esforços de quem fabrica,<br />
de quem imprime e de quem vende para o consumidor<br />
final.<br />
Douglas Cho, CEO da BM Works<br />
Como conscientizar os mercados<br />
fotográfico e gráfico da importância e<br />
necessidade da impressão no papel nos<br />
próximos anos?<br />
<strong>FHOX</strong> - Terá que ser frequente e de consistência,<br />
devendo ter o envolvimento de todos nós:<br />
indústria, lojas, estúdios, empresas de foto de<br />
formatura, fotógrafos e eventos. Fazemos isso ou<br />
a foto no papel perderá força.<br />
Recentemente até a novela da Globo questionou<br />
o álbum impresso. E o mais surpreendente<br />
é que foi na abordagem do fotógrafo,<br />
onde ele afirmava que o álbum não faz mais<br />
sentido, que não é popular. Uma defesa meio<br />
estranha. Entretanto, a personagem de Juliana<br />
Paes disse que era das antigas e fazia questão<br />
de folhear. Causou comoção e uma grande polêmica<br />
nos inumeros grupos de WhatsApp de<br />
fotógrafos brasileiros.<br />
O que nós fazemos sempre é mostrar esse valor.<br />
Seja no Movimento Imprimir, nos eventos e em<br />
matérias. É trabalho de formiguinha. Sem papel<br />
o mercado, como conhecemos, pode sumir. Isso<br />
acarreta em perda de valor em todas as etapas<br />
do ramo fotográfico. O álbum e a foto impressa<br />
justificam e completam o valor. Ajudam a valorizar<br />
a experiência.
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 9<br />
ponto de colocar em risco o trabalho do profissional.<br />
O que não vai acabar é o interesse pela<br />
fotografia. Na parte de impressão, inegável é o<br />
avanço do gráfico. E a qualidade avança junto.<br />
As marcas gráficas estão mais presentes e as<br />
gráficas rápidas (e até grandes e que não estavam<br />
na fotografia) passaram a olhar para<br />
esse mercado. Para o papel fotográfico será um<br />
grande desafio.<br />
Luciano Souza, proprietário da Viacolor<br />
A <strong>FHOX</strong>, nesses 30 anos, passou por<br />
várias fases: do analógico para o digital, o<br />
momento de vendas de equipamentos, a<br />
força da Noritsu. Várias empresas chegaram.<br />
Saímos de fotos impressas para os álbuns,<br />
e minha pergunta é: como a <strong>FHOX</strong> vê os<br />
próximos anos de fotografia no Brasil?<br />
Foto: JOZZU<br />
Foto: Mozart Mesquita<br />
<strong>FHOX</strong> - É uma pergunta instigante. De um lado<br />
temos um mercado que segue se transformando,<br />
com mais competição e que muitas vezes leva<br />
à guerra de preços e a comoditização. Por outro<br />
viés, existem novas possibilidades de personalização<br />
e de venda de experiências. Algo que<br />
envolve tanto o produto quanto a entrega, e a<br />
própria sessão em si.<br />
Luciana Leite, Executiva da Hahnemühle<br />
Uma pergunta que ouvimos constantemente<br />
é: “como gerar valor com minhas<br />
fotografias?“. O que um fotógrafo<br />
profissional deve analisar ao colocar valor<br />
na sua obra?<br />
O Brasil não é uma bolha e não atua fechado<br />
ao que ocorre lá fora. Existem pressões fortes<br />
na indústria de câmeras, no avanço dos consumidores<br />
com smartphones (cada vez melhores)<br />
e na falta de interesse pela impressão. Alguns<br />
desafios envolvem a chegada dos serviços estilo<br />
Uber de fotógrafo (já atuante no Brasil). Caso<br />
da Meero, que vai entrar em casamentos e eventos<br />
sociais. Isso pode ajudar ou prejudicar. Depende<br />
da atuação de todos nós e da adesão dos<br />
consumidores. A grande questão é se os avanços<br />
de inteligência artificial vão automatizar a<br />
cobertura de eventos com drones inteligentes a<br />
<strong>FHOX</strong> - Primeiro, ele precisa entender a importância<br />
do impresso. Sem colocar a foto no papel<br />
não existe forma de valorizar. A personificação da<br />
obra é nesse caminho. E a maneira de justificar os<br />
valores cobrados. Sem falar no jeito certo de perpetuar<br />
memórias. Em papel fine art, então, pode<br />
durar <strong>200</strong> anos ou mais. Para entender esse valor<br />
o fotógrafo precisa conhecer os diferentes substratos<br />
e conhecer as possibilidades de produtos.<br />
Esse papel é da indústria, da <strong>FHOX</strong> e dos printers<br />
e labs. Já o fotógrafo tem que entender de uma<br />
vez por todas que tudo que é digital tende ao<br />
valor zero. A foto só é foto quando impressa.
10 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Foto: JOZZU<br />
Foto: Evandro Veiga<br />
Mana Golo, fotógrafa<br />
Qual a importância das relações não<br />
formais e das redes sociais no mercado de<br />
fotografia hoje?<br />
<strong>FHOX</strong> - Em nossa visão, relação não formal é<br />
troca de experiências no mundo real. E as redes<br />
sociais e suas plataformas são o oposto.<br />
Curioso é que no mercado muita gente gosta<br />
de separar um do outro: se estou muito on-line<br />
não posso ser bom no mundo real. E vice-versa.<br />
Quando na verdade não são excludentes. O<br />
ideal é trabalhar bem os dois. Até porque, os<br />
consumidores, e todos nós, estão conectados<br />
o tempo inteiro. Temos smartphones no bolso<br />
que nos permitem cotar, conversar e reagir em<br />
tempo real. Essa dinâmica é distinta e um tanto<br />
recente. E com o 5G vai ficar ainda mais estonteante.<br />
Já que teremos uma velocidade de<br />
conexão absurda.<br />
O Brasil é um dos países que mais consome<br />
redes sociais no mundo. E parece que a relação<br />
de olhar no olho se perdeu. O que na fotografia<br />
é curioso, já que fotografar - e quase tudo<br />
em nosso mercado - é feito de forma analógica.<br />
Desde tocar fotos até clicar. De levar um casal<br />
para um ensaio e até enviar um arquivo para<br />
imprimir na impressora. A fotografia é uma experiência<br />
do mundo real. Só não podemos esquecer<br />
disso.<br />
Celso Modeneze, designer de álbuns<br />
Recentemente vocês fizeram um redesign<br />
no layout da revista e também na marca<br />
da <strong>FHOX</strong>. Como foi esse processo? O<br />
quão importante foi o design nos projetos<br />
institucionais até aqui para a editora? Os<br />
profissionais do mercado fotográfico, na<br />
opinião de vocês, estão sentindo, cada<br />
vez mais, a necessidade de valorizar sua<br />
identidade visual, sua entrega e o design<br />
dos seus álbuns?<br />
<strong>FHOX</strong> - A renovação visual da <strong>FHOX</strong> foi importante.<br />
De tempos em tempos é fundamental renovarmos<br />
aspectos visuais de qualquer produto.<br />
Não poderia ser diferente com a <strong>FHOX</strong>. Em 30<br />
anos de revista, o visual e a diagramação passaram<br />
por ajustes (leves e outros mais profundos).<br />
O trabalho de Vanuza Amarante, responsável<br />
pela repaginação, ajudou muito a dar o enfoque,<br />
equilibrando conteúdo e forma. Algo importante,<br />
sobretudo, em uma publicação de imagem. Vale<br />
dizer que agora a <strong>FHOX</strong> está integrada tanto no<br />
conteúdo digital quanto impresso. Não fazemos<br />
mais distinção entre as matérias. Ambas estão<br />
indo para os dois canais. O que ocorre é que o<br />
site conta com um modelo de acesso paywall.<br />
Isso está mudando nossa forma de criar conteúdos<br />
e nos relacionarmos com os leitores. Importante<br />
destacar que muitos também estão preferindo<br />
assinatura digital.
Nunca foi tão fácil<br />
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12 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Arquivo pessoal<br />
imprimem milhões de fotos ao mês. Só que antes<br />
(15 anos atrás) era tudo papel fotográfico, agora é<br />
fotográfico. O maior serviço de assinatura de impressão<br />
do Brasil (Phosfato) comprou minilabs e<br />
acaba de lançar um app. As pessoas querem imprimir.<br />
Dá para profetizar o fim do papel em tudo<br />
o que é tipo de aplicação para as próximas décadas?<br />
Claro que dá. Mas o livro está firme e forte há<br />
500 anos e crescendo de novo em várias partes<br />
do mundo. Aliás, caiu a venda de tablets, e-books<br />
e até de smartphones. Agora, se a gente que trabalha<br />
não acreditar mais, aí acabou mesmo.<br />
Alexandre Urch, fotógrafo<br />
A fotografia como nasceu não existe mais,<br />
trocamos a beleza do papel pela frieza<br />
das telas. Então, qual o real destino da<br />
fotografia e de tudo que gira em torno dela?<br />
Arquivo pessoal<br />
<strong>FHOX</strong> - Hoje, já são quase 6 bilhões de smartphones<br />
no mundo. São mais aparelhos do que escovas<br />
de dente, com espaço para mais câmeras e<br />
telas. Em um futuro (2020) que o 5G oferece internet<br />
super-rápida e presente em quase tudo a<br />
nossa volta, dizer que nunca se fotografou tanto e<br />
que nunca tivemos tanta gente interessada em fotografia<br />
é jargão. Na verdade, proporcionalmente<br />
se imprime mais no mundo todo. O que ocorreu é<br />
que a base instalada de pessoas clicando cresceu<br />
em uma velocidade alucinante. A estimativa é de<br />
que 10% das pessoas com smartphone querem e<br />
vão imprimir fotos. Estamos falando de 600 milhões<br />
de pessoas no mundo todo. No Brasil, esse<br />
dado é de 20 milhões de brasileiros. Em nosso entendimento,<br />
a fotografia impressa não vai sumir.<br />
Ela vai seguir se transformando. Se comparado<br />
com 10 ou 20 anos, hoje as variações de aplicações<br />
mudaram de forma completa. As ofertas de<br />
impressão se sofisticaram e surgiram serviços voltados<br />
para usuários de smartphone e das redes<br />
sociais. Uma empresa da Alemanha cresce anualmente<br />
imprimindo só photobooks via WhatsApp.<br />
No ano passado imprimiram 50 mil álbuns. Por<br />
aqui, alguns dos maiores laboratórios (on-line)<br />
Thales Trigo, professor e dono da<br />
Escola Contraste<br />
A fotografia e outras artes estão sendo<br />
ensinadas através das mídias sociais como<br />
o YouTube e Facebook. Vocês acham que<br />
esses métodos de ensino podem suprir as<br />
demandas do mercado, no que diz respeito<br />
à qualidade do trabalho?<br />
<strong>FHOX</strong> - A verdade é que existe muito conteúdo de<br />
tutoriais, testes e guias de como fotografar e criar<br />
na internet. De gambiarras à técnicas, tudo vai depender<br />
da vontade de quem assiste e de testar na<br />
realidade. A geração Z que está aí é PHD em Google<br />
e isso impacta o ensino e a formação da fotografia.<br />
Ficou mais rápido e fácil aprender. Ficou<br />
mais difícil e delicado ter uma assinatura própria e
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 13<br />
aprender a conduta profissional, porque isso não<br />
se ensina na internet. Só não dá para negar a importância<br />
da internet no ensino. De certa forma é<br />
por isso que cursos on-line pagos estão sofrendo<br />
aqui e lá fora. Tem muito conteúdo bom de graça.<br />
E muito conteúdo pago ruim. Curioso não?<br />
Foto: JOZZU<br />
Arquivo pessoal<br />
Michel Bruce, empresário de foto de<br />
formatura e presidente da ABEFORM<br />
Com o aumento de 8 milhões de<br />
estudantes no ensino superior até 2024 e<br />
a mudança no perfil do formando, nosso<br />
mercado estará preparado para esse novo<br />
momento?<br />
Laura Alzueta, fotógrafa de família e newborn<br />
Nos últimos anos, vimos o surgimento de um<br />
mercado novo, o de famílias, onde se incluem<br />
os fotógrafos de gestante, bebês e newborn.<br />
Vocês notam uma tendência de crescimento<br />
por especialização em uma das áreas, ou<br />
o fotógrafo está cada vez mais completo e<br />
abrange a fotografia de família como um todo?<br />
<strong>FHOX</strong> - Em nossa visão, vai ter espaço para os<br />
dois. Com a crise estendida, ser muito nichado não<br />
é saudável. Logo, ser fotógrafo da família parece<br />
mais salutar. O profissional que é da família pode<br />
fazer um pouco de tudo e atuar em diferentes<br />
momentos daquela história familiar. Estendemos<br />
até para o fotógrafo de casamento. Ele bem que<br />
poderia fazer newborn também. Aliás, na Austrália<br />
e EUA muitos fotógrafos têm ido por esse caminho.<br />
O que faz sentido, pois a família começa<br />
no casamento e dali parte para gestante, parto<br />
e newborn. Um cliente “família” rende muito ao<br />
longo de muitos anos. O desafio é conseguir conquistar<br />
a confiança e ser o fotógrafo da família.<br />
<strong>FHOX</strong> - Boa pergunta. Talvez não. É visível a<br />
transformação que o mercado de formaturas<br />
passou nos últimos anos. Com aprimoramento<br />
do estilo fotográfico, aposta maior em formatos<br />
de vendas mais saudáveis e melhoria de processos<br />
e produtos. Muitas das práticas que eram tão<br />
comuns no passado entraram em questionamento.<br />
Para atender esse salto no número de concluintes<br />
as empresas terão que se aperfeiçoar<br />
ainda mais. Não é difícil imaginar o crescimento<br />
das melhores operações do setor e a entrada de<br />
mais marcas para atender esse avanço. O que<br />
traz uma oportunidade para os empresários. Um<br />
tempo de respiro que vai de agora (em plena crise<br />
estendida) até o fim do ano que vem. Tudo<br />
indica uma retomada dos negócios e do aquecimento<br />
da economia brasileira. Mais estudantes,<br />
mais instituições e possibilidades de serviços e<br />
aplicações. Uma grande transformação parece<br />
inevitável nas alterações tecnológicas que passam<br />
desde o atendimento até avanços de serviços<br />
tipo de Uber de fotografia para servir o mercado<br />
de formatura.
14 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Autorretrato<br />
na nuvem. Já os fotógrafos entusiastas e profissionais<br />
estão em caminhos distintos. De um lado,<br />
fotógrafos cedendo a clientes que querem só<br />
arquivos digitais. Cedem para poder cobrar menos<br />
e para não perder a venda. Esse parece ser<br />
um consumo avulso de oportunidade. Algo que<br />
quebra um elo importante e que vai impactar o<br />
próprio profissional. Pois, cobrando pouco, nem<br />
consegue pagar suas contas. Impacta toda a cadeia<br />
e por isso acaba com o mercado. Os entusiastas<br />
valorizam e querem imprimir. Gostam de<br />
fotografar e ver suas fotos no papel. É por isso<br />
que o fotoclubismo vai bem no Brasil.<br />
Tchô Moioli, proprietário da Fotolab<br />
Na curva de aprendizagem sobre a<br />
importância da memória impressa, em que<br />
estágio está o consumidor de fotografia<br />
no Brasil?<br />
<strong>FHOX</strong> - Nossa percepção é que está em fase<br />
de retomada de impressão. Ainda tímida se pensarmos<br />
no potencial total, já que temos mais<br />
smartphones do que habitantes. Não é uma<br />
confirmação com base em estatística. Mas, nos<br />
inúmeros contatos da <strong>FHOX</strong> em eventos e em<br />
grupos de redes sociais, a sensação geral é de<br />
que os consumidores finais estão retomando a<br />
impressão. Aqui perto da <strong>FHOX</strong> havia uma loja<br />
de foto que fechou e, por algum tempo, ficamos<br />
sem serviço na área. Hoje há uma papelaria na<br />
frente, uma ótica com quiosque e um fotógrafo<br />
que abriu loja de foto e recebe pedidos via<br />
WhatsApp. Atualmente, 80% (talvez mais) dos<br />
pedidos vem via smartphone e quase sempre via<br />
WhatsApp para 10 por 15. Uma loja de Osasco,<br />
participante da Escola de Negócios <strong>FHOX</strong>, passou<br />
a cobrar 4 reais pela 10 por 15. Isso porque o<br />
consumidor perdeu a referência de valores. Foram<br />
os lojistas que acostumaram mal os valores<br />
mínimos. Aliás, algo que agora parece assolar<br />
os labs pro na guerra de preços pelo fotógrafo.<br />
A nossa sensação é de que o estágio é de reaprendizado.<br />
Reaprendendo a imprimir. Tanto de<br />
jovens e até de famílias que estão sem espaço<br />
Tchô - Os laboratórios fotográficos já são valorizados<br />
como um serviço de relevância ou<br />
a oferta de serviços on-line em papel couchê<br />
mais barato atendem esta demanda e fragilizam<br />
este segmento?<br />
<strong>FHOX</strong> - Evoluiu, mas ainda falta muito. Os serviços<br />
on-line se posicionaram logo no começo nos portais<br />
e principais sites de varejo on-line do Brasil. Isso<br />
fez toda a diferença no posicionamento da marca<br />
no País. Contudo, os labs de várias partes do Brasil<br />
conseguiram finalmente romper essa barreira digital<br />
e estão operando muito mais conectados. Isso<br />
quer dizer: de poder enviar o serviço e acessar uma<br />
plataforma on-line. Por outro lado, uma parte dos<br />
fotógrafos prefere um lab pro ou encadernadora<br />
pelo atendimento personalista. De poder ir, visitar,<br />
conversar e conhecer. Existe espaço para os dois.<br />
E o mesmo cliente que está em um lado poderia<br />
passar para a outra ponta. Tudo vai depender do<br />
momento da carreira e perfil do profissional. Não<br />
tem um formato absoluto. O que está claro é que<br />
as encadernadoras que estavam muito offline, estão<br />
se conectando. E, na outra ponta, vemos grandes<br />
serviços on-line partindo para atendimentos e<br />
pontos de coleta físicos. Tudo é muito dinâmico. A<br />
única certeza é de que a concorrência não vai diminuir<br />
e a guerra de preços (essa sim, preocupante)<br />
vai continuar acontecendo nesse mercado. Lembrando<br />
que tínhamos 1.<strong>200</strong> encadernadoras até<br />
alguns anos atrás. Hoje são mil. As bem pequenas<br />
que muitas vezes atendem demandas internas de<br />
loja-estúdio vão seguir atuando de forma micro e<br />
super localizadas. O que parece certo é que teremos<br />
mais fusões, aquisições e enxugamento nos<br />
próximos anos.
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 17<br />
POR ONDE ANDA<br />
O DINHEIRO NA<br />
FOTOGRAFIA<br />
BRASILEIRA?<br />
EM SUA EDIÇÃO ESPECIAL <strong>200</strong>, <strong>FHOX</strong> CELEBRA EXEMPLOS<br />
ALINHADOS À SUA MISSÃO: VIVER BEM DA FOTOGRAFIA<br />
Por Leo Saldanha<br />
Fotógrafos costumam dizer que quem realmente<br />
ganha dinheiro com fotografia são as encadernadoras<br />
e a indústria. Quando questionados,<br />
os donos de laboratórios, de estúdios e lojistas<br />
dizem que quem fatura mesmo é a indústria, os<br />
fabricantes de equipamentos e afins. Entretanto,<br />
organizadores de eventos de fotografia também<br />
entraram para este seleto grupo. E mais, são eles<br />
que ajudam nesse faturamento.<br />
Já para os integrantes da indústria, quem ganha<br />
dinheiro mesmo com fotografia é o Brasil. Na verdade,<br />
os impostos (logo, o governo). Nesse ponto,<br />
empresários de foto de formatura, cabines e<br />
donos de loja e labs pro também concordam. Os<br />
organizadores de eventos (como a <strong>FHOX</strong>) sabem<br />
que a realidade dos congressos, encontros<br />
e workshops é bem distinta do que muita gente<br />
imagina (sobretudo o que imaginam os fotógrafos).<br />
Na prática, eventos custam muito caro e rendem<br />
pouco, e possuem enormes riscos.<br />
Custoso também é fabricar papéis e câmeras<br />
no Brasil e manter o papel de indústria fotográfica,<br />
seja para transportar ou distribuir. E nem<br />
chegamos no marketing. Em tempos de crise<br />
estendida, o cenário é ainda mais desafiador.<br />
O fato é que tirando a piadinha de que “fotografia<br />
não dá dinheiro, quem dá dinheiro é pai”,<br />
tem gente sim ganhando bem com fotografia<br />
no País.<br />
Mas qual é a indicação de sucesso financeiro?<br />
Mais eventos, mais vendas de álbuns e/ou liderança<br />
em câmeras? A resposta não é tão simples<br />
quanto parece. Vender mais nem sempre<br />
é melhor. Nos tempos áureos das vendas de<br />
câmeras digitais compactas, não era incomum<br />
ver marcas líderes disputando um mercado deficitário.<br />
Ou seja, vendiam bem em unidades e<br />
sentiam o resultado negativo na ponta. Às vezes<br />
vender mais atrapalha.
18 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
A mudança de mercado aponta uma transformação<br />
gritante. Quando a Nikon deixa de ser segunda<br />
colocada em resultados de vendas (não<br />
em número de unidades) perdendo para a Sony<br />
nas mirrorless, fica evidente a resposta dessa<br />
nova dinâmica de quem está ganhando dinheiro<br />
com fotografia. A Sony acertou na aposta em<br />
equipamentos premium com alto valor adicionado.<br />
Tanto aqui quanto lá fora. Da mesma forma,<br />
existem fotógrafos ganhando bem com menos<br />
sessões e mais valor adicionado. Cobram mais e<br />
trabalham menos. Ou o contrário, vendem mais<br />
sessões e fazem mais eventos ganhando bem.<br />
Mas sofrem com a falta de tempo e cansaço.<br />
Foto: Sony do Brasil<br />
No ambiente das encadernadoras a situação é mais<br />
nebulosa. Com o acirramento da competição, algumas<br />
se destacaram e outras perderam o rumo.<br />
Enquanto a fusão Digipix/Indimagem busca consolidação,<br />
a Goimage é a indicação de crescimento<br />
sustentável. Ao contrário do que parece, o laboratório<br />
que mudou de sede (para um espaço expandido<br />
no ano passado) cresceu na base do reinvestimento.<br />
“Nós estamos reinvestindo na empresa com foco<br />
claro em crescimento sustentável”, afirmou Cristian<br />
Oliveira, um dos donos da Goimage. Frase que ele já<br />
repetiu várias vezes, tanto no momento do anúncio<br />
da nova sede quanto hoje, quando a empresa expande<br />
operações em várias partes do Brasil.<br />
No Lab Pro ainda surgem novas marcas atuando<br />
na busca por fotógrafos. O que se nota são pequenas<br />
empresas surgindo de forma muito amadora e<br />
com espaço para mudanças consideráveis. Basta<br />
ver o anúncio oficial da Premiere se juntando à Viacolor.<br />
Essa movimentação mostra-se um caminho<br />
que já tinha sido trilhado pela Digipix e abre espaço<br />
para uma possível nova fase: será que veremos<br />
mais encadernadoras médias ou de pequeno porte<br />
unindo forças? Tudo indica que sim.<br />
Kenichiro Hibi, presidente da Sony do Brasil. A<br />
marca assumiu a liderança em full-frame em vários<br />
mercados.<br />
para melhorar a abordagem com os clientes e<br />
usam recursos e ferramentas digitais disponíveis<br />
no mercado. Inclusive, encontramos o casal no<br />
RD Summit, que aconteceu em junho deste ano.<br />
Segundo Flávio, até cinco anos atrás, era comum<br />
os consumidores irem ao estúdio. “Agora com<br />
a internet, é tudo online. Mandam e-mail e querem<br />
saber de tudo. Dessa conversa já vão para<br />
o WhatsApp. Outras vezes, o contato já começa<br />
no WhatsApp”, diz.<br />
O MARKETING NA CRISE<br />
A transformação do negócio pede agilidade.<br />
Veja o exemplo do Leão Studio, dos donos Flávio<br />
e Leila Leão, que atua desde <strong>200</strong>4 em São Paulo<br />
com fotografia de crianças, gestantes, newborn<br />
e famílias. Hoje, eles apostam forte em marketing<br />
Vendo essa alteração na forma de comprar, o<br />
Leão Studio adquiriu um sistema de relacionamento<br />
com consumidor (CRM). “Agora nossa<br />
estratégia para eventos está toda voltada para<br />
atendimento online”, relata Leila.<br />
Para o estúdio físico, eles seguem com as parcerias.<br />
Estimulando a inversão de risco, deixam vou-
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 19<br />
Arquivo pessoal<br />
“Nossa estratégia<br />
para eventos está<br />
toda voltada para<br />
atendimento online”<br />
Leila Leão, do Leão Studio
20 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
chers para fotos cortesia em seus parceiros físicos.<br />
Assim, o prospect aparece no estúdio para ganhar<br />
uma foto e isso gera a chance da venda de ensaio<br />
completo. “Tem dado um resultado bacana, vendendo<br />
fotos, quadros. Vemos que o segmento<br />
evento está um pouco diferente de estúdio. Pelo<br />
menos aqui na forma de captação. Em comparativos<br />
numéricos, 2018 caiu em relação a 2017. Mas<br />
mesmo 2018 foi um ano bom. Fizemos 90 festas<br />
e também um número bom de ensaios” afirmam.<br />
Agora para <strong>2019</strong>, com uma estratégia focada em<br />
ensaios, o fotógrafo percebe uma crescente nessa<br />
categoria. Eles já tinham feito 45 festas em<br />
<strong>2019</strong>. “Como o pessoal tem deixado para fechar<br />
em cima da hora, acreditamos que será um número<br />
parecido com o do ano passado. O mais<br />
importante, porém, é que nossos ensaios estão<br />
crescendo e essa é a nossa estratégia atual”.<br />
E a pergunta mais importante: estão ganhando<br />
dinheiro com fotografia? Eles respondem que<br />
sim, mas afirmam ainda não ser o ideal. “Faturamos<br />
bem. E acreditamos que vai ser uma curva<br />
ascendente. Principalmente porque a economia<br />
sempre cresce no segundo semestre”, afirma<br />
Flávio, que percebeu um ânimo maior nos parceiros<br />
em <strong>2019</strong>. Quanto aos colegas, ele os enxerga<br />
em dois tipos: aqueles que estão mal e<br />
querem desistir e aqueles que estão bem.<br />
No conceito das lojas de fotografia a mudança<br />
dos últimos 10 anos reconfigurou toda a forma de<br />
vender e atuar. Mas veja o exemplo da Photo Bril,<br />
de Osasco. O negócio de família com dois pontos<br />
naquela cidade dividiu as operações. Os pais ficaram<br />
com uma loja e Tiago Godoy ficou com outra.<br />
Empolgado com as possibilidades de fotopresentes<br />
e estúdio, ele busca renovação na empresa. Participou<br />
recentemente de uma turma da Escola de<br />
Negócios <strong>FHOX</strong> e deixou claro algumas questões.<br />
Primeiro, o consumidor final perdeu, de fato, a referência<br />
do preço da foto impressa no varejo. Ele<br />
cobra quase R$ 4 por uma 10 por 15. Vende fotopresentes<br />
e está em busca de produtos com alto<br />
valor adicionado. De um momento mais apertado<br />
financeiramente, ele passou para uma nova fase de<br />
motivação. Acredita que poderá crescer a loja, mudando<br />
o posicionamento tanto no digital quanto no<br />
ponto físico. Com ideias como apps e diversificar a<br />
oferta de sessão na loja, o problema agora é o espaço.<br />
Algo que vai pedir uma renovação completa.<br />
Curioso é que a alteração vai passar pelo site também.<br />
Quem acertou os negócios no varejo conseguindo<br />
melhorar o faturamento e crescer de fato<br />
foram os irmãos Sombra, Rafael e Daniel. Eles são<br />
a terceira geração tocando a empresa com seis<br />
lojas em São Luís (MA), renovaram o conceito de<br />
loja de foto em uma aposta acertada e com diversificação<br />
em várias frentes: decoração com fotos,<br />
ambiente reformulado e moderno.<br />
Sofisticaram os fotopresentes e combinaram os<br />
esforços de ataque, tanto no site quanto no ponto<br />
de venda. Algo que pede treinamento, esforço<br />
de divulgação on-line e um cardápio atraente.<br />
Não que não vendam clássicos como o 10 X 15<br />
ou a caneca com foto. A diferença é que agora<br />
agregam design e apelo para mães e jovens.<br />
A marca trabalhou forte na decoração com fotos<br />
em um dos pontos de venda, transformando<br />
a loja numa espécie de galeria. Em outro ponto<br />
combinou cosméticos de uma marca famosa<br />
com fotografia. De um lado as impressões e de<br />
outro os produtos de estética.<br />
Outra iniciativa recente foi a de abordar o fotoclube<br />
local para ações conjuntas que possam<br />
futuramente atrair compradores de fotos impressas.<br />
A aposta de diversificação em frentes<br />
como decoração e a inclusão de cosméticos<br />
surtiu efeito na ponta. E, com isso, o aumento<br />
do faturamento. “Essa ressignificação do negócio<br />
da loja de foto é desafiadora. Mas estamos<br />
empolgados com as possibilidades”, afirmou<br />
Rafael Sombra.<br />
QUEM GANHA DINHEIRO COM<br />
FORMATURAS?<br />
Em formaturas não é diferente. Nos últimos anos<br />
ocorreu uma mudança forte e parece que nem<br />
os próprios empresários do mercado notaram.<br />
Agora todos os formandos tem uma câmera no<br />
bolso. E não é só isso. Há, ainda, a possibilidade<br />
de fazer lives, postar stories e criar conteúdos
22 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
JOZZU<br />
Diretoria da ABEFORM após a eleição no 10º Fórum de Empresas de Formatura<br />
em tempo real. O que isso tem a ver com os<br />
empresários? Tudo. Já que o alvo desse setor<br />
sempre será o jovem e ele está cada vez mais<br />
conectado. Isso é ameaça na ponta para quem<br />
vende álbuns? Sim e não. Quem faz o estilo<br />
“mais do mesmo” cai no lugar comum e acaba<br />
apelando para o preço, o que gera desvalorização<br />
no mercado.<br />
E valor ao impresso esses jovens dão. Basta<br />
notar. Uma pesquisa recente, que envolveu a<br />
ESPM São Paulo encomendada pela Ás Formaturas,<br />
mostrou que 60% dos formandos (e<br />
não os pais) querem e fazem questão de fotos<br />
impressas dessa conquista. As empresas mudaram<br />
o conceito e não só abraçaram todas<br />
as possibilidades de personalização com fotos<br />
(do álbum ao display em tamanho real dos formandos)<br />
como também o vídeo, transmissão<br />
de lives, drones e realidade aumentada. Um<br />
mercado que vai crescer três ou quatro vezes<br />
de tamanho em poucos anos e que atraiu fotógrafos<br />
de outras áreas, como os de casamento.<br />
O nível das fotos, que era muito questionável,<br />
evoluiu. Agora tem o desafio de mudar<br />
a forma de vender. O que antes era certeza<br />
de faturamento com mais margem (venda no<br />
risco) virou dúvida. Hoje vemos mais e mais<br />
empresários trabalhando formatos distintos<br />
com venda antecipada e mudando a forma<br />
de abordagem.<br />
O surgimento da ABEFORM (Associação de<br />
Empresas de Formatura), ajudou no sentido<br />
de que as empresas associadas representam<br />
faturamento de mais de 285 milhões de reais<br />
por ano. E nem representa a totalidade dos<br />
associados, já que os valores montam a 66%<br />
dos pesquisados.<br />
Além desse faturamento poderoso, juntas as associadas<br />
ABEFORM empregam mais de 1.000<br />
funcionários, 6.500 trabalhadores indiretos e<br />
atendem mais de 120 mil formandos ano. Segundo<br />
a própria associação, se todos tivessem respondido<br />
o faturamento total seria o dobro, atendendendo<br />
quase <strong>200</strong> mil formandos em mais de<br />
5 mil eventos por ano. São números imponentes<br />
de quem fatura de verdade com fotografia, movimenta<br />
o setor com impressão, é responsável<br />
pela criação de empregos diretos e indiretos e<br />
proporciona memórias para milhares de formandos<br />
pelo Brasil.
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 23<br />
COMO VAI FICAR O MERCADO<br />
DAQUI PARA FRENTE?<br />
Está claro o surgimento de um novo formato<br />
de negócio, com proposta variada e totalmente<br />
inovadora. Caso da Meero, startup francesa<br />
que é uma espécie de Uber da fotografia. O<br />
anúncio da empresa de que vai entrar em fotografia<br />
de casamento é um risco e, ao mesmo<br />
tempo, oportunidade.<br />
De um lado, fotógrafos poderão se cadastrar<br />
para pegar trabalhos e fazer serviços variados.<br />
Desde fotos de imóveis até comida para aplicativos<br />
como Uber Eats ou casas para Airbnb.<br />
Na era da Social Photo a fotografia é líquida e<br />
feita em tempo real. Os produtos impressos seguem<br />
com seu valor, mesmo nessa mudança de<br />
comportamento. A fotografia para redes sociais<br />
feita só com smartphones é uma forma de linguagem,<br />
mas se tornou uma moeda. Prova disso<br />
é que consumidores comuns podem participar<br />
de concursos de fotografia grátis e faturar com a<br />
venda de fotos, ou ganhando concursos rápidos.<br />
O modelo novo também ocorre nos negócios de<br />
impressão para o consumidor final. Basta olhar<br />
o caso da Phosfato, empresa digital de Curitiba<br />
que cresceu como novo conceito de impressão<br />
por assinatura.<br />
O negócio antes contava com os dois empreendedores<br />
e hoje está com vários funcionários,<br />
equipamentos próprios de impressão (minilabs)<br />
e base de assinantes em franca expansão. A nova<br />
sede em Curitiba chega com o anúncio de um<br />
aplicativo. A Phosfato prova que existe potencial<br />
para novas formas de atrair e manter clientes finais<br />
que querem imprimir e ganhar dinheiro com<br />
fotografia impressa a partir do público Instagram:<br />
o jovem, que presta atenção em qualidade<br />
e design, não quer gastar muito e espera o melhor<br />
produto e serviço.<br />
O caso da indústria é até mais emblemático, principalmente<br />
sobre a relevância e busca por se reinventar.<br />
E várias marcas estão tentando fazer isso de<br />
forma efetiva no mercado. A Fujifilm é um exemplo<br />
dessa tentativa, transformando um negócio focado<br />
em filmes fotográficos para se tornar uma empresa<br />
global centrada em inovação. A fotografia<br />
é parte, mas não representa o todo. A fabricante<br />
investiu em saúde, áreas gráficas e mesmo na foto<br />
soube evoluir. Prova disso é o conceito da Wonder<br />
Photo Shop. Já são mais de 116 pelo mundo e cres-<br />
Phosfato é um dos cases de mercado que só faz crescer na fotografia<br />
Divulgação
24 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Divulgação<br />
lançou um produto (câmera de ação) em um site<br />
de financiamento coletivo, tanto para ajudar a<br />
levantar verba quanto como marketing. Uma estratégia<br />
inusitada que deveria ser aplaudida. Afinal,<br />
representa a nova fase da fotografia usando<br />
as ferramentas disponíveis no ambiente digital.<br />
Divulgação<br />
Isso vem provando que quem também ganha<br />
com fotografia são marcas que usam a imagem<br />
(foto e vídeo) para gerar demanda e venda de<br />
seus produtos. São os casos da Apple, Facebook,<br />
Huawei, Google e Adobe. Empresas 100% digitais,<br />
porém híbridas. Cada uma delas usa a fotografia<br />
não de forma direta, mas indireta para faturar.<br />
BASTA NOTAR O EXEMPLO DO<br />
GOOGLE<br />
Meero: do ano passado para cá, mais de 20 mil<br />
fotógrafos foram cadastrados. A nova etapa vai<br />
envolver fotografia de casamento<br />
cendo em um formato que nada lembra as lojas de<br />
fotografia de antigamente.<br />
A Fujifilm também investiu nas mirrorless, nas câmeras<br />
Instax, quiosques e equipamentos de impressão.<br />
Não esqueceu do passado, pois relançou filme<br />
fotográfico recentemente e, na parte das câmeras<br />
instantâneas, surpreendeu com Instax híbridas que<br />
são ao mesmo tempo digitais e analógicas.<br />
A Digipix, depois da fusão com a Indimagem, também<br />
avançou com a integração das plataformas<br />
para que os clientes possam circular por ambas opções.<br />
Na parte voltada para os consumidores finais<br />
lançou recentemente o D.book para Android. Um<br />
app para gerar álbum com recursos de inteligência<br />
artificial em uma parceria com uma empresa asiática.<br />
Na prática, os consumidores conseguem criar álbuns<br />
na base de um toque de dedo e com sugestão<br />
automática de álbum. A Canon, por sua vez,<br />
Um app como o Google Photos permite armazenar<br />
fotos sem custo e com qualidade sem limite de dados<br />
(desde que no tamanho definido por eles). Nos<br />
Estados Unidos e Europa, além do aplicativo que<br />
funciona com inteligência artificial, o usuário pode<br />
fazer pedidos de fotos impressas e photobooks. No<br />
caso do Google, a fotografia digital e impressa gera<br />
resultados diretos. Some a isso os recentes modelos<br />
de smartphone da linha Pixel (chegando em sua terceira<br />
edição) e você tem um poderoso sistema que<br />
envolve hardware e software, tudo integrado pela<br />
nuvem. No caso do Facebook a fotografia é uma<br />
moeda corrente junto com os vídeos. Isso vale para<br />
o Instagram, WhatsApp e o próprio Facebook. O<br />
Stories, que está integrado em todos esses canais<br />
tem fotos e vídeos aos milhões. Todos os dias descarregados<br />
ali de forma constante.<br />
O Facebook atua de forma distinta do Google,<br />
ou seja, sem integração com um hardware próprio.<br />
O que ele quer, na verdade, é garantir que<br />
as pessoas fiquem em seus produtos e descarreguem<br />
suas fotos o tempo todo. Por que criar um<br />
álbum se posso te lembrar todos os dias daquela<br />
fotografia de cinco anos atrás? A integração<br />
entre Facebook, Instagram e WhatsApp foi feita<br />
só para deixar as pessoas mais tempo dentro da<br />
plataforma com uma linha comum de interface.<br />
Prova disso é que em breve poderemos responder<br />
nossas conversas em qualquer uma das re-
O FUTURO DA<br />
FOTOGRAFIA PROFISSIONAL<br />
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26 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
des sociais da marca da mesma maneira. Já a<br />
Apple e todos os fabricantes de smartphone tem<br />
na fotografia e no vídeo um diferencial de vendas.<br />
Com direito a propaganda em horário nobre<br />
para falar do modo retrato ou do vídeo 4K, a<br />
Huawei faz barulho com quiosques em shoppings<br />
e trade in de modelos antigos para tentar vender<br />
aparelhos com 50x de zoom e lente Leica.<br />
A FOTOGRAFIA AQUI É<br />
O PRIMORDIAL<br />
A Adobe também fez da fotografia e vídeo moeda<br />
corrente. Os usuários se transformaram de compradores<br />
de software em assinantes. A estimativa<br />
é de que sejam entre 15 e 20 milhões de assinaturas<br />
da Adobe CC pelo mundo. Boa parte delas<br />
(senão a maior) são de fotógrafos e videomakers.<br />
Em todos esses exemplos a fotografia é a moeda<br />
que serve para atrair. Mas todas têm algo em comum:<br />
não vivem da fotografia, mas de resolver um<br />
problema para quem fotografa ou filma.<br />
Enquanto isso, as opiniões de quem trabalha com<br />
fotografia são distintas. Cesar Cruz, fotógrafo de<br />
São Paulo (SP), disse em entrevista à <strong>FHOX</strong> que<br />
quem fatura mesmo são “os falsos profetas da fotografia”,<br />
pois vendem sonhos, segredos e fórmulas<br />
mágicas através de cursos milagrosos que prometem<br />
“encher a agenda” e ganhar “20 vezes mais”.<br />
Segundo ele, a fotografia não tem segredo e nem<br />
fórmula mágica. Para faturar mais, o caminho indicado<br />
é direto: estudar duro! “Entenda de luz, enquadramento,<br />
composição, pós-produção e tudo mais que<br />
envolve fotografia”, conta. Cruz falou ainda sobre a<br />
importância da identidade fotográfica, de colocar<br />
a personalidade nas fotos e de ser um profissional<br />
completo e tornar-se um fotógrafo empresário.<br />
Wonder Photo Shop: dezenas de lojas estão<br />
espalhadas pelo mundo
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 27<br />
Divulgação<br />
Não foram poucos os que falaram de colegas que<br />
estão faturando com o ensino da fotografia ou<br />
do negócio de ganhar dinheiro com fotos. Não é<br />
algo novo. O que ocorre agora é a disponibilidade<br />
da internet o tempo todo e conteúdo acessível<br />
na palma da mão. São muitos os fotógrafos<br />
de todas as partes do Brasil oferecendo cursos<br />
e consultoria. E tudo via on-line. Quem entra no<br />
Facebook sabe disso, pois é bombardeado com<br />
posts patrocinados de fotógrafos(as) que ensinam<br />
a ganhar dinheiro com aniversários, etc.<br />
O fato é que se existe oferta é porque provavelmente<br />
a demanda é grande. E é mesmo. Basta<br />
notar que o número de pessoas que se dizem fotógrafos<br />
no Facebook não parou de crescer. Aliás,<br />
acelerou nos últimos cinco anos. Hoje, um milhão<br />
de brasileiros se dizem fotógrafos, seja na base do<br />
bico (informalidade) ou prestes a tornar a carreira<br />
trabalho em tempo integral em breve. Daí surge a<br />
necessidade de converter a paixão em negócio.<br />
Luana Braga, fotógrafa de famílias e newborn de<br />
São Paulo (SP) disse à <strong>FHOX</strong> que os fotógrafos devem<br />
parar de reclamar. “Servir ao cliente de verdade<br />
e acreditar na diferença que o seu trabalho faz<br />
na vida do cliente. Ou seja, ter propósito. Trabalhar<br />
muito, entregar sempre mais e parar de encher o<br />
saco. Basicamente é o que funciona aqui”, afirmou.<br />
André Helwig Gross, do Ateliê Fotos, atua com<br />
estúdio para famílias e crianças em Porto Alegre<br />
(RS). Segundo ele, para faturar mais o negócio<br />
é se reinventar sempre. Ainda mais quando se<br />
trata de uma loja de foto com estúdio, como no<br />
caso dele. “Impressão e revelação de foto é quase<br />
supérfluo. Os eventos chegaram no seu limite<br />
podendo melhorar se a economia também avançar.<br />
Enfim, continuar acreditando no seu estilo<br />
de trabalho e sempre inovando”, diz ele.<br />
Autorretrato<br />
“Fiz dois trabalhos de<br />
e-commerce. Em um<br />
cobrei 15 mil reais e<br />
fechei três contratos<br />
de eventos”<br />
Silas Abreu<br />
Ser importante na vida das pessoas é não esquecer<br />
do lado humano. Da importância do atendimento<br />
em todas as fases. Uma pesquisa recente<br />
da PwC feita em diversos países (inclusive no Brasil)<br />
mostrou que 83% das pessoas entrevistadas<br />
(de uma amostra de 15 mil pessoas) deixariam de<br />
comprar de novo de uma marca ou qualquer negócio<br />
se fossem mal atendidos. E no caso da fotografia,<br />
a oferta em quase todas as áreas é enorme.<br />
Logo, atender bem, ainda mais em tempos<br />
de tudo na base do WhatsApp, parece desafiador.<br />
“Direto ao ponto, fatura quem não perde o lado<br />
humano da coisa. Não automatiza atendimento e<br />
entrega mais que promete”, afirma Cizinho Rodrigues,<br />
fotógrafo de gestantes, crianças e famílias<br />
de Fortaleza (CE).<br />
Depois de uma reformulação e nova abordagem<br />
de negócios, Silas Abreu, fotógrafo de moda<br />
em Caxias do Sul (RS), obteve resultado recorde<br />
de faturamento no último mês de maio. “Fiz<br />
dois trabalhos de e-commerce. Em um cobrei<br />
15 mil reais e fechei três contratos de eventos.<br />
E cobro caro, mas dou um mega desconto para<br />
pagamento à vista. Fechei dois casamentos e<br />
um evento de 15 anos. O cliente sempre espera<br />
pagar à vista para poder receber o super desconto.<br />
É uma estratégia minha de marketing”,<br />
conta o fotografo.
28 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
Trabalhando na estratégia de ancoragem de preço,<br />
Abreu definiu um valor alto para ter margem<br />
de negociação. Sem problemas para falar de números,<br />
ele conta que faturou naquele mês quase<br />
70 mil reais. Considerando trabalhos comerciais,<br />
casamento, gestante e 15 anos.<br />
O que ele considera importante nesse sucesso tem a<br />
ver com a estratégia de atender poucos clientes de<br />
alto valor. Algo que as grifes fazem. Com 15 eventos<br />
sociais e outros 15 de moda ele consegue um faturamento<br />
anual bem alto. Conta que o fato de ser fotógrafo<br />
de moda ajuda muito em casamentos. Em seu<br />
portfólio acumula trabalhos em Paris, Nova Iorque e<br />
Califórnia. “Isso faz com que as noivas tenham uma<br />
boa visão sobre mim”, diz Abreu. De olho no mercado<br />
educacional, ele criou um workshop on-line<br />
batizado de Os dez elementos da fotografia de<br />
moda. “Ensino os fotógrafos a levarem os diferenciais<br />
da moda para a fotografia de eventos”.<br />
Outro case de sucesso é o Vitamina V, curso dos<br />
irmãos Gustavo e Eduardo Vanassi. Com mais de<br />
100 mil fotógrafos atendidos, eles trazem a percepção<br />
de quem realmente movimenta o mercado de<br />
educação. Mas ao contrário do que muitos imaginam,<br />
não trabalham apenas a motivação (na verdade<br />
motivam os colegas a venderem) e os cases<br />
recentes apresentados por eles com depoimentos<br />
de fotógrafos de todas as partes do Brasil (de experientes<br />
a entrantes) mostra resultados inquestionáveis.<br />
Fotógrafos à beira da falência que viraram<br />
o jogo e de fato “encheram a agenda” em um mês.<br />
Com a missão de ensinar a vender e trabalhar,<br />
o Vitamina V vem fazendo a diferença na vida e<br />
no faturamento de muitos fotógrafos pelo Brasil.<br />
Segundo Gustavo Vanassi, dá para ganhar dinheiro<br />
sim com fotografia de verdade.<br />
“A gente está aqui como prova viva disso. De que<br />
com esforço e foco bem definido dá sim para fazer<br />
uma trajetória super bacana. E, assim, ter a fotografia<br />
como uma fonte de renda séria. A história da minha<br />
família começou mais de 40 anos atrás com estúdio<br />
fotográfico e lá a gente aprendeu tudo o que a gente<br />
ensina. Com a barriga no balcão atendendo os<br />
clientes de maneira honesta, contínua e aprendendo<br />
a vender, aprendemos que a vida do empresário de<br />
fotografia é muito mais do que fotografar”, explica.<br />
Com todo esse aprendizado, os irmãos desenvolveram<br />
metodologias e perceberam que elas funcionam<br />
no dia a dia, sejam em lojas e lugares diferentes<br />
ou mesmo nos negócios paralelos de fotografia.<br />
“E foi curioso porque vimos que muitos fotógrafos<br />
não sabiam aplicar e nem conheciam essas<br />
técnicas. E muitos nem sabiam que elas existiam.<br />
Achavam que era só fotografar. Foi a partir dessa<br />
visão que o mercado estava bem coberto na<br />
parte de ensino de técnica de fotografar, mas<br />
não de gestão e negócios e empreendedorismo.<br />
E, assim, levantamos as práticas que mais funcionam,<br />
mais eficientes e que a maior parte dos<br />
fotógrafos não tinha conhecimento. Foi daí que<br />
juntamos tudo em um método prático que chamamos<br />
de Vitamina V”, conta.<br />
Hoje o Vitamina V é o principal produto de educação<br />
no mercado na América Latina e o que mais<br />
tem resultados. E para os irmãos é uma alegria<br />
muito grande ver seus alunos no Brasil e no mundo.<br />
“Temos clientes em mais de 20 países aplicando<br />
as metodologias que foram aprendidas e desenvolvidas<br />
aqui no Brasil. E estão dando resultado<br />
no mundo inteiro. Porque as pessoas usam foto no<br />
mundo inteiro. A foto sensibiliza a parte emocional<br />
e é maravilhoso ver o resultado incrível nesses alunos.<br />
Para nós é um orgulho muito grande ver que<br />
nossos alunos podem aplicar o que a gente ensina<br />
e que conseguem ganhar a vida com a fotografia”.<br />
Foram muitos anos de trabalho. Tanto Gustavo quanto<br />
o irmão trabalharam mais de 20 anos na empresa<br />
da família desenvolvendo tudo o que levam para o<br />
Vitamina V. E hoje fazem um trabalho muito forte em<br />
conscientizar as pessoas de que é possível sim viver<br />
da fotografia. E ganhar bem com ela.<br />
“Mostramos de forma muito leal aquilo que deu<br />
certo para a gente. Sem esconder o jogo. Isso é um<br />
diferencial do Vitamina V, a gente abre todo jogo.<br />
Pois a gente acredita em um ideal que nosso pai<br />
passou para nós. E esse ideal é algo que nós compartilhamos<br />
muito no Fotologia, podcast e site,<br />
que é nosso projeto gratuito e no Vitamina V. Seja<br />
nas Lives, Instagram e podcast, YouTube. E todo<br />
conteúdo grátis tem muita coisa bacana. Nosso<br />
pai nos ensinou que se você quer fazer a diferença<br />
tem que ensinar os outros a trabalhar”.
PubliEditorial<br />
DATAPHOTO INVESTE NA<br />
ACCURIOPRESS C6100 E AMPLIA<br />
PARCERIA COM A KONICA MINOLTA<br />
A AccurioPress C6100 vem sendo usada para produção de<br />
páginas A3 para montagem de photobooks vincados<br />
Contamos com um estúdio e excelentes profissionais,<br />
o que é um grande diferencial”, afirma Devani.<br />
O cenário mudou com a chegada dos Smartphones. A<br />
empresa viu-se diante das novidades e acompanhou<br />
o mercado desenvolvendo novas estratégias de negócios.<br />
Em 2011 migrou para a venda de fotolivros online<br />
via websites. Foi também nessa época que investiu no<br />
primeiro modelo Konica Minolta – uma bizhub PRO<br />
C6500, adquirida na época com a Milsul.<br />
Devani Ribeiro de Souza, proprietário da Dataphoto,<br />
localizada em Canoas (RS)<br />
Um relacionamento comercial de muitos anos, que<br />
vem desde a época dos filmes, câmeras e revelação,<br />
agora se amplia com os sistemas de impressão digital.<br />
A Dataphoto, de Canoas (RS), é tradicional usuária<br />
da tecnologia Konica Minolta. Recentemente, ampliou<br />
e estreitou seu relacionamento com a aquisição da<br />
AccurioPress C6100.<br />
O proprietário Devani Ribeiro de Souza afirma que por<br />
ser usuário da marca japonesa há muitos anos conhece<br />
a qualidade oferecida pela tecnologia Konica Minolta.<br />
A Dataphoto já possui em seu parque de produção os<br />
modelos bizhub PRO C6500, uma impressora bizhub<br />
Press C6000 e duas bizhub Press C7000. “Agora, com<br />
a AccurioPress C6100, acrescentamos velocidade sem<br />
perder o padrão de qualidade que já conhecemos”, diz.<br />
Hoje a Dataphoto é referência no segmento de photobooks<br />
impressos nas duas cidades em que mantém<br />
lojas: em Vitória (no Shopping Praia da Costa) e em<br />
Porto Alegre (Shopping Total).<br />
E não parou por aí. Além da Dataphoto, Devani possui<br />
outro negócio: a Fox Fotografias, fundada em 1984 e<br />
especializada em fotos de crianças e atuante nas cidades<br />
de Porto Alegre e Brasília.<br />
“Ampliando nosso negócio com novos projetos”, diz<br />
Devani. “A AccurioPress C6100 vem sendo usada para<br />
produção de páginas A3 para montagem de photobooks<br />
vincados. Precisamos de qualidade em itens<br />
como cor de pele e cabelo, que precisam ser impressos<br />
na densidade correta, com as cores nas proporções<br />
certas.”<br />
Devani destaca o custo-benefício do equipamento. “O<br />
negócio por clique é muito atrativo e nos oferece o<br />
melhor custo-benefício do mercado se pensarmos na<br />
velocidade de produção”, afirma.<br />
Fundada em <strong>200</strong>2, em Vila Velha (ES), a Dataphoto iniciou<br />
no segmento de revelação e rapidamente migrou<br />
para a revelação digital com minilabs.<br />
Com o sucesso do negócio se espalhou pelo Brasil.<br />
“Nossa visão sempre foi ir além da revelação digital.<br />
Para conhecer mais a Konica<br />
Minolta, basta acessar:<br />
konicaminolta.com.br
30 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
A ERA DA FINTECHS<br />
E DA AUTONOMIA<br />
DOS FORMANDOS<br />
STARTUPS AUXILIAM ALUNOS NA ADMINISTRAÇÃO DA FESTA<br />
DE FORMATURA E TRAZEM OPÇÕES DE ORGANIZAÇÃO<br />
FINANCEIRA PARA OS EVENTOS<br />
Por Redação
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 31<br />
A formatura é, certamente, um dos eventos<br />
mais aguardados por estudantes durante toda<br />
a graduação. É a conclusão de um ciclo e todos<br />
querem celebrar. Em média, apenas uma festa<br />
costuma reunir cerca de 5 mil pessoas no Brasil.<br />
E o mercado de eventos fatura, aproximadamente,<br />
17 bilhões de reais por ano. São mais de 1<br />
milhão de universitários se formando anualmente<br />
e, entre eles, cerca de 40% planejam as festas<br />
de formatura.<br />
Os próprios alunos organizados em comissões<br />
fazem a contratação de empresas especializadas<br />
para a realização do evento. São eles também<br />
que escolhem como e quanto vão pagar<br />
mensalmente até o dia da grande festa. Porém,<br />
as comissões de formatura, muitas vezes,<br />
encontram desafios no meio do caminho. Entre<br />
elas estão inseguranças, expectativas com<br />
os valores, pouco poder de barganha com as<br />
agências de formatura e, principalmente, descontrole<br />
financeiro.<br />
A grande movimentação de dinheiro e a falta<br />
de orientação faz com que os alunos fiquem<br />
perdidos. Algumas turmas chegam a gerar<br />
cerca de 400 boletos por mês, por exemplo.<br />
Assim, no caminho podem surgir os inadimplentes,<br />
os que estão renegociando e os que<br />
cancelam o contrato.<br />
Por outro lado, algumas agências de formatura<br />
também não garantem a transparência das<br />
informações financeiras como, por exemplo,<br />
valores de fornecedores. Os alunos sequer<br />
sabem o que está sendo cobrado e, desse<br />
modo, é muito fácil que se perca o controle<br />
do que realmente entrou, do que saiu e de<br />
quem está devendo.<br />
Segundo Cláudio Cruz, da Z Systems, hoje as<br />
empresas de formatura têm dificuldades em<br />
justificar os recursos pagos pelos alunos para<br />
as comissões de formatura. “Muitas comissões<br />
têm medo de que as empresas sumam com<br />
dinheiro, fechem e não paguem os fornecedores”,<br />
conta.<br />
Arquivo pessoal<br />
“Acreditamos que as<br />
empresas de formaturas<br />
são competentes<br />
na produção dos<br />
eventos, mas que as<br />
finanças devem ser<br />
um assunto tratado<br />
por outra empresa<br />
focada nesse assunto e<br />
independente.”<br />
Caio Zanatti, CEO da Keeper<br />
De acordo com Cruz, geralmente as empresas<br />
recebem os valores em uma mesma conta empresa.<br />
Muitas delas possuem várias comissões<br />
como clientes. Se não houver organização por<br />
parte de quem vai distribuir e organizar os serviços,<br />
problemas podem surgir. Em 2018, por<br />
exemplo, a Celebração Eventos, do Piauí, e a Original,<br />
de Goiânia, faliram e tiveram que cancelar<br />
mais de 100 festas de formatura já programadas<br />
para os próximos anos.<br />
“As comissões arrecadam dinheiro e todo esse<br />
recurso cai em uma única conta corrente, no<br />
caso, da empresa organizadora. Geralmente,
32 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
essas empresas trabalham alavancadas e aí a<br />
gente vê uma no Rio, por exemplo, que não entregou<br />
evento, ou outra no Paraná, porque se<br />
perde. Não tem jeito, às vezes nem é por má<br />
fé”, ressalta.<br />
Para solucionar os<br />
problemas de gestão<br />
e facilitar a vida de<br />
quem vai se formar,<br />
fintechs e empresas<br />
especializadas em arrecadação<br />
antecipada<br />
e controle de gastos,<br />
como a ZSystems e a<br />
Keeper oferecem opções<br />
de meios de pagamento<br />
e organização<br />
de arrecadações.<br />
A paulistana Keeper é<br />
outra plataforma que<br />
vem atuando no mercado.<br />
Além de ajudar<br />
os alunos com a arrecadação<br />
antecipada, ela<br />
permite que eles façam<br />
simulações de festas de<br />
diversas maneiras e calcula<br />
quanto é preciso<br />
ser investido mensalmente<br />
para que o evento<br />
aconteça.<br />
“Acreditamos que as<br />
empresas de formaturas<br />
são competentes<br />
na produção dos eventos, mas que as finanças<br />
devem ser um assunto tratado por outra empresa<br />
focada nesse assunto e independente. O<br />
mesmo acontece em outros mercados, como na<br />
aquisição de um veículo em que a venda e entrega<br />
é feita por uma concessionária, enquanto o<br />
financiamento é feito por um banco. Essa divisão<br />
garante a entrega de serviços melhores e mais<br />
competitivos para o cliente final”, explica Caio<br />
Zanatti, CEO da Keeper.<br />
Já para Cruz, as fintechs vieram para mitigar<br />
problemas de gestão. Se não, eliminá-los de<br />
vez. “Antes de mais nada, as fintechs são bancos<br />
digitais e totalmente desburocratizados.<br />
Uma comissão de formatura, por exemplo,<br />
pode abrir uma conta na fintech e todos os<br />
boletos pagos pela turma terão os recursos<br />
destinados diretamente<br />
para essa conta,<br />
onde a comissão de<br />
formatura tem total<br />
controle e pode, assim,<br />
pagar diretamente<br />
os fornecedores”.<br />
<strong>FHOX</strong><br />
“Muitas comissões<br />
têm medo de que<br />
as empresas sumam<br />
com dinheiro, fechem<br />
e não paguem os<br />
fornecedores”<br />
Cláudio Cruz, da Z System<br />
Mas qual é vantagem<br />
desse meio de pagamento?<br />
Cruz explica<br />
que é a autonomia e<br />
a transparência para<br />
as comissões. “Quem<br />
está contratando fornecedores<br />
são as comissões<br />
de formatura,<br />
pois são elas que vão<br />
estar com o dinheiro<br />
na mão e as empresas<br />
prestadoras de serviço<br />
vão emitir suas notas<br />
para comissão. Ou<br />
seja, não tem nada a<br />
ver com a empresa de<br />
formatura em si. Com<br />
isso há uma legalização<br />
maior”, diz.<br />
Zanatti também reforça<br />
que transparência não<br />
é mais algo opcional<br />
nas relações comerciais e sim mandatório. “No<br />
caso das formaturas, acreditamos que as comissões<br />
precisam de um processo de arrecadação<br />
mais seguro e transparente, que dê tranquilidade<br />
para que eles foquem na produção do baile sem<br />
preocupações e sustos, do ponto de vista financeiro”,<br />
explica<br />
Para ele também, a arrecadação independente<br />
não só dá maior autonomia e segurança, mas do<br />
controle e poder de planejamento. Isso evita que<br />
os alunos sejam pegos de surpresa em casos de<br />
adesão abaixo da meta.
34 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
O SUCESSO VEM DE<br />
TUK-TUK<br />
EDUARDO PALERMO CONTA COMO CRIOU UMA FORMA DIFERENTE<br />
E ATRATIVA DE TRABALHAR COM CABINE FOTOGRÁFICA<br />
Por Flávio Augusto Priori | Fotos: VemCar<br />
Boas ideias podem surgir a qualquer momento.<br />
Às vezes, nas situações mais despretensiosas e<br />
diversas. Foi assim que Eduardo Palermo, 31, resolveu<br />
juntar um tuk-tuk (aqueles famosos táxis<br />
indianos) com uma cabine fotográfica e criou o<br />
seu diferencial no mercado.<br />
Proprietário da VemCar, na cidade de Carapicuíba<br />
(SP), ele já trabalhava há cinco anos no<br />
setor de eventos. Os tuk-tuks vieram depois,<br />
em um projeto de mobilidade urbana, no ano<br />
de 2013.<br />
“Assim que terminei minha graduação, iniciei um<br />
MBA em gestão de empresas e negócios. Na<br />
época ainda trabalhava na área de inovação de<br />
uma empresa do ramo de benefícios e incentivos.<br />
Decidi montar o plano de negócios do curso<br />
em cima deste projeto”, conta.<br />
Após finalizar o curso, o empresário resolveu se<br />
dedicar integralmente ao projeto e deixou seu<br />
emprego anterior. Ofereceu a proposta como<br />
uma atração de incentivo ao turismo na cidade,<br />
mas não teve sucesso.
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 35<br />
“Foram alguns meses indo e voltando da Câmara<br />
municipal e da Prefeitura de Carapicuíba, tentando<br />
viabilizar algo que nem sequer havia lei.<br />
Até que obtive uma autorização especial para<br />
testar o projeto. O piloto durou cinco meses. E,<br />
enquanto isso, fiz uma parceria com o Sebrae-SP<br />
para me orientar sobre o projeto de lei e apresentar<br />
na Câmara da cidade”, explica.<br />
Infelizmente a proposta esbarrou em diversos<br />
contratempos, da burocracia do poder público<br />
até pedidos de contribuições ilícitas. O empresário<br />
ainda tentou outros caminhos, mas encontrou<br />
os mesmos problemas. Priorizando seus valores<br />
ele decidiu, ao lado do sócio, sair do setor e levar<br />
o projeto para estâncias turísticas.<br />
Escolheu a cidade de São Roque (SP) para a<br />
nova jornada. Os tuk-tuks rodavam a cidade pela<br />
rota do vinho, inclusive com um guia conduzindo<br />
os turistas. Contudo, a burocracias e até problemas<br />
com taxistas da região não colaboraram.<br />
Seus trabalhos com eventos passaram a se mostrar<br />
mais rentáveis do que com o turismo. As dores<br />
de cabeça também eram menores.<br />
“Eu continuei fazendo eventos com as cabines<br />
e totens fotográficos. Eram bem mais práticos<br />
e com margem de lucro superior. Então, foi um<br />
caminho natural a VemCar migrar do mercado<br />
de transporte e turismo para o de eventos. Hoje,<br />
atuamos especificamente nele”.<br />
UMA CABINE NO TUK-TUK?<br />
A ideia de dar nova utilidade para os tuk-tuks veio<br />
ao acaso. “Meu sócio iria fazer a festa de 15 anos<br />
da filha dele, e na época as cabines fotográficas<br />
eram novidade, ninguém conhecia”, conta. “Durante<br />
uma reunião em sua residência, ele e a esposa<br />
falaram rapidamente sobre os preparativos da<br />
festa e sobre a cabine fotográfica, que ainda não<br />
conheciam. Então ela comentou que seria legal se<br />
existisse uma cabine em um tuk-tuk”.<br />
Isso ficou na cabeça do empresário, que começou<br />
a pesquisar sobre algo do tipo no mercado.<br />
“No dia seguinte disse que poderíamos fazer um<br />
teste na festa de sua filha, ele aceitou. Montei o<br />
equipamento no conceito de MVP (minimum viable<br />
product). Foi um pouco desafiador, porque,<br />
diferente de hoje, ninguém comercializava esse<br />
tipo de equipamento e não havia dados disponíveis<br />
sobre como montar. Quebrei bastante a<br />
cabeça. E o pouco de informação que consegui<br />
garimpar veio de fóruns de sites estrangeiros”.<br />
RECEPTIVIDADE<br />
Mesmo com dificuldade iniciais, a cabine tuk-tuk se<br />
mostra um ótimo investimento. Hoje é uma das estrelas<br />
da VemCar. Palermo conta que inicialmente<br />
os clientes buscam pelas cabines tradicionais, mas<br />
ao descobrirem sobre o “foto tuk-tuk”, se encantam<br />
por ser algo único. “Todo mundo quer uma festa que<br />
Quando os clientes descobrem o “foto tuk-tuk” acabam se encantando, por ser uma ideia única no Brasil
36 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
“Foi um caminho<br />
natural a VemCar<br />
migrar do mercado de<br />
transporte e turismo<br />
para o de eventos.<br />
especificamente nele”<br />
Eduardo Palermo<br />
faça o convidado se lembrar e comentar. E como<br />
esquecer uma festa com um tuk-tuk?”, questiona.<br />
Certa vez, a VemCar foi contratada por uma associação<br />
comercial de São Roque para uma ação<br />
de natal. O tuk-tuk começou como um “trenó”<br />
do Papai Noel e, após um primeiro momento,<br />
virou uma cabine, na qual as pessoas poderiam<br />
tirar fotos com o bom velhinho.<br />
“O que mais me marcou foi a simplicidade das<br />
pessoas, principalmente das crianças, quando<br />
chegavam e viam aquele equipamento todo,<br />
algo de outro mundo, onde ainda podiam entrar<br />
e tirar uma foto com o Papai Noel”.<br />
Palermo diz que apesar da correria no evento,<br />
tudo foi recompensado pelo sorriso das crianças,<br />
a reação de surpresa delas ao ter a foto na hora<br />
e a alegria dos pais. “Naquele momento eu soube<br />
que tinha encontrado a minha missão. O equilíbrio<br />
que tanto busquei entre minha vida pessoal e<br />
profissional, um objetivo de levar entretenimento,<br />
alegria, sorrisos e ainda ganhar com isto”.<br />
FUTURO DAS CABINES<br />
Para o futuro, Palermo se mostra otimista. Atualmente<br />
ele está testando cabines em outros dois<br />
tipos de veículos e quer direcionar seu foco para<br />
eventos corporativos. Além disso, quer usar a<br />
VemCar como um exemplo para guiar outros empreendedores<br />
no ramo de cabines.<br />
“Vejo muitos fornecedores de cabines e totens<br />
entregando produtos para novos empreendedores.<br />
Mas não vejo uma entrega que prepare<br />
estes novos empresários, o que prejudica todos<br />
os que já estão na área. Quem chega não sabe<br />
como funciona o mercado, as práticas, nível<br />
de qualidade e tantos outros fatores e requisitos<br />
mínimos para iniciar um novo negócio. Não<br />
adianta apenas entregar o peixe, tem que ensinar<br />
a pescar”.<br />
O empresário complementa que, neste sentido,<br />
eventos como o Cabine Photoshow são importantes<br />
para a criação de “um crescimento sustentável<br />
para o mercado. Levando informação,<br />
debates de ideias, tendências para os fornecedores<br />
e compartilhamento de melhores práticas,<br />
aumentando o profissionalismo e a qualidade do<br />
ramo”, afirma.<br />
Ele acredita que esse tipo de atitude não significa<br />
ampliar a concorrência, mas sim investir<br />
no profissionalismo e qualidade do segmento.<br />
Aliás, o empresário vê com bastante otimismo o<br />
futuro do mercado de cabines para os próximos<br />
anos, graças aos avanços da tecnologia, a facilidade<br />
ao acesso de informações e uma esperança<br />
na retomada da confiança e do crescimento<br />
da economia do País.
PubliEditorial<br />
A XEROX IRIDESSE É O ÚNICO<br />
EQUIPAMENTO DIGITAL QUE FAZ<br />
IMPRESSÕES UTILIZANDO TONERS<br />
METALIZADOS, TINTAS CMYK, ALÉM<br />
DE BRANCO OU CLEAR TONER<br />
A Xerox Iridesse é o único equipamento digital que faz impressões<br />
utilizando toners metalizados, tintas CMYK e Clear toner<br />
Recentemente, a Xerox surpreendeu o mercado<br />
com o lançamento da Iridesse, a primeira impressora<br />
xerográfica no mundo capaz de trabalhar com<br />
tons metálicos em uma única passagem.<br />
O equipamento oferece efeitos especiais e aprimoramentos<br />
digitais de maneira econômica em um<br />
fluxo de trabalho simplificado. Assim, lojas de foto,<br />
estúdios, laboratórios e empresas de fotografias de<br />
formatura podem criar aplicações personalizadas e<br />
expandir seus negócios.<br />
No Brasil, a primeira empresa a adquirir a Iridesse foi a<br />
Copyhouse, gráfica especializada em impressão digital,<br />
localizada no Rio de Janeiro (RJ). Depois de uma<br />
pesquisa de mercado, que levou um ano, a gráfica escolheu<br />
a Xerox Iridesse para atender suas demandas.<br />
“O maior valor da nova tecnologia é para nosso<br />
cliente e não para nós. É ele quem busca o melhor<br />
investimento por página impressa”, explica Nikollas<br />
Ramos, diretor comercial da Copyhouse.<br />
O diretor acredita que não só a produção vai crescer,<br />
mas também o ticket médio em cada trabalho, que<br />
contará com maior valor e exclusividade, justificando o<br />
investimento em página impressa feito por seus clientes.<br />
Sobre a qualidade do produto final ele destaca: “a<br />
impressão nunca esteve tão viva, vibrante e ansiosamente<br />
aguardada como agora”. Isso porque a Xerox<br />
Iridesse elimina a necessidade de vários processos,<br />
geralmente necessários para o aprimoramento de<br />
impressão, aumentando a capacidade e os lucros<br />
para os clientes.<br />
Com a Iridesse, a Copyhouse faz impressões de até 110x33 cm<br />
De acordo com a Keypoint Intelligence-InfoTrends,<br />
o investimento em um equipamento com essas funções<br />
pode resultar em um rápido retorno do investimento,<br />
já que as margens de lucro dos fornecedores<br />
de serviços de impressão, com tais efeitos,<br />
podem aumentar de 50% a 400%.<br />
Em maio deste ano, o equipamento ganhou o Cut<br />
Sheet Printer Award (Prêmio de Impressora de<br />
Folhas Soltas), pela inovação na produção digital<br />
concedido pela Associação Europeia de Imprensa<br />
Digital (EDP), durante a maior feira de impressão especializada<br />
da Europa, a FESPA Global Print Expo.<br />
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38 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
FOTOGRAFIAS<br />
DE MENORES DE<br />
IDADE – ALVARÁS<br />
JUDICIAIS<br />
Arquivo Pessoal<br />
Paulo Gomes de Oliveira Filho é advogado e especialista em direito autoral<br />
Na realização de sua atividade profissional, o fotógrafo<br />
pode encontrar situações nas quais irá<br />
realizar fotos com a participação de menores de<br />
idade. Isso exige o cumprimento de disposições<br />
legais que restringem ou limitam essa participação.<br />
Se a participação do menor for destinada à<br />
atividades artísticas e com finalidade comercial/<br />
econômica – assim também considerada a publicidade<br />
comercial – exige-se a obtenção prévia de<br />
autorização judicial, através de alvarás judiciais.<br />
Por disposição constitucional, não é permitido o<br />
trabalho a menores de 14 anos, sendo permitido<br />
entre 14 e 16 anos na condição de aprendiz e dos<br />
16 aos 18 anos em condições especiais, como não<br />
exercer atividades e em horários e locais incompatíveis<br />
com a menoridade.<br />
Excepcionalmente, entretanto, é possível uma<br />
flexibilização quanto essa proibição para autorizar<br />
o trabalho artístico infantil, com base no<br />
Decreto Presidencial 4.134/<strong>200</strong>2, que ratifica a<br />
Convenção n.138 da Organização Internacional<br />
do Trabalho – OIT e o Estatuto da Criança e do<br />
Adolescente - ECA (art. 149, II).<br />
É admitida, pelos art. 8º da citada Convenção e<br />
149, inciso II do ECA, a possibilidade do trabalho
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 39<br />
artístico para menores em situações excepcionais,<br />
individuais e especificas, mediante prévia e<br />
expressa autorização judicial.<br />
Portanto, ao ser contratado para a produção<br />
fotográfica com a participação de menores<br />
de idade, cabe ao fotógrafo verificar<br />
qual será a finalidade dessa produção. Sendo<br />
destinada para fins artísticos com intuito<br />
comercial, inclusive publicitários, deverá ele<br />
ou quem o estiver contratando, obter prévia<br />
autorização judicial.<br />
COMO SOLICITAR O ALVARÁ<br />
JUDICIAL?<br />
O alvará deve ser requerido com a maior antecedência<br />
possível; e deverá ser exigido para a participação<br />
do menor, ou seja, a criança só pode<br />
entrar no estúdio para gravar/fotografar após a<br />
obtenção dessa autorização judicial.<br />
Documentos necessários para o pedido de alvará:<br />
• Contrato social atualizado do estúdio;<br />
• Autorização dos pais para participação do<br />
menor;<br />
• Certidão de nascimento do menor e, se tiver,<br />
RG e CPF (cópias autenticadas);<br />
• RG e CPF dos pais (cópia autenticada);<br />
• Contrato de produção fotográfica e/ou licença<br />
de uso de imagem, se houver;<br />
• Comprovante de Endereço do menor;<br />
• Comprovante escolar indicando nome do estabelecimento,<br />
endereço, matricula, frequência<br />
e período;<br />
• Layout do anúncio em que será utilizada a foto;<br />
• Números do Alvará de Funcionamento e do<br />
Auto de Vistoria dos Bombeiros – AVB do local<br />
da produção.<br />
INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS:<br />
• Denominação do cliente e do produto/serviço<br />
a ser divulgado;<br />
• Informar se for publicidade institucional;<br />
• Mídia a ser utilizada; território da veiculação;<br />
prazo;<br />
• Data e horário da produção;<br />
• Local da produção (é este endereço que vai<br />
indicar qual será a Vara da Infância e da Juventude<br />
onde o alvará será requerido);<br />
• Valor e forma de remuneração.<br />
PENALIDADES PELA FALTA DE<br />
ALVARÁ:<br />
O descumprimento da recomendação de requerimento<br />
de alvará poderá “caracterizar inobservância<br />
de norma de ordem pública, cabendo ao<br />
Ministério Público convocar anunciante e produtor<br />
fotográfico para prestar esclarecimentos<br />
em audiência e firmar termo de compromisso de<br />
ajustamento de conduta, ou propor ação judicial<br />
visando a defesa da ordem jurídica e de interesses<br />
sociais e individuais indisponíveis, bem como<br />
à reparação de danos genéricos causados pela<br />
conduta ilícita, sem prejuízo da apuração de responsabilidade<br />
civil ou criminal”.<br />
Por sua vez, o Estatuto da Criança e Adolescente<br />
(ECA), em seu artigo 258, impõe a aplicação de<br />
multa, conforme abaixo transcrito, e até fechamento<br />
do estabelecimento, em casos graves:<br />
“Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento<br />
ou o empresário de observar o que<br />
dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou<br />
adolescente aos locais de diversão, ou sobre<br />
sua participação no espetáculo: Pena - multa<br />
de três a vinte salários de referência; em caso<br />
de reincidência, a autoridade judiciária poderá<br />
determinar o fechamento do estabelecimento<br />
por até quinze dias.”
1 E 2 DE OUTUBRO<br />
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42 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
PRIMEIROS<br />
PASSOS NA<br />
FOTOGRAFIA<br />
NEWBORN<br />
O QUE É NECESSÁRIO SABER<br />
E INVESTIR PARA COMEÇAR<br />
NO SEGMENTO?<br />
Por Flávio Augusto Priori | Fotos: Daniela Margotto<br />
A fotografia newborn encanta muitas pessoas e é um segmento<br />
que pode trazer um bom retorno, se bem trabalhada e estudada.<br />
Ao mesmo tempo, ela demanda uma atenção especial a detalhes<br />
como, por exemplo, um espaço adequado, equipamentos e props<br />
que não incomodem o bebê. Afinal, antes de qualquer coisa, o<br />
fotógrafo precisa ter em mente que está lidando com crianças<br />
recém-nascidas.<br />
Assim, é normal que surjam dúvidas sobre como iniciar no segmento<br />
e da maneira correta. De acordo Daniela Margotto, uma das fundadoras<br />
da Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos<br />
(ABFRN), quando o fotógrafo decide seguir na carreira newborn, a<br />
primeira coisa a ser feita é procurar um curso específico.<br />
Hoje já existem várias opções, tanto presenciais como on-line.<br />
“Tendo o curso, a pessoa consegue se direcionar e ter noção do<br />
que ela precisa investir para fazer o mínimo, é a principal porta de<br />
entrada”, afirma Daniela.
ESTÚDIO PRÓPRIO: TER OU NÃO<br />
TER?<br />
Ter um estúdio próprio é a melhor opção? Ou começar<br />
compartilhando um espaço é uma aposta mais segura?<br />
Para a fotógrafa não há uma resposta certeira, depende<br />
muito de organização. Ela começou com um estúdio<br />
próprio, mas ressalta que tudo aconteceu em outra<br />
época, com menos concorrência. Hoje há um número<br />
maior de profissionais no mercado, cerca de 8 mil, apenas<br />
no Brasil.<br />
“As duas opções são válidas, se você conseguir dividir<br />
um estúdio ou alugar um espaço já preparado diminui<br />
custos, por exemplo. Quando comecei, eu fiz um planejamento<br />
e isso foi essencial, assim eu sabia o que fazia<br />
sentido para mim”, explica.<br />
Outro ponto importante na hora de começar, independente<br />
do ramo, é fazer o mundo conhecer o seu trabalho.<br />
Nesse aspecto parcerias são muito importantes<br />
para iniciantes newborn. Lojas de quartos de bebês,<br />
roupas de gestantes, tudo que envolve esse universo<br />
do recém-nascido é válido. Uma união bem feita só irá<br />
gerar bons resultados para ambos os lados.
Aline Fontes<br />
Roupinhas são versáteis. Ao escolher,<br />
prefira cores neutras e vivas<br />
NA PRÁTICA<br />
As questões técnicas são um tópico importante,<br />
mas que dependendo das preferências do<br />
fotógrafo também podem variar. Uma delas é a<br />
iluminação. Trabalhar com luz natural ou de estúdio<br />
são opções viáveis, pois é possível ter bons<br />
resultados com ambas.<br />
Quando o trabalho é feito na casa dos clientes,<br />
controlar a luz passa a ser um pouco mais difícil,<br />
pois o fotógrafo não possui, muitas vezes, familiaridade<br />
com o ambiente. Isso também prejudica<br />
quando o assunto é a temperatura ideal para<br />
o recém-nascido, que precisa estar em torno de<br />
30ºC, de acordo com a ABFRN.<br />
Por outro lado, algumas famílias preferem essa<br />
opção por diversos motivos, como, por exemplo,<br />
restrições médicas. Para quem está começando<br />
essa talvez não seja a alternativa ideal, mas é<br />
uma possibilidade que deve ser considerada.<br />
Algo que sempre ajuda é ter um assistente para<br />
auxiliar nas fotos. Há vários fotógrafos que conseguem<br />
fazer todo o trabalho sozinho, mas ter<br />
alguém para auxiliar nos ensaios sempre é um<br />
bom negócio. Mesmo que seja o pai ou a mãe<br />
da criança. Isso deixa o fotógrafo mais solto para<br />
pensar nas fotos.<br />
Sobre a câmera ideal para fotografar newborn,<br />
Daniela diz que não há marcas ou modelos específicos,<br />
pois o que faz a diferença é a lente que o<br />
fotógrafo vai usar. “Você tem que oferecer qualidade<br />
para o cliente. Eu gosto muito de 50mm para<br />
fotografar bebês e a 100mm para fotos macro”.<br />
Quanto a acessórios, é preciso ter algumas peças<br />
básicas, como mantas, puffs, cestinhas e outros<br />
apetrechos para posicionar a criança. Uma<br />
boa ideia é pegar peças neutras, que possam ser<br />
usadas tanto para meninos e meninas.<br />
Elizabete Cândida Franco Santos, proprietária do<br />
Atêlier Betty Props, de São Paulo (SP), está há<br />
dois anos no mercado. Para ela, que trabalha principalmente<br />
com roupas, as peças básicas para os<br />
DICA DA ESPECIALISTA<br />
Arquivo pessoal<br />
Alguns pais sempre fazem pedidos inusitados no ensaio. De acordo<br />
com Dani, é possível criar algo interessante e de bom gosto<br />
— mesmo que a proposta não se encaixe muito na identidade do<br />
fotógrafo em um primeiro momento. Ela afirma que a visão deles<br />
também é importante. “Faça. Mesmo que não te agrade tanto.<br />
Você pode só não colocar no seu portfólio depois. Sou aberta<br />
para ideias e, sendo uma coisa que eu consiga fazer e não coloque<br />
o bebê em risco, eu faço”.
46 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
ensaios devem incluir headband, toucas avulsas,<br />
wraps (aquelas mantinhas que envolvem os bebês)<br />
e sonequinhas, que são pequenas calças.<br />
“Os fotógrafos têm que observar se o tecido das<br />
roupas tem elasticidade e se os elásticos estão<br />
adequados para não marcar o corpo dos bebês,<br />
que é muito sensível. O acabamento das peças<br />
também é muito importante para ter uma boa<br />
durabilidade”, explica a empresária. Em sua loja,<br />
Elizabete comenta que as peças mais populares<br />
atualmente são vestidinhos e bodys de renda.<br />
Já para Renê Bueno de Andrade, da Renê Bueno<br />
Newborn, de São Paulo (SP), geralmente iniciantes<br />
gostam de wraps e toucas, pois são mais<br />
fáceis de vestir nos bebês. “São roupinhas que<br />
não apresentam tanta dificuldade para colocar”,<br />
comenta Andrade, que trabalha no segmento há<br />
três anos.<br />
“É importante verificar se o produto é maleável o<br />
suficiente para não incomodar a criança”, segundo<br />
ele, que também ressalta ser preciso checar<br />
se os materiais são antialérgicos.<br />
CATÁLOGO NEWBORN<br />
Separamos algumas sugestões de acessórios<br />
para você dar o pontapé inicial na sua carreira<br />
newborn. Confira:<br />
1. Kit Bubble |<br />
Lefotick<br />
O Kit contém ao todo oito<br />
itens, que incluem uma<br />
Manta, Wrap Creme, Touca<br />
Bear Creme, o Baldinho<br />
dentre outros.<br />
2. Posicionador Slim<br />
Premium | Arte Brasil<br />
Feito de Aço Inox, a peça<br />
serve como base para<br />
posicionar o newborn<br />
durante a sessão, pode ser<br />
usado com ou sem os pés.<br />
3. Fundo Clouds |<br />
Empório Criativo<br />
Fundo fotográfico com arte<br />
própria da loja. Material de<br />
fácil manuseio e que pode<br />
ser usado em conjunto com<br />
a criatividade do fotógrafo.<br />
4. Cabana de Índio |<br />
Betty Props<br />
Peça de algodão, com<br />
80 cm de altura por 40<br />
cm de largura. Pode ser<br />
aproveitada em diversas<br />
ocasiões.<br />
5. Roupa de Ursinho<br />
| Rene Andrade<br />
Newborn<br />
Roupa de Ursinho, uma<br />
das peças de maior saída<br />
da loja de acordo com o<br />
proprietário.<br />
6. Manta Color<br />
Candy Texturizada<br />
Rose Antigo | Cida<br />
Reis Props<br />
Manta usada junto com<br />
um puff, mede 1,50 x<br />
1,50 m<br />
7. Wrap | Fofurices &<br />
Props<br />
Tecido feito de lã, pode ser<br />
usado para enrolar o bebê<br />
ou como uma camada de<br />
fundo para a foto.<br />
Fotos: Divulgação
Sua Marca pode fazer parte<br />
das nossas Conquistas<br />
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48 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
TEM<br />
DINHEIRO NA<br />
FOTOGRAFIA?<br />
Marco Perlman é diretor da Digipix<br />
Arquivo pessoal<br />
Em 1999, fotografia e digital não faziam parte<br />
da mesma frase. Muitos de nós, inclusive eu,<br />
nem sonhavam que um dia trabalhariam com<br />
fotografia. Enquanto isso, em Redwood City,<br />
na Califórnia, um grupo de visionários fundava<br />
a Shutterfly, um dos primeiros comércios eletrônicos<br />
de fotografia digital. O site cresceu (e<br />
muito), abriu seu capital na<br />
bolsa eletrônica Nasdaq e<br />
tornou-se a principal empresa<br />
de fotografia focada<br />
no consumidor no planeta...<br />
sem ter sequer saído dos<br />
Estados Unidos.<br />
Há poucos dias a Shutterfly<br />
foi vendida. O Apollo Global<br />
Management, um dos<br />
maiores gestores de private<br />
equity do mundo, adquiriu<br />
100% da Shutterfly, avaliando<br />
a empresa em 2,7 bilhões<br />
de dólares. Isso mesmo<br />
que você leu, mais de 10 bilhões de reais. E<br />
aproveitando o embalo, fundiu a empresa com<br />
a Snapfish, seu principal concorrente, aumentando<br />
ainda mais seu poder de fogo.<br />
Tentando olhar além da cifra bilionária (o que<br />
não é fácil), o que mais me impressiona é que o<br />
Apollo não tinha nem um pezinho na fotografia<br />
até fazer essa aquisição. Tinha dinheiro de montão,<br />
oportunidades de sobra para investir... e<br />
nenhuma razão especial para apostar em nosso<br />
mercado. Dentre tantas opções disponíveis, escolheu<br />
a fotografia e, em particular, a impressão<br />
de fotografia para receber o cheque bilionário.<br />
Não tenho dúvidas que a<br />
fotografia está passando<br />
por transformações aceleradas.<br />
Sei que todo mundo<br />
que tem celular (ou seja,<br />
todo mundo) virou fotógrafo.<br />
Também sei que a maior<br />
parte das fotos fica no celular,<br />
vai para a nuvem e/ou<br />
para as redes sociais. Também<br />
já fui informado que o<br />
Brasil não é os Estados Unidos.<br />
Mas, gente, são DEZ bilhões<br />
de reais.<br />
Vamos, juntos, olhar para o futuro. Usar a tecnologia<br />
como aliada. Entender melhor o consumidor.<br />
Prestar serviços de qualidade. Vamos,<br />
juntos, criar uma fotografia melhor e mais forte.<br />
Oportunidades não faltam. Pode ter certeza que<br />
tem mais gente olhando de fora e apreciando<br />
nosso mercado.
50 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
A FORÇA<br />
DA ARTE NA<br />
FOTOGRAFIA<br />
FERNANDA FEITOSA, CRIADORA E RESPONSÁVEL<br />
PELA SP-ARTE E SP-FOTO, FALA SOBRE O EVENTO<br />
E O MERCADO AUTORAL DE FOTOGRAFIA<br />
Texto por Leo Saldanha | Fotos: Jéssica Mangaba<br />
Entre 21 a 25 de <strong>agosto</strong>, em São Paulo, acontece<br />
a 13ª edição da SP-Foto, no centro de eventos<br />
do Shopping JK Iguatemi. O evento, que tem<br />
se firmado como o principal do meio dedicado<br />
à linguagem artística no País, reúne fotógrafos<br />
renomados e jovens apostas do mercado. Fernanda<br />
Feitosa, criadora e responsável tanto pela<br />
SP-Arte quanto pela SP-Foto, conversou com a<br />
<strong>FHOX</strong> e falou sobre o mercado de fotos autorais<br />
e as expectativas para o SP-Foto.<br />
<strong>FHOX</strong> - Uma nova edição da SP-Foto vem aí.<br />
Como estão os preparativos?<br />
Fernanda Feitosa - Estamos muito contentes em<br />
comemorar a 13ª edição da SP-Foto. Estamos expandindo<br />
o Circuito Ateliês Abertos para o centro,<br />
além do tradicional roteiro pela Vila Madalena.<br />
No sábado que antecede a SP-Foto, 17 de<br />
<strong>agosto</strong>, ateliês abrem as portas ao público, que<br />
poderá conhecer de perto os bastidores do universo<br />
fotográfico e da imagem. Durante a Feira,<br />
oferecemos visitas guiadas com especialistas<br />
para os interessados em conhecer histórias por<br />
trás das obras expostas.<br />
<strong>FHOX</strong> - E qual a sua expectativa para essa edição?<br />
Feitosa - As expectativas são altas. A última<br />
edição da SP-Foto recebeu 18 mil visitantes em<br />
cinco dias de evento e acreditamos que iremos<br />
superar esse número este ano. Por meio<br />
de um cuidadoso e dedicado trabalho selecionamos<br />
galerias de qualidade, prezamos também<br />
pela diversidade de expositores e por uma<br />
curadoria de conteúdo relevante para tornar<br />
a experiência cultural o mais abrangente possível.<br />
Nesta edição, estão confirmadas as presenças<br />
de obras de nomes influentes da fotografia<br />
como Jean Manzon, Ellen von Unworth,<br />
Ana Vitória Mussi, Sebastião Salgado, Miguel<br />
Rio Branco, Cinthia Marcelle e Mauro Restiffe.
52 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
A Feira chega à sua 13ª edição<br />
como o mais importante<br />
evento dedicado ao trabalho<br />
fotográfico no Brasil<br />
Em meio ao ambiente de promoção da fotografia<br />
criado pela Feira, convidamos especialistas<br />
internacionais para se aproximarem da<br />
produção nacional. Neste ano, Barbara Tennenbaum,<br />
curadora de fotografia do Museu de<br />
Arte de Cleveland; Margot Norton, curadora<br />
de fotografia do New Museum (Nova York);<br />
Julieta González, diretora artística do museu<br />
Jumex (Cidade do México); e Sophie Hackett,<br />
curadora de fotografia da Art Gallery of Ontario<br />
(Toronto), vêm à SP-Foto pela primeira<br />
vez. Já Simon Baker, ex-Tate Gallery (Londres)<br />
e atual diretor da Maison Européenne de la<br />
Photographie (Paris), retorna a São Paulo na<br />
ocasião do evento para acompanhar as tendências<br />
da fotografia local.<br />
<strong>FHOX</strong> - Acredita que ainda há espaço para<br />
crescimento dentro da fotografia autoral?<br />
Feitosa - A fotografia autoral brasileira, desde<br />
o período modernista, se destaca como referência<br />
no mundo. Nos anos 1940, integrantes<br />
do Foto Cine Clube Bandeirante como Thomaz<br />
Farkas, Gaspar Gasparian e Geraldo de<br />
Barros iniciaram uma pesquisa formal que<br />
explorava planos, texturas, ângulos, sombras<br />
e experimentações técnicas. Na contemporaneidade,<br />
a riqueza da fotografia permanece<br />
e vem ganhando ainda mais destaque.<br />
Neste ano, a brasileira Bárbara Wagner, que trabalha<br />
principalmente com fotografia e videoarte,<br />
está em destaque na 58ª Bienal de Veneza, junto<br />
com sua dupla Benjamin de Burca. Desde os<br />
modernistas até os contemporâneos, todos estarão<br />
na 13ª SP-Foto que abarca aproximadamente<br />
cem anos de história da fotografia brasileira.<br />
<strong>FHOX</strong> - Pode falar de números de mercado?<br />
Quanto representa a fotografia nessa parte autoral<br />
para o mercado?<br />
Feitosa - Como a fotografia não pode ser dissociada<br />
do mercado de arte, não há dados exclusivos.<br />
De uma forma em geral, podemos dizer<br />
que a fotografia brasileira vem crescendo, tanto<br />
no Brasil como no exterior, e está cada vez<br />
mais presente em acervos de instituições, assim<br />
como em leilões e galerias comerciais. O MoMa,<br />
de Nova York, por exemplo, já adquiriu mais de<br />
100 obras de autoria de fotógrafos brasileiros.<br />
Instituições com o Museu de Fine Arts de Houston,<br />
o Metropolitan Museum (Nova Iorque), Museu<br />
Stedelijk (Amsterdã) e Centro Pompidou<br />
(Paris) também possuem nomes nacionais em<br />
seus acervos de fotografia a exemplo de Claudia<br />
Andujar, Miguel Rio Branco e Sebastião Salgado.<br />
A tendência é que a visibilidade da fotografia<br />
brasileira no exterior influencie o valor<br />
das obras e fomente ainda mais o crescimento<br />
do mercado.<br />
<strong>FHOX</strong> - A fotografia é um bom negócio?<br />
Feitosa - Nós não olhamos para fotografia e<br />
arte por um viés comercial, mas como uma<br />
oportunidade de fomentar a cultura no Brasil.<br />
Com a SP-Arte e a SP-Foto, oferecemos a aproximadamente<br />
55 mil pessoas a oportunidade<br />
de se aproximar de obras de arte, raramente<br />
expostas em instituições públicas. Além disso,<br />
facilitamos um canal para as galerias gerarem<br />
negócios. Os números demonstram que ambas<br />
a SP-Arte como a SP-Foto têm sido lucrativas<br />
para os expositores.
ESPECIAL<br />
COMPARTILHANDO, AO LONGO DE TRÊS DÉCADAS, HISTÓRIAS E<br />
LEGADOS NO MERCADO FOTOGRÁFICO<br />
Texto por Redação | Fotos: Ale Ruaro<br />
Essa é uma edição comemorativa de <strong>FHOX</strong>: chegamos<br />
à edição <strong>200</strong> e em breve completamos<br />
30 anos de atuação no mercado. Por isso, além<br />
de relembrar a trajetória até aqui, decidimos homenagear<br />
também algumas pessoas importantes<br />
do mercado e que carregam uma história ao<br />
nosso lado.<br />
Para isso, selecionamos 30 convidados. A ideia<br />
é apresentá-los aos poucos até a edição de aniversário.<br />
Eles, que foram fotografados por Ale<br />
Ruaro, um dos grandes retratistas do País, nos<br />
contaram, em poucas palavras, sobre marcos importantes<br />
de suas carreiras e sobre como enxergam<br />
a <strong>FHOX</strong>.
NELLIE SOLITRENICK<br />
Nellie começou a carreira na fotografia aos 19 anos e<br />
possui um portfólio que vai do fotojornalismo às festas<br />
de casamento. Recentemente apareceu nas páginas<br />
da Revista com sua empreitada nas fotocabines. Ela<br />
conta que a <strong>FHOX</strong> foi uma de suas grandes apoiadoras<br />
quando resolveu dar workshops de fotografia de casamentos.<br />
“Sempre divulgou, sempre me apoiou. Foram<br />
meus grandes padrinhos no mercado de fotógrafos de<br />
casamento”, diz.
LUCIANO SOUZA<br />
Luciano Souza é o principal nome por trás da Viacolor,<br />
empresa fundada em 1997, em Porto Alegre (RS), que<br />
se estabeleceu como uma das grandes encadernadoras<br />
do Brasil. Para ele, a Viacolor, no início, conseguiu<br />
se projetar para o Brasil através da Feira Fotografar.<br />
“Além da grande amizade que a gente tem com toda<br />
a equipe, a <strong>FHOX</strong> está sempre nos ajudando em tudo<br />
o que é possível”.
TCHÔ MOIOLI<br />
Tchô Moioli é um parceiro de longa data da <strong>FHOX</strong> e<br />
faz parte do conselho do Prêmio Wedding Best. “Na<br />
<strong>FHOX</strong> eu busquei as informações para me encorajar a<br />
abrir a Fotolab Álbuns. 25 anos depois, acho que nem<br />
preciso explicar a importância. Com o Carlos me sentia<br />
um filho. Com o Mozart e Léo, algo mais para pai. Muita<br />
troca de informação, respeito, orgulho e carinho.”
OTÁVIO YOSHIDA<br />
Otávio Yoshida é um dos proprietários da Angel Equipamentos<br />
Fotográficos, empresa com mais de 20 anos<br />
de mercado, localizada em São Paulo (SP). “Eu conheço<br />
a <strong>FHOX</strong> desde quando ela era feita em Curitiba,<br />
através do Carlos Dreher. Acompanhei a evolução da<br />
revista ao longo dos anos, que hoje é uma marca de<br />
respeito no mercado”, diz.
ODILA SENE GUANDALINI<br />
A Colorkit já atua há 50 anos no mercado e mantém<br />
o status de principal fornecedora de equipamentos e<br />
consumíveis para encadernação no Brasil. Odila Sene<br />
Guandalini, carinhosamente chamada de Dona Odila, é<br />
quem está à frente da empresa. Para ela, “a <strong>FHOX</strong> tem<br />
sido um canal fundamental, tanto pelas informações<br />
que traz quanto pela energia que segue injetando no<br />
ramo, é uma motivação que nos inspira”.
EMERSON STEIN<br />
Emerson conta que sua relação com a <strong>FHOX</strong> vem desde<br />
o começo dos anos <strong>200</strong>0. “A <strong>FHOX</strong> sempre teve o<br />
dom de trabalhar o mercado, para que ele evolua. Com<br />
a <strong>FHOX</strong> aprendi a entender que esse desenvolvimento<br />
depende de muitos aspectos, os quais a Revista sempre<br />
trabalhou muito bem”.
MARCO PERLMAN<br />
A Digipix Pro, comandada por Marco Perlman, é o maior<br />
e mais moderno laboratório de impressão fotográfica da<br />
América Latina. Na Feira Fotografar costuma ter um dos<br />
estandes mais movimentados. Para Perlman, “a <strong>FHOX</strong> é<br />
um parceiro de longa data, do mercado fotográfico e da<br />
Digipix – informando, educando, organizando, aproximando,<br />
provocando... enfim, sempre presente”.
MANUK POLADIAN<br />
Manuk Poladian seguiu os passos do pai na carreira de<br />
fotógrafo, da mesma forma que seus filhos estão dando<br />
continuidade ao trabalho, no seu estúdio localizado<br />
em Moema, São Paulo (SP), há 40 anos. Para ele, “a<br />
<strong>FHOX</strong> foi a revista que mais apoiou e sempre esteve ao<br />
lado dos fotógrafos no Brasil”.
DOUGLAS CHO<br />
Douglas Cho, além de CEO da BM Works, também é<br />
representante da DNP na Grande São Paulo. “Por compartilhar<br />
dos mesmos ideais de fotografia cada vez mais<br />
impressa no papel, tenho a <strong>FHOX</strong> como parte da minha<br />
equipe, da minha família, na qual juntos colaboramos para<br />
que tudo isso se torne possível e acessível a todos. Parabéns<br />
a toda equipe da <strong>FHOX</strong> pelos 30 anos de história”.
DANIELA MARGOTTO<br />
Fotógrafa de newborn e gestantes há quase uma década,<br />
e uma das fundadoras da ABFRN. Para ela, sua<br />
história está muito ligada à <strong>FHOX</strong>, pois foi em um dos<br />
eventos do grupo <strong>FHOX</strong> que ela palestrou pela primeira<br />
vez. “Desde então, sempre mantivemos uma relação<br />
muito próxima. A revista foi muito importante na história<br />
do newborn no Brasil. Moram no meu coração”, diz.
66 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
FICAM AS<br />
PAREDES E VÃO<br />
OS QUADROS<br />
Nicolau Piratininga é especialista em conservação<br />
de acervos e montagens fine art<br />
Autorretrato<br />
Não tem jeito. Meu cérebro já está condicionado<br />
a olhar e reparar profundamente nos quadros<br />
exibidos em todos os ambientes em que vou.<br />
Quando entro pela primeira vez em algum lugar,<br />
sempre observo o que está pendurado na parede.<br />
Para mim, quadros são pequenas janelas da<br />
alma da pessoa que vive naquele local.<br />
Salas de espera de consultórios médicos são<br />
uma verdadeira loucura! Como um detetive forense,<br />
passo o tempo tentando desvendar a história<br />
que cada objeto ali exposto tem para me<br />
contar a respeito do profissional que logo mais<br />
vou encontrar.<br />
Há o sujeito que montou o consultório quando se<br />
formou e nunca mais mudou nada, e aquele cuja<br />
esposa mantém o ambiente sempre atualizado,<br />
com as últimas tendências da moda, o outro que<br />
curte decoração, que teria sido arquiteto, se não<br />
fosse médico. Sem falar do tipo informativo, que<br />
forra as paredes com cartazes de esqueletos,<br />
partes do corpo humano ou planilhas sobre doenças<br />
e tratamentos.<br />
Mas minha curiosidade não fica só pela frente<br />
do quadro, gosto de ver detalhes da montagem.<br />
Outro dia fui flagrado pelo meu médico retirando<br />
da parede um quadro, para ver o acabamento<br />
atrás dele. Ele veio me chamar para a consulta<br />
justamente quando eu estava ali em pé, segurando<br />
o quadro dele na mão. Ele perguntou o que<br />
eu estava fazendo e respondi, brincando, que estava<br />
procurando pelo cofre. Ainda bem que não<br />
era um psiquiatra, pois se fosse, acho que ele teria<br />
me mandado para o hospício.<br />
Ter em mente o propósito final do quadro ajuda<br />
na composição do orçamento, nas escolhas de<br />
materiais e na forma de montar. Uma foto montada<br />
para uma exposição temporária é muito diferente<br />
de uma preparada para ser permanente.<br />
É preciso ter uma visão holística, um olhar do<br />
todo, da compreensão dos detalhes dentro do<br />
contexto geral. No mundo dos quadros essa percepção<br />
holística pode ser aplicada tanto para a<br />
decoração de ambientes como na montagem de<br />
exposições e até mesmo de uma fotografia no<br />
quadro. Quadro a quadro, foto a foto, uma exposição<br />
é montada, uma história é contada.<br />
Montagens de exposição são uma ótima forma<br />
de promover o negócio, seja o seu próprio ou do<br />
cliente, o importante é ter um objetivo, um agente<br />
transformador e pensar de maneira integral.<br />
A decoração de paredes às vezes é colocada<br />
em segundo plano, o que é um grande equívoco.<br />
Enormes espaços vazios não mostram nada,<br />
enquanto que quadros expostos podem revelar<br />
muito sobre quem realmente somos e do que<br />
gostamos. Embora as paredes sejam fixas, o que<br />
nelas afixamos é um mural vivo, sujeito a mudanças<br />
e evoluções constantes, assim como são nossos<br />
corações e mentes. Espalhe fotos por aí.
NOVIDADES POR AÍ<br />
A 1ª FINTECH VOLTADA PARA<br />
EVENTOS NO BRASIL<br />
SETEMBRO, NO FORMA SUMMIT
68 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
UMA NOVA FORMA<br />
DE ACESSAR O<br />
CONTEÚDO <strong>FHOX</strong><br />
INSPIRADA NOS MELHORES JORNAIS E REVISTAS DO MUNDO,<br />
<strong>FHOX</strong> ADERE AO FORMATO DE ASSINATURA PAYWALL<br />
Por Redação<br />
No ano em que completa 30 anos de mercado,<br />
<strong>FHOX</strong> inicia os festejos da data histórica reorganizando<br />
sua oferta de conteúdo impresso<br />
e on-line. Além de simplificar a integração de<br />
ambos ao Cameraclub, seu Clube de Benefícios<br />
e Vantagens.<br />
Desde maio, <strong>FHOX</strong> aderiu ao formato paywall<br />
em seu site, o mesmo utilizado por jornais brasileiros<br />
como a Folha de S. Paulo e o Estado de<br />
São Paulo, e o NY Times e o Washington Post,<br />
dos EUA.<br />
O sistema é um dos modelos mais adotados<br />
pelos publishers. Segundo um estudo realizado<br />
pelo Instituto Verificador de Comunicação<br />
– IVC, entre os anos de 2014 e 2015 houve<br />
uma queda de 13% nas assinaturas de jornais<br />
impressos no Brasil. As assinaturas digitais,<br />
por outro lado, subiram 27%. Essa tendência
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 69<br />
aumentou ainda mais nos últimos anos por<br />
causa do acesso facilitado a conteúdos via<br />
mídias digitais.<br />
Se há cinco anos pagar por conteúdo no digital<br />
soava estranho, atualmente, essa lógica se inverteu<br />
e é cada vez mais natural a compreensão de<br />
que conteúdo de qualidade é pago.<br />
O QUE MUDA E QUAIS<br />
SÃO OS BENEFÍCIOS DE<br />
ASSINAR <strong>FHOX</strong>?<br />
Com o paywall, agora há um limite de posts liberados<br />
por mês no portal fhox.com.br. São três acessos<br />
livres e outros três acessos concedidos caso o<br />
leitor faça um cadastro simples, gratuito. Assim são<br />
seis postagens liberadas ao público geral, por mês.<br />
Visite o site do clube e descubra todas as vantagens<br />
QUAIS SÃO OS PLANOS<br />
DE ASSINATURAS<br />
DISPONÍVEIS?<br />
O QUE É IMPORTANTE VOCÊ,<br />
ASSINANTE, SABER?<br />
Os atuais assinantes de <strong>FHOX</strong> terão acesso completo<br />
ao conteúdo e poderão ler a revista também<br />
de forma digital. Além disso, a partir de<br />
agora, novas assinaturas poderão ser apenas digitais<br />
ou digitais com impresso.<br />
Em ambos os casos, a grande vantagem são os<br />
benefícios do Cameraclub, que nessa nova fase<br />
traz muito mais ofertas – não só do meio fotográfico.<br />
A atualização do Cameraclub chega com<br />
a Rede Parcerias, que possui mais de 1 milhão de<br />
ofertas com até 60% de descontos em produtos<br />
e serviços. E o melhor: no novo posicionamento<br />
do clube, os valores são muito mais acessíveis do<br />
que na sua primeira versão.<br />
O CAMERACLUB<br />
É um clube de vantagens que surgiu de uma demanda<br />
dos próprios fotógrafos. Além de oferecer<br />
descontos em diversos produtos e serviços do<br />
mercado fotográfico, os assinantes <strong>FHOX</strong> ganham<br />
descontos em seguros, hotéis, cinemas, perfumarias,<br />
em aluguéis de carros e até resorts. Para mais<br />
informações acesse cameraclub.com.br.<br />
ASSINATURA DIGITAL<br />
MENSAL | R$ 16,90<br />
Acesso a todo o conteúdo do site<br />
por 30 dias.<br />
ASSINATURA DIGITAL<br />
ANUAL | R$ 190,80<br />
Acesso a todo o conteúdo do site por 12<br />
meses, a possibilidade de publicar a sua<br />
história na <strong>FHOX</strong> e acesso ao Cameraclub.<br />
Pode ser parcelado em 12x R$ 15,90.<br />
ASSINATURA IMPRESSA +<br />
DIGITAL ANUAL | R$ 298,80<br />
Os mesmos benefícios da assinatura digital<br />
anual somados ao recebimento da revista<br />
impressa a cada dois meses. Pode ser<br />
parcelado em 12x R$ 24,90.<br />
Caso tenha dúvidas, entre em contato com<br />
o nosso atendimento:<br />
WICTOR DUARTE<br />
wictor@fhox.com.br<br />
WhatsApp: (11) 98245-0709<br />
(11) 2344-0810
70 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
O VÍDEO NA<br />
INTERNET PODE<br />
ALAVANCAR OS<br />
SEUS NEGÓCIOS<br />
Renato Rizzutti é fotógrafo e professor há 20<br />
anos. Na <strong>FHOX</strong> lidera a produtora <strong>FHOX</strong>Play<br />
Arquivo pessoal<br />
Dados apontam: o surgimento dos smartphones<br />
e a velocidade da internet facilitou o acesso às<br />
redes sociais. Mas onde o vídeo entra nisso?<br />
Trends isso acontece porque o conteúdo gera<br />
120 vezes mais compartilhamentos do que textos<br />
e imagens.<br />
De acordo com um relatório da Cisco, conteúdos<br />
em vídeo foram responsáveis por 64% de todo o<br />
tráfego de internet do mundo em 2014. Já para<br />
<strong>2019</strong>, as estatísticas indicam que ele será responsável<br />
por 80% da circulação.<br />
A empresa também aponta que o crescimento<br />
não só será impulsionado pela popularidade dos<br />
serviços de vídeo streaming, mas também pelo<br />
aumento de pessoas que estarão conectadas em<br />
<strong>2019</strong>. Mais da metade do planeta (cerca de 3,9 bilhões<br />
de pessoas) terá acesso à Internet e o número<br />
de dispositivos capazes de acessar a web<br />
será três vezes maior do que a população global.<br />
Atualmente, entre as plataformas de distribuição<br />
de vídeo que ganham destaque está o Youtube,<br />
que é capaz de alcançar mais de um bilhão de<br />
pessoas em todo mundo. Cerca de 86% dos usuários<br />
acreditam que a plataforma é o melhor lugar<br />
para encontrar conteúdos relevantes.<br />
Entretanto, é possível notar melhorias na distribuição<br />
de vídeos em outros espaços, como no<br />
IGTV, stories e até no Facebook. Para a Small Biz<br />
MAS COMO O VÍDEO PODE<br />
AJUDAR EM MEUS NEGÓCIOS?<br />
Segundo uma pesquisa da HubSpot, hoje 87%<br />
das empresas utilizam o vídeo para o marketing<br />
em suas estratégias. Em 2017, eram apenas 63%.<br />
Desta forma, cada vez mais empresas têm procurado<br />
o meio para mostrar o seu produto.<br />
Trabalhar com a produção de vídeos em seus<br />
negócios pode não somente alavancar vendas,<br />
como também atingir outras pessoas que ainda<br />
não acompanham seu trabalho. Por isso, é importante<br />
não deixar de produzir vídeos, sejam<br />
eles para a divulgação de uma campanha ou<br />
making ofs de qualquer trabalho.<br />
E você, vai ficar fora dessa? Agora, a cada<br />
nova edição de <strong>FHOX</strong>, trarei dicas, curiosidades<br />
e diversos conteúdos sobre o mundo do<br />
vídeo. Até mais!
72 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
É SÓ ALEGRIA…<br />
E NOVIDADES!<br />
A ENCADERNADORA GAÚCHA VIACOLOR ACELERA O PASSO EM <strong>2019</strong><br />
Por Mozart Mesquita | Fotos: Evandro Veiga<br />
Luciano Souza é a alma do seu negócio. Seu bordão<br />
“é só alegria”, além de cartão de visitas, virou<br />
marca registrada da ViaColor. O culto à sua<br />
personalidade simpática chegou ao ponto de<br />
virar um boneco de 3 metros de altura que, presente<br />
no estande da empresa, causou frisson na<br />
edição 2018 da Feira Fotografar.<br />
Em <strong>2019</strong>, todo esse marketing peculiar ganhou<br />
também contornos arrojados. É de Luciano e da<br />
ViaColor um leque interessante de novidades<br />
que chamam a atenção e agitam o ambiente da<br />
encadernação e dos laboratórios profissionais<br />
do Brasil.<br />
Tudo começou com a aquisição de uma empresa<br />
gaúcha de formaturas, a DiFoccus. Focada em festas,<br />
mas com alguma entrega impressa, a empresa<br />
aproxima a ViaColor do lucrativo setor educacional.<br />
“Já estamos trabalhando para ampliar as entregas<br />
de álbuns e produtos impressos em geral”,<br />
afirma Luciano, que não nega a surpresa com a<br />
pujança do mercado de formaturas.<br />
Luciano Souza e André Peixoto, da Difoccus
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 73<br />
Enquanto desbravava esse novo segmento, Luciano<br />
viu duas oportunidades de fusão - ou aquisição<br />
- baterem à sua porta e não deixou passar.<br />
A primeira foi a sofisticada encadernadora paulistana<br />
Premiere, tida como uma das que produz alguns<br />
dos melhores álbuns fotográficos do Brasil.<br />
A empresa paulistana, dirigida por Fernando<br />
Paes, havia vivido a tensão de uma mudança de<br />
instalações, saindo da capital para o interior do<br />
estado de São Paulo. O processo não foi dos mais<br />
simples e o desgaste gerou o interesse em Fernando<br />
de rever seu posicionamento na empresa.<br />
As partes evoluíram para uma aquisição. Os equipamentos<br />
já estão em Porto Alegre e Fernando<br />
está no período de transferência de Know How.<br />
Embora não vá ficar envolvido na produção, ele<br />
deve continuar representando a marca Premiere<br />
em São Paulo.<br />
A outra novidade de impacto da ViaColor vem do<br />
extremo norte do País. Trata-se da ProAlbuns, encadernadora<br />
boutique, situada em Natal, e pilotada<br />
pelo casal Tadeu Yussumassa e Marta Canelas.<br />
Centro de operações Viacolor a todo o vapor<br />
Não se trata de uma aquisição, mas sim de uma<br />
parceria que tende a caminhar para uma fusão.<br />
A ProAlbuns agrega uma nova geolocalização às<br />
operações da ViaColor, abrindo uma considerável<br />
frente nordestina para os negócios da empresa.<br />
Também agrega inovação, no sentido de que a<br />
ProAlbuns encampou, recentemente, o movimento<br />
Eye ‘n’ Art, que busca redefinir a relação<br />
das premiações com encadernadoras, explorando<br />
o conceito de reciprocidade para que os<br />
fotógrafos que pagam por premiações recebam<br />
parte do que investem em álbuns fotográficos.<br />
“Já estamos trabalhando<br />
para ampliar as entregas<br />
de álbuns e produtos<br />
impressos em geral”<br />
Luciano Souza<br />
O fato é que o movimento da ViaColor pegou<br />
muita gente de surpresa e pode ser o primeiro<br />
de outros movimentos similares.<br />
Já nos bastidores do mercado, surgem encadernadoras<br />
curiosas em saber se há interesse<br />
em sua carteira de álbuns e clientes. Luciano faz<br />
questão de ressaltar que para os clientes da Via-<br />
Color, Premiere e ProAlbuns nada drástico vai<br />
acontecer. “Uma coisa bacana é que já integramos<br />
as bases e os pedidos podem ser feitos em<br />
qualquer uma das marcas com o mesmo CPF”.<br />
O foco da movimentação inegavelmente é crescer.<br />
E, para isso, as novidades da ViaColor também<br />
giram em torno da capacidade produtiva da empresa.<br />
“Fizemos um investimento em um terreno<br />
e estamos preparando o projeto arquitetônico<br />
de uma nova planta de produção, na região de<br />
Viamão, aqui no Rio Grande do Sul”, conta Luciano<br />
empolgado com os projetos. Ele também avisa<br />
que o espaço será plano, terá mais de dois mil<br />
metros e deve ser inaugurado no próximo ano.
74 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
COMO ATRAIR<br />
NOVOS CLIENTES<br />
E GANHAR<br />
DINHEIRO DE<br />
VERDADE COM<br />
FOTOGRAFIA?<br />
Arquivo pessoal<br />
Rafael Arruda é especialista em marketing digital<br />
e diretor da Soul + Digital<br />
O marketing digital está aí para quem quiser<br />
usar. No mercado da fotografia então, pode ser<br />
seu passaporte para o sucesso. Só precisa ser<br />
bem feito. Mas é preciso lembrar que não existe<br />
almoço grátis. Trabalhar para fazer acontecer é<br />
necessário.<br />
Aqui vão algumas dicas práticas do marketing<br />
digital para conseguir atrair mais clientes e ganhar<br />
dinheiro, de verdade, com a fotografia.<br />
TENHA UM SITE, UM BOM SITE<br />
Você precisa ter um site. Não ache que marketing<br />
digital é só Facebook e Instagram, porque nesse<br />
momento em que você lê, alguém está procurando<br />
por seu tipo de negócio é no Google. O que<br />
importa aqui são dois pontos: essa pessoa vai te<br />
encontrar? Se sim, o que ela encontrar vai fazer<br />
com que queira te contratar?<br />
TRANSFORME SEU SITE EM<br />
UMA MÁQUINA DE VENDAS,<br />
COM UM PORTFÓLIO MATADOR<br />
Não se preocupe tanto em subir todos os seus ensaios<br />
para seu site, exceto se essa for uma forma de<br />
entrega de trabalho para seus clientes. Ele deve ser<br />
um portfólio, conter uma seleção com o que você<br />
melhor executa e/ou com os serviços em que você<br />
quer focar. Assim os clientes em potencial vão ver<br />
do que você é capaz profissionalmente, para quererem<br />
clicar no contato e pedir um orçamento.<br />
UTILIZE AS MÍDIAS SOCIAIS<br />
SEMPRE A SEU FAVOR<br />
Utilize as mídias a seu favor. Existem técnicas que<br />
já expus nesse espaço, e estão no <strong>FHOX</strong> online,<br />
que podem te ajudar nisso. O importante aqui é<br />
foco, pensar cada mídia separadamente e produzir<br />
conteúdo de qualidade para cada uma. Facebook,<br />
Instagram e site não são a mesma coisa.<br />
Ter foco e abusar das ferramentas online são as<br />
principais dicas para os amigos fotógrafos terem<br />
resultado e ganharem dinheiro de verdade. Qualquer<br />
dúvida é só chamar no @rafaelarrudamkt.
30 PUBLICATIONS 14 COUNTRIES 10 LANGUAGES<br />
Since 1991, the TIPA World Awards logos have shown which are the best photographic, video and imaging products each year.<br />
For over 25 years, the TIPA World Awards have been judged on quality, performance and value, making them the independent<br />
photo and imaging awards you can trust. In cooperation with the Camera Journal Press Club of Japan. www.tipa.com
76 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
NOTAS<br />
SEBASTIÃO SALGADO É<br />
PREMIADO NA ALEMANHA<br />
Reprodução<br />
Gorka Lejarcegui<br />
SIGMA ANUNCIA A<br />
MENOR MIRRORLESS<br />
FULLFRAME DO MUNDO<br />
A escolha pela Federação do Comércio Livreiro foi<br />
feita com base na importância das fotografias de<br />
Salgado. O Prêmio da Paz do Comércio Livreiro<br />
Alemão é entregue desde 1950 e é uma das mais<br />
importantes distinções literárias do país. Entre as<br />
personalidades agraciadas estão Albert Schweitzer<br />
(1951), Hermann Hesse (1955), Astrid Lindgren<br />
(1978), Siegfried Lenz (1988), Mario Vargas Llosa<br />
(1996), Martin Walser (1998), Jürgen Habermas<br />
(<strong>200</strong>1), Orhan Pamuk (<strong>200</strong>5) e David Grossman<br />
(2010). A cerimônia de entrega do prêmio será realizada<br />
no final da Feira do Livro de Frankfurt, em<br />
20 de outubro, na igreja Paulskirche, e terá transmissão<br />
ao vivo pela TV alemã. A Federação disse<br />
ainda que com a força do Instituto Terra, o fotógrafo<br />
atuou de forma direta na recuperação ambiental.<br />
O presidente do órgão, Heinrich Riethmüller,<br />
disse que as fotos em preto e branco do fotógrafo<br />
servem como uma homenagem à grandeza da<br />
natureza, dando visibilidade tanto à desfiguração<br />
da Terra quanto à sua frágil beleza. “Sebastião Salgado<br />
nos dá a chance de compreender o planeta<br />
como ele é: um habitat que não pertence somente<br />
a nós e que deve ser preservado urgentemente”.<br />
A Sigma acaba de lançar uma nova câmera<br />
sem espelho full-frame. O equipamento traz<br />
sensor BSI-CMOS de 24.6MP. Bem leve e<br />
compacta, a mirrorless pesa só 370 gramas.<br />
Ela possui entrada para HDMI, tela sensível<br />
ao toque de 3.2 polegadas e ISO que pode<br />
ser expandido para 6/102400. A fp consegue<br />
capturar fotos em arquivos DNG de 14<br />
bits e é compatível com o programa Photo<br />
Pro da Sigma. Em disparo rápido, ela clica<br />
18 quadros por segundo. Na parte de vídeo,<br />
o equipamento filma com qualidade 4K.<br />
<strong>FHOX</strong> NO VÍDEO<br />
<strong>FHOX</strong> agora também é uma produtora de vídeo.<br />
Encabeçada por Mozart Mesquita e Renato<br />
Rizzutti, a <strong>FHOX</strong>Play trará entrevistas em vídeo,<br />
coberturas de eventos, tutoriais de equipamentos,<br />
apresentações ao vivo e cursos online. Parte<br />
da produção será disponibilizada no YouTube.<br />
Além disso, a produtora também fará consultorias<br />
e gravações para empresas interessadas no<br />
vídeo como ferramenta de conteúdo.
JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong> · | 77<br />
Divulgação<br />
SIRUI LANÇA DOIS NOVOS<br />
MODELOS DE LENTE<br />
Recentemente, a SIRUI USA anunciou o lançamento<br />
de dois novos modelos de lentes que podem<br />
ser acopladas a smartphones para uso de fotos<br />
e vídeos. As novidades prometem ser opções<br />
interessantes para aqueles que usam o aparelho<br />
celular para produzir seu material. Um dos modelos<br />
é o TL-400mm Long Focus Lens Kit, que<br />
conta com um tripé de mesa e um sistema de<br />
multi-lentes anti-reflexo. Ele prioriza o trabalho<br />
com as luzes e redução de distorções. Feito de<br />
alumínio e com um controle remoto via Bluetooth,<br />
permite liberdade no manuseio do fotógrafo.<br />
O outro acessório, esse voltado para gravação de<br />
vídeos, é o VD-01 Anamorphic Lens. A peça permite<br />
a gravação no formato widescreen. Vale dizer<br />
que o manuseio de ambos também requer o uso<br />
do SIRUI Lens App, disponível para iOS e Android.<br />
CANON PROMOVE<br />
FESTIVAL DE<br />
FOTOGRAFIA EM SP<br />
A Canon do Brasil realizará, no dia 21 de setembro,<br />
o Brasil o Zoom iN Project, festival<br />
de fotografia que é sucesso em várias partes<br />
do mundo. O evento, com entrada gratuita,<br />
acontecerá no Pavilhão da Bienal, no Parque<br />
do Ibirapuera, em São Paulo. Durante todo o<br />
dia ocorrerão diversas atividades para fotógrafos<br />
amadores, profissionais, produtores de<br />
vídeo e influenciadores. Entre as atividades<br />
estão palestras com nomes importantes do<br />
mercado, como Bob Wolfeson e Araquém Alcântara.<br />
Além de exposições, serviço de limpeza<br />
de equipamentos EOS Digital da Canon<br />
(valores cobrados a parte) e ações voltadas<br />
para impressão, fotografia e soluções de imagem<br />
da própria empresa.<br />
O RETORNO DO FILME<br />
NEOPAN 100 ACROS II<br />
(P&B), DA FUJIFILM<br />
Um filme com granulação fina e nitidez<br />
extrema que realçam detalhes. Assim é a<br />
descrição das características do Neopan<br />
100 Acros II. Indicado para várias situações,<br />
a Fujifilm decidiu retomar a produção do<br />
produto por conta do interesse de jovens<br />
(millennials e geração Z). Trata-se de uma<br />
versão superior ao filme Neopan 100 Acros.<br />
O relançamento chegará nas versões 35mm<br />
e 120, primeiro de forma exclusiva no Japão.<br />
E na sequência deve ser lançado em outras<br />
partes do mundo (de acordo com a demanda).<br />
Uma boa notícia para a fotografia<br />
analógica e apaixonados por fotografia em<br />
preto e branco com a mais qualidade.<br />
BENQ ANUNCIA SW270C,<br />
NOVO MONITOR PARA<br />
FOTÓGRAFOS<br />
A BenQ lançou no<br />
mercado um novo<br />
modelo de monitor,<br />
voltado para edição<br />
de imagens e vídeo.<br />
Trata-se do Photovue<br />
SW270C, que<br />
é da mesma linha<br />
do já conhecido<br />
SW2700PT, mas que conta com alguns recursos<br />
adicionais. O monitor tem tela de 27”, resolução<br />
de 2560x1440, resolução 2K e 99% de fidelidade<br />
no AdobeRGB. Além disso, também traz duas<br />
portas HDMI 2.0, duas USB 3.1, um DisplayPort<br />
1.4 e um leitor de cartões SD. Também traz uma<br />
entrada USB-C que permite transmissão de dados<br />
e de energia pelo mesmo cabo. O SW270C<br />
também traz um recurso chamado Color Uniformity<br />
Technology que, segundo a fabricante, promete<br />
ainda maior precisão nas cores por toda a<br />
altura e largura da tela.<br />
Divulgação
78 | · JULHO/AGOSTO <strong>2019</strong><br />
VISITARAM A REDAÇÃO Fotos: <strong>FHOX</strong><br />
Vinícius Granes, responsável pela área de câmeras da Série X da<br />
Fujifilm no Brasil, nos visitou para falar da expansão da linha X no<br />
País. Contou também sobre as atividades inovadoras que a Fuji está<br />
preparando para o 2º semestre.<br />
Pedro Garcia, fotógrafo responsável pela conta do Instagram “Cartiê<br />
Bressão” (@cartiebressao), visitou nossa redação e ainda participou do<br />
episódio #193 do <strong>FHOX</strong>Cast, que já está disponível nas plataformas de<br />
streaming.<br />
Alexandre Keese, empresário e especialista em Photoshop, é criador<br />
do Photoshop Conference e ExpoPrint Latin America. Veio falar das<br />
perspectivas para os eventos no próximo ano e comentou sobre os<br />
desafios com a quantidade de atividades desse tipo acontecendo no<br />
País.<br />
Cristiano Burmester, fotógrafo, publicitário e presidente da<br />
Associação Brasileira de Fotógrafos (ABRAFOTO). Esteve na <strong>FHOX</strong><br />
e falou sobre seu interesse em parcerias com a Escola de Negócios<br />
<strong>FHOX</strong>, além da necessidade do profissional se adaptar às novas<br />
realidades do mercado.<br />
Lucas Lima, proprietário do Rei da Cabine, nos visitou para falar sobre<br />
empreendedorismo no setor de cabines e sobre sua apresentação no<br />
Cabine Photoshow <strong>2019</strong>.<br />
Andressa Braga, gerente de marketing do Grupo FotoSul, e Rodrigo<br />
Scortegna, diretor do Grupo FotoSul, estiveram na <strong>FHOX</strong> e falaram<br />
sobre as novidades da empresa, que tem investido em design e em<br />
aproximações com o universo da moda e arquitetura para agregar<br />
valor aos seus produtos fotográficos.<br />
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afastam do equipamento e se aproximam do processo criativo<br />
e da significação poética. Somos um espaço para reflexão, troca<br />
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