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FHOX 201 - setembro/outubro 2019

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<strong>201</strong><br />

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FORMATURA<br />

Forma Summit e a<br />

maturidade do mercado<br />

PERFIL<br />

Marcio Mattos, diretor<br />

executivo da Xerox do<br />

Brasil, fala sobre desafios<br />

e novidades da empresa<br />

O QUE O<br />

CONSUMIDOR<br />

FINAL PENSA<br />

SOBRE O FUTURO<br />

DA IMPRESSÃO?<br />

CONVERSAMOS COM PESSOAS QUE FAZEM QUESTÃO<br />

DE GUARDAR MEMÓRIAS IMPRESSAS, APESAR DOS<br />

COMPARTILHAMENTOS EM REDES SOCIAIS


31 março<br />

1 e 2 abril


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NESTA EDIÇÃO<br />

PAPO COM O LEITOR<br />

PERFIL: UMA XEROX DA FOTOGRAFIA<br />

CAPA: IMPRIMINDO PARA RECORDAR<br />

NOVAS CARAS DO MERCADO DE ENCADERNAÇÃO<br />

ARTE FOTO ROMA É VELUZZI<br />

EXPANSÃO CONSISTENTE<br />

COLUNA MARCO PERLMAN<br />

A ENCANTADORA FOTOGRAFIA DE DAWN POTTER<br />

ESPECIAL <strong>FHOX</strong> 30 ANOS<br />

COLUNA NICOLAU PIRATININGA<br />

O EVENTO MAIS LEGAL DO BRASIL<br />

FORMA SUMMIT E A MATURIDADE DO<br />

MERCADO DE FORMATURAS<br />

COLUNA DR. PAULO GOMES<br />

SUA HISTÓRIA NA <strong>FHOX</strong><br />

COLUNA FABIO ARRUDA<br />

SEGURANÇA GARANTIDA EM CONTRATO<br />

ABRAFOTO DE OLHO NO FUTURO<br />

COLUNA RAFAEL ARRUDA<br />

NOTAS<br />

COLUNA RENATO RIZZUTTI<br />

6<br />

8<br />

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22<br />

24<br />

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74<br />

QUEM FAZ A<br />

LEO SALDANHA Líder | MOZART MESQUITA Líder | POLIANE SILVEIRA Comercial | ANDREIA CACIJI Administrativo<br />

DIOGO AMORIM Coordenador Geral | RENATA LASAK Líder Eventos | THALITA MONTE SANTO Redação<br />

FLÁVIO AUGUSTO PRIORI Redação | FELLIPE SALES Design | GABRIELLE CESARETTI Mídias Sociais | WICTOR DUARTE Assinaturas<br />

FUNDADOR: CARLOS DREHER MESQUITA (1953 - <strong>201</strong>2). Uma publicação da Editora <strong>FHOX</strong> dirigida às atividades técnicas<br />

e comerciais da fotografia brasileira. Circulação apenas por assinatura. Os artigos assinados não representam necessiariamente<br />

a opinião da revista. Atenção! A venda de assinaturas é feita somente pela editora <strong>FHOX</strong>. Não temos representantes.<br />

Na eventual não ocorrência da indicação de autoria da foto, entrar em contato com a Redação para a devida correção.<br />

Membro<br />

Assinaturas e números atrasados: DDG: 0800-015-8400 • redacao@fhox.com.br | assina@fhox.com.br | <strong>FHOX</strong>.com.br<br />

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6 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

SEM FOTO NO<br />

PAPEL NÃO<br />

EXISTE MERCADO<br />

FOTOGRÁFICO<br />

Por Leo Saldanha<br />

Simples assim. Fotógrafos que não imprimem,<br />

não entregam álbuns. E as memórias das famílias<br />

ficam comprometidas.<br />

na matéria de capa, principalmente, a visão daqueles<br />

que consomem impressão na ponta. Os<br />

consumidores finais.<br />

Nessa equação fotográfica, quem manda é o<br />

consumidor final. Seja para contratar os produtos<br />

de um profissional, ou para imprimir fotos<br />

que chegarão pelos correios, porque foram pedidas<br />

pela internet. Ou na loja de foto.<br />

Hoje com o mundo conectado e super digital, o<br />

comportamento de consumo mudou. Muitos se<br />

contentam com fotos na nuvem ou em poder ver<br />

as imagens nas redes sociais e telinhas. O problema<br />

disso é que se puxa para baixo o valor de<br />

todas as cadeias envolvidas com fotografia.<br />

Curioso é notar que os jovens querem imprimir.<br />

Basta pesquisar em uma rede social, como o<br />

Twitter (em tempo real), para notar que eles buscam<br />

ofertas, que gostam de ver e ter fotografias<br />

impressas para compartilhar e decorar. São sensíveis<br />

a preço, mas querem algo diferente.<br />

São 100% digitais e muitos já nasceram com a<br />

“internet no sangue”. Para esses, o que é real tem<br />

mais valor. Ainda bem! E nesta edição, <strong>FHOX</strong> traz<br />

Falando em importância da foto no papel, uma<br />

entrevista esclarecedora com Marcio Mattos<br />

da Xerox do Brasil. A conversa traz sua visão<br />

sobre as oportunidades de um segmento em<br />

transformação e o avanço da marca no mercado<br />

fotográfico.<br />

Além disso, que tal saber pela visão de advogados<br />

qual a importância de contratos na hora<br />

de fechar novos trabalhos ou, um panorama<br />

sobre como as encadernadoras estão buscando<br />

novas soluções para atender as demandas<br />

de seus clientes?<br />

Confira tudo isso e também como foi o primeiro<br />

Forma Summit, realizado pelo Grupo <strong>FHOX</strong>,<br />

e o incrível trabalho de Dawn Potter, atração internacional<br />

do <strong>FHOX</strong> Newborn <strong>201</strong>9. Dentro das<br />

comemorações dos 30 anos de <strong>FHOX</strong>, mais uma<br />

leva de retratos de personalidades que fizeram<br />

história no mercado, pelas lentes de Ale Ruaro.<br />

Aproveite sua leitura!


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Foto: Divulgação


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 9<br />

UMA XEROX<br />

DA FOTOGRAFIA<br />

MARCIO MATTOS, DIRETOR EXECUTIVO DA XEROX DO<br />

BRASIL, CONVERSOU COM <strong>FHOX</strong> SOBRE OS DESAFIOS E<br />

NOVIDADES DA EMPRESA PARA O MERCADO<br />

Texto por Leo Saldanha<br />

A marca Xerox sempre foi associada à inovação<br />

e qualidade. Nos últimos anos entrou com força<br />

no mercado fotográfico e promete estar ainda<br />

mais próxima do setor dando suporte e entregando<br />

soluções para os parceiros. É o que diz<br />

Marcio Mattos (48), diretor executivo da Xerox<br />

do Brasil.<br />

Formado na área de TI (tecnologia da informação),<br />

com passagem de sete anos pela mineradora<br />

Vale, chegou como estagiário e, ao longo<br />

dos anos, alcançou o cargo de analista de sistemas<br />

sênior. Foi quando apareceu a oportunidade<br />

para trabalhar como analista de suporte para<br />

vendas na Xerox. “Curioso que eu saí de uma<br />

empresa onde impressão era a ponta. Vinha por<br />

último! Redes, conexões e dados eram mais importantes.<br />

E vou para uma empresa onde a impressão<br />

é o core business”.<br />

Hoje, impressão é parte crucial em sua missão<br />

como responsável por puxar a demanda em diferentes<br />

frentes. Inclusive, na fotografia. Com 22<br />

anos de casa e passagem em diferentes áreas<br />

da empresa, Mattos entende muito de impressão,<br />

tecnologia e da importância de ouvir e<br />

atender clientes.<br />

O executivo conversou com <strong>FHOX</strong> sobre os desafios<br />

da marca no ramo e as oportunidades<br />

que estão vindo por aí.<br />

<strong>FHOX</strong> - Em sua visão, para a Xerox, como está<br />

a fotografia em relação às outras áreas? A fotografia<br />

é promissora?<br />

Marcio Mattos - Antes de chegar à fotografia,<br />

vou dar um passo atrás e falar do mercado<br />

de impressão. Separo mercado corporativo,<br />

que utiliza isso para outsourcing de impressão<br />

como as impressoras espalhadas aqui pelo<br />

escritório e que atendem a demanda dos documentos<br />

corporativos. E a impressão para<br />

os prestadores de serviços que a usam como<br />

fim, como entrega de um trabalho e que vivem<br />

dela. Impressão para eles não é só um papel.


10 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

É um documento que vale alguma coisa para alguém.<br />

Que tem valor muitas vezes financeiro mesmo.<br />

E na fotografia, por exemplo, eles produzem<br />

fotografia como photobooks ou fotoprodutos para<br />

levar memória, lembrança, emoção e ganhar dinheiro.<br />

Tudo, desse lado do escritório, está passando por<br />

uma transformação. Onde ela é vista muito como<br />

custo. E as organizações querem diminuir ou melhorar<br />

sua cadeia de custos. Isso gera oportunidade<br />

de integração da impressão com o mundo digital.<br />

Com fluxo de trabalho e tudo. Há uma tendência de<br />

diminuição no segmento corporativo. Muitas coisas<br />

serão impressas de formas novas e outras digitalizadas.<br />

Não acredito no fim da impressão. Acredito<br />

em transformação. Quando a gente olha para outro<br />

segmento, do prestador de serviço, aí já penso bem<br />

diferente. Vejo a impressão digital em crescimento.<br />

Porque há uma migração tecnológica. Os processos<br />

tradicionais para fazer livro e foto estão dando<br />

espaço para equipamentos gráficos ou o que chamamos<br />

de equipamentos digitais. Por mudanças de<br />

mercado e de demanda, os clientes estão pedindo<br />

coisas mais personalizadas. Com isso aquela massa<br />

de tiragens únicas está diminuindo.<br />

<strong>FHOX</strong> - Isso dá a possibilidade de fazer algo diferente<br />

para os clientes, não?<br />

Marcio Mattos - Sim. De fazer no prazo que ele<br />

precisa, na forma que ele precisa, na quantidade<br />

que ele precisa, na periodicidade que ele precisa<br />

e de forma a agregar valor ao produto final. E na<br />

mídia que ele precisa. O cliente escolhe a forma.<br />

Então, o mercado está se adaptando muito a essa<br />

necessidade. E vejo muito crescimento de impressão<br />

por causa disso.<br />

<strong>FHOX</strong> - Esses equipamentos são mais integrados<br />

para fotografia e outros negócios com essa nova<br />

fase conectada?<br />

Marcio Mattos - Perfeito isso, né? O fato de você<br />

falar que a origem do dado é digital permite que<br />

todo esse fluxo seja digital. Você agregar nessas<br />

impressoras recursos digitais. Temos, por exemplo,<br />

formatos web to print que podem integrar diversas<br />

soluções. No fluxo de trabalho houve uma evolução<br />

principalmente de fotografia. Fabricantes de impressão<br />

digital evoluíram na gestão e na inteligência<br />

do workflow. Tudo para substituir o processo<br />

anterior. Houve um enriquecimento muito grande<br />

da inteligência para que a impressão tivesse também<br />

o seu crescimento.<br />

<strong>FHOX</strong> - Existem vários cases no mercado que já<br />

usam impressoras Xerox? Muitos deles substituíram<br />

a tecnologia do minilab pelo digital.<br />

Marcio Mattos - Vou colocar sempre o lado do benefício<br />

e do desafio. Por que nada é fácil, não é? É<br />

um desafio e precisa de pessoas. Saí de um evento<br />

na semana passada em que o foco eram as pessoas.<br />

O Eu 5.0., é como as pessoas vão estar tecnologicamente<br />

preparadas para esse novo mundo. E<br />

isso passa pelos canais que vão jogar nesse segmento,<br />

de fotografia especificamente, que é nosso<br />

assunto aqui. O desafio no canal é a especialização.<br />

Precisam entender a demanda na ponta e estarem<br />

preparados para traduzir isso em valor agregado<br />

percebido pelo cliente. Para poder prestar serviços<br />

e produtos que vão ao encontro dessa demanda.<br />

Isso passa por capacitação, por ter os canais certos<br />

e nos lugares certos com cobertura. Então isso é<br />

um desafio. A gente costuma dizer que as empresas<br />

globais têm os desafios de pensar globalmente<br />

e agir localmente. A gente também, no Brasil, sabe<br />

do nosso desafio. Pensar em uma estratégia, mas<br />

regionalizar a execução. Ter um canal especializado<br />

no nordeste, por exemplo, ou no sul do Brasil.<br />

<strong>FHOX</strong> - E falando em personalização e entregar o<br />

que o cliente quer, a Iridesse da Xerox faz justamente<br />

isso. Quais as aplicações do equipamento<br />

para lojas e laboratórios ou encadernadoras?<br />

Marcio Mattos - Para quem vende fotoproduto,<br />

seja para qualquer um dos segmentos como formatura,<br />

newborn e casamento, cada segmento<br />

tem suas especificidades e seu produto desejado.<br />

Mas sempre que você tem algo que pode gerar<br />

coisas novas e que tenha um valor percebido pelo<br />

seu cliente, isso te traz um benefício maior. Não só<br />

com a Iridesse, mas trazendo o DNA da Xerox com<br />

todos os seus produtos e inovação. A gente está<br />

fazendo algo novo e interessante, algo que chamamos<br />

de CYMK+. Além das quatro cores. Quando<br />

você pensa no que você pode entregar além das<br />

quatro cores, você está dando uma oportunidade<br />

maior para quem cria. E para quem usa é um leque<br />

maior para vender. Abrindo novas aplicações.


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 11<br />

Pode a inkjet<br />

mudar<br />

a cor de<br />

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© <strong>201</strong>9 Xerox Corporation. All rights reserved. Xerox®, Baltoro and “Made To Think”<br />

are trademarks of Xerox Corporation in the United States and/or other countries.


12 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

Sempre que alguém vê a possibilidade de agregar<br />

novos serviços é muito bem-vindo.<br />

<strong>FHOX</strong> - A CopyHouse já trabalha com o equipamento<br />

Iridesse. A gente vai ver mais players que<br />

atuavam só com gráfica e sem olhar para fotografia<br />

se voltando para o ramo?<br />

Marcio Mattos - O mercado é soberano. O cliente<br />

é soberano. Não é uma frase minha. O cliente é<br />

bombardeado por oferta e informações o tempo<br />

todo. Então, o que ele está buscando? Todos eles<br />

querem aquela relação de antigamente, de alguém<br />

que possa atender todas as suas demandas. A verdade<br />

é essa. Existe a especificidade do segmento e<br />

de quem vive só da fotografia. Mas existe também<br />

quem está olhando para ela como mais uma forma<br />

de trazer novos clientes. Essas pessoas estão tendo<br />

essa sensibilidade. De tratar a fotografia com<br />

profissionalismo. Eu vou me capacitar para atender<br />

esse segmento para que eu possa trazer um novo<br />

mercado para mim. Isso é algo que o mercado de<br />

fotografia tradicional tem que estar atento, porque<br />

esse é um novo entrante. Que vem com um conceito<br />

de One Stop Shop. Eu vejo a CopyHouse nesse<br />

sentido, uma empresa centrada no cliente. Seja ele<br />

do segmento A, B ou C.<br />

<strong>FHOX</strong> - Existe limite para tecnologia de impressão,<br />

do que pode ser feito em termos de qualidade?<br />

Marcio Mattos - Estando na Xerox e vendo tudo o<br />

que a marca está investindo em inovação, eu seria<br />

muito irresponsável em dizer que há um limite. Na<br />

realidade a tecnologia avança numa velocidade<br />

incalculável. Acredito que o objetivo central sempre<br />

é desenvolver tecnologia para que aquilo fique<br />

mais competitivo. E que você possa facilitar a<br />

migração tecnológica do tradicional para o digital.<br />

Esse é o principal desafio dos fabricantes de impressão<br />

digital: acelerar o processo de migração.<br />

E isso passa por inserir tecnologia no produto e<br />

serviço. Eu acredito que não haja limite e fico na<br />

expectativa sempre de qual vai ser o próximo passo.<br />

Ou qual será a próxima Iridesse. É impressionante<br />

e fico feliz em fazer parte de um time que<br />

está olhando para frente.<br />

<strong>FHOX</strong> - Antes tínhamos poucas marcas. Hoje temos<br />

um ambiente competitivo muito mais acirra-<br />

do. Como vê essa nova competição no mercado<br />

fotográfico?<br />

Marcio Mattos - Eu vou falar de forma macro para<br />

depois a gente descer um pouco. Ela é benéfica<br />

para o mercado. Sempre. Um mercado de monopólio<br />

não leva valor para o cliente. O mercado<br />

competitivo faz todo mundo ficar criativo. E quem<br />

é beneficiado nessa questão toda é o cliente final.<br />

Então a competição é saudável. O risco é quando<br />

você é prestador de serviço, um fabricante que<br />

presta tecnologia. Imagine só o investimento que a<br />

Xerox faz. Posso falar por ela, é um investimento gigante<br />

em desenvolvimento, tecnologia e inovação.<br />

O risco é você transformar esse mercado em commodities.<br />

A competição tem que tomar cuidado<br />

com isso. Essa é a grande atenção que todos têm<br />

que ter. Porque uma vez que você comoditizou seu<br />

segmento, acaba indo para um caminho que não<br />

é saudável. Xerox é uma marca de valor. Isso significa<br />

que ela é cara? Não! Ser caro ou barato está<br />

totalmente ligado a valor percebido. Quando não<br />

percebo valor algo é caro. Quando percebo, aquilo<br />

vale e eu pago por ele.<br />

<strong>FHOX</strong> - Então a Xerox é competitiva?<br />

Marcio Mattos - Extremamente competitiva, agora<br />

a competitividade não é pela página impressa, é por<br />

todo o serviço ofertado na ponta. Por toda a cadeia<br />

de valor. Porque no processo tradicional, seja offset<br />

ou minilab, quando você o olha por inteiro existem<br />

vários custos escondidos. É um iceberg, tem a ponta<br />

que você vê, mas ali dentro da água tem vários<br />

custos que não são vistos. No processo digital, na<br />

impressão, quando você começa olhar o que pode<br />

agregar de soluções para eliminar certos custos de<br />

produção, consegue agregar valor lá na ponta.<br />

<strong>FHOX</strong> - Talvez alguns dos leitores não conheçam<br />

a variedade de opções da marca para o<br />

mercado. A gente tem visto agora mais a Xerox<br />

Iridesse. Mas gostaria que o senhor falasse dos<br />

outros equipamentos que podem atender ao<br />

mercado fotográfico.<br />

Marcio Mattos - Sem dúvida, a vantagem é que temos<br />

um portfólio enorme. A desvantagem às vezes<br />

é o cliente ver qual impressora lhe atende. Mais do<br />

que produto para atender, melhor é falar qual a solu-


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 13<br />

ção completa que a gente tem. Temos um software,<br />

por exemplo, que pode fazer a comunicação mais<br />

direcionada, sendo uma porta para receber pedidos.<br />

E, digitalmente, isso atende qualquer produto.<br />

Quando a gente está falando de uma solução de<br />

software para olhar o fluxo de produção desse documento.<br />

Olhar o fluxo do trabalho. Agregando nas<br />

etapas de gestão de cor<br />

e outros. De uma maneira<br />

automática. E aí entra<br />

que variável? Volume<br />

que vou imprimir, formato<br />

que vou usar. Para<br />

porta de entrada temos<br />

a C70 para esse segmento<br />

que atende com<br />

qualidade e com tudo<br />

para volumes menores.<br />

A Versant 180 quando<br />

você vai subindo volume<br />

e aumentando a<br />

necessidade de formato,<br />

resolução. A Versant<br />

3100 que é um produto<br />

mais robusto para volumes<br />

maiores. Para qual<br />

laboratório vai entrar a<br />

solução digital? Vai depender<br />

de volume que<br />

ele tem. Outra coisa bacana<br />

é que nossas soluções<br />

são escaláveis. São<br />

modulares e podem se<br />

adaptar de acordo com<br />

o volume. Depois da<br />

Versant 3100 tem a Iridesse,<br />

iGen. Dois exemplos<br />

de clientes de foto<br />

que temos trabalham<br />

com iGen e Iridesse.<br />

<strong>FHOX</strong> - O senhor consome fotografia impressa?<br />

“Ser caro ou barato<br />

está totalmente ligado<br />

a valor percebido.<br />

Quando não percebo<br />

valor algo é caro.<br />

Quando percebo, aquilo<br />

vale e eu pago por ele.”<br />

Marcio Mattos<br />

Marcio Mattos - Viajei para Fernando de Noronha<br />

agora e voltei completamente encantado. E entrei<br />

no site do nosso cliente e pedi os fotoprodutos<br />

com todas as fotos que fiz. E chegou e ficou espetacular.<br />

Por quê? Não é o photobook de ninguém,<br />

é o meu álbum. Quem é o cliente disso? Minha<br />

mulher, meus filhos. E olharam aquilo e ficaram encantados.<br />

Esse é um exemplo real. Isso mostra o<br />

seguinte. Eu passei a ser o designer, eu desenhei o<br />

produto. Você bota poder na mão do cliente. Isso é<br />

outra característica do mercado que está mudando.<br />

O poder está na mão de quem compra e não<br />

de quem vende.<br />

Foto: Thalita Monte Santo<br />

<strong>FHOX</strong> - A foto tem o<br />

risco de sumir com o<br />

smartphone e as redes<br />

sociais e nuvem<br />

dominando tudo?<br />

Marcio Mattos - Se a<br />

gente tiver essa conversa<br />

daqui 20 anos eu não<br />

sei como vai ser. Mas<br />

olhando para como é<br />

hoje eu vejo que só tende<br />

a crescer por conta<br />

da transformação tecnológica.<br />

Na migração<br />

para o digital, que<br />

mencionei, e na captura<br />

de novos clientes,<br />

sou um novo cliente de<br />

fotografia quando você<br />

olha para trás. A minha<br />

demanda subiu muito.<br />

Quantas pessoas que<br />

não procuravam isso<br />

antes e estão em busca<br />

disso agora? Tudo o<br />

que é novo a gente fala:<br />

“ah vai acabar!”. Estou<br />

na Xerox faz 22 anos.<br />

Quando entrei me fizeram<br />

a pergunta: papel<br />

vai acabar com a entrada<br />

da internet? Cada<br />

coisa nova que entra as<br />

pessoas falam que vai acabar. Não acaba quando<br />

você atrai novos entrantes para esse segmento.<br />

Então é uma tecnologia inclusiva. A gente está<br />

atraindo mais clientes e volume. É uma ferramenta<br />

espetacular de captação de clientes. Quando a<br />

gente olha a penetração de celular na população<br />

brasileira é algo assustador. Porque você vê gente<br />

passando fome e é uma sociedade muito diversa.<br />

Você vê a gente falando de inteligência artifi-


14 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

cial e tem lugares do Brasil que não tem água ou<br />

comida chegando. Então tem uma gama enorme<br />

de pessoas. Se a gente der condições para elas,<br />

incluir essas pessoas na sociedade. Estamos falando<br />

de uma grande oportunidade porque são<br />

novos consumidores.<br />

<strong>FHOX</strong> - Qual o seu sonho para Xerox do Brasil<br />

na fotografia?<br />

Marcio Mattos - Na<br />

parte de marketing, estamos<br />

investindo muito<br />

em como fazer esse<br />

mercado conhecer melhor<br />

a Xerox. A parte<br />

de produtos, soluções e<br />

inteligência para isso a<br />

gente tem para atender.<br />

O que a gente precisa é<br />

o seguinte: o cliente levantou<br />

a mão e precisa<br />

ser atendido na região<br />

dele, que ele encontre<br />

um parceiro capacitado<br />

e com condições de entregar<br />

a Xerox no nível<br />

que a gente deseja e no<br />

nível que ele quer. Esse é<br />

o meu desejo e a minha<br />

ambição é ter a cobertura<br />

que o Brasil necessita<br />

com a qualidade que o<br />

cliente requer. É isso que<br />

a gente busca. Estamos<br />

fazendo investimento<br />

em marca. Em comunicação<br />

e em soluções. E<br />

agora o principal desafio<br />

é em cobertura e especialização<br />

e capacitação<br />

de quem vai atender o<br />

cliente na ponta.<br />

<strong>FHOX</strong> - E sua expectativa para o Brasil? Na<br />

economia, neste segundo semestre e no ano<br />

que vem?<br />

Marcio Mattos - Nós estamos com muito otimismo<br />

ainda. Vemos o mercado com muito receio de fazer<br />

investimento, mas há muitos segmentos investindo<br />

mesmo assim. Vejo empresários um pouco cansados<br />

de ficar esperando o governo. E aí resolveram ir<br />

para trafegar esse caminho. Tem muita oportunidade<br />

para a parceria criativa. Os negócios não querem<br />

mais só alguém que faz uma venda. Querem uma<br />

colaboração e parceria. As empresas que estão<br />

com a Xerox veem a marca como parceira de negócios.<br />

A marca está se posicionando dessa forma<br />

e não só fornecedor de impressão, suprimento. Tenho<br />

que entender suas<br />

estratégias e vamos juntos<br />

nisso. No momento<br />

que tomamos essa<br />

postura para os clientes<br />

damos mais segurança<br />

para eles fazerem investimentos.<br />

Porque a necessidade<br />

de investir em<br />

tecnologia existe. Você<br />

ainda tem uma subutilização<br />

enorme de certos<br />

meios, há uma oportunidade<br />

gigantesca de<br />

capturar novos clientes.<br />

Para isso, você vai ter<br />

que fazer investimentos<br />

e vai querer um parceiro<br />

de negócios e não só<br />

fornecedor de tecnologia.<br />

Mesmo com a instabilidade<br />

econômica do<br />

País, estamos passando<br />

segurança com o posicionamento<br />

de parceiro<br />

de negócios. Para ele<br />

poder fazer investimentos<br />

com segurança e ter<br />

retorno. Esse é um trabalho<br />

que não é só meu.<br />

É de um time inteiro e<br />

de uma organização<br />

que começa lá nos Estados Unidos. Pensando em<br />

soluções e inovando até chegar aqui na Xerox do<br />

Brasil, em um time liderado pelo Ricardo que acredita<br />

muito no País e na Xerox, no que a gente pode<br />

agregar de valor para o mercado. Acredita que a<br />

cobertura e estar presente através de parceiros é<br />

a melhor forma de abranger o Brasil. E é a melhor<br />

forma de atender os clientes.<br />

Foto: Thalita Monte Santo<br />

“Mesmo com a<br />

instabilidade econômica<br />

do País, estamos<br />

passando segurança com<br />

o posicionamento de<br />

parceiro de negócios.”<br />

Marcio Mattos


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O MELHOR DO VÍDEO<br />

Além de sua excelência para fotografia, a linha Alpha oferece alta performance em vídeo,<br />

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SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 17<br />

IMPRIMINDO<br />

PARA RECORDAR<br />

O QUE PENSA E ACHA O CONSUMIDOR FINAL<br />

SOBRE A FOTOGRAFIA NO PAPEL<br />

Leo Saldanha e Thalita Monte Santo<br />

A geração Z é reconhecida como nativa digital.<br />

Nascidos em meados dos anos 1990 até <strong>201</strong>0,<br />

são consumidores de fotografia extremamente<br />

conectados. Um estudo da Infotrends, respeitada<br />

empresa de análise de mercado e consultoria<br />

estratégica, feito em <strong>201</strong>8, foca na relação<br />

desse público com a foto impressa.<br />

Segundo o levantamento, os consumidores nessa<br />

faixa etária querem uma experiência fotográfica<br />

fora do tradicional. O que no caso de foto<br />

no papel envolve fotopresentes personalizados<br />

e, de preferência, únicos. Essa demanda vem de<br />

um ponto simples: eles veem fotos o tempo todos<br />

em telas, redes sociais e na nuvem. Logo, a<br />

foto no papel tem que ser muito diferenciada.<br />

A pesquisa, que entrevistou cerca de 1500<br />

pessoas nos Estados Unidos, trouxe alguns<br />

dados de consumo e comportamento específicos<br />

dessa geração Z e apontou que 80% dos<br />

participantes usam, como câmera principal, o<br />

smartphone. Além disso, 60% possuem câmera<br />

digital além do dispositivo móvel. Já 83%<br />

deles compartilham fotos nas redes sociais e<br />

suas preferências são Instagram e Snapchat.<br />

Aqui no Brasil as coisas não são tão diferentes.<br />

Em um levantamento informal feito pelo<br />

Twitter, identificamos que os jovens estão em<br />

busca de impressão de fotos, principalmente<br />

aquelas que compartilham em redes sociais<br />

ou armazenam em smartphones. Eles também<br />

são sensíveis a preço e querem decorar o<br />

quarto ou compartilhar entre amigos.<br />

Para Verônica Martins, de Guarulhos (SP), presentear<br />

pessoas em datas importantes ou somente<br />

colocar as fotos à vista, para lembrar<br />

de momentos especiais, é o que a motiva fazer<br />

impressões.<br />

“Isso me dá tranquilidade e em algumas situações<br />

mantém meu foco, meu objetivo. Me faz<br />

recordar o que realmente importa na vida”,<br />

conta. Para ela, que costuma fazer impressões<br />

em lojas físicas, o ato de revelar fotos significa<br />

carinho, cuidado e memórias.


18 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

Verônica se casou em <strong>201</strong>7 e não fez o álbum de<br />

fotos. Recebeu as fotografias apenas via internet<br />

e as salvou na nuvem. “Compartilhei o link com<br />

muitas pessoas da minha família e amigos interessados<br />

em ver as fotos, mas sinceramente, não<br />

foi a mesma coisa que a tão esperada chegada<br />

do álbum”, explica.<br />

Ela lembra que antigamente, quando um álbum<br />

era revelado, as pessoas marcavam visita só para<br />

ver as fotos. “Existiam mais conversas, mais contato.<br />

Hoje as coisas estão muito individuais, você<br />

manda o link de acesso do álbum via internet,<br />

algumas fotos por WhatsApp ou até compartilha<br />

na rede social, mas é diferente”.<br />

“Quando completei dois anos de casada, meu<br />

marido me presenteou com um porta retrato<br />

dos grandes, com algumas fotos reveladas para<br />

irmos trocando com o tempo. Hoje esse porta<br />

retrato fica no nosso rack e além de sempre lembrarmos<br />

desse dia, quando recebemos visitas,<br />

normalmente, nos perguntam sobre as fotos. É<br />

uma oportunidade para revivermos juntos, mesmo<br />

que por uma tela, o dia do nosso casamento”.<br />

CONSCIÊNCIA AMBIENTAL<br />

Para Verônica, a fotografia impressa significa uma<br />

forma de reviver memórias. Mas ela também não<br />

concorda com a impressão de muitas fotos, por<br />

uma questão sustentável e de noção de espaço<br />

físico. “É exatamente essa a vantagem da câmera<br />

digital, você poder tirar milhares de fotos e revelar<br />

apenas uma que represente aquele momento”, diz.<br />

É justamente a impressão com responsabilidade<br />

que a Two Sides, organização global sem fins lucrativos,<br />

defende. Ela promove a produção e o<br />

uso responsável da impressão e do papel, bem<br />

como esclarece equívocos comuns sobre os impactos<br />

ambientais da utilização desse recurso.<br />

Segundo dados do IBÁ (Instituto Brasileiros de<br />

Árvores) de <strong>201</strong>8, publicados pela Two Sides, hoje,<br />

no Brasil, 100% do papel fabricado vem de árvores<br />

plantadas para esse fim e o País tem 7,8 milhões<br />

de hectares de florestas plantadas. As indústrias<br />

que utilizam essas árvores preservam outros 5,6<br />

milhões de hectares de matas nativas. De acordo<br />

com dados da ANAP (Associação Nacional dos<br />

Aparistas de Papel), no Brasil, recicla-se 64% do<br />

papel consumido.<br />

“As fotos impressas estão sendo substituídas por<br />

telas, como fundo de tela de celular, notebook,<br />

porta retrato digital. Se multiplicam tanto com<br />

um simples compartilhamento e as pessoas já estão<br />

se acostumando com isso. Mas mesmo com<br />

tanto avanço tecnológico, acredito que sempre<br />

haverá um público interessado que acredita no<br />

afeto que existe na fotografia impressa e dá valor<br />

a uma cartinha escrita à mão no verso de uma<br />

foto”, afirma Verônica.<br />

PRODUTO EMOCIONAL<br />

Ainda de acordo com a Infotrends, no último ano,<br />

41% da geração Z fez algum tipo impressão de fotos<br />

em loja física, site ou via app. E 60% da geração Z<br />

comprou fotopresentes. Os preferidos são cartões<br />

Verônica e Rodrigo se casaram em abril de <strong>201</strong>7<br />

Foto: Bia Lui


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 19<br />

comemorativos, calendários e fotolivros. A nova<br />

preferência é por impressão em metal e madeira.<br />

Embora seja um grupo que consome impressão, a<br />

geração Z tem a renda menor e portanto vai acabar<br />

consumindo menor quantidade de fotos por ano.<br />

A jornalista Micaela Santos, de Franco da Rocha<br />

(SP), por exemplo, diz que a impressão de fotos,<br />

para ela, é algo com valor emocional. Até hoje<br />

ela as faz na mesma loja física que sua família<br />

costumava revelar filmes alguns anos atrás.<br />

“Gosto de revelar fotografias de momentos importantes<br />

da minha vida, como a minha formatura<br />

da faculdade ou passeios com o meu namorado.<br />

Para mim, o ato de revelar fotografias me remete<br />

a uma coisa mais emocional. É algo que eu gosto<br />

de exibir e me orgulhar”, diz. Ela conta que utiliza<br />

a impressão de fotos para presentear seu namorado<br />

em datas especiais, como o aniversário de<br />

namoro. “Para mim, ter o cuidado de revelar uma<br />

foto, hoje, mostra quanto carinho você tem por<br />

aquele momento ou por aquela pessoa”.<br />

Micaela também acredita que a impressão será<br />

como os discos de vinil ou os livros de papel.<br />

“Eles não desapareceram, mas são consumidos<br />

por quem realmente valoriza este tipo de produto.<br />

E terão cada vez mais importância emocional<br />

para muitas pessoas”.<br />

Já Camila Cardoso Farias, de São Paulo (SP),<br />

também jornalista, prefere os fotolivros para<br />

guardar suas memórias. Segundo ela, o que mais<br />

a motiva fazê-los é poder organizar suas fotos<br />

de uma forma em que possa contar uma história.<br />

“Eu sempre reúno fotos de momentos marcantes<br />

para mim, como uma viagem. E aí organizo de<br />

uma forma que eu consiga me lembrar desses<br />

momentos cronologicamente e como tudo foi<br />

acontecendo. Amo muito fotografia e acho que<br />

com as redes sociais a gente acaba perdendo<br />

um pouco da nostalgia das coisas. A foto fica lá<br />

no fim de um feed cheio de coisas e a gente nem<br />

sempre consegue acessar ou encontrar aquilo<br />

que queria no meio de tanta coisa postada”, diz.<br />

Ela costuma fazer pelo menos um foto livro por<br />

ano, reunindo uma grande quantidade de fotos.<br />

“Parece que para<br />

alguns fotógrafos ficou<br />

um vácuo e agora está<br />

caindo a ficha”<br />

Ale Ruaro, fotógrafo, falando sobre a<br />

Foto: Alyssa Ono<br />

importância de ter os registros impressos<br />

“Normalmente vou dividindo por temas. Nessa<br />

de ter tudo digital muita coisa se perde, os arquivos<br />

em pen drive se corrompem. Eu acho que<br />

até por uma questão de sustentabilidade as pessoas<br />

tem deixado de imprimir as coisas, mas no<br />

caso da fotografia, entendo que é um material<br />

afetivo, que vai além do papel por si só”, relata.<br />

Camila acredita que por trás de toda foto há uma<br />

história e, mesmo com a banalização de tudo<br />

isso, o impresso ainda lhe traz a nostalgia de reviver<br />

coisas muito especiais, que só a memória<br />

não seria suficiente para guardar.<br />

E A OUTRA PONTA, O QUE<br />

PENSA SOBRE A IMPRESSÃO?<br />

As pessoas estão perdendo memórias e não<br />

querem deletar arquivos para ter mais espaço<br />

no smartphone, HD ou na nuvem. Sem falar na<br />

chance de perder essas imagens. Mauricio Si-


20 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

de seus amigos encadernou fotos de viagem em<br />

um diário Moleskine.<br />

“Falo sempre sobre isso com amigos, clientes, fotógrafos<br />

e artistas. Parece que para alguns fotógrafos<br />

ficou um vácuo e agora está caindo a ficha. Eu<br />

tenho mais de 2.500 provas em papel de algodão<br />

em casa, sem falar em provas de artista 24.30 que<br />

deve passar de 500 hoje. Esse é um dos meus produtos<br />

e eu tenho que ter para vender,” diz Ruaro.<br />

“Para mim, o ato de<br />

revelar fotografias me<br />

remete a uma coisa<br />

mais emocional. É algo<br />

que eu gosto de exibir e<br />

me orgulhar”<br />

Micaela Santos, jornalista<br />

Arquivo pessoal<br />

monetti, fotógrafo autoral, recentemente fez um<br />

trabalho de curadoria de centenas de fotos para<br />

imprimir para a família.<br />

“Além do prazer de pegar a foto na mão, deu um<br />

baita alívio saber que aquelas eu não perco se<br />

um dia der um pau nos sistemas digitais ou mesmo<br />

no meu HD”, disse ele.<br />

Já Arlindo Namour Filho transforma as fotos<br />

de clientes em álbuns. Um projeto que ele criou<br />

para atender famílias. Segundo o fotógrafo, um<br />

projeto muito bom tanto em termos de relacionamento<br />

quanto na parte financeira.<br />

E PARA ONDE VAI A<br />

IMPRESSÃO?<br />

É evidente que existe um grande potencial de impressão<br />

tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Prova<br />

disso é que o Google Photos estaria prestes a anunciar<br />

um novo serviço de entrega gratuita de fotos<br />

para os usuários do aplicativo. Elas, inclusive, seriam<br />

enviadas ao solicitante no mesmo dia em que fizessem<br />

o pedido. Algo que envolveria uma grande<br />

rede de farmácias dos Estados Unidos (CVS), que<br />

conta com quase 10 mil pontos de coleta.<br />

Outro exemplo é o Flickr, que anunciou novos<br />

serviços de impressão para a comunidade fotográfica.<br />

A Infotrends, anos atrás, divulgou outro<br />

estudo e revelou que pelo menos 10% dos usu-<br />

O dono de loja/estúdio André Helwig Gross do<br />

Ateliê das Fotos de Porto Alegre conta que, aos<br />

poucos, muitas pessoas estão imprimindo mais,<br />

pois já perderam celulares, HDs, etc. O que atrapalha<br />

um pouco, segundo ele, são os valores baixíssimos<br />

da internet.<br />

Ale Ruaro, também fotógrafo autoral, disse que<br />

ele mesmo imprime em papel fine art e que tem<br />

amigos que “em geral, consideram as fotos arte.<br />

E imprimem fotos”. Ele ainda comentou que um


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 21<br />

Foto: Kalinka Cope, (Tudo Vira Foto)<br />

Camila Cardoso, seu esposo Jefferson Farias e o pequeno Bernardo. Um dos registros que ela guarda impresso<br />

ários de smartphone gostaria de imprimir suas<br />

fotografias digitais a partir do aparelho. Pode parecer<br />

um dado tímido, mas talvez seja esse justamente<br />

o tamanho da fatia dos amadores que<br />

valorizam impressão.<br />

Na prática, isso representa, aqui no Brasil, uma<br />

demanda de consumo da ordem de pelo menos<br />

21 milhões de brasileiros. Gente que poderia imprimir<br />

álbuns, ter decoração com fotos, fotopresentes<br />

e afins. Desafiador é fazer com que eles<br />

vejam essas opções e queiram imprimir com<br />

frequência. E aqui não dá para se enganar. Pois<br />

se trata de um desafio que cabe aos agentes do<br />

ramo fotográfico. Sejam eles fotógrafos, lojas de<br />

foto, laboratórios e a própria indústria.<br />

Fotolivros são também uma boa opção de<br />

presentes. Construir uma narrativa, através das<br />

imagens, gera emoção e agrada a todos<br />

Não é uma tarefa fácil, mas esse deveria ser o<br />

verdadeiro papel do mercado fotográfico. Na<br />

enquete feita pela <strong>FHOX</strong> no Facebook, diversos<br />

profissionais disseram que não se lembram de<br />

imprimir. Gente que vive da fotografia e não consegue<br />

dar o exemplo. Não entender nosso papel<br />

de influência e contar com a sorte em um momento<br />

onde as pessoas estão deixando as fotos<br />

em telinhas na nuvem é uma combinação complexa<br />

e nada promissora.<br />

Lembrando que em 2020 a tecnologia 5G estará<br />

na grande maioria dos dispositivos móveis<br />

e a internet vai ficar muito mais rápida. Se<br />

aqueles que vivem da fotografia não entenderem<br />

a importância de criar produtos realmente<br />

diferenciados com foto, será ainda mais difícil<br />

justificar a impressão e poder cobrar por isso.<br />

O que pode parecer demasiado romântico é<br />

na verdade questão de sobrevivência por um<br />

motivo simples: sem foto no papel não existe<br />

mercado fotográfico.


22 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

NOVAS CARAS<br />

DO MERCADO DE<br />

ENCADERNADORAS<br />

EMPRESÁRIOS QUE VEEM SE DESTACANDO NO SEGMENTO FALAM<br />

SOBRE NOVAS IMPLEMENTAÇÕES EM SEUS NEGÓCIOS<br />

Por Flávio Augusto Priori<br />

Quando o assunto é foto impressa, não podemos<br />

deixar de falar de encadernadoras. Um álbum de<br />

fotos bem montado e que se adapte à proposta<br />

do ensaio engrandece ainda mais o trabalho final.<br />

E por ter toda essa aura em torno do álbum,<br />

é preciso encontrar meios de torná-lo um produto<br />

diferenciado. Ao mesmo tempo, dar ao seu cliente<br />

maneiras para que ele obtenha o que deseja de<br />

forma simples e direta.<br />

Um exemplo de encadernadora que vem chamando<br />

atenção nesse sentido é a Karlos Romero Encadernadora,<br />

de São Luís (MA), fundada em <strong>201</strong>7<br />

pelo próprio João Karlos Romero. O empresário já<br />

atua há 27 anos no setor, passando por convites de<br />

formatura e produção de eventos. Atualmente ele<br />

investe na encadernação e na satisfação do cliente.<br />

“Nossa empresa tem crescido muito nas regiões<br />

Norte e Nordeste. Estamos em uma localização<br />

estratégica, nossos clientes estão satisfeitos com o<br />

produto, a agilidade de entrega e a diminuição de<br />

custo de frete”, fala Romero.<br />

O empresário, que tem como meta aumentar seu<br />

market share nas regiões citadas, afirma que parte<br />

fundamental para a evolução é o investimento<br />

em tecnologia, principalmente pensando em automação<br />

de processos: compra, produção e logística.<br />

“Nossos produtos e serviços são cada vez<br />

mais ‘personalizados’, quase individualizados. Por<br />

A Karlos Romero cresce através de investimentos em<br />

tecnologia no processo de produção<br />

outro lado, temos o desafio de vender em escala,<br />

com soluções que sejam capazes de atender<br />

grandes volumes”.<br />

É possível ver esse discurso aplicado na prática no<br />

site da encadernadora. Romero conta que o fotógrafo<br />

pode diagramar seu material no próprio ambiente<br />

online, de forma automática ou página por<br />

página. Isso diminui o custo com diagramador.<br />

“Sem a tecnologia integrada nesses processos,<br />

seria impossível manter-se no mercado de forma<br />

competitiva. Ela permite o funcionamento 24 horas<br />

por dia, tanto para quem acessa nossos produtos<br />

e serviços quanto para nosso sistema de produção


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 23<br />

e entrega”. O empresário complementa que busca<br />

na tecnologia novas formas de interagir e aprimorar<br />

o relacionamento com o cliente, investindo na<br />

experiência com suas marcas e produtos.<br />

Ainda com essa filosofia em mente, Romero lançou<br />

em <strong>201</strong>9 a plataforma Kabox, em parceria<br />

com a Print One, voltada para o usuário amador.<br />

Nela o cliente pode montar um álbum direto com<br />

fotos do celular.<br />

“Para nós o projeto Kabox agregará no atendimento<br />

de nossos produtos e serviços para o segmento<br />

‘amador’. Conhecer e aprimorar o modelo de navegação<br />

e compra de álbuns contribuirá para conquistarmos<br />

novos mercados, com produtos mais<br />

adequados e, principalmente, acessíveis para nossos<br />

consumidores virtuais”, afirma Romero.<br />

PIC ART:<br />

PAIXÃO POR ENCADERNAR<br />

Abordando o mercado de outra forma, mas<br />

com destaque igualmente interessante, atua a<br />

Pic Art, sediada na Vila Olímpia, zona sul da<br />

cidade de São Paulo. Há quatro anos no setor,<br />

o empresário Dario Ferarege conta que a<br />

ideia de entrar no ramo foi do antigo sócio,<br />

Henrique Ferarege, devido a uma necessidade<br />

de um cliente ao qual prestavam consultoria,<br />

voltada a processos, produtos e pessoas.<br />

“Esse cliente especial que atua no ramo fotográfico<br />

de parto e possui um grande volume de<br />

contratos, estava tendo problemas com homologação<br />

de encadernadoras nas normas da ISO<br />

9001”, conta Ferarege. “Esta é uma parte da produção<br />

na qual fotógrafos terceirizam trabalho e<br />

estes fornecedores devem cumprir tanto o prazo<br />

quanto a qualidade, para que o cliente final não<br />

seja prejudicado”. Um desajuste nesse processo<br />

pode acarretar uma perda de credibilidade do<br />

fotógrafo junto ao cliente. Assim surgiu a Pic Art.<br />

Voltado para um público de fotógrafos profissionais,<br />

Ferarege afirma que estar antenado nas<br />

tendências de mercado é um dever, como em<br />

qualquer segmento. Mas além disso, umas das<br />

principais preocupações da empresa é dar atenção<br />

especial ao cliente durante a elaboração do<br />

material, para que o produto final saia exatamente<br />

conforme o desejo do fotógrafo.<br />

“O nosso processo de criação de produtos é confeccionado<br />

junto aos nossos clientes profissionais.<br />

Cada fotógrafo tem sua linha, aquilo que o agrada<br />

e faz sentido para quem ele presta serviços. Ganhamos<br />

mercado com esse atendimento e essa<br />

maneira de ser da Pic Art.”. Aliás, para Ferarege, a<br />

verdadeira encadernação é artesanal. “Cada álbum<br />

é único, assim como a sua história. Por isso envolvemos<br />

pessoas apaixonadas por essa atividade em<br />

nossa produção”.<br />

Evidentemente a empresa também não abre mão<br />

da tecnologia nos negócios. Para a Pic Art, é um<br />

artifício que ajuda na gestão e no dia a dia de produção.<br />

Principalmente nos canais de vendas. “Hoje<br />

temos uma plataforma web na qual o cliente escolhe<br />

o produto, configura, diagrama on-line e envia<br />

o conteúdo para impressão e encadernação. Tudo<br />

em poucos cliques, de maneira inteligente”, conta.<br />

“Os três pilares de atendimento da Pic Art: Qualidade,<br />

Prazo e Atendimento Intimista”. Dario Ferarege<br />

Por fim, Ferarege fala que tem sentido cada vez<br />

mais pessoas, de todas as idades, adeptas à impressão<br />

de fotos. Fato esse que o deixa otimista<br />

com o futuro. Ele comenta que o feedback de<br />

seus clientes é de que fotos armazenadas na<br />

nuvem quase nunca são acessadas novamente,<br />

perdendo o seu valor. “A foto impressa é uma<br />

recordação palpável e, dependendo do insumo<br />

da impressão, dura por gerações.”.


24 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

ARTE FOTO ROMA<br />

É VELUZZI<br />

TRADICIONAL LOJA DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO É A PRIMEIRA<br />

A ADERIR AO NOVO CONCEITO DE FOTO E ÓTICA<br />

Texto e foto por Mozart Mesquita<br />

Expansão de mix: uma clara demanda do varejo<br />

fotográfico. Admitido pela indústria, por distribuidores<br />

e por donos de loja, ainda não há um<br />

caminho consolidado. A única certeza é que é<br />

preciso testar modelos. Isso ficou claro no Encontro<br />

Nacional do Varejo, promovido pela<br />

<strong>FHOX</strong> na Feira Fotografar desse ano.<br />

Algumas das principais<br />

marcas do setor estavam<br />

envolvidas e ofereceram<br />

painéis. A Fuji é, sem sombra<br />

de dúvidas, a que tem<br />

a experiência mais avançada<br />

neste campo, com seu<br />

conceito Wonder. Mas uma<br />

nova proposta, totalmente<br />

nacional, surgiu pelas mãos<br />

da Colorkit. Sua Foto e Ótica<br />

Veluzzi parece oferecer<br />

um diferencial para outros<br />

projetos que ja existiram ou<br />

ainda estão por aí: o DNA<br />

fotográfico, a solidez e a<br />

credibilidade por traz da<br />

sua história.<br />

Prestes a celebrar 50 anos, a empresa de Odila<br />

Guandalini conta com a experiência e a vasta<br />

agenda do seu gerente comercial, Valdir Padovan,<br />

que há muitos anos atua no mercado. Seu<br />

trabalho vendendo equipamentos para lojas e<br />

laboratórios de impressão traz enorme potencial<br />

de crescimento para o projeto Veluzzi.<br />

Carlos Alberto Dario, da Arte Foto Roma,<br />

primeiro franqueado Veluzzi do Brasil<br />

Entretanto, não foi preciso ir muito longe para vender<br />

a primeira franquia da marca. A Foto Arte Roma,<br />

negócio mais do que tradicional, localizado na<br />

zona leste da capital paulista, apostou no conceito<br />

Veluzzi, que ali caiu como uma luva, já que a franquia<br />

da marca tem foco em ocupar a ociosidade de<br />

um varejo fotográfico carente de mix, com um produto<br />

que comprovadamente<br />

vai bem com foto: óculos.<br />

Seja de grau ou de sol.<br />

“Temos boas expectativas.<br />

Não precisamos mexer<br />

muito na loja. A abertura<br />

foi ótima e eu acredito que<br />

tem tudo para dar certo”,<br />

comenta o dono Carlos Alberto<br />

Dario, enquanto conversava<br />

com a reportagem<br />

de <strong>FHOX</strong>, ao lado dos seus<br />

novos móveis que agora<br />

ostentam óculos e armações<br />

ocupando metade do<br />

seu ponto comercial. Carlos<br />

comentou que o varejo<br />

fotográfico mudou muito e<br />

que para a Arte Foto Roma<br />

é um percentual pequeno do negócio, mas que<br />

não descarta investir em inovações no varejo.<br />

Basta que elas se apresentem e ofereçam lucratividade.<br />

Essa é a aposta com a Veluzzi. Agora é<br />

torcer. Por que se for bem, é uma ótima notícia<br />

para todos no mercado fotográfico.


PubliEditorial<br />

DO SONHO PARA O ÁLBUM DE<br />

FOTOGRAFIA: CONHEÇA A “INNOVA<br />

BRASIL SOLUÇÕES FOTOGRÁFICAS”<br />

Se as fotografias eternizam sonhos, a Innova Brasil leva para o papel e<br />

fotoprodutos os momentos mais importantes de seus clientes com a tecnologia<br />

de impressão em alta qualidade da Konica Minolta<br />

Até hoje, ao olhar para as fotos impressas em alta qualidade<br />

dos álbuns e fotoprodutos confeccionados em sua empresa,<br />

Fábio Pais de Andrade reconhece sonhos – sonhos,<br />

estes, de iniciar os estudos, passar por etapas, conquistar<br />

um diploma, alcançar novas oportunidades. Mais do que<br />

isso, reconhece um pouco de si mesmo quando, há onze<br />

anos, em 2008, sonhou e projetou a Innova Brasil Soluções<br />

Fotográficas com foco no segmento de formaturas.<br />

Divulgação<br />

“Em nosso site, estampamos a frase ‘Celebre sua conquista’.<br />

É desse jeito que enxergamos o trabalho que<br />

realizamos na Innova Brasil há mais de dez anos: como<br />

um meio de eternizar momentos importantes na vida<br />

de nossos clientes de modo diferenciado e com alta<br />

qualidade, como formaturas, casamentos, eventos, aniversários,<br />

entre outros”, afirma Fábio.<br />

Atualmente, a empresa, sediada em São Paulo no bairro<br />

de Ermelino Matarazzo desde <strong>201</strong>4, mescla tecnologia de<br />

produção de fotografias em diferentes mídias com o trabalho<br />

quase artesanal de produzir e finalizar estojos, capas<br />

com acabamento diferenciado e outros fotoprodutos que<br />

estampam momentos e rostos, com uma produção mensal<br />

de mais de 6 mil estojos e mais de 400 mil fotos.<br />

A qualidade de seus trabalhos também se expandiu<br />

para além das fronteiras do estado e da cidade de São<br />

Paulo, chegando a Brasília, Curitiba, estado de Minas<br />

Gerais, Rio de Janeiro e outras localidades.<br />

Em <strong>201</strong>5, com o crescimento da tecnologia digital e necessidade<br />

de diversificar mídias de impressão, incluindo<br />

produção em couché, a Innova Brasil iniciou a transição<br />

dos antigos mini-labs para novos processos e procedimentos<br />

de produção. Atualmente, são três equipamentos<br />

de impressão digital em operação na empresa, entre<br />

eles, o mais novo investimento: a impressora de alta produtividade<br />

da Konica Minolta AccurioPress C6100.<br />

“Estamos sempre atentos a novas tendências do mercado,<br />

para que assim possamos atender nossa rede de clientes<br />

com excelência, e mantendo nosso diferencial no que diz<br />

respeito à qualidade e pontualidade”, diz Fábio. “Desde que<br />

começamos a mudar para a tecnologia digital em <strong>201</strong>5, não<br />

paramos de investir em uma estrutura diferenciada, com<br />

uma equipe capacitada para o projeto de implantação de<br />

Innova Brasil Soluções Fotográficas<br />

novas ferramentas de trabalho. Isso passa também pela escolha<br />

das tecnologias certas. Observamos, no final de <strong>201</strong>8,<br />

a modernidade das soluções de impressão de Konica Minolta,<br />

a tecnologia de cor, inteligência e velocidade de impressão.<br />

Por isso, decidimos investir.”<br />

Especialmente sobre o modelo escolhido, a AccurioPress<br />

C6100, Fábio aponta diferenciais que vão além da tecnologia<br />

e qualidade de imagem graças à tecnologia de impressão<br />

da Konica Minolta e de seu toner Simitri HDE. Do<br />

montante de fotos produzidas na Innova Brasil, cerca de<br />

180 mil fotos são, hoje, impressas na tecnologia do equipamento<br />

em diferentes gramaturas a (AccurioPress C6100<br />

pode trabalhar com gramaturas de até 400 g/m2).<br />

“A AccurioPress C6100 nos ofereceu um excelente custo-<br />

-benefício aliado à qualidade de impressão. Além disso,<br />

obtivemos melhora no rendimento com as matérias-primas,<br />

isto é, o papel couché, mais velocidade de impressão<br />

e maior estabilidade de cor, que assegura uma qualidade<br />

padronizada nos impressos, algo importante para o segmento<br />

fotográfico”, diz.<br />

Para conhecer mais a Konica<br />

Minolta, basta acessar:<br />

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Foto: Evandro Veiga


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 27<br />

EXPANSÃO<br />

CONSISTENTE<br />

VIACOLOR, LABORATÓRIO GAÚCHO RECONHECIDO PELA<br />

QUALIDADE, É UM DOS QUE MAIS INVESTE EM <strong>201</strong>9<br />

Por Leo Saldanha | Foto: Evandro Veiga<br />

Na última edição da <strong>FHOX</strong> mostramos a aquisição<br />

da Premiere pela Viacolor. Além da compra<br />

da ProAlbuns, de Natal (RN), que agora faz parte<br />

do grupo Viacolor. Em conversa recente com a<br />

<strong>FHOX</strong>, Elisa Soares, diretora financeira da empresa,<br />

disse que mais novidades estão vindo por aí.<br />

O fato é que a marca tem um reconhecimento entre<br />

profissionais de casamento, família e newborn<br />

de todo País. A consistência na participação dos<br />

principais eventos do ramo (entre eles a Feira<br />

Fotografar) sempre foi destacada. Com mais de<br />

20 anos de mercado, a Viacolor também investe<br />

em outras áreas: como o promissor mercado de<br />

formaturas. Recentemente comprou a também<br />

gaúcha Difoccus, especializada na realização de<br />

formaturas e eventos.<br />

Aliás, a empresa participou em <strong>setembro</strong> do primeiro<br />

Forma Summit, que aconteceu em Campinas<br />

(SP). Um evento exclusivo para empresários<br />

do segmento. Participou também no final de<br />

agosto do congresso Eye N´Art, em Natal (RN).<br />

Iniciativa educacional que reuniu fotógrafos e<br />

contou com apresentações especiais.<br />

Parceira Fujifilm, a Viacolor levou a Digimagem<br />

(distribuidor Fujifilm) para o congresso de Natal.<br />

Lá expôs impressoras, câmeras da série X. Tudo<br />

da Fujifilm, com condições especiais para os<br />

clientes Viacolor.<br />

Elisa Soares, diretora financeira da Viacolor<br />

No fim, a Viacolor mostra como a relação da encadernadora<br />

deve ser mais próxima em várias frentes.<br />

Não só com clientes, mas com os fabricantes,<br />

distribuidores e parceiros. Parte do sucesso se<br />

deve ao estilo vendedor, carismático e proativo de<br />

Luciano Souza, dono da empresa junto à Elisa. Ele<br />

vai além do estilo de dono e garoto propaganda<br />

da marca. Pois além de atuar como porta-voz para<br />

publicações e estar presente nos eventos, Souza<br />

participa sempre de forma ativa e consistente nas<br />

produção e nas atividades, das mais variadas, que<br />

contam com a participação da empresa.<br />

Além de Lucianinho (como é carinhosamente<br />

conhecido no mercado), a Viacolor conta com<br />

embaixadores que atuam entre os colegas fotógrafos.<br />

Caso de André Mansano e Henrique Ribas.<br />

Outra novidade é o canal no YouTube da marca,<br />

que conta com conteúdos úteis para os clientes,<br />

como dicas de negócios e de vendas.<br />

A nova fase, com a aquisição da Premiere (de São<br />

Paulo), com Eye N´Art Experience e ProAlbuns, é a<br />

confirmação do avanço nacional da Viacolor. Seja<br />

por agora, está presente com uma marca reconhecida<br />

como a Premiere (e que também atuava para<br />

atrair fotógrafos de várias partes do País) e expandindo<br />

presença também no nordeste brasileiro.<br />

A Viacolor se apresenta em <strong>201</strong>9 como uma das<br />

encadernadoras que mais investem para o crescimento<br />

em um mercado bem competitivo. Uma<br />

boa notícia para o ramo, já que é sempre bom ver<br />

um negócio que vive de impressão preocupado<br />

em atender mais e melhor seus clientes atuais e os<br />

que virão a partir dessas novidades.


28 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

FOTOGRAFIA<br />

PARA QUEM NÃO<br />

PRECISA DE<br />

FOTOGRAFIA<br />

Marco Perlman é diretor da Digipix<br />

Arquivo pessoal<br />

Talvez as nuvens virem chuva, os computadores<br />

não leiam CDs, nem pen-drives e as grandes empresas<br />

que armazenam nossos arquivos de graça desapareçam.<br />

Talvez sim, talvez não. Mas isso não fará as<br />

pessoas comprarem fotos impressas. Não será pela<br />

insegurança, nem pelo medo, nem pela ameaça.<br />

Durante muito tempo, a impressão (ou, melhor, a<br />

revelação) era a única forma de tangibilizar a fotografia.<br />

Hoje, graças à tecnologia, deixou de ser imprescindível.<br />

Não é mais uma obrigação (o que traz<br />

um certo alívio), para tornar-se uma oportunidade,<br />

um objeto de vaidade,<br />

um pequeno luxo, um<br />

simples prazer.<br />

A impressão de fotografia<br />

só será comprada<br />

e, portanto, precisa<br />

ser vendida, pelos seus<br />

próprios méritos. Pela<br />

beleza estética. Pelo<br />

acesso fácil. Pela durabilidade<br />

reconhecida.<br />

Pelo visual decorativo.<br />

Pelo aspecto tátil. Pelas<br />

cores fiéis. Pela flexibilidade. Pela riqueza da diagramação.<br />

Pela história que conta. Pela marca de quem<br />

capturou a imagem. Poético? Talvez, mas verdadeiro.<br />

No início da transição da foto analógica para a<br />

digital, havia dúvidas quanto à capacidade da<br />

nova tecnologia alcançar a qualidade do que<br />

havia até ali. Esse momento passou. A tecnologia<br />

digital não apenas igualou o antigo, conseguiu<br />

superá-lo em critérios de avaliação que<br />

nem existiam.<br />

As imagens que capturamos hoje, graças à tecnologia<br />

que não para de evoluir, têm potencial para<br />

serem sistematicamente melhores que as analógicas.<br />

Mas não por serem armazenáveis digitalmente.<br />

Pela captura, pela luz, pela velocidade, pela profundidade,<br />

pela estabilidade, pelo ângulo, pela composição,<br />

pelo tratamento.<br />

Basta? A lista pode ser<br />

bem mais longa.<br />

Além disso, as possibilidades<br />

de impressão<br />

são múltiplas.<br />

Além das fotos avulsas,<br />

ou de um álbum<br />

tradicional, podemos<br />

ter um Fotolivro em<br />

vários tamanhos e<br />

acabamentos, uma<br />

pequena sanfona de<br />

bolso, um porta-retrato em acrílico, uma tela de<br />

pintura tipo canvas, um alumínio na mesa ou na<br />

parede... e tantas outras possibilidades.<br />

Nossas melhores imagens, hoje e sempre, não<br />

precisam... mas merecem ser impressas!


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30 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

A ENCANTADORA<br />

FOTOGRAFIA DE<br />

DAWN POTTER<br />

CONHEÇA A NORTE-AMERICANA QUE VEM<br />

SURPREENDENDO COM SUA MANEIRA<br />

DELICADA DE FOTOGRAFAR<br />

Por Gabrielle Cesaretti e Thalita Monte Santo | Fotos: Dawn Potter


32 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

Falar de fotografia newborn é lembrar-se que,<br />

além de talento, são necessárias técnicas, preparo<br />

e um olhar sensível. E foi justamente o conjunto<br />

dessas coisas que Dawn Potter incorporou em<br />

sua forma de contar histórias.<br />

seu amor por bebês e fotografia quando seu<br />

caçula nasceu, em <strong>201</strong>3. Isso, porque antes<br />

mesmo de começar a fotografar, perdeu a<br />

oportunidade de fazer fotos de seu terceiro<br />

filho, em <strong>201</strong>1.<br />

A fotógrafa, que reside no estado de Washington<br />

(EUA), possui um portfólio encantador e<br />

costuma compartilhar suas técnicas através de<br />

workshops e mentorias em diversos países. Inclusive,<br />

esteve no Brasil em <strong>outubro</strong> deste ano<br />

e falou sobre seu trabalho durante o Congresso<br />

<strong>FHOX</strong> Newborn.<br />

Mãe de quatro filhos, ela sempre teve paixão<br />

pela criatividade e pela arte. Mas só juntou<br />

“Quando estava no hospital, entrei em contato<br />

com uma fotógrafa newborn para agendar<br />

uma sessão. Mas ela não tinha disponibilidade<br />

para fotografar o meu filho antes dele completar<br />

10 dias de vida e não teria como encaixá-lo<br />

na agenda. Eu fiquei devastada. Não tinha ideia<br />

de que havia um limite de dias, ou que eu precisaria<br />

ter agendado antes dele nascer. Acho<br />

que essa foi a maior motivação para eu mesma<br />

aprender a fotografar recém-nascidos”, diz.<br />

O principal propósito da fotógrafa é levar aos seus clientes a mesma emoção que ela sente ao rever as fotos de<br />

seus filhos quando bebês


Dawn se esforça para capturar a inocência<br />

e a beleza dos primeiros dias de vida de<br />

cada criança que passa pelo seu estúdio<br />

Dawn gosta de dizer que sua jornada na fotografia<br />

newborn começou como a de muitos outros<br />

fotógrafos: com uma câmera digital barata e o<br />

amor pelos bebês. Quando seu quarto filho nasceu,<br />

em <strong>201</strong>3, ela comprou uma câmera e começou<br />

a praticar. Foi em busca de especialização e<br />

se inspirou muito em Kelly Brown, um dos grandes<br />

nomes da fotografia newborn no mundo.<br />

“Eu passei o ano seguinte estudando de tudo, desde<br />

poses até negócios, para ter certeza de que realmente<br />

queria seguir nesse caminho, antes de dar o<br />

salto maior e iniciar o meu próprio negócio”, conta.<br />

Em <strong>201</strong>4 ela abriu seu estúdio em Renton e, com<br />

o tempo, começou a oferecer ensaios de gestantes<br />

e acompanhamentos. Hoje, acredita que tem<br />

o melhor emprego do planeta.<br />

Segundo ela, todo seu empenho está na busca<br />

por contar histórias de maneira que a inocência e<br />

a beleza dos primeiros dias de vida da criança sejam<br />

evidenciadas, pois eles passam muito rápido.<br />

Hoje, Dawn é especialista em poses e segurança<br />

em ensaios newborn. Todas as suas sessões são<br />

feitas em seu estúdio e com luz natural. “Acho que<br />

uma das coisas mais importantes quando falamos<br />

de fotografia de bebês é ter uma boa iluminação.<br />

Sei que muitas pessoas colocam ênfase no tipo de<br />

câmera que usam, ou nas lentes. Mas eu acredito<br />

que é a luz que vai fazer a diferença nas imagens”.<br />

Porém, a fotógrafa também alerta que, independente<br />

do fotógrafo usar a luz do estúdio ou luz<br />

natural, é necessário focar da modelagem da iluminação.<br />

“Eu falo o tempo todo para os participantes<br />

dos meus workshops que eles podem<br />

conseguir a pose mais perfeita de todas, mas<br />

uma luz ruim pode estragar a imagem”.


34 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

“Não compare seu trabalho com o dos outros.<br />

A única pessoa com quem você deve competir é<br />

consigo mesmo.”<br />

Dawn Potter<br />

Antes de qualquer ensaio, Dawn costuma<br />

agendar uma pré-consulta com os pais do<br />

bebê, seja por telefone, e-mail, mas, de preferência,<br />

presencial. A ideia é que ela possa<br />

conversar e conhecer mais sobre a família e<br />

entender, por exemplo, quais são as preferências,<br />

aversões e expectativas.<br />

Já na entrega de seus trabalhos, ela também surpreende.<br />

Cerca de duas semanas após o ensaio,<br />

Dawn convida novamente a família para visitar o<br />

estúdio e apresenta uma galeria completa com<br />

as imagens já editadas. Os pais escolhem as fotografias<br />

preferidas ali mesmo e a impressão fica<br />

pronta aproximadamente duas semanas depois.<br />

Para ela, uma das coisas mais importantes na trajetória<br />

newborn é acreditar no próprio trabalho.<br />

“Não compare seu trabalho com o dos outros.<br />

A única pessoa com quem você deve competir<br />

é consigo mesmo. Permita que o seu estilo se<br />

desenvolva com o passar do tempo e não espere<br />

que as coisas aconteçam sozinhas, é preciso agir<br />

e fazer acontecer”, finaliza.


Carla Durante<br />

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MERCADO FOTOGRÁFICO.<br />

Ações para divulgar o valor da memória impressa<br />

e, assim, estimular toda a cadeia que compõe a fotografia<br />

brasileira. Desde a indústria até o fotógrafo profissional,<br />

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PARTE DE TRÊS DÉCADAS DE TRABALHO DA <strong>FHOX</strong><br />

Texto por Redação | Fotos: Ale Ruaro<br />

Dando sequência à celebração de 30 anos da<br />

<strong>FHOX</strong>, que teve início na edição 200, nesta edição<br />

mais 10 convidados, que fazem parte da<br />

história da Revista, dão seus depoimentos. São<br />

pessoas que atuam em diferentes segmentos da<br />

fotografia e da indústria fotográfica e ajudam a<br />

movimentar e enriquecer o mercado.<br />

Todos eles, assim como a <strong>FHOX</strong>, têm um objetivo<br />

em comum: tornar o mercado cada vez maior e<br />

relevante. Escolhê-los para esse especial foi uma<br />

forma de agradecer por tudo o que construíram<br />

até aqui. Os retratos são de Ale Ruaro, nome de<br />

destaque na fotografia brasileira, que também<br />

está ao lado da <strong>FHOX</strong>.


JÚNIOR SENE<br />

Júnior conta que sua história com a <strong>FHOX</strong> começou em<br />

2005, quando trouxe o quiosque da Mitsubishi para o<br />

Brasil. “O Carlos acreditava muito no sangue novo para<br />

o mercado, ele defendia muito a renovação. Tínhamos<br />

uma relação de mentor e discípulo. Minha carreira é muito<br />

pautada no que ele ensinava, no que ele direcionava.<br />

Foram muitos ensinamentos por todos esses anos”.


GRAZI VENTURA<br />

Fotógrafa de família há mais de sete anos, Grazi é um<br />

dos grandes nomes do segmento, tendo como missão<br />

um trabalho onde a arte e a sensibilidade podem se<br />

destacar. “A <strong>FHOX</strong> teve um papel fundamental na minha<br />

carreira de fotógrafa. Acredito que ela tem uma missão<br />

muito importante na fotografia, entregando conteúdo<br />

de qualidade, apostando em talentos e fazendo um trabalho<br />

que eleva os parâmetros do nosso mercado”.


RAFAEL KARELISKY<br />

Karelisky venceu três vezes o prêmio Wedding Best, a<br />

primeira vez em <strong>201</strong>4. Para ele, a importância da <strong>FHOX</strong><br />

é de estar bem no centro de diversas vertentes do mercado.<br />

“É um lugar que está aberto à reflexão e consegue<br />

fazer um meio de campo entre o fotógrafo, mercado e<br />

indústria. É um dos poucos lugares que está exatamente<br />

no meio de todas essas forças diferentes da fotografia”.


MÔNICA ZARATTINI<br />

Monica foi editora de fotografia do extinto Jornal da<br />

Tarde e também de O Estado de S. Paulo. Ela lembra<br />

que a <strong>FHOX</strong> acompanhou sua carreira jornalística,<br />

marcada pelas transformações da fotografia analógica<br />

para a digital. “A <strong>FHOX</strong> esteve presente no dia a dia das<br />

mudanças tecnológicas do fim do milênio, nos trazendo<br />

em primeira mão o que havia de mais interessante<br />

das novidades de equipamentos fotográficos, o que<br />

era imprescindível para nosso sucesso profissional”.


IATÃ CANNABRAVA<br />

Além de fotógrafo, professor e editor, Iatã Cannabrava,<br />

construiu uma biografia fundamental para a fotografia<br />

brasileira ao ser peça chave na consolidação do Festival<br />

Paraty em Foco e do Fórum Latino Americano de<br />

Fotografia. Iatã gosta de lembrar que foi exatamente<br />

num evento <strong>FHOX</strong> onde conheceu a diretoria do Itaú<br />

Cultural e iniciou a aproximação que levou ao surgimento<br />

do Fórum Latino Americano, “que segue vivo e<br />

tão relevante até hoje”. Ele diz ainda “que para aqueles<br />

que têm consciência de que a fotografia é hoje um instrumento<br />

de comunicação de massa, a Feira Fotografar<br />

deveria ser parada obrigatória”.


ALEXANDRE KEESE<br />

Alexandre Keese, empreendedor e um grande educador,<br />

é o responsável pela Photoshop Conference, importante<br />

conferência dedicada ao segmento. Também<br />

soube expandir seus negócios na área de eventos, com<br />

feiras importantes como a ExpoPrint e a Fespa. “Tive a<br />

oportunidade de palestrar em alguns eventos <strong>FHOX</strong> e<br />

pude perceber que compartilhamos da mesma paixão<br />

pelo que fazemos e por entregas profissionais”.


LEONARDO BOTELHO<br />

Gerente de Marketing da Sony, com uma vasta experiência<br />

no mercado, Botelho acompanhou muito da evolução<br />

da <strong>FHOX</strong>. Segundo ele, a Revista é mais do que<br />

um veículo de comunicação. É um player que fomenta as<br />

atividades mais importantes do setor. “Embora seja uma<br />

revista majoritariamente B2B, muito além de comunicar-<br />

-se com esse público, ela une os assuntos mais relevantes<br />

da indústria e as demandas que dela surgem. É simplesmente<br />

uma grande honra fazer parte dessa história”.


SIMONE SILVÉRIO<br />

Uma das primeiras fotógrafas a introduzir fotos de<br />

newborn no Brasil, Simone Silvério conta que a fotografia<br />

sempre lhe deu o privilégio de conhecer pessoas<br />

incríveis e fazer grandes amigos. “As pessoas da <strong>FHOX</strong><br />

são um grande exemplo disso, gente que eu admiro<br />

pela dedicação e profissionalismo a serviço da paixão<br />

pela fotografia. Que venham outras tantas décadas<br />

dessa parceria e amizade que tanto prezo”.


PAULINA TOKUY<br />

Paulina Tokuy, especialista de produtos da Konica Minolta,<br />

comenta que a Revista <strong>FHOX</strong>, se tornou referência<br />

quando se trata de levar informação aos leitores. “Seja<br />

através das matérias ou artigos técnicos, ou dos eventos<br />

que organiza, a <strong>FHOX</strong> é sinônimo de Fotografia no mercado<br />

brasileiro. Parabéns pelos 30 anos a toda família da<br />

Revista <strong>FHOX</strong>, e que venham muitos anos mais!”.


KAREN NAKAMURA<br />

Karen Nakamura, gerente de marketing da Konica Minolta,<br />

exalta que chegar aos 30 anos como referência<br />

no segmento não é fácil, independente da natureza<br />

da empresa ou, no caso da <strong>FHOX</strong>, como uma revista<br />

que, desde o início, primou por levar informação<br />

técnica e de mercado a seus leitores. “Parabéns por<br />

mais um ano de conquistas e por três décadas como<br />

a leitura preferida de fotógrafos e profissionais de<br />

imagem de todo o Brasil!”.


48 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

QUANDO UMA<br />

FOTO MORRE?<br />

Nicolau Piratininga é especialista em conservação<br />

de acervos e montagens fine art<br />

Autorretrato<br />

Em 2006 eu morava em Pinheiros, em São Paulo,<br />

e surgiram as notícias de que o metrô chegaria no<br />

bairro. Pensando nas transformações pelas quais a<br />

região passaria, determinei um perímetro geográfico<br />

no entorno da futura estação e sai fotografando<br />

e registrando tudo. Naquela época já existiam câmeras<br />

digitais, mas eu usava minha Pentax K1000<br />

e alguns rolos de filme. Cada foto era pensada,<br />

contada, e muitas vezes regressava para casa antecipadamente<br />

por não haver mais poses no filme.<br />

Depois mandava revelar o material e ficava ansioso<br />

para ver as imagens e catalogá-las. Era um<br />

exercício de memória lembrar onde cada foto<br />

havia sido feita no mapa. O tempo foi passando<br />

e comecei a juntar além das fotos, matérias de<br />

jornais e revistas, folhetos de lançamentos imobiliários<br />

e panfletos de lojas da região.<br />

Juntei tudo isso em um grande arquivo por mais<br />

de dez anos. No meio do caminho encostei minha<br />

máquina analógica e entrei no mundo digital.<br />

Voltava para casa somente quando acabava<br />

a bateria. Achei que ia economizar não precisando<br />

mais comprar filmes, mas foi um ledo engano.<br />

Passei a tirar mais fotos e com isso imprimia mais<br />

e gastava mais.<br />

O arquivo de fotos e documentos de Pinheiros<br />

está guardado, sempre penso no que devo fazer<br />

com ele, mas não tomei nenhuma decisão ainda.<br />

Continuo saindo para caminhar e fotografar e<br />

numa dessas andanças me surgiu a pergunta que<br />

dá o título a esse texto: quando morre uma foto?<br />

Será que minhas fotos de Pinheiros estão mortas?<br />

Para começar a responder essa pergunta, me<br />

vem a questão de quando nasce uma foto? Seria<br />

quando clicamos o botão da máquina ou<br />

quando encostamos o dedo na tela do celular?<br />

Seria quando surge a ideia de fazer um registro<br />

de imagem? Seria quando imprimimos ou revelamos<br />

a foto em algum substrato físico? Ou quando<br />

a postamos em uma rede social?<br />

Fotografias nascem com propósitos, e talvez seja<br />

isso que determine sua data de morte? Quando<br />

batemos várias fotos seguidas para depois escolher<br />

a melhor, ali mesmo, muitas delas já morreram.<br />

Quando selecionamos algumas dentre várias<br />

para imprimir, colocar no álbum ou fazer um<br />

fotolivro, muitas fotos não selecionadas morrem.<br />

Mas e as que foram escolhidas, aquelas de que<br />

gostamos e imprimimos, quando morrem?<br />

Será que aquelas fotos que estão dentro de uma<br />

caixa de sapato no fundo de um armário estão<br />

mortas? E aquelas jogadas no fundo de uma gaveta<br />

na escrivaninha? E uma foto emoldurada e<br />

desbotada, ou aquelas primeiras que estão no<br />

feed de uma rede social com milhares de publicações<br />

e que para vê-las é preciso descer páginas<br />

e páginas até cansar o dedo?<br />

Saber quando uma foto vai morrer pode nos ajudar<br />

a pensar no propósito e na forma como ela<br />

pode ser feita ou preservada? Sem dúvida fotos<br />

impressas demoram mais para morrer, mas se não<br />

forem bem-cuidadas e preservadas, seu tempo<br />

de vida pode ser curto e levar com elas memórias<br />

e registros de um passado que não volta.


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50 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

O EVENTO MAIS<br />

LEGAL DO BRASIL<br />

<strong>FHOX</strong> VISITOU A CONFERÊNCIA LAMPIÃO E CURTIU A EXPERIÊNCIA<br />

Por Mozart Mesquita | Fotos: Sintyque Lemos e Lorrana Melo<br />

Fazer um evento inovador, em um ambiente tão<br />

acirrado como o atual mercado de eventos de<br />

fotografia, não é tão difícil. Afinal, as fórmulas se<br />

repetem Brasil afora e o line up de palestrantes<br />

também. Mas é preciso ter coragem. E esse parece<br />

ser um componente que não falta a Fernando<br />

Borges e sua Conferência Lampião. Mas sobre o<br />

delicioso sopro de ar fresco da Conferência vamos<br />

falar daqui a pouco.<br />

Antes, vale fazer uma análise do cenário atual<br />

dos eventos de fotografia comerciais no Brasil.<br />

Ou seja, excluindo os festivais e encontros de fotografia<br />

autoral, que na sua grande maioria vivem<br />

momentos difíceis, às margens da indústria<br />

e com escassez de recursos de mecenato.<br />

No nicho de eventos comerciais, mais voltados<br />

para a fotografia social (casamento, newborn,<br />

familia e etc), seguem pipocando em todos os<br />

cantos do País projetos muito parecidos, que seguem<br />

a mesma fórmula. Uma fórmula que se esgota.<br />

Temas e expositores, outros dois elementos<br />

importantes, também não fogem a regra.


Não é muito difícil citar prováveis palestrantes e<br />

empresas que estarão presentes no próximo fotoshow<br />

de alguma cidade brasileira. Já há casos<br />

de mais de um evento por cidade. Não precisa<br />

ser na capital. O encontro também pode ser organizado<br />

por encadernadoras, isso já é mais do<br />

que uma tendência.<br />

Com tantas atividades, há coisas boas e inevitáveis<br />

coisas ruins. A <strong>FHOX</strong> pode falar com propriedade<br />

sobre o assunto. Foi pioneira. Fez inúmeros<br />

road shows num mercado ainda com ares<br />

de faroeste e numa época em que ninguém fazia.<br />

Consolidou seu <strong>FHOX</strong> On The Road durante os<br />

anos 2000 em um formato que seria copiado a<br />

exaustão. Dois dias de conferencia, uma minifeira<br />

com marcas que querem vender seus produtos e<br />

serviços nos intervalos. O fato é que o material<br />

que move todo esse circuito de eventos indica<br />

alguma fadiga, ainda mais num ambiente de negócios<br />

não tão saudável.<br />

Seria clichê dizer que há um lampião no fim do<br />

túnel. Ironia do destino que a Conferência Lampião<br />

surja em Campos Dos Goytacazes, segunda<br />

maior cidade do Rio de Janeiro e primeira<br />

do Brasil a ter energia elétrica. Pois bem, é de lá<br />

que vem as melhores notícias para o mercado de<br />

eventos de fotografia no Brasil. Algo que já havia<br />

chamado a atenção nas suas outras edições, seja<br />

pela grade de palestrantes, seja pelo local inusitado,<br />

seja pela experiência que estava clara na<br />

sua própria comunicação.<br />

Mas só mesmo indo ver o bicho pra entender<br />

seu tamanho. E durante dois dias o que eu vi,<br />

serviu para corroborar todas as informações que<br />

havia recebido. Algo diferente está sendo feito<br />

ali. Forma, conteúdo e mensagem, são absolutamente<br />

diferentes da mesmice que tomou conta<br />

dos eventos do segmento em geral.<br />

Colaboração, compartilhamento e<br />

engajamento, deram o tom nas atividades<br />

dos dois dias da Conferência Lampião


52 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

Com apenas uma visita não dá para ter certeza<br />

do que isso acarreta do lado de negócios em<br />

si. Mas toda a cartilha da economia criativa está<br />

sendo seguida à risca no Lampião. Público jovem<br />

e interessado. Diversidade em todos os aspectos.<br />

Num País que enveredou a direita, a Conferência<br />

Lampião se posiciona acima de ideologias<br />

de forma humanista e ambientalista, fugindo da<br />

bobagem de princípios que reina por aí.<br />

Na credencial, o participante tem seu nome<br />

carimbado letra por letra<br />

A mistura de palestrantes vindos de diferentes<br />

matizes da produção imagética brasileira produziu<br />

um ótimo line up, composto por grandes nomes<br />

da fotografia social atual, talentos emergentes, experiências<br />

musicais, teatrais e circenses num espaço<br />

descolado, muito mais próximo de um cowork<br />

do que de um local de eventos tradicional.<br />

Logo na entrada, o clima que aguarda o visitante<br />

fica claro: com letrinhas de carimbo, o nome<br />

do visitante vai parar na credencial. Com espaço<br />

kids, redes espalhadas pelo ambiente, uma feira<br />

não convencional, muita fotografia exposta, comidinhas<br />

orgânicas e veganas, cerveja artesanal<br />

e muita alegria, o ambiente do Lampião está mais<br />

para os festivais de fotografia do mundo autoral<br />

do que para os eventos do mercado fotográfico,<br />

e é bom que seja assim.<br />

“A experiência era ainda mais intensa no outro<br />

local”, explica Cristian Lima, da Go Image, uma<br />

das patrocinadoras do evento junto com a 46<br />

Graus. Cristian se referia ao espaço dos anos anteriores:<br />

uma fabrica abandonada que dava ares<br />

ainda mais inusitados ao projeto.<br />

<strong>FHOX</strong> não conseguiu acompanhar todas as palestras,<br />

mas as que viu foram de altíssimo nível. Com<br />

destaque para João Machado, Lucas Gobatti, Lucas<br />

Landau e Clara Sampaio. Uma entrega atípica,<br />

posicionamento, atitude e muita paixão pelo que<br />

fazem foram a tônica de praticamente tudo o que<br />

foi apresentado em termos de conteúdo.<br />

Merece destaque também a festa na primeira noite<br />

do evento: organizadores, expositores, palestrantes<br />

e convidados não ficaram parados um único<br />

segundo, até mesmo esse humilde repórter se entregou<br />

ao funk absurdamente dançante proposto<br />

pela excelente DJ Afrolai. Uma experiência impar.<br />

Vida longa à Conferência Lampião!<br />

Maira Erlich e sua habitual qualidade de encantar plateias, dessa vez em Campos de Goytacazes


54 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

FORMA SUMMIT<br />

E A MATURIDADE<br />

DO MERCADO DE<br />

FORMATURAS<br />

FOI O PRIMEIRO EVENTO VOLTADO PARA O MERCADO DE<br />

FORMATURAS REALIZADO PELA <strong>FHOX</strong> FORA DA FEIRA FOTOGRAFAR<br />

Por Leo Saldanha | Fotos: <strong>FHOX</strong><br />

Fazer um evento com enfoque total para o mercado<br />

que mais cresce, com maior apetite por impressão<br />

e que gera mais receitas na fotografia,<br />

era uma demanda recorrente dos empresários do<br />

setor. Trazer uma pauta de relevância e principalmente<br />

focada na gestão do negócio era outra solicitação<br />

fundamental. Não poderia ser diferente,<br />

já que para atuar de forma saudável e com crescimento<br />

é fundamental gestão e visão empresarial.<br />

Logo, foi natural criar um evento educacional voltado<br />

para o fomento deste setor. O Forma Summit<br />

nasceu de um desejo dos próprios empresários. De<br />

uma demanda que surgiu das próprias empresas.<br />

Para olhar o momento e discutir o futuro, com<br />

enfoque em debates e negócios, cerca de 400<br />

empresários estiveram na primeira edição evento,<br />

que aconteceu nos dias 3 e 4 de <strong>setembro</strong>, no<br />

espaço de eventos do hotel Victoria Concept, no<br />

bairro de Cambuí em Campinas.<br />

O QUE FICOU CLARO NO<br />

PRIMEIRO FORMA SUMMIT?<br />

Mais do que quantidade de pessoas visitando, o<br />

que movimenta um ramo são os negócios gerados.<br />

E que quem atua com formaturas quer encon-


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 55<br />

As principais empresas do mercado marcaram presença, mostrando seus produtos e serviços<br />

trar soluções profissionais e se inspirar nas melhores<br />

práticas de negócios.<br />

Pauta útil e pé no chão. Talvez essa seja uma boa<br />

forma de definir as palestras e conteúdos apresentados<br />

nos dois dias do Fórum de Ideias. Gestão,<br />

vendas, marketing, tendências, cases e muita<br />

interação. O que diferenciou o evento de outros<br />

foi a participação ativa dos congressistas, que<br />

efetivamente comentaram e tiraram dúvidas.<br />

Mais do que isso, a generosidade dos palestrantes<br />

que expuseram números e melhores práticas.<br />

Abrindo planilhas do Excel para analisar lucratividade,<br />

custos, margem de contribuição e afins.<br />

Coisa rara de se ver em qualquer congresso de<br />

fotografia no Brasil.<br />

Assim como ocorreu com o Cabine Photoshow,<br />

os congressistas terão acesso ao conteúdo digital<br />

gravado pela <strong>FHOX</strong>Play, a nova produtora de ví-<br />

1. Josué Delmondes da Del’s Brindes<br />

Promocionais; 2. Claudio Cruz e a chegada da<br />

fintech Z4MONEY ao mercado de formaturas;<br />

3. O público presente pode conhecer todas as<br />

novidades para formaturas; 4. Guaraci Digital,<br />

uma das patrocinadoras do evento, levou sua<br />

linha de impressoras Hiti


56 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

deo da <strong>FHOX</strong>. O material será disponibilizado em<br />

breve, tanto para quem participou quanto aos que<br />

não puderam comparecer e queiram comprá-lo.<br />

No primeiro Forma Summit a Feira com as marcas<br />

estava junto ao espaço das palestras. E no<br />

ambiente das marcas, tudo em um formato simplificado<br />

de mesas de Negócios. O resultado foi<br />

uma proximidade dos fornecedores com os visitantes.<br />

Muito relacionamento, troca de ideias e<br />

bons negócios.<br />

Outro fator importante foi a participação de<br />

grandes marcas comprometidas com esse mercado.<br />

Caso dos três patrocinadores: Guaraci Digital/HiTi,<br />

Canon e da startup Z4MONEY. Das<br />

apoiadoras SGE e PixelHouse e das demais empresas:<br />

Xerox, Fujifilm, Konica Minolta, Viacolor,<br />

Zangraf, LAF Encadernadora, Universal, Prolab,<br />

Photum, entre outras.<br />

O que ficou evidente nos dois dias de evento é<br />

do quanto esse mercado é promissor e repleto de<br />

desafios. Seja com o avanço do formato EAD (que<br />

deve representar mais da metade das matrículas<br />

até 2023 no ensino superior) ou da mudança de<br />

comportamento do formando em busca de experiências<br />

que, de certa forma, apresentam possíveis<br />

obstáculos para as empresas de formatura.<br />

No contexto geral, está clara e cada vez maior<br />

maturidade do empresariado do ramo e interesse<br />

de todos os envolvidos em fortalecer o setor.<br />

Tanto com o avanço da ABEFORM (associação<br />

que surgiu com o apoio da <strong>FHOX</strong> para regulamentar<br />

esse mercado) quanto como a participação<br />

dos pequenos, médios e grandes empresários<br />

de todas as partes do Brasil. Sinal de um mercado<br />

cada vez mais consciente dos seus desafios e das<br />

enormes oportunidades que oferece.<br />

Participantes do Fórum de Ideias, depois da última palestra do evento


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58 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

A UTILIZAÇÃO<br />

DE OBRA<br />

FOTOGRÁFICA<br />

ALHEIA: MERA<br />

REFERÊNCIA<br />

OU PLÁGIO?<br />

Arquivo Pessoal<br />

Paulo Gomes de Oliveira Filho é advogado e<br />

especialista em direito autoral<br />

A lei 9.610/98 é clara quanto aos direitos autorais<br />

do autor da obra fotográfica, estabelecendo de<br />

forma objetiva que:<br />

a) a fotografia, quando utilizada por terceiros,<br />

indicará de forma legível o nome do seu autor.<br />

b) É vedada a reprodução de obra fotográfica<br />

que não esteja em absoluta consonância com o<br />

original, salvo prévia autorização do autor.<br />

Assim, qual a situação do fotógrafo quando utiliza<br />

uma foto anterior - de autoria de terceiro - como<br />

“base” para a produção de uma nova obra fotográfica?<br />

Quais os limites da “similaridade” em fotografia?<br />

Partindo do princípio de que a obra fotográfica<br />

original é protegida por 70 anos a partir da sua<br />

divulgação (após esse período a obra cai em<br />

domínio público) e que sua utilização, por quem<br />

quer que seja e em qualquer situação, implica na<br />

obrigação de ser indicado o crédito autoral, teremos<br />

algumas situações bastante interessantes:<br />

a) Com base numa fotografia anterior, o fotógrafo<br />

cria uma nova.<br />

Essa primeira fotografia, sobre a qual a Segunda<br />

derivou, pode ter sido utilizada como simples referência,<br />

desde que as suas características principais<br />

não sejam repetidas pela derivada (e neste caso<br />

não haverá infração). Entretanto, se há reprodução,<br />

ainda que parcial e mesmo camuflada, de pontos<br />

fundamentais da obra anterior, sem dúvida alguma<br />

estar-se-á infringindo os direitos autorais do autor<br />

da obra original. Ou seja, cometeu-se plágio.<br />

As penas por tal infração são de ordem criminal<br />

e de ordem civil (indenizações por danos morais<br />

e patrimoniais).<br />

b) Uma nova foto (assim como qualquer obra<br />

plástica) é composta mediante o “redesenho” ou<br />

por junção de obras anteriores, parciais ou totais,<br />

pertencentes a terceiros, dando-se origem<br />

a uma nova obra (fotográfica ou qualquer outra<br />

obra plástica): É LEGAL ???<br />

Eis aí uma questão extremamente complexa e<br />

difícil de responder. Sob o aspecto das “limitações<br />

aos Direitos Autorais” estabelecido pela Lei<br />

Autoral (art. 46), a reprodução parcial ou integral<br />

seria livre desde que a reprodução da obra anterior,<br />

em si, não fosse o objetivo da obra nova<br />

e desde que não prejudicasse, de qualquer forma,<br />

o autor da(s) obra(s) original(is). Entretanto,<br />

além de haver a necessidade de citação do<br />

crédito autoral do autor da primeira obra, há um<br />

segundo elemento estabelecido pelo art. 79 da<br />

lei autoral que exige autorização do autor para


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 59<br />

a reprodução da obra fotográfica que não esteja<br />

em absoluta consonância com o original.<br />

Portanto, em tese, a obra fotográfica original poderia<br />

ser utilizada integralmente (mas não parcialmente),<br />

na elaboração de uma nova obra (inclusive<br />

fotográfica), nas condições acima, mesmo<br />

sem autorização prévia do autor, para composição<br />

de uma obra nova, desde que também houvesse<br />

a citação do crédito autoral e desde que não prejudicasse,<br />

de qualquer forma, o(s) autor(es) da(s)<br />

obra(s) original(is) componentes da obra derivada.<br />

Há de se destacar, ainda, que tais “liberdades” do<br />

uso da obra alheia não se aplicam à publicidade,<br />

já que o intuito desta é estritamente comercial e<br />

não artística (ainda que possa também ser considerada<br />

artística, mas de forma secundária).<br />

c) Quem é o autor e a quem pertencem fotos de<br />

assuntos abrangentes (foto jornalística, shows,<br />

paisagens, desfiles, aérea, praias, etc) quando<br />

utilizadas em publicidade?<br />

O fotógrafo, autor da foto, é o titular original dos<br />

direitos autorais (morais e patrimoniais) e somente<br />

por cessão de direitos autorais (obrigatoriamente<br />

por escrito) pode transferir os direitos<br />

autorais patrimoniais a terceiros.<br />

Há de se lembrar que não se pode confundir<br />

os direitos autorais da obra fotográfica com a<br />

imagem fotografada ou reproduzida. Assim,<br />

se a imagem for de pessoa humana, há de se<br />

obter autorização de seu titular (não havendo<br />

a possibilidade de cessão definitiva de direitos<br />

de imagem) para sua reprodução comercial e<br />

ou publicitária.<br />

O mesmo se diga de obras plásticas reproduzidas<br />

fotograficamente: há necessidade de autorização<br />

do titular dos direitos autorais, morais e<br />

patrimoniais, da obra plástica fotografada, se o<br />

fim da obra fotográfica for comercial.<br />

Os princípios de proteção ao autor - pessoa<br />

física - de qualquer obra intelectual estão mais<br />

incisivamente estabelecidos na lei autoral vigente,<br />

inclusive o da interpretação restritiva, ou seja,<br />

somente é permitida a utilização de qualquer<br />

obra intelectual, por terceiros, nos limites fixados<br />

em contrato escrito, não podendo haver uma interpretação<br />

mais elástica quanto a esse uso.<br />

Daí porque é essencial que se fixem prazos, territórios,<br />

tipos de utilização e finalidades (além<br />

de outros elementos contratuais) na concessão<br />

de uso da obra fotográfica, notadamente no<br />

campo publicitário.


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 61<br />

A NATUREZA<br />

BRASILEIRA PELO<br />

OLHAR ARGENTINO<br />

PABLO GUSTAVO LEVINSKY ENCONTROU NO REGISTRO DA NATU-<br />

REZA BRASILEIRA O SEU ESPAÇO<br />

Texto por Redação | Fotos: Paulo Gustavo Levinsky<br />

Quando o argentino Pablo Gustavo Levinsky (47)<br />

mudou-se para o Brasil, em 2009, passou a ver de<br />

perto algo que só acompanhava por livros, documentários<br />

e internet: a fauna brasileira. A fotografia<br />

então surgiu como recurso para registrar toda<br />

a “bicharada” que ele sempre admirou de longe.<br />

Trocou Buenos Aires por Campinas (SP) porque<br />

alguns parentes já moravam na cidade do interior<br />

paulista. E encontrou nas ruas do bairro, com<br />

uma câmera simples, as cores vivas e intensas<br />

dos insetos.<br />

“Nas primeiras caminhadas pelo bairro, com uma<br />

câmera na mão, ia atrás de insetos. A câmera era<br />

simples e automática, mas notei que tinha uma<br />

boa qualidade de macro e tomei o gosto por<br />

esse tipo de fotos”, explica.<br />

Depois de um tempo, começou a ministrar oficinas<br />

de fotografia em escolas, centros culturais e empresas.<br />

As oficinas, segundo ele, são breves. Nelas, tenta<br />

transmitir uma série de conceitos básicos, porém<br />

essenciais, para quem deseja começar na fotografia.<br />

“Minha fotografia, diria que é simples e com poucos<br />

recursos técnicos, mas encontro nelas algo<br />

cativante. Me motiva poder compartilhar o desfrute<br />

que eu mesmo experimento na hora de registrá-las.<br />

Quero mostrar algo belo”, conta. Ele<br />

tenta ser fiel à natureza e as cores. “Apago muitas<br />

fotos por não conseguir a cor justa”.<br />

O fotógrafo planeja editar um livro com suas fotografias.<br />

Inclusive, entre 27 de agosto a 28 de <strong>setembro</strong>,<br />

esteve com uma exposição no Museu da<br />

Imagem e do Som de Campinas intitulada Natureza,<br />

Numa Folha Qualquer. Junto a suas fotografias,<br />

a mostra também exibiu alguns desenhos feitos<br />

por sua filha Marcela, de nove anos. É possível perceber<br />

que as fotos de Levinsky a influenciaram.<br />

Entre as coisas que o inspiram estão, inclusive, os<br />

próprios animais e insetos. Além disso, ele busca<br />

referências em grandes fotógrafos como Thomas<br />

Marent e Igor Siwanowicz.<br />

“O trabalho de muitos fotógrafos me provoca um<br />

grande deleite e, consecutivamente, a ideia de querer<br />

também produzir isso, uma linda foto e o desfrute<br />

de alguém ao vê-la”. Para ele, fotografar significa<br />

uma maneira de se comunicar falando pouco.<br />

Levinsky acredita que o que mais lhe traz motivação<br />

para fotografar é poder compartilhar o<br />

mesmo que enxerga com outras pessoas.<br />

Esta história faz parte da seleção Sua História<br />

na <strong>FHOX</strong>. Você também pode ter sua história<br />

publicada nas próximas edições. Envie um resumo<br />

e porque ela merece estar na <strong>FHOX</strong> para<br />

thalita@fhox.com.br.


62 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

O IMPACTO<br />

POSITIVO DA<br />

MÍDIA IMPRESSA<br />

Fabio Arruda Mortara é Country Manager de Two Sides<br />

Brasil, importante projeto mundial de defesa do papel,<br />

da comunicação impressa e das embalagens de papel<br />

Arquivo pessoal<br />

Decisões nas esferas governamentais geralmente<br />

têm implicações para além de seus objetivos<br />

principais. Tais desdobramentos, no entanto,<br />

podem ser tão importantes a ponto de merecer<br />

uma discussão mais profunda. Assim, sem entrarmos<br />

no mérito da recente decisão do excelentíssimo<br />

presidente Jair Bolsonaro, queremos<br />

oferecer informações sobre a origem do papel<br />

com que se imprimem jornais, revistas, livros,<br />

embalagens e tantos outros produtos.<br />

Ao justificar a edição da Medida Provisória que<br />

dispensa as empresas de capital aberto de publicar<br />

balanços nos jornais, Jair Bolsonaro menciona,<br />

como uma das vantagens da decisão, benefícios<br />

ao meio ambiente, subentendendo-se<br />

aí, equivocadamente, que a produção de papel<br />

seria feita a partir de matéria-prima proveniente<br />

de árvores nativas, o que não é fato.<br />

Como o papel é feito a partir de árvores, muitas<br />

pessoas, empresas e organizações tendem a<br />

acreditar que sua produção é uma das causas<br />

do desmatamento. E o presidente da República<br />

involuntariamente incorreu nesse engano.<br />

Plantar árvores para produção de celulose, papel<br />

e outros produtos industriais é uma atividade<br />

agrária como tantas outras, feita de forma responsável<br />

e usando as melhorias técnicas de manejo.<br />

No Brasil existem cerca de 7,8 milhões de<br />

hectares de florestas plantadas – menos de 1%<br />

do território nacional –, dos quais 2,65 milhões<br />

destinam-se à produção de celulose e papel.<br />

A produção de celulose e de papel é uma atividade<br />

na qual o Brasil se destaca. Somos o segundo<br />

maior exportador de celulose do mundo. Em<br />

<strong>201</strong>8, a receita bruta com tal atividade foi de R$<br />

73,8 bilhões, o equivalente a 1,1% do PIB nacional<br />

e 6,1% do PIB Industrial.<br />

Assim, longe de representar uma ameaça à sustentabilidade,<br />

a produção e utilização de papel<br />

são exemplos de como se pode aliar crescimento<br />

e preservação do meio ambiente.<br />

O fato é que 100% do papel produzido no Brasil<br />

provém de árvores cultivadas para esse fim. A<br />

produção e o uso desse papel não causam nenhum<br />

centímetro quadrado de desmatamento.<br />

Isso sem falar no fato de que plantar árvores é<br />

uma das principais ações para redução do efeito<br />

estufa e prevenção às mudanças climáticas.


64 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

SEGURANÇA<br />

GARANTIDA EM<br />

CONTRATO<br />

PROBLEMAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO OU FALHAS DE COMUNI-<br />

CAÇÃO COM O CLIENTE PODEM ACABAR LEVANDO FOTÓGRAFOS<br />

AOS TRIBUNAIS<br />

Por Flávio Augusto Priori<br />

Recentemente, casos de disputas judiciais entre<br />

clientes e fotógrafos repercutiram no meio fotográfico.<br />

Em Linhares (ES), uma mulher ganhou um<br />

processo contra o fotógrafo que havia contratado<br />

alegando que as fotos da festa de sua filha ficaram<br />

com baixa qualidade e que o profissional não cumpriu<br />

com o horário estipulado. Por determinação da<br />

justiça, ela será indenizada em R$ 3 mil pelo fotógrafo,<br />

mais o ressarcimento do valor pago pelo serviço.<br />

Na decisão, o juiz Wesley Sandro Campana dos<br />

Santos proferiu que “na aplicação do valor do dano<br />

moral, o magistrado deve estar atento a certa razoabilidade,<br />

dentro de alguns requisitos de cada<br />

caso”. No presente caso, ele observou que o dano<br />

foi grave, considerando que se trata de fatos que<br />

“não podem ser reparados, pois o momento já passou<br />

e não pode ser fotografado novamente, o que<br />

jamais será esquecido”.


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 65<br />

Em Campo Grande (MS) outra cliente acionou a<br />

justiça após o estúdio fotográfico não comparecer<br />

na data do evento e não avisar a ausência de forma<br />

antecipada. A decisão também foi favorável à parte<br />

reclamante, com pagamento de multa no valor de<br />

R$ 30 mil - R$ 10 mil para cada autor da ação, a mãe<br />

e seus dois filhos.<br />

Foto: Fernando Freitas<br />

Em ambos os casos ainda cabem recursos, mas, de<br />

toda forma, ilustram um aspecto muito importante<br />

do trabalho com fotografia, que por vezes só é lembrado<br />

quando algum problema acontece: o contrato.<br />

Por mais que o objetivo da maioria dos profissionais<br />

seja efetuar um bom trabalho, imprevistos podem<br />

acontecer e, em último caso, impasses só são resolvidos<br />

pelo poder judiciário.<br />

O advogado Carlos Alberto de Andrade Costa Júnior,<br />

especialista em direito do consumidor, conta<br />

que fotógrafos devem se ater na hora de elaborar<br />

um contrato de trabalho, pois é preciso garantias<br />

legais caso algum imprevisto aconteça. O primeiro<br />

passo é definir claramente qual trabalho será feito e<br />

o transcrever de forma clara e direta.<br />

Costa Júnior salienta que os profissionais também<br />

não devem se esquecer de mencionar sobre permissões<br />

de uso de imagem. “O fotógrafo, ao redigir o<br />

contrato de prestação de serviço, deve mencionar<br />

em cláusula específica que o cliente autoriza o uso<br />

das imagens do evento como portfólio, seja ele impresso<br />

ou através de mídias sociais e digitais, de forma<br />

gratuita”, aconselha e reforça que “outros tipos<br />

de uso de imagem devem também ser especificados,<br />

caso necessário”.<br />

As garantias em contrato também valem para casos<br />

onde os clientes querem fazer um checklist<br />

de fotos, atitude que não é apreciada por muitos<br />

fotógrafos. O advogado sugere que nesse tipo de<br />

situação o profissional estipule uma cláusula determinando<br />

obrigações de ambas as partes, para que<br />

exista um equilíbrio.<br />

“Citando um exemplo, pode-se estipular ao contratado<br />

(o fotógrafo) a liberdade para utilizar a criatividade<br />

no desempenho das atividades, bem como<br />

flexibilizando ao contratante (o cliente) incrementar<br />

com sugestões, a fim de evitar conflitos entre as partes”,<br />

aconselha.<br />

Fabrício Posocco, Advogado especialista em relações<br />

de consumo<br />

Costa Júnior também alerta sobre o armazenamento<br />

das fotos. “É bom mencionar em cláusula específica<br />

o período de arquivamento das imagens realizadas<br />

no contrato, estipulando o tempo no qual o fotógrafo<br />

irá manter as fotos. Via de regra, as empresas arquivam<br />

pelo período de um ano, contudo não há lei<br />

que estipule prazos”.<br />

Em situações nas quais não há um contrato oficial firmado<br />

entre as partes, ainda é possível acionar a Justiça.<br />

Costa Júnior explica que e-mails e até mesmo<br />

conversas por aplicativos podem ser usadas como<br />

provas em eventuais processos.<br />

“Ambas as formas são aceitas por nosso judiciário,<br />

inclusive as conversas de WhatsApp, que são regulamentadas<br />

pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14)<br />

e validadas no Código de Processo Civil através do<br />

artigo 411, II. Ele menciona que será considerado autêntico<br />

quando estiver identificado por qualquer meio<br />

legal de certificação, ou seja, desde que conste como<br />

recebido e lido, as duas setinhas da plataforma”.<br />

DANOS MORAIS E RESSARCIMENTO<br />

Se atentar a todos os detalhes, em relação à parte<br />

jurídica, faz parte do trabalho de um profissional da<br />

imagem. Da mesma forma, é preciso, uma que vez<br />

firmado o acordo, ter as condições necessárias para<br />

cumprir o que for estabelecido.<br />

O advogado Fabrício Posocco, especialista em relações<br />

de consumo do escritório Posocco & Advoga-


66 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

No entanto, a comissão assinou um contrato retirado<br />

da internet, no qual não constavam todas as promessas<br />

feitas pela empresa. O resultado disso foi um salão<br />

decorado de forma muito mais simples do que foi<br />

acordado; ao invés de uma banda havia somente um<br />

DJ e o espaço para trabalho do Buffet, contratado a<br />

parte, foi muito menor do que o imaginado.<br />

Arquivo pessoal<br />

“O contrato de<br />

prestação de serviço<br />

deve mencionar em<br />

cláusula específica que<br />

o cliente autoriza o uso<br />

das imagens do evento<br />

como portfólio”<br />

Carlos Alberto de A. Costa Júnior, advogado<br />

dos Associados, atuou em um caso onde o fotógrafo<br />

foi contratado para fazer as fotos e filmagem de um<br />

casamento, mas acabou perdendo parte do trabalho.<br />

“Foi movida ação por danos materiais e morais contra<br />

ele. O juiz condenou o profissional a devolver<br />

metade do valor pago, uma vez que somente metade<br />

do trabalho teria sido realizada a contento, a<br />

filmagem da festa. O valor foi ressarcido com juros<br />

e correção monetária em mais R$ 15 mil a título de<br />

danos morais”.<br />

Em outro caso, dessa vez envolvendo uma festa de<br />

formatura, a situação saiu totalmente fora do esperado.<br />

“A comissão de formatura contratou uma empresa<br />

de foto/filmagem para cobertura do evento.<br />

A contratada prometeu festa, convite para formando<br />

e mais nove pessoas por mesa, banda de música<br />

e ornamentação do salão”, conta o advogado.<br />

“A cozinha era muito pequena e esses prestadores<br />

tiveram que utilizar uma parte do salão para preparar<br />

os alimentos, o que reduziu o espaço para os<br />

convidados. Enfim, o evento não saiu conforme o<br />

contratado”. Posocco conta que a situação terminou<br />

com os consumidores ajuizando ação contra<br />

a empresa em relação a danos materiais e morais.<br />

“Tiveram uma sentença favorável de danos materiais<br />

(R$ 10 mil) e danos morais (R$ 3 mil) para cada<br />

formando”, finaliza.<br />

MUDANÇAS DE ÚLTIMA HORA<br />

Mesmo tomando todos os cuidados, sempre existem<br />

margens para que dores de cabeça surjam. O<br />

fotógrafo Alexandre Frata, de São Paulo (SP), conta<br />

que mesmo com um contrato já firmado, o cliente<br />

resolveu fazer uma mudança de última hora quanto<br />

à utilização das imagens, sem a contrapartida do pagamento<br />

apropriado.<br />

“Fui contratado por uma promotora de eventos para<br />

cobrir o lançamento de uma linha de roupas de uma<br />

loja da Rua Oscar Freire, em São Paulo. Cumpri o<br />

prazo de entrega combinado, mas, na hora de receber,<br />

a empresa, de matriz estadunidense, queria me<br />

obrigar a assinar um documento cedendo os direitos<br />

autorais de todas as imagens”, diz.<br />

Para Frata não haveria problema na mudança se o<br />

valor do trabalho previamente combinado fosse alterado,<br />

visto que a utilização das imagens teria outro<br />

propósito. Porém não foi isso que aconteceu. O fotógrafo<br />

explica que o departamento jurídico da empresa<br />

não gostou dessa atitude.<br />

Felizmente as partes chegaram a um entendimento,<br />

mas o fotógrafo só recebeu o pagamento muito<br />

tempo depois do combinado. “Também nunca mais<br />

fui chamado para cobrir eventos de qualquer empresa<br />

do grupo”, finaliza.


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68 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

ABRAFOTO DE<br />

OLHO NO FUTURO<br />

MAIS UMA ENTIDADE DA FOTOGRAFIA BRASILEIRA FECHA<br />

PARCERIA DE COLABORAÇÃO COM <strong>FHOX</strong><br />

Por Redação | Foto: German Lorca


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 69<br />

A ABRAFOTO, que há alguns anos abriu seu<br />

escopo de atuação como Associação Brasileira<br />

de Fotógrafos Publicitários para Associação<br />

Brasileira de Fotógrafos Profissionais, está presente<br />

no mercado fotográfico há 34 anos.<br />

“Hoje já temos um espectro mais amplo dentro<br />

do nosso quadro associativo, como editorial,<br />

fine art, fotografia corporativa, retratos<br />

e fotografia social”, explica o fotógrafo Cristiano<br />

Busmester, que há cerca de uma década<br />

preside a entidade e está em seu terceiro<br />

mandato.<br />

Recentemente, Busmester procurou a <strong>FHOX</strong><br />

para falar sobre a iniciativa Escola de Negócios,<br />

um curso de sucesso que o Grupo <strong>FHOX</strong><br />

tem mantido para o reposicionamento de profissionais<br />

do setor.<br />

Ao saber que <strong>FHOX</strong> anda bastante ligada ao<br />

assunto Associações, que ajudou na criação<br />

da ABEFORM - para o mercado de Formaturas<br />

-, e está em um intenso trabalho de reposicionamento<br />

com a ABFRN - do mercado<br />

Newborn-, além de iniciar tratativas com lideranças<br />

do segmento de Cabines para que<br />

esse mercado também tenha sua entidade,<br />

Busmester ficou animado.<br />

“Claro que no caso da ABRAFOTO, a entidade<br />

tem algumas conquistas estabelecidas, como<br />

o seguro coletivo por exemplo, que é um dos<br />

melhores senão o melhor do Brasil. Isso pode<br />

até ajudar outras entidades e acredito que temos<br />

uma troca muito legal para fazer com a<br />

ABRAFOTO”, comemora Mesquita.<br />

O trabalho que <strong>FHOX</strong> vem fazendo para a AB-<br />

FRN, por exemplo, deve ser estendido para a<br />

ABRAFOTO. Como o forte foco na reaproximação<br />

da entidade com as marcas do setor e a<br />

expansão da base de associados, inclusive mirando<br />

num primeiro nicho específico: o setor<br />

de profissionais que fotografam casamentos.<br />

Certamente a partir de agora, a ABRAFOTO<br />

estará mais próxima dos leitores e assinantes<br />

de <strong>FHOX</strong>. Além de estar mais presente em<br />

seus eventos. Vai também assumir um blog no<br />

portal fhox.com.br.<br />

Já para os membros da entidade, assinatura<br />

do conteúdo <strong>FHOX</strong> e o clube de benefícios e<br />

vantagens CameraClub passam a ser parte do<br />

seu dia a dia.<br />

AS VANTAGENS ATUAIS<br />

DE SE ASSOCIAR A<br />

ABRAFOTO:<br />

“Acredito que há muita demanda por melhoria<br />

do ambiente profissional em todos os segmentos<br />

da fotografia. E isso traz uma consciência<br />

de classe. Temos sido demandados nesse sentido<br />

e achamos muito bom. Com isso vem a<br />

ideia de colaborarmos com a ABRAFOTO também”,<br />

explica Mozart Mesquita, líder de <strong>FHOX</strong>.<br />

1. Seguro para Equipamento com<br />

cobertura nacional e internacional. Apólice<br />

coletiva co-gerenciada pela ABRAFOTO<br />

com taxa muito competitiva: 2,5%<br />

2. Assessoria jurídica especializada para<br />

questões relativas a contratos de produção<br />

fotográfica, direitos de uso de imagem,<br />

autoria entre outras questões.<br />

3. Assessoria contábil.<br />

4. Acesso a workshops e palestras com<br />

profissionais renomados em temas da área.<br />

Diretoria ABRAFOTO: José Henrique Ferreira<br />

Lorca, Cristian Busmester e Ricardo de Vicq<br />

em retrato do mestre German Lorca<br />

5. Website institucional com link de<br />

cada associado com portfólio e dados de<br />

contato.<br />

6 E 7. Conteúdo <strong>FHOX</strong> + CameraClub


70 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

ENTREGA<br />

FINAL EM<br />

MÍDIA FÍSICA<br />

OU DIGITAL?<br />

Rafael Arruda é especialista em marketing digital<br />

e diretor da Soul + Digital<br />

Arquivo pessoal<br />

Quem me conhece sabe que eu sou especialista<br />

em marketing digital, com um enfoque bem<br />

grande no Google e em Social Media, e tenho,<br />

inclusive, uma agência de Marketing 360, onde<br />

o digital vem sempre primeiro. Mas quando falamos<br />

em entrega final, a dos seus trabalhos de<br />

fotógrafo, a conversa muda um pouco.<br />

O marketing deve ser para atrair o cliente, e depois<br />

de contratado<br />

é só executar o serviço<br />

e pronto. Certo?<br />

Errado! Quando<br />

você acaba o trabalho<br />

e passa para<br />

a entrega do serviço<br />

começa uma<br />

nova etapa, a de<br />

encantar o cliente<br />

com o resultado e<br />

passá-lo para seu<br />

multiplicador, ou<br />

divulgador do seu<br />

serviço.<br />

Assim, quando você entrega simplesmente de<br />

forma digital, a emoção pode ser menor do<br />

que deveria, e seria com a entrega do impresso/revelado.<br />

Você se garante em seu trabalho enquanto fotógrafo<br />

certo? Ou pelo menos está estudando para<br />

que cada dia possa melhorar sua fotografia, editar<br />

e ganhar mais clientes com a qualidade. Pois<br />

é. Isso não é mais que sua obrigação.<br />

Entregar o prometido para o cliente é sua obrigação<br />

e geralmente é o que é colocado em contrato.<br />

O que você precisa agora é entregar mais<br />

alguma coisa. Precisa se conectar com o cliente<br />

de forma única e sensorial, para que ele, com sua<br />

satisfação, divulgue seu trabalho por você.<br />

Entregue um álbum<br />

impresso. De<br />

qualidade, é claro.<br />

Os álbuns tem uma<br />

durabilidade excelente<br />

e a fotografia<br />

revelada de verdade<br />

pode perpetuar<br />

para sempre, se<br />

bem cuidadas.<br />

Pense em você.<br />

Quantas vezes não<br />

ficou vendo álbuns<br />

e fotografias com<br />

familiares e amigos? Isso é raro ou nem acontece<br />

se não estiver impresso. Além de que foto impressa/revelada<br />

não pega vírus.<br />

Entregue seu álbum de forma impressa. Coloque<br />

os custos de forma embutida, porque as memórias<br />

não tem preço, tem valor. E o melhor é que vão<br />

fazer seu marketing de pós-venda por você.


Imagine a<br />

comunicação<br />

sem fotógrafos<br />

Ela certamente não seria<br />

a mesma sem a fotografia<br />

profissional.<br />

Por esse motivo, há 34 anos,<br />

a Associação Brasileira de<br />

Fotógrafos (ABRAFOTO) foi<br />

criada. Visando estabelecer<br />

princípios morais e éticos<br />

para fotógrafos profissionais.<br />

Confira todas as vantagens<br />

e requisitos para fazer parte<br />

da entidade.<br />

Seja você também um<br />

associado ABRAFOTO.<br />

WWW.ABRAFOTO.COM.BR<br />

Tel: 11 3168-1093


72 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

NOTAS<br />

Div.<br />

SKYPIXEL E DJI LANÇAM O<br />

PRIMEIRO CONCURSO DE<br />

CURTAS-METRAGENS<br />

A DJI e a SkyPixel anunciaram seu primeiro concurso<br />

de curtas-metragens e convidam participantes a<br />

enviarem suas histórias cinematográficas capturadas<br />

com câmeras e estabilizadores. O concurso de<br />

curta-metragens SkyPixel <strong>201</strong>9 está com inscrições<br />

abertas até o dia 14 de <strong>outubro</strong> de <strong>201</strong>9, para todos<br />

os tipos de criadores: amadores entusiastas e profissionais<br />

do ramo. São três categorias diferentes: “A<br />

grandeza está nos detalhes”, “Dê o primeiro passo”<br />

e “A aventura começa com você”. Ao todo, serão<br />

dados quase US$ 48,6 mil em premiações. As inscrições<br />

podem ser feitas no site: www.skypixel.com,<br />

onde também se encontra o regulamento completo.<br />

NIKON ATUALIZA<br />

SNAPBRIDGE PARA<br />

VERSÃO 2.6<br />

A Nikon atualizou o aplicativo SnapBridge<br />

para a edição 2.6, adicionando o recurso de<br />

transferência de arquivos RAW, tanto NEF<br />

como NRW, para smartphones a partir de<br />

câmeras da empresa que possuem suporte<br />

à Wi-Fi. O update também trouxe aprimoramento<br />

na transferência de arquivos Jpeg<br />

de 2MP, otimização no processo de pareamento<br />

de dispositivos, melhoria no controle<br />

remoto das câmeras mirrorless, um modo de<br />

economia de energia e a opção de seleção<br />

de geolocalização pelo usuário. O SnapBrigde<br />

está disponível para Android e iOS.<br />

CANON LANÇA A<br />

MIRRORLESS EOS M6 MARK II<br />

Div.<br />

ERRATAS EDIÇÃO 200<br />

Na matéria especial “<strong>FHOX</strong> 30”, mencionamos<br />

Otávio Yoshida mas trata-se de<br />

Otávio Yoshiga.<br />

Na matéria “A era das fintechs e da autonomia<br />

dos formandos”, escrevemos Caio<br />

Zanatti, mas trata-se de Caio Zenatti.<br />

Em visitaram a Redação escrevemos Vinícius<br />

Granes, mas trata-se de Vinícius Graner.<br />

A mais nova mirrorless da Canon vem com sensor<br />

APS-C de 32.5 megapixels. O lançamento chega<br />

com avanços consideráveis na parte de vídeo com<br />

gravação em 4K (usando todo o potencial do sensor<br />

sem crop). Com sapata para encaixe do visor<br />

eletrônico, a câmera traz tela de 3 polegadas sensível<br />

ao toque e é conectada com Wi-Fi e Bluetooth.<br />

O processador DIGIC 8 permite clicar com AF<br />

contínuo no modo disparo rápido a 14 quadros por<br />

segundo. O equipamento chegará ao mercado internacional<br />

em <strong>setembro</strong> nas versões preta e prata.


SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 73<br />

Divulgação<br />

PETER LINDBERGH: UM<br />

LEGADO ICÔNICO NA<br />

FOTOGRAFIA<br />

MANUEL ANTÔNIO MARIA É O<br />

NOVO GERENTE REGIONAL DE<br />

VENDAS DA XEROX NO BRASIL<br />

Peter Lindbergh morreu no dia 3 de <strong>setembro</strong>, aos<br />

74 anos. Nascido na Polônia, Lindbergh construiu<br />

sua carreira na Alemanha com trabalho e teve o<br />

trabalho reconhecido mundialmente. Ele fotografou<br />

para algumas das mais importantes revista<br />

de moda do mundo e retratou top models e<br />

celebridades. Com fotografias em preto e branco<br />

marcantes que se tornaram uma verdadeira assinatura<br />

visual do artista, ele continuava ativo na<br />

carreira e fotografando para publicações de renome.<br />

Sua influência ia muito além da fotografia.<br />

A Xerox ganha um novo gerente regional de vendas<br />

e artes gráficas. Manuel Antônio Maria será<br />

responsável pela região de São Paulo Capital e<br />

Interior, só para produtos high-end. Otimista, ele<br />

acredita que há uma retomada do crescimento e<br />

os clientes começam a investir no mercado. “Isso<br />

é satisfatório e para nós é importante. A presidência<br />

da empresa já se posicionou e tem também<br />

objetivo claro de crescimento e desenvolvimento<br />

para este ano”, conta. O gerente, que atua<br />

há 30 anos no mercado de impressão, já tem 16<br />

anos de casa na Xerox do Brasil.<br />

KODAK MOMENTS LANÇA NOVO EQUIPAMENTO DE<br />

IMPRESSÃO DE FOTOS INSTANTÂNEAS<br />

A Kodak Moments lançou o novo Kodak Moments M1, um quiosque<br />

digital focado na impressão de fotografias através de Smartphones,<br />

projetado para fornecer uma solução de impressão<br />

fotográfica escalável para diferentes tipos de lojas. A solução oferece<br />

uma experiência de impressão de alta qualidade com baixo<br />

investimento em capital e espaço físico. Impulsionado por software<br />

intuitivo, potencializa a experiência do usuário facilitando<br />

a impressão de uma ampla variedade de produtos disponíveis.<br />

Os consumidores podem transferir em apenas alguns minutos<br />

suas fotos para o Kodak Moments M1 e criar impressões, cartões,<br />

montagens e muitos mais produtos fotográficos. A estação de<br />

pedidos Kodak Moments M1 pode ser adaptada aos mais diversos<br />

tipos e formatos de loja. O varejista pode optar por colocar<br />

em seu estabelecimento a versão menor, que pode ser apoiada<br />

em uma mesa ou balcão, e a versão maior para o piso de loja.


74 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />

NOVA<br />

BLACKMAGIC<br />

POCKET<br />

CINEMA 6K<br />

Renato Rizzutti é fotógrafo e professor há 20<br />

anos. Na <strong>FHOX</strong> lidera a produtora <strong>FHOX</strong>Play<br />

Arquivo pessoal<br />

Recentemente, estive na SET EXPO <strong>201</strong>9 – Feira<br />

de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento,<br />

que ocorreu entre 26 a 29 de agosto, no<br />

Expo Center Norte em São Paulo. Na ocasião,<br />

conversei com o Fabio Angelini, da Pinnacle Broadcast,<br />

sobre o lançamento da câmera Pocket<br />

Cinema 6k da BlackMagic.<br />

Quem pretende migrar para esta câmera, com o<br />

objetivo de obter imagens com aspecto mais cinemático,<br />

terá a vantagem do encaixe EF que é uma<br />

das grandes (e mais<br />

polêmicas) novidades<br />

do modelo. Eliminando,<br />

assim, a necessidade<br />

do uso de adaptadores<br />

para utilizar objetivas<br />

Canon, Zeiss, Sigma etc.<br />

Esta câmera conta com<br />

sensor super 35mm, 6k,<br />

HDR Full e gama dinâmica<br />

de até 13 Stops.<br />

Por ser uma câmera cinematográfica avançada,<br />

o sensor foi desenvolvido para reduzir significativamente<br />

o ruído térmico, proporcionando sombras<br />

mais limpas em ISOs mais elevados.<br />

O corpo é construído em fibra de carbono e policarbonato,<br />

possui monitor de 5” e conta com<br />

empunhadura multifunção. Na captação de áudio<br />

conta com quatro microfones de alta qualidade<br />

que possuem cancelamento de ruído ativo.<br />

Ela grava em até 50 fps em 6144 x 3456<br />

(16:9), 60 fps em 6144 x 2560 (2.4:1), 60 fps<br />

em 5744 x 3024 (17:9). Para taxas mais elevadas,<br />

é possível cropar o sensor e gravar<br />

até 120 fps em 2.8k. Por padrão o formato de<br />

gravação é o Apple ProRes (10bits) em todos<br />

os formatos até 4K ou BRAW de 12 bits e em<br />

todos os formatos até 6K gerando imagens e<br />

cores incríveis.<br />

Na parte de conectividade, a câmera conta com<br />

saída HDMI para monitoramento<br />

externo,<br />

entrada miniXLR e US-<br />

B-C (para gravação em<br />

HD externo). No pacote<br />

está inclusa uma licença<br />

PRO do software<br />

Davinci Resolve.<br />

Na minha opinião, a<br />

BlackMagic deve considerar<br />

acrescentar estabilizador<br />

de imagem no corpo, monitor móvel<br />

e autofoco em futuros modelos. Tornando suas<br />

câmeras mais eficientes.<br />

Se quiser saber mais novidades apresentadas<br />

durante a SET, fique de olho no nosso site. Caso<br />

tenha alguma dúvida ou sugestão para a coluna,<br />

entre em contato: video@fhox.com.br.<br />

Até a próxima!<br />

Div.


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fotografia impressa com a tecnologia<br />

Konica Minolta de impressão.<br />

Com a nova Accurio Press C83hc, você<br />

acelera a produção da sua empresa e oferece<br />

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