FHOX 201 - setembro/outubro 2019
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<strong>201</strong><br />
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Forma Summit e a<br />
maturidade do mercado<br />
PERFIL<br />
Marcio Mattos, diretor<br />
executivo da Xerox do<br />
Brasil, fala sobre desafios<br />
e novidades da empresa<br />
O QUE O<br />
CONSUMIDOR<br />
FINAL PENSA<br />
SOBRE O FUTURO<br />
DA IMPRESSÃO?<br />
CONVERSAMOS COM PESSOAS QUE FAZEM QUESTÃO<br />
DE GUARDAR MEMÓRIAS IMPRESSAS, APESAR DOS<br />
COMPARTILHAMENTOS EM REDES SOCIAIS
31 março<br />
1 e 2 abril
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NESTA EDIÇÃO<br />
PAPO COM O LEITOR<br />
PERFIL: UMA XEROX DA FOTOGRAFIA<br />
CAPA: IMPRIMINDO PARA RECORDAR<br />
NOVAS CARAS DO MERCADO DE ENCADERNAÇÃO<br />
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ESPECIAL <strong>FHOX</strong> 30 ANOS<br />
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SUA HISTÓRIA NA <strong>FHOX</strong><br />
COLUNA FABIO ARRUDA<br />
SEGURANÇA GARANTIDA EM CONTRATO<br />
ABRAFOTO DE OLHO NO FUTURO<br />
COLUNA RAFAEL ARRUDA<br />
NOTAS<br />
COLUNA RENATO RIZZUTTI<br />
6<br />
8<br />
14<br />
22<br />
24<br />
26<br />
28<br />
30<br />
37<br />
48<br />
50<br />
54<br />
58<br />
60<br />
62<br />
64<br />
68<br />
70<br />
72<br />
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QUEM FAZ A<br />
LEO SALDANHA Líder | MOZART MESQUITA Líder | POLIANE SILVEIRA Comercial | ANDREIA CACIJI Administrativo<br />
DIOGO AMORIM Coordenador Geral | RENATA LASAK Líder Eventos | THALITA MONTE SANTO Redação<br />
FLÁVIO AUGUSTO PRIORI Redação | FELLIPE SALES Design | GABRIELLE CESARETTI Mídias Sociais | WICTOR DUARTE Assinaturas<br />
FUNDADOR: CARLOS DREHER MESQUITA (1953 - <strong>201</strong>2). Uma publicação da Editora <strong>FHOX</strong> dirigida às atividades técnicas<br />
e comerciais da fotografia brasileira. Circulação apenas por assinatura. Os artigos assinados não representam necessiariamente<br />
a opinião da revista. Atenção! A venda de assinaturas é feita somente pela editora <strong>FHOX</strong>. Não temos representantes.<br />
Na eventual não ocorrência da indicação de autoria da foto, entrar em contato com a Redação para a devida correção.<br />
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6 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
SEM FOTO NO<br />
PAPEL NÃO<br />
EXISTE MERCADO<br />
FOTOGRÁFICO<br />
Por Leo Saldanha<br />
Simples assim. Fotógrafos que não imprimem,<br />
não entregam álbuns. E as memórias das famílias<br />
ficam comprometidas.<br />
na matéria de capa, principalmente, a visão daqueles<br />
que consomem impressão na ponta. Os<br />
consumidores finais.<br />
Nessa equação fotográfica, quem manda é o<br />
consumidor final. Seja para contratar os produtos<br />
de um profissional, ou para imprimir fotos<br />
que chegarão pelos correios, porque foram pedidas<br />
pela internet. Ou na loja de foto.<br />
Hoje com o mundo conectado e super digital, o<br />
comportamento de consumo mudou. Muitos se<br />
contentam com fotos na nuvem ou em poder ver<br />
as imagens nas redes sociais e telinhas. O problema<br />
disso é que se puxa para baixo o valor de<br />
todas as cadeias envolvidas com fotografia.<br />
Curioso é notar que os jovens querem imprimir.<br />
Basta pesquisar em uma rede social, como o<br />
Twitter (em tempo real), para notar que eles buscam<br />
ofertas, que gostam de ver e ter fotografias<br />
impressas para compartilhar e decorar. São sensíveis<br />
a preço, mas querem algo diferente.<br />
São 100% digitais e muitos já nasceram com a<br />
“internet no sangue”. Para esses, o que é real tem<br />
mais valor. Ainda bem! E nesta edição, <strong>FHOX</strong> traz<br />
Falando em importância da foto no papel, uma<br />
entrevista esclarecedora com Marcio Mattos<br />
da Xerox do Brasil. A conversa traz sua visão<br />
sobre as oportunidades de um segmento em<br />
transformação e o avanço da marca no mercado<br />
fotográfico.<br />
Além disso, que tal saber pela visão de advogados<br />
qual a importância de contratos na hora<br />
de fechar novos trabalhos ou, um panorama<br />
sobre como as encadernadoras estão buscando<br />
novas soluções para atender as demandas<br />
de seus clientes?<br />
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Forma Summit, realizado pelo Grupo <strong>FHOX</strong>,<br />
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do <strong>FHOX</strong> Newborn <strong>201</strong>9. Dentro das<br />
comemorações dos 30 anos de <strong>FHOX</strong>, mais uma<br />
leva de retratos de personalidades que fizeram<br />
história no mercado, pelas lentes de Ale Ruaro.<br />
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Foto: Divulgação
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 9<br />
UMA XEROX<br />
DA FOTOGRAFIA<br />
MARCIO MATTOS, DIRETOR EXECUTIVO DA XEROX DO<br />
BRASIL, CONVERSOU COM <strong>FHOX</strong> SOBRE OS DESAFIOS E<br />
NOVIDADES DA EMPRESA PARA O MERCADO<br />
Texto por Leo Saldanha<br />
A marca Xerox sempre foi associada à inovação<br />
e qualidade. Nos últimos anos entrou com força<br />
no mercado fotográfico e promete estar ainda<br />
mais próxima do setor dando suporte e entregando<br />
soluções para os parceiros. É o que diz<br />
Marcio Mattos (48), diretor executivo da Xerox<br />
do Brasil.<br />
Formado na área de TI (tecnologia da informação),<br />
com passagem de sete anos pela mineradora<br />
Vale, chegou como estagiário e, ao longo<br />
dos anos, alcançou o cargo de analista de sistemas<br />
sênior. Foi quando apareceu a oportunidade<br />
para trabalhar como analista de suporte para<br />
vendas na Xerox. “Curioso que eu saí de uma<br />
empresa onde impressão era a ponta. Vinha por<br />
último! Redes, conexões e dados eram mais importantes.<br />
E vou para uma empresa onde a impressão<br />
é o core business”.<br />
Hoje, impressão é parte crucial em sua missão<br />
como responsável por puxar a demanda em diferentes<br />
frentes. Inclusive, na fotografia. Com 22<br />
anos de casa e passagem em diferentes áreas<br />
da empresa, Mattos entende muito de impressão,<br />
tecnologia e da importância de ouvir e<br />
atender clientes.<br />
O executivo conversou com <strong>FHOX</strong> sobre os desafios<br />
da marca no ramo e as oportunidades<br />
que estão vindo por aí.<br />
<strong>FHOX</strong> - Em sua visão, para a Xerox, como está<br />
a fotografia em relação às outras áreas? A fotografia<br />
é promissora?<br />
Marcio Mattos - Antes de chegar à fotografia,<br />
vou dar um passo atrás e falar do mercado<br />
de impressão. Separo mercado corporativo,<br />
que utiliza isso para outsourcing de impressão<br />
como as impressoras espalhadas aqui pelo<br />
escritório e que atendem a demanda dos documentos<br />
corporativos. E a impressão para<br />
os prestadores de serviços que a usam como<br />
fim, como entrega de um trabalho e que vivem<br />
dela. Impressão para eles não é só um papel.
10 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
É um documento que vale alguma coisa para alguém.<br />
Que tem valor muitas vezes financeiro mesmo.<br />
E na fotografia, por exemplo, eles produzem<br />
fotografia como photobooks ou fotoprodutos para<br />
levar memória, lembrança, emoção e ganhar dinheiro.<br />
Tudo, desse lado do escritório, está passando por<br />
uma transformação. Onde ela é vista muito como<br />
custo. E as organizações querem diminuir ou melhorar<br />
sua cadeia de custos. Isso gera oportunidade<br />
de integração da impressão com o mundo digital.<br />
Com fluxo de trabalho e tudo. Há uma tendência de<br />
diminuição no segmento corporativo. Muitas coisas<br />
serão impressas de formas novas e outras digitalizadas.<br />
Não acredito no fim da impressão. Acredito<br />
em transformação. Quando a gente olha para outro<br />
segmento, do prestador de serviço, aí já penso bem<br />
diferente. Vejo a impressão digital em crescimento.<br />
Porque há uma migração tecnológica. Os processos<br />
tradicionais para fazer livro e foto estão dando<br />
espaço para equipamentos gráficos ou o que chamamos<br />
de equipamentos digitais. Por mudanças de<br />
mercado e de demanda, os clientes estão pedindo<br />
coisas mais personalizadas. Com isso aquela massa<br />
de tiragens únicas está diminuindo.<br />
<strong>FHOX</strong> - Isso dá a possibilidade de fazer algo diferente<br />
para os clientes, não?<br />
Marcio Mattos - Sim. De fazer no prazo que ele<br />
precisa, na forma que ele precisa, na quantidade<br />
que ele precisa, na periodicidade que ele precisa<br />
e de forma a agregar valor ao produto final. E na<br />
mídia que ele precisa. O cliente escolhe a forma.<br />
Então, o mercado está se adaptando muito a essa<br />
necessidade. E vejo muito crescimento de impressão<br />
por causa disso.<br />
<strong>FHOX</strong> - Esses equipamentos são mais integrados<br />
para fotografia e outros negócios com essa nova<br />
fase conectada?<br />
Marcio Mattos - Perfeito isso, né? O fato de você<br />
falar que a origem do dado é digital permite que<br />
todo esse fluxo seja digital. Você agregar nessas<br />
impressoras recursos digitais. Temos, por exemplo,<br />
formatos web to print que podem integrar diversas<br />
soluções. No fluxo de trabalho houve uma evolução<br />
principalmente de fotografia. Fabricantes de impressão<br />
digital evoluíram na gestão e na inteligência<br />
do workflow. Tudo para substituir o processo<br />
anterior. Houve um enriquecimento muito grande<br />
da inteligência para que a impressão tivesse também<br />
o seu crescimento.<br />
<strong>FHOX</strong> - Existem vários cases no mercado que já<br />
usam impressoras Xerox? Muitos deles substituíram<br />
a tecnologia do minilab pelo digital.<br />
Marcio Mattos - Vou colocar sempre o lado do benefício<br />
e do desafio. Por que nada é fácil, não é? É<br />
um desafio e precisa de pessoas. Saí de um evento<br />
na semana passada em que o foco eram as pessoas.<br />
O Eu 5.0., é como as pessoas vão estar tecnologicamente<br />
preparadas para esse novo mundo. E<br />
isso passa pelos canais que vão jogar nesse segmento,<br />
de fotografia especificamente, que é nosso<br />
assunto aqui. O desafio no canal é a especialização.<br />
Precisam entender a demanda na ponta e estarem<br />
preparados para traduzir isso em valor agregado<br />
percebido pelo cliente. Para poder prestar serviços<br />
e produtos que vão ao encontro dessa demanda.<br />
Isso passa por capacitação, por ter os canais certos<br />
e nos lugares certos com cobertura. Então isso é<br />
um desafio. A gente costuma dizer que as empresas<br />
globais têm os desafios de pensar globalmente<br />
e agir localmente. A gente também, no Brasil, sabe<br />
do nosso desafio. Pensar em uma estratégia, mas<br />
regionalizar a execução. Ter um canal especializado<br />
no nordeste, por exemplo, ou no sul do Brasil.<br />
<strong>FHOX</strong> - E falando em personalização e entregar o<br />
que o cliente quer, a Iridesse da Xerox faz justamente<br />
isso. Quais as aplicações do equipamento<br />
para lojas e laboratórios ou encadernadoras?<br />
Marcio Mattos - Para quem vende fotoproduto,<br />
seja para qualquer um dos segmentos como formatura,<br />
newborn e casamento, cada segmento<br />
tem suas especificidades e seu produto desejado.<br />
Mas sempre que você tem algo que pode gerar<br />
coisas novas e que tenha um valor percebido pelo<br />
seu cliente, isso te traz um benefício maior. Não só<br />
com a Iridesse, mas trazendo o DNA da Xerox com<br />
todos os seus produtos e inovação. A gente está<br />
fazendo algo novo e interessante, algo que chamamos<br />
de CYMK+. Além das quatro cores. Quando<br />
você pensa no que você pode entregar além das<br />
quatro cores, você está dando uma oportunidade<br />
maior para quem cria. E para quem usa é um leque<br />
maior para vender. Abrindo novas aplicações.
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 11<br />
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© <strong>201</strong>9 Xerox Corporation. All rights reserved. Xerox®, Baltoro and “Made To Think”<br />
are trademarks of Xerox Corporation in the United States and/or other countries.
12 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
Sempre que alguém vê a possibilidade de agregar<br />
novos serviços é muito bem-vindo.<br />
<strong>FHOX</strong> - A CopyHouse já trabalha com o equipamento<br />
Iridesse. A gente vai ver mais players que<br />
atuavam só com gráfica e sem olhar para fotografia<br />
se voltando para o ramo?<br />
Marcio Mattos - O mercado é soberano. O cliente<br />
é soberano. Não é uma frase minha. O cliente é<br />
bombardeado por oferta e informações o tempo<br />
todo. Então, o que ele está buscando? Todos eles<br />
querem aquela relação de antigamente, de alguém<br />
que possa atender todas as suas demandas. A verdade<br />
é essa. Existe a especificidade do segmento e<br />
de quem vive só da fotografia. Mas existe também<br />
quem está olhando para ela como mais uma forma<br />
de trazer novos clientes. Essas pessoas estão tendo<br />
essa sensibilidade. De tratar a fotografia com<br />
profissionalismo. Eu vou me capacitar para atender<br />
esse segmento para que eu possa trazer um novo<br />
mercado para mim. Isso é algo que o mercado de<br />
fotografia tradicional tem que estar atento, porque<br />
esse é um novo entrante. Que vem com um conceito<br />
de One Stop Shop. Eu vejo a CopyHouse nesse<br />
sentido, uma empresa centrada no cliente. Seja ele<br />
do segmento A, B ou C.<br />
<strong>FHOX</strong> - Existe limite para tecnologia de impressão,<br />
do que pode ser feito em termos de qualidade?<br />
Marcio Mattos - Estando na Xerox e vendo tudo o<br />
que a marca está investindo em inovação, eu seria<br />
muito irresponsável em dizer que há um limite. Na<br />
realidade a tecnologia avança numa velocidade<br />
incalculável. Acredito que o objetivo central sempre<br />
é desenvolver tecnologia para que aquilo fique<br />
mais competitivo. E que você possa facilitar a<br />
migração tecnológica do tradicional para o digital.<br />
Esse é o principal desafio dos fabricantes de impressão<br />
digital: acelerar o processo de migração.<br />
E isso passa por inserir tecnologia no produto e<br />
serviço. Eu acredito que não haja limite e fico na<br />
expectativa sempre de qual vai ser o próximo passo.<br />
Ou qual será a próxima Iridesse. É impressionante<br />
e fico feliz em fazer parte de um time que<br />
está olhando para frente.<br />
<strong>FHOX</strong> - Antes tínhamos poucas marcas. Hoje temos<br />
um ambiente competitivo muito mais acirra-<br />
do. Como vê essa nova competição no mercado<br />
fotográfico?<br />
Marcio Mattos - Eu vou falar de forma macro para<br />
depois a gente descer um pouco. Ela é benéfica<br />
para o mercado. Sempre. Um mercado de monopólio<br />
não leva valor para o cliente. O mercado<br />
competitivo faz todo mundo ficar criativo. E quem<br />
é beneficiado nessa questão toda é o cliente final.<br />
Então a competição é saudável. O risco é quando<br />
você é prestador de serviço, um fabricante que<br />
presta tecnologia. Imagine só o investimento que a<br />
Xerox faz. Posso falar por ela, é um investimento gigante<br />
em desenvolvimento, tecnologia e inovação.<br />
O risco é você transformar esse mercado em commodities.<br />
A competição tem que tomar cuidado<br />
com isso. Essa é a grande atenção que todos têm<br />
que ter. Porque uma vez que você comoditizou seu<br />
segmento, acaba indo para um caminho que não<br />
é saudável. Xerox é uma marca de valor. Isso significa<br />
que ela é cara? Não! Ser caro ou barato está<br />
totalmente ligado a valor percebido. Quando não<br />
percebo valor algo é caro. Quando percebo, aquilo<br />
vale e eu pago por ele.<br />
<strong>FHOX</strong> - Então a Xerox é competitiva?<br />
Marcio Mattos - Extremamente competitiva, agora<br />
a competitividade não é pela página impressa, é por<br />
todo o serviço ofertado na ponta. Por toda a cadeia<br />
de valor. Porque no processo tradicional, seja offset<br />
ou minilab, quando você o olha por inteiro existem<br />
vários custos escondidos. É um iceberg, tem a ponta<br />
que você vê, mas ali dentro da água tem vários<br />
custos que não são vistos. No processo digital, na<br />
impressão, quando você começa olhar o que pode<br />
agregar de soluções para eliminar certos custos de<br />
produção, consegue agregar valor lá na ponta.<br />
<strong>FHOX</strong> - Talvez alguns dos leitores não conheçam<br />
a variedade de opções da marca para o<br />
mercado. A gente tem visto agora mais a Xerox<br />
Iridesse. Mas gostaria que o senhor falasse dos<br />
outros equipamentos que podem atender ao<br />
mercado fotográfico.<br />
Marcio Mattos - Sem dúvida, a vantagem é que temos<br />
um portfólio enorme. A desvantagem às vezes<br />
é o cliente ver qual impressora lhe atende. Mais do<br />
que produto para atender, melhor é falar qual a solu-
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 13<br />
ção completa que a gente tem. Temos um software,<br />
por exemplo, que pode fazer a comunicação mais<br />
direcionada, sendo uma porta para receber pedidos.<br />
E, digitalmente, isso atende qualquer produto.<br />
Quando a gente está falando de uma solução de<br />
software para olhar o fluxo de produção desse documento.<br />
Olhar o fluxo do trabalho. Agregando nas<br />
etapas de gestão de cor<br />
e outros. De uma maneira<br />
automática. E aí entra<br />
que variável? Volume<br />
que vou imprimir, formato<br />
que vou usar. Para<br />
porta de entrada temos<br />
a C70 para esse segmento<br />
que atende com<br />
qualidade e com tudo<br />
para volumes menores.<br />
A Versant 180 quando<br />
você vai subindo volume<br />
e aumentando a<br />
necessidade de formato,<br />
resolução. A Versant<br />
3100 que é um produto<br />
mais robusto para volumes<br />
maiores. Para qual<br />
laboratório vai entrar a<br />
solução digital? Vai depender<br />
de volume que<br />
ele tem. Outra coisa bacana<br />
é que nossas soluções<br />
são escaláveis. São<br />
modulares e podem se<br />
adaptar de acordo com<br />
o volume. Depois da<br />
Versant 3100 tem a Iridesse,<br />
iGen. Dois exemplos<br />
de clientes de foto<br />
que temos trabalham<br />
com iGen e Iridesse.<br />
<strong>FHOX</strong> - O senhor consome fotografia impressa?<br />
“Ser caro ou barato<br />
está totalmente ligado<br />
a valor percebido.<br />
Quando não percebo<br />
valor algo é caro.<br />
Quando percebo, aquilo<br />
vale e eu pago por ele.”<br />
Marcio Mattos<br />
Marcio Mattos - Viajei para Fernando de Noronha<br />
agora e voltei completamente encantado. E entrei<br />
no site do nosso cliente e pedi os fotoprodutos<br />
com todas as fotos que fiz. E chegou e ficou espetacular.<br />
Por quê? Não é o photobook de ninguém,<br />
é o meu álbum. Quem é o cliente disso? Minha<br />
mulher, meus filhos. E olharam aquilo e ficaram encantados.<br />
Esse é um exemplo real. Isso mostra o<br />
seguinte. Eu passei a ser o designer, eu desenhei o<br />
produto. Você bota poder na mão do cliente. Isso é<br />
outra característica do mercado que está mudando.<br />
O poder está na mão de quem compra e não<br />
de quem vende.<br />
Foto: Thalita Monte Santo<br />
<strong>FHOX</strong> - A foto tem o<br />
risco de sumir com o<br />
smartphone e as redes<br />
sociais e nuvem<br />
dominando tudo?<br />
Marcio Mattos - Se a<br />
gente tiver essa conversa<br />
daqui 20 anos eu não<br />
sei como vai ser. Mas<br />
olhando para como é<br />
hoje eu vejo que só tende<br />
a crescer por conta<br />
da transformação tecnológica.<br />
Na migração<br />
para o digital, que<br />
mencionei, e na captura<br />
de novos clientes,<br />
sou um novo cliente de<br />
fotografia quando você<br />
olha para trás. A minha<br />
demanda subiu muito.<br />
Quantas pessoas que<br />
não procuravam isso<br />
antes e estão em busca<br />
disso agora? Tudo o<br />
que é novo a gente fala:<br />
“ah vai acabar!”. Estou<br />
na Xerox faz 22 anos.<br />
Quando entrei me fizeram<br />
a pergunta: papel<br />
vai acabar com a entrada<br />
da internet? Cada<br />
coisa nova que entra as<br />
pessoas falam que vai acabar. Não acaba quando<br />
você atrai novos entrantes para esse segmento.<br />
Então é uma tecnologia inclusiva. A gente está<br />
atraindo mais clientes e volume. É uma ferramenta<br />
espetacular de captação de clientes. Quando a<br />
gente olha a penetração de celular na população<br />
brasileira é algo assustador. Porque você vê gente<br />
passando fome e é uma sociedade muito diversa.<br />
Você vê a gente falando de inteligência artifi-
14 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
cial e tem lugares do Brasil que não tem água ou<br />
comida chegando. Então tem uma gama enorme<br />
de pessoas. Se a gente der condições para elas,<br />
incluir essas pessoas na sociedade. Estamos falando<br />
de uma grande oportunidade porque são<br />
novos consumidores.<br />
<strong>FHOX</strong> - Qual o seu sonho para Xerox do Brasil<br />
na fotografia?<br />
Marcio Mattos - Na<br />
parte de marketing, estamos<br />
investindo muito<br />
em como fazer esse<br />
mercado conhecer melhor<br />
a Xerox. A parte<br />
de produtos, soluções e<br />
inteligência para isso a<br />
gente tem para atender.<br />
O que a gente precisa é<br />
o seguinte: o cliente levantou<br />
a mão e precisa<br />
ser atendido na região<br />
dele, que ele encontre<br />
um parceiro capacitado<br />
e com condições de entregar<br />
a Xerox no nível<br />
que a gente deseja e no<br />
nível que ele quer. Esse é<br />
o meu desejo e a minha<br />
ambição é ter a cobertura<br />
que o Brasil necessita<br />
com a qualidade que o<br />
cliente requer. É isso que<br />
a gente busca. Estamos<br />
fazendo investimento<br />
em marca. Em comunicação<br />
e em soluções. E<br />
agora o principal desafio<br />
é em cobertura e especialização<br />
e capacitação<br />
de quem vai atender o<br />
cliente na ponta.<br />
<strong>FHOX</strong> - E sua expectativa para o Brasil? Na<br />
economia, neste segundo semestre e no ano<br />
que vem?<br />
Marcio Mattos - Nós estamos com muito otimismo<br />
ainda. Vemos o mercado com muito receio de fazer<br />
investimento, mas há muitos segmentos investindo<br />
mesmo assim. Vejo empresários um pouco cansados<br />
de ficar esperando o governo. E aí resolveram ir<br />
para trafegar esse caminho. Tem muita oportunidade<br />
para a parceria criativa. Os negócios não querem<br />
mais só alguém que faz uma venda. Querem uma<br />
colaboração e parceria. As empresas que estão<br />
com a Xerox veem a marca como parceira de negócios.<br />
A marca está se posicionando dessa forma<br />
e não só fornecedor de impressão, suprimento. Tenho<br />
que entender suas<br />
estratégias e vamos juntos<br />
nisso. No momento<br />
que tomamos essa<br />
postura para os clientes<br />
damos mais segurança<br />
para eles fazerem investimentos.<br />
Porque a necessidade<br />
de investir em<br />
tecnologia existe. Você<br />
ainda tem uma subutilização<br />
enorme de certos<br />
meios, há uma oportunidade<br />
gigantesca de<br />
capturar novos clientes.<br />
Para isso, você vai ter<br />
que fazer investimentos<br />
e vai querer um parceiro<br />
de negócios e não só<br />
fornecedor de tecnologia.<br />
Mesmo com a instabilidade<br />
econômica do<br />
País, estamos passando<br />
segurança com o posicionamento<br />
de parceiro<br />
de negócios. Para ele<br />
poder fazer investimentos<br />
com segurança e ter<br />
retorno. Esse é um trabalho<br />
que não é só meu.<br />
É de um time inteiro e<br />
de uma organização<br />
que começa lá nos Estados Unidos. Pensando em<br />
soluções e inovando até chegar aqui na Xerox do<br />
Brasil, em um time liderado pelo Ricardo que acredita<br />
muito no País e na Xerox, no que a gente pode<br />
agregar de valor para o mercado. Acredita que a<br />
cobertura e estar presente através de parceiros é<br />
a melhor forma de abranger o Brasil. E é a melhor<br />
forma de atender os clientes.<br />
Foto: Thalita Monte Santo<br />
“Mesmo com a<br />
instabilidade econômica<br />
do País, estamos<br />
passando segurança com<br />
o posicionamento de<br />
parceiro de negócios.”<br />
Marcio Mattos
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SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 17<br />
IMPRIMINDO<br />
PARA RECORDAR<br />
O QUE PENSA E ACHA O CONSUMIDOR FINAL<br />
SOBRE A FOTOGRAFIA NO PAPEL<br />
Leo Saldanha e Thalita Monte Santo<br />
A geração Z é reconhecida como nativa digital.<br />
Nascidos em meados dos anos 1990 até <strong>201</strong>0,<br />
são consumidores de fotografia extremamente<br />
conectados. Um estudo da Infotrends, respeitada<br />
empresa de análise de mercado e consultoria<br />
estratégica, feito em <strong>201</strong>8, foca na relação<br />
desse público com a foto impressa.<br />
Segundo o levantamento, os consumidores nessa<br />
faixa etária querem uma experiência fotográfica<br />
fora do tradicional. O que no caso de foto<br />
no papel envolve fotopresentes personalizados<br />
e, de preferência, únicos. Essa demanda vem de<br />
um ponto simples: eles veem fotos o tempo todos<br />
em telas, redes sociais e na nuvem. Logo, a<br />
foto no papel tem que ser muito diferenciada.<br />
A pesquisa, que entrevistou cerca de 1500<br />
pessoas nos Estados Unidos, trouxe alguns<br />
dados de consumo e comportamento específicos<br />
dessa geração Z e apontou que 80% dos<br />
participantes usam, como câmera principal, o<br />
smartphone. Além disso, 60% possuem câmera<br />
digital além do dispositivo móvel. Já 83%<br />
deles compartilham fotos nas redes sociais e<br />
suas preferências são Instagram e Snapchat.<br />
Aqui no Brasil as coisas não são tão diferentes.<br />
Em um levantamento informal feito pelo<br />
Twitter, identificamos que os jovens estão em<br />
busca de impressão de fotos, principalmente<br />
aquelas que compartilham em redes sociais<br />
ou armazenam em smartphones. Eles também<br />
são sensíveis a preço e querem decorar o<br />
quarto ou compartilhar entre amigos.<br />
Para Verônica Martins, de Guarulhos (SP), presentear<br />
pessoas em datas importantes ou somente<br />
colocar as fotos à vista, para lembrar<br />
de momentos especiais, é o que a motiva fazer<br />
impressões.<br />
“Isso me dá tranquilidade e em algumas situações<br />
mantém meu foco, meu objetivo. Me faz<br />
recordar o que realmente importa na vida”,<br />
conta. Para ela, que costuma fazer impressões<br />
em lojas físicas, o ato de revelar fotos significa<br />
carinho, cuidado e memórias.
18 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
Verônica se casou em <strong>201</strong>7 e não fez o álbum de<br />
fotos. Recebeu as fotografias apenas via internet<br />
e as salvou na nuvem. “Compartilhei o link com<br />
muitas pessoas da minha família e amigos interessados<br />
em ver as fotos, mas sinceramente, não<br />
foi a mesma coisa que a tão esperada chegada<br />
do álbum”, explica.<br />
Ela lembra que antigamente, quando um álbum<br />
era revelado, as pessoas marcavam visita só para<br />
ver as fotos. “Existiam mais conversas, mais contato.<br />
Hoje as coisas estão muito individuais, você<br />
manda o link de acesso do álbum via internet,<br />
algumas fotos por WhatsApp ou até compartilha<br />
na rede social, mas é diferente”.<br />
“Quando completei dois anos de casada, meu<br />
marido me presenteou com um porta retrato<br />
dos grandes, com algumas fotos reveladas para<br />
irmos trocando com o tempo. Hoje esse porta<br />
retrato fica no nosso rack e além de sempre lembrarmos<br />
desse dia, quando recebemos visitas,<br />
normalmente, nos perguntam sobre as fotos. É<br />
uma oportunidade para revivermos juntos, mesmo<br />
que por uma tela, o dia do nosso casamento”.<br />
CONSCIÊNCIA AMBIENTAL<br />
Para Verônica, a fotografia impressa significa uma<br />
forma de reviver memórias. Mas ela também não<br />
concorda com a impressão de muitas fotos, por<br />
uma questão sustentável e de noção de espaço<br />
físico. “É exatamente essa a vantagem da câmera<br />
digital, você poder tirar milhares de fotos e revelar<br />
apenas uma que represente aquele momento”, diz.<br />
É justamente a impressão com responsabilidade<br />
que a Two Sides, organização global sem fins lucrativos,<br />
defende. Ela promove a produção e o<br />
uso responsável da impressão e do papel, bem<br />
como esclarece equívocos comuns sobre os impactos<br />
ambientais da utilização desse recurso.<br />
Segundo dados do IBÁ (Instituto Brasileiros de<br />
Árvores) de <strong>201</strong>8, publicados pela Two Sides, hoje,<br />
no Brasil, 100% do papel fabricado vem de árvores<br />
plantadas para esse fim e o País tem 7,8 milhões<br />
de hectares de florestas plantadas. As indústrias<br />
que utilizam essas árvores preservam outros 5,6<br />
milhões de hectares de matas nativas. De acordo<br />
com dados da ANAP (Associação Nacional dos<br />
Aparistas de Papel), no Brasil, recicla-se 64% do<br />
papel consumido.<br />
“As fotos impressas estão sendo substituídas por<br />
telas, como fundo de tela de celular, notebook,<br />
porta retrato digital. Se multiplicam tanto com<br />
um simples compartilhamento e as pessoas já estão<br />
se acostumando com isso. Mas mesmo com<br />
tanto avanço tecnológico, acredito que sempre<br />
haverá um público interessado que acredita no<br />
afeto que existe na fotografia impressa e dá valor<br />
a uma cartinha escrita à mão no verso de uma<br />
foto”, afirma Verônica.<br />
PRODUTO EMOCIONAL<br />
Ainda de acordo com a Infotrends, no último ano,<br />
41% da geração Z fez algum tipo impressão de fotos<br />
em loja física, site ou via app. E 60% da geração Z<br />
comprou fotopresentes. Os preferidos são cartões<br />
Verônica e Rodrigo se casaram em abril de <strong>201</strong>7<br />
Foto: Bia Lui
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 19<br />
comemorativos, calendários e fotolivros. A nova<br />
preferência é por impressão em metal e madeira.<br />
Embora seja um grupo que consome impressão, a<br />
geração Z tem a renda menor e portanto vai acabar<br />
consumindo menor quantidade de fotos por ano.<br />
A jornalista Micaela Santos, de Franco da Rocha<br />
(SP), por exemplo, diz que a impressão de fotos,<br />
para ela, é algo com valor emocional. Até hoje<br />
ela as faz na mesma loja física que sua família<br />
costumava revelar filmes alguns anos atrás.<br />
“Gosto de revelar fotografias de momentos importantes<br />
da minha vida, como a minha formatura<br />
da faculdade ou passeios com o meu namorado.<br />
Para mim, o ato de revelar fotografias me remete<br />
a uma coisa mais emocional. É algo que eu gosto<br />
de exibir e me orgulhar”, diz. Ela conta que utiliza<br />
a impressão de fotos para presentear seu namorado<br />
em datas especiais, como o aniversário de<br />
namoro. “Para mim, ter o cuidado de revelar uma<br />
foto, hoje, mostra quanto carinho você tem por<br />
aquele momento ou por aquela pessoa”.<br />
Micaela também acredita que a impressão será<br />
como os discos de vinil ou os livros de papel.<br />
“Eles não desapareceram, mas são consumidos<br />
por quem realmente valoriza este tipo de produto.<br />
E terão cada vez mais importância emocional<br />
para muitas pessoas”.<br />
Já Camila Cardoso Farias, de São Paulo (SP),<br />
também jornalista, prefere os fotolivros para<br />
guardar suas memórias. Segundo ela, o que mais<br />
a motiva fazê-los é poder organizar suas fotos<br />
de uma forma em que possa contar uma história.<br />
“Eu sempre reúno fotos de momentos marcantes<br />
para mim, como uma viagem. E aí organizo de<br />
uma forma que eu consiga me lembrar desses<br />
momentos cronologicamente e como tudo foi<br />
acontecendo. Amo muito fotografia e acho que<br />
com as redes sociais a gente acaba perdendo<br />
um pouco da nostalgia das coisas. A foto fica lá<br />
no fim de um feed cheio de coisas e a gente nem<br />
sempre consegue acessar ou encontrar aquilo<br />
que queria no meio de tanta coisa postada”, diz.<br />
Ela costuma fazer pelo menos um foto livro por<br />
ano, reunindo uma grande quantidade de fotos.<br />
“Parece que para<br />
alguns fotógrafos ficou<br />
um vácuo e agora está<br />
caindo a ficha”<br />
Ale Ruaro, fotógrafo, falando sobre a<br />
Foto: Alyssa Ono<br />
importância de ter os registros impressos<br />
“Normalmente vou dividindo por temas. Nessa<br />
de ter tudo digital muita coisa se perde, os arquivos<br />
em pen drive se corrompem. Eu acho que<br />
até por uma questão de sustentabilidade as pessoas<br />
tem deixado de imprimir as coisas, mas no<br />
caso da fotografia, entendo que é um material<br />
afetivo, que vai além do papel por si só”, relata.<br />
Camila acredita que por trás de toda foto há uma<br />
história e, mesmo com a banalização de tudo<br />
isso, o impresso ainda lhe traz a nostalgia de reviver<br />
coisas muito especiais, que só a memória<br />
não seria suficiente para guardar.<br />
E A OUTRA PONTA, O QUE<br />
PENSA SOBRE A IMPRESSÃO?<br />
As pessoas estão perdendo memórias e não<br />
querem deletar arquivos para ter mais espaço<br />
no smartphone, HD ou na nuvem. Sem falar na<br />
chance de perder essas imagens. Mauricio Si-
20 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
de seus amigos encadernou fotos de viagem em<br />
um diário Moleskine.<br />
“Falo sempre sobre isso com amigos, clientes, fotógrafos<br />
e artistas. Parece que para alguns fotógrafos<br />
ficou um vácuo e agora está caindo a ficha. Eu<br />
tenho mais de 2.500 provas em papel de algodão<br />
em casa, sem falar em provas de artista 24.30 que<br />
deve passar de 500 hoje. Esse é um dos meus produtos<br />
e eu tenho que ter para vender,” diz Ruaro.<br />
“Para mim, o ato de<br />
revelar fotografias me<br />
remete a uma coisa<br />
mais emocional. É algo<br />
que eu gosto de exibir e<br />
me orgulhar”<br />
Micaela Santos, jornalista<br />
Arquivo pessoal<br />
monetti, fotógrafo autoral, recentemente fez um<br />
trabalho de curadoria de centenas de fotos para<br />
imprimir para a família.<br />
“Além do prazer de pegar a foto na mão, deu um<br />
baita alívio saber que aquelas eu não perco se<br />
um dia der um pau nos sistemas digitais ou mesmo<br />
no meu HD”, disse ele.<br />
Já Arlindo Namour Filho transforma as fotos<br />
de clientes em álbuns. Um projeto que ele criou<br />
para atender famílias. Segundo o fotógrafo, um<br />
projeto muito bom tanto em termos de relacionamento<br />
quanto na parte financeira.<br />
E PARA ONDE VAI A<br />
IMPRESSÃO?<br />
É evidente que existe um grande potencial de impressão<br />
tanto aqui no Brasil quanto lá fora. Prova<br />
disso é que o Google Photos estaria prestes a anunciar<br />
um novo serviço de entrega gratuita de fotos<br />
para os usuários do aplicativo. Elas, inclusive, seriam<br />
enviadas ao solicitante no mesmo dia em que fizessem<br />
o pedido. Algo que envolveria uma grande<br />
rede de farmácias dos Estados Unidos (CVS), que<br />
conta com quase 10 mil pontos de coleta.<br />
Outro exemplo é o Flickr, que anunciou novos<br />
serviços de impressão para a comunidade fotográfica.<br />
A Infotrends, anos atrás, divulgou outro<br />
estudo e revelou que pelo menos 10% dos usu-<br />
O dono de loja/estúdio André Helwig Gross do<br />
Ateliê das Fotos de Porto Alegre conta que, aos<br />
poucos, muitas pessoas estão imprimindo mais,<br />
pois já perderam celulares, HDs, etc. O que atrapalha<br />
um pouco, segundo ele, são os valores baixíssimos<br />
da internet.<br />
Ale Ruaro, também fotógrafo autoral, disse que<br />
ele mesmo imprime em papel fine art e que tem<br />
amigos que “em geral, consideram as fotos arte.<br />
E imprimem fotos”. Ele ainda comentou que um
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 21<br />
Foto: Kalinka Cope, (Tudo Vira Foto)<br />
Camila Cardoso, seu esposo Jefferson Farias e o pequeno Bernardo. Um dos registros que ela guarda impresso<br />
ários de smartphone gostaria de imprimir suas<br />
fotografias digitais a partir do aparelho. Pode parecer<br />
um dado tímido, mas talvez seja esse justamente<br />
o tamanho da fatia dos amadores que<br />
valorizam impressão.<br />
Na prática, isso representa, aqui no Brasil, uma<br />
demanda de consumo da ordem de pelo menos<br />
21 milhões de brasileiros. Gente que poderia imprimir<br />
álbuns, ter decoração com fotos, fotopresentes<br />
e afins. Desafiador é fazer com que eles<br />
vejam essas opções e queiram imprimir com<br />
frequência. E aqui não dá para se enganar. Pois<br />
se trata de um desafio que cabe aos agentes do<br />
ramo fotográfico. Sejam eles fotógrafos, lojas de<br />
foto, laboratórios e a própria indústria.<br />
Fotolivros são também uma boa opção de<br />
presentes. Construir uma narrativa, através das<br />
imagens, gera emoção e agrada a todos<br />
Não é uma tarefa fácil, mas esse deveria ser o<br />
verdadeiro papel do mercado fotográfico. Na<br />
enquete feita pela <strong>FHOX</strong> no Facebook, diversos<br />
profissionais disseram que não se lembram de<br />
imprimir. Gente que vive da fotografia e não consegue<br />
dar o exemplo. Não entender nosso papel<br />
de influência e contar com a sorte em um momento<br />
onde as pessoas estão deixando as fotos<br />
em telinhas na nuvem é uma combinação complexa<br />
e nada promissora.<br />
Lembrando que em 2020 a tecnologia 5G estará<br />
na grande maioria dos dispositivos móveis<br />
e a internet vai ficar muito mais rápida. Se<br />
aqueles que vivem da fotografia não entenderem<br />
a importância de criar produtos realmente<br />
diferenciados com foto, será ainda mais difícil<br />
justificar a impressão e poder cobrar por isso.<br />
O que pode parecer demasiado romântico é<br />
na verdade questão de sobrevivência por um<br />
motivo simples: sem foto no papel não existe<br />
mercado fotográfico.
22 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
NOVAS CARAS<br />
DO MERCADO DE<br />
ENCADERNADORAS<br />
EMPRESÁRIOS QUE VEEM SE DESTACANDO NO SEGMENTO FALAM<br />
SOBRE NOVAS IMPLEMENTAÇÕES EM SEUS NEGÓCIOS<br />
Por Flávio Augusto Priori<br />
Quando o assunto é foto impressa, não podemos<br />
deixar de falar de encadernadoras. Um álbum de<br />
fotos bem montado e que se adapte à proposta<br />
do ensaio engrandece ainda mais o trabalho final.<br />
E por ter toda essa aura em torno do álbum,<br />
é preciso encontrar meios de torná-lo um produto<br />
diferenciado. Ao mesmo tempo, dar ao seu cliente<br />
maneiras para que ele obtenha o que deseja de<br />
forma simples e direta.<br />
Um exemplo de encadernadora que vem chamando<br />
atenção nesse sentido é a Karlos Romero Encadernadora,<br />
de São Luís (MA), fundada em <strong>201</strong>7<br />
pelo próprio João Karlos Romero. O empresário já<br />
atua há 27 anos no setor, passando por convites de<br />
formatura e produção de eventos. Atualmente ele<br />
investe na encadernação e na satisfação do cliente.<br />
“Nossa empresa tem crescido muito nas regiões<br />
Norte e Nordeste. Estamos em uma localização<br />
estratégica, nossos clientes estão satisfeitos com o<br />
produto, a agilidade de entrega e a diminuição de<br />
custo de frete”, fala Romero.<br />
O empresário, que tem como meta aumentar seu<br />
market share nas regiões citadas, afirma que parte<br />
fundamental para a evolução é o investimento<br />
em tecnologia, principalmente pensando em automação<br />
de processos: compra, produção e logística.<br />
“Nossos produtos e serviços são cada vez<br />
mais ‘personalizados’, quase individualizados. Por<br />
A Karlos Romero cresce através de investimentos em<br />
tecnologia no processo de produção<br />
outro lado, temos o desafio de vender em escala,<br />
com soluções que sejam capazes de atender<br />
grandes volumes”.<br />
É possível ver esse discurso aplicado na prática no<br />
site da encadernadora. Romero conta que o fotógrafo<br />
pode diagramar seu material no próprio ambiente<br />
online, de forma automática ou página por<br />
página. Isso diminui o custo com diagramador.<br />
“Sem a tecnologia integrada nesses processos,<br />
seria impossível manter-se no mercado de forma<br />
competitiva. Ela permite o funcionamento 24 horas<br />
por dia, tanto para quem acessa nossos produtos<br />
e serviços quanto para nosso sistema de produção
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 23<br />
e entrega”. O empresário complementa que busca<br />
na tecnologia novas formas de interagir e aprimorar<br />
o relacionamento com o cliente, investindo na<br />
experiência com suas marcas e produtos.<br />
Ainda com essa filosofia em mente, Romero lançou<br />
em <strong>201</strong>9 a plataforma Kabox, em parceria<br />
com a Print One, voltada para o usuário amador.<br />
Nela o cliente pode montar um álbum direto com<br />
fotos do celular.<br />
“Para nós o projeto Kabox agregará no atendimento<br />
de nossos produtos e serviços para o segmento<br />
‘amador’. Conhecer e aprimorar o modelo de navegação<br />
e compra de álbuns contribuirá para conquistarmos<br />
novos mercados, com produtos mais<br />
adequados e, principalmente, acessíveis para nossos<br />
consumidores virtuais”, afirma Romero.<br />
PIC ART:<br />
PAIXÃO POR ENCADERNAR<br />
Abordando o mercado de outra forma, mas<br />
com destaque igualmente interessante, atua a<br />
Pic Art, sediada na Vila Olímpia, zona sul da<br />
cidade de São Paulo. Há quatro anos no setor,<br />
o empresário Dario Ferarege conta que a<br />
ideia de entrar no ramo foi do antigo sócio,<br />
Henrique Ferarege, devido a uma necessidade<br />
de um cliente ao qual prestavam consultoria,<br />
voltada a processos, produtos e pessoas.<br />
“Esse cliente especial que atua no ramo fotográfico<br />
de parto e possui um grande volume de<br />
contratos, estava tendo problemas com homologação<br />
de encadernadoras nas normas da ISO<br />
9001”, conta Ferarege. “Esta é uma parte da produção<br />
na qual fotógrafos terceirizam trabalho e<br />
estes fornecedores devem cumprir tanto o prazo<br />
quanto a qualidade, para que o cliente final não<br />
seja prejudicado”. Um desajuste nesse processo<br />
pode acarretar uma perda de credibilidade do<br />
fotógrafo junto ao cliente. Assim surgiu a Pic Art.<br />
Voltado para um público de fotógrafos profissionais,<br />
Ferarege afirma que estar antenado nas<br />
tendências de mercado é um dever, como em<br />
qualquer segmento. Mas além disso, umas das<br />
principais preocupações da empresa é dar atenção<br />
especial ao cliente durante a elaboração do<br />
material, para que o produto final saia exatamente<br />
conforme o desejo do fotógrafo.<br />
“O nosso processo de criação de produtos é confeccionado<br />
junto aos nossos clientes profissionais.<br />
Cada fotógrafo tem sua linha, aquilo que o agrada<br />
e faz sentido para quem ele presta serviços. Ganhamos<br />
mercado com esse atendimento e essa<br />
maneira de ser da Pic Art.”. Aliás, para Ferarege, a<br />
verdadeira encadernação é artesanal. “Cada álbum<br />
é único, assim como a sua história. Por isso envolvemos<br />
pessoas apaixonadas por essa atividade em<br />
nossa produção”.<br />
Evidentemente a empresa também não abre mão<br />
da tecnologia nos negócios. Para a Pic Art, é um<br />
artifício que ajuda na gestão e no dia a dia de produção.<br />
Principalmente nos canais de vendas. “Hoje<br />
temos uma plataforma web na qual o cliente escolhe<br />
o produto, configura, diagrama on-line e envia<br />
o conteúdo para impressão e encadernação. Tudo<br />
em poucos cliques, de maneira inteligente”, conta.<br />
“Os três pilares de atendimento da Pic Art: Qualidade,<br />
Prazo e Atendimento Intimista”. Dario Ferarege<br />
Por fim, Ferarege fala que tem sentido cada vez<br />
mais pessoas, de todas as idades, adeptas à impressão<br />
de fotos. Fato esse que o deixa otimista<br />
com o futuro. Ele comenta que o feedback de<br />
seus clientes é de que fotos armazenadas na<br />
nuvem quase nunca são acessadas novamente,<br />
perdendo o seu valor. “A foto impressa é uma<br />
recordação palpável e, dependendo do insumo<br />
da impressão, dura por gerações.”.
24 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
ARTE FOTO ROMA<br />
É VELUZZI<br />
TRADICIONAL LOJA DA ZONA LESTE DE SÃO PAULO É A PRIMEIRA<br />
A ADERIR AO NOVO CONCEITO DE FOTO E ÓTICA<br />
Texto e foto por Mozart Mesquita<br />
Expansão de mix: uma clara demanda do varejo<br />
fotográfico. Admitido pela indústria, por distribuidores<br />
e por donos de loja, ainda não há um<br />
caminho consolidado. A única certeza é que é<br />
preciso testar modelos. Isso ficou claro no Encontro<br />
Nacional do Varejo, promovido pela<br />
<strong>FHOX</strong> na Feira Fotografar desse ano.<br />
Algumas das principais<br />
marcas do setor estavam<br />
envolvidas e ofereceram<br />
painéis. A Fuji é, sem sombra<br />
de dúvidas, a que tem<br />
a experiência mais avançada<br />
neste campo, com seu<br />
conceito Wonder. Mas uma<br />
nova proposta, totalmente<br />
nacional, surgiu pelas mãos<br />
da Colorkit. Sua Foto e Ótica<br />
Veluzzi parece oferecer<br />
um diferencial para outros<br />
projetos que ja existiram ou<br />
ainda estão por aí: o DNA<br />
fotográfico, a solidez e a<br />
credibilidade por traz da<br />
sua história.<br />
Prestes a celebrar 50 anos, a empresa de Odila<br />
Guandalini conta com a experiência e a vasta<br />
agenda do seu gerente comercial, Valdir Padovan,<br />
que há muitos anos atua no mercado. Seu<br />
trabalho vendendo equipamentos para lojas e<br />
laboratórios de impressão traz enorme potencial<br />
de crescimento para o projeto Veluzzi.<br />
Carlos Alberto Dario, da Arte Foto Roma,<br />
primeiro franqueado Veluzzi do Brasil<br />
Entretanto, não foi preciso ir muito longe para vender<br />
a primeira franquia da marca. A Foto Arte Roma,<br />
negócio mais do que tradicional, localizado na<br />
zona leste da capital paulista, apostou no conceito<br />
Veluzzi, que ali caiu como uma luva, já que a franquia<br />
da marca tem foco em ocupar a ociosidade de<br />
um varejo fotográfico carente de mix, com um produto<br />
que comprovadamente<br />
vai bem com foto: óculos.<br />
Seja de grau ou de sol.<br />
“Temos boas expectativas.<br />
Não precisamos mexer<br />
muito na loja. A abertura<br />
foi ótima e eu acredito que<br />
tem tudo para dar certo”,<br />
comenta o dono Carlos Alberto<br />
Dario, enquanto conversava<br />
com a reportagem<br />
de <strong>FHOX</strong>, ao lado dos seus<br />
novos móveis que agora<br />
ostentam óculos e armações<br />
ocupando metade do<br />
seu ponto comercial. Carlos<br />
comentou que o varejo<br />
fotográfico mudou muito e<br />
que para a Arte Foto Roma<br />
é um percentual pequeno do negócio, mas que<br />
não descarta investir em inovações no varejo.<br />
Basta que elas se apresentem e ofereçam lucratividade.<br />
Essa é a aposta com a Veluzzi. Agora é<br />
torcer. Por que se for bem, é uma ótima notícia<br />
para todos no mercado fotográfico.
PubliEditorial<br />
DO SONHO PARA O ÁLBUM DE<br />
FOTOGRAFIA: CONHEÇA A “INNOVA<br />
BRASIL SOLUÇÕES FOTOGRÁFICAS”<br />
Se as fotografias eternizam sonhos, a Innova Brasil leva para o papel e<br />
fotoprodutos os momentos mais importantes de seus clientes com a tecnologia<br />
de impressão em alta qualidade da Konica Minolta<br />
Até hoje, ao olhar para as fotos impressas em alta qualidade<br />
dos álbuns e fotoprodutos confeccionados em sua empresa,<br />
Fábio Pais de Andrade reconhece sonhos – sonhos,<br />
estes, de iniciar os estudos, passar por etapas, conquistar<br />
um diploma, alcançar novas oportunidades. Mais do que<br />
isso, reconhece um pouco de si mesmo quando, há onze<br />
anos, em 2008, sonhou e projetou a Innova Brasil Soluções<br />
Fotográficas com foco no segmento de formaturas.<br />
Divulgação<br />
“Em nosso site, estampamos a frase ‘Celebre sua conquista’.<br />
É desse jeito que enxergamos o trabalho que<br />
realizamos na Innova Brasil há mais de dez anos: como<br />
um meio de eternizar momentos importantes na vida<br />
de nossos clientes de modo diferenciado e com alta<br />
qualidade, como formaturas, casamentos, eventos, aniversários,<br />
entre outros”, afirma Fábio.<br />
Atualmente, a empresa, sediada em São Paulo no bairro<br />
de Ermelino Matarazzo desde <strong>201</strong>4, mescla tecnologia de<br />
produção de fotografias em diferentes mídias com o trabalho<br />
quase artesanal de produzir e finalizar estojos, capas<br />
com acabamento diferenciado e outros fotoprodutos que<br />
estampam momentos e rostos, com uma produção mensal<br />
de mais de 6 mil estojos e mais de 400 mil fotos.<br />
A qualidade de seus trabalhos também se expandiu<br />
para além das fronteiras do estado e da cidade de São<br />
Paulo, chegando a Brasília, Curitiba, estado de Minas<br />
Gerais, Rio de Janeiro e outras localidades.<br />
Em <strong>201</strong>5, com o crescimento da tecnologia digital e necessidade<br />
de diversificar mídias de impressão, incluindo<br />
produção em couché, a Innova Brasil iniciou a transição<br />
dos antigos mini-labs para novos processos e procedimentos<br />
de produção. Atualmente, são três equipamentos<br />
de impressão digital em operação na empresa, entre<br />
eles, o mais novo investimento: a impressora de alta produtividade<br />
da Konica Minolta AccurioPress C6100.<br />
“Estamos sempre atentos a novas tendências do mercado,<br />
para que assim possamos atender nossa rede de clientes<br />
com excelência, e mantendo nosso diferencial no que diz<br />
respeito à qualidade e pontualidade”, diz Fábio. “Desde que<br />
começamos a mudar para a tecnologia digital em <strong>201</strong>5, não<br />
paramos de investir em uma estrutura diferenciada, com<br />
uma equipe capacitada para o projeto de implantação de<br />
Innova Brasil Soluções Fotográficas<br />
novas ferramentas de trabalho. Isso passa também pela escolha<br />
das tecnologias certas. Observamos, no final de <strong>201</strong>8,<br />
a modernidade das soluções de impressão de Konica Minolta,<br />
a tecnologia de cor, inteligência e velocidade de impressão.<br />
Por isso, decidimos investir.”<br />
Especialmente sobre o modelo escolhido, a AccurioPress<br />
C6100, Fábio aponta diferenciais que vão além da tecnologia<br />
e qualidade de imagem graças à tecnologia de impressão<br />
da Konica Minolta e de seu toner Simitri HDE. Do<br />
montante de fotos produzidas na Innova Brasil, cerca de<br />
180 mil fotos são, hoje, impressas na tecnologia do equipamento<br />
em diferentes gramaturas a (AccurioPress C6100<br />
pode trabalhar com gramaturas de até 400 g/m2).<br />
“A AccurioPress C6100 nos ofereceu um excelente custo-<br />
-benefício aliado à qualidade de impressão. Além disso,<br />
obtivemos melhora no rendimento com as matérias-primas,<br />
isto é, o papel couché, mais velocidade de impressão<br />
e maior estabilidade de cor, que assegura uma qualidade<br />
padronizada nos impressos, algo importante para o segmento<br />
fotográfico”, diz.<br />
Para conhecer mais a Konica<br />
Minolta, basta acessar:<br />
konicaminolta.com.br
Foto: Evandro Veiga
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 27<br />
EXPANSÃO<br />
CONSISTENTE<br />
VIACOLOR, LABORATÓRIO GAÚCHO RECONHECIDO PELA<br />
QUALIDADE, É UM DOS QUE MAIS INVESTE EM <strong>201</strong>9<br />
Por Leo Saldanha | Foto: Evandro Veiga<br />
Na última edição da <strong>FHOX</strong> mostramos a aquisição<br />
da Premiere pela Viacolor. Além da compra<br />
da ProAlbuns, de Natal (RN), que agora faz parte<br />
do grupo Viacolor. Em conversa recente com a<br />
<strong>FHOX</strong>, Elisa Soares, diretora financeira da empresa,<br />
disse que mais novidades estão vindo por aí.<br />
O fato é que a marca tem um reconhecimento entre<br />
profissionais de casamento, família e newborn<br />
de todo País. A consistência na participação dos<br />
principais eventos do ramo (entre eles a Feira<br />
Fotografar) sempre foi destacada. Com mais de<br />
20 anos de mercado, a Viacolor também investe<br />
em outras áreas: como o promissor mercado de<br />
formaturas. Recentemente comprou a também<br />
gaúcha Difoccus, especializada na realização de<br />
formaturas e eventos.<br />
Aliás, a empresa participou em <strong>setembro</strong> do primeiro<br />
Forma Summit, que aconteceu em Campinas<br />
(SP). Um evento exclusivo para empresários<br />
do segmento. Participou também no final de<br />
agosto do congresso Eye N´Art, em Natal (RN).<br />
Iniciativa educacional que reuniu fotógrafos e<br />
contou com apresentações especiais.<br />
Parceira Fujifilm, a Viacolor levou a Digimagem<br />
(distribuidor Fujifilm) para o congresso de Natal.<br />
Lá expôs impressoras, câmeras da série X. Tudo<br />
da Fujifilm, com condições especiais para os<br />
clientes Viacolor.<br />
Elisa Soares, diretora financeira da Viacolor<br />
No fim, a Viacolor mostra como a relação da encadernadora<br />
deve ser mais próxima em várias frentes.<br />
Não só com clientes, mas com os fabricantes,<br />
distribuidores e parceiros. Parte do sucesso se<br />
deve ao estilo vendedor, carismático e proativo de<br />
Luciano Souza, dono da empresa junto à Elisa. Ele<br />
vai além do estilo de dono e garoto propaganda<br />
da marca. Pois além de atuar como porta-voz para<br />
publicações e estar presente nos eventos, Souza<br />
participa sempre de forma ativa e consistente nas<br />
produção e nas atividades, das mais variadas, que<br />
contam com a participação da empresa.<br />
Além de Lucianinho (como é carinhosamente<br />
conhecido no mercado), a Viacolor conta com<br />
embaixadores que atuam entre os colegas fotógrafos.<br />
Caso de André Mansano e Henrique Ribas.<br />
Outra novidade é o canal no YouTube da marca,<br />
que conta com conteúdos úteis para os clientes,<br />
como dicas de negócios e de vendas.<br />
A nova fase, com a aquisição da Premiere (de São<br />
Paulo), com Eye N´Art Experience e ProAlbuns, é a<br />
confirmação do avanço nacional da Viacolor. Seja<br />
por agora, está presente com uma marca reconhecida<br />
como a Premiere (e que também atuava para<br />
atrair fotógrafos de várias partes do País) e expandindo<br />
presença também no nordeste brasileiro.<br />
A Viacolor se apresenta em <strong>201</strong>9 como uma das<br />
encadernadoras que mais investem para o crescimento<br />
em um mercado bem competitivo. Uma<br />
boa notícia para o ramo, já que é sempre bom ver<br />
um negócio que vive de impressão preocupado<br />
em atender mais e melhor seus clientes atuais e os<br />
que virão a partir dessas novidades.
28 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
FOTOGRAFIA<br />
PARA QUEM NÃO<br />
PRECISA DE<br />
FOTOGRAFIA<br />
Marco Perlman é diretor da Digipix<br />
Arquivo pessoal<br />
Talvez as nuvens virem chuva, os computadores<br />
não leiam CDs, nem pen-drives e as grandes empresas<br />
que armazenam nossos arquivos de graça desapareçam.<br />
Talvez sim, talvez não. Mas isso não fará as<br />
pessoas comprarem fotos impressas. Não será pela<br />
insegurança, nem pelo medo, nem pela ameaça.<br />
Durante muito tempo, a impressão (ou, melhor, a<br />
revelação) era a única forma de tangibilizar a fotografia.<br />
Hoje, graças à tecnologia, deixou de ser imprescindível.<br />
Não é mais uma obrigação (o que traz<br />
um certo alívio), para tornar-se uma oportunidade,<br />
um objeto de vaidade,<br />
um pequeno luxo, um<br />
simples prazer.<br />
A impressão de fotografia<br />
só será comprada<br />
e, portanto, precisa<br />
ser vendida, pelos seus<br />
próprios méritos. Pela<br />
beleza estética. Pelo<br />
acesso fácil. Pela durabilidade<br />
reconhecida.<br />
Pelo visual decorativo.<br />
Pelo aspecto tátil. Pelas<br />
cores fiéis. Pela flexibilidade. Pela riqueza da diagramação.<br />
Pela história que conta. Pela marca de quem<br />
capturou a imagem. Poético? Talvez, mas verdadeiro.<br />
No início da transição da foto analógica para a<br />
digital, havia dúvidas quanto à capacidade da<br />
nova tecnologia alcançar a qualidade do que<br />
havia até ali. Esse momento passou. A tecnologia<br />
digital não apenas igualou o antigo, conseguiu<br />
superá-lo em critérios de avaliação que<br />
nem existiam.<br />
As imagens que capturamos hoje, graças à tecnologia<br />
que não para de evoluir, têm potencial para<br />
serem sistematicamente melhores que as analógicas.<br />
Mas não por serem armazenáveis digitalmente.<br />
Pela captura, pela luz, pela velocidade, pela profundidade,<br />
pela estabilidade, pelo ângulo, pela composição,<br />
pelo tratamento.<br />
Basta? A lista pode ser<br />
bem mais longa.<br />
Além disso, as possibilidades<br />
de impressão<br />
são múltiplas.<br />
Além das fotos avulsas,<br />
ou de um álbum<br />
tradicional, podemos<br />
ter um Fotolivro em<br />
vários tamanhos e<br />
acabamentos, uma<br />
pequena sanfona de<br />
bolso, um porta-retrato em acrílico, uma tela de<br />
pintura tipo canvas, um alumínio na mesa ou na<br />
parede... e tantas outras possibilidades.<br />
Nossas melhores imagens, hoje e sempre, não<br />
precisam... mas merecem ser impressas!
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30 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
A ENCANTADORA<br />
FOTOGRAFIA DE<br />
DAWN POTTER<br />
CONHEÇA A NORTE-AMERICANA QUE VEM<br />
SURPREENDENDO COM SUA MANEIRA<br />
DELICADA DE FOTOGRAFAR<br />
Por Gabrielle Cesaretti e Thalita Monte Santo | Fotos: Dawn Potter
32 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
Falar de fotografia newborn é lembrar-se que,<br />
além de talento, são necessárias técnicas, preparo<br />
e um olhar sensível. E foi justamente o conjunto<br />
dessas coisas que Dawn Potter incorporou em<br />
sua forma de contar histórias.<br />
seu amor por bebês e fotografia quando seu<br />
caçula nasceu, em <strong>201</strong>3. Isso, porque antes<br />
mesmo de começar a fotografar, perdeu a<br />
oportunidade de fazer fotos de seu terceiro<br />
filho, em <strong>201</strong>1.<br />
A fotógrafa, que reside no estado de Washington<br />
(EUA), possui um portfólio encantador e<br />
costuma compartilhar suas técnicas através de<br />
workshops e mentorias em diversos países. Inclusive,<br />
esteve no Brasil em <strong>outubro</strong> deste ano<br />
e falou sobre seu trabalho durante o Congresso<br />
<strong>FHOX</strong> Newborn.<br />
Mãe de quatro filhos, ela sempre teve paixão<br />
pela criatividade e pela arte. Mas só juntou<br />
“Quando estava no hospital, entrei em contato<br />
com uma fotógrafa newborn para agendar<br />
uma sessão. Mas ela não tinha disponibilidade<br />
para fotografar o meu filho antes dele completar<br />
10 dias de vida e não teria como encaixá-lo<br />
na agenda. Eu fiquei devastada. Não tinha ideia<br />
de que havia um limite de dias, ou que eu precisaria<br />
ter agendado antes dele nascer. Acho<br />
que essa foi a maior motivação para eu mesma<br />
aprender a fotografar recém-nascidos”, diz.<br />
O principal propósito da fotógrafa é levar aos seus clientes a mesma emoção que ela sente ao rever as fotos de<br />
seus filhos quando bebês
Dawn se esforça para capturar a inocência<br />
e a beleza dos primeiros dias de vida de<br />
cada criança que passa pelo seu estúdio<br />
Dawn gosta de dizer que sua jornada na fotografia<br />
newborn começou como a de muitos outros<br />
fotógrafos: com uma câmera digital barata e o<br />
amor pelos bebês. Quando seu quarto filho nasceu,<br />
em <strong>201</strong>3, ela comprou uma câmera e começou<br />
a praticar. Foi em busca de especialização e<br />
se inspirou muito em Kelly Brown, um dos grandes<br />
nomes da fotografia newborn no mundo.<br />
“Eu passei o ano seguinte estudando de tudo, desde<br />
poses até negócios, para ter certeza de que realmente<br />
queria seguir nesse caminho, antes de dar o<br />
salto maior e iniciar o meu próprio negócio”, conta.<br />
Em <strong>201</strong>4 ela abriu seu estúdio em Renton e, com<br />
o tempo, começou a oferecer ensaios de gestantes<br />
e acompanhamentos. Hoje, acredita que tem<br />
o melhor emprego do planeta.<br />
Segundo ela, todo seu empenho está na busca<br />
por contar histórias de maneira que a inocência e<br />
a beleza dos primeiros dias de vida da criança sejam<br />
evidenciadas, pois eles passam muito rápido.<br />
Hoje, Dawn é especialista em poses e segurança<br />
em ensaios newborn. Todas as suas sessões são<br />
feitas em seu estúdio e com luz natural. “Acho que<br />
uma das coisas mais importantes quando falamos<br />
de fotografia de bebês é ter uma boa iluminação.<br />
Sei que muitas pessoas colocam ênfase no tipo de<br />
câmera que usam, ou nas lentes. Mas eu acredito<br />
que é a luz que vai fazer a diferença nas imagens”.<br />
Porém, a fotógrafa também alerta que, independente<br />
do fotógrafo usar a luz do estúdio ou luz<br />
natural, é necessário focar da modelagem da iluminação.<br />
“Eu falo o tempo todo para os participantes<br />
dos meus workshops que eles podem<br />
conseguir a pose mais perfeita de todas, mas<br />
uma luz ruim pode estragar a imagem”.
34 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
“Não compare seu trabalho com o dos outros.<br />
A única pessoa com quem você deve competir é<br />
consigo mesmo.”<br />
Dawn Potter<br />
Antes de qualquer ensaio, Dawn costuma<br />
agendar uma pré-consulta com os pais do<br />
bebê, seja por telefone, e-mail, mas, de preferência,<br />
presencial. A ideia é que ela possa<br />
conversar e conhecer mais sobre a família e<br />
entender, por exemplo, quais são as preferências,<br />
aversões e expectativas.<br />
Já na entrega de seus trabalhos, ela também surpreende.<br />
Cerca de duas semanas após o ensaio,<br />
Dawn convida novamente a família para visitar o<br />
estúdio e apresenta uma galeria completa com<br />
as imagens já editadas. Os pais escolhem as fotografias<br />
preferidas ali mesmo e a impressão fica<br />
pronta aproximadamente duas semanas depois.<br />
Para ela, uma das coisas mais importantes na trajetória<br />
newborn é acreditar no próprio trabalho.<br />
“Não compare seu trabalho com o dos outros.<br />
A única pessoa com quem você deve competir<br />
é consigo mesmo. Permita que o seu estilo se<br />
desenvolva com o passar do tempo e não espere<br />
que as coisas aconteçam sozinhas, é preciso agir<br />
e fazer acontecer”, finaliza.
Carla Durante<br />
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PARTE DE TRÊS DÉCADAS DE TRABALHO DA <strong>FHOX</strong><br />
Texto por Redação | Fotos: Ale Ruaro<br />
Dando sequência à celebração de 30 anos da<br />
<strong>FHOX</strong>, que teve início na edição 200, nesta edição<br />
mais 10 convidados, que fazem parte da<br />
história da Revista, dão seus depoimentos. São<br />
pessoas que atuam em diferentes segmentos da<br />
fotografia e da indústria fotográfica e ajudam a<br />
movimentar e enriquecer o mercado.<br />
Todos eles, assim como a <strong>FHOX</strong>, têm um objetivo<br />
em comum: tornar o mercado cada vez maior e<br />
relevante. Escolhê-los para esse especial foi uma<br />
forma de agradecer por tudo o que construíram<br />
até aqui. Os retratos são de Ale Ruaro, nome de<br />
destaque na fotografia brasileira, que também<br />
está ao lado da <strong>FHOX</strong>.
JÚNIOR SENE<br />
Júnior conta que sua história com a <strong>FHOX</strong> começou em<br />
2005, quando trouxe o quiosque da Mitsubishi para o<br />
Brasil. “O Carlos acreditava muito no sangue novo para<br />
o mercado, ele defendia muito a renovação. Tínhamos<br />
uma relação de mentor e discípulo. Minha carreira é muito<br />
pautada no que ele ensinava, no que ele direcionava.<br />
Foram muitos ensinamentos por todos esses anos”.
GRAZI VENTURA<br />
Fotógrafa de família há mais de sete anos, Grazi é um<br />
dos grandes nomes do segmento, tendo como missão<br />
um trabalho onde a arte e a sensibilidade podem se<br />
destacar. “A <strong>FHOX</strong> teve um papel fundamental na minha<br />
carreira de fotógrafa. Acredito que ela tem uma missão<br />
muito importante na fotografia, entregando conteúdo<br />
de qualidade, apostando em talentos e fazendo um trabalho<br />
que eleva os parâmetros do nosso mercado”.
RAFAEL KARELISKY<br />
Karelisky venceu três vezes o prêmio Wedding Best, a<br />
primeira vez em <strong>201</strong>4. Para ele, a importância da <strong>FHOX</strong><br />
é de estar bem no centro de diversas vertentes do mercado.<br />
“É um lugar que está aberto à reflexão e consegue<br />
fazer um meio de campo entre o fotógrafo, mercado e<br />
indústria. É um dos poucos lugares que está exatamente<br />
no meio de todas essas forças diferentes da fotografia”.
MÔNICA ZARATTINI<br />
Monica foi editora de fotografia do extinto Jornal da<br />
Tarde e também de O Estado de S. Paulo. Ela lembra<br />
que a <strong>FHOX</strong> acompanhou sua carreira jornalística,<br />
marcada pelas transformações da fotografia analógica<br />
para a digital. “A <strong>FHOX</strong> esteve presente no dia a dia das<br />
mudanças tecnológicas do fim do milênio, nos trazendo<br />
em primeira mão o que havia de mais interessante<br />
das novidades de equipamentos fotográficos, o que<br />
era imprescindível para nosso sucesso profissional”.
IATÃ CANNABRAVA<br />
Além de fotógrafo, professor e editor, Iatã Cannabrava,<br />
construiu uma biografia fundamental para a fotografia<br />
brasileira ao ser peça chave na consolidação do Festival<br />
Paraty em Foco e do Fórum Latino Americano de<br />
Fotografia. Iatã gosta de lembrar que foi exatamente<br />
num evento <strong>FHOX</strong> onde conheceu a diretoria do Itaú<br />
Cultural e iniciou a aproximação que levou ao surgimento<br />
do Fórum Latino Americano, “que segue vivo e<br />
tão relevante até hoje”. Ele diz ainda “que para aqueles<br />
que têm consciência de que a fotografia é hoje um instrumento<br />
de comunicação de massa, a Feira Fotografar<br />
deveria ser parada obrigatória”.
ALEXANDRE KEESE<br />
Alexandre Keese, empreendedor e um grande educador,<br />
é o responsável pela Photoshop Conference, importante<br />
conferência dedicada ao segmento. Também<br />
soube expandir seus negócios na área de eventos, com<br />
feiras importantes como a ExpoPrint e a Fespa. “Tive a<br />
oportunidade de palestrar em alguns eventos <strong>FHOX</strong> e<br />
pude perceber que compartilhamos da mesma paixão<br />
pelo que fazemos e por entregas profissionais”.
LEONARDO BOTELHO<br />
Gerente de Marketing da Sony, com uma vasta experiência<br />
no mercado, Botelho acompanhou muito da evolução<br />
da <strong>FHOX</strong>. Segundo ele, a Revista é mais do que<br />
um veículo de comunicação. É um player que fomenta as<br />
atividades mais importantes do setor. “Embora seja uma<br />
revista majoritariamente B2B, muito além de comunicar-<br />
-se com esse público, ela une os assuntos mais relevantes<br />
da indústria e as demandas que dela surgem. É simplesmente<br />
uma grande honra fazer parte dessa história”.
SIMONE SILVÉRIO<br />
Uma das primeiras fotógrafas a introduzir fotos de<br />
newborn no Brasil, Simone Silvério conta que a fotografia<br />
sempre lhe deu o privilégio de conhecer pessoas<br />
incríveis e fazer grandes amigos. “As pessoas da <strong>FHOX</strong><br />
são um grande exemplo disso, gente que eu admiro<br />
pela dedicação e profissionalismo a serviço da paixão<br />
pela fotografia. Que venham outras tantas décadas<br />
dessa parceria e amizade que tanto prezo”.
PAULINA TOKUY<br />
Paulina Tokuy, especialista de produtos da Konica Minolta,<br />
comenta que a Revista <strong>FHOX</strong>, se tornou referência<br />
quando se trata de levar informação aos leitores. “Seja<br />
através das matérias ou artigos técnicos, ou dos eventos<br />
que organiza, a <strong>FHOX</strong> é sinônimo de Fotografia no mercado<br />
brasileiro. Parabéns pelos 30 anos a toda família da<br />
Revista <strong>FHOX</strong>, e que venham muitos anos mais!”.
KAREN NAKAMURA<br />
Karen Nakamura, gerente de marketing da Konica Minolta,<br />
exalta que chegar aos 30 anos como referência<br />
no segmento não é fácil, independente da natureza<br />
da empresa ou, no caso da <strong>FHOX</strong>, como uma revista<br />
que, desde o início, primou por levar informação<br />
técnica e de mercado a seus leitores. “Parabéns por<br />
mais um ano de conquistas e por três décadas como<br />
a leitura preferida de fotógrafos e profissionais de<br />
imagem de todo o Brasil!”.
48 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
QUANDO UMA<br />
FOTO MORRE?<br />
Nicolau Piratininga é especialista em conservação<br />
de acervos e montagens fine art<br />
Autorretrato<br />
Em 2006 eu morava em Pinheiros, em São Paulo,<br />
e surgiram as notícias de que o metrô chegaria no<br />
bairro. Pensando nas transformações pelas quais a<br />
região passaria, determinei um perímetro geográfico<br />
no entorno da futura estação e sai fotografando<br />
e registrando tudo. Naquela época já existiam câmeras<br />
digitais, mas eu usava minha Pentax K1000<br />
e alguns rolos de filme. Cada foto era pensada,<br />
contada, e muitas vezes regressava para casa antecipadamente<br />
por não haver mais poses no filme.<br />
Depois mandava revelar o material e ficava ansioso<br />
para ver as imagens e catalogá-las. Era um<br />
exercício de memória lembrar onde cada foto<br />
havia sido feita no mapa. O tempo foi passando<br />
e comecei a juntar além das fotos, matérias de<br />
jornais e revistas, folhetos de lançamentos imobiliários<br />
e panfletos de lojas da região.<br />
Juntei tudo isso em um grande arquivo por mais<br />
de dez anos. No meio do caminho encostei minha<br />
máquina analógica e entrei no mundo digital.<br />
Voltava para casa somente quando acabava<br />
a bateria. Achei que ia economizar não precisando<br />
mais comprar filmes, mas foi um ledo engano.<br />
Passei a tirar mais fotos e com isso imprimia mais<br />
e gastava mais.<br />
O arquivo de fotos e documentos de Pinheiros<br />
está guardado, sempre penso no que devo fazer<br />
com ele, mas não tomei nenhuma decisão ainda.<br />
Continuo saindo para caminhar e fotografar e<br />
numa dessas andanças me surgiu a pergunta que<br />
dá o título a esse texto: quando morre uma foto?<br />
Será que minhas fotos de Pinheiros estão mortas?<br />
Para começar a responder essa pergunta, me<br />
vem a questão de quando nasce uma foto? Seria<br />
quando clicamos o botão da máquina ou<br />
quando encostamos o dedo na tela do celular?<br />
Seria quando surge a ideia de fazer um registro<br />
de imagem? Seria quando imprimimos ou revelamos<br />
a foto em algum substrato físico? Ou quando<br />
a postamos em uma rede social?<br />
Fotografias nascem com propósitos, e talvez seja<br />
isso que determine sua data de morte? Quando<br />
batemos várias fotos seguidas para depois escolher<br />
a melhor, ali mesmo, muitas delas já morreram.<br />
Quando selecionamos algumas dentre várias<br />
para imprimir, colocar no álbum ou fazer um<br />
fotolivro, muitas fotos não selecionadas morrem.<br />
Mas e as que foram escolhidas, aquelas de que<br />
gostamos e imprimimos, quando morrem?<br />
Será que aquelas fotos que estão dentro de uma<br />
caixa de sapato no fundo de um armário estão<br />
mortas? E aquelas jogadas no fundo de uma gaveta<br />
na escrivaninha? E uma foto emoldurada e<br />
desbotada, ou aquelas primeiras que estão no<br />
feed de uma rede social com milhares de publicações<br />
e que para vê-las é preciso descer páginas<br />
e páginas até cansar o dedo?<br />
Saber quando uma foto vai morrer pode nos ajudar<br />
a pensar no propósito e na forma como ela<br />
pode ser feita ou preservada? Sem dúvida fotos<br />
impressas demoram mais para morrer, mas se não<br />
forem bem-cuidadas e preservadas, seu tempo<br />
de vida pode ser curto e levar com elas memórias<br />
e registros de um passado que não volta.
Imprimir pode ser<br />
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50 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
O EVENTO MAIS<br />
LEGAL DO BRASIL<br />
<strong>FHOX</strong> VISITOU A CONFERÊNCIA LAMPIÃO E CURTIU A EXPERIÊNCIA<br />
Por Mozart Mesquita | Fotos: Sintyque Lemos e Lorrana Melo<br />
Fazer um evento inovador, em um ambiente tão<br />
acirrado como o atual mercado de eventos de<br />
fotografia, não é tão difícil. Afinal, as fórmulas se<br />
repetem Brasil afora e o line up de palestrantes<br />
também. Mas é preciso ter coragem. E esse parece<br />
ser um componente que não falta a Fernando<br />
Borges e sua Conferência Lampião. Mas sobre o<br />
delicioso sopro de ar fresco da Conferência vamos<br />
falar daqui a pouco.<br />
Antes, vale fazer uma análise do cenário atual<br />
dos eventos de fotografia comerciais no Brasil.<br />
Ou seja, excluindo os festivais e encontros de fotografia<br />
autoral, que na sua grande maioria vivem<br />
momentos difíceis, às margens da indústria<br />
e com escassez de recursos de mecenato.<br />
No nicho de eventos comerciais, mais voltados<br />
para a fotografia social (casamento, newborn,<br />
familia e etc), seguem pipocando em todos os<br />
cantos do País projetos muito parecidos, que seguem<br />
a mesma fórmula. Uma fórmula que se esgota.<br />
Temas e expositores, outros dois elementos<br />
importantes, também não fogem a regra.
Não é muito difícil citar prováveis palestrantes e<br />
empresas que estarão presentes no próximo fotoshow<br />
de alguma cidade brasileira. Já há casos<br />
de mais de um evento por cidade. Não precisa<br />
ser na capital. O encontro também pode ser organizado<br />
por encadernadoras, isso já é mais do<br />
que uma tendência.<br />
Com tantas atividades, há coisas boas e inevitáveis<br />
coisas ruins. A <strong>FHOX</strong> pode falar com propriedade<br />
sobre o assunto. Foi pioneira. Fez inúmeros<br />
road shows num mercado ainda com ares<br />
de faroeste e numa época em que ninguém fazia.<br />
Consolidou seu <strong>FHOX</strong> On The Road durante os<br />
anos 2000 em um formato que seria copiado a<br />
exaustão. Dois dias de conferencia, uma minifeira<br />
com marcas que querem vender seus produtos e<br />
serviços nos intervalos. O fato é que o material<br />
que move todo esse circuito de eventos indica<br />
alguma fadiga, ainda mais num ambiente de negócios<br />
não tão saudável.<br />
Seria clichê dizer que há um lampião no fim do<br />
túnel. Ironia do destino que a Conferência Lampião<br />
surja em Campos Dos Goytacazes, segunda<br />
maior cidade do Rio de Janeiro e primeira<br />
do Brasil a ter energia elétrica. Pois bem, é de lá<br />
que vem as melhores notícias para o mercado de<br />
eventos de fotografia no Brasil. Algo que já havia<br />
chamado a atenção nas suas outras edições, seja<br />
pela grade de palestrantes, seja pelo local inusitado,<br />
seja pela experiência que estava clara na<br />
sua própria comunicação.<br />
Mas só mesmo indo ver o bicho pra entender<br />
seu tamanho. E durante dois dias o que eu vi,<br />
serviu para corroborar todas as informações que<br />
havia recebido. Algo diferente está sendo feito<br />
ali. Forma, conteúdo e mensagem, são absolutamente<br />
diferentes da mesmice que tomou conta<br />
dos eventos do segmento em geral.<br />
Colaboração, compartilhamento e<br />
engajamento, deram o tom nas atividades<br />
dos dois dias da Conferência Lampião
52 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
Com apenas uma visita não dá para ter certeza<br />
do que isso acarreta do lado de negócios em<br />
si. Mas toda a cartilha da economia criativa está<br />
sendo seguida à risca no Lampião. Público jovem<br />
e interessado. Diversidade em todos os aspectos.<br />
Num País que enveredou a direita, a Conferência<br />
Lampião se posiciona acima de ideologias<br />
de forma humanista e ambientalista, fugindo da<br />
bobagem de princípios que reina por aí.<br />
Na credencial, o participante tem seu nome<br />
carimbado letra por letra<br />
A mistura de palestrantes vindos de diferentes<br />
matizes da produção imagética brasileira produziu<br />
um ótimo line up, composto por grandes nomes<br />
da fotografia social atual, talentos emergentes, experiências<br />
musicais, teatrais e circenses num espaço<br />
descolado, muito mais próximo de um cowork<br />
do que de um local de eventos tradicional.<br />
Logo na entrada, o clima que aguarda o visitante<br />
fica claro: com letrinhas de carimbo, o nome<br />
do visitante vai parar na credencial. Com espaço<br />
kids, redes espalhadas pelo ambiente, uma feira<br />
não convencional, muita fotografia exposta, comidinhas<br />
orgânicas e veganas, cerveja artesanal<br />
e muita alegria, o ambiente do Lampião está mais<br />
para os festivais de fotografia do mundo autoral<br />
do que para os eventos do mercado fotográfico,<br />
e é bom que seja assim.<br />
“A experiência era ainda mais intensa no outro<br />
local”, explica Cristian Lima, da Go Image, uma<br />
das patrocinadoras do evento junto com a 46<br />
Graus. Cristian se referia ao espaço dos anos anteriores:<br />
uma fabrica abandonada que dava ares<br />
ainda mais inusitados ao projeto.<br />
<strong>FHOX</strong> não conseguiu acompanhar todas as palestras,<br />
mas as que viu foram de altíssimo nível. Com<br />
destaque para João Machado, Lucas Gobatti, Lucas<br />
Landau e Clara Sampaio. Uma entrega atípica,<br />
posicionamento, atitude e muita paixão pelo que<br />
fazem foram a tônica de praticamente tudo o que<br />
foi apresentado em termos de conteúdo.<br />
Merece destaque também a festa na primeira noite<br />
do evento: organizadores, expositores, palestrantes<br />
e convidados não ficaram parados um único<br />
segundo, até mesmo esse humilde repórter se entregou<br />
ao funk absurdamente dançante proposto<br />
pela excelente DJ Afrolai. Uma experiência impar.<br />
Vida longa à Conferência Lampião!<br />
Maira Erlich e sua habitual qualidade de encantar plateias, dessa vez em Campos de Goytacazes
54 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
FORMA SUMMIT<br />
E A MATURIDADE<br />
DO MERCADO DE<br />
FORMATURAS<br />
FOI O PRIMEIRO EVENTO VOLTADO PARA O MERCADO DE<br />
FORMATURAS REALIZADO PELA <strong>FHOX</strong> FORA DA FEIRA FOTOGRAFAR<br />
Por Leo Saldanha | Fotos: <strong>FHOX</strong><br />
Fazer um evento com enfoque total para o mercado<br />
que mais cresce, com maior apetite por impressão<br />
e que gera mais receitas na fotografia,<br />
era uma demanda recorrente dos empresários do<br />
setor. Trazer uma pauta de relevância e principalmente<br />
focada na gestão do negócio era outra solicitação<br />
fundamental. Não poderia ser diferente,<br />
já que para atuar de forma saudável e com crescimento<br />
é fundamental gestão e visão empresarial.<br />
Logo, foi natural criar um evento educacional voltado<br />
para o fomento deste setor. O Forma Summit<br />
nasceu de um desejo dos próprios empresários. De<br />
uma demanda que surgiu das próprias empresas.<br />
Para olhar o momento e discutir o futuro, com<br />
enfoque em debates e negócios, cerca de 400<br />
empresários estiveram na primeira edição evento,<br />
que aconteceu nos dias 3 e 4 de <strong>setembro</strong>, no<br />
espaço de eventos do hotel Victoria Concept, no<br />
bairro de Cambuí em Campinas.<br />
O QUE FICOU CLARO NO<br />
PRIMEIRO FORMA SUMMIT?<br />
Mais do que quantidade de pessoas visitando, o<br />
que movimenta um ramo são os negócios gerados.<br />
E que quem atua com formaturas quer encon-
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 55<br />
As principais empresas do mercado marcaram presença, mostrando seus produtos e serviços<br />
trar soluções profissionais e se inspirar nas melhores<br />
práticas de negócios.<br />
Pauta útil e pé no chão. Talvez essa seja uma boa<br />
forma de definir as palestras e conteúdos apresentados<br />
nos dois dias do Fórum de Ideias. Gestão,<br />
vendas, marketing, tendências, cases e muita<br />
interação. O que diferenciou o evento de outros<br />
foi a participação ativa dos congressistas, que<br />
efetivamente comentaram e tiraram dúvidas.<br />
Mais do que isso, a generosidade dos palestrantes<br />
que expuseram números e melhores práticas.<br />
Abrindo planilhas do Excel para analisar lucratividade,<br />
custos, margem de contribuição e afins.<br />
Coisa rara de se ver em qualquer congresso de<br />
fotografia no Brasil.<br />
Assim como ocorreu com o Cabine Photoshow,<br />
os congressistas terão acesso ao conteúdo digital<br />
gravado pela <strong>FHOX</strong>Play, a nova produtora de ví-<br />
1. Josué Delmondes da Del’s Brindes<br />
Promocionais; 2. Claudio Cruz e a chegada da<br />
fintech Z4MONEY ao mercado de formaturas;<br />
3. O público presente pode conhecer todas as<br />
novidades para formaturas; 4. Guaraci Digital,<br />
uma das patrocinadoras do evento, levou sua<br />
linha de impressoras Hiti
56 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
deo da <strong>FHOX</strong>. O material será disponibilizado em<br />
breve, tanto para quem participou quanto aos que<br />
não puderam comparecer e queiram comprá-lo.<br />
No primeiro Forma Summit a Feira com as marcas<br />
estava junto ao espaço das palestras. E no<br />
ambiente das marcas, tudo em um formato simplificado<br />
de mesas de Negócios. O resultado foi<br />
uma proximidade dos fornecedores com os visitantes.<br />
Muito relacionamento, troca de ideias e<br />
bons negócios.<br />
Outro fator importante foi a participação de<br />
grandes marcas comprometidas com esse mercado.<br />
Caso dos três patrocinadores: Guaraci Digital/HiTi,<br />
Canon e da startup Z4MONEY. Das<br />
apoiadoras SGE e PixelHouse e das demais empresas:<br />
Xerox, Fujifilm, Konica Minolta, Viacolor,<br />
Zangraf, LAF Encadernadora, Universal, Prolab,<br />
Photum, entre outras.<br />
O que ficou evidente nos dois dias de evento é<br />
do quanto esse mercado é promissor e repleto de<br />
desafios. Seja com o avanço do formato EAD (que<br />
deve representar mais da metade das matrículas<br />
até 2023 no ensino superior) ou da mudança de<br />
comportamento do formando em busca de experiências<br />
que, de certa forma, apresentam possíveis<br />
obstáculos para as empresas de formatura.<br />
No contexto geral, está clara e cada vez maior<br />
maturidade do empresariado do ramo e interesse<br />
de todos os envolvidos em fortalecer o setor.<br />
Tanto com o avanço da ABEFORM (associação<br />
que surgiu com o apoio da <strong>FHOX</strong> para regulamentar<br />
esse mercado) quanto como a participação<br />
dos pequenos, médios e grandes empresários<br />
de todas as partes do Brasil. Sinal de um mercado<br />
cada vez mais consciente dos seus desafios e das<br />
enormes oportunidades que oferece.<br />
Participantes do Fórum de Ideias, depois da última palestra do evento
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58 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
A UTILIZAÇÃO<br />
DE OBRA<br />
FOTOGRÁFICA<br />
ALHEIA: MERA<br />
REFERÊNCIA<br />
OU PLÁGIO?<br />
Arquivo Pessoal<br />
Paulo Gomes de Oliveira Filho é advogado e<br />
especialista em direito autoral<br />
A lei 9.610/98 é clara quanto aos direitos autorais<br />
do autor da obra fotográfica, estabelecendo de<br />
forma objetiva que:<br />
a) a fotografia, quando utilizada por terceiros,<br />
indicará de forma legível o nome do seu autor.<br />
b) É vedada a reprodução de obra fotográfica<br />
que não esteja em absoluta consonância com o<br />
original, salvo prévia autorização do autor.<br />
Assim, qual a situação do fotógrafo quando utiliza<br />
uma foto anterior - de autoria de terceiro - como<br />
“base” para a produção de uma nova obra fotográfica?<br />
Quais os limites da “similaridade” em fotografia?<br />
Partindo do princípio de que a obra fotográfica<br />
original é protegida por 70 anos a partir da sua<br />
divulgação (após esse período a obra cai em<br />
domínio público) e que sua utilização, por quem<br />
quer que seja e em qualquer situação, implica na<br />
obrigação de ser indicado o crédito autoral, teremos<br />
algumas situações bastante interessantes:<br />
a) Com base numa fotografia anterior, o fotógrafo<br />
cria uma nova.<br />
Essa primeira fotografia, sobre a qual a Segunda<br />
derivou, pode ter sido utilizada como simples referência,<br />
desde que as suas características principais<br />
não sejam repetidas pela derivada (e neste caso<br />
não haverá infração). Entretanto, se há reprodução,<br />
ainda que parcial e mesmo camuflada, de pontos<br />
fundamentais da obra anterior, sem dúvida alguma<br />
estar-se-á infringindo os direitos autorais do autor<br />
da obra original. Ou seja, cometeu-se plágio.<br />
As penas por tal infração são de ordem criminal<br />
e de ordem civil (indenizações por danos morais<br />
e patrimoniais).<br />
b) Uma nova foto (assim como qualquer obra<br />
plástica) é composta mediante o “redesenho” ou<br />
por junção de obras anteriores, parciais ou totais,<br />
pertencentes a terceiros, dando-se origem<br />
a uma nova obra (fotográfica ou qualquer outra<br />
obra plástica): É LEGAL ???<br />
Eis aí uma questão extremamente complexa e<br />
difícil de responder. Sob o aspecto das “limitações<br />
aos Direitos Autorais” estabelecido pela Lei<br />
Autoral (art. 46), a reprodução parcial ou integral<br />
seria livre desde que a reprodução da obra anterior,<br />
em si, não fosse o objetivo da obra nova<br />
e desde que não prejudicasse, de qualquer forma,<br />
o autor da(s) obra(s) original(is). Entretanto,<br />
além de haver a necessidade de citação do<br />
crédito autoral do autor da primeira obra, há um<br />
segundo elemento estabelecido pelo art. 79 da<br />
lei autoral que exige autorização do autor para
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 59<br />
a reprodução da obra fotográfica que não esteja<br />
em absoluta consonância com o original.<br />
Portanto, em tese, a obra fotográfica original poderia<br />
ser utilizada integralmente (mas não parcialmente),<br />
na elaboração de uma nova obra (inclusive<br />
fotográfica), nas condições acima, mesmo<br />
sem autorização prévia do autor, para composição<br />
de uma obra nova, desde que também houvesse<br />
a citação do crédito autoral e desde que não prejudicasse,<br />
de qualquer forma, o(s) autor(es) da(s)<br />
obra(s) original(is) componentes da obra derivada.<br />
Há de se destacar, ainda, que tais “liberdades” do<br />
uso da obra alheia não se aplicam à publicidade,<br />
já que o intuito desta é estritamente comercial e<br />
não artística (ainda que possa também ser considerada<br />
artística, mas de forma secundária).<br />
c) Quem é o autor e a quem pertencem fotos de<br />
assuntos abrangentes (foto jornalística, shows,<br />
paisagens, desfiles, aérea, praias, etc) quando<br />
utilizadas em publicidade?<br />
O fotógrafo, autor da foto, é o titular original dos<br />
direitos autorais (morais e patrimoniais) e somente<br />
por cessão de direitos autorais (obrigatoriamente<br />
por escrito) pode transferir os direitos<br />
autorais patrimoniais a terceiros.<br />
Há de se lembrar que não se pode confundir<br />
os direitos autorais da obra fotográfica com a<br />
imagem fotografada ou reproduzida. Assim,<br />
se a imagem for de pessoa humana, há de se<br />
obter autorização de seu titular (não havendo<br />
a possibilidade de cessão definitiva de direitos<br />
de imagem) para sua reprodução comercial e<br />
ou publicitária.<br />
O mesmo se diga de obras plásticas reproduzidas<br />
fotograficamente: há necessidade de autorização<br />
do titular dos direitos autorais, morais e<br />
patrimoniais, da obra plástica fotografada, se o<br />
fim da obra fotográfica for comercial.<br />
Os princípios de proteção ao autor - pessoa<br />
física - de qualquer obra intelectual estão mais<br />
incisivamente estabelecidos na lei autoral vigente,<br />
inclusive o da interpretação restritiva, ou seja,<br />
somente é permitida a utilização de qualquer<br />
obra intelectual, por terceiros, nos limites fixados<br />
em contrato escrito, não podendo haver uma interpretação<br />
mais elástica quanto a esse uso.<br />
Daí porque é essencial que se fixem prazos, territórios,<br />
tipos de utilização e finalidades (além<br />
de outros elementos contratuais) na concessão<br />
de uso da obra fotográfica, notadamente no<br />
campo publicitário.
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 61<br />
A NATUREZA<br />
BRASILEIRA PELO<br />
OLHAR ARGENTINO<br />
PABLO GUSTAVO LEVINSKY ENCONTROU NO REGISTRO DA NATU-<br />
REZA BRASILEIRA O SEU ESPAÇO<br />
Texto por Redação | Fotos: Paulo Gustavo Levinsky<br />
Quando o argentino Pablo Gustavo Levinsky (47)<br />
mudou-se para o Brasil, em 2009, passou a ver de<br />
perto algo que só acompanhava por livros, documentários<br />
e internet: a fauna brasileira. A fotografia<br />
então surgiu como recurso para registrar toda<br />
a “bicharada” que ele sempre admirou de longe.<br />
Trocou Buenos Aires por Campinas (SP) porque<br />
alguns parentes já moravam na cidade do interior<br />
paulista. E encontrou nas ruas do bairro, com<br />
uma câmera simples, as cores vivas e intensas<br />
dos insetos.<br />
“Nas primeiras caminhadas pelo bairro, com uma<br />
câmera na mão, ia atrás de insetos. A câmera era<br />
simples e automática, mas notei que tinha uma<br />
boa qualidade de macro e tomei o gosto por<br />
esse tipo de fotos”, explica.<br />
Depois de um tempo, começou a ministrar oficinas<br />
de fotografia em escolas, centros culturais e empresas.<br />
As oficinas, segundo ele, são breves. Nelas, tenta<br />
transmitir uma série de conceitos básicos, porém<br />
essenciais, para quem deseja começar na fotografia.<br />
“Minha fotografia, diria que é simples e com poucos<br />
recursos técnicos, mas encontro nelas algo<br />
cativante. Me motiva poder compartilhar o desfrute<br />
que eu mesmo experimento na hora de registrá-las.<br />
Quero mostrar algo belo”, conta. Ele<br />
tenta ser fiel à natureza e as cores. “Apago muitas<br />
fotos por não conseguir a cor justa”.<br />
O fotógrafo planeja editar um livro com suas fotografias.<br />
Inclusive, entre 27 de agosto a 28 de <strong>setembro</strong>,<br />
esteve com uma exposição no Museu da<br />
Imagem e do Som de Campinas intitulada Natureza,<br />
Numa Folha Qualquer. Junto a suas fotografias,<br />
a mostra também exibiu alguns desenhos feitos<br />
por sua filha Marcela, de nove anos. É possível perceber<br />
que as fotos de Levinsky a influenciaram.<br />
Entre as coisas que o inspiram estão, inclusive, os<br />
próprios animais e insetos. Além disso, ele busca<br />
referências em grandes fotógrafos como Thomas<br />
Marent e Igor Siwanowicz.<br />
“O trabalho de muitos fotógrafos me provoca um<br />
grande deleite e, consecutivamente, a ideia de querer<br />
também produzir isso, uma linda foto e o desfrute<br />
de alguém ao vê-la”. Para ele, fotografar significa<br />
uma maneira de se comunicar falando pouco.<br />
Levinsky acredita que o que mais lhe traz motivação<br />
para fotografar é poder compartilhar o<br />
mesmo que enxerga com outras pessoas.<br />
Esta história faz parte da seleção Sua História<br />
na <strong>FHOX</strong>. Você também pode ter sua história<br />
publicada nas próximas edições. Envie um resumo<br />
e porque ela merece estar na <strong>FHOX</strong> para<br />
thalita@fhox.com.br.
62 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
O IMPACTO<br />
POSITIVO DA<br />
MÍDIA IMPRESSA<br />
Fabio Arruda Mortara é Country Manager de Two Sides<br />
Brasil, importante projeto mundial de defesa do papel,<br />
da comunicação impressa e das embalagens de papel<br />
Arquivo pessoal<br />
Decisões nas esferas governamentais geralmente<br />
têm implicações para além de seus objetivos<br />
principais. Tais desdobramentos, no entanto,<br />
podem ser tão importantes a ponto de merecer<br />
uma discussão mais profunda. Assim, sem entrarmos<br />
no mérito da recente decisão do excelentíssimo<br />
presidente Jair Bolsonaro, queremos<br />
oferecer informações sobre a origem do papel<br />
com que se imprimem jornais, revistas, livros,<br />
embalagens e tantos outros produtos.<br />
Ao justificar a edição da Medida Provisória que<br />
dispensa as empresas de capital aberto de publicar<br />
balanços nos jornais, Jair Bolsonaro menciona,<br />
como uma das vantagens da decisão, benefícios<br />
ao meio ambiente, subentendendo-se<br />
aí, equivocadamente, que a produção de papel<br />
seria feita a partir de matéria-prima proveniente<br />
de árvores nativas, o que não é fato.<br />
Como o papel é feito a partir de árvores, muitas<br />
pessoas, empresas e organizações tendem a<br />
acreditar que sua produção é uma das causas<br />
do desmatamento. E o presidente da República<br />
involuntariamente incorreu nesse engano.<br />
Plantar árvores para produção de celulose, papel<br />
e outros produtos industriais é uma atividade<br />
agrária como tantas outras, feita de forma responsável<br />
e usando as melhorias técnicas de manejo.<br />
No Brasil existem cerca de 7,8 milhões de<br />
hectares de florestas plantadas – menos de 1%<br />
do território nacional –, dos quais 2,65 milhões<br />
destinam-se à produção de celulose e papel.<br />
A produção de celulose e de papel é uma atividade<br />
na qual o Brasil se destaca. Somos o segundo<br />
maior exportador de celulose do mundo. Em<br />
<strong>201</strong>8, a receita bruta com tal atividade foi de R$<br />
73,8 bilhões, o equivalente a 1,1% do PIB nacional<br />
e 6,1% do PIB Industrial.<br />
Assim, longe de representar uma ameaça à sustentabilidade,<br />
a produção e utilização de papel<br />
são exemplos de como se pode aliar crescimento<br />
e preservação do meio ambiente.<br />
O fato é que 100% do papel produzido no Brasil<br />
provém de árvores cultivadas para esse fim. A<br />
produção e o uso desse papel não causam nenhum<br />
centímetro quadrado de desmatamento.<br />
Isso sem falar no fato de que plantar árvores é<br />
uma das principais ações para redução do efeito<br />
estufa e prevenção às mudanças climáticas.
64 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
SEGURANÇA<br />
GARANTIDA EM<br />
CONTRATO<br />
PROBLEMAS NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO OU FALHAS DE COMUNI-<br />
CAÇÃO COM O CLIENTE PODEM ACABAR LEVANDO FOTÓGRAFOS<br />
AOS TRIBUNAIS<br />
Por Flávio Augusto Priori<br />
Recentemente, casos de disputas judiciais entre<br />
clientes e fotógrafos repercutiram no meio fotográfico.<br />
Em Linhares (ES), uma mulher ganhou um<br />
processo contra o fotógrafo que havia contratado<br />
alegando que as fotos da festa de sua filha ficaram<br />
com baixa qualidade e que o profissional não cumpriu<br />
com o horário estipulado. Por determinação da<br />
justiça, ela será indenizada em R$ 3 mil pelo fotógrafo,<br />
mais o ressarcimento do valor pago pelo serviço.<br />
Na decisão, o juiz Wesley Sandro Campana dos<br />
Santos proferiu que “na aplicação do valor do dano<br />
moral, o magistrado deve estar atento a certa razoabilidade,<br />
dentro de alguns requisitos de cada<br />
caso”. No presente caso, ele observou que o dano<br />
foi grave, considerando que se trata de fatos que<br />
“não podem ser reparados, pois o momento já passou<br />
e não pode ser fotografado novamente, o que<br />
jamais será esquecido”.
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 65<br />
Em Campo Grande (MS) outra cliente acionou a<br />
justiça após o estúdio fotográfico não comparecer<br />
na data do evento e não avisar a ausência de forma<br />
antecipada. A decisão também foi favorável à parte<br />
reclamante, com pagamento de multa no valor de<br />
R$ 30 mil - R$ 10 mil para cada autor da ação, a mãe<br />
e seus dois filhos.<br />
Foto: Fernando Freitas<br />
Em ambos os casos ainda cabem recursos, mas, de<br />
toda forma, ilustram um aspecto muito importante<br />
do trabalho com fotografia, que por vezes só é lembrado<br />
quando algum problema acontece: o contrato.<br />
Por mais que o objetivo da maioria dos profissionais<br />
seja efetuar um bom trabalho, imprevistos podem<br />
acontecer e, em último caso, impasses só são resolvidos<br />
pelo poder judiciário.<br />
O advogado Carlos Alberto de Andrade Costa Júnior,<br />
especialista em direito do consumidor, conta<br />
que fotógrafos devem se ater na hora de elaborar<br />
um contrato de trabalho, pois é preciso garantias<br />
legais caso algum imprevisto aconteça. O primeiro<br />
passo é definir claramente qual trabalho será feito e<br />
o transcrever de forma clara e direta.<br />
Costa Júnior salienta que os profissionais também<br />
não devem se esquecer de mencionar sobre permissões<br />
de uso de imagem. “O fotógrafo, ao redigir o<br />
contrato de prestação de serviço, deve mencionar<br />
em cláusula específica que o cliente autoriza o uso<br />
das imagens do evento como portfólio, seja ele impresso<br />
ou através de mídias sociais e digitais, de forma<br />
gratuita”, aconselha e reforça que “outros tipos<br />
de uso de imagem devem também ser especificados,<br />
caso necessário”.<br />
As garantias em contrato também valem para casos<br />
onde os clientes querem fazer um checklist<br />
de fotos, atitude que não é apreciada por muitos<br />
fotógrafos. O advogado sugere que nesse tipo de<br />
situação o profissional estipule uma cláusula determinando<br />
obrigações de ambas as partes, para que<br />
exista um equilíbrio.<br />
“Citando um exemplo, pode-se estipular ao contratado<br />
(o fotógrafo) a liberdade para utilizar a criatividade<br />
no desempenho das atividades, bem como<br />
flexibilizando ao contratante (o cliente) incrementar<br />
com sugestões, a fim de evitar conflitos entre as partes”,<br />
aconselha.<br />
Fabrício Posocco, Advogado especialista em relações<br />
de consumo<br />
Costa Júnior também alerta sobre o armazenamento<br />
das fotos. “É bom mencionar em cláusula específica<br />
o período de arquivamento das imagens realizadas<br />
no contrato, estipulando o tempo no qual o fotógrafo<br />
irá manter as fotos. Via de regra, as empresas arquivam<br />
pelo período de um ano, contudo não há lei<br />
que estipule prazos”.<br />
Em situações nas quais não há um contrato oficial firmado<br />
entre as partes, ainda é possível acionar a Justiça.<br />
Costa Júnior explica que e-mails e até mesmo<br />
conversas por aplicativos podem ser usadas como<br />
provas em eventuais processos.<br />
“Ambas as formas são aceitas por nosso judiciário,<br />
inclusive as conversas de WhatsApp, que são regulamentadas<br />
pelo Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14)<br />
e validadas no Código de Processo Civil através do<br />
artigo 411, II. Ele menciona que será considerado autêntico<br />
quando estiver identificado por qualquer meio<br />
legal de certificação, ou seja, desde que conste como<br />
recebido e lido, as duas setinhas da plataforma”.<br />
DANOS MORAIS E RESSARCIMENTO<br />
Se atentar a todos os detalhes, em relação à parte<br />
jurídica, faz parte do trabalho de um profissional da<br />
imagem. Da mesma forma, é preciso, uma que vez<br />
firmado o acordo, ter as condições necessárias para<br />
cumprir o que for estabelecido.<br />
O advogado Fabrício Posocco, especialista em relações<br />
de consumo do escritório Posocco & Advoga-
66 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
No entanto, a comissão assinou um contrato retirado<br />
da internet, no qual não constavam todas as promessas<br />
feitas pela empresa. O resultado disso foi um salão<br />
decorado de forma muito mais simples do que foi<br />
acordado; ao invés de uma banda havia somente um<br />
DJ e o espaço para trabalho do Buffet, contratado a<br />
parte, foi muito menor do que o imaginado.<br />
Arquivo pessoal<br />
“O contrato de<br />
prestação de serviço<br />
deve mencionar em<br />
cláusula específica que<br />
o cliente autoriza o uso<br />
das imagens do evento<br />
como portfólio”<br />
Carlos Alberto de A. Costa Júnior, advogado<br />
dos Associados, atuou em um caso onde o fotógrafo<br />
foi contratado para fazer as fotos e filmagem de um<br />
casamento, mas acabou perdendo parte do trabalho.<br />
“Foi movida ação por danos materiais e morais contra<br />
ele. O juiz condenou o profissional a devolver<br />
metade do valor pago, uma vez que somente metade<br />
do trabalho teria sido realizada a contento, a<br />
filmagem da festa. O valor foi ressarcido com juros<br />
e correção monetária em mais R$ 15 mil a título de<br />
danos morais”.<br />
Em outro caso, dessa vez envolvendo uma festa de<br />
formatura, a situação saiu totalmente fora do esperado.<br />
“A comissão de formatura contratou uma empresa<br />
de foto/filmagem para cobertura do evento.<br />
A contratada prometeu festa, convite para formando<br />
e mais nove pessoas por mesa, banda de música<br />
e ornamentação do salão”, conta o advogado.<br />
“A cozinha era muito pequena e esses prestadores<br />
tiveram que utilizar uma parte do salão para preparar<br />
os alimentos, o que reduziu o espaço para os<br />
convidados. Enfim, o evento não saiu conforme o<br />
contratado”. Posocco conta que a situação terminou<br />
com os consumidores ajuizando ação contra<br />
a empresa em relação a danos materiais e morais.<br />
“Tiveram uma sentença favorável de danos materiais<br />
(R$ 10 mil) e danos morais (R$ 3 mil) para cada<br />
formando”, finaliza.<br />
MUDANÇAS DE ÚLTIMA HORA<br />
Mesmo tomando todos os cuidados, sempre existem<br />
margens para que dores de cabeça surjam. O<br />
fotógrafo Alexandre Frata, de São Paulo (SP), conta<br />
que mesmo com um contrato já firmado, o cliente<br />
resolveu fazer uma mudança de última hora quanto<br />
à utilização das imagens, sem a contrapartida do pagamento<br />
apropriado.<br />
“Fui contratado por uma promotora de eventos para<br />
cobrir o lançamento de uma linha de roupas de uma<br />
loja da Rua Oscar Freire, em São Paulo. Cumpri o<br />
prazo de entrega combinado, mas, na hora de receber,<br />
a empresa, de matriz estadunidense, queria me<br />
obrigar a assinar um documento cedendo os direitos<br />
autorais de todas as imagens”, diz.<br />
Para Frata não haveria problema na mudança se o<br />
valor do trabalho previamente combinado fosse alterado,<br />
visto que a utilização das imagens teria outro<br />
propósito. Porém não foi isso que aconteceu. O fotógrafo<br />
explica que o departamento jurídico da empresa<br />
não gostou dessa atitude.<br />
Felizmente as partes chegaram a um entendimento,<br />
mas o fotógrafo só recebeu o pagamento muito<br />
tempo depois do combinado. “Também nunca mais<br />
fui chamado para cobrir eventos de qualquer empresa<br />
do grupo”, finaliza.
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68 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
ABRAFOTO DE<br />
OLHO NO FUTURO<br />
MAIS UMA ENTIDADE DA FOTOGRAFIA BRASILEIRA FECHA<br />
PARCERIA DE COLABORAÇÃO COM <strong>FHOX</strong><br />
Por Redação | Foto: German Lorca
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 69<br />
A ABRAFOTO, que há alguns anos abriu seu<br />
escopo de atuação como Associação Brasileira<br />
de Fotógrafos Publicitários para Associação<br />
Brasileira de Fotógrafos Profissionais, está presente<br />
no mercado fotográfico há 34 anos.<br />
“Hoje já temos um espectro mais amplo dentro<br />
do nosso quadro associativo, como editorial,<br />
fine art, fotografia corporativa, retratos<br />
e fotografia social”, explica o fotógrafo Cristiano<br />
Busmester, que há cerca de uma década<br />
preside a entidade e está em seu terceiro<br />
mandato.<br />
Recentemente, Busmester procurou a <strong>FHOX</strong><br />
para falar sobre a iniciativa Escola de Negócios,<br />
um curso de sucesso que o Grupo <strong>FHOX</strong><br />
tem mantido para o reposicionamento de profissionais<br />
do setor.<br />
Ao saber que <strong>FHOX</strong> anda bastante ligada ao<br />
assunto Associações, que ajudou na criação<br />
da ABEFORM - para o mercado de Formaturas<br />
-, e está em um intenso trabalho de reposicionamento<br />
com a ABFRN - do mercado<br />
Newborn-, além de iniciar tratativas com lideranças<br />
do segmento de Cabines para que<br />
esse mercado também tenha sua entidade,<br />
Busmester ficou animado.<br />
“Claro que no caso da ABRAFOTO, a entidade<br />
tem algumas conquistas estabelecidas, como<br />
o seguro coletivo por exemplo, que é um dos<br />
melhores senão o melhor do Brasil. Isso pode<br />
até ajudar outras entidades e acredito que temos<br />
uma troca muito legal para fazer com a<br />
ABRAFOTO”, comemora Mesquita.<br />
O trabalho que <strong>FHOX</strong> vem fazendo para a AB-<br />
FRN, por exemplo, deve ser estendido para a<br />
ABRAFOTO. Como o forte foco na reaproximação<br />
da entidade com as marcas do setor e a<br />
expansão da base de associados, inclusive mirando<br />
num primeiro nicho específico: o setor<br />
de profissionais que fotografam casamentos.<br />
Certamente a partir de agora, a ABRAFOTO<br />
estará mais próxima dos leitores e assinantes<br />
de <strong>FHOX</strong>. Além de estar mais presente em<br />
seus eventos. Vai também assumir um blog no<br />
portal fhox.com.br.<br />
Já para os membros da entidade, assinatura<br />
do conteúdo <strong>FHOX</strong> e o clube de benefícios e<br />
vantagens CameraClub passam a ser parte do<br />
seu dia a dia.<br />
AS VANTAGENS ATUAIS<br />
DE SE ASSOCIAR A<br />
ABRAFOTO:<br />
“Acredito que há muita demanda por melhoria<br />
do ambiente profissional em todos os segmentos<br />
da fotografia. E isso traz uma consciência<br />
de classe. Temos sido demandados nesse sentido<br />
e achamos muito bom. Com isso vem a<br />
ideia de colaborarmos com a ABRAFOTO também”,<br />
explica Mozart Mesquita, líder de <strong>FHOX</strong>.<br />
1. Seguro para Equipamento com<br />
cobertura nacional e internacional. Apólice<br />
coletiva co-gerenciada pela ABRAFOTO<br />
com taxa muito competitiva: 2,5%<br />
2. Assessoria jurídica especializada para<br />
questões relativas a contratos de produção<br />
fotográfica, direitos de uso de imagem,<br />
autoria entre outras questões.<br />
3. Assessoria contábil.<br />
4. Acesso a workshops e palestras com<br />
profissionais renomados em temas da área.<br />
Diretoria ABRAFOTO: José Henrique Ferreira<br />
Lorca, Cristian Busmester e Ricardo de Vicq<br />
em retrato do mestre German Lorca<br />
5. Website institucional com link de<br />
cada associado com portfólio e dados de<br />
contato.<br />
6 E 7. Conteúdo <strong>FHOX</strong> + CameraClub
70 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
ENTREGA<br />
FINAL EM<br />
MÍDIA FÍSICA<br />
OU DIGITAL?<br />
Rafael Arruda é especialista em marketing digital<br />
e diretor da Soul + Digital<br />
Arquivo pessoal<br />
Quem me conhece sabe que eu sou especialista<br />
em marketing digital, com um enfoque bem<br />
grande no Google e em Social Media, e tenho,<br />
inclusive, uma agência de Marketing 360, onde<br />
o digital vem sempre primeiro. Mas quando falamos<br />
em entrega final, a dos seus trabalhos de<br />
fotógrafo, a conversa muda um pouco.<br />
O marketing deve ser para atrair o cliente, e depois<br />
de contratado<br />
é só executar o serviço<br />
e pronto. Certo?<br />
Errado! Quando<br />
você acaba o trabalho<br />
e passa para<br />
a entrega do serviço<br />
começa uma<br />
nova etapa, a de<br />
encantar o cliente<br />
com o resultado e<br />
passá-lo para seu<br />
multiplicador, ou<br />
divulgador do seu<br />
serviço.<br />
Assim, quando você entrega simplesmente de<br />
forma digital, a emoção pode ser menor do<br />
que deveria, e seria com a entrega do impresso/revelado.<br />
Você se garante em seu trabalho enquanto fotógrafo<br />
certo? Ou pelo menos está estudando para<br />
que cada dia possa melhorar sua fotografia, editar<br />
e ganhar mais clientes com a qualidade. Pois<br />
é. Isso não é mais que sua obrigação.<br />
Entregar o prometido para o cliente é sua obrigação<br />
e geralmente é o que é colocado em contrato.<br />
O que você precisa agora é entregar mais<br />
alguma coisa. Precisa se conectar com o cliente<br />
de forma única e sensorial, para que ele, com sua<br />
satisfação, divulgue seu trabalho por você.<br />
Entregue um álbum<br />
impresso. De<br />
qualidade, é claro.<br />
Os álbuns tem uma<br />
durabilidade excelente<br />
e a fotografia<br />
revelada de verdade<br />
pode perpetuar<br />
para sempre, se<br />
bem cuidadas.<br />
Pense em você.<br />
Quantas vezes não<br />
ficou vendo álbuns<br />
e fotografias com<br />
familiares e amigos? Isso é raro ou nem acontece<br />
se não estiver impresso. Além de que foto impressa/revelada<br />
não pega vírus.<br />
Entregue seu álbum de forma impressa. Coloque<br />
os custos de forma embutida, porque as memórias<br />
não tem preço, tem valor. E o melhor é que vão<br />
fazer seu marketing de pós-venda por você.
Imagine a<br />
comunicação<br />
sem fotógrafos<br />
Ela certamente não seria<br />
a mesma sem a fotografia<br />
profissional.<br />
Por esse motivo, há 34 anos,<br />
a Associação Brasileira de<br />
Fotógrafos (ABRAFOTO) foi<br />
criada. Visando estabelecer<br />
princípios morais e éticos<br />
para fotógrafos profissionais.<br />
Confira todas as vantagens<br />
e requisitos para fazer parte<br />
da entidade.<br />
Seja você também um<br />
associado ABRAFOTO.<br />
WWW.ABRAFOTO.COM.BR<br />
Tel: 11 3168-1093
72 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
NOTAS<br />
Div.<br />
SKYPIXEL E DJI LANÇAM O<br />
PRIMEIRO CONCURSO DE<br />
CURTAS-METRAGENS<br />
A DJI e a SkyPixel anunciaram seu primeiro concurso<br />
de curtas-metragens e convidam participantes a<br />
enviarem suas histórias cinematográficas capturadas<br />
com câmeras e estabilizadores. O concurso de<br />
curta-metragens SkyPixel <strong>201</strong>9 está com inscrições<br />
abertas até o dia 14 de <strong>outubro</strong> de <strong>201</strong>9, para todos<br />
os tipos de criadores: amadores entusiastas e profissionais<br />
do ramo. São três categorias diferentes: “A<br />
grandeza está nos detalhes”, “Dê o primeiro passo”<br />
e “A aventura começa com você”. Ao todo, serão<br />
dados quase US$ 48,6 mil em premiações. As inscrições<br />
podem ser feitas no site: www.skypixel.com,<br />
onde também se encontra o regulamento completo.<br />
NIKON ATUALIZA<br />
SNAPBRIDGE PARA<br />
VERSÃO 2.6<br />
A Nikon atualizou o aplicativo SnapBridge<br />
para a edição 2.6, adicionando o recurso de<br />
transferência de arquivos RAW, tanto NEF<br />
como NRW, para smartphones a partir de<br />
câmeras da empresa que possuem suporte<br />
à Wi-Fi. O update também trouxe aprimoramento<br />
na transferência de arquivos Jpeg<br />
de 2MP, otimização no processo de pareamento<br />
de dispositivos, melhoria no controle<br />
remoto das câmeras mirrorless, um modo de<br />
economia de energia e a opção de seleção<br />
de geolocalização pelo usuário. O SnapBrigde<br />
está disponível para Android e iOS.<br />
CANON LANÇA A<br />
MIRRORLESS EOS M6 MARK II<br />
Div.<br />
ERRATAS EDIÇÃO 200<br />
Na matéria especial “<strong>FHOX</strong> 30”, mencionamos<br />
Otávio Yoshida mas trata-se de<br />
Otávio Yoshiga.<br />
Na matéria “A era das fintechs e da autonomia<br />
dos formandos”, escrevemos Caio<br />
Zanatti, mas trata-se de Caio Zenatti.<br />
Em visitaram a Redação escrevemos Vinícius<br />
Granes, mas trata-se de Vinícius Graner.<br />
A mais nova mirrorless da Canon vem com sensor<br />
APS-C de 32.5 megapixels. O lançamento chega<br />
com avanços consideráveis na parte de vídeo com<br />
gravação em 4K (usando todo o potencial do sensor<br />
sem crop). Com sapata para encaixe do visor<br />
eletrônico, a câmera traz tela de 3 polegadas sensível<br />
ao toque e é conectada com Wi-Fi e Bluetooth.<br />
O processador DIGIC 8 permite clicar com AF<br />
contínuo no modo disparo rápido a 14 quadros por<br />
segundo. O equipamento chegará ao mercado internacional<br />
em <strong>setembro</strong> nas versões preta e prata.
SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9 · | 73<br />
Divulgação<br />
PETER LINDBERGH: UM<br />
LEGADO ICÔNICO NA<br />
FOTOGRAFIA<br />
MANUEL ANTÔNIO MARIA É O<br />
NOVO GERENTE REGIONAL DE<br />
VENDAS DA XEROX NO BRASIL<br />
Peter Lindbergh morreu no dia 3 de <strong>setembro</strong>, aos<br />
74 anos. Nascido na Polônia, Lindbergh construiu<br />
sua carreira na Alemanha com trabalho e teve o<br />
trabalho reconhecido mundialmente. Ele fotografou<br />
para algumas das mais importantes revista<br />
de moda do mundo e retratou top models e<br />
celebridades. Com fotografias em preto e branco<br />
marcantes que se tornaram uma verdadeira assinatura<br />
visual do artista, ele continuava ativo na<br />
carreira e fotografando para publicações de renome.<br />
Sua influência ia muito além da fotografia.<br />
A Xerox ganha um novo gerente regional de vendas<br />
e artes gráficas. Manuel Antônio Maria será<br />
responsável pela região de São Paulo Capital e<br />
Interior, só para produtos high-end. Otimista, ele<br />
acredita que há uma retomada do crescimento e<br />
os clientes começam a investir no mercado. “Isso<br />
é satisfatório e para nós é importante. A presidência<br />
da empresa já se posicionou e tem também<br />
objetivo claro de crescimento e desenvolvimento<br />
para este ano”, conta. O gerente, que atua<br />
há 30 anos no mercado de impressão, já tem 16<br />
anos de casa na Xerox do Brasil.<br />
KODAK MOMENTS LANÇA NOVO EQUIPAMENTO DE<br />
IMPRESSÃO DE FOTOS INSTANTÂNEAS<br />
A Kodak Moments lançou o novo Kodak Moments M1, um quiosque<br />
digital focado na impressão de fotografias através de Smartphones,<br />
projetado para fornecer uma solução de impressão<br />
fotográfica escalável para diferentes tipos de lojas. A solução oferece<br />
uma experiência de impressão de alta qualidade com baixo<br />
investimento em capital e espaço físico. Impulsionado por software<br />
intuitivo, potencializa a experiência do usuário facilitando<br />
a impressão de uma ampla variedade de produtos disponíveis.<br />
Os consumidores podem transferir em apenas alguns minutos<br />
suas fotos para o Kodak Moments M1 e criar impressões, cartões,<br />
montagens e muitos mais produtos fotográficos. A estação de<br />
pedidos Kodak Moments M1 pode ser adaptada aos mais diversos<br />
tipos e formatos de loja. O varejista pode optar por colocar<br />
em seu estabelecimento a versão menor, que pode ser apoiada<br />
em uma mesa ou balcão, e a versão maior para o piso de loja.
74 | · SETEMBRO/OUTUBRO <strong>201</strong>9<br />
NOVA<br />
BLACKMAGIC<br />
POCKET<br />
CINEMA 6K<br />
Renato Rizzutti é fotógrafo e professor há 20<br />
anos. Na <strong>FHOX</strong> lidera a produtora <strong>FHOX</strong>Play<br />
Arquivo pessoal<br />
Recentemente, estive na SET EXPO <strong>201</strong>9 – Feira<br />
de Tecnologia e Negócios de Mídia e Entretenimento,<br />
que ocorreu entre 26 a 29 de agosto, no<br />
Expo Center Norte em São Paulo. Na ocasião,<br />
conversei com o Fabio Angelini, da Pinnacle Broadcast,<br />
sobre o lançamento da câmera Pocket<br />
Cinema 6k da BlackMagic.<br />
Quem pretende migrar para esta câmera, com o<br />
objetivo de obter imagens com aspecto mais cinemático,<br />
terá a vantagem do encaixe EF que é uma<br />
das grandes (e mais<br />
polêmicas) novidades<br />
do modelo. Eliminando,<br />
assim, a necessidade<br />
do uso de adaptadores<br />
para utilizar objetivas<br />
Canon, Zeiss, Sigma etc.<br />
Esta câmera conta com<br />
sensor super 35mm, 6k,<br />
HDR Full e gama dinâmica<br />
de até 13 Stops.<br />
Por ser uma câmera cinematográfica avançada,<br />
o sensor foi desenvolvido para reduzir significativamente<br />
o ruído térmico, proporcionando sombras<br />
mais limpas em ISOs mais elevados.<br />
O corpo é construído em fibra de carbono e policarbonato,<br />
possui monitor de 5” e conta com<br />
empunhadura multifunção. Na captação de áudio<br />
conta com quatro microfones de alta qualidade<br />
que possuem cancelamento de ruído ativo.<br />
Ela grava em até 50 fps em 6144 x 3456<br />
(16:9), 60 fps em 6144 x 2560 (2.4:1), 60 fps<br />
em 5744 x 3024 (17:9). Para taxas mais elevadas,<br />
é possível cropar o sensor e gravar<br />
até 120 fps em 2.8k. Por padrão o formato de<br />
gravação é o Apple ProRes (10bits) em todos<br />
os formatos até 4K ou BRAW de 12 bits e em<br />
todos os formatos até 6K gerando imagens e<br />
cores incríveis.<br />
Na parte de conectividade, a câmera conta com<br />
saída HDMI para monitoramento<br />
externo,<br />
entrada miniXLR e US-<br />
B-C (para gravação em<br />
HD externo). No pacote<br />
está inclusa uma licença<br />
PRO do software<br />
Davinci Resolve.<br />
Na minha opinião, a<br />
BlackMagic deve considerar<br />
acrescentar estabilizador<br />
de imagem no corpo, monitor móvel<br />
e autofoco em futuros modelos. Tornando suas<br />
câmeras mais eficientes.<br />
Se quiser saber mais novidades apresentadas<br />
durante a SET, fique de olho no nosso site. Caso<br />
tenha alguma dúvida ou sugestão para a coluna,<br />
entre em contato: video@fhox.com.br.<br />
Até a próxima!<br />
Div.
Alcance o potencial máximo da<br />
fotografia impressa com a tecnologia<br />
Konica Minolta de impressão.<br />
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acelera a produção da sua empresa e oferece<br />
uma variedade maior de produtos: brindes<br />
personalizados, photobooks, revistas e convites.<br />
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