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Revista_17ª_edição_site

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JUN 2019<br />

BSB Nº17<br />

O FURACÃO<br />

Iza<br />

E seu ritmo pesadão<br />

que dominou o Brasil<br />

O que a Medicina<br />

descobriu com a<br />

MACONHA<br />

Conheça a história<br />

da brasileira que<br />

usa a droga como<br />

remédio<br />

Fé<br />

que<br />

não falha<br />

No que você<br />

acredita?<br />

EVOKEJUN2019


EU VI AS MARCAS NO ROSTO DELA.<br />

E NÃO FIZ NADA.<br />

Muitas vezes, os sinais de violência contra as mulheres<br />

aparecem bem antes de o agressor chegar a um golpe<br />

fatal. Por isso, ao ver uma mulher sendo ameaçada,<br />

humilhada, subjugada ou sofrendo qualquer tipo de<br />

agressão física ou verbal, denuncie. Caso você, uma<br />

amiga, vizinha ou colega de trabalho esteja passando por<br />

qualquer tipo de violência, procure ajuda. A sua denúncia<br />

pode salvar uma vida. O seu silêncio pode ser fatal.<br />

FEMINICÍDIO:<br />

SEU SILÊNCIO<br />

PODE SER FATAL.<br />

DENUNCIE<br />

LIGUE 180<br />

EVOKEJUN2019


EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

BONDE DA IZA<br />

A cantora foi<br />

descoberta na<br />

internet e agora é<br />

a maior aposta do<br />

Brasil na música<br />

COTIDIANO<br />

Anny Fischer, a filha mais nova<br />

do casal, conquistou na Justiça<br />

o direito de usar um derivado da<br />

maconha no tratamento contra<br />

doença<br />

Gabryel Sampaio<br />

ARQ URB DECOR 10<br />

CIDADE 12<br />

APLAUSO<br />

18<br />

CINEMA<br />

20<br />

SAÚDE 22<br />

Divulgação


CULTURA E SOCIEDADE<br />

Religião, magia, crença. Por que<br />

é preciso acreditar mais?<br />

Freepik.com<br />

JUN 2019<br />

BSB Nº17<br />

AUTOMÓVEIS 24<br />

VIDA ANIMAL 26<br />

TONALIDADE<br />

28<br />

DIREITO 30<br />

FITNESS 32<br />

NUTRIÇÃO<br />

34<br />

MODA<br />

Bem estar. Estamos<br />

falando de moda!<br />

GASTRONOMIA<br />

36<br />

CULTURA E SOCIEDADE<br />

38<br />

COTIDIANO<br />

42<br />

MODA<br />

48<br />

EVOKE CLICKOU<br />

64<br />

Freepik.com


REALIZAÇÃO<br />

Sejam bem-vindos à Evoke, nesta <strong>edição</strong>, vamos falar<br />

sobre como acreditar é capaz de transformar vidas.<br />

Seja pela religião ou não, ter fé em algo positivo pode<br />

levar a realizações.<br />

A cantora Iza começou com vídeos na internet, até ser descoberta<br />

a maior sensação da música brasileira. Ela é a estrela da<br />

reportagem de capa.<br />

Tem tantas ideias boas se concretizando por aqui. Nosso colunista<br />

de Cinema, Johil Carvalho, lançou um longa metragem, o<br />

Jeitosinha. Clayton Souza, da coluna Automóveis, foi até o Chile<br />

para conhecer mais dos carros elétricos. Em Fitness, vamos<br />

saber como o esporte combate a diabete, especialmente entre<br />

adolescentes. Tem mais: em tempos de debate sobre a legalização<br />

da maconha, contamos a história de uma família em Brasília<br />

que confiou na fórmula de um derivado da maconha para<br />

tratar doença rara da filha mais nova.<br />

E você, qual foi sua maior realização até agora em 2019?<br />

BASÍLIA RODRIGUES<br />

EVOKEJUN2019


CEO da <strong>Revista</strong> Evoke<br />

J.R. Felix<br />

Diretora Administrativa<br />

Barbara Bertin Felix<br />

Editora-chefe<br />

Basília Rodrigues<br />

Capa<br />

Iza<br />

Foto da capa<br />

Gabryel Sampaio<br />

Projeto Gráfico<br />

PHDesign<br />

Diagramação<br />

Marja de Sá<br />

Tiragem<br />

20 mil exemplares<br />

Contato:<br />

61 3435-1014<br />

61 9 9636-4319<br />

revistaevokebsb@gmail.com<br />

www.revistaevoke.com.br<br />

/revistaevokebsb<br />

revistaevoke<br />

EVOKE TV<br />

#revistaevoke<br />

EVOKEJUN2019


BARBARA BERTIN<br />

ARQ URB DECOR<br />

MÁRCIA ZARUR<br />

CIDADE<br />

Dr. RENAULT RIBEIRO JR.<br />

SAÚDE<br />

CLAYTON SOUSA<br />

AUTOMÓVEIS<br />

ALLAN LUCENA<br />

FITNESS<br />

PAULO ROQUE<br />

DIREITO<br />

EVOKEJUN2019


JOHIL CARVALHO<br />

CINEMA<br />

J. R. FELIX<br />

APLAUSOS<br />

VANESSA SILVESTRE<br />

VIDA ANIMAL<br />

DEILYS GONZALEZ<br />

NUTRIÇÃO<br />

LIA DINORAH<br />

EVOKE CLICKOU<br />

JANAINA MEGDA<br />

MODA<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

O espaço panorâmico<br />

de Brasília<br />

“O GRANDE DESTAQUE DO NOSSO ESPAÇO É A VISTA.<br />

NENHUM OUTRO LUGAR TEM. É UMA VISTA PRIVILEGIADA<br />

QUE DEU ORIGEM AO NOME: PANORAMA”<br />

Casamentos, aniversários, formaturas,<br />

eventos corporativos.<br />

O Espaço Panorama, localizado<br />

no Setor de Mansões Lago<br />

Norte, é um lugar de sonhos. “O grande<br />

destaque do nosso espaço é a vista. Nenhum<br />

outro lugar tem. É uma vista privilegiada<br />

que deu origem ao nome: panorama”,<br />

afirma Eduardo Moreira, que<br />

junto com a esposa Priscilla, é dono do<br />

lugar. Eles trabalham com eventos há<br />

mais de 15 anos, o Espaço Panorama<br />

existe há 1 e já revolucionou o mercado<br />

de festas na capital federal. É a vista<br />

mais bonita da cidade, sendo possível<br />

ver Brasília de ponta a ponta, desde a<br />

terceira ponte até o fim da Asa Norte.<br />

O cenário é de casa de campo mas fica<br />

dentro da cidade.<br />

Com acústica adequada, cercado por<br />

verde, o salão de festas está aberto a<br />

apresentações musicais, pista de dança,<br />

sons que enchem as festas de muita<br />

alegria. As pessoas têm liberdade para<br />

EVOKEJUN2019


escolher o estilo de festa que querem.<br />

Não há venda casada ou limitação. Se<br />

precisar de alguma sugestão, o Espaço<br />

Panorama indica um parceiro. Mas se o<br />

dono da festa quiser contratar a própria<br />

equipe de confiança, ela será bem-vinda<br />

também. Isso vale para tudo, desde<br />

buffet, decoração a fotografia.<br />

“No nosso espaço, você consegue realizar<br />

uma decoração mais clássica,<br />

mais moderna, ou uma decoração mais<br />

rústica. Todos os estilos de decoração<br />

cabem no nosso espaço. A pessoa encontra<br />

um salão aberto, com uma escada<br />

bonita, um quarto de noiva, que serve<br />

como quarto de apoio para qualquer<br />

evento”, explica Eduardo.<br />

A festa ou evento em geral pode ser<br />

também ao ar livre, em uma área coberta,<br />

perfeita mesmo em caso de chuva.<br />

Dá para marcar uma visita, tirar todas<br />

as dúvidas, antes de fechar o negócio.<br />

Já há eventos agendados até 2021 no<br />

Espaço Panorama. Até mesmo quem<br />

já decidiu onde fazer a festa, muda de<br />

ideia depois de conhecer o lugar, especialmente,<br />

por causa da bela vista panorâmica.<br />

Não deixe de conhecer o melhor<br />

de Brasília. Venha nos visitar.<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

+61 4102-5137 www.espacopanorama.com.br espacopanoramabrasilia<br />

SMLN TRECHO 9 Núcleo Rural Tamanduá - Chácara 6 - Lago Norte<br />

EVOKEJUN2019


Barbara Bertin<br />

PEQUENO,<br />

grande lhe parece...<br />

Três palavras-chaves para o<br />

desenvolvimento do projeto<br />

de arquitetura de interiores<br />

de um apartamento de quatro<br />

quartos no setor Sudoeste, em Brasília,<br />

construção típica da antiga Encol,<br />

que data de 1998.<br />

Tendência da construção civil, os ambientes<br />

pequenos têm tomado conta<br />

do mercado. Excelente oferta para investidores<br />

ou para quem quer morar<br />

com praticidade e usufruir do sistema<br />

pay-use de serviços de apoio, oferecidos<br />

pela maioria dos edifícios com<br />

essa característica.<br />

O apartamento, em estudo, nessa coluna,<br />

é uma kitnet de cerca de 37 m²,<br />

em um edifício residencial, no Bairro<br />

de Águas Claras, no Residencial Uno.<br />

Os clientes são investidores com interesse<br />

em alugar o imóvel pré-mobiliado.<br />

Portanto, o programa de necessidades<br />

precisou ajustar o pequeno imóvel<br />

a um provável cliente, desconhecido,<br />

com possibilidades diversas de interesses.<br />

Dos condicionantes para o programa<br />

de necessidades, concluímos que o<br />

espaço previamente entregue com<br />

cozinha americana, um banheiro e um<br />

salão, precisaria ter a divisão entre<br />

sala e quarto, deste último ambiente.<br />

Outro fator, melhor custo benefício<br />

para o investimento inicial.<br />

Divulgação<br />

Sem o perfil do possível locador do<br />

imóvel, traçamos um partido arquitetônico,<br />

com uma divisória central,<br />

que compõe um armário para<br />

o quarto e um painel para a sala, no<br />

qual temos o arranque da bancada<br />

em vidro temperado, que serve<br />

como apoio e mesa para refeições.<br />

Neste mesmo móvel, propusemos<br />

uma divisória giratória, na qual fica<br />

posicionado um televisor de 32”,<br />

para uso na sala ou no quarto. A sala<br />

fica completa com um sofá-cama de<br />

dois lugares, nichos para livros, garrafas,<br />

taças, um pequeno frigobar ou<br />

adega e pufes que podem ser arrastados<br />

para acomodar convidados.<br />

(Foto - 1)<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

5<br />

Já do lado do quarto, temos<br />

nesse armário divisório espaços<br />

com sapateiros e prateleiras.<br />

Uma cama Queen<br />

size, de 1,60 m de largura,<br />

escrivaninha lateral a cama<br />

que também serve de apoio<br />

para criado-mudo, prateleiras<br />

superiores e um guarda-<br />

-roupas para duas pessoas.<br />

(Fotos - 2 e 3)<br />

7<br />

Divulgação<br />

Numa situação de projeto<br />

como essa, precisamos usufruir<br />

de alguns conceitos arquitetônicos<br />

como o uso de<br />

espelhos, boa iluminação natural<br />

e artificial, cores claras<br />

e formas puras, complementares,<br />

para ajudar o pequeno<br />

parecer grande.<br />

PROJETO DE ARQUITETURA DE INTERIORES<br />

AUTORIA: ARQ. BARBARA BERTIN<br />

@ARQGEO.ARQUITETURA<br />

COLABORADOR: SERGIO FACUNDES<br />

EVOKEJUN2019


Márcia Zarur<br />

EVOKEJUN2019


Unsplash.com<br />

O Valor dos<br />

PEQUENOS GESTOS<br />

Esses dias um amigo compartilhou<br />

nas redes sociais a campanha<br />

do Metrô de São Paulo que<br />

pede: deixe a esquerda livre. Se<br />

você vai ficar parado na escada rolante,<br />

fique do lado direito e deixe a circulação<br />

desimpedida para quem está com<br />

pressa. É uma prática comum em quase<br />

todos os lugares do mundo, seja nas<br />

pistas de carros, seja nas escadas ou<br />

esteiras rolantes.<br />

Mas no Brasil pouca gente sabe ou segue<br />

isso. Que pena! Cada vez mais valorizo<br />

os pequenos sinais de civilidade. O<br />

bom dia de estranhos pela manhã, que<br />

fica ainda melhor acompanhado de um<br />

sorriso; esperar as pessoas saírem primeiro<br />

do elevador ou do vagão antes de<br />

entrar afoitamente; dar passagem; dar<br />

preferência aos mais velhos; respeitar<br />

as prioridades; não furar fila...<br />

Pra você essa lista parece óbvia?! Pois<br />

não é para a maioria das pessoas no Brasil<br />

de hoje, onde impera a prática de “levar<br />

a melhor” em tudo. O detalhe é que,<br />

no fim das contas, todos perdem. E pra<br />

mim esse desrespeito pode ser resumido<br />

em três palavras: falta de educação!<br />

Fico perplexa, me perguntando aonde foi<br />

parar a empatia – aquele exercício básico<br />

de se colocar no lugar do outro. Isso<br />

muda tudo. Faz com que sejamos mais<br />

delicados, amáveis e tolerantes. E a frase<br />

é clichê, mas se encaixa perfeitamente<br />

aqui: gentileza gera gentileza.<br />

Então compartilho aqui o meu desejo:<br />

que as pessoas estejam mais atentas<br />

aos pequenos gestos. Uma mudança de<br />

comportamento, que de início pode parecer<br />

acanhada, certamente vai fazer a<br />

diferença.<br />

Que a gente possa encher o mundo de<br />

bons exemplos diários de educação<br />

para produzir uma onda de bom humor<br />

e alegria, porque precisamos alimentar<br />

sempre a esperança de dias melhores. E<br />

um ótimo começo é fazer a nossa parte,<br />

mesmo que ela pareça bem pequenininha<br />

perto de tudo.<br />

EVOKEJUN2019


Basília Rodrigues<br />

Iza...<br />

Esse brilho é<br />

EVOKEJUN2019


Gabryel Sampaio<br />

Infelizmente, o racismo faz você pensar<br />

que você não é boa o suficiente. Mas a<br />

gente vai amadurecendo e entendendo<br />

nosso papel<br />

EVOKEJUN2019


Gabryel Sampaio<br />

EVOKE: A sua presença de destaque no<br />

cenário musical brasileiro chama atenção<br />

por vários motivos. Você imaginava<br />

chegar onde chegou? Podemos lhe<br />

perguntar abertamente se você sente<br />

que já sofreu preconceito? E como lidou<br />

com isso? Ainda lida?<br />

IZA: Claro que já sofri. Infelizmente, o<br />

racismo faz você pensar que você não<br />

é boa o suficiente, a partir do momento<br />

que você se deixa abalar, o que é muito<br />

fácil acontecer. Mas a gente vai amadurecendo<br />

e entendendo nosso papel.<br />

Hoje em dia acho que a fama me protege<br />

um pouco não só do racismo, mas<br />

do preconceito em geral e do assédio.<br />

EVOKE: Quais as mulheres ao seu redor<br />

lhe serviram de inspiração e por quê?<br />

IZA: Todas as mulheres fortes da minha<br />

família são inspiração para tudo<br />

o que eu faço. Minhas tias, minha avó<br />

nordestina que veio pra cá e fez a vida<br />

acontecer e minha mãe, principalmente.<br />

Ela me ensinou a ser quem eu sou,<br />

a falar tudo o que precisa ser dito e<br />

confiar em mim mesma.<br />

Eu sonho em cantar pra sempre, para o<br />

maior número de pessoas que eu puder<br />

EVOKE: Qual a música, do seu repertório,<br />

que você mais gosta e por quê?<br />

Ela já disse que sempre faz as<br />

coisas do seu jeitinho. “Bruta<br />

mas é com carinho”, brinca no<br />

trecho da música. Isabela Cristina<br />

Corrêa de Lima, a Iza, aceitou nosso<br />

convite de entrevista depois de se casar<br />

e depois do carnaval, em meio ao ritmo,<br />

digamos, “pesadão” de trabalho. Nascida<br />

e criada no bairro de Olaria, subúrbio<br />

carioca, Iza se mudou com os pais para<br />

Natal, ainda na infância, onde começou<br />

a cantar no coral de uma igreja. De volta<br />

ao Rio de Janeiro, aos dezoito anos,<br />

cursou Publicidade e Propaganda. Até<br />

trabalhou na área, antes de virar um<br />

dos principais nomes do pop nacional.<br />

Incentivada por amigos e familiares, ela<br />

criou um canal de música no Youtube,<br />

e se destacou pelos covers, no estilo<br />

Beyoncé, Nina Simone. Foi descoberta<br />

pela Warner Music, em 2016. Em suas<br />

músicas, Iza descreve os sonhos e vontades<br />

de uma mulher forte, dona de si.<br />

“Te Pegar”, “Vim Pra Ficar”, “Esse Brilho<br />

É Meu”, sendo esse último single uma<br />

parceria com a L’Oréal, marcam o repertório<br />

da cantora. Mais recentemente<br />

“Ginga”, “Dona de Mim” e “Brisa” viraram<br />

o sucesso da vez.<br />

Em 2018, Iza foi indicada ao Grammy<br />

Latino.<br />

IZA: Ah não consigo escolher. Todas<br />

elas são muito especiais e representam<br />

muito para a minha carreira.<br />

EVOKE: Começamos a acompanhar<br />

sua carreira pelos vídeos com interpretações<br />

de músicas internacionais.<br />

Qual a fase da sua carreira que você<br />

mais gostou até agora?<br />

IZA: Foi tudo muito rápido, mas teve<br />

muito trabalho e dedicação. Sou grata<br />

demais por tudo o que tenho vivido na<br />

música, todas as conquistas, parcerias<br />

e projetos que venho realizando. Cada<br />

etapa da minha carreira tem sido importante.<br />

EVOKE: Entre vantagens e desvanta-<br />

EVOKEJUN2019


gens, o que a carreira de sucesso lhe<br />

trouxe até agora e o que você mais<br />

ama, o que mais lhe incomoda? Como<br />

faz para equilibrar isso?<br />

IZA: Sou grata por viver da minha música,<br />

do meu trabalho. Amo o carinho<br />

que recebo do público, amo estar no<br />

palco trocando energia com a galera.<br />

Claro que a vida pessoal acaba sendo<br />

afetada com o sucesso. O meu trabalho<br />

não acaba nunca, eu durmo IZA e<br />

acordo IZA. Se eu estiver fazendo compra<br />

no mercado, eu sou a IZA mesmo<br />

não estando no palco. Não sou mais<br />

uma pessoa anônima. Tento preservar<br />

minha vida pessoal ao máximo, me<br />

resguardar, mas tenho paixão por todos<br />

os meus fãs, sou grata demais por<br />

cada um dele. É muito gratificante ser<br />

reconhecida pelo meu trabalho.<br />

EVOKE: Recentemente, você deu aos<br />

seus fãs a novidade de se casar. Brilhou<br />

nas páginas de revistas e colunas<br />

sociais pela escolha do vestido de noiva.<br />

Em que baseou a sua escolha? Há<br />

planos de ser mãe também?<br />

IZA: O vestido que usei no casamento<br />

é da Giulia Borges. Acho ela incrível, é<br />

uma grande parceira minha e da Bianca<br />

Jahara, minha stylist. Já trabalhamos<br />

juntas e ela conhece bem o meu corpo.<br />

Eu não quis uma cor convencional e<br />

queria também uma modelagem sereia.<br />

IZA: Eu costumo dizer que a gente só<br />

tem noção do papel que exercemos<br />

na vida das pessoas, como artista,<br />

quando elas nos retornam as vivências<br />

delas com a música, a experiência<br />

que tiveram assistindo uma entrevista<br />

nossa. Esses trechos podem ser autorais,<br />

sim. Fico lisonjeada com o retorno<br />

de mulheres que me veem como uma<br />

inspiração.<br />

EVOKE: Para terminar, o que seus fãs<br />

podem esperar dos seus próximos lançamentos<br />

e projetos? Você pretende<br />

fazer carreira internacional? Investir<br />

em composições em outros idiomas?<br />

Ou acha que esse não é um caminho<br />

natural, quer ampliar seu repertório<br />

nacional? E cinema, teatro, novela estão<br />

nos seus planos? Por favor, nos<br />

conte um pouco mais sobre a Iza 2019.<br />

IZA: Eu sonho em cantar pra sempre,<br />

para o maior número de pessoas que<br />

eu puder. Uma carreira internacional é<br />

muito trabalhosa, tem que ser planejada<br />

com muito cuidado. Eu acabei de<br />

começar e quero dar um passo de cada<br />

vez. Tenho muita coisa para crescer e<br />

evoluir. Gosto de fazer tudo com muito<br />

cuidado. Quero fazer mais parcerias<br />

aqui no Brasil, lançar mais singles,<br />

mais clipes, pensar em uma etapa de<br />

cada vez. Sigo apresentando o Música<br />

Boa, em 2019, que é uma grande vitrine<br />

e aprendizado pra mim, sigo com<br />

a turnê do primeiro álbum por todo<br />

o Brasil e planejando as coisas aos<br />

poucos.<br />

O meu trabalho não acaba nunca,<br />

eu durmo IZA e acordo IZA<br />

Gabryel Sampaio<br />

Quero muito ser mãe, ter uma família<br />

grande. Ainda não sei quando.<br />

EVOKE: Quando você diz “sempre dou<br />

o meu jeitinho”, “sou mais eu”, e outros<br />

trechos de suas músicas, de fato<br />

são autorais? O que quer dizer com essas<br />

frases para quem te ouve?<br />

EVOKEJUN2019


J.R. Felix<br />

Freepik.com<br />

“Aqui não existe eu,<br />

somos uma equipe”<br />

Um local onde pessoas necessitadas,<br />

não somente do trivial,<br />

como alimentos, roupas,<br />

calçados, mas também de<br />

atenção, de um pouco de carinho, amor<br />

e de alguém disposto a ouví-los. Assim<br />

é a Federação Habitacional do Sol Nascente,<br />

instituição sem fins lucrativos,<br />

mais conhecida como Fehsolna.<br />

Assim que você adentra o lugar, você<br />

se depara com uma frase que diz:<br />

“Aqui não existe eu, somos uma equipe”.<br />

Pessoas voluntárias passam por<br />

lá o tempo todo, entre elas estão médicos,<br />

fisioterapeutas, pedagogos,<br />

educadores, psicólogos, em meio a<br />

tantos outros não menos valorosos.<br />

A Fehsolna realiza diversos trabalhos<br />

sociais, entre eles estão: cursos de<br />

corte e costura, e artesanato, além<br />

do reforço para crianças enquanto as<br />

mães estão nos encontros. Eles também<br />

oferecem serviço social, assessoria<br />

jurídica e acompanhamento das<br />

famílias carentes cadastradas, e de<br />

quem mais precisar<br />

“Aqui trabalhamos com artesanato,<br />

tanto fazendo para vender para nós<br />

mesmas, como para arrecadar dinheiro<br />

para o local. E ensinamos outras<br />

pessoas para que elas possam conseguir<br />

uma renda extra também”, conta<br />

a voluntária de artesanato, Monique,<br />

24 anos.<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

A Fehsolna realiza<br />

diversos trabalhos sociais,<br />

entre eles estão: cursos de corte<br />

e costura, e artesanato, além do<br />

reforço para crianças enquanto<br />

as mães estão nos encontros.<br />

Com o objetivo de resgatar a autoestima<br />

das mulheres, que na maioria das<br />

vezes, chegam com depressão e encontram<br />

ali um lugar de refúgio, de um<br />

recomeço, é colocado em prática um<br />

trabalho de empoderamento feminino<br />

e sororidade baseado na empatia e<br />

companheirismo com o próximo.<br />

A estagiária de serviço social, Rayane,<br />

31 anos enfatiza que caso esteja<br />

com pensamentos ruins, depressão,<br />

se sentindo inútil... que as pessoas<br />

procurem a Instituição. “Quando elas<br />

aprendem a fazer o artesanato, podem<br />

vender e, assim acabam gerando<br />

uma renda extra, se tornam mais<br />

independentes e irão progredir mais”.<br />

A costureira Maria, 47 anos, comenta<br />

que sempre se interessou pela costura,<br />

mas não se imaginava fazendo isso.<br />

“O IMPORTANTE É QUE<br />

SEMPRE FAZEMOS COM<br />

AMOR E POR AMOR.”<br />

“Eu não esperava que fosse aprender a<br />

costurar, fazer roupa. Hoje já ensino as<br />

outras meninas”.<br />

Para conseguirem manter a Instituição,<br />

há doações de alimentos, cobertores,<br />

brinquedos, material escolar. Com isso,<br />

os responsáveis pela Federação tiram<br />

mais pessoas das ruas, ajudam quem<br />

está abaixo da linha da pobreza, usuários<br />

de drogas. Ajudam a dar os primeiros<br />

passos para uma vida melhor.<br />

“O importante é que sempre fazemos<br />

com amor e por amor. O presente maior<br />

somos nós que recebemos em ver essas<br />

pessoas bem, inseridas novamente na<br />

sociedade, mesmo sendo uma sociedade<br />

esquecida”, finaliza Edilamar de Souza,<br />

presidente da Federação.<br />

Freepik.com<br />

EVOKEJUN2019


Johil Carvalho<br />

Catia Dejuste<br />

Cinema,<br />

com jeito<br />

EM TODO MUNDO, AS PESSOAS SE DIVIDEM EM<br />

DIVERSAS EXPRESSÕES DE CRENÇAS E DE RELIGIÕES.<br />

CADA UMA COM SUAS DOUTRINAS E NORMAS.<br />

Nesta <strong>edição</strong>, farei algo diferente,<br />

uma espécie de<br />

autopromoção velada, explico:<br />

o filme JEITOSINHA,<br />

longa-metragem que dirigi, estreou no<br />

serviço de streaming da NET, o NOW.<br />

Como seria estranho entrevistar a mim<br />

mesmo, convidei para a coluna o meu<br />

sócio, diretor de cinema de Brasília e<br />

codiretor do filme para uma conversa.<br />

Então aluguem o filme no NOW e conheçam<br />

um pouco mais sobre Sérgio<br />

Lacerda. Com a palavra, ele:<br />

O INÍCIO NO CINEMA<br />

Foram pequenos passos. Não saí de<br />

uma sessão de cinema com a missão<br />

de fazer um filme. As primeiras experiências<br />

com audiovisual foram ainda<br />

em Uberlândia no início dos anos 90<br />

com uma câmera VHS e amigos cheio<br />

de ideias. Mais tarde, já em Brasília, foram<br />

minhas próprias ideias que começaram<br />

a surgir em forma de imagem.<br />

Ficava imaginando filmes, cenas e personagens.<br />

Também passei uma época<br />

assistindo muitos filmes até que surgiu<br />

a oportunidade de fazer um curso<br />

de direção.<br />

Foi em Brasília que tive contato com<br />

a possibilidade de se fazer um filme,<br />

EVOKEJUN2019<br />

o que para mim parecia ser algo intangível.<br />

Frequentei muito o Festival<br />

de Brasília, o CCBB e o Cine Academia.<br />

No Festival de Brasília via filmes da cidade,<br />

mas só quando li no jornal uma<br />

matéria sobre o Afonso Brazza é que<br />

pude me imaginar efetivamente fazendo<br />

um filme. Aquilo era possível! Tinha<br />

um cara, um bombeiro, fazendo filmes<br />

com poucos recursos, eram filmes de<br />

verdade: feitos em película para salas<br />

de cinema. Bom, pensei eu, pode até<br />

ser difícil, mas impossível não era.<br />

A PARCERIA<br />

Todas produções de cinema que participei<br />

foram em co-direção. Em uma<br />

parceria, suas idéias são depuradas ao<br />

serem submetidas ao crivo de outra<br />

pessoa. Quando há confiança e respeito<br />

por essa pessoa e as idéias estão afinadas,<br />

há sim vantagens tanto para o<br />

projeto quanto para o desenvolvimento<br />

pessoal. Há sempre uma tensão criativa<br />

e muita negociação para que o projeto<br />

vá adiante, tem que saber ceder.<br />

Quanto à visão compartilhada, quando<br />

iniciamos um projeto de filme, ambos<br />

já devemos saber onde queremos e podemos<br />

chegar. Uma espécie de acordo<br />

é estabelecido e só vai adiante se há<br />

um real comprometimento.<br />

Daniel Chuis


TER ESSE FILME RECONHECIDO COMO UM PRODUTO DE<br />

QUALIDADE A PONTO DE FAZER PARTE DA GRADE DE<br />

PROGRAMAÇÃO DO NOW TEM SIDO MOTIVO DE MUITA<br />

ALEGRIA, PARA MIM, É UM GRANDE RECONHECIMENTO.<br />

Sérgio Lacerda, co-diretor do filme Jeitosinha<br />

O PRIMEIRO LONGA-METRAGEM<br />

Depois de 5 curtas parecia ser o caminho<br />

natural a seguir. Como todo grande<br />

desafio, teve momentos de êxtase e<br />

de pavor. Dias de comemorar e dias de<br />

sentar desolado e pensar onde é que<br />

eu tinha me metido.<br />

Acho que todos já devem ter ouvido,<br />

em tom de brincadeira, quando não<br />

temos tempo para realizar algo, aquela<br />

pergunta: e o que você faz da meia<br />

noite às seis? É mais ou menos assim.<br />

Muitas madrugadas acordado, muitos<br />

almoços sacrificados, muitos finais de<br />

semana dedicados.<br />

Enfim, um grande desafio.<br />

Agora com o filme terminado, apresentado<br />

e lançado, paira uma sensação de<br />

dever cumprido, de realização.<br />

APRENDIZADO<br />

Acredito que amadureci muito em re-<br />

lação a tudo que envolve a feitura de<br />

um filme, do roteiro à tela e isso foi<br />

muito proveitoso.<br />

Aprendi também que não quero participar<br />

ativamente em funções de<br />

produção, se eu conseguir me dedicar<br />

somente à parte artística será<br />

um grande feito. As ideias, da mesma<br />

forma de quando tudo começou, ainda<br />

surgem. Provavelmente vai chegar<br />

uma hora que não me darão mais sossego<br />

e então começa tudo de novo.<br />

JEITOSINHA<br />

Muitas pessoas talvez se lembrem de<br />

uma história chamada “A saga de Jeitosinha”<br />

que circulou na Internet há<br />

alguns anos (ainda há muitos links que<br />

levam a alguma versão dela). O filme foi<br />

uma livre adaptação dessa história que,<br />

apesar de estar creditada a vários autores,<br />

é do cartunista Maurício Ricardo.<br />

É uma comédia que conta a história de<br />

uma família onde todos temem a brutalidade<br />

do pai que deseja a todo custo<br />

ter uma menina. Nasce mais um garoto<br />

e em pânico a mãe decide secretamente<br />

criar Jeitosinha como se fosse<br />

uma menina. Na juventude, descobre<br />

toda a verdade da pior forma possível:<br />

junto com o namorado. O que eles vão<br />

fazer a partir daí, só assistindo o filme.<br />

É um filme movimentado, com várias<br />

reviravoltas. Foi interessante perceber<br />

que JEITOSINHA segue a mesma linha<br />

de nossos filmes anteriores que é colocar<br />

o espectador no mesmo dilema dos<br />

personagens: É isso o que buscamos.<br />

Ter esse filme reconhecido como um<br />

produto de qualidade a ponto de fazer<br />

parte da grade de programação do NOW<br />

tem sido motivo de muita alegria, para<br />

mim, é um grande reconhecimento.<br />

Posteriormente JEITOSINHA estará disponível<br />

também no Canal Brasil.<br />

INFORMAÇÕES TÉCNICAS<br />

Ficção, Comédia, Colorido, 90 minutos<br />

Elenco Principal: Bianca Müller, André<br />

Mattos e Vinícius Zinn,<br />

Direção: Johil Carvalho e Sérgio<br />

Lacerda<br />

Roteiro: Paulo Halm<br />

Fotografia: Alexandre Magno<br />

Montagem: Douro Moura<br />

Pós-Produção: Dirceu Lustosa<br />

Som direto: Fernando Cavalcante<br />

Trilha sonora original: Eugênio Mattos<br />

Direção de Arte: Nadine Diel<br />

Animação: Maurício Ricardo<br />

Produção: Muviola Filmes e Caza<br />

Filmes<br />

Distribuição: Forte Filmes<br />

Classificação indicativa: 14 anos<br />

Duda Affonso<br />

EVOKEJUN2019


Dr. Renault Ribeiro Junior<br />

Coração<br />

Na Batida Perfeita<br />

Quem nunca sentiu o coração<br />

acelerado? Quando<br />

se apaixonou pela primeira<br />

vez ou quando viu seu<br />

time ser campeão? Sentir o coração<br />

acelerado é a prova viva de que estamos<br />

vivos e sensitivos. As emoções<br />

nos atingem inquestionavelmente e o<br />

nosso corpo fala através da pele vermelha,<br />

do coração acelerado ou com<br />

o friozinho na barriga. Porém, alguns<br />

defeitos no nosso sistema de condução<br />

elétrica do coração pode nos<br />

proporcionar sensações de coração<br />

acelerado que nem sempre são agradáveis.<br />

Existem as chamadas taquiarritmias<br />

ou arritmias que aceleram o<br />

coração. São as arritmias mais frequentes<br />

entre nós. Variam desde alguns<br />

batimentos a mais até algumas<br />

que o coração permanece acelerado<br />

por minutos ou horas. Podem ser de-<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

Divulgação<br />

sencadeadas por algum tipo de bebida<br />

em excesso como o café, chá verde e<br />

também pelo abuso de bebida alcoólica.<br />

Algumas pessoas já nascem com<br />

essa pré-disposição seja pela sensibilidade<br />

de suas células cardíacas ou<br />

pela presença de “alguns fios a mais”<br />

no coração.<br />

A maioria pode ser tratada com a correção<br />

da alimentação, medicamentos<br />

e nos casos mais graves, através de<br />

tratamentos invasivos como a ablação<br />

por cateter de radiofrequência.<br />

Quando o coração bate lentamente,<br />

denominamos de bradiarritimias. São<br />

mais frequentes nos idosos pelo processo<br />

de envelhecimento do nosso coração.<br />

Eventualmente, o implante de<br />

um dispositivo chamado marca-passo<br />

é necessário. A cirurgia é marcada, o<br />

implante é feito e, após 24 a 48 horas,<br />

o paciente já está em casa levando<br />

sua vida normalmente. Intoxicações<br />

exógenas, medicamentos ou algumas<br />

doenças infecciosas também podem<br />

fazer nosso coração bater lentamente.<br />

No Brasil, infelizmente, uma das<br />

causas mais frequentes de bradi ou<br />

taquiarritmias é a doença de Chagas.<br />

Doença infecciosa que compromete<br />

gravemente o sistema de condução<br />

elétrica do coração. Destaco também<br />

o crescente número de pessoas que<br />

são diagnosticadas com um tipo de<br />

arritmia chamada fibrilação atrial.<br />

Normalmente surge nos indivíduos<br />

acima de 70 anos. É caracterizada<br />

pela aceleração irregular do coração<br />

e hoje é considerada um fator de risco<br />

importante para o derrame cerebral<br />

pela possibilidade de enviar um<br />

trombo para o cérebro. O diagnóstico<br />

e tratamento adequado devem ser instituídos<br />

logo que possível.<br />

A maioria dos serviços de Cardiologia<br />

são equipados de aparelhos que<br />

contribuem para a avaliação de todos<br />

os tipos de arritmias. Utilização<br />

do eletrocardiograma de repouso,<br />

do sistema holter 24 horas e do ecocardiograma<br />

com Doppler colorido<br />

são frequentes na investigação e no<br />

acompanhamento do tratamento de<br />

todos os tipos de arritmias.<br />

Porém, o instrumento mais efetivo<br />

para o diagnóstico de todo tipo de arritmia<br />

é uma boa história clínica e um<br />

exame físico bem feito. Assim, caso<br />

você esteja sentindo seu coração acelerado<br />

ou lento demais, agende um<br />

bom papo com seu médico e deixe seu<br />

coração novamente na batida perfeita!<br />

Divulgação<br />

EVOKEJUN2019


Clayton Sousa<br />

O Futuro<br />

é Híbrido!<br />

E você tem tudo a ver com isso<br />

Carro elétrico é o maior<br />

barato. Barulho ele não<br />

faz. Muito menos polui o<br />

meio ambiente. Em contrapartida,<br />

ele custa caro. O modelo<br />

mais barato, à venda no Brasil,<br />

sai R$ 149.900 (o Renault Zoe).<br />

Olha que nem citei outros problemas<br />

como a falta de recarregadores<br />

públicos e privados, à<br />

disposição nas ruas, shopping<br />

e estradas, além do pouco incentivo<br />

do governo. Mas e aí? Qual a saída pra<br />

economizarmos combustível? Usar<br />

mais o transporte público ou dirigir um<br />

veículo híbrido.<br />

Esse tipo de tecnologia junta um motor<br />

à combustão tradicional com a eficiência<br />

de um ou mais motores elétricos.<br />

Pisou leve no acelerador, a energia vem<br />

apenas das baterias. Precisou ganhar<br />

velocidade? O sistema elétrico entra<br />

em ação pra jogar mais tempero na<br />

mistura.<br />

“Para a região da América Latina, na<br />

nossa visão, esse é o grande passo<br />

em termos de evolução da mobilidade.<br />

Uma mobilidade mais sustentável e<br />

com menores níveis de poluição e ruído.<br />

E, claro, mantendo o ‘Fun to Drive’,<br />

o prazer de dirigir”, afirma Anderson<br />

Suzuki, gerente geral de Comunicação<br />

da Toyota e Lexus.<br />

Divulgação<br />

Um modelo interessante pra<br />

você conhecer tudo isso na prática<br />

é o Toyota Prius - híbrido<br />

mais vendido no mundo. Em 20<br />

anos de estrada, foram vendidas<br />

mais de 12 milhões de unidades,<br />

ao redor do globo.<br />

Caso ache o design do carro<br />

futurista para a sua garagem,<br />

espere mais um pouco. Ao que tudo<br />

indica, a montadora japonesa lançará<br />

o Corolla, com os mesmos equipamentos,<br />

até outubro deste ano.<br />

Além de agredir menos o meio ambiente,<br />

esse tipo de sistema ajuda na<br />

economia de combustível. O Prius, segundo<br />

o Inmetro, consome 18.9 km/l,<br />

mas em nossos testes, em Brasília,<br />

a autonomia chegou nos 25 km/l.<br />

Além desses números fazerem bem<br />

pro bolso, a Toyota oferece 8 anos<br />

de garantia nas baterias e demais<br />

componentes.<br />

Para completar, os dois modelos, em<br />

breve, contarão ainda com a tecnologia<br />

flex. Uma invenção brasileira, desenvolvida<br />

em parceria com a USP e UnB.<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

Modernos e sofisticados<br />

Todos esses avanços não estão no foco<br />

apenas dos japoneses. Montadoras,<br />

como a alemã Porsche, já comercializam<br />

modelos mais amigos da natureza.<br />

Um dos exemplos é o Cayenne S<br />

E-Hybrid - vendido por R$ 433 mil. O SUV<br />

está longe de ser barato, no entanto é<br />

um Porsche. Outro detalhe: ele custa<br />

cerca de R$ 68 mil a menos do que a<br />

versão Cayenne S convencional. A principal<br />

razão pra essa diferença é que o<br />

imposto de importação para os híbridos<br />

custa menos (7%). No caso dos demais<br />

carros, o percentual bate nos 35%.<br />

A diminuição nos preços é questão de<br />

tempo. Quanto mais veículos rodando,<br />

mais baratos eles ficarão. O custo da<br />

manutenção deve seguir no mesmo<br />

caminho. Ainda assim, precisamos de<br />

mais incentivos. Alguns exemplos podem<br />

ser encontrados, aqui mesmo em<br />

nosso país.<br />

alíquota do imposto é ainda menor. Em<br />

vez de 4% do valor do veículo, o governo<br />

cobra apenas 1.5%.<br />

Em Brasília, essas políticas ainda engatinham.<br />

Em compensação, donos de<br />

modelos elétricos contam com recarregadores<br />

gratuitos, em alguns shoppings<br />

da cidade. O que já é um começo.<br />

Voltando aos híbridos, há outra montadora<br />

de luxo investindo pesado neles:<br />

a Lexus. Hoje, praticamente toda a linha<br />

conta com uma versão high-tech.<br />

Dos SUVs ao superesportivo LC500h,<br />

capaz de acelerar de 0 aos 100 km/h<br />

em apenas 5 segundos.<br />

A estrada ainda é longa, a gente sabe,<br />

mas precisamos reconhecer a importância<br />

de cada quilômetro percorrido<br />

pelos engenheiros. E é bom lembrar,<br />

mais uma vez, que os modelos elétricos<br />

são realidade. “Até 2020, lançaremos<br />

os primeiros modelos movidos exclusivamente<br />

a eletricidade, da Toyota<br />

e Lexus, na China e na Índia. Após isso,<br />

vamos analisar cada mercado para,<br />

também, oferecer essa tecnologia”,<br />

conclui Anderson Suzuki.<br />

Divulgação/TOYOTA<br />

Em São Paulo, quem dirige um híbrido<br />

não precisa se preocupar com o rodízio<br />

de placas e, ainda, ganha 50% de<br />

desconto no IPVA. No Rio de Janeiro, a<br />

“Até 2020, lançaremos os primeiros modelos<br />

movidos exclusivamente a eletricidade...”<br />

Divulgação/LEXUS<br />

Tá vendo? Se a sua justificativa para não<br />

aderir a esse novo momento da indústria<br />

automotiva era a falta de opções, pode<br />

dar um jeito de mudar de estratégia.<br />

Mesmo no Brasil, temos ótimos modelos<br />

à disposição, independentemente da<br />

fonte energética. E quando o assunto é<br />

tecnologia, o futuro é agora.<br />

*Clayton Sousa viajou ao Chile a<br />

convite da Lexus/Toyota.<br />

EVOKEJUN2019


Vanessa Silvestre<br />

Divulgação<br />

Meu vizinho<br />

é um gato<br />

Após inúmeras batalhas judiciais e também de muito bate-boca<br />

com vizinhos, os donos de pets ganharam um aliado na briga<br />

contra os condomínios. A Terceira Turma do Superior Tribunal de<br />

Justiça decidiu que a convenção de um condomínio não pode<br />

proibir a criação e a guarda de animais de qualquer espécie. Mas atenção:<br />

o animal não pode representar risco à segurança, à higiene,<br />

à saúde eao sossego dos demais moradores.<br />

Tudo começou porque a dona da Nina lutou, e muito,<br />

por ela. A enfermeira Liliam Franco entrou na justiça<br />

para garantir a permanência da gatinha em casa. A<br />

ação foi contra um condomínio de Samambaia no<br />

Distrito Federal. Liliam e Nina ganharam na primeira<br />

sentença mas perderam o recurso. O jeito foi ir atrás<br />

do STJ. Liliam alegou que a gata, considerada um membro<br />

da família, nãocausa transtorno nas dependências do edifício.<br />

Divulgação<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

No recurso, a enfermeira ainda sustentou<br />

que a decisão do Tribunal de Justiça<br />

do DF violava o direito de propriedade.<br />

E criticou a decisão de maneira genérica<br />

de simplesmente proibir a moradia<br />

de animais, sem levar em conta aspectos<br />

como segurança, sossego e higiene.<br />

No voto, o relator do recurso, ministro<br />

Villas Bôas Cueva, destacou que a<br />

convenção condominial, representa<br />

o exercício da autonomia privada, regulando<br />

as relações entre os condôminos,<br />

a forma de administração e<br />

outros aspectos para manter a convivência<br />

harmônica. Porém, o relator<br />

ressaltou que as limitações previstas<br />

nas convenções podem ser analisadas<br />

pelo Poder Judiciário. O magistrado<br />

também apontou que, pela lei, o condômino<br />

tem o direito de usar com exclusividade<br />

sua unidade de acordo com os<br />

próprios interesses desde que preservadas<br />

as condições da boa vizinhança.<br />

Para determinar se a convenção extrapolou<br />

os limites da propriedade privada,<br />

é importante observar três situações.<br />

A primeira é o caso da convenção<br />

que não regula o tema, assim o morador<br />

pode criar animais desde que respeite<br />

a lei. A segunda hipótese é a da<br />

convenção que proíbe a permanência<br />

de animais causadores de incômodos<br />

aos moradores, o que não apresenta<br />

nenhuma ilegalidade. Por último, há<br />

a situação da convenção que veda a<br />

permanência de animais de qualquer<br />

espécie, que é o que chama atenção<br />

porque muitos animais não trazem<br />

prejuízos aos demais moradores.<br />

A decisão do STJ vale apenas para a<br />

Nina, mas pode servir de base para<br />

futuras decisões, servir para que outros<br />

donos de pets iniciem um diálogo<br />

com o condomínio. O mais importante<br />

é manter a saúde do pet e dos moradores<br />

dentro e fora de casa. A lei principal<br />

é a da boa convivência.<br />

Divulgação<br />

EVOKEJUN2019


Basilia Rodrigues<br />

Não se esconda atrás da sua<br />

cor, o racismo é problema de<br />

todo mundo. Atrapalha vidas,<br />

destrói a auto estima e compromete<br />

a produtividade das pessoas.<br />

O alvo sente mais, inegavelmente. Só<br />

que o racismo e seus estragos vão<br />

além da mira, têm efeito corrosivo,<br />

atingem um ponto e se alastram feito<br />

metástase.<br />

Nesse contexto, a maçã podre faz muito<br />

mal, sim, porque se mistura e segue<br />

contaminando todo pomar.<br />

Não se esconda atrás da sua cor, você<br />

pode ser branco, pardo, negro, qualquer<br />

Racismo para<br />

TODO LADO<br />

EVOKEJUN2019


tom, e também combater o racismo.<br />

Você, com certeza, já deve ter ouvido<br />

argumentos sociais, morais e políticos<br />

de combate ao racismo - quase sempre<br />

classificados de “mimimi” por quem<br />

não vê o racismo, ou não quer ver. Em<br />

meio à crise mundial nas finanças, eis<br />

uma outra razão para combatê-lo: o<br />

racismo prejudica a economia de um<br />

país. É que o preconceito significa menos<br />

oportunidade, menos chances de<br />

ter uma vida melhor, menos igualdade,<br />

mais pobreza, mais hostilidade, mais<br />

vulnerabilidade social.<br />

O racismo é errado e diferentes lados<br />

políticos concordam. Ou se não, ao menos<br />

tentam refletir. O apelo econômico<br />

complementa o arcabouço de motivos<br />

para brigar contra este mal. Caberia<br />

uma reforma no pensamento humano<br />

para reduzir o rombo do preconceito<br />

na União, nos Estados e municípios.<br />

Ninguém quer envelhecer sem aposentadoria,<br />

conseguirá viver sem o racismo?<br />

Do jeito que está hoje, a conta não fecha.<br />

Negros são maioria na realidade<br />

das ruas, mas não são vistos na mesma<br />

proporção dentro de escolas ou no<br />

mercado de trabalho.<br />

A Organização das Nações Unidas, assim<br />

como outras entidades pelo mundo,<br />

defende que o racismo seja combatido<br />

pelo Poder Público, com políticas<br />

públicas, porque além de todo impacto<br />

para a vida do cidadão e da sociedade,<br />

o racismo também prejudica o desenvolvimento<br />

de um país.<br />

“As pessoas se sentem discriminadas<br />

em diferentes setores - quando vão<br />

procurar emprego, quando tentam ser<br />

parte de um grupo social. E existe um<br />

custo social e um custo econômico<br />

dessa discriminação: Isso gera segregação”,<br />

afirmou o economista mexicano<br />

Luis Felipe López-Calva, diretor<br />

regional para América Latina e Caribe<br />

do Programa das Nações Unidas para o<br />

Desenvolvimento (Pnud), à BBC News.<br />

Essa é a agência da ONU voltada para o<br />

combate à pobreza.<br />

Se uma pessoa não alcança uma vaga<br />

de emprego por causa da cor da pele,<br />

ela não tem condições de contribuir<br />

com o crescimento econômico de um<br />

país. Essa discriminação, velada ou<br />

explícita, gera um indicador inconteste:<br />

mais um na fila dos 14 milhões de<br />

desempregados no Brasil. A ponto de<br />

ele preferir não colocar foto 3x4 no<br />

currículo para que a imagem não o<br />

“atrapalhe” na hora de ser chamado<br />

para entrevista.<br />

Racismo não deveria ser pauta que<br />

divide direita e esquerda. Mas é. Ainda<br />

que existam argumentos para combatê-lo<br />

dos dois lados. Desde sua existência<br />

a formas de diminuí-lo, o tema<br />

ainda divide.<br />

Mas ele existe. Ele é errado. Ele limita.<br />

Freepik.com<br />

EVOKEJUN2019


Paulo Roque Khouri<br />

Freepik.com<br />

EVOKEJUN2019


E QUEM PAGA ESSA<br />

PASSAGEM AÉREA<br />

TÃO CARA?<br />

O<br />

Congresso aprovou a Medida<br />

Provisória que permite<br />

a entrada no Brasil<br />

de empresas aéreas estrangeiras,<br />

que podem ter até 100% do<br />

capital de qualquer companhia aérea.<br />

O que o consumidor pode ganhar com<br />

essa nova regra? Mais concorrência<br />

no mundo todo implica em passagem<br />

aérea barata mais para o consumidor.<br />

E a nossa autoridade da concorrência,<br />

o CADE, como já chegou a advertir<br />

num relatório técnico, pode usar essa<br />

nova regra pra evitar que as 3 grandes<br />

empresas nacionais comprem o que<br />

sobrou da AVIANCA nos mais concorridos<br />

aeroportos do país. Se qualquer<br />

uma das aéreas nacionais conseguir<br />

“comprar” a AVIANCA, a minha opinião<br />

é que quem sairá perdendo será o consumidor.<br />

Desde que a AVIANCA praticamente<br />

deixou de operar o que se viu,<br />

coincidência ou não, aliado também<br />

à alta do dólar e ao preço do querosene<br />

de aviação, foi um aumento maior<br />

das passagens. Quanto à cobrança da<br />

bagagem, o Congresso votou a favor<br />

da gratuidade, contrariando pedidos<br />

expressos do Ministério da Economia.<br />

As companhias estão esperneando e<br />

pedindo o veto do Presidente. Mesmo<br />

com o provável veto, em nome do livre<br />

mercado, as companhias precisam explicar<br />

porque os preços cobrados pela<br />

primeira mala despachada é praticamente<br />

o mesmo em todas elas, R$60.<br />

Na segunda mala, sobe para R$100.<br />

Se houvesse concorrência pra valer<br />

não era pra ser assim. Com a chegada<br />

das aéreas estrangeiras, o que se espera<br />

é que o consumidor acabe se beneficiando<br />

de preços mais baixos não<br />

só nas passagens mas também nas<br />

bagagens. Mais concorrência é igual a<br />

mais liberdade de escolha que é igual a<br />

preços mais baixos.<br />

EVOKEJUN2019


Allan Lucena<br />

O esporte como<br />

enfrentamento da<br />

DIABETES MELLITUS<br />

na Adolescência<br />

Brasília é o berço do esporte.<br />

Em especial, o de rua que tem<br />

crescido muito em número de<br />

grupos e diversidade de trabalhos.<br />

Segundo a American College of<br />

Sports Medicine (ACSM), esportes ao<br />

ar livre, funcional, calistenia e outras<br />

atividades como Hit, desenvolvidas<br />

por equipes de rua, são as maiores e<br />

mais fortes tendências daqui pra frente.<br />

O que a ACSM não identificou foi a<br />

capacidade dessas equipes se unirem<br />

em prol de causas sociais. E nós de<br />

Brasília somos as primeiras equipes<br />

a se unirem em um evento específico<br />

para esse gesto.<br />

A adolescência é marcada por mudanças<br />

psicoafetivas e de conduta, estando<br />

vulnerável a fatores psicossociais,<br />

fase esta que abrange idades entre<br />

10 e 20 anos, segundo a Organização<br />

Mundial de Saúde (OMS). As transformações<br />

biológicas de puberdade são<br />

universais e visíveis, modificando as<br />

crianças, dando-lhes altura, forma e sexualidade<br />

de adultos. Essas alterações,<br />

por si só, não transformam a pessoa<br />

em um adulto completo, ainda inclui-se<br />

as alterações cognitivas, sociais e de<br />

perspectiva sobre a vida futura.<br />

E é na adolescência que a Diabetes<br />

Mellitus pode surgir. Uma doença crônica<br />

resultante do desequilíbrio dos<br />

níveis de glicose no sangue. No tipo 1<br />

(DM1), o pâncreas não consegue produzir<br />

insulina suficiente. No Diabetes<br />

Mellitus tipo 2 (DM2), a insulina produzida<br />

pelo pâncreas não age adequadamente<br />

nas células do corpo devido a<br />

uma resistência do corpo à ação dela.<br />

André Mandelli<br />

Contaremos com a opinião e experiência da Dra. Vanessa Corvino, 28<br />

anos, especializada em Pediatria. Ela é diabética, do tipo 1 e desde os<br />

10 anos convive com a doença. Convidei também os irmãos Eduardo<br />

Ghilardi, que é diabético tipo 1 e Vinicius Guilardi, que não possui<br />

nenhuma doença crônica, mas figura o importante papel da família no<br />

processo de tratamento e aceitação da descoberta da doença.<br />

Dra. Vanessa Corvino,<br />

médica especializada em Pediatria.<br />

A principal característica da doença é<br />

a hiperglicemia (elevação dos níveis<br />

de glicose no sangue), que pode se<br />

manifestar por sintomas como polúria<br />

(excesso de urina), polidipsia (sede<br />

aumentada), perda de peso, polifagia<br />

(fome aumentada) e visão turva. Foi<br />

exatamente assim que Eduardo teve<br />

o seu diagnóstico. “Eu tinha uma vida<br />

normal até metade do ano de 2018 e<br />

de um mês pro outro perdi 10kg, urinava<br />

muito e bebia muita água, fiz muitos<br />

exames e em um certo dia, em sala de<br />

aula, recebi uma ligação da minha mãe<br />

dizendo que eu tinha DM1. Imediatamente<br />

meus pais me levaram para o<br />

hospital, de onde só fui sair uma semana<br />

depois, porém com tudo sob<br />

EVOKEJUN2019


Aplicação<br />

de insulina<br />

ultrarápida<br />

Irmãos Eduardo e Vinicius, sempre<br />

juntos em seus treinos diários<br />

Tomada Criativa<br />

“<br />

Eu tinha uma vida normal<br />

até metade do ano de 2018<br />

e de um mês pro outro perdi<br />

10kg, urinava muito e bebia<br />

muita água<br />

”<br />

controle embora com a vida totalmente<br />

modificada”.<br />

A DM1 é Classificada como uma doença<br />

crônica e incurável (American<br />

Diabetes Association, 2013), ou seja,<br />

de progressão lenta e requer treino<br />

especial do paciente na reabilitação,<br />

supervisão, observação ou prestação<br />

de cuidados que envolvem alterações<br />

permanentes nos estilos de vida dos<br />

pacientes, pois o decurso da doença<br />

é imprevisível (Leblanc et al, 2003).<br />

Portanto, é administrada clinicamente<br />

através de quatro pilares básicos:<br />

insulinoterapia, dietoterapia, monitorização<br />

e principalmente atividade<br />

física, esporte ou treinos constantemente<br />

variados. Todas dependentes<br />

do processo de adesão do paciente.<br />

“A melhor estratégia é a aceitação da<br />

doença, saber que ninguém é culpado<br />

e que não havia nada que pudesse ser<br />

feito para evitar o desenvolvimento<br />

da doença, já que é um processo autoimune”,<br />

ressalta a Dra Vanessa. Ela<br />

explica que, embora o DM1 seja mais<br />

comum em crianças e adolescentes,<br />

o aumento da obesidade infantil em<br />

conseqüência dos maus hábitos alimentares<br />

tem mudado um pouco a incidência<br />

do DM2, que antes era mais<br />

comum em adultos e idosos.<br />

Nesse sentido, a atividade física vem<br />

para prevenir ou remediar, pois seu<br />

principal papel dentro do tratamento<br />

da DM1 é de proporcionar melhor aproveitamento<br />

da glicose pelos músculos,<br />

com o benefício de redução até de<br />

doses dos medicamentos utilizados e<br />

prevenir doenças associadas ao Diabetes.<br />

Se considerarmos o exercício<br />

físico como um “medicamento’’ obrigatório<br />

para o diabético, cada um terá<br />

uma dose ideal, assim como é para<br />

pessoas saudáveis. De forma simples,<br />

indica-se de 30 a 60 minutos de atividade<br />

física diária, seis vezes em média<br />

por semana, ou seja, doses diárias de<br />

treinamento, e a intensidade vão variar<br />

se o indivíduo for sedentário, intermediário<br />

ou avançado. Obrigatoriamente<br />

deverá passar por especialista como<br />

médico especializado na doença, nutricionista<br />

e profissional de educação<br />

física. “A atividade física vem como<br />

terceiro componente do tratamento,<br />

sem ele as coisas não funcionam bem.<br />

Qualquer atividade física é bem-vinda,<br />

por isso deixo o paciente à vontade<br />

para escolher a atividade física com<br />

@eduardogui (acompanhe sua rotina)<br />

a qual ele mais se identifique. Só não<br />

vale ser sedentário”, enfatiza Vanessa.<br />

Os pais são muito importantes nesse<br />

processo de propiciar autonomia ao<br />

filho (a), por necessidade ou emergência.<br />

Eduardo, sobre isso, diz o seguinte:<br />

“Meu irmão sempre está ao meu lado<br />

e sempre vai estar comigo em todos<br />

os momentos que eu precisar.” Já Vinícius,<br />

o irmão guardião, relatou que<br />

ficou assustado, porém tem um papel<br />

crucial no tratamento. “Na medida em<br />

que fui entendendo, percebi que não<br />

era uma coisa passageira. Ficamos<br />

uma semana longe com a sua internação<br />

e a saudade era grande. Hoje o<br />

ajudo no que posso, malhamos juntos,<br />

não deixo faltar, ajudo na alimentação,<br />

aprendi a aplicar as insulinas, monitorar<br />

a glicemia e sei como agir em caso<br />

de emergência. Admiro meu irmão pela<br />

sua força e superação diária”.<br />

Descobrir a diabetes na adolescência<br />

requer importante observação no<br />

início por parte da família para que a<br />

aceitação seja algo natural, estabelecendo<br />

uma dedicação em cuidar da<br />

alimentação, pois é de onde ela pode<br />

colher as melhores respostas, sempre<br />

em um equilíbrio entre insulinização<br />

adequada e atividade física regular pra<br />

toda vida.<br />

EVOKEJUN2019


Deilys Gonzalez<br />

EVOKEJUN2019


Divulgação<br />

Você já dosou a sua<br />

vitamina D?<br />

Oi gente! A pergunta de hoje é do<br />

Vítor. Ele fala: Deilys, fiz meu exame<br />

de vitamina D e deu abaixo do<br />

valor de referência, fiquei preocupado,<br />

para que serve a vitamina D? Preciso<br />

suplementar?<br />

Vitor, você não está sozinho, realmente hoje é<br />

bem comum a deficiência de vitamina D, no entanto,<br />

a frequência da deficiência não torna sua<br />

recuperação menos importante, pelo contrário.<br />

A vitamina D é um micronutriente essencial<br />

para a nossa saúde e para o rendimento esportivo.<br />

Ela participa do reparo muscular, em especial<br />

a recuperação de força, é essencial para<br />

a imunidade inata e adquirida, para a estrutura<br />

e função cardíaca, além de estar relacionada<br />

com a saúde muscular e a diminuição do risco<br />

de fraturas. Além disso, diversos estudos<br />

relacionam a deficiência de vitamina D com<br />

aumento do risco de diabetes, de hipertensão<br />

arterial e de vários tipos de câncer.<br />

Portanto ela tem inúmeras funções em todo<br />

nosso corpo e a sua deficiência é extremamente<br />

prejudicial.<br />

Agora que você já sabe para que serve, vamos<br />

entender um pouquinho sobre o seu<br />

metabolismo.<br />

Você tem um composto na pele, chamado<br />

7-dehidrocolesterol que ao sofrer ação dos<br />

raios UVB do sol é transformado em vitamina<br />

D3, a mesma que a gente obtém através da alimentação.<br />

No entanto, esta ainda não é a forma<br />

ativa. Ela precisa ainda passar pelo fígado e<br />

pelos rins para se tornar a forma ativa. Depois<br />

ela é transportada por proteínas no sangue<br />

até se ligar com seu receptor. Um problema em<br />

qualquer um destes passos pode ser responsável<br />

por sua deficiência.<br />

Portanto, existem diversas causas para a deficiência<br />

de vitamina D. Desde obesidade, polimorfismos<br />

das proteínas de transporte (um<br />

assunto um pouquinho mais avançado), algum<br />

problema hepático ou renal ou a baixa disponibilidade<br />

de vitamina D em alimentos.<br />

Como vocês viram, uma das formas de iniciar<br />

o processo de obtenção de vitamina D é via exposição<br />

solar, porém, por outros motivos, hoje<br />

a gente foge do sol ou se expõe somente com o<br />

uso de fotoprotetor.<br />

Em função disso, a suplementação de vitamina<br />

D ganha cada vez mais relevância. Os guidelines<br />

de vitamina D colocam que a suplementação<br />

de 800 a 2000 UI por dia é recomendada<br />

para manter o status de vitamina D para a população<br />

geral.<br />

No entanto, para quem já apresenta deficiência,<br />

as dosagens de recuperação são diferentes.<br />

Vitor, como você já apresenta deficiência,<br />

você precisa fazer a suplementação para a<br />

recuperação do status de vitamina D sim! Procura<br />

um médico que vai fazer a prescrição na<br />

dosagem correta para o seu caso.<br />

E como falei no início, quem ainda não dosou a<br />

sua vitamina D, procure um profissional e peçam<br />

para incluir ela nos seus exames de rotina,<br />

é uma triagem simples que pode trazer muitos<br />

benefícios.<br />

* Texto originalmente divulgado no Performance<br />

Nutrition Entrevista, com Deilys Gonzalez<br />

EVOKEJUN2019


Celso Nassar<br />

Divulgação<br />

O GESTO<br />

POR TRÁS<br />

DAS RECEITAS<br />

CULINÁRIAS<br />

O chef Celso Nassar é formado<br />

em gastronomia pelo IESB, ex-sócio do<br />

Buongustaio Ristorante - Brasília<br />

Existe algo de fantástico no grande negócio da gastronomia<br />

mundial. Os programas televisivos com temática<br />

culinária estão cada vez mais presentes nos canais<br />

abertos e fechados, pois a evolução da cozinha<br />

com suas técnicas e equipamentos modernos proporcionam<br />

um verdadeiro fascínio com a transformação de produtos<br />

brutos em pratos executados à perfeição e valorizados pela<br />

impecável apresentação.<br />

EVOKEJUN2019


Muitos desses produtos, exóticos ou não, se<br />

tornaram conhecidos ou deixaram de sofrer injustos<br />

preconceitos graças aos programas de<br />

televisão, aos livros e revistas especializados,<br />

que deram a necessária visibilidade ao trabalho<br />

de talentosos profissionais de cozinha que souberam<br />

extrair o melhor daquilo que um ingrediente<br />

pode oferecer, de sorte que, atualmente,<br />

é possível encontrá-los em feiras, armazéns e<br />

mercados dos grandes centros.<br />

Entretanto, não é suficiente ter nas mãos um<br />

ótimo produto. É preciso, segundo os grandes<br />

chefs, saber respeitá-lo, conhecer sua natureza,<br />

origem, sazonalidade e, sobretudo, nas palavras<br />

do chef Alex Atala, utilizá-lo “no seu melhor<br />

momento”, isto é, prepará-lo da maneira e<br />

no tempo corretos, “exponencializando” o sabor<br />

natural dos ingredientes. Lembro-me ainda hoje<br />

das palavras do grande chef Laurent Suaudeau,<br />

quando do meu primeiro curso no ano de 2004<br />

em sua famosa escola, admoestando-nos acerca<br />

da impossibilidade de se obter um grande<br />

prato com um péssimo ingrediente, mas perfeitamente<br />

possível fazer um péssimo prato com<br />

um grande produto.<br />

Entretanto, além dos bons ingredientes e da<br />

ótima qualidade dos utensílios e equipamentos<br />

modernos disponíveis no mercado, há, ainda,<br />

outro elemento pouco comentado, mas de grande<br />

importância para quem pretende ingressar<br />

no mundo da gastronomia pela via profissional<br />

ou apenas de forma amadora. Refiro-me ao aspecto<br />

gestual de quem exerce o nobre ofício de<br />

cozinheiro.<br />

Observar uma cozinha profissional de alta gastronomia<br />

em plena atividade é algo fascinante.<br />

O cenário composto por bancadas, fornos e fogões<br />

com seus desassossegados cozinheiros<br />

de dólmãs brancas permite notar, apesar da<br />

tensão e da adrenalina presentes, a harmonia<br />

e o sincronismo com que os trabalhos são organizadamente<br />

executados, não sendo exagero<br />

compará-lo ao de uma orquestra regida por seu<br />

maestro. Ao comando da marcha dos pratos pelo<br />

chef ou subchef, as brigadas sabem o quê, como<br />

e quando executar suas tarefas para que todos<br />

os pedidos cheguem à mesa do cliente na temperatura<br />

ideal, com textura perfeita e com o sabor e<br />

apresentação impecáveis. Mas nada disso seria<br />

possível, se não houvesse a necessária organização,<br />

o conhecimento, a disciplina e o respeito<br />

à hierarquia dentro do ambiente de cozinha. Os<br />

cozinheiros novatos, bem assim os estagiários<br />

e comins, aprendem com os chefs de partida e<br />

também com os cozinheiros mais experientes, e<br />

a observação à capacidade gestual, à postura e<br />

à expressão corporal é o início e o caminho mais<br />

eficiente para bem assimilar os fundamentos da<br />

cozinha clássica e moderna.<br />

Observar atentamente os movimentos das<br />

mãos e a postura corporal pode parecer algo<br />

sem muita importância para quem pretende<br />

executar uma receita, mas o que diferencia um<br />

bom cozinheiro é a sua capacidade de assimilar<br />

e replicar com perfeição os ensinamentos que<br />

lhe foram passados e isso inclui, além de outros<br />

conhecimentos, saber manusear uma faca,<br />

um fouet, uma espátula e até mesmo a forma<br />

correta empregar as mãos no uso do saco de<br />

confeitar.<br />

A título de ilustração, ha uma divertidíssima<br />

cena no filme de animação Ratatouille, em<br />

que o rato Remy, inspirado pelo livro do falecido<br />

e estrelado chef Auguste Gusteau intitulado<br />

“Qualquer um pode cozinhar”, e escondido sob o<br />

“toque blanche” do inexperiente Linguini, coordena-lhe<br />

os movimentos de braços e pernas, tal<br />

qual uma marionete, de modo a permitir que seu<br />

parceiro tenha um atrapalhado, porém eficiente<br />

desempenho na execução dos pratos. Fantasia<br />

à parte, o filme contou com a colaboração técnica<br />

de alguns profissionais de cozinha, inclusive<br />

do estrelado chef americano Thomas Keller, que<br />

deram o necessário suporte para que produtores<br />

e animadores conseguissem transmitir o<br />

máximo da realidade de uma cozinha comercial,<br />

inclusive com respeito ao gestual da equipe de<br />

cozinheiros e dos garçons do restaurante.<br />

Não raro, cozinheiros amadores se frustram<br />

com o resultado de uma receita que foi seguida<br />

à risca e acabam concluindo, equivocadamente,<br />

que não levam jeito para a coisa ou que o chef,<br />

propositalmente, omitiu o “pulo do gato”. De<br />

fato, há um grande número de receitas mal redigidas<br />

e incompletas, mas engana-se quem pensa<br />

que o sucesso de uma receita se restringe ao<br />

mero passo-a-passo nela contida. Há, todavia,<br />

o lado invisível da receita que pressupõe o conhecimento<br />

mínimo de técnicas que não são<br />

possíveis de serem transcritas no corpo do seu<br />

texto, sob pena de transformá-la em um vasto e<br />

cansativo manual e, sobretudo, porque muitos<br />

procedimentos são compreensíveis apenas mediante<br />

a observação do gesto.<br />

EVOKEJUN2019


Amanda Pessoa<br />

[substantivo feminino]<br />

1. Convicção da existência de<br />

algum fato ou da veracidade de<br />

alguma asserção; credulidade,<br />

crença; 2. Conjunto de ideias e<br />

crenças de determinada religião<br />

ou doutrina; 3. A primeira das três<br />

virtudes teologais; 4. Fidelidade<br />

a compromissos e promessas;<br />

confiança, crédito; 5. Confirmação<br />

de algum fato; comprovação,<br />

corroboração, validação.<br />

EVOKEJUN2019


EM TODO MUNDO, AS PESSOAS SE DIVIDEM EM DIVERSAS<br />

EXPRESSÕES DE CRENÇAS E DE RELIGIÕES. CADA UMA COM SUAS<br />

DOUTRINAS E NORMAS, MAS EXISTE UMA CARACTERÍSTICA EM<br />

COMUM QUE AS UNE: A FÉ.<br />

Freepik.com<br />

Apalavra fé tem origem do Grego<br />

pistia, que quer dizer “noção de<br />

acreditar” e no Latim fides, que<br />

significa “atitude de fidelidade”.<br />

Seu significado quer dizer “confiança”, “crença”,<br />

“credibilidade”. De acordo com um dos livros<br />

religiosos mais relevantes do mundo, a<br />

Bíblia, “fé é a certeza daquilo que esperamos<br />

e a prova das coisas que não vemos”. Ou seja,<br />

fé é ter uma atitude contrária à dúvida e está<br />

intimamente ligada à confiança.<br />

Ao longo da sua história, o ser humano tem<br />

usado a crença na esperança de atrair positividade<br />

e na busca para suprir a necessidade de<br />

algo sobrenatural para explicar o inexplicável.<br />

Acreditando que a morte não é o fim e que tem<br />

algo além do que vivemos na Terra. Assim surge<br />

o mistério da fé, que norteia praticamente<br />

todas as religiões do mundo. Sejam monoteístas<br />

(de um só Deus) ou politeístas (com vários<br />

Deuses), todas elas têm como característica a<br />

fé de crer que forças sobrenaturais controlam<br />

a nossa vida.<br />

Cientistas, biólogos e médicos têm reconhecido<br />

que a crença pode fortalecer a ciência. Nos<br />

anos 2000, surgiu a primeira teoria que as colocou<br />

lado a lado. A fé e todas as religiões que<br />

surgiram em torno dela, seria um ingrediente<br />

seminal para a evolução da espécie humana.<br />

O biólogo americano David Sloan Wilson, da<br />

Universidade Binghamton, é ateu e um dos<br />

grandes defensores do papel da crença na sobrevivência<br />

humana. Para ele o homem evolui<br />

com a fé, já que ela é responsável por conferir<br />

vantagens a quem a desenvolve. A tese ganhou<br />

mais força quando o também biólogo americano<br />

Dean Hamer, coordenador do setor de genética<br />

do National Cancer Institute, afirmou que a fé<br />

em Deus estaria no gene, no “gene de Deus”. Ele<br />

observou que aqueles que tinham sentimentos<br />

religiosos compartilhavam o gene VMAT2, que<br />

regula as monoaminas que possuem papel na<br />

construção da realidade e na percepção das alterações<br />

da consciência, situações comuns em<br />

experiências místicas.<br />

Papa Francisco corroborou com a tese, quando,<br />

em 2014, afirmou que as teorias científicas<br />

sobre a criação e evolução humana estão<br />

corretas. “Quando lemos em Gênesis sobre<br />

a criação, corremos o risco de imaginar que<br />

Deus tenha agido como um mago, com uma<br />

varinha mágica capaz de criar todas as coisas.<br />

Mas não é assim. O Big Bang, que hoje temos<br />

como a origem do mundo, não contradiz a intervenção<br />

criadora, mas a exige. A evolução na<br />

natureza não é incompatível com a noção de<br />

criação, pois a evolução exige a criação de seres<br />

que evoluem”.<br />

Assim, a crença em algo que norteia a nossa<br />

vida se faz presente e essencial para a humanidade<br />

e não precisa de tradução. É dessa forma<br />

que o educador físico, Randson Andrade,<br />

entende a fé. Ele não segue uma religião, mas<br />

acredita em Deus ou em uma entidade superior<br />

que rege a vida. “Seja no propósito de arrumar<br />

um bom emprego ou em fatos que não dependem<br />

da nossa vontade, como o de contrair uma<br />

doença incurável, por exemplo. A fé faz parte da<br />

nossa essência e precede a existência. Nós nos<br />

definimos com nossas escolhas e ações diante<br />

da vida, essa força e a motivação que a guia, foi<br />

o presente de Deus, a nossa liberdade depende<br />

desse fato. Fé é uma das virtudes teologais,<br />

para mim é a força que prescinde qualquer motivo,<br />

é acima de tudo um guia para grande parte<br />

da humanidade”, conclui.<br />

Essa força, essa energia, esse “algo” pode ser<br />

traduzido de várias formas Alah, Deus, Jah,<br />

Jeová, Oxum, Buda, etc. A evolução da humanidade<br />

e a sua diversidade cultural fez com que<br />

existisse uma pluralidade de crenças. Na procura<br />

por um direcionamento, há pessoas que<br />

se apegam na religiosidade - que é o conjunto<br />

de crenças, adoração, cultos e revela<br />

EVOKEJUN2019


Nesse caminho, o coordenador técnico, Bruno<br />

Rocha, passou a frequentar um centro universalista<br />

que comunga com o chá ayashuasca,<br />

também conhecido como Santo Daime, um chá<br />

vegetal indígena que existe há mais de cinco<br />

mil anos. “Nós não nos vemos como algo religioso,<br />

mas sim espiritualista. Acreditamos que<br />

todos são uma extensão de Deus e todos somos<br />

filhos da criação, que somos irmãos, vindos<br />

da mesma fonte independente de cor, de<br />

orientação sexual ou credo, até mesmo quem<br />

não acredita em nada, todos são bem-vindos.<br />

Acreditamos no ser humano que está em nós<br />

mesmos, que nós estamos aqui para evoluir e<br />

para aprender a amar”, explica.<br />

Foi através de um convite do seu tio, após o falecimento<br />

de seu pai, que Bruno passou a frequentar<br />

o centro e foi pela fé que ele encontrou<br />

o que tanto buscava. “Hoje me sinto diferente<br />

do que eu era. Muito mais calmo, tranquilo,<br />

mudei em muitas áreas para melhor. Me tornei<br />

alguém mais amigável, mais fraterno, sem rancores,<br />

sem mágoas, aprendi a perdoar, principalmente<br />

no íntimo da minha família mesmo”.<br />

Sua fé o ajudou a se tornar mais consciente e<br />

entender a sua missão. “A gente está aqui nesta<br />

encarnação para aprender ser melhor um<br />

pouquinho, para poder melhorar o que nossos<br />

antepassados nos tornaram, com muita gratidão<br />

a eles”, esclarece.<br />

A fé como cura<br />

O indivíduo usa a fé em diversas situações da<br />

sua vida, sejam elas físicas ou emocionais,<br />

como arma de esperança para que o melhor<br />

aconteça. Esse sentimento é como uma virtude,<br />

sendo uma adesão de forma incondicional a<br />

uma hipótese, em que a pessoa considera como<br />

verdade pela absoluta confiança que deposita<br />

nesta ideia ou fonte de transmissão. Essa certeza<br />

é capaz de feitos intensos como a cura.<br />

Segundo o filósofo e teólogo cristão Paul Tillich,<br />

para que se tenha uma cura pela fé, é necessária<br />

uma conexão entre mente, corpo e espírito.<br />

Ao atingir esse ponto, temos uma ação transcendente,<br />

algo misterioso que acompanha e<br />

segue todas as atividades de cura. Estudos da<br />

neurociência têm apontado que pessoas nesse<br />

estado apresentam ativação de áreas cerebrais<br />

similares àquelas induzidas pelo efeito<br />

placebo. Pois, ela ativa regiões do cérebro que<br />

estão relacionadas com as expectativas positivas<br />

em relação ao futuro.<br />

A cura de algumas patologias está muito relacionada<br />

à fé e envolve vários aspectos. Englobam<br />

a crença em um Ser supremo, em si mesmo,<br />

num tipo de tratamento médico, dentre<br />

outras coisas.<br />

EVOKEJUN2019


Testemunhas da fé<br />

Freepik.com<br />

Além da cura física, a fé também é capaz de<br />

curas emocionais e de ser a base para reestruturar<br />

toda a vida. O químico Wallace Amorim<br />

tem sua fé alicerçada em um Ser supremo e<br />

em Jesus Cristo, ele já teve diversas provas<br />

da força da sua fé conseguindo se recuperar<br />

de um acidente de moto, cura do câncer da sua<br />

mãe e ter sua vida transformada. “Estar vestido<br />

da armadura da fé é acreditar que mesmo<br />

no meio do caos você tem certeza que as coisas<br />

vão dar certo. Acreditar no poder das suas<br />

palavras, na sua mente e acreditar que existe<br />

um criador que designa as coisas no seu devido<br />

lugar para te fazer o bem”.<br />

Todos no mesmo objetivo de promover a paz e o<br />

bem, conduzidos pela fé. Prova disso foi a cura<br />

de uma de suas filhas no início do ano passado,<br />

todos os participantes do formulário, da muçulmana<br />

a ateia, se uniram para pedir por ela.<br />

Wallace crê que a fé é algo muito singular. “Eu<br />

posso ter a mesma religião que você, frequentar<br />

os mesmos templos e ser testemunha dos<br />

mesmos fatos, mas eu vou crer do meu jeito”,<br />

explica.<br />

A advogada Patrícia Zapponi acredita que a fé<br />

está alicerçada em algo mais profundo. Desde<br />

criança, ela segue uma religião de matriz africana<br />

e une Candomblé, IFA e Jurema. Ela afirma<br />

que a fé está em tudo que faz e é tudo que<br />

tem de mais precioso.<br />

Usufruindo dessa “arma”, a advogada já pôde<br />

testemunhar o poder da sua fé algumas vezes.<br />

“Tive minha vida transformada pela fé. Fui vítima<br />

de violência doméstica e vi minha vida no<br />

chão. Estava passando por uma separação e<br />

meu ex-marido tentou me destruir, me tirou<br />

emprego, amigos, me bateu e me difamou na<br />

internet. Consegui me reerguer com a única<br />

coisa que tinha restado, a fé. Isso me fez fortalecer<br />

ainda mais”.<br />

Armada de sua fé, Patrícia foi além. Ela<br />

criou, há seis anos, o Fórum de Diversidade<br />

Religiosa da CLDF e Entorno, que<br />

reúne diversas lideranças religiosas<br />

no combate da intolerância, violência<br />

doméstica e familiar, preconceito,<br />

racismo e homofobia.<br />

EVOKEJUN2019


Estevan Furtado<br />

sob supervisão de Basilia Rodrigues<br />

PIxabay.com<br />

EVOKEJUN2019


O outro lado da<br />

MACONHA<br />

TODO REMÉDIO TAMBÉM É UMA DROGA, ALGUMAS FAZEM BEM,<br />

OUTRAS DESTRÓEM A VIDA DE UMA PESSOA. A CIÊNCIA DESCOBRIU QUE<br />

A MACONHA PODE SER UTILIZADA EM PROL DA SAÚDE. MAS COMO?<br />

Doença de Parkinson, artrite,<br />

doença de Alzheimer,<br />

depressão, epilepsia, autismo,<br />

artrite, esclerose múltipla<br />

- essas e várias outras doenças<br />

podem ser combatidas pela cannabis,<br />

ou como é popularmente conhecida,<br />

maconha. Para os pacientes que dependem<br />

do canabidiol, basta uma indicação<br />

médica para o uso dos produtos<br />

e um cadastro na própria pasta, que<br />

pode ser agendado pelo telefone 160.<br />

Nem todo mundo sabe, mas em outubro<br />

passado, a Secretaria de Saúde<br />

publicou uma portaria que reduz a burocracia<br />

no acesso às substâncias da<br />

maconha, para uso medicinal.<br />

Com essas novas regras, os compostos<br />

passam a ser ofertados na Farmácia<br />

de Alto Custo de Brasília. Um dos<br />

grandes problemas é a falta de produção<br />

nacional. Além de enfraquecer o<br />

tratamento, torna limitada a compra do<br />

produto. Para se ter uma idéia, o custo<br />

em média de uma única embalagem é<br />

de US$ 70 (cerca de R$ 280), sem as<br />

taxas de transporte. Um valor bem alto<br />

para parte da população de Brasília.<br />

O uso terapêutico do<br />

CANNABIDIOL<br />

Em janeiro de 2015, a Anvisa (Agência<br />

Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou<br />

o uso terapêutico de canabidiol<br />

(CBD), que é um dos principais componentes<br />

da maconha. A agência reguladora,<br />

que antes proibia o uso da planta, definiu<br />

os critérios e procedimentos para a<br />

importação de pessoa física mediante a<br />

prescrição por profissional habilitado.<br />

A Dra. Carolina Nocetti, PhD na área da<br />

cannabis e inovação em saúde, acredita<br />

que a maior mudança após autorização<br />

da Anvisa foi vista na qualidade de vida<br />

de milhares de pacientes brasileiros com<br />

doenças crônicas e refratarias, que hoje<br />

podem se beneficiar dessa terapia. “Atualmente<br />

há mais de 4 mil brasileiros com<br />

autorização para importação. Acredito<br />

que o acesso à terapia canabinoide por<br />

estes pacientes traz um esperança no<br />

tratamento de sua doença, que passou<br />

por várias tentativas de diferentes medicamentos<br />

sem obter sucesso”, conta a<br />

doutora que coordena a ABMedCAN.<br />

EVOKEJUN2019<br />

EVOKEJUN2018


Em dezembro de 2014, o Cremesp (Conselho Regional de Medicina<br />

de São Paulo) aprovou o uso compassivo do canabidiol<br />

para o tratamento de epilepsias da criança e do adolescente refratárias<br />

aos tratamentos convencionais. A Dra. Carolina acredita<br />

que com pesquisas, informações e capacitação profissional,<br />

as associações médicas irão aderir a cannabis medicial. “O uso<br />

terapêutico é muito promissor. As pessoas cada vez mais têm<br />

buscado por tratamento, quando já tentaram tudo e não tiveram<br />

sucesso. A terapia canabinoide está trazendo esperança e qualidade<br />

de vida aos pacientes e seus familiares”, explica.<br />

Criação, benefícios e malefícios<br />

O canabidiol pode ser sintetizado em laboratório ou extraído<br />

da cannabis. A planta passa por um processo de extração que<br />

pode ser alcoólico, supercrítico de CO2, ou por outros métodos.<br />

Escolhida a variedade de cannabis a ser utilizada, submete-se<br />

a matéria prima, que pode ser a planta inteira ou suas inflorescências<br />

a variados processos de extração que separam<br />

os princípios ativos, que são oleosos, dos outros componentes<br />

da planta, que são solúveis em água. Após esta separação,<br />

a fração que contém os canabinoides é concentrada e usada<br />

na produção de medicamentos com diferentes diluições, as<br />

quais podem ser feitas em óleos vegetais, álcool ou glicerol.<br />

Para Renato Malcher, bacharel em ciências biológicas pela Universidade<br />

de Brasília (UnB), a maconha tem vários benefícios.<br />

“A cannabis e seus derivados, quando usados de forma orientada<br />

e não abusiva, produzem efeitos positivos, que muitas<br />

vezes não são obtidos por nenhum outro medicamento atualmente<br />

disponível”, conta o professor.<br />

Potencial terapêutico como neuroprotetor, imunomodulador,<br />

anti-inflamatório, anticonvulsivante, entre outros, são alguns<br />

dos benefícios do canabidiol. Ele também ajuda na melhoria<br />

da resistência à fratura de ossos, combate a depressão, diabetes,<br />

doenças cardiovasculares e esquizofrenia.<br />

Usado de forma abusiva, a cannabis pode ser um risco, mesmo<br />

que mínimo. “O uso em excesso da cannabis pode levar a<br />

um quadro problemático em cerca de 9% dos usuários. Quando<br />

ocorre, o nível de gravidade de dependência em substâncias<br />

varia muito conforme a situação psiquiátrica, emocional<br />

e social de cada indivíduo”, conta o doutor em neurociências,<br />

Rodrigo Malcher.<br />

O tetraidrocanabinol (ou THC) é a principal substância psicoativa<br />

encontrada nas plantas do gênero cannabis. Ele possui<br />

efeitos cognitivos e gera euforia e mudanças na percepção. Já<br />

o canabidiol (ou CBD), que constitui grande parte planta, não<br />

provoca mudanças de humor e comportamento. Assim, ele<br />

“não é susceptível de ser abusado”, diz a Organização Mundial<br />

da Saúde (OMS).<br />

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Divulgação


Basília Rodrigues<br />

Divulgação<br />

EVOKE: Fale um pouco sobre a doença<br />

da sua filha e como a cannabis medicinal<br />

ajuda no tratamento?<br />

NORBERTO FISCHER: Minha filha Anny<br />

nasceu com um erro genético denominado<br />

CDKL5, aos 40 dias de vida ela<br />

teve sua primeira convulsão e demoramos<br />

4 anos para conseguir o diagnóstico.<br />

Entre as diversas características<br />

da Síndrome, estão as convulsões<br />

de difícil controle e autismo. Com o<br />

uso do CBD (que significa canabidiol)<br />

conseguimos combater parte das convulsões.<br />

EVOKE: Como você descobriu os benefícios<br />

que o canabidiol poderia trazer<br />

para a sua filha?<br />

NORBERTO FISCHER: Minha esposa<br />

estava buscando na internet alguma<br />

coisa que pudesse ajudar. Um belo dia<br />

ela viu em um <strong>site</strong> americano de apoio<br />

às famílias com filhos com CDKL5, um<br />

dos pais publicou falando que iria usar<br />

o CBD. Nas semanas seguintes esse<br />

pai relatava as melhoras e o efetivo<br />

NORBERTO FISCHER<br />

ELE BATALHOU PARA QUE A FILHA PUDESSE<br />

UTILIZAR UM DOS COMPONENTES DA MACONHA<br />

O RESPONSÁVEL PELA “NOVA VIDA” DE<br />

ANNY, NORBERTO FISCHER, É O PAI DELA.<br />

ANNY É A PRIMEIRA BRASILEIRA AUTORIZADA<br />

JUDICIALMENTE A IMPORTAR UM DERIVADO<br />

DA CANNABIS PARA USO MEDICINAL. AOS 4<br />

ANOS DE IDADE, ANNY FOI DIAGNOSTICADA<br />

COM A CDKL5, UMA RARA SÍNDROME QUE NÃO<br />

TEM CURA. APÓS DIVERSAS TENTATIVAS COM<br />

CIRURGIAS E MEDICAMENTOS DE RESULTADOS<br />

DESANIMADORES, NORBERTO TEVE QUE BUSCAR<br />

OUTRAS SOLUÇÕES MAIS BRUSCAS.<br />

controle das crises. Resolvemos estudar<br />

o assunto e descobrimos que o<br />

CBD é derivado da maconha.<br />

EVOKE: Como foi descobrir sobre o<br />

CBD e como começou o uso dele?<br />

NORBERTO FISCHER: Foi um choque,<br />

pois além do preconceito com a planta,<br />

sabíamos que era ilegal no Brasil,<br />

mas o desespero de ver Anny cada dia<br />

pior nos motivou a tentar o uso. Com<br />

isso começamos a usar, ilegalmente,<br />

no dia 11 de novembro de 2013. Após<br />

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nove semanas Anny reduziu o número<br />

de crises de 60 por semana para zero.<br />

EVOKE: Há quanto tempo a sua filha<br />

usa o canabidiol e como você conseguiu<br />

na justiça a liberação para usá-lo<br />

no tratamento?<br />

NORBERTO FISCHER: Anny começou<br />

no dia 11 de novembro de 2013, em<br />

fevereiro de 2014 na tentativa de importar<br />

o CBD, fomos “pegos” e Anny<br />

ficou sem o CBD. Em 10 dias Anny voltou<br />

novamente a ter as 60 convulsões<br />

por semana. Estávamos em contato<br />

com a USP de Ribeirão Preto, que fez<br />

um relatório sobre o uso de CBD pela<br />

Anny, de posse desse relatório entramos<br />

com uma liminar na justiça para<br />

que pudéssemos importar o CBD sem<br />

a interferência da ANVISA. No dia 3 de<br />

abril de 2015, Anny tornou-se a primeira<br />

Brasileira autorizada a usar um produto<br />

da cannabis de forma medicinal.<br />

Divulgação<br />

dificuldades no tratamento vocês<br />

passaram?<br />

NORBERTO FISCHER: As principais foram<br />

com convulsões diárias que Anny<br />

tinha. Antes da Liminar da minha filha<br />

e da reclassificação do CBD e THC pela<br />

ANVISA, era ilegal o uso no Brasil. Com<br />

esses fatos, foram criados protocolos<br />

pela Anvisa e pela Receita Federal que<br />

permitem a importação de forma simplificada.<br />

Mas, precisamos avançar<br />

ainda mais, precisamos que a Anvisa<br />

dê o próximo passo para a regulação<br />

do plantio no Brasil, pois somente<br />

com a produção nacional poderemos<br />

desenvolver as pesquisas necessárias<br />

e até mesmo reduzir os custos a<br />

médio prazo.<br />

Anny Fischer<br />

atualmente está<br />

com 11 anos<br />

EVOKE: Você faz parte ou conhece algum<br />

grupo ou associação que é a favor<br />

da cannabis medicinal?<br />

NORBERTO FISCHER: Existem hoje<br />

centenas de associações de uso da<br />

Cannabis no Brasil, entre elas registro<br />

as três mais fortes: a AMA+ME em Belo<br />

Horizonte, a APEPI no Rio de Janeiro e<br />

a ABRACE na Paraíba.<br />

EVOKE: Por que você acha que a sociedade<br />

ainda tem um certo preconceito<br />

em relação a usar a cannabis medicinal<br />

em tratamentos?<br />

NORBERTO FISCHER: A falta de conhecimento<br />

é o motivo do preconceito<br />

existente. Quando a pessoa estuda<br />

sobre o assunto, busca se informar, o<br />

preconceito desaparece. Eu sugiro divulgar<br />

o documentário Ilegal, que está<br />

disponível no Netflix, pois é uma forma<br />

rápida e consistente de mostrar a realidade<br />

dos fatos.<br />

EVOKE: Por fim, antes da liberação da<br />

maconha como remédio, por quais<br />

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Janaina Megda<br />

MACRO<br />

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Há algum tempo que esse movimento de volta<br />

à essência, ao real, ao natural está aparecendo<br />

aqui e acolá.<br />

Num tempo onde a informação muda e novidades<br />

sem muito conteúdo aparecem e desaparecem<br />

num ritmo frenético, onde as pessoas teclam muito e<br />

dizem que se amam mas raramente se encontram, as<br />

pessoas estão carecendo de “essência”.<br />

Viajando de férias pra visitar minha família, me deparei<br />

com uma irmã muito mais feliz que anos atrás. Ela<br />

decidiu fazer o que muitas pessoas gostariam mas<br />

não tem coragem: olhar pra dentro de si e ver o que falta<br />

de verdade. No caso dela, faltava qualidade de vida.<br />

Largou toda uma vida construída na maior metrópole<br />

do país e se jogou na estrada, rumo a Gramado-RS.<br />

Metade do salário, com dez vezes mais qualidade de<br />

vida!<br />

Analisando isso, olhei em volta da linda casa estilo<br />

germânico em que ela mora e vi “essência”: ar puro,<br />

muito verde, clima de cidade de interior, vizinho espiando<br />

pela janela quem chegou, cores, flores, aromas<br />

diversos. Mas com internet, televisão, notícias e curtidas<br />

pra ficar antenado com o mundo, mas não escravo<br />

E é pra esse lado que a moda está caminhando...<br />

O rústico com o tecnológico, lado a lado, que se aceitam.<br />

Isso é liberdade!<br />

Então vamos às macrotendências, que vou nominar<br />

de acordo com o sentimento dominante.<br />

TENDÊNCIAS<br />

qual o caminho da moda?<br />

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BEM ESTAR


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O FOCO aqui é o bem estar, o conforto, com o<br />

uso de tecidos naturais, cores que acalmam<br />

e remetem à natureza. A valorização do feito<br />

à mão, artesanal, rústico, e o cuidado com a<br />

sustentabilidade.Na área da beleza, peles limpas,<br />

sem muita maquiagem, preferência por produtos<br />

minerais, cabelos assumidos ao natural.<br />

CORES: mais neutras como nude, branco,off<br />

white e os terrosos, alaranjados, verdes,<br />

amarelados e azuis esmaecidos.<br />

TECIDOS: linho, algodão crú,seda pura, renda.<br />

FORMAS: mais largas, retas, soltas, simples.<br />

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AUTO-<br />

CONFIANÇA<br />

O FOCO aqui é mostrar<br />

criatividade, ser diferente,<br />

se destacar na multidão.<br />

Elementos fortes e ousados,<br />

misturas inusitadas. Pele<br />

iluminada, com cara de<br />

viçosa. Cabelos bem cuidados,<br />

arrumados, mas simples.<br />

CORES: tons de concreto,<br />

acinzentados, areia, preto,<br />

toques de cores secundárias.<br />

TECIDOS: couro, metal,<br />

emborrachados, encerados,<br />

sintéticos, vinil.<br />

FORMAS: ajustadas, marcadas,<br />

com recortes, decotes.<br />

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AUTO-<br />

ACEITAÇÃO<br />

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O FOCO aqui é não ter mais que<br />

se parecer com ninguém. É a<br />

geração que está aprendendo<br />

a se conhecer melhor sem<br />

abrir mão da tecnologia.<br />

A ficção científica e a<br />

inteligência artificial servem de<br />

inspiração. Cabelos mais retos,<br />

cortes secos, franjas, pele<br />

trabalhada com maquiagem<br />

mas parecendo que não tem<br />

nada. Toques de modernidade<br />

nos olhos ou nos lábios com<br />

coloridos fortes.<br />

CORES: contraste de cores entre<br />

os tons claros e cores fortes,<br />

flúor e metalizados em geral.<br />

TECIDOS: materiais<br />

tecnológicos, térmicos, com<br />

proteção solar, esportivos.<br />

FORMAS: arquitetônicas,<br />

gráficas, estruturadas.<br />

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Lia Dinorah<br />

Os sócios Antonio<br />

e Ivone Carvalho e<br />

Marco Espinoza<br />

#TBT<br />

Taypá<br />

Fotos:Fabricio Rodigues<br />

Ao lado do chef peruano<br />

Marco Espinoza, os irmãos,<br />

Ivone e Antonio Carvalho,<br />

proprietários do Taypá,<br />

receberam convidados para apresentar<br />

o festival gastronômico que<br />

celebrou os nove anos de sucesso da<br />

casa. O cardápio é uma releitura de<br />

pratos icônicos ao longo do funcionamento<br />

do premiado restaurante. O<br />

chef Espinoza, criador do cardápio<br />

e sócio do restaurante, hoje morando<br />

em São Paulo onde possui duas operações<br />

gastronômicas, veio a Brasília<br />

para confraternizar com seus clientes.<br />

Bernardo Bittar e Adriana Samartini<br />

Hendy Miranda e Valter Lourenço<br />

Chef André Rochadel e Luiza Oliveira<br />

Ivone Carvalho e Redelvino Junior<br />

Cristina e Antonio Carvalho<br />

Marlene Galerazzi e Su Maestri<br />

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Ticiane Pinheiro<br />

<strong>17ª</strong> Expo Óptica Brasil<br />

Fotos: Ivan Almeida<br />

O<br />

maior evento óptico do Brasil movimentou a capital paulista<br />

entre os dias 03 e 06 de abril. Pela primeira vez, foi aberto<br />

a empresas nacionais e estrangeiras não relacionadas à Associação<br />

Brasileira de Indústria óptica (Abióptica), organizadora do<br />

evento. Uma das principais atrações foi a arena de capacitação que<br />

contou com uma série de palestras para informar, atualizar e capacitar<br />

os profissionais do setor óptico. A exposição também garantiu a<br />

presença de blogueiros, influencers e das celebridades Duda Nagle,<br />

Sabrina Sato e Ticiane Pinheiro.<br />

Sabrina Sato<br />

Ticiane Pinheiro e J.R. Felix<br />

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Rubens Coronho,<br />

Maria Luiza Pessoa,<br />

Felipe Nars e<br />

Freddy Rabbat<br />

Vivara e<br />

TAG Heuer<br />

Fotos: Nico Chaves<br />

A<br />

joalheria Vivara e marca de relógios suíços<br />

TAG Heuer receberam 40 convidados em jantar<br />

para celebrar um ano de parceria. Tiago<br />

Correia, prestigiado RP da cidade, se encarregou<br />

dos convidados, dentre eles ex-piloto da Fórmula<br />

1, Felipe Nasr. Com a presença do diretor de vendas da<br />

Vivara, Rubens Coronho, e do CEO da TAG Heuer, Freddy<br />

Rabbat, a noite, regada a champanhe e vinhos das<br />

melhores safras, celebrou o lançamento da Edição Senna<br />

– Carrera Heuer 02.<br />

Renata Andrade e Raquel Espírito Santo<br />

Tiago Correia e Hendy Miranda<br />

Cláudia Jucá e Lia Dinorah<br />

Amador Outerelo e André Rolim<br />

Valter Malva e Thiago Malva<br />

Daniel Evaldt e Bruna Ruzzante<br />

Orlando Moraes e Dayane Shinzato<br />

Bianca Gregório e Luiz Augusto Jabour<br />

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Plumas e paetês<br />

Fotos: Bruno Pimentel<br />

A<br />

Avanzzo lançou a sua segunda<br />

coleção cápsula de roupas<br />

e acessórios para o Carnaval.<br />

“CHICA CHICA BOOM - Não se<br />

esqueça que eu venho dos trópicos” é mais<br />

uma parceria da marca brasiliense com o<br />

stylist Marcus Barozzi. O lançamento aconteceu<br />

na loja conceito, na 206 Sul, com a<br />

concentração do bloco #Avanzzoemmim. A<br />

tarde foi animada pela cantora e uma das<br />

musas da coleção, Adriana Samartini. O DJ<br />

Muha Bazila comandou as pick-ups. O Studio<br />

BLZ assinou a beleza das convidadas<br />

com produções carnavalescas e muito glitter.<br />

Ainda entre as musas, Adriana Chaves,<br />

Kamila Cury e Gabriela Correa.<br />

Daniella Naegele e<br />

Marcus Barozzi<br />

Luciana Sugai<br />

André Amaral<br />

Thais Alves Ventura<br />

Licia Cury<br />

Luciana Kayser, Daniela Landim e Fernanda Carvalho<br />

As musas Adriana Chaves, Gabriela Correa,<br />

Adriana Samartini e Kamila Cury<br />

Thais Cunha<br />

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Brasília<br />

TRENDS<br />

Fotos: Divulgação<br />

A<br />

primeira<br />

<strong>edição</strong> do Brasília<br />

Trends - Design Fashion<br />

Week foi um sucesso! O<br />

evento reuniu o que há de melhor<br />

na moda, arquitetura, design, fotografia<br />

e beleza, trazendo diversidade,<br />

inclusão e sustentabilidade.<br />

Foram quatro dias de desfiles, talks,<br />

treinamentos e descobertas de novos<br />

talentos.<br />

Bernardeth Martins, J.R.Felix, Junior Lopes e Lorraine Bonadio<br />

Bernardeth Martins<br />

Lorraine Bonadio<br />

Amanda Bertin<br />

Luís Afonso Bermudez e Dionisio Freitas<br />

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Beto Brito, J.R. Felix<br />

e Barbara Bertin<br />

Rosane Bezerra,Lucilia Maia, J.R. Felix,<br />

Livia Ximenes e Walter Canto<br />

Gabriel Sasse, J.R. Felix, Catia Sasse e Gabriela Sasse,<br />

Amanda Bertin<br />

Junior Lopes e Lorraine Bonadio<br />

Valéria Lessa e Karl Jeanneth<br />

Zara Figueiredo,J.R. Felix, Bernardeth Martins<br />

J. R. Felix, Sara Calaça<br />

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Hora do brinde<br />

Fotos: Paulo Sergio<br />

O<br />

Francisco Nunes, franqueado do Clube de Permuta-Brasília,<br />

reuniu os associados do Clube de<br />

Permuta para mais uma Hora do Brinde. Ao lado<br />

de Juliana Alcântara, gerente de relacionamento<br />

do empreendimento, recebeu os associados do Clube de<br />

Permuta para um gostoso coquetel no Solarium, espaço de<br />

eventos de Angélica Gontijo, também associada do clube<br />

de trocas.<br />

Flavio Barroso, Francisco Nunes e Bruno Caixeta<br />

O evento foi animado e regado a espumante geladinho e<br />

bons negócios. Prestes a completar dois anos de atuação<br />

no Distrito Federal, o empreendimento reúne cerca de 100<br />

associados que já realizaram mais de mil transações entre<br />

si usando como moeda de troca os produtos que comercializam,<br />

os serviços que oferecem. “A prática é antiga, mas o<br />

Clube de Permuta a normatizou e o resultado vem sendo<br />

incrível. A satisfação dos nossos associados é prova disso”,<br />

afirmou Francisco.<br />

Além de Brasília, o Clube de Permuta está presente em outras<br />

19 cidades brasileiras. Sucesso!<br />

Pedro Fávero, Felipe Pinto e Felipe Reis<br />

Francisco Nunes, franqueado Clube de Permuta Brasília<br />

Angélica Gontijo, Francisco Nunes e Juliana Alcântara<br />

Orlando Francisco, Juliano Borges, Heloísa Fernandes, Nicholas Ingrisano e Andre Gustavo<br />

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Aluisio Soares, Ludmilla Massarotto, Francisco Nunes, Charlotte Vilela e Juliana Alcântara<br />

Francisco Nunes, Nicholas Ingrisano, Lauro Salvador, Aline Costa e Daniel Costa<br />

Joel Jorge, Cleia Nunes, Bruno Nunes e Nivea Alencar<br />

Narton Melo, Maria Palhares e Bárbara Bertin<br />

Bárbara Bertin e J. R. Felix<br />

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