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De 8 a 14 de setembro de 2019<br />

A VOZ DO VALE<br />

Página 5<br />

Ex-prefeito Joselyr Silvestre é<br />

condenado a 8 anos de detenção<br />

A 2ª Vara Criminal do<br />

Fórum de Avaré condenou<br />

o ex-prefeito de Avaré, Joselyr<br />

Benedito Silvestre,<br />

pai do atual prefeito, Jô<br />

Silvestre, a 8 anos de detenção<br />

em regime fechado<br />

por crimes em licitação.<br />

Segundo a denúncia,<br />

em 2005, o ex-prefeito<br />

teria contratado os serviços<br />

do escritório de<br />

advocacia Cláudio Golgo<br />

Advogados Associados<br />

S/C, sem qualquer<br />

processo licitatório ou<br />

de dispensa ou inexigibilidade<br />

de licitação. A<br />

contratação objetivava<br />

a prestação de serviços<br />

advocatícios especializados<br />

para recuperação<br />

das receitas passadas de<br />

ISS (Imposto Sobre Serviços),<br />

oriundas da sonegação<br />

dos valores, porém<br />

o contrato foi rescindido<br />

em setembro de 2006.<br />

Em novembro de<br />

2006, Joselyr contratou<br />

o escritório de advocacia<br />

Brandão Machado e<br />

Pollastrini Advogados<br />

Associados, a fim de que<br />

fosse realizada a prestação<br />

de idênticos serviços<br />

jurídicos, mediante o processo<br />

de dispensa de licitação,<br />

cujo contrato, com<br />

vigência trimestral a partir<br />

de sua celebração, foi<br />

publicado no semanário<br />

oficial do Município.<br />

Em virtude da contratação,<br />

Valdomiro e Leni,<br />

responsáveis pelo escritório,<br />

obtiveram a importância<br />

de R$ 60 mil.<br />

Durante a análise do<br />

processo, a Juíza Roberta<br />

de Oliveira Ferreira Lima<br />

julgou extinta a punibilidade<br />

de Valdomiro Brandão<br />

Machado, em razão de<br />

seu falecimento e de Cláudio<br />

Roberto Nunes Golgo,<br />

em virtude da prescrição<br />

da pretensão punitiva.<br />

Ao analisar o posicionamento<br />

das defesas, a<br />

magistrada afastou cerceamento<br />

de defesa e destacou<br />

que os envolvidos estariam<br />

impetrando requerimentos<br />

para protelar a decisão.<br />

Ouvido, o ex-prefeito<br />

Joselyr Silvestre destacou<br />

que contratou os escritórios<br />

diante da necessidade<br />

do caso. Os créditos<br />

estavam para prescrever e<br />

a Procuradoria não tinha<br />

competência para realizar<br />

o serviço necessário. Devido<br />

a isso, determinou a<br />

dispensa de licitação para<br />

contratação de um escritório<br />

especializado.<br />

Segundo Silvestre, na<br />

época, havia R$ 42 milhões<br />

que precisavam ser<br />

revertidos para o Município,<br />

sendo que a Procuradoria<br />

não teria tomado as<br />

providências. Ainda segundo<br />

o ex-prefeito, para<br />

o escritório de Cláudio,<br />

nenhum valor teria sido<br />

pago. Já para o escritório<br />

Brandão Machado prestou<br />

o serviço e recebeu.<br />

Acredita que o valor contratado<br />

foi de R$ 60 mil.<br />

AÇÕES CRIMINO-<br />

SAS – Segundo a Juíza<br />

Roberta Oliveira, “não<br />

resta dúvidas que os réus<br />

foram os autores das<br />

ações criminosas descritas<br />

nos exatos termos da<br />

peça inicial, haja vista as<br />

provas orais colhidas e<br />

demais provas dos autos.<br />

Está incontroverso que<br />

houve a contratação dos<br />

escritórios de advocacia<br />

sem os procedimentos licitatórios<br />

necessários, ou<br />

seja, sem o procedimento<br />

de dispensa de licitação,<br />

tampouco dentro das hipóteses<br />

de dispensa de licitação,<br />

o que configura os<br />

delitos imputados aos réus.<br />

Ainda segundo a magistrada,<br />

“não há comprovação<br />

nos autos de que os escritórios<br />

contratados eram<br />

especializados no assunto,<br />

ou que fossem de notória<br />

Ex-prefeito sofreu mais uma condenação a prisão<br />

reputação e amplamente<br />

conhecidos no meio jurídico,<br />

o que admitiria a inexigibilidade<br />

de licitação<br />

para o caso em questão”.<br />

Diante dos fatos, o ex-<br />

-prefeito Joselyr Silvestre<br />

foi condenado a 8 anos<br />

de detenção, em regime<br />

fechado, além do pagamento<br />

de 26 dias-multa.<br />

Já Leni Brandão Machado<br />

Pollastrini foi condenada a<br />

3 anos de detenção e a 10<br />

dias-multa. Ambos podem<br />

recorrer em liberdade.<br />

TC pede que valores gastos com retirada de<br />

amianto sejam ressarcidos aos cofres da Prefeitura<br />

Material cancerígeno está armazenado na antiga empresa Auco - componentes há 29 anos; Parte do material foi retirada durante o governo de Rogélio Barchetti<br />

O Tribunal de Contas<br />

do Estado (TCE) solicitou<br />

que a Prefeitura, por meio<br />

da Procuradoria Geral do<br />

Município, ingresse com<br />

uma ação para os valores<br />

gastos com a retirada de<br />

parte do amianto da antiga<br />

empresa Auco – componentes<br />

sejam ressarcidos<br />

aos cofres públicos.<br />

Em 2009, durante o<br />

primeiro ano do governo<br />

Rogélio Barchetti, a Prefeitura<br />

de Avaré investiu<br />

quase R$ 290 mil para que<br />

a WPA Ambiental, Indústria,<br />

Comércio e Serviços<br />

Ltda. retirasse 250 toneladas<br />

de amianto do local.<br />

Em 2015, o TCE aplicou<br />

multa de pouco mais de R$<br />

6 mil ao ex-prefeito, Rogélio<br />

Barchetti. A condenação foi<br />

motivada pela contratação<br />

de uma empresa responsável<br />

pelo acondicionamento,<br />

transporte e disposição<br />

final do amianto.<br />

O contrato foi assina-<br />

do em outubro de 2009 e<br />

aditado em março de 2010<br />

no valor de R$ 287,5 mil.<br />

O TCE encontrou diversas<br />

falhas no processo, entre<br />

elas a “publicação intempestiva<br />

do extrato do contrato<br />

na imprensa, a falta<br />

de autorização expressa<br />

para celebração do termo<br />

aditivo e o não encaminhamento<br />

do Termo de Ciência<br />

e de Notificação”.<br />

Para o conselheiro Sidney<br />

Beraldo, “remanescem<br />

falhas graves o suficiente<br />

para condenar toda a matéria,<br />

notadamente diante<br />

do fato de que o certame<br />

contou com a participação<br />

de apenas uma proponente<br />

e de que o valor obtido na<br />

licitação se mostrou demasiada<br />

e injustificadamente<br />

superior àquele estimado<br />

pela administração”.<br />

Uma sindicância foi<br />

instaurada na Prefeitura<br />

para analisar falhas que<br />

ocorreram no setor de<br />

Rainha da 51ª Emapa ganhará<br />

bolsa integral da UniFSP<br />

O Centro Universitário<br />

Sudoeste Paulista (UniFSP)<br />

vai contemplar a jovem escolhida<br />

para reinar durante<br />

a 51ª Emapa com uma bolsa<br />

de estudos integral.<br />

Dentre 23 cursos superiores,<br />

a vencedora poderá<br />

optar por: Administração,<br />

Arquitetura e Urbanismo,<br />

Direito, Engenharia Civil,<br />

Engenharia de Computação,<br />

Engenharia de Produção,<br />

Nutrição, Gastronomia<br />

e Zootecnia, dentre outros.<br />

A concorrente que<br />

conquistar a faixa de “1ª<br />

Princesa” receberá bolsa<br />

de estudos de 50% e a<br />

escolhida para “2ª Princesa”,<br />

bolsa de 25%¨. No<br />

fim deste mês a Secretaria<br />

Municipal da Cultura, organizadora<br />

do concurso,<br />

divulgará as regras, a data<br />

e o local do evento.<br />

“Em nome da Prefeitura,<br />

agradecemos aos diretores<br />

da UniFSP por prestigiarem<br />

a nossa iniciativa<br />

novamente ofertando prêmios<br />

muito valiosos às três<br />

jovens vencedoras do concurso.<br />

Portanto, a escolha<br />

da Rainha da Emapa, além<br />

de projetar a beleza da<br />

mulher avareense, vai proporcionar<br />

às concorrentes<br />

a oportunidade de se graduar<br />

com bolsas de estudo”,<br />

afirmou o secretário<br />

da Cultura Diego Beraldo.<br />

Mais informações podem<br />

ser obtidas pelo telefone<br />

(14) 3732-5057.<br />

licitações. A Comissão<br />

sindicante recomendou,<br />

em seu parecer, que se dê<br />

“ciência ao Departamento<br />

de Licitações para que<br />

se atente, rigorosamente,<br />

às especificidades da<br />

legislação no tocante às<br />

irregularidades que vêm<br />

sendo apontadas nas contratações,<br />

a fim de evitar<br />

e prevenir reincidências<br />

de falhas como da presente<br />

sindicância, o encaminhamento<br />

de cópia<br />

integral destes autos para<br />

providências que achar necessárias;<br />

bem como, posteriormente<br />

seu encaminhamento<br />

a Procuradoria<br />

Geral do Município para<br />

que ingresse com ação de<br />

ressarcimento nos termos<br />

aqui mencionados”. O resultado<br />

da sindicância foi<br />

encaminhado pela Prefeitura<br />

ao Tribunal de Contas.<br />

PROBLEMA ANTI-<br />

GO - Há 29 anos, a cidade<br />

ainda sofre com o armazenamento<br />

irregular<br />

de toneladas de amianto,<br />

material cancerígeno que<br />

provoca várias doenças<br />

nos seres humanos.<br />

O depósito de amianto,<br />

que fica localizado em<br />

um barracão abandonado<br />

as margens da Rodovia<br />

João Mellão (SP-255), e<br />

a 400 metros do córrego<br />

do Camargo, ainda é motivo<br />

de preocupação para<br />

especialistas. O material<br />

pertenceu a uma empresa<br />

que foi desativada em<br />

2010. Na época, parte das<br />

200 toneladas que estavam<br />

na indústria foi retirada<br />

e enviada para um aterro<br />

legalizado em Tremembé,<br />

no Vale do Paraíba. No<br />

entanto, o restante deixado<br />

pode afetar os moradores.<br />

O barracão está em ruínas<br />

e centenas de sacos<br />

repletos do material cancerígeno<br />

estão expostos.<br />

A área do barracão foi<br />

cercada e algumas placas<br />

instaladas pela Prefeitura<br />

avisam do perigo de contaminação<br />

no local.<br />

Em março de 2013<br />

uma comitiva avareense,<br />

formada pelo prefeito<br />

Poio Novaes, por Rico<br />

Barreto, que respondia<br />

pela pasta do Meio Ambiente,<br />

além do vereador<br />

Barreto do Mercado, estiveram<br />

em São Paulo em<br />

audiência com o então secretário<br />

de Estado do Meio<br />

Ambiente, Bruno Covas,<br />

hoje prefeito de São Paulo.<br />

Durante a audiência, o<br />

chefe do executivo avareense<br />

solicitou apoio na<br />

remoção do amianto. Na<br />

oportunidade o deputado<br />

Marcos Martins salientou<br />

a importância do pedido,<br />

uma vez que o material<br />

depositado representa sério<br />

risco de contaminação<br />

ao meio ambiente, porém<br />

nenhuma atitude foi tomada<br />

até o momento.<br />

HISTÓRIA SEM FIM<br />

– Desde a falência da empresa<br />

Auco, o destino das<br />

toneladas de amianto que<br />

sobraram da fabricação de<br />

pastilhas de freio automotivas<br />

é uma questão que<br />

vem atravessando as várias<br />

administrações. A substância<br />

é considerada contaminante<br />

pela Organização<br />

Mundial da Saúde (OMS)<br />

e foi banida nos Países de<br />

Primeiro Mundo devido<br />

aos efeitos cumulativos e<br />

cancerígenos que provoca<br />

no ser humano.<br />

Várias reuniões e debates<br />

foram realizados sobre<br />

o problema, mas, até<br />

hoje, nenhuma solução<br />

mais efetiva foi adotada.<br />

Um dos períodos em que<br />

o assunto mais ganhou notoriedade<br />

foi na gestão de<br />

Wagner Bruno, quando<br />

Marcos Boock era o titular<br />

do Meio Ambiente. Ele<br />

afirmava, na época, que o<br />

amianto não é tão ofensivo<br />

à saúde, e que também durante<br />

todo esse tempo não<br />

foi constatado nenhum tipo<br />

de contaminação, a pessoas<br />

ou ao meio ambiente.<br />

Desde que assumiu, o<br />

prefeito Jô Silvestre, não<br />

se manifestou se tomará<br />

alguma medida para solucionar<br />

o problema.

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