Revista Alô Doutor 26ª Edição

Paulo Bocca
Publicitário, diretor da PRP Marketing e
Comunicação. Enófilo e Sommelier com
certificações: Fisar (Federazione Italiana
de Sommelier, Albergatori, Ristoratori
(Itália) – Wine & Spirits Education Trust
(Inglaterra) – Wine Institute of Mendoza
(Argentina). Titular do blog e página de
Facebook: Sabor & Saber. Instrutor do
curso “O Fascinante Mundo do Vinho”.
• Apresentador do programa “Ouvindo
o Sabor”, na Rádio Antena 1.
Na verdade, estima-se
que nem 10% dos vinhos
no mundo foram
feitos para evoluir e
ganhar complexidade
com o tempo. Esta é uma proposta
do enólogo, e depende da
qualidade da safra, do processo
de vinificação e amadurecimento
do vinho antes de ser engarrafado.
Depois, o correto armazenamento
da garrafa (neste caso é ideal que
seja numa adega climatizada) é absolutamente
fundamental. Quanto
ao tempo melhorar o vinho,
esta percepção depende muito do
gosto de cada um. Em relação às
características sensoriais, as diferenças
básicas entre vinhos jovens
e velhos estão na tabela ao lado.
Os brancos, espumantes, rosés e
tintos mais leves do dia-a-dia são
para beber logo. Exemplos, pela
ordem: Frascati, Pinot Grigio, Sauvignon
blanc, Chardonnay sem
madeira, a maioria dos espumantes
nacionais, Champagnes não safrados,
Beaujolai, Chianti, Valpolicella,
Bardolino, Cabernets, Malbecs,
Carmenere e Merlots sul-americanos
mais simples.
Vinhos em geral de longa guarda
(acima de 10 anos, dependendo
da safra): Premier e Grands Crus
de Bordeaux e Borgonha. Na Itá-
VINHOS JOVENS
OU VELHOS, A
TRANSFORMAÇÃO
DO TEMPO.
lia são muitos: Barolo, Bararesco,
Brunello di Montalcino, Chianti
Riserva, os Supertoscanos.
Também Champagnes e Cavas
safrados, os tintos mais tradicionais
portugueses do Douro, Dão
e Alentejo, espanhóis Reserva e
Gran Reserva, os grandes rótulos
do nosso continente, como um
AlmaViva, Catena Zapata, Amat,
Prelúdio, Don Melchor, Montes
Alfha, El Principal, Clos Apalta
e muitos outros. Os highlanders
são mesmo o vinhos fortificados
como o Porto. Um exemplar vintage,
que reúne grandes safras,
pode durar (e melhorar) por uns
200 anos.
Vinho jovem
(Brancos até cerca de 4
anos – Tintos até cerca
de 6 anos)
Vinho velho
VOCÊ
FELIZ
com sua loja
ou escritório,
sua casa
ou apê.
Visual Aromas Acidez e taninos Sabores/corpo
Brancos de cores
amarelo-esverdeadas
vibrantes
Tintos de coloração
rubi ou violácea
intensas
Os brancos tendem ao
dourado e os tintos às
nuances de granada ou
alaranjadas
}
Chamados primários e
secundários: Frutados
intensos, herbáceos,
especiarias como pimenta
preta e noz moscada.
Também baunilha,
caramelo e chocolate
(provenientes do estágio
em barricas) lácteos (vem
da fermentação malolática),
além dos minerais...
Terciários, formando o
“bouquet” mais complexo.
Surgem tabaco, flores e
frutas secas, castanhas,
especiarias como alcatrão
e alcaçuz, couro, floresta
com cogumelos e trufas...
Acidez viva e taninos
em maior ou menor
quantidade, mas sempre
presentes
Acidez e taninos mais
contidos
Fruta fresca ou bem
madura, herbáceos,
especiarias, com bom
volume de boca, corpo
médio a encorpado,
álcool presente, final
longo.
Frutas secas, amadeirados
e balsâmicos, corpo
mais delicado, elegante,
final médio.
}
NOSSA
MISSÃO
Cozinha é lugar de inspiração.
Revista Alô Doutor na Sala de Espera Agosto / Setembro | 2019
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