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Revista Alô Doutor 26ª Edição

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ON OU OFF?<br />

A relação entre a evolução da tecnologia e o stress<br />

da informação<br />

Rubens Souza Cabral<br />

Jornalista formado pela Faculdade<br />

Pitágoras • Assessor de Comunicação<br />

do Complexo de Saúde São João<br />

de Deus • Graduando em Gestão da<br />

Qualidade Hospitalar pelo IAG Saúde<br />

Acada dia que passa,<br />

por todos os instantes<br />

em que vivemos,<br />

somos cada vez mais<br />

bombardeados por<br />

diversas informações que interferem<br />

diretamente em nosso dia a<br />

dia. Temos vivido num mundo digital<br />

cada vez mais conectado. Até<br />

mesmo para ler jornais, ver televisão<br />

ou ouvirmos rádio, quase sempre<br />

utilizamos da internet.<br />

O fato de estar constantemente<br />

conectado a tudo, resulta na<br />

sobrecarga de informação, termo<br />

criado por Alvin Toffler, que em<br />

1970, já desenhava o futuro da comunicação<br />

prevendo as suas consequências<br />

para a humanidade.<br />

Quase cinco décadas depois, o<br />

termo foi adaptado e identificado<br />

por Síndrome de Fadiga por Informação<br />

(IFS). Ela ocorre quando<br />

somos submetidos de forma demasiada<br />

à mídia e todas as tecnologias,<br />

em qualquer lugar.<br />

O acesso generalizado e facilitado<br />

aos diversos canais sociais, a acessibilidade<br />

aos mais modernos celulares,<br />

a agilidade das conexões de internet,<br />

além do tradicional consumo de notícias<br />

off-line, são algumas das causas<br />

da sobrecarga de informação.<br />

Embora pareça complicado,<br />

este problema pode ser simples<br />

de se resolver, desde que possamos<br />

definir limites para estar “on”.<br />

E o nosso corpo e mente clama<br />

por isso, pois, ao nos desligarmos<br />

das tecnologias e de nossas tarefas<br />

diárias, nossa mente passa para<br />

o modo “off-line” e conduz nossa<br />

atenção aos próprios pensamentos,<br />

permitindo que nossas atenções<br />

estejam dirigidas aos cenários<br />

atuais ou futuros, utilizando de<br />

comportamentos do passado.<br />

Por isso, é fundamental focar<br />

no momento presente, como se<br />

ele representasse uma tarefa, assim<br />

como caminhar, se alimentar,<br />

socializar, praticar exercícios, etc...<br />

A ciência ocidental chama esse estado<br />

de mindfulness (atenção plena,<br />

focada no presente).<br />

Neste estado focamos em algo,<br />

porém não realizamos uma tarefa<br />

de senso rigoroso. Não há acionamento<br />

das estruturas cerebrais<br />

ligadas ao stress.<br />

O estado “off-line” é simples de<br />

ser alcançado, porém é necessário<br />

focar a mente na respiração e esvaziar<br />

a atenção ao seu redor. Com<br />

a prática diária, em pouco tempo<br />

podemos ser capazes de fazê-la<br />

em qualquer lugar.<br />

Com isso, passamos a ter ideias<br />

mais claras, a mente aprende a reconhecer<br />

os estados emocionais,<br />

produzimos anticorpos mais eficazes,<br />

dormimos melhor, além de permanecermos<br />

jovens por muito mais tempo.<br />

Por isso, defina os momentos<br />

para estar “on” e “off”, sem interferir<br />

de forma integral em seu<br />

trabalho ou estudos. Busque uma<br />

nova rotina, redescubra o seu tempo<br />

e lembra-se que mesmo as coisas<br />

boas precisam ser usadas com<br />

moderação, inclusive a internet!<br />

<strong>Revista</strong> <strong>Alô</strong> <strong>Doutor</strong> na Sala de Espera Agosto / Setembro | 2019<br />

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