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LEVE_12_VERSÃO-DIGITAL

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Descobertas

habilidades, disponibilidade e causa. “Aconselhamos

que entrem em nosso site – atados.com.br –

e conheçam as oportunidades disponíveis. Nossa

intenção é encontrar o trabalho voluntário ideal

para cada um”, diz Beatriz.

Há outros caminhos também, como aponta a

pesquisa do IBGE: 79,9% dos filantropos fazem

atividades em congregações religiosas, sindicatos,

condomínios, partidos políticos, escolas, hospitais

ou asilos; 13% em associações de moradores ou esportivas,

ONGs, grupos de apoio ou organizações; e

9,8% individualmente.

Não acho que

só eu ajudei.

Realmente

fui salva pelos

assistidos”

Mariana Scivittaro

TODOS GANHAM

Natalia destaca que a essência do voluntário é o

desejo de contribuir, doar e manifestar a generosidade

– e a consequência disso é a promoção de

uma transformação coletiva e individual. A farmacêutica

Mariana Scivittaro, 29 anos, que o diga. Ela

passava por um momento difícil em sua vida quando

conheceu a ONG Sonhar Acordado, que assiste

jovens e crianças por meio de diferentes programas.

“Não acho que só eu ajudei. Realmente fui salva

pelos assistidos. Fazer filantropia é muito mais

do que ‘ajudar quem precisa’. A gente se desenvolve

como pessoa e aprende a olhar o mundo com

outros olhos”, conta.

“O envolvimento emocional com os assistidos é

natural e, muitas vezes, esperado e essencial para

o bom andamento do projeto", complementa a

psicóloga, que ainda defende que as atividades filantrópicas

ajudam na manutenção e na proteção

da saúde mental, pois a pessoa ocupa seu tempo

e seus pensamentos com algo que admira, em que

vê propósito e valor. “O voluntário costuma sentir-se

produtivo, útil para a sociedade, valorizado

pelo que desempenha, sejam funções complexas

ou modestas, e reconhecido pelos pares”, explica.

Até quem sofre de algum transtorno psiquiátrico,

como depressão e ansiedade, é beneficiado, desde

que encontre um trabalho voluntário que respeite

seu perfil e que proteja suas dimensões físicas e

emocionais. Natalia observa ainda que, em todos

os casos, e dependendo da causa abraçada, é preciso

ir aos poucos. “Devemos ter atenção quando

esse envolvimento passa a ser muito intenso,

gerando sofrimento e desestabilização emocional.

Fotos: João Mandell

O mais legal é

ver o resultado

na saúde dos

gatinhos e na

conscientização

de quem pensa

em adotar”

Felipe Chinen Gushi,

da ONG Catland

48 LEVE 12 . SET/NOV 2019

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