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Página 4 A VOZ DO VALE De 8 a 14 de dezembro de 2019

EXCLUSIVO

Relatório do TCE aponta que falta

de repasses a Avareprev foi base para

rejeição de contas de Jô Silvestre

O A Voz do Vale teve

acesso com exclusividade

ao relatório final do Tribunal

de Contas do Estado de

São Paulo (TCE/SP) que

resultou na rejeição das

contas do prefeito Jô Silvestre

referente ao exercício

de 2017, primeiro ano

de administração.

O relatório que pedia

a rejeição das contas foi

analisado pela 2ª Câmara

do TCE no dia 3 de dezembro,

em sessão que

foi transmitida ao vivo no

site do A Voz do Vale. Na

oportunidade, os conselheiros

rejeitaram as contas

por unanimidade.

Segundo o relatório, a

falta de repasses ao Instituto

Municipal de Previdência

de Avaré (Avareprev)

foi base para que as contas

de 2017 de Jô Silvestre

fossem rejeitadas.

Ao analisar as contas,

o relator do processo,

conselheiro Renato Martins

Costa destacou que

“a Administração deixou

de recolher os valores devidos

ao seu Regime Próprio

de Previdência, das

cotas patronais de janeiro,

fevereiro e de outubro

a dezembro de 2017”.

O conselheiro citou

também a falta de cumprimento

nos acordos

que foram feitos entre a

Prefeitura e a Avareprev.

“Destaque-se que a omissão

é recorrente, visto que

a Municipalidade já possui

uma série de acordos de

parcelamento de encargos

em vigência referentes a

exercícios anteriores”.

Também foi verificado

que a Prefeitura informou

sobre uma lei que foi aprovada

pela Câmara que

parcelou os débitos em

agosto de 2017, porém,

segundo o TCE, “não restou

autorizado e homologado

pela Secretaria da

Previdência Social”.

Para Costa, a conduta

da Prefeitura estaria colocando

em risco o instituto

de previdência. “Tal conduta

não se coaduna com

a responsabilidade na

gestão fiscal, além de colocar

em risco os futuros

compromissos do Órgão

Previdenciário com seus

aposentados e pensionistas,

comprometendo gestões

futuras”.

No relatório é citado ainda

que 2016, o município

não possui Certificado de

Regularidade Previdenciária

(CRP), o que impede as

transferências voluntárias

de recursos da União.

DEFESA – Os advogados

da Prefeitura impetraram

defesa sobre a

falta de repasses a Avareprev.

Segundo o executivo,

“os repasses foram

efetuados parcialmente

em razão de dificuldades

financeiras enfrentadas

pelo município, noticiando

a adoção de medidas

para regularização visando

ao parcelamento

dos débitos em aberto e

consequente obtenção do

Certificado de Regularidade

Previdenciária”.

Os advogados destacaram

também que “a regularidade

dos recolhimentos

junto ao INSS, FGTS

e PASEP, sendo que em

relação ao RPPS apenas a

quota patronal de alguns

meses não foi quitada, o

que não decorreu de displicência

do gestor, informando

a adoção de providências

a respeito”.

Mesmo com as justificativas

apresentadas, o

TCE encontrou irregularidades

suficientes para rejeitar

as contas do exercício

de 2017 de Jô Silvestre

OBRAS PARADAS –

No relatório, o conselheiro

do TCE destacou que

até dezembro de 2017, de

20 contratações iniciadas

pela Prefeitura, 8 encontravam-se

paralisadas ou

rescindidas, revelando insuficiência

no acompanhamento

das obras e falta de

planejamento na aplicação

e administração de recursos

públicos, em violação

ao princípio da eficiência.

Também foram verificadas

falhas em reformas

em escolas municipais,

inclusive na EMEB Carlos

Papa que foi iniciada

durante o período escolar.

Foi verificado ainda um

descontrole na aplicação

do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação

Básica e de Valorização

dos Profissionais da

Educação (Fundeb). Outras

falhas também foram apontadas

e que resultaram na

rejeição das contas.

JULGAMENTO – No

julgamento, o conselheiro

Renato Costa se manifestou

sobre as falhas

apontadas. “Houve uma

série de apontamentos

em relação às contas de

Avaré. Mas as justificativas

me permitem superar

as questões ligadas à

execução orçamentária,

bem como ao resultado

financeiro; igualmente a

questão dos Precatórios,

mas não em relação aos

encargos sociais. Ao menos,

nessa fase de apreciação,

a matéria não

comporta aprovação”.

Segundo apurado pelo

A Voz do Vale, as leis

Complementares 64/1990

e 135/2010 destacam que,

para qualquer cargo, ficam

inelegíveis “os que

tiverem suas contas relativas

ao exercício de cargos

ou funções públicas rejeitadas

por irregularidade

insanável que configure

ato doloso de improbidade

administrativa, e por decisão

irrecorrível do órgão

competente, salvo se esta

houver sido suspensa ou

anulada pelo Poder Judiciário”,

pelo prazo de 8

anos. Com isso, Jô Silvestre

corre o risco, em tese,

de não concorrer nas eleições

municipais de 2020.

Drama Histórico: Após chuvas da

quarta-feira, Avaré volta a ficar alagada

Os antigos e conhecidos

pontos de enchentes,

no centro da cidade, mostraram

que ainda são os

principais pontos falhos das

últimas gestões municipais

E conforme o jornal

A Voz do Vale alertava

desde o início da atual semana,

alguns dos principais

pontos do centro da

área urbana de Avaré se

tornaram, mais uma vez,

grandes poças d’água que

impediram a movimentação

das pessoas em seus

trajetos diários. Conforme

previsão do Climatempo,

a intensificação

das chuvas, nesta semana,

deveria ter acontecido

na terça-feira; no entanto,

apesar de não acontecer

na data marcada, as precipitações

mais intensas

começaram no início da

tarde da quarta-feira, 11.

Conforme manifestações

de dezenas de internautas

por meio das redes

sociais, os mesmos velhos

e conhecidos pontos de

alagamento voltaram a dar

suas tônicas. “Entra Governo,

sai Governo e ninguém

procura resolver esta

calamidade. Moradores

e comerciantes, cada vez

mais, sendo prejudicados.

Gostaria de saber quem vai

pagar o que perdi aqui no

meu comércio. Vergonha,

Estância Turística, vergonha”,

destacou um dos atingidos,

mostrando fotos das

perdas em sua empresa.

omentários não conformados

apontaram que até

mesmo a obra do Arenão,

no Parque de Exposições

Fernando Cruz Pimentel,

teria sido prejudicadas pelo

acúmulo de água em seu

espaço. Vale destacar que

a obra, iniciada na segunda

gestão de Joselyr Silvestre,

apesar do suposto planejamento

apresentado para

custeio do Governo do Estado,

acabou chegando ao

lençol freático que passa

por baixo da cidade e, devido

a isso, está emperrada

até os dias atuais. O atual

prefeito, Jô Silvestre, colocou

sua finalização como

seu principal compromisso,

não importando os custos

envolvidos.

Ainda segundo o instituto

responsável, a quarta-

-feira promete apresentar

até 32 mm de chuvas na

área de Avaré. Esses números

variam bastante nos

dias seguintes, com diminuição

prevista a partir do

próximo domingo, 15.

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