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Revista Dr Plinio 262

Janeiro 2020

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Perspectiva pliniana da História<br />

Divulgação (CC3.0)<br />

gar os poloneses, primeiro enviou, em<br />

sua bondade, vários sinais prenunciando<br />

a catástrofe que se aproximava. Assim,<br />

permitiu que, a 10 de fevereiro de<br />

1654, a alta torre do Santuário de Czestochowa<br />

fosse atingida por um raio e se<br />

consumisse em fogo.<br />

Então, o primeiro sinal da cólera<br />

de Deus foi um raio que caiu sobre<br />

o campanário do santuário e o destruiu.<br />

A torre é símbolo da Igreja, e<br />

esta é o símbolo do país.<br />

Nesse mesmo ano, a 9 de julho, todos<br />

viram um milagre que ocorreu no<br />

Sol, sobre cuja superfície apareceu uma<br />

cruz que se ia transformando em coração,<br />

o qual era transpassado por uma<br />

espada. A certa altura do disco solar<br />

via-se a mão de uma pessoa segurando<br />

uma maçã que se dividia em quatro<br />

partes, transformando-se depois num<br />

açoite.<br />

No ano seguinte, partia do Norte<br />

o açoite de Deus contra os poloneses:<br />

Carlos Gustavo, rei dos suecos.<br />

Os suecos tomaram<br />

facilmente todo o país,<br />

quase sem resistência<br />

Vista aérea do Mosteiro de Jasna Gora<br />

Passando diretamente à narração<br />

da batalha em Czestochowa, vemos<br />

as tentativas do inimigo de vencer o<br />

mosteiro pacificamente.<br />

Os suecos tomaram facilmente todo<br />

o país, quase sem resistência. Quase<br />

toda a nobreza, parte da qual era<br />

calvinista, aceitou Carlos Gustavo como<br />

protetor da Polônia, abandonando<br />

o Rei João Casimiro à própria sorte.<br />

Após conquistarem Cracóvia, no<br />

extremo Sul, enviaram, por ordem do<br />

rei sueco, um exército de três a quatro<br />

mil homens para tomar o Santuário-<br />

-fortaleza de Czestochowa, a uns duzentos<br />

quilômetros dali.<br />

Adiantando-se ao inimigo, o Conde<br />

Jan Wejhard Wrzesowicz, a fim de conquistar<br />

as boas graças do rei dos hereges,<br />

exigiu dos frades que entregassem a<br />

Fortaleza de Jasna Gora a ele, católico,<br />

para evitar que ela caísse por via direta<br />

em mãos suecas. Se não atendessem<br />

a sua exigência, ele ameaçava tomar à<br />

força o santuário. Os monges, tendo à<br />

frente seu prior, Frei Agostinho Kordecki,<br />

tentaram demover o conde de sua<br />

vil pretensão e recusaram sua proposta.<br />

Esse miserável queria que os<br />

monges entregassem o mosteiro-fortaleza<br />

a ele, mas na linha da tática<br />

“ceder para não perder”, como que<br />

dizendo: “Entreguem-me o mosteiro<br />

para que eu o defenda porque, do<br />

contrário, tomo-o à força, pois é preciso<br />

que alguém o defenda eficazmente<br />

contra o Rei da Suécia.” Entretanto,<br />

era evidente que ele não<br />

queria isso. Sua intenção era entregar<br />

o mosteiro para o Rei da Suécia.<br />

Então Frei Kordecki, com muito critério,<br />

tentou dissuadi-lo de seu intento,<br />

mas recusou a proposta.<br />

Enquanto isso, alguns nobres, fugindo<br />

do avanço sueco, buscavam refúgio<br />

em Jasna Gora. Um deles aconselhou<br />

os religiosos a não cederem aos seus inimigos<br />

e afirmou que os que ali buscavam<br />

refúgio estavam dispostos a morrer<br />

em defesa da honra do santo lugar, confiantes<br />

na proteção de Nossa Senhora.<br />

É muito bonito isso porque, sendo<br />

um mosteiro, não possuía tropas próprias<br />

e, portanto, não tinha como se<br />

defender da exigência daquele conde<br />

traidor. É quando a Providência manda<br />

o auxílio: são os nobres que vinham<br />

fugindo de outro lugar e se internam<br />

ali, prometendo fazer a resistência.<br />

Notem que só depois de o superior,<br />

Frei Kordecki, ter recusado a<br />

proposta do Conde Jan Wejhard vieram-lhe<br />

os reforços. Nossa Senhora<br />

quis antes que ele praticasse, sem<br />

forças, o ato de coragem para depois<br />

vir a força que lhe justificaria o ato<br />

Rei João Casimiro - Museu<br />

de Cambrai, França<br />

Daniel Schultz (CC3.0)<br />

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