Revista Minaspetro nº 124 - Dezembro 2019 /Janeiro 2020
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MERCADO
Nº 124 – Dez 2019/Jan 2020
Thelma Vidales / Divulgação ANP
Mesmo aquém da expectativa, leilão
arrecadou quase R$ 70 bilhões
Partilha ou concessão?
Governo admite frustração com ausência de lances no leilão mais recente
do pré-sal, mas 2019 marcou início da trajetória do Brasil para se tornar o
quinto maior produtor do mundo
Os holofotes do mercado de combustíveis
mundial se voltaram para o Brasil no início
de novembro, quando foi realizada mais
uma rodada de leilões do pré-sal. Quatro
blocos ofertados não interessaram às grandes empresas
exploradoras, o que frustrou e surpreendeu as
equipes da ANP e do Ministério da Economia.
Parte da oposição ao governo classificou o resultado
como um fracasso, avaliação da qual Maílson
da Nóbrega, economista, ex-ministro da Fazenda e
sócio da empresa Tendências Consultoria, discorda.
“Acho exagero falar em fracasso, embora tampouco
se possa afirmar que foi o grande sucesso que o governo
e especialistas esperavam”, pondera. “Houve
uma frustração da expectativa de ingresso de um
montante considerável de divisas que reforçariam o
estoque de reservas internacionais do Banco Central.”
Para ele, existem razões objetivas para a ausência
das empresas: elas mantêm investimentos
em novos campos de exploração e produção de
petróleo, tanto no Brasil quanto em outros países.
Além disso, o preço internacional do petróleo não
se mostra animador na atualidade. Tudo isso, para
Maílson, explica o desinteresse das empresas, uma
vez que não havia outros incentivos que as fizesse
apostar na riqueza.
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