28.01.2020 Views

REVISTA-ACIBR-ED-16

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

EDIÇÃO 16 · ANO VI · AGOSTO DE 2019


NÚCLEOS E NOVOS ASSOCIADOS

Novos Associados

• Amplitude Comunicação e

eventos

• Ares Empreendimentos

Imobiliários

• Assertive Escola de Negócios

• Brotos e Outros

• Clínica Veterinária Vida e Saúde

• Colégio Avantis

• Edegar Viagens e Turismo

• Euro Pisos e revestimentos

• Farmácia dos Trabalhadores

Brusque

• Farmácia dos Trabalhadores

Guabiruba

• Fava reciclagem Têxtil

• Fit Life Pilates e treinamento

funcional

• Forttseg Segurança

• Gilmar Jorge Erbs

• HG Têxtil

• Hospital de Olhos de Brusque

• Imatech

• Inteligência Sat

• Léo Klann Hipnoterapeuta

Coordenadores de

Núcleos Setoriais

• Leonardo Ribeiro Personal

• Level Comunicação

• Locare Móveis

• Luk Mar Confecções

• Mabitex Malhas

• Mascavo Brasil

• MPJ Têxtil

• Nova Etiquetas

• Nuss Têxtil

• Orbital Engenharia

• Paloschi Móveis para banheiro

• Porto Textil Business

• Prime International

• Priscila Hertel

• RF Malhas

• RN Contabilidade

• Shake da Cida

• Susla Renata Miranda Michalsky

• Thyago de Lima Vandressen

• Transportes Pavesi

• Visual casas e sobrados

• Vitavet Clínica Veterinária

• Whizzo Coworking Company

MALHARIAS

DIEGO SEUBERT

Seubertex

EMPRESAS CONTÁBEIS DE BRUSQUE E REGIÃO

MARIO AUGUSTO LEONI

Leoni Contabilidade

GASTRONOMIA

JONATHAN ANTONY CASAGRANDE

Casarão Garibaldi

ESCOLAS DE IDIOMAS

ROSANGELA SALETE KREUSCH EVARISTO

Big Ben Idiomas

MULHERES EMPRESÁRIAS

GISELA GRACHER STIEVEN

Shopping Gracher

PANIFICADORAS E CONFEITARIAS

CLEDIR RODRIGUES ALBUQUERQUE

Panificadora Moriá

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

VANDERLEY ALBINO

Saymon Etiquetas

JOVENS EMPREENDEDORES – ACIBr JOVEM

DAIANE ROSSANO COLDEBELLA

Portal da Cidade

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DE BRUSQUE

OTTO HERMANN GRIMM

Colégio Cônsul Carlos Renaux

ATIVIDADES FÍSICAS

LEONARDO RISTOW

Unifebe

SAÚDE

EVANDRO ROZA

Hospital Azambuja

COMÉRCIO EXTERIOR

GABRIEL DANTAS

Gadan Trade

GESTÃO AMBIENTAL

LUIZ GUSTAVO DE FREITAS

Irmãos Fischer S/A

CONSTRUTORAS

DANIEL APPEL COELHO

Moratta Empreendimentos

FABRICANTES DE TOALHAS

JONAS GROH

Toalhas Groh

CORRETORES E IMOBILIÁRIAS DE BRUSQUE

JUÇARA BENVENUTTI

Imobiliária Benvenutti

AGROPECUÁRIAS E PET SHOPS

ANDRESSA ZIMERMANN TONIÊTO

E-COMMERCE

MICHELLE CURBANI

Chemizz Camisaria

EMPRESARIAL DE GUABIRUBA

MAICO TOMASI

ASV / Appel & Voltolin

NÚCLEO DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL

DIRCEU LUIZ DIRSCHNABEL

Kohler Tinturaria e Estamparia

EMPRESÁRIOS DE BOTUVERÁ

EDUARDO BARNI

Calcário Botuverá

2 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


EDITORIAL

HALISSON HABITZREUTER

Presidente

Sustentabilidade

Em março deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o 6º Panorama

Ambiental Global (GEO6), um documento produzido por 250 cientistas, representando

mais de 70 países. O relatório concluiu que o mundo ainda não está no caminho da

sustentabilidade e que um esforço, através da integração de todos os setores, mais do

que necessário, é vital para perpetuar a vida no nosso planeta. Já em 5 de junho foi

celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data que remete ao ano de 1972, quando ocorreu a

Conferência de Estocolmo. Na oportunidade, 113 países se reuniram para discutir pela primeira vez

a preservação dos recursos naturais que, como sabemos, são esgotáveis.

Em Brusque alguns passos no caminho da sustentabilidade começam ser trilhados. Como a

lei que proíbe o uso de canudos de plásticos em estabelecimentos. O que pode parecer uma gota

de água no oceano se apresenta, na verdade, como o marco de um novo tempo, pois já traz consigo

novas reflexões, como o uso de copos e sacolas plásticas.

Outra medida importante foi a instalação de três postes inteligentes (Smigth), uma das ações

do projeto “50 parcerias municipais pelo clima”, que une Brusque e o Distrito de Karlsruhe, na

Alemanha. Instalados nas praças Sesquicentenário, Barão de Schneeburg e logo na entrada da

Unifebe, os postes estão equipados com luzes de LED, possuem conexão wi-fi e permitem o

carregamento de carros elétricos.

Nesta edição da Revista ACIBr nós trazemos como tema central a sustentabilidade e algumas

ações que são desenvolvidas pela entidade. Faz bastante tempo que nossos Núcleos e empresas

associadas unem esforços e se tornam protagonistas de ações que estimulam a responsabilidade

social e ambiental. Desde a política dos 5Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar) até

a Indústria 4.0, que reduz recursos e processos através da tecnologia. E a nossa missão enquanto

empreendedores também é refletir sobre o impacto dos nossos negócios, de modo que tragam

prosperidade, e não prejuízos, para as gerações futuras.

Ecoponto, Eu Ajudo na Lata e Sustentabilidade na Ponta do Lápis são projetos que a ACIBr

desenvolve atualmente, através do Núcleo de Gestão Ambiental, de uma parceria com a Unimed

Brusque e enquanto membro do Comitê Gestor do Movimento ODS, respectivamente. Nas páginas

a seguir você conhecerá melhor cada uma dessas iniciativas, que são abertas à participação e

também servem como inspiração para novas práticas.

O desafio é se inserir neste movimento, que não exige grande investimento, mas, com certeza,

faz uma diferença significativa na vida da comunidade. O próprio associativismo é reflexo deste

processo: juntos garantiremos o amanhã!

EXPEDIENTE

Revista da Associação Empresarial de Brusque

Textos e fotos: Ideia Comunicação Corporativa

Jornalistas Responsáveis: Ana Roberta Venturelli, Carina Machado,

Guédria B. Motta e Taiana Eberle

Planejamento Gráfico e diagramação: Diego Bernardi

Veiculação Trimestral: 1.200 Exemplares

Impressão: Gráfica Mercúrio

A ACIBr utiliza material reciclado em sua embalagem de jornal

Conselho Editorial: Valzete Walendowsky, Bernadete Loos Moritz,

Cândido Horácio Godoy e Aliomar Luciano dos Santos.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

3


ÍNDICE

Sustentabilidade 3

Neurociência como aliada na gestão de negócios 6

Amigo da PM de Santa Catarina 8

‘Dia D’ do Feirão do Imposto 10

Conclusão de sucesso 12

24 anos de casa 14

ACIBr sustentável 16

Incentivo para uma segunda chance 20

1ª Cãominhada Social 24

Artigo | Núcleo de Empresas Contábeis 27

Temperô eleva gastronomia de Brusque 28

Blumenauense vence o 6º Festival Nacional da Cuca 30

Foco na Saúde e Segurança do Trabalho 32

Artigo | Comunicação 33

Artigo | Núcleo Instituições Educacionais 34

Conteúdo criativo e assertivo 35

4 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

5


ALMOÇO DE IDEIAS

Durante o Almoço de Ideias, o palestrante chamou atenção, para o fato de que os negócios atualmente,

são fortalecidos pelas relações pessoais

Neurociência como

aliada na gestão

de negócios

20ª edição do Almoço de Ideias

da ACIBr reuniu cerca de 350

participantes na Sociedade Esportiva

Bandeirante, no dia 9 de maio

O

que é decisão? O que influencia a nossa decisão?

Precisamos pensar nisso, porque, mais importante

do que tomar uma decisão, é o estado de espírito

da pessoa no momento de tomar a decisão. A

realidade não muda, o que muda é o que a pessoa

está sentindo”.

Foi com essas palavras, que o professor Dr. Luciano

Miguel Salamacha iniciou a palestra “Estratégia, Negócios e

NeuroEstratégia: um olhar para o futuro”, durante a 20ª edição do

Almoço de Ideias da ACIBr – Associação Empresarial de Brusque,

realizado no dia 9 de maio, na Sociedade Esportiva Bandeirante, em

parceria com o Colégio e Faculdade São Luiz e ESIC Internacional

- Business & Marketing School.

6 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


Precisamos começar a

estudar o comportamento

do ser humano para evoluir

nos negócios

Dr. Luciano Miguel Salamacha

O convidado do evento é Doutor em Administração e Mestre

em Engenharia de Produção, professor da Fundação Getúlio Vargas

e leciona em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado

no Brasil, Argentina e Estados Unidos.

Relações Pessoais

O especialista chamou atenção dos cerca de 350 participantes,

para o fato de que os negócios atualmente, são fortalecidos pelas

relações pessoais. “Infelizmente, ainda se perde muito tempo e

energia discutindo coisas bobas e se desperdiça relacionamentos.

Por isso, precisamos começar a estudar o comportamento do ser

humano para evoluir nos negócios. A partir do momento que eu

entendo o meu comportamento e entendo o comportamento do

outro, eu diminuo os atritos, o calor na relação, elevo o grau de

compreensão e de formação de time, consequentemente, alcanço

melhores resultados. Todos os dias precisamos dizer para nós

mesmos: eu sou forte, se não eu serei fraco, e os fortes moldam o

ambiente que molda os fracos”, salientou Salamacha.

O professor destacou a necessidade de unir a Neurociência às

estratégias de gestão. “Nascemos programados para tomar decisões

e precisamos evoluir. Há vários tipos de pessoas que lidam de

diferentes formas diante da mesma situação. O otimista enxerga

oportunidades para o futuro enquanto o pessimista vê ameaças

e problemas pela frente. A neurociência nos mostra o quanto

somos suscetíveis a estímulos, o quanto somos auto enganáveis,

ou enganados pelos outros. O quanto podemos entender melhor o

nosso próprio comportamento cerebral ou se estamos sendo reféns

de algum tipo de armadilha, seja por um ego exacerbado, ou com

excesso de medo e extinto de proteção. Quanto mais eu consigo

entender meu funcionamento cerebral, melhor eu consigo tomar

decisões dentro das empresas”, reforçou o palestrante.

Salamacha falou também sobre as pessoas saberem aproveitar

o tempo que têm de forma saudável. “Hoje em dia, como estamos

cercados de tecnologia, acabamos não dando muita importância

para as relações pessoais, para um tempo de qualidade com a

família, por exemplo. Mas é preciso rever nossas prioridades. Um

estudo aponta que ao longo de nossas vidas, passamos 520 dias

assistindo séries, seis anos assistindo TV, oito anos navegando na

internet e dez anos olhando telas, seja de celular, computador, ...

Portanto, é preciso fazer as escolhas certas. E a palavra-chave é ser

intenso e viver bem cada momento, seja com a família, no trabalho,

no lazer”, definiu o convidado.

Por fim, o professor reconheceu que a neurociência ainda

está muito restrita ao ambiente acadêmico e a laboratórios, e que

O especialista Dr. Luciano Salamacha explicou como a Neurociência

ajuda o ser humano a entender melhor o comportamento cerebral para

evoluir na tomada de decisões dentro das empresas

a intenção, é ampliar o acesso ao estudo. “Na ESIC foi criada a

Escola do Pensar, que é a primeira escola da América Latina,

focada num pensamento pedagógico, que junta neurociência, que

é o comportamento humano, com a gestão de negócios. O objetivo

é fazer uma abordagem que não segue o método tradicional, onde a

pessoa que tem a melhor memória e obtém as melhores notas, não

necessariamente é o melhor empreendedor ou melhor profissional.

A ideia é proporcionar um curso inovador, 100% voltado à tomada

de decisão. E queremos trazer esse curso para Brusque, juntamente

com a Faculdade São Luiz, e em parceria com a ACIBr”, observou

Salamacha.

Aperfeiçoamento

Sobre a oferta de um curso de Neuroestratégia em Brusque, o

presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, falou que a entidade

está fechando uma parceria com a Faculdade São Luiz e a ESIC

– Escola Internacional de Negócios, para viabilizar esse curso

diferenciado, que possa atender desde as pequenas, até as grandes

empresas, de diretores, gerentes a proprietários de negócios.

“Podemos ver com a palestra do professor Salamacha, o quanto a

Neuroestratégia é um assunto oportuno, que faz parte do nosso dia

a dia e pode ajudar significativamente na tomada de decisões e na

gestão dos negócios. Nosso Almoço de Ideias mais uma vez foi

um sucesso, a quantidade de pessoas presentes demonstrou isso, e

ficamos contentes em proporcionar esse momento de networking e

o fortalecimento das relações pessoais”, descreveu Halisson.

Para o diretor do Colégio e Faculdade São Luiz, padre Cláudio

Marcio Piontkewicz, é preciso investir em aperfeiçoamento e

desenvolver programas conforme a demanda da região. “É notável

que nosso município e cidades vizinhas vêm crescendo cada vez mais

no segmento da indústria e do comércio, e também se faz presente

no cenário internacional. Diante da necessidade de lideranças

que desempenhem suas atividades com o profissionalismo que a

função requer, visamos contribuir para esse processo de formação

e aperfeiçoamento, pois acreditamos que à medida que tivermos

profissionais mais qualificados, mais desenvolvimento teremos.

Nesse sentido, estamos desenvolvendo um programa específico,

conforme o professor Salamacha comentou, para proporcionar uma

visão estratégica diferenciada”, considerou padre Cláudio.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

7


HOMENAGEM

Presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, recebeu o título de ‘Amigo da PMSC’, em solenidade realizada no Batalhão da Polícia Militar em Blumenau

Amigo da PM de

Santa Catarina

Presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter é homenageado em

solenidades da Polícia Militar, em Blumenau e Brusque

Em meio a uma Solenidade de Promoção de Praças

e Oficiais, realizada no 10º Batalhão de Polícia

Militar, em Blumenau, na manhã do dia 3 de maio, o

Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina,

concedeu o título honorífico de ‘Amigo da Polícia

Militar’ para o presidente da ACIBr – Associação Empresarial

de Brusque, Halisson Habitzreuter, como forma de agradecer a

contribuição para o engrandecimento da corporação. O empresário

foi reconhecido como um grande parceiro e apoiador dos projetos

do 18º Batalhão da PM em Brusque, e das causas da segurança

pública local, defendendo sempre o lema de que uma cidade só

tem progresso, se tiver segurança pública. Halisson recebeu a

homenagem das mãos do comandante da 7ª Região da PMSC,

Coronel Moacir Gomes Ribeiro, e do comandante do 18º Batalhão

da PM em Brusque, Tenente Coronel Otávio Manoel Ferreira Filho.

Coronel Gomes destacou a passagem do aniversário de 184

anos da Polícia Militar de Santa Catarina, em 5 de maio de 2019,

e disse que a PM vem se preparando para o futuro. “Agradecemos

e enaltecemos os amigos da PM e nossos parceiros de sempre.

Amigo é uma palavra forte, que vem do coração. É quem nos

auxilia independente da hora e do assunto. Para receber esse título,

requer realmente, merecimento. Somos gratos ao Halisson, por ter

batalhado para que mantivéssemos o Fundo Municipal em auxílio

ao Batalhão de Brusque. Quando a ACIBr encampou a ideia de

retomar o Fundo e não deixar ele acabar, foi fundamental para

darmos andamento aos trabalhos dentro da PM, principalmente, por

meio da aquisição de novos equipamentos, armamentos, viaturas,

coletes a prova de bala, fazendo com que o policial militar se sinta

valorizado. O Estado é muito grande, tem muitos problemas não

só na área de segurança pública e é muito importante esse apoio

da sociedade civil organizada. Precisamos da ajuda da comunidade

para que a PM chegue aos 200 anos, com muitos mais motivos para

comemorar. Vamos continuar lutando para fazer uma sociedade

mais justa, fraterna e com qualidade de vida”, declarou Gomes.

O comandante do 10º Batalhão de PMSC, Tenente Coronel

Jefferson Schmidt, desejou um forte abraço a cada um que foi

8 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


agraciado com homenagens. “A medalha de Amigo da PM, é um

dos títulos mais altos que a Polícia Militar pode prestar, e diante

da comemoração dos 184 anos da PMSC, vemos o quanto nossa

instituição engrandeceu, graças a homens e mulheres do passado

e a homens e mulheres de hoje. Deixo um agradecimento com o

coração cheio de carinho”, ressaltou.

Medalha

A homenagem se repetiu em Brusque, no dia 24 de maio,

quando foi realizada a solenidade que marcou o aniversário de 10

anos do 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque, comemorado

no dia 25 de maio. Na oportunidade, houve a entrega de três novas

viaturas, homenagens para policiais e também o reconhecimento

para cidadãos que colaboram com a Polícia Militar. O presidente

da ACIBr, Halisson Habitzreuter, foi um dos condecorados com a

Medalha ‘Amigo da Polícia Militar de Santa Catarina’.

O comandante do 18º Batalhão, Tenente Coronel Otávio

Manoel Ferreira Filho, destacou a contribuição dos parceiros e

amigos da PM. “Além de já ter o título de Amigo do 18º Batalhão,

o presidente da ACIBr foi indicado para receber o título de Amigo

da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, diante do apoio que

tem dado à segurança pública em Brusque e região, principalmente,

na recém mudança do FUMMPOM para o Convênio de Rádio

Patrulha, mantendo assim o apoio financeiro e estrutural desse

Batalhão, resultando na continuidade do bom nível de segurança de

nossa cidade”, declarou o comandante.

Tenente Coronel Otávio também salientou o apoio das

entidades representativas, como ACIBr, AmpeBr e CDL, que

juntamente com a Prefeitura de Brusque, possibilitaram a

formalização do Convênio de Rádio Patrulha. “Através desse novo

Fundo Municipal, foi possível adquirir três novas viaturas, sendo

dois automóveis e uma motocicleta. Isso demonstra o quanto

acreditam em nosso Batalhão e na PMSC, num mundo e futuro

melhor. Só assim, com a união de todos, conseguiremos melhorar a

segurança pública em geral”, completou o comandante.

Honra

Para o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, o

sentimento ao ser homenageado, é de felicidade e honra. “Ser

presidente da ACIBr me proporciona muitas alegrias e uma

delas é poder defender bandeiras as quais eu pessoalmente

acredito e que coincidem com as bandeiras da entidade. Nossa

entidade, representante da classe empresarial, trabalha em prol

do desenvolvimento econômico, mas uma das nossas lutas é

a segurança porque acreditamos que para haver crescimento

econômico precisamos ter um ambiente favorável. Na condição

de presidente, pude estar envolvido nessa luta. Através das ações

da entidade, lutamos por maior efetivo, trabalhamos em busca do

reestabelecimento do Fundo Municipal para a PM, e conseguimos

junto com outras entidades parceiras, criar um novo Fundo em prol

da Polícia Militar e da Polícia Civil também. Sabemos que é um

dever do Estado bancar a segurança pública, mas ele já mantém

os salários e toda a estrutura e precisamos ajudar. Temos que

ser parceiros não só economicamente, mas moralmente”, frisou

Halisson.

O presidente salienta ainda que pretende continuar sendo um

agente multiplicador perante as demais entidades e associações

empresariais do Estado. “É papel da entidade, defender a bandeira

da segurança pública, que é uma demanda do empresariado

brusquense, de Guabiruba e Botuverá. Incentivar e promover

maior segurança faz parte de um ciclo, para que nossa economia se

É papel da entidade, defender

a bandeira da segurança

pública, que é uma demanda do

empresariado brusquense, de

Guabiruba e Botuverá

Halisson Habitzreuter, presidente da ACIBr

Homenagem se repetiu em Brusque e foi prestigiada pelos diretores

da entidade Maria Valzete Ludvig Walendowsky e Alexandre Zen, e pelo

secretário executivo Cândido Horácio Godoy

desenvolva e fortaleça. Recebo essa medalha com muito orgulho e

me comprometo em continuar lutando por essa bandeira que é um

diferencial em nossa cidade, onde as entidades e o Poder Público

se unem em busca do mesmo propósito. Temos reuniões regionais

agendadas, por meio da Facisc, para falar do exemplo de Brusque

e incentivar outros municípios a fazerem o mesmo, e buscarem

tornar realidade um Fundo Municipal, que possa ajudar no trabalho

das Polícias Militar e Civil. Não adianta cuidarmos só da nossa

cidade, se tivermos problemas de segurança nas cidades vizinhas.

Precisamos de um plano de segurança pública estadual para garantir

o desenvolvimento e o bem-estar de todos”, definiu Halisson.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

9


ACIBR JOVEM

Venda de combustível sem imposto foi uma das ações do Feirão do Imposto

‘Dia D’ do Feirão

do Imposto

Ações promocionais e de conscientização foram realizadas pela ACIBr Jovem,

em vários pontos da cidade de Brusque, durante o dia 25 de maio

Com o tema “Menos burocracia, mais eficiência”,

integrantes da ACIBr Jovem – Núcleo de Jovens

Empreendedores, promoveram o ‘Dia D’ do

Feirão do Imposto, no dia 25 de maio. Além de

ações de conscientização realizadas durante todo

o dia no Shopping Gracher e River Mall, consumidores tiveram

a oportunidade de comprar produtos com isenção de impostos,

através de uma parceria com as panificadoras Sassipan e Moriá

(que comercializaram pão francês com preço promocional), e

com o Posto Mime (que vendeu três mil litros de gasolina ao valor

de R$ 2,43 o litro - com limite de 20 litros por veículo). A ação

contou ainda com a exibição de um impostômetro, em três telões

de LED (patrocinados pelas empresas Alvo Digital, Cavalca

e Webtouch) localizados em frente a Felog, Ponte Estaiada e

Fiat Treviso, que apresentava em tempo real, a arrecadação de

impostos no Brasil, em Santa Catarina e em Brusque.

A estilista Daniele Zottis participou da ação promocional

no Posto Mime e reconhece a importância de a população

reivindicar por um retorno efetivo dos impostos pagos. “Acho

essa iniciativa muito bacana para chamar a atenção das pessoas,

pois o brasileiro é quem mais paga impostos e quem tem menos

retorno. Não faz o menor sentido, por exemplo, ter que fazer

corte de verbas em áreas essenciais, diante de uma arrecadação

de trilhões de reais. É uma conta que não fecha. O dinheiro não

é investido como deveria, e cada vez mais, temos que pagar por

serviços privados para suprir necessidades que deveriam ser

garantidas pelo poder público”, refletiu Daniele.

No Shopping Gracher, a líder de produção Cristiane de

Moraes, ficou surpresa diante da demonstração de produtos

com preços sem impostos. “Eu nunca parei para analisar e

me surpreendi com a quantidade de impostos que pagamos

por coisas simples que consumimos no dia a dia. Da maneira

como demonstraram aqui ficou bem fácil de entender”, avaliou

Cristiane.

10 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


O motorista José Clair Correa, que também circulou

pelo shopping, manifestou indignação, especialmente com a

porcentagem de tributos cobrada no preço de uma motocicleta.

“É um absurdo o que se paga de impostos, pelo retorno que se

tem em serviços para a população”, declarou José.

O mesmo sentimento, é compartilhado pelo engenheiro

químico Roni Czerwinski. “O Feirão do Imposto é uma forma

muito interessante de chamar a atenção da população. A gente

sabe que paga um monte de impostos, mas o problema é não

ter retorno. O dinheiro vai para locais que a gente não vê, mas

se retornasse em benefícios para a população, com certeza,

ninguém se incomodaria em pagar, pelo contrário, pagaria com

prazer”, considerou Roni.

Cidadania

Para o coordenador do Feirão do Imposto em Brusque,

Marcos Flores, as atividades de mais essa edição do ‘Dia D’

atingiram o objetivo de chamar a atenção dos cidadãos e

conscientizar para a alta carga tributária praticada no país.

“A ideia é fazer com que as pessoas reflitam melhor na hora

de escolher seus representantes e analisarem com atenção os

planos de ação dos candidatos. A luta é para que tenhamos um

retorno efetivo do imposto que é pago ao Governo, e não contra

ao pagamento dos tributos. O que queremos, são investimentos

em Saúde e Educação, por exemplo, compatíveis com o que

contribuímos”, destacou o empresário.

O representante do Posto Mime, Lurran Nascimento de

Souza, observou que o Feirão do Imposto ajuda a esclarecer aos

consumidores, qual o valor real pago pelos produtos. “Na nossa

avaliação, essa iniciativa é muito positiva, pois evidencia que

a carga tributária é a principal responsável pelo preço elevado

do combustível. Muitos clientes veem o Posto como vilão, mas

é preciso deixar claro que o litro da gasolina que hoje custa R$

4,26, sairia por R$ 2,43 sem os tributos. Por isso, realizamos

essa ação promocional, com o desconto sendo subsidiado pelo

Posto, para exemplificar ao consumidor, de forma prática”,

explicou Lurran.

A proprietária do Shopping Gracher, Gisela Gracher

Stieven, também considera o Feirão do Imposto, uma importante

ferramenta de conscientização e cidadania. “É fundamental

promover esse tipo de esclarecimento para a população e por

isso, somos parceiros da iniciativa. É algo que precisa ser

demonstrado de forma visual e as ações feitas aqui, permitiram

que as pessoas entendessem de maneira fácil, o quanto a carga

tributária influencia na vida de cada um”, avaliou a empresária.

A estudante Mariane Groh, que é estagiária do Observatório

Social de Brusque, auxiliou nas atividades de conscientização

e revelou que a maioria das pessoas abordadas manifestou

surpresa com os percentuais de tributos pagos. “Grande parte

de quem passou por aqui, disse não ter noção do quanto paga de

impostos em cada produto que é consumido. Por isso, a educação

fiscal é uma das principais bandeiras do Observatório Social,

assim como, a análise e fiscalização dos serviços realizados pelo

Governo, com o dinheiro dos impostos que pagamos”, descreveu

Mariane.

Proposta pelo Conselho Estadual de Jovens Empreendedores

de Santa Catarina (Cejesc) e pela Confederação Nacional de

Jovens Empresários (Conaje), a ação ‘Dia D’ do Feirão do

Imposto foi realizada em mais de 125 cidades, em 15 estados e

impactou mais de um milhão de pessoas.

A luta é para que tenhamos

um retorno efetivo do

imposto que é pago ao

Governo, e não contra ao

pagamento dos tributos

Marcos Flores

Distribuição de chope na quantidade correspondente ao valor sem

imposto, também chamou atenção durante o ‘Dia D’

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

11


PROGRAMA DE GESTÃO EMPRESARIAL

No total, 109 empresários, gestores, e colaboradores de empresas de diversos segmentos de Brusque e

região participaram do programa, iniciado em 2018

Conclusão

de sucesso

ACIBr forma primeiras turmas do PGVE e lança o MBA em Neuroestratégia,

em parceria com a ESIC - Business & Marketing School Internacional

A

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)

concluiu na noite do dia 23 de maio mais uma

importante etapa: a formação das duas primeiras

turmas do Programa de Gestão e Vivência

Empresarial (PGVE). A solenidade de entrega

de certificados aos alunos concluintes foi realizada no Teatro do

Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) e

contou com a presença de cerca de 80 deles, das duas turmas da

capacitação. No total, 109 empresários, gestores, e colaboradores

de empresas de diversos segmentos de Brusque e região

participaram do programa, iniciado em 2018 e, os alunos que

não puderam estar presentes na ocasião receberam os certificados

posteriormente.

O PGVE é uma realização da parceria entre a ACIBr, a

Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina

(Facisc), a Fundação Empreender e a Sociedade Educacional

de Santa Catarina (Unisociesc). O Programa tem o objetivo de

oportunizar vivências, informações e conhecimentos atualizados,

que contribuem para o crescimento das organizações, ao mesmo

tempo em que fortalece o associativismo.

“Estamos muito felizes em receber esses profissionais, que

concluíram com êxito a capacitação. O PGVE utiliza os professores

da Fundação Getúlio Vargas, que atua no eixo Rio-São Paulo, com

bastante experiência, tanto acadêmica como profissional. O curso

foi bem prático, trouxe muita vivência, a parte teórica aplicada de

forma simples, sempre direcionado com a realidade e o dia a dia das

empresas. Foi um momento onde nós, enquanto entidade podemos

contribuir para o desenvolvimento de todas as nossas empresas

associadas”, comentou na oportunidade o presidente da ACIBr,

Halisson Habitzreuter.

Conhecimento para crescimento

Da mesma forma, também presente no evento, o professor

Alexandre Weiler destacou a importância do Programa, que

permite que empresários, colaboradores, profissionais de diferentes

segmentos possam se encontrar, conversar, conhecer novas

realidades empresariais e entender o que há de mais moderno na

área da gestão. “Não importa a área que você atua, você sempre vai

precisar de gestão, e o PGVE proporciona isso, através de encontros

muito práticos. Sem dúvida é um prazer muito grande poder fazer

12 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


parte desse projeto e Brusque está de parabéns por formar suas

turmas e dar continuidade à capacitação. Por termos profissionais

de várias áreas, após concluíram essa etapa, a cidade e região

avançam de forma conjugada no desenvolvimento, na aplicação do

conhecimento, o que faz uma diferença muito grande”, reforçou.

Entre os que concluíram a formação do PGVE estava a gerente

geral Adriana Maria Colombi, que atua na Contabilidade Colombi.

Para ela, o programa fez a diferença no dia a dia da empresa, tanto

pelas experiências trocadas como pela metodologia do mesmo.

“Podemos conhecer cases de empresas maiores que a nossa e

trazer alguns exemplos para serem aplicadas nosso dia a dia. Sem

contar no conhecimento dos professores e o conteúdo apresentado,

que foi excelente. Sem dúvida foi uma oportunidade muito boa,

valeu muito a pena ter participado e recomendo para as demais

empresas”, comentou ela que fez parte da segunda turma do PGVE.

O gerente comercial Edson Rubem Müller, da Tecelagem

Atlântica, também integrou a segunda turma do PGVE e avaliou

como enriquecedora a experiência da capacitação. “Precisamos

sempre nos atualizar, ainda mais por conta da realidade que

vivemos hoje. Para mim essa capacitação veio em um excelente

momento, onde podemos conhecer várias empresas, métodos, que

vieram reforçar nosso conhecimento. E tudo isso oferecido em

Brusque, o que foi o grande diferencial. A ACIBr está de parabéns

por oportunizar a nós, brusquenses, esse programa tão bom”,

completou.

Novidade

Além disso, outro importante momento ocorreu durante

a solenidade: o lançamento da parceria da ACIBr com a ESIC -

Business & Marketing School Internacional, que irá oferecer o

MBA ‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ em Brusque.

Para marcar o lançamento, foi realizada a assinatura do ‘Termo

de Convênio’ entre a ACIBr e a ESIC Internacional, instituição

ranqueada entre as 20 melhores escolas de negócios do mundo, e

vinculada à Faculdade São Luiz, em Brusque.

O professor Alexandre Weiler, que também é diretor acadêmico

e de negócios da ESIC, fez a apresentação do programa e enalteceu

a oportunidade, já que com o mercado cada vez mais competitivo

e tecnológico é necessário preparo e capacitação para gerenciar

os processos, pessoas e serviços nas empresas. “Cada vez mais

vimos a inteligência artificial, a indústria 4.0, máquinas e sistemas

começando a tomar o lugar o ser humano, que cada vez mais vai

precisar de gestão criativa e inovadora e o conhecimento, o que é

feito através da neurociência. E este MBA permite que você reveja

tudo o que sabe sobre administração, tanto na área profissional

como pessoal, com foco na prática”, pontuou.

Para ele, poder ver uma cidade pujante como Brusque que

através da Associação Empresarial disponibiliza este MBA, é

engrandecedor. “Hoje não podemos mais competir em um cenário

globalizado, com técnicas puramente nacionais ou locais. E é isso

que a ESIC traz e o que sabiamente a ACIBr firmou para oferecer

ao empresariado da região. Santa Catarina é um estado privilegiado

e aqui, em especial no Vale do Itajaí é uma região que faz acontecer

e que é exemplo para todo o país, por isso, para nós da ESIC é um

grande privilégio estarmos aqui”, acrescentou.

O presidente da ACIBr também destacou a oportunidade

aos empresários e demais profissionais da região em participar

do MBA, tanto os que já fizeram o PGVE como os que ainda

não realizaram, o programa. “É um modelo de curso de extensão

diferenciado, com uma grande qualidade nos temas e com

O professor Alexandre Weiler, que também é diretor acadêmico e de

negócios da ESIC, fez a apresentação do MBA e enalteceu que, com o

mercado cada vez mais competitivo e tecnológico é necessário preparo e

capacitação para gerenciar os processos, pessoas e serviços nas empresas

Durante a solenidade foi assinado o ‘Termo de Convênio’ entre a ACIBr e a

ESIC - Business & Marketing School Internacional, que irá oferecer o MBA

‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ em Brusque

profissionais altamente qualificados que os ministram. Quem tem

a formação empresarial diária, com essa experiência e garra na

condução de seus negócios também poderá cursar esse módulo,

sem a necessidade de formação acadêmica. Sem dúvida esse MBA

irá colaborar para que os empresários possam tomar melhores

decisões, entender os colaboradores e ajudá-los nesse processo de

gestão de pessoas. Esperamos que a comunidade empresarial possa

aderir e tenha grande interesse, pelo que nos foi apresentado”,

complementou Habitzreuter.

Saiba mais

Após a conclusão das duas primeiras turmas, o Programa

de Gestão e Vivência Empresarial continua sendo oferecido

pela ACIBr, destinado para empresários e colaboradores

de empresas associadas à entidade como uma importante

ferramenta de atualização profissional.

Interessados em ingressar no PGVE e também no MBA

‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ podem entrar

em contato com a ACIBr, através do (47) 3351-1588.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

13


PERFIL

24 anos de casa

Jornalista por essência e competência, Janice Kunitz trabalhou mais de duas

décadas na Associação Empresarial de Brusque e viu de perto o crescimento e

fortalecimento da entidade na região

“ Não foi possível encontrar outra história

como aquela porque não era das que a gente

inventa no papel. Quem as inventa é a vida”.

A frase, do saudoso escritor e jornalista

Gabriel García Marquez, define a trajetória

da jornalista brusquense Janice Kunitz, que neste ano de

2019, somou 24 anos de atuação na Associação Empresarial

de Brusque.

Mas a história de Janice é muito peculiar, dessas, que

como Gabriel diz, foi inventada pela vida. Em 1º de abril de

1975 foi seu primeiro momento na ACIBr, uma contratação

para o cargo de secretária. Uma função muito comum em

todas as empresas e entidades. O presidente era Érico

Antônio Contesini e a entidade já somava ali seus quase 41

anos de história. O período de Janice na associação nessa

época foi meteórico, meses depois ela passou a atuar como

secretária executiva de outra empresa e em seguida também

exerceu a função em uma construtora.

Quase dois anos depois dessa experiência, eis que

o jornalismo entrou em sua vida através de um convite

do empresário Jaime Mendes, proprietário do Jornal O

Município, principal semanário da cidade. Ali Janice não

só fazia a parte de secretaria, como também passou a revisar

as edições e algum tempo depois, a escrever notas e até

mesmo entrevistas. “Seu Jaime gostava do meu texto, dizia

que eu era clara, objetiva e tinha um talento de jornalista, de

escrever frases curtas”, lembra ela.

A primeira grande entrevista que fez foi com uma

personalidade da cidade de Brusque, o industriário Willy

Renaux. “Fiz as perguntas, gravei tudo naquele gravador

enorme dos tempos antigos, redigi o texto e mostrei para

o seu Jaime. Ele não mudou uma vírgula. Dali para frente,

começou a me passar diversas entrevistas para fazer,

cobertura de acontecimentos e assim começou oficialmente

o meu trabalho de jornalista”, conta.

Como a faculdade de Jornalismo só existia em

Florianópolis, Janice conseguiu o registro de jornalista

provisionado e passou a atuar oficialmente como

comunicadora. Somou experiências em jornais de Balneário

Camboriú, Laguna e como correspondente do Diário

Catarinense. Além de cuidar da parte de notícias, também

atuava no setor comercial e gerenciava pequenos jornais.

Morou alguns meses em Brasília, depois em Curitiba, onde

fez estágio em um jornal da capital paranaense.

Em 1990, com o retorno a Brusque, Janice começou a

trabalhar na Secretaria de Comunicação da Prefeitura e seis

Janice Kunitz em uma das solenidades da ACIBr, entidade a

qual se dedicou durante 24 anos

14 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


Eu sempre gostei muito do

meu trabalho na ACIBr. Era

um aprendizado em cada

reunião, com os assuntos

que eram discutidos

Janice Kunitz

O então presidente da ACIBr, Nelson Zen Filho

‘Tato’ (in memoriam) ao lado de Janice

anos depois, sua história se cruzou com a ACIBr novamente,

desta vez, como uma prestadora de serviços na área de assessoria

de imprensa. “Fui contratada na gestão do seu Hylário Zen para

fazer assessoria de imprensa para ACIBr. Eu ia lá uma vez por

semana para pegar as informações, naquela época a entidade

não tinha máquina de escrever, muito menos computador. Eu

anotava o que era necessário com o diretor executivo e voltava

para casa para escrever na minha máquina. No outro dia, voltava

à associação e passava fax para os jornais, das notícias da

entidade”, relembra.

Idas e vindas

Sete anos depois, Janice foi contratada como funcionária

efetiva da Associação Empresarial, para atuar como secretária

executiva e assessora de imprensa. Na época, a entidade era

presidida pelo empresário Ingo Fischer e se engajava arduamente

na construção do Centro Empresarial, empreendimento que

tornou-se a casa das entidades do município, um ícone de Brusque.

Nessas idas e vindas, de prestadora de serviços à

funcionária, somaram-se 24 anos de uma história regada a muitos

acontecimentos e muitas notícias. De gestão em gestão, Janice

atuou com diversos presidentes, cada qual com sua característica,

mas todos com o propósito único de elevar na história da entidade,

seu papel de protagonista do desenvolvimento de Brusque e

região, e de representante da classe empresarial. “Eu sempre

gostei muito do meu trabalho na ACIBr. Era um aprendizado em

cada reunião, com os assuntos que eram discutidos. Tomávamos

conhecimento de coisas que nem imaginávamos. Cada semana

era algo diferente, às vezes coisas boas, outras nem tanto, mas

a maioria era para engrandecer a classe empresarial, auxiliar,

abrir novos horizontes para eles, e isso trazia resultados à toda

cidade e região”, avalia.

Em maio deste ano, a jornalista encerrou suas atividades

profissionais com a aposentadoria, um merecido descanso depois

de tantos anos de atuação. “Não estou mais nos bastidores, agora

só acompanho na mídia as notícias que por tantos anos escrevi.

Saio feliz por tudo o que vivi ali dentro da entidade. Trabalhei

com tantos presidentes, cada um com seu estilo, sua maneira de

gerir a associação e que transformaram a ACIBr no que ela é

hoje”, complementa.

Em maio deste ano a jornalista recebeu uma homenagem de todos os colegas de trabalho

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

15


Desde 2014 o Ecoponto recolhe materiais como pilhas,

baterias, pneus e aparelhos elétricos e eletrônicos

Além das edições de Dia D, o Ecoponto mantém sede fixa na empresa Cidade Limpa

ESPECIAL

ACIBr

sustentável

Conheça os trabalhos que estimulam

a sustentabilidade mantidos pela

Associação Empresarial

Em 2015 algo histórico aconteceu. Países e a população

global se uniram para debater sobre mudanças

de práticas e condutas como forma de garantir o

futuro da vida no planeta. Algo sem precedentes foi

construído: uma agenda mundial com 17 princípios

norteadores, os já conhecidos Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS), profundamente inspirados na base de seus

antecessores, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Em Brusque, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)

foi parceria dos ODMs e teve seus projetos e trabalhos institucionais

reconhecidos através da certificação do Selo Social, uma iniciativa

promovida pela Prefeitura. Instituído pela Organização das Nações

Unidas (ONU) em 2000, os oito Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio combatiam a fome extrema e tinham um prazo de execução

mundial até 2015. Eram seus princípios: erradicar a extrema pobreza

e a fome; garantir o ensino básico fundamental a todos; promover a

igualdade de gênero e a autonomia das mulheres; bem como reduzir

a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater a AIDS,

a malária e outras doenças; assegurar a sustentabilidade ambiental e

promover uma parceria mundial para o desenvolvimento.

Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(Ipea) divulgados em 2016, mais do que reflexão e debates sobre os

temas, houve avanços expressivos nas áreas correspondentes aos oito

ODMs. O número de pessoas que vivem em extrema pobreza caiu

pela metade, assim também como o número de comunidades que

não tinham acesso a uma fonte de água potável. A taxa de matrículas

na Educação Básica nas regiões em desenvolvimento aumentou mais

de 90% e também cresceu o número de meninas que hoje frequentam

regularmente a escola. Por fim, a taxa de mortalidade de crianças até

cinco anos diminuiu 50%, assim como a mortalidade materna.

Em 15 anos de projeto, graças a ações conjuntas e globais, o mundo

deu um salto em igualdade, permitindo mais saúde e qualidade de vida

para pessoas que antes viviam à margem, condenadas pela miséria,

falta de educação e de oportunidades. No entanto, se havia um ganho

importante ao olhar para trás, era também visível, inegável e urgente

atender outras demandas do presente. E assim, a partir dos 8 ODMs se

fundamentaram os 17 ODSs e suas 169 metas globais distribuídas em 15

anos de ações, um prazo que expira em 2030. Agora, além de erradicar

a extrema pobreza, os esforços também se direcionam para o combate à

desigualdade e a contenção das mudanças climáticas.

Neste contexto, a Associação Empresarial de Brusque, que em

2019 comemora seus 85 anos de fundação, não se isenta de participar

deste processo. Ao contrário. A entidade, como em toda a sua história,

segue na vanguarda do desenvolvimento, agora bastante vinculado à

Indústria 4.0 e o seu progresso que não esgota os recursos para o futuro.

Ecoponto

Em 2014, último ano de vigência dos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio, a ACIBr, através do Núcleo de Gestão

Ambiental, lançou o Ecoponto, um projeto que deu certo e continua

até hoje. De acordo com a consultora do Núcleo, Rose Civinski, a ideia

surgiu de maneira informal durante uma reunião. “Não havia nenhum

lugar em Brusque para se fazer o descarte correto de materiais como

pilhas, baterias, pneus e aparelhos elétricos e eletrônicos”, recorda.

Hoje membro do Núcleo de Gestão Ambiental, o empresário

Valter Floriani lembra bem deste momento. “Havia uma insatisfação

das empresas que pertenciam ao Núcleo porque não havia como fazer

a disposição final destes resíduos. O caminhão de lixo comum não

16 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


Além de estimular o descarte correto, o Ecoponto também contribui com

a educação ambiental e envolve estudantes no projeto

Duas vezes por ano, o Núcleo de Gestão Ambiental realiza edições

do Dia D Ecoponto, nas dependências do Sesc

recolhia e os materiais se acumulavam pela cidade, gerando poluição

visual e, sobretudo, ambiental. Foi assim que surgiu a ideia de fazer o

Ecoponto”, explica.

Segundo ele, a ação tem duas frentes de trabalho. A primeira

é minimizar o impacto ambiental através da coleta desses resíduos,

dando o destino correto para cada um deles. E, a segunda, é oferecer um

trabalho socioambiental, estimulando a conscientização das pessoas no

descarte desses materiais.

Além de ser um profundo motivador do Dia D Ecoponto, que

durante muitas edições foi realizado no estacionamento do Centro

Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) e hoje acontece

duas vezes por ano nas dependências do Serviço Social do Comércio

(SESC), Valter Floriani abriu a sua empresa para que a iniciativa

tivesse um endereço permanente. Desde então, a Cidade Limpa (Rua

Alberto Knop, n° 400, Souza Cruz) é a sede do Ecoponto em Brusque.

De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h e das 13h às 17h, podem

ser deixados gratuitamente no local pilhas, baterias, pneus, eletro e

eletrônicos. Apenas as lâmpadas têm o custo de R$ 1 a unidade por

conta da empresa que faz o descarte final do produto. Vale ressaltar que

a Cidade Limpa e o Núcleo de Gestão Ambiental não possuem nenhuma

fonte de recursos vinculada ao projeto.

“Nosso Ecoponto foi desenvolvido através de um projeto embasado

na legislação. As cláusulas estabelecem que o local deva ser fechado,

sem acesso de pessoas e animais, coberto e impermeável. Entre todas as

empresas que compõem o Núcleo de Gestão Ambiental, apenas a Cidade

Limpa teria condições de acolher a iniciativa. Então cedi um espaço

na empresa que, inclusive, já estava preparado para esta ambientação.

Apenas cercamos o acesso que é coberto, protegido e atende as normas

ambientais”, detalha Floriani.

Talvez só quem viva de forma muito intensa os preceitos da

sustentabilidade possa olhar para o seu negócio com a impressão

de que é possível fazer ainda mais. Assim, dois anos depois da

instalação, Floriani decidiu licenciar o Ecoponto junto à Fundação

Municipal do Meio Ambiente (Fundema). “Pagamos o engenheiro

e todas as taxas envolvidas. Hoje temos um projeto de Ecoponto

licenciado pelos órgãos ambientais o que, até onde sei, é inédito na

região. Temos certificação municipal, estadual e federal”, enfatiza.

Eu Ajudo na Lata

Ainda em 2014, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)

lançou mais um projeto sustentável – e também solidário – que

permanece em execução até hoje. O “Eu Ajudo na Lata” é uma iniciativa

da Unimed Brusque que ganhou a parceria da entidade, o apoio de outras

organizações e o envolvimento de toda a comunidade.

Receptividade

Apenas nas edições de Dia D Ecoponto até 2018 foram recolhidas

mais de oito mil lâmpadas, oito mil toneladas de aparelhos elétricos e

eletrônicos, mais de 100 pneus e grande quantidade de pilhas e baterias.

Nas primeiras edições, conforme lembra Floriani, o movimento foi

tímido, até pelo desconhecimento da população. Mas, com a divulgação

do projeto e, principalmente, com a informação sobre o dano ambiental

decorrente do descarte incorreto, a população começou a aderir. Com

um local apropriado para recolher todo este material de forma gratuita,

simplesmente se esgotaram as justificativas de depositar esses resíduos

em lixo comum ou acumular em algum canto do terreno ou da casa.

“A participação hoje é ativa e a cada edição do Dia D Ecoponto

percebemos um aumento de público, através do volume de materiais

descartados. Agora se um projeto como esse é interrompido, ele cria

um vácuo na sociedade, até porque já se estabeleceu esta participação

bastante significativa”, observa.

Conforme esclarece Floriani, na sede do Ecoponto a movimentação

não é tão intensa. Ainda assim, todo o material é recebido e catalogado.

Para quem solicita, uma declaração é emitida, confirmando que os

produtos foram deixados no local. Apenas não há emissão de Nota

Fiscal, até porque não é uma operação que envolve cobranças e nem é

objetivo da Cidade Limpa comercializar esses resíduos.

“Não fizemos a destinação final. O local funciona apenas como

depósito temporário, onde os produtos são armazenados conforme a

legislação exige. Quando há um volume significativo nós chamamos

as empresas responsáveis pelo descarte correto, que são, inclusive,

auditadas e licenciadas por nós, garantindo a sustentabilidade do

projeto”, ressalta Floriani.

A reciclagem de lâmpadas acontece em Balneário Camboriú.

Já as pilhas e baterias se integram ao material também utilizado pelas

indústrias Renaux View e Fischer SA, que se encarregam de enviar

os resíduos para São Paulo, pois não há nenhuma empresa que faça

este descarte correto no sul do Brasil. Os eletros e eletrônicos são

encaminhados para Florianópolis e, os pneus, permanecem em Brusque:

depois de triturados se transformam em combustível para a indústria

cimenteira.

O objetivo é recolher os lacres de alumínio de latinhas de

refrigerante, cerveja, sucos, entre outros, vender para empresas de

reciclagem e, com o valor angariado, comprar cadeiras de rodas para

pessoas carentes e especiais. “Nestes cinco anos de projeto, sete mil

quilos de alumínio deixaram de circular no meio ambiente e permitiram

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

17


ESPECIAL

a compra de nove cadeiras de rodas adaptadas,

que tem um custo bastante elevado, pois são

desenvolvidas a partir da necessidade de cada

pessoa”, conta a consultora de Núcleos da ACIBr,

Rose Civinski.

A gestora de Responsabilidade Social da

Unimed Brusque, Camile Rebeca Bruns, reforça

que o foco do projeto é proporcionar acessibilidade

para pessoas com deficiência de baixa renda.

Até o momento, todos os beneficiados pelo “Eu

Ajudo na Lata” não tinham cadeira de rodas ou

o recurso não era adequado para a sua condição.

“Esta escolha vem através de uma avaliação sócioeconômica

da família. Já foram beneficiados

usuários das Apaes de Brusque e Guabiruba, bem

como da Escola Charlotte”, afirma Camile.

Pelo caminho, apenas sorrisos de gratidão e

histórias inspiradoras. A cada novo beneficiado,

um universo de superação se apresenta, relevando

pessoas criativas, que driblam as limitações

diárias e não perdem a esperança no amanhã. E,

através do “Eu Ajudo na Lata”, a cadeira de rodas

adaptada assumia a forma de alegria, embaladinha

como presente. Daquele momento em diante, a

lida permanente passou a ser mais leve, prática,

confortável e acessível.

Inspiração

Entre tantas histórias vividas e contadas

através do “Eu Ajudo na Lata” vale lembrar de

dois meninos especiais, que roubaram a cena dos

noticiários de Brusque e região em junho de 2017.

Pedro Cysne da Silva, na época com nove

anos, morava em Florianópolis e ouviu seu

tio contar que, com cinco garrafas pets cheias

de lacres de alumínio era possível comprar

uma cadeira de rodas. Intrigado com a notícia,

começou ali mesmo a recolher os primeiros

lacres disponíveis. Depois, formou parcerias com

donos de mercadinhos e outros estabelecimentos

próximos de casa. Foi então que descobriu que a

informação estava errada: uma cadeira de rodas

dependeria da arrecadação de não apenas cinco,

mas de 100 garrafas pets! “Preciso aumentar a

minha rede”, pensou o menino, na época, sem se

abalar com a notícia. Familiares, amigos, a escola

e toda a comunidade se envolveram nesta grande

corrente do bem. Garçons passaram a recolher os

lacres de diversos restaurantes da capital do Estado

motivados pelo bom coração de Pedro.

Desta forma, naquela tarde fria de junho,

em 2017, dois anos e 10 meses depois de iniciar

este trabalho de formiguinha, o menino visitou a

sede da Apae Brusque e, com um sorriso largo,

fez a entrega de 100 garrafas pets abarrotadas de

lacres de alumínio. Na oportunidade, ele também

conheceu o Kauã, o sexto beneficiado pelo projeto

“Eu Ajudo na Lata”.

Beneficiados

Edson Francisco Furquim

Em 2015, quando tinha 24 anos, Edson

foi o primeiro contemplado pelo projeto

“Eu ajudo na Lata”. Na época ele não tinha

cadeira de rodas e utilizava uma da Apae de

Brusque, como empréstimo. Segundo sua

mãe, Maria Juvenir Furquim, Edson nasceu

com falta de oxigenação no cérebro, o que

provocou deficiência física e intelectual.

Marise Polli

A segunda beneficiada do

“Eu ajudo na Lata” recebeu sua

cadeira de rodas adaptada também

em 2015, quando tinha 24 anos.

Vinculada à Apae de Guabiruba,

Marise tem paralisia cerebral e

também disfunções relacionadas

ao nervo ciático.

Daiane Cardoso Ribeiro

Ex-aluna da Apae de Brusque,

em 2016, aos 17 anos, Daiane

passava boa parte do seu dia em

uma cadeira de plástico revestida

com uma colcha. A paralisia

cerebral, que comprometeu seu

desenvolvimento cognitivo e

motor, não a impediu de sorrir ao

ganhar sua primeira cadeira de

rodas, feita sob medida, conforme

sua necessidade.

Nayane Monteiro dos Santos

Em abril de 2016, a exaluna

da Escola Charlotte

também ganhou uma cadeira

de rodas adaptada. Até então, a

família utilizava um carrinho de

bebê para transportar a menina

que, na época, tinha quatro anos

e o diagnóstico confirmado de

Síndrome de Rett.

18 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


Daniela Lessa Antunes

Richard Gustavo Teske

No ano passado, quando

tinha 18 anos, foi o sétimo

contemplado com uma

cadeira de rodas adaptada.

Aluno da Escola Charlotte,

ele nasceu com falta de

oxigenação no cérebro e,

desde cedo, apresentou atraso

no desenvolvimento motor,

além de convulsões.

Também acometida pela paralisia cerebral,

Daniela recebeu sua primeira cadeira de rodas em

2016, através do projeto “Eu Ajudo na Lata”. Sem

condições financeiras para a compra do equipamento,

a família era só gratidão pela conquista, que contribui

com a acessibilidade e inclusão da menina.

Kauã Cesário dos Passos

Davi Matulle Cesaro

Em 2018 a sorte também

sorriu para Davi, que ganhou

sua primeira cadeira de rodas

própria. Com deficiência

múltipla, ele melhorou a

qualidade de vida já que,

até então, passava muito

tempo deitado ou no colo de

familiares e amigos.

Em junho de 2017 foi a vez do pequeno Kauã ser

contemplado com uma cadeira de rodas adaptada. Portador

de paralisia cerebral, ele passou a contar com melhores

condições de saúde e postura a partir da doação. No final de

2018 ele passou por uma cirurgia nas pernas, que minimizaram

seu problema de atrofia. Mais forte e saudável, hoje a família

celebra a evolução do menino.

Wellington Guilherme

Lima Silva

Também vítima de paralisia

cerebral, foi contemplado pelo projeto

“Eu Ajudo na Lata” em 2018, quando

tinha 9 anos. Graças a campanha, ele

agora segue a vida com melhoras na

postura e mais acessibilidade ao sair de

casa.

TerraCyclo

A Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) integra o Comitê

dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, por esta razão,

desde o início do ano é também parceria da ONG TerraCyclo, através

do projeto “Sustentabilidade na Ponta do Lápis”. Assim, quem chega no

Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) ou mesmo

na própria sede da ACIBr, já encontra uma caixa onde podem ser feitas

doações de todo tipo de material de escrita que não se usa mais.

“É uma campanha lançada pelo movimento nacional dos ODS,

que o Comitê de Brusque também abraçou. Desde o mês de março

os signatários estão estimulando a coleta de canetas, lápis, lapiseiras,

canetinhas, lápis de cor, entre outros, que não são mais utilizados. Todo

este material é encaminhado para a TerraCycle, com sede em São Paulo,

que faz a separação dos produtos e recicla”, conta a consultora da ACIBr,

Rose Civinski.

A grande vantagem da parceria é que a cada 12g de material

entregue, a TerraCycle doará R$ 0,02 para uma escola ou entidade

sem fins lucrativos. Ou seja, além de permitir um descarte correto

do material, existe a possibilidade de contribuir com um projeto que

estimula a educação.

Hoje, todos os signatários brusquenses fazem parte dos pontos de

coleta dos materiais: são 26 empresas e organizações e quatro pessoas

físicas. Criado em maio de 2016, o Comitê Municipal de Brusque

amplia a mobilização, discussão e propõe meios de implementação para

os ODS, que contemplem medidas efetivas para alcançar as metas da

agenda 2030, aprovada pelos 193 países membros da ONU durante sua

70ª Assembleia Geral, realizada em setembro de 2015, em Nova York, e

do qual o Brasil faz parte desde então.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

19


RECONHECIMENTO NACIONAL

Susymeri Ogliari (centro) com o secretário de Estado de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Leandro Antônio Soares Lima; o gerente comercial da

Tecelagem Atlântica, Edson Rubem Müller; outro empresário catarinense reconhecido; e o gerente laboral do Complexo Penitenciário, Paulo César

Morais, durante a entrega do Selo Restaga 2019

Incentivo para

uma segunda

chance

Conheça mais sobre o trabalho com apenados, realizado pelas empresas

Porto Franco e Irmãos Fischer S.A, que receberam certificação nacional e

oferecem novas oportunidades de vida a detentos

20 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


No mês de maio foi realizada em Brasília a entrega

do Selo Nacional de Responsabilidade Social

pelo Trabalho no Sistema Prisional, o ‘Selo

Resgata’, iniciativa do Governo Federal desde

2017 que reconhece empresas, órgãos públicos

e empreendimentos que contratam presos, egressos do sistema

prisional e pessoas que cumprem penas alternativas no país.

No total, este ano 198 empresas de caráter público e privado

receberam a certificação, entre elas duas empresas da região de

Brusque, que integram a Associação Empresarial (ACIBr): a

Indústria Têxtil Porto Franco, certificada pela primeira vez, e a

Irmãos Fischer S.A, contemplada com o selo pelo terceiro ano

consecutivo.

O evento contou com a participação do ministro da Justiça e

Segurança Pública, Sergio Moro, o diretor-geral do Departamento

Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon, além do

secretário de Estado de Justiça e Cidadania de Santa Catarina,

Leandro Antônio Soares Lima.

Pioneirismo

A pioneira nos trabalhos de ressocialização com os apenados

em Brusque foi a Irmãos Fischer, que já recebeu três certificações

do Selo Resgata: em 2017, onde foi a primeira empresa de Santa

Catarina a ter o reconhecimento; em 2018; e agora novamente

em 2019.

De acordo com o diretor industrial da Cia Irmãos Fischer,

Norival Fischer, a iniciativa da implantação da indústria nas

unidades prisionais surgiu a partir do convite dos juízes Dr.

Edemar Leopoldo Schlosser, Dr. Cláudio Valdyr Helfenstein, que

atuou na comarca do município, e da promotora de Justiça, Dra.

Suzana Carnaúba, logo após a inauguração da Unidade Prisional

Avançada (UPA) de Brusque, em 2009. A possibilidade foi

uma alternativa encontrada pela empresa, já que ocupa o tempo

ocioso dos detentos, auxilia na linha de produção, incentiva os

apenados na remissão de pena a cada três dias de trabalho, além

da oportunidade de capacitação e futuras novas oportunidades de

vida.

Desde então a Irmãos Fischer passou a investir em duas

unidades prisionais para oferecer a estrutura suficiente e adequada,

conforme todas as normativas de trabalho e segurança, para a

realização de trabalhos com detentos. “Em nossa região acredito

que a Fischer foi uma das primeiras indústrias a implantar esse

sistema. O apenado é um cidadão como qualquer outro e ele está

preparado para fazer qualquer atividade, já que tem seu tempo

ocioso, mas desde que se ofereçam condições e estrutura”,

comenta.

Aos os que merecem, a

sociedade deve oportunizar

trabalho e educação. E todo

ser humano precisa de uma

segunda oportunidade

Norival Fischer, diretor industrial da Cia Irmãos Fisher e

presidente do ComumBrusque

Em 2017 o diretor esteve em Brasília, no Congresso

Nacional, onde falou sobre a iniciativa, em reunião com o então

ministro Torquato Lorena Jardim, que posteriormente esteve em

Brusque em visita à UPA da cidade, e conheceu in loco como o

sistema de trabalho funciona no espaço. “Na época conversamos

com o ministro para que houvesse um incentivo para as empresas,

para que se quebrasse essa rejeição de trabalho com apenados e

logo depois surgiu o Selo Resgata”, detalha Fischer.

Mudança de olhar

Atualmente a Irmãos Fischer tem o trabalho de apenados no

Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Itajaí, e na UPA de

Brusque. Em torno de 170 apenados, somando as duas unidades,

trabalham para a empresa, que possui mais de 700 colaboradores.

Entre as ações, os presos produzem diversas atividades laborais,

como montagem do fogão de quatro bocas, caixa de acessórios,

churrasqueira, painel eletrônico de fornos elétricos, entre

outras. “De lá o produto é conferido e enviado ao estoque para

a distribuição. O sistema na unidade prisional tem que funcionar

da mesma forma que dentro da empresa. E como a Fischer é uma

empresa certificada, procuramos cumprir todas as regras para que

o produto possa ser certificado também, quando é feito dentro do

sistema prisional”, explica.

Para Fischer o Selo Resgata é um importante reconhecimento,

mas em especial um incentivo para as empresas mudarem suas

perspectivas perante os trabalhos de produção dentro do sistema

prisional. “Que o sistema empresarial brusquense olhe para

o sistema prisional, com outros e bons olhos. Existem várias

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

21


RECONHECIMENTO NACIONAL

Norival Fischer (centro) ao lado do então ministro Torquato Lorena Jardim, em 2017, durante a entrega do Selo Resgata, quando a Fischer

recebeu pela primeira vez o reconhecimento nacional

É uma gratidão enorme

criarmos esse ambiente

favorável, em especial

fazendo com que essas

mulheres tenham outros

planos após cumprirem

a pena

Susymeri Ogliari, diretora Executiva do

Grupo Atlântica

atividades na sociedade brusquense que poderiam ser muito bem implantadas e

utilizadas com a mão de obra dos apenados. Esses homens e mulheres, que estão

recolhidos da sociedade, são mantidos por nós, através dos tributos que pagamos.

Então, porque não reverter esse processo, fazer com eles produzam para a

sociedade? Resolver o problema não é possível, mas amenizar sim. Temos que ser

muito perseverantes, é uma busca contínua”, considera o diretor, que há nove anos

também é presidente do Conselho Municipal da Comunidade - ComumBrusque,

onde também representa a ACIBr. Além disso, Fischer integra o Conselho Estadual

da Comunidade de Santa Catarina. “Assim como na sociedade de modo geral, nos

presídios temos pessoas boas e ruins e o trabalho é uma força de amenizar o tempo

ocioso. Nem todos merecem, mas aos que merecem a sociedade deve oportunizar

trabalho e educação. E todo ser humano precisa de uma segunda oportunidade”,

complementa.

Mulheres em destaque

Outra empresa da região de Brusque a ser contemplada com o Selo Resgata e

que se tornou inspiração é a Indústria Têxtil Porto Franco, das lojas Porto Franco e

Sufalu, com sede em Botuverá, e que integra o Grupo Atlântica.

De acordo com a diretora Executiva do Grupo, Susymeri Ogliari, o início dos

trabalhos com os apenados deu-se após uma reunião da própria ACIBr, no final de

2015, onde o diretor industrial da Irmãos Fischer apresentou o projeto realizado pela

empresa e na época falou sobre os benefícios do mesmo.

Em seguida o Grupo Atlântica visitou o presídio feminino de Itajaí, onde

conheceu a estrutura e as necessidades do local, bem como iniciou os trâmites para

a implantação de um setor de costura no mesmo, que passou a funcionar no início

de 2016 no local. A unidade de Itajaí foi a primeira a ter detentas trabalhando para

a Porto Franco. “Não tiramos mão de obra da empresa, conseguimos suspender a

importação de produtos acabados de uma linha que comprávamos muito, trazendo

apenas matéria prima e industrializando na unidade prisional. Foi algo que nos

deixou muito feliz”, comenta Susymeri.

Em seguida, foram montadas células de produção no presídio de Tijucas e

22 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


mais recentemente, em 2018, no presídio de Blumenau.

Atualmente, 46 pessoas fazem parte da produção da Porto

Franco no presídio feminino de Itajaí, 12 em Tijucas, e

18 em Blumenau. Além disso, uma célula de produção da

empresa Atlântica funciona na UPA de Brusque e conta com

o trabalho de 14 apenados.

Em ambos os presídios são realizados processos de

acabamento e finalização de produtos nas áreas de costura,

embalagem, e outras, onde os apenados também possuem

metas de produção a cumprir, assim como na própria empresa.

“Hoje mandamos para as unidades prisionais trabalhos

simples, mas acredito que ao longo dos anos isso possa evoluir

e se aperfeiçoar, com outras atividades”, destaca Susymeri.

Entre as 198

Em relação ao Selo Resgata, a diretora Executiva do

Grupo Atlântica, que participou da cerimônia de entrega da

certificação, declara que para a empresa ter o reconhecimento

foi uma honra, em ver que o trabalho que transforma vidas

na região possa servir de inspiração para demais empresas

e locais do país. “Nos sentimos privilegiados de estarmos

entre as demais empresas reconhecidas e o que também

nos deixou felizes foi ver que Santa Catarina está muito

bem representada, com empresas engajadas nesse processo.

Fazemos muitas coisas em prol do bem e, quando nos

envolvemos e vimos que este é um projeto grande, do Governo

Federal, que pretende alcançar mil empresas certificadas no

próximo ano, é ainda mais realizador”, pontua.

Além disso, para ela ter a oportunidade de utilizar o

trabalho para a transformação de perspectiva de vida, em

especial de mulheres, é ainda mais engrandecedor. “É uma

gratidão enorme criarmos esse ambiente favorável, em

especial fazendo com que essas mulheres tenham outros

planos após cumprirem a pena, que não seja a opção de voltar

para o crime. Sabemos que há necessidade de se cumprir a

pena, mas também é muito significativo saber que estamos

gerando novas oportunidades”, salientou.

Novos produtos

Uma das novidades para este ano, a partir do mês de

agosto é disponibilidade de produtos exclusivos produzidos

nas unidades prisionais, que estarão presentes nas 23 lojas do

Grupo Atlântica. “A empresa cede, sem compromisso, matéria

prima e as detentas estão fazendo amostras. Cadastramos

dez itens, criamos uma padronização, uma marca, e elas vão

produzir essas peças, que serão cedidas para comercialização.

Serão caminhas, almofadas, travesseiros, enfim, produtos

feitos de materiais ecológicos e pelas mãos das apenadas”,

comenta Susymeri. O objetivo é utilizar a ocupação das

mulheres no presídio e estimular o lado criativo das mesmas

em prol do bem, na confecção das peças.

Saiba mais

Criado pela Portaria 630, de 3 de novembro de 2017, o Selo Resgata

é uma estratégia do Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

para dar visibilidade positiva para as entidades que colaboram com a

reintegração social de apenados com a oferta de vagas de trabalho.

A iniciativa está no rol da Política de Promoção e Acesso ao Trabalho

no âmbito do Sistema Prisional. Entre os critérios as empresas

precisam possuir em seu quadro de colaboradores presos provisórios

ou condenados no regime fechado, semiaberto, aberto, domiciliar,

internado, cumpridor de penas alternativas ou egressos, na proporção

mínima de 3% (três por cento) do total de quadro de empregados.

(Fonte: site Governo Federal).

Fique por Dentro!

De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Prisional

e Socioeducativa de Santa Catarina, o preso que está trabalhando

tem interesse em se manter na função não somente pela

remuneração, mas pelas características de terapia ocupacional

que a atividade laboral proporciona. A remuneração mínima

prevista na Lei de Execução Penal (LEP) é de 3/4 do salário mínimo.

No entanto, nos convênios com o sistema prisional catarinense, as

empresas pagam um salário mínimo inteiro. 75% desse valor ficam

para o detento e 25% vão para o Fundo Penitenciário Estadual - e

a verba é utilizada na manutenção da própria unidade prisional. O

valor recebido pelo preso fica em uma conta poupança e poderá

ser retirado quando for liberado ou pode ser repassado aos seus

familiares ou advogados, mediante autorização. Além disso,

também como prevê a LEP, a cada três dias trabalhados o preso

tem redução de um dia de pena.

Por outro lado, as empresas conveniadas ficam dispensadas

do pagamento de 13º salário, FGTS, INSS, aviso prévio, bem

como alguns impostos e outros benefícios trabalhistas. Como

contrapartida, investem na estrutura das oficinas de trabalho

dentro das unidades prisionais e essas benfeitorias poderão ficar

na unidade prisional se ocorrer rescisão do contrato de trabalho.

(Fonte: Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa).

Sobre o ComumBrusque

As reuniões do Conselho da Comunidade de Brusque acontecem

todas as terceiras quintas-feiras do mês. O Conselho também

realiza visitas, junto com representantes do Poder Judiciário,

todas as primeiras quartas-feiras do mês nas unidades prisionais.

Além disso, uma comissão do Conselho também visita toda

a semana as unidades profissionais. Integram o Conselho

representantes do Judiciário, promotores e representantes da

sociedade civil.

PORTOS

RODOVIAS

FERROVIA

HIDROVIAS

USINAS

EÓLICA

SOLAR

HIDRELÉTRICA

www.solucoesprime.com

INDÚSTRIA

AEROPORTO

LINHAS DE

TRANSMISSÃO

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

SEGURANÇA

PÚBLICA

VAREJO

CONSTRUÇÃO

CIVIL

TI

PROJETOS

ESPECIAIS

047 3355.1105 23

comercial@solucoesprime.com


EVENTO

O evento surpreendeu os organizadores diante do número de participantes: mais de 300 pessoas levaram seus pets para a Cãominhada

Cãominhada

Social

1ªEvento realizado pelo Núcleo de Agropecuárias e Pet Shops

reuniu mais de 300 pessoas e seus pets

Os participantes

partiram do pátio da

Apae Brusque com

destino ao Centro

Empresarial, pela

avenida Beira Rio

24 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


Integrantes do Núcleo de Agropecuárias e Pet Shops da ACIBr

Pink e Pandora também marcaram presença com

seus tutores no evento promovido pelo Núcleo da

ACIBr

O borzoi Orlof foi pura elegância na

1ª Cãominhada e despertou atenção

de muitos participantes

Adriana Piran aproveitou a oportunidade

para passear com sua Lady, que resgatou

de maus tratos há três anos e também

ajudar as ONGs de proteção aos animais

com a doação de ração

A

manhã de domingo, 16 de junho, reservou um

momento de pura sintonia entre as mais de

trezentas pessoas e seus cãezinhos, que atenderam

ao convite do Núcleo de Agropecuárias e Pet

Shops da Associação Empresarial de Brusque

(ACIBr) e participaram da 1ª Cãominhada Social.

A concentração dos participantes aconteceu no pátio da Apae

Brusque, o primeiro momento de socialização entre cães de diversas

raças e tamanhos, e de seus donos, que aproveitaram o momento para

trocar ideias, informações e ainda doarem ração para auxiliar ONGs que

atuam nos cuidados com animais.

A Cãominhada teve início às 10 horas, pela avenida Beira Rio e

seguiu até o estacionamento do Centro Empresarial, Social e Cultural

de Brusque (CESCB), onde os participantes aproveitaram para hidratar

seus pets, receber dicas importantes sobre vacinação e cuidados com os

animais e ainda concorrer a diversos prêmios que foram sorteados.

Karina Martins participou da Cãominhada com Pink e Pandora,

ambas com pouco mais de um ano, e avaliou como muito positiva a ideia

do evento. “Tomara que este evento continue e seja realizado mais vezes

no ano, porque além de ajudarmos com a doação de ração, aproveitamos

o passeio com elas”, comenta.

Adriele Guimarães e Romário Eleutério também marcaram

presença no evento, com a Wendy, de três anos, e Sadan, de três meses.

Eles souberam do evento porque Adriele trabalha em um pet shop e na

hora se programaram para participar. “É um evento muito interessante e

a expectativa agora é para que ocorram mais edições”, enfatiza Adriele.

Amor aos animais

As amigas Bruna Benvenutti e Fernanda Fantini participaram do

evento com seus pets Summer e Tobias, de quatro meses e oito anos,

respectivamente. Para elas, a ideia da Cãominhada foi sensacional, pois

ao mesmo tempo em que enaltece o amor de seus donos por seus pets,

ainda conta com a parte social, que é a doação de ração para ONGs que

trabalham com animais de rua.

Orlof, de cinco anos, foi pura elegância durante a 1ª Cãominhada,

ao lado de Tamara Zierke de Souza. “Ele adora passear e precisa se

movimentar sempre. Penso que este evento é muito legal, temos bastante

ONGs que precisam de ajuda e é uma forma social de promovermos a

interação e boas energias entre os cães e ao mesmo tempo ajudarmos os

cãezinhos de rua”, avalia.

Adriana Piran fez questão de participar com sua Lady, pet que

adotou há três anos. Além dela, Adriana tem outros dois cães. “A Lady

estava muito debilitada quando nós a adotamos e hoje ela está conosco e

com a Tiger e a Sofia, recebendo carinho e toda atenção que merecem.

É por isto que fiz questão de participar, porque muitos animais precisam

de ajuda e vemos quantas pessoas ainda prezam pelos animais”, conta.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

25


EVENTO

Quatro entidades de proteção aos animais foram beneficiadas com a 1ª Cãominhada e receberam doação e ração para cães e gatos

Causa Social

De acordo com a coordenadora do Núcleo, Andressa Zimmermann

Tonieto, o resultado do evento foi extremamente positivo na avaliação do

grupo. “É uma honra para nós realizarmos este evento em tão pouco

tempo de Núcleo, já que constituímos o grupo em fevereiro deste ano,

apesar das reuniões já acontecerem desde setembro de 2018. Este era

o primeiro projeto social do Núcleo, com o objetivo de conscientizar a

população, principalmente quanto aos cuidados com os pets. Sabemos

que nossa cidade tem bastante amor pelos animais, principalmente por

cachorros e gatos. Nossa expectativa era reunir cerca de 300 pessoas

e estamos muito felizes com o resultado, pois todos foram bastante

receptivos”, revela.

“A Cãominhada foi um sucesso. Uma oportunidade para que o

tutor possa passear com o seu cachorro, que também precisa sair de casa

para ter o equilíbrio do corpo e mente. Tem muita gente que pensa que

não tem problema confinar o animal em casa, mas ele precisa ter esta

vida ao ar livre”, comenta o vice-coordenador do Núcleo, José Antônio

Gesser.

Antes e durante o evento foram arrecadados mais de uma tonelada

de ração para gatos e cachorros, destinada para quatro entidades de

proteção animal com sede em Brusque e Guabiruba. A entrega das

doações foi realizada às entidades na noite de 27 de junho, no hall do

Centro Empresarial.

Segundo o integrante do Núcleo de Agropecuárias, Felipe Langaro

Gandin, a ideia de aliar uma causa social ao evento foi bem aceita

pelos organizadores, até porque existem entidades de proteção animal

que dependem do apoio comunitário para a manutenção do serviço.

“As pessoas também aprovaram esta possibilidade de ajudar e foram

vendidas todas as camisetas. A intenção é que o evento se repita mais

uma vez ainda este ano”, afirma Felipe.

Sem direcionamento na escolha das entidades, a divisão da ração

aconteceu conforme a quantidade de gatos e cachorros acolhidos em

cada instituição. O Núcleo de Agropecuárias inclusive informa que caso

existam outras iniciativas desta natureza, que também se beneficiariam

com a doação de ração, podem entrar em contato com a ACIBr e se

cadastrar para as próximas edições do evento.

“As ONGs são importantes porque trabalham de forma bastante

intensa para ajudar esses animais que são abandonados em grandes

números. Alguns ficam acolhidos em casas de voluntários. Outros,

em local próprio. Por isso é tão necessário se envolver e colaborar”,

completa o vice-coordenador do Núcleo, José Antônio Gesser.

Entre as entidades de proteção estava a Associação Regional de

Bem-Estar Animal (Arba), representada pelo voluntário Cesar Rubik.

Com sede alugada na região do Moura, a instituição acolhe cerca de

60 cachorros e depende de doações para o funcionamento. “A minha

esposa e eu começamos a ajudar o fundador há alguns meses. Ele é

aposentado, vive apenas com um salário mínimo. Mas é uma pessoa

muito boa, que merece este apoio da comunidade”, afirma Cesar, que

comemorou o volume de rações que vai alimentar os animais acolhidos

pelos próximos dias.

Eder Leite é fundador da ONG Protetores de Animais

Independentes de Brusque (Paib), que ficou mais conhecido após

seu canil, em um sítio da Rua São Pedro, ser incendiado no ano

passado. Agora a entidade mantém sede própria em Botuverá,

onde vivem cerca de 100 cachorros. E, na casa de Eder, no bairro

Limeira, estão mais 10. “Não gosto de pedir lar temporário para

as pessoas. Prefiro levar na clínica veterinária e depois ficar

cuidando até encontrar um dono. Com a doação recebida hoje já

consigo respirar um pouco”, diz ele, que é brusquense e precisou

abandonar o ofício de servente de pedreiro há dois anos para se

dedicar aos animais abandonados.

Kelly Cristine Stricker é presidente da Pata, a ONG de cuidado e

defesa animal em Guabiruba, fundada há quatro anos. Além de acolher

gatos e cachorros abandonados, os voluntários também fazem um

trabalho de conscientização nas escolas e nas redes sociais. Chegaram,

inclusive, a instalar placas pelo município, incentivando à adoção.

“Encontramos animais pelas ruas que estão debilitados, são vítimas de

atropelamentos ou maus-tratos. Fazemos então apelo para encontrar

lares temporários ou alguém que adote de forma permanente”, explica

Kelly.

Moacir Giraldi foi o representante da Acapra, que completou

recentemente 20 anos de atuação em Brusque. “Quero parabenizar o

Núcleo pelo evento que disponibilizou esta doação para as ONGs que

tanto precisam de ajuda. Hoje a Acapra passa por uma transição, com

a eleição de nova diretoria, mas mantém seu trabalho em busca de lares

temporários e no projeto de castração”, destaca.

26 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


ARTIGO | NÚCLEO DE EMPRESAS CONTÁBEIS

JUCESC Digital:

a novidade do momento

A

evolução dos processos exige de empresários e

contadores constante atualização e modernização

dos seus sistemas e meios de trabalho.

Assim foi com as declarações entregues à

Receita Federal, a implantação da Nota Fiscal

Eletrônica, interligação digital entre clientes e escritório de

contabilidade na busca e entrega de documentos, processamento

digital nas diversas esferas da Justiça, entre muitas outras.

Agora chegou a vez da Junta Comercial do Estado de Santa

Catarina que está implantando a tramitação totalmente digital de

processos e de livros fiscais e contábeis, eliminando as etapas de

protocolo, distribuição, expedição e guarda física de documentos

nos processos de registro mercantil.

Com a implantação do processo digital na JUCESC, teremos

vários benefícios, tais como:

- o usuário do sistema não precisa mais se deslocar até um

escritório da JUCESC;

- o protocolo é realizado automaticamente pela INTERNET;

- a distribuição dos processos é feita de forma automática aos

analistas da JUCESC de todo o Estado de Santa Catarina;

- o tempo de análise e homologação dos processos digitais

pela JUCESC foi reduzido para 3 dias úteis e 10 dias úteis para

processos colegiados e físicos;

- após análise e homologação pela JUCESC o processo é

devolvido de forma digital via e-mail;

- o armazenamento dos processos em formato digital,

reduzindo o custo de impressão e guarda de documentos;

- compactação de etapas processuais.

Uma boa novidade que certamente trará agilidade e reduzirá

custos, diminuindo a burocracia na abertura e alterações de

empresas, bem como no registro dos livros mercantis.

O processo de assinatura digital possui um sistema próprio,

prático e de fácil acesso, tornando o processo muito ágil.

As informações e instruções sobre o processo digital na

JUCESC encontram-se no site: http://www.jucesc.sc.gov.br/index.

php/servicos/jucesc-digital.

O Sistema já está em pleno funcionamento, mas não para

todos os processos. Aqueles mais complexos, que exigem análise

colegiada, ainda são enviados de maneira física.

Chama-se a atenção dos operadores do sistema JUCESC

DIGITAL no sentido de que a exigência de assinatura digital que

deve constar nos atos levados a registro é a mesma que para os

atos físicos, inclusive do advogado. Ou seja, quem deve assinar

digitalmente são os mesmos assinantes de um processo físico, que

será identificado no Requerimento Eletrônico. Já o Instrumento

Contratual e documentos auxiliares deverão ser assinados por todos

os sócios.

Todos os sócios devem ter certificado digital – E-CPF,

podendo ser do tipo A1 ou A3 token ou cartão, para poder assinar

os instrumentos contratuais. Há a possibilidade de assinatura por

procuração, porém esta não é aconselhável.

Uma vez que sua assinatura digital foi aposta nos instrumentos

contratuais, o assinante não pode alegar desconhecimento daquilo

que neles consta.

Além disso, ressalte-se a necessidade de cuidado especial com

a guarda do e-CPF, pois sempre há riscos de mau uso, ao delegar

sua guarda a terceiros.

Os processos digitais vieram para ficar. Então, a nós cumpre

nos adaptarmos e tirar o melhor proveito dos sistemas, agilizando

os processos e reduzindo custos.

Junta Comercial passa a realizar atendimento

na Sala do Empreendedor

O escritório regional da Junta Comercial do Estado de Santa

Catarina (Jucesc), que funcionava anexo à sede da Associação

Empresarial de Brusque (ACIBr) há mais de duas décadas, desde

o dia 4 de julho passou a atender em novo espaço: na Sala do

Empreendedor, no hall da Prefeitura de Brusque, das 12h às 18h.

A mudança faz parte do novo projeto da administração

municipal, e tem como objetivo integrar o espaço junto aos demais

órgãos que fazem atendimento para a constituição de novas empresas,

tais como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária, entre outros,

para facilitar e dar maior celeridade para os usuários (contadores

e empresários) na condução dos procedimentos de formalização e

abertura de empresas. “Com este novo formato proposto pela Sala

do Empreendedor, os usuários encontrarão, num só espaço físico, os

órgãos essenciais para a abertura de seus negócios, bem como para

obter demais informações relativas ao registro empresarial”, reforça

o analista da Jucesc, André Luís Brito Beck.

Mesmo com a mudança, além de Brusque, o escritório

regional permanece atendendo usuários das cidades de Botuverá,

Guabiruba, Nova Trento e São João Batista. Mais informações:

(47) 3251-1833.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

27


O lançamento do Festival Temperô reuniu autoridades, jornalistas, comunicadores, colunistas e convidados no dia 3 de agosto, no Hotel Monthez

FESTIVAL

Temperô eleva

gastronomia

de Brusque

De 4 de julho a 4 de agosto os estabelecimentos participantes atenderam

clientes com opção pensada exclusivamente para o Festival

Proporcionar experiências gastronômicas e valorizar

a variedade culinária de Brusque é um dos objetivos

do Garni – Núcleo de Gastronomia da Associação

Empresarial de Brusque, que pelo quarto ano

consecutivo realizou o Festival Temperô, de 4 de

julho a 4 de agosto.

Um dia antes dos estabelecimentos participantes desta edição

abrirem suas portas para servirem os pratos do Temperô deste ano,

o Garni promoveu o lançamento do Festival, na noite de 3 de julho,

no Hotel Monthez. O evento foi bastante prestigiado por autoridades,

colunistas, comunicadores, influencers, parceiros e convidados. Na

oportunidade, as casas levaram alguns de seus pratos para degustação,

promovendo uma noite onde a gastronomia foi a grande protagonista. O

evento contou ainda com degustação de vinhos, chopes e cafés especiais.

“O Temperô já foi abraçado pelo brusquense, como também pelas

pessoas de Botuverá, Guabiruba, Nova Trento, que visitam anualmente

os estabelecimentos. É interessante que já no início do ano os clientes

começam a questionar sobre o festival, esperam por ele. Por outro lado,

existe toda uma preparação dentro dos estabelecimentos, para planejar

os cardápios, mais precisamente, o prato participante do festival, que

geralmente não faz parte do cardápio da casa, mas depois do Temperô

pode vir a fazer, diante do retorno positivo e pedido dos próprios clientes”,

comenta o coordenador do Garni, Jonathan Antony Casagrande.

O objetivo do Festival Temperô é oferecer uma experiência

gastronômica com pratos nos valores pré-definidos de R$ 24,90 para

lanches acompanhados por sobremesa, ou de R$ 49,90 para entrada,

prato principal e sobremesa. Além disso, esta edição também conta com

o Cartão Fidelidade, onde o cliente que participar do Festival e degustar

pratos de quatro estabelecimentos diferentes, leva para casa um brinde

do Temperô. “Pensamos em trazer algo útil, para ser usado na cozinha e

escolhemos uma tábua de corte, de madeira, personalizada do festival”,

revela Casagrande.

Preparativos e expectativa

De acordo com uma das integrantes da Comissão organizadora do

Temperô, Sara Caetano Sassi, o festival é sempre um desafio a todo o

grupo, que a cada ano se dedica ainda mais para que o objetivo principal

não seja jamais esquecido. “Estamos muito felizes porque o Temperô está

a cada dia alcançando resultados positivos. É um festival onde pensamos

em cada detalhe e trabalhamos para que tudo fique perfeito, para que as

pessoas consigam ter a melhor experiência possível no momento em que

estiverem nos restaurantes participantes”, ressalta.

Para que isto ocorra, Sara enaltece que existe uma preocupação

constante com capacitações e aperfeiçoamento das equipes de cada

28 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


estabelecimento. “E tudo isso faz diferença, impacta na experiência que os

clientes têm em cada restaurante, lanchonetes e cafés”, acredita.

Representando a Sassipan Panificadora no Garni, ela conta que para

esta edição o estabelecimento trouxe uma pizza de fermentação natural,

assada em um forno específico para isso, com quatro sabores diferentes, e de

sobremesa uma tortinha alemã. O menu está dentro da linha funcional que

a panificadora segue em muitos de seus produtos e pretende surpreender os

clientes que o degustarem, conforme aconteceu no próprio lançamento do

Temperô.

Betina Kraus Müller assumiu o restaurante Mascavo Brasil há alguns

meses e participa pela primeira vez do Temperô, com uma expectativa

bastante positiva. “Eu já tinha participado nas outras edições como cliente,

e sempre admirei muito o festival, toda estrutura e envolvimento dos

restaurantes. E este ano estou muito contente por participar com a Mascavo

e esperamos que as pessoas realmente apreciem. O retorno, mesmo antes

do Temperô iniciar, já tem acontecido. Acredito que as pessoas virão para

conhecer o prato e também o restaurante, o que é muito bom para a casa”,

avalia.

Já o Batata Bistrô é um dos estabelecimentos que participa desde a

primeira edição do Temperô, sempre com pratos exclusivos para o Festival.

“Temos cinco anos de casa e pelo quarto ano participamos do Temperô.

Desde a primeira edição temos um percentual de 40 a 50% a mais de

vendas no mês de julho. Então a cada ano a expectativa é sempre maior e

ficamos ansiosos para levar algo diferente e melhor aos clientes. Nesta edição

trouxemos como entrada os palitos de queijo, com uma receita e produção

totalmente próprias. O prato principal é uma batata com linguiça artesanal,

produzida em Brusque, com bacon, tomate seco e molho quatro queijos. E

ainda um waffle de sobremesa. O que eu mais gosto no festival são os novos

clientes que surgem, que passam a conhecer a casa e o nosso desafio de

conquista-los, fidelizá-los”, comenta André Cipriani Gomes.

Segundo o coordenador do Garni, todo ano a expectativa para o

Temperô é de casa cheia. “Chegamos a triplicar nosso movimento durante

o festival. É um período desafiador do ano, porque é um mês de férias, o que

estimula as pessoas a saírem da cidade. Mas temos notado que nossas vendas

aumentam, duplicam e até triplicam, em alguns casos, o que é mais um sinal

de que o evento é algo fantástico”, afirma Casagrande.

O Casarão Garibaldi também integra a relação de estabelecimentos

participantes e traz para o festival um prato exclusivo. “Nossa ideia é trazer

algo novo para o cliente. Por mais que seja uma sequência promocional,

trazemos algo exclusivo e este ano trata-se de uma entrada, um prato principal

a base de gnocchi de batata doce com costela desfiada e uma sobremesa”,

comenta Casagrande.

De acordo com a diretora para Assuntos de Comércio e Turismo da

ACIBr, Rita Cássia Conti, o Temperô tem demonstrado um grande crescimento

a cada edição, gerando empregos, injetando um bom dinheiro na economia da

cidade e proporcionando maior visibilidade aos estabelecimentos participantes.

“Além do reconhecimento da gastronomia o que acho muito bacana é que

vemos o associativismo em primeiro lugar. São concorrentes que estão aqui,

mas que colaboram entre si, têm um brilho no olho maravilhoso, têm ganhos

em uma época de férias e todos saem ganhando. É um festival incrível que vale

a pena as pessoas prestigiarem”, enfatiza.

O Temperô teve duração de um mês, e encerrou este ano no aniversário

da cidade de Brusque, 4 de agosto. Nesta edição, nove estabelecimentos

gastronômicos de Brusque ofereceram menus exclusivos (entrada, prato

principal e sobremesa) por R$ 49,90, contando também com opções de café

ou lanche por R$ 24,90.

Marca registrada

Outra novidade bastante aguardada e comemorada pelo Núcleo Garni,

foi o registro da marca Temperô, conquistado nesta edição. “É uma grande

conquista para nós o registro desta marca”, complementa Casagrande.

Durante o lançamento os convidados puderam degustar alguns dos pratos

que integram o cardápio do Festival deste ano

O evento contou ainda com degustação de vinhos, cervejas artesanais e

cafés especiais

Integrantes do Núcleo Garni, idealizador e realizador do Festival Temperô

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

29


SUCESSO

Leonice Fritzke, de Blumenau, foi a campeã do 6º Concurso Nacional da Cuca

Blumenauense

vence o 6º Festival

Nacional da Cuca

Durante três dias, cerca de 25 mil pessoas prestigiaram o evento, no Pavilhão da Fenarreco

Um encontro que reúne gerações e perpetua tradições.

Assim pode ser definido o 6º Festival Nacional da Cuca,

realizado entre os dias 5 e 7 de julho, no Pavilhão da

Fenarreco. O evento é uma organização do Núcleo de

Panificadoras e Confeitarias da Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr), em parceria com a Secretaria Municipal de

Turismo.

Entre as novidades deste ano, além do concurso “A cuca nota

10 do Brasil”, foi estabelecida uma nova competição: “A melhor cuca

da Vovó”. E as crianças que passaram pelo local puderam se divertir,

aprender e colocar a mão na massa em uma mini cozinha.

“Avançamos através do planejamento de atrações diferentes. Com

isso batemos recorde de público e encerramos o Festival Nacional da

Cuca com enorme gratidão. A panificação é isso, o sinônimo de família

reunida. Quando conhecemos a base de uma panificadora, vemos filho,

esposa, marido, todos trabalhando juntos. E o Festival tem esta proposta

familiar. Então envolvemos desde as crianças até as vovós, o que foi um

sucesso. A casa está cheia, mesmo com uma final de futebol rolando.

Hoje a Seleção Brasileira ficou em segundo plano porque a família de

Brusque e da região acreditou no nosso evento”, afirma o diretor da

ACIBr e membro do Núcleo de Panificadoras e Confeitarias da entidade,

Marlon Sávio Sassi.

Segundo ele, no decorrer da última semana, o Instituto Nacional de

Propriedade Industrial (INPI) emitiu o parecer favorável para o processo

30 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


de registro das seguintes marcas: Festival Nacional da Cuca de Brusque;

Festival Nacional da Cuca da ACIBr e Fenacuca – Festival Nacional da

Cuca da ACIBr. Com a medida, a ACIBr passa a ser a detentora exclusiva

para o uso dessas marcas, uma conquista importante, que a entidade

tem a grata alegria de dividir com todo o município. “Conseguimos

patentear esses nomes, o que considero importante. Porém, gostaria

que todas as cidades tivessem um Festival da Cuca para fazer a alegria

do povo. Deveria ser criado um Circuito da Cuca, inclusive. Sei que já

existe este festival em cidades como Joinville, Blumenau e Timbó. Sou

incentivador deste projeto porque, algo com um valor tão pequeno é

capaz de promover uma festa tão grande”, detalha.

Segundo Marlon, as receitas que fizeram parte do concurso estão

disponíveis no site da ACIBr para que as pessoas também se empenhem

nesta tentativa gastronômica. Da mesma forma, as 9 panificadoras que

formaram o Mercado da Cuca estão com suas portas abertas e sempre

buscando novas técnicas e processos para aperfeiçoar este doce, herança

dos colonizadores alemães.

Os vencedores

Estreante no concurso “A cuca nota 10 do Brasil”, a blumenauense

Leonice Fritzke trouxe para o 6º Festival Nacional da Cuca uma receita

própria, que misturava maçã e castanha. A combinação deu certo e ela

alcançou o primeiro lugar da disputa.

“Só cozinho em casa para a família. Mas, quando soube do

concurso, decidi tentar. Escolhi a receita imaginando que a maioria das

pessoas gosta de maçã. Estou feliz e não esperava este resultado. Ano

que vem estarei aqui tentando de novo”, garante Leonice, que quase não

encontrava palavras para descrever tamanha emoção.

O segundo lugar ficou com Vicent Ramon Ponick, de Joinville, que

apresentou uma cuca refrescante, de abacaxi com hortelã. E, na terceira

colocação, estava Simone Sueli Beck Hertel, também de Joinville, e sua

deliciosa criação: uma cuca de pêra, maçã e especiarias.

Já no concurso “A cuca da Vovó”, que reuniu integrantes dos clubes

de terceira idade de Brusque e região, a vencedora foi a guabirubense

Rosane Mannrich, que ofereceu uma cuca de coco. Na segunda

colocação ficou a brusquense Lourdes Fischer de Oliveira, que apostou

na clássica combinação de banana, farofa e nata. Por fim, em terceiro

lugar, também de Brusque, ficou Maria José Serra, com sua saborosa

produção de uma cuca tradicional de banana.

Avaliação

Para o diretor de Turismo da Prefeitura de Brusque, Sidnei Dematé,

o evento foi finalizado com sucesso porque registrou um aumento de

30% em participação. Segundo ele, cerca de 20 mil pessoas passaram

pelo Pavilhão da Fenarreco durante os três dias de realização.

“O Pavilhão permaneceu lotado. No Mercado da Cuca a meta era

vender tudo o que foi produzido. As seis mil embalagens personalizadas

do evento se esgotaram e algumas panificadoras precisaram usar suas

embalagens próprias. No Café Colonial foi registrado 30% a mais no

volume de vendas. As equipes do artesanato também estavam satisfeitas,

assim como o número de inscrições para os concursos superou a

expectativa”, observa Dematé.

Presença VIP

O premiado chef de cozinha e apresentador do programa “Fábrica

de Casamentos”, transmitido pelo SBT, Carlos Bertolazzi, foi a presença

vip do 6º Festival Nacional da Cuca e chegou ao Pavilhão da Fenarreco

acompanhado pelo empresário Luciano Hang.

Bastante acessível, Bertolazzi participou da solenidade de

premiação do concurso “A cuca nota 10 do Brasil” e também atendeu aos

fãs com fotos e autógrafos. “Amo cuca, sou suspeito para falar. Quando

O evento foi marcado por um expressivo

aumento de público nesta edição

Mini cozinha e o concurso “A melhor cuca da

Vovó” foram as novidades do evento

me convidaram para o evento, não tive dúvidas em aceitar porque sabia

que, além de ver, iria ter a oportunidade de comer”, disse o apresentador.

O chef garante que nunca se arriscou na produção de uma cuca

e tem quase certeza de que os moradores de Brusque e da região são

mais capacitados na elaboração desta receita. “Este evento precisa existir

para estimular que as pessoas se inscrevam, participem e não deixem esta

cultura morrer”, comenta.

Cuca social

Quem passou pelo 6º Festival Nacional da Cuca teve a oportunidade

de contribuir com uma causa beneficente, através de um leilão solidário

em prol do Projeto Vida, que acolhe dependentes químicos em busca de

recuperação.

Neste leilão especial não vencia apenas o maior valor oferecido.

Todo e qualquer lance já era retido como forma de doação. As propostas

iniciaram em R$ 102, sendo que a maior oferta foi de R$ 1 mil pela

“Cuca nota 10 do Brasil”.

“Temos condições de colocar em tudo que faz um destino social.

Por isso somos parceiros do Projeto Vida, que visita os moradores de

rua, conversa, oferece tratamento. Depois continua o acompanhamento,

inclusive na integração à sociedade através do emprego. Ações desta

natureza não devem mendigar por apoio. Eles precisam ser valorizados.

Precisam ter a oportunidade de pensar em outras coisas e não na falta de

recursos”, afirma Marlon.

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

31


EMPRESA DESTAQUE

Foco na Saúde e

Segurança do Trabalho

Em julho de 2019, a empresa Becker Saúde e Segurança

do Trabalho, completou três anos de atuação.

Localizada na rua dos Imigrantes, em Guabiruba,

oferece serviços de segurança do trabalho, consultoria,

saúde ocupacional e treinamentos, para toda a região.

De acordo com o engenheiro de Segurança do Trabalho, Vinícius

Becker, a empresa possui clientes de diversos segmentos, como têxtil,

alimentação, construção civil, comércio, panificação, metalmecânico,

saúde, educação, informática e serviços. “Todos os ramos de atividade

possuem suas peculiaridades e precisam atender legislações específicas

de segurança do trabalho. Quem está começando um novo negócio,

também precisa ficar atento com a legislação trabalhista, pois qualquer

falha pode inviabilizar o sucesso do negócio. É mais fácil começar do

jeito certo, ao invés de precisar se adequar depois. O melhor é quando

a empresa e os funcionários, já começam sabendo das suas obrigações,

para não haver surpresas desagradáveis no futuro. Para quem está

começando, passamos todas as orientações de forma clara e objetiva”,

declara Vinícius.

O engenheiro descreve que a Becker vem atendendo demandas em

três principais áreas: Engenharia de Segurança (elaboração de laudos,

projetos preventivos, adequações de máquinas e PPRA - Programa

de Prevenção de Riscos Ambientais); Saúde Ocupacional (exames

médicos de admissão, periódicos, de retorno ao trabalho e demissão,

além de acompanhamento médico na empresa); Cursos e Treinamentos

(formação de Brigada de Incêndio, trabalho em altura NR-35, trabalho

com eletricidade NR-10, operador de empilhadeira NR-11, CIPA e

uso de EPI´s). “Os cursos que realizamos habilitam os profissionais a

trabalhar de forma segura, diminuindo significativamente os acidentes

de trabalho, além de trazer ganhos em produtividade e ainda estar em dia

com a legislação vigente”, observa Vinícius.

Ao avaliar as recentes mudanças nas leis trabalhistas, o engenheiro e

proprietário da Becker considera as propostas positivas e fala dos planos

da empresa para o futuro. “Todas as medidas que visam desburocratizar,

diminuir a carga tributária, gerar riqueza e renda são bem-vindas

e devem ser apoiadas. Não há segurança do trabalho ou saúde nos

postos de trabalho, onde há crise e onde a economia vai mal. Quando

existem ofertas de emprego e crescimento, há mais e melhores opções e

condições de trabalho. Acreditamos nesse cenário e entre os planos da

Becker para o futuro, está ampliar o número de empresas atendidas, sem

perder a qualidade dos serviços, que é nossa marca registrada. Nosso

objetivo é continuar contribuindo para que mais empresas possam

crescer de forma sustentável, para gerar riqueza e renda para o município

de Guabiruba e região”, salienta o empresário.

Comunidade

Paralelo às atividades na área de saúde e segurança do trabalho,

outra preocupação da Becker, é manter um relacionamento próximo

com a comunidade. “Desde o início, a empresa sempre esteve engajada

em questões sociais e disposta a buscar soluções para os problemas do

dia a dia, seja por meio do associativismo e da participação na ACIBr e

Cursos e treinamentos, são alguns dos serviços prestados

pela Becker Saúde e Segurança do Trabalho, e visam preparar

profissionais para trabalhar de forma segura e atendendo a

legislação vigente

Nosso objetivo é continuar

contribuindo para que mais

empresas possam crescer de forma

sustentável, para gerar riqueza e

renda para o município e região

no Núcleo Empresarial de Guabiruba, como na CDL de Guabiruba, ou

através das ações de seus diretores como membros atuantes do Clube

de Engenharia de Brusque e da Associação Catarinense de Engenharia

de Segurança do Trabalho, além de trabalhos voluntários no Corpo de

Bombeiros de Guabiruba. “Recentemente, contribuímos para a compra

de duas viaturas para a Polícia Militar de Guabiruba, numa ação de

iniciativa do Núcleo de Empresários, para melhorar a atuação da

polícia na cidade. Ainda através do Núcleo Empresarial de Guabiruba,

apoiamos financeiramente a campanha para construção do Centro de

Hemodinâmica do Hospital Azambuja, para atender pacientes do SUS.

São pequenas ações que visam beneficiar a comunidade e contribuir

para que que nossas cidades se transformem em um lugar melhor para se

viver”, destaca Vinícius.

32 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


ARTIGO | COMUNICAÇÃO

Bárbara Silvana Sabino - Ma. CRA 23.960 - professora - IFSC Gaspar

Francisco José Sabino - publicitário, Especialista em Marketing Criativo - SABINO COMUNICAÇÃO

Quantas lições de marketing

há em um carrinho de sorvetes?

Segunda-feira de final de março, início de outono, dia

bonito, 10 horas, praia… Quase deserta. O movimento

de banhistas começa mesmo ao meio-dia e com ele,

surgem os ambulantes. Primeiramente circula um

carrinho de sorvetes quase imperceptível, pois além de

silencioso é branco, com poucas imagens, apresenta uma plaquinha

(folha A4, impressa em PB) com preços até atrativos, mas um

nome desconhecido. Os banhistas mal percebem sua presença, no

máximo são lançados alguns olhares incrédulos.

Na sequência, ouve-se um ‘fonfom’. Um carrinho de sorvete

vistoso, o dobro do anterior, vermelho, uma placa grande com

muitas imagens; o vendedor uniformizado, sorridente; um nome de

sorvete que não é um nome qualquer, é uma marca nacionalmente

conhecida. As pessoas chegam a murmurar: ‘que bom, um sorvete

bom!’. Entretanto, apenas algumas crianças o circundam, olham

para os pais que acenam aprovando com um movimento de cabeça,

mas também só.

Passado algum tempo, surge no horizonte um carrinho verde

fosco, cujo tamanho é o triplo do primeiro. Mesmo distante, ele

faz com que as pessoas se questionem: ‘o que é aquilo?’. Ao se

aproximar, percebe-se que é um carrinho de sorvetes padronizado

por cor e logomarca (carrinho e uniforme). Um carrinho discreto,

cuja elegância é imponente e respaldada pela marca que ativou

aquela água na boca... As pessoas comentavam no seu íntimo: ‘nem

sabia que esta marca brasileira de chocolates tinha sorvete, deve ser

muito bom, pois os chocolates o são!’. Só que o vendedor estava

um piloto de jato, e as pessoas precisavam sair correndo atrás dele,

pois entre a ativação da atenção e a ação de compra (técnica de

marketing AIDA), o vendedor já estava longe.

Quantas lições de marketing se podem aprender com esses

carrinhos de sorvetes? Em termos do composto mercadológico,

percebe-se: (1) produto: o nível de qualidade dos produtos, percebido

pelos consumidores por meio da sua marca, são automaticamente

atribuídos aos novos produtos. O novo desperta interesse no

consumidor; (2) preço: existem consumidores que não se importam

em pagar mais por produtos com valor agregado; (3) praça:

ampliação do canal de distribuição (praia), com o direcionamento

do produto certo (sorvetes e não chocolates); (4) promoção:

propagandas em mídias diversas são importantes para a construção

e o fortalecimento da marca e não apenas para divulgar produtos ou

promoções; o carrinho e o vendedor são instrumentos essenciais de

divulgação; quanto mais a marca for conhecida, menor pode ser o

esforço (variedade de ferramentas e $$$$) de divulgação na praça.

Além disso, no ponto de venda (praça) é preciso aplicar

materiais publicitários que chamem a Atenção do consumidor, a

partir desse ponto, todo o esforço empregado na gestão da marca

será o suporte para a geração de Interesse e criação do Desejo. A

decisão de compra (Ação) vai muito além da simples visualização

do carrinho de sorvetes, pois o primeiro não seduziu os turistas.

Por quê? Pode-se deduzir que o produto desse não condiz ao

mercado escolhido, ou seja, esta praia não é a praça correta para

este produto. Pois este público não se seduz com preços baixos e

sim pela credibilidade da marca.

E quanto ao atendimento, quando não há concorrência

acirrada, a credibilidade e o posicionamento da marca superam o

atendimento ruim. Um bom produto, cujo preço, praça e promoção

estão dimensionados corretamente não se sobrepõe a uma inovação,

ou seja, não gera Interesse, pois é o mesmo do mesmo. Em suma,

um carrinho de sorvetes pode fornecer mil lições de marketing, que

não cabem nesta lauda.

伀 匀 䔀 䜀 刀 䔀 䐀 伀

䐀 䄀 䴀 唀 䰀 吀 䤀 倀 䰀 䤀 䌀 䄀 윀쌀 伀 준 䄀

䐀 䤀 嘀 䤀 匀 쌀 伀

倀 䔀 一 匀 伀 唀 䤀 䴀 倀 伀 刀 吀 䄀 刀 伀 唀 䔀 堀 倀 伀 刀 吀 䄀 刀 㼀

䠀 䄀 䈀 䤀 䰀 䤀 吀 䄀 䴀 伀 匀 伀 刀 䄀 䐀 䄀 刀 ⸀ 匀 䄀 䤀 䈀 䄀 䴀 䄀 䤀 匀 ⸀

䌀 漀 洀 瀀 愀 爀 琀 椀 氀 栀 愀 爀 漀

攀 猀 瀀 愀 漀 搀 漀 挀 漀 渀 琀 愀 椀 渀 攀 爀

爀 瀀 椀 搀 漀 Ⰰ 猀 攀 最 甀 爀 漀

攀 椀 搀 攀 愀 氀 瀀 爀 愀 瘀 漀 挀 ⸀

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

33


ARTIGO | NÚCLEO INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS

Eliomara Rodrigues das Neves, gestora da escola do Sesc em Brusque

Pedagoga com especialização em Psicopedagogia, Neuropedagogia e Psicanálise no âmbito escolar; Doutora em psicanálise clínica.

LIMITES: Como estabelecê-los

na educação de uma criança?

Nos constituímos seres sociáveis justamente por

causa dos limites. Alguns aspectos de nosso campo

emocional e psíquico se organizarão e desenvolverão

justamente a partir dos limites. Não tê-los é ser um

humano deficiente sobre este aspecto.

Dizer e permanecer no NÃO, cansa. Isso é fato! A criança vai buscar

caminhos de realizar o seu desejo, porque este é o processo natural da

infância: descobrir caminhos de realizar atividades que sejam prazerosas.

As regras compõem o mundo do adulto, não das crianças, por isso, elas

sempre insistirão, tornando a função do adulto exaustiva. Além disso o

NÃO entristece a criança e muitas vezes os pais se fragilizam e cedem,

esquecendo a aprendizagem maior que está por trás de manter a palavra.

Nesse sentido, tranquilidade e firmeza são palavras que aparentemente

não são parceiras, mas essenciais diante desse processo, principalmente

quando para resistir ao limite a criança faz birra.

Esse conflito interno, que chamamos de birra, é desencadeado

por sentimentos com os quais a criança não sabe lidar. Toda reação

física de uma birra: o grito, choro, bater as pernas, jogar-se no chão,

são maneiras de externar o desequilíbrio emocional que está sentindo

e não sabe explicar, muito menos controlar. A criança é contrariada,

sente um enorme incômodo, pois o seu desejo, ou seja, aquilo que no

momento dará prazer está sendo negado (como negar a compra de um

determinado objeto num passeio ao shopping). Esse prazer negado

provocará internamente a produção de substâncias que desencadearão

uma explosão de sensações desconhecidas e incômodas, de forma

que a criança reage com todo esse conjunto de comportamentos que

chamamos de birra. O que fazer então? Orientar com tranquilidade

e firmeza, ajudando a criança a compreender que essa sensação é

desagradável, mas em algumas situações será inevitável. É importante

utilizar exemplos do dia-a-dia para ajudá-la a compreender. Inclusive é

importante que os adultos deem exemplos de como fazem para controlar

suas frustações. Se não conseguirmos lembrar exemplos plausíveis de

como reagimos nessas situações para compartilharmos com as crianças,

significa que numa guerra da birra, nós também estamos despreparados.

Dicas importantes:

-Faça o exercício de “assistir-se”, agindo e interagindo com seu

filho, perceba o quanto usa justificativas para explicar as decisões

que toma. Como responsável pela educação de uma criança, quando

justificamos muito é possível serem falhas que estamos com dificuldade

de assumir. Ex: “É porque meu filho tem a personalidade muito forte”;

-Procure desabafar com os parceiros, amigos, profissionais

terapeutas. A tarefa de educar uma criança é desgastante, mas evite

deixar isso claro para ela;

-Estabeleça combinados que realmente vai cumprir;

-Evitar acordos e barganhas em situações que representam valores

que a criança precisa construir. Exemplo: “se você, obedecer, respeitar,

tratar bem os colegas, etc. você ganhará...”. Valores são elementos

básicos para a vida em sociedade e devem ser exercitados sem moeda

de troca. É muito perigoso negociar com a criança sobre essas questões;

-Sob nenhuma circunstância diga para seu filho “eu não sei mais

o que fazer com você”. Se testar caminhos para burlar as regras é um

movimento natural da infância, essa frase metaforicamente, é como

entregar o troféu no pódio para a criança;

-Ouça a criança, dê a ela oportunidade de dizer o que pensa, o que

sente. Esse é um exercício para conhecer melhor seu filho, demonstrar

respeito e também ajudá-lo a organizar as ideias e sentimentos.

Os pais de hoje foram educados por uma geração que imprimia com

mais intensidade a presença das regras, enquanto não descontruirmos

a ideia de que as regras são algo ruim, não conseguiremos avançar na

orientação às crianças. Regras não são ruins, nossas memórias sobre a

forma como as conhecemos talvez sejam, contudo, essa memória não é da

criança que estou educando, por isso desconstruir significa compreender

que limite representa: equilíbrio interno, organização de pensamento,

autocontrole, temperança, segurança, entre tantas outras qualidades que

contribuirão para a formação de um adulto psiquicamente, equilibrado,

leve e saudável.

34 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9


EMPRESA DESTAQUE

Conteúdo criativo

e assertivo

Um estúdio criativo e muitas possibilidades, tendo o

vídeo como a principal ferramenta para criar conteúdo.

Assim é a Expoente, uma empresa que une o design e a

comunicação para realizar trabalhos multidisciplinares.

“Não somos só uma produtora de vídeo e também não

somos uma agência de publicidade. Somos criadores de conteúdo”,

explicam os sócios-proprietários da Expoente, Nícolas Krieger, José

Luiz Day e Vinicius Santos.

Atentos a uma oportunidade de mercado, os amigos de colégio

formaram a sociedade e começaram a trabalhar nos primeiros projetos

no final de 2017. “Percebemos que o mercado de audiovisual regional

tinha muito potencial para se profissionalizar e crescer. Nos reunimos e

criamos uma marca, que fosse a nossa cara, para atender essa demanda.

Desde então, compartilhamos o escritório com um grupo de empresas

de tecnologia em Brusque”, descreve o trio.

Com foco no profissionalismo e inovação, a Expoente enxerga

todas as pontas da comunicação como importantes e não se preocupa

apenas com a execução de uma ideia. “Temos uma preocupação muito

grande com o modelo de negócio e os processos que utilizamos, tudo isso

para entregar o máximo potencial criativo ao cliente. Nosso método tem

um pouco da experiência de cada pessoa com quem já trabalhamos, e ele

não para de se renovar e crescer. Nossas formações em design, produção

audiovisual, cinema e publicidade também servem como base para o que

fazemos. E para conseguir atender as demandas que queríamos, fomos

buscar as pessoas que já admirávamos na área e hoje esses profissionais

trabalham na nossa equipe. Temos um time de umas 25 a 30 pessoas

que podemos acionar de acordo com cada projeto, fazendo a empresa

funcionar de maneira mais eficiente e assertiva a cada novo projeto”,

observam os sócios.

Em um ano e meio de trabalho, a Expoente comemora uma

carteira diversa de clientes. Entre eles, estão marcas de destaque como

Midea, Trussardi, Fischer, Unifique, Havan Liberty Gaming, Barba de

Respeito, Híbrido e ERBS. “Nossa atuação não se limita à região de

Brusque e já rodamos projetos em São Paulo e Brasília, como no caso

do documentário ‘Remote First’*, que lançamos há pouco tempo. Esse

documentário foi um projeto idealizado e produzido pela Expoente, e

junto com o Officeless (um movimento que fala sobre trabalho remoto

em nível nacional) exploramos alguns temas como liberdade e propósito

no trabalho. Foi um processo que demonstra muito o nosso jeito de

trabalhar, pois não nos limitamos a talentos regionais e dirigimos uma

equipe distribuída em Brusque, Florianópolis, Brasília, Washington

(EUA) e Toronto (Canadá)”, destacam os empreendedores.

Empreendedorismo

Além de produzir conteúdo de qualidade, a empresa incentiva

a ação de jovens empreendedores. “O documentário que fizemos

foi distribuído de forma gratuita, e também participamos de vários

eventos, palestras e talks para partilhar conhecimento. Recentemente,

estivemos no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) de Brusque,

A empresa Expoente consiste num estúdio criativo que une o design e a

comunicação, para produzir audiovisuais com conteúdo diferenciado

Até o final do ano temos bastante

coisa para tirar do papel

onde batemos um papo com jovens estagiários, para incentivar o

empreendedorismo e mostrar um caminho palpável e próximo de como

é possível fazer acontecer projetos pessoais. Outra experiência bacana foi

nossa participação no Join Digital Meet, em Joinville, onde conversamos

junto com o youtuber Tavião sobre a produção de vídeo e os impactos

disso em nossas vidas. Ainda esse ano, temos mais quatro eventos

confirmados, sendo um deles, o retorno ao CIEE”, comentam os jovens.

A Expoente também aposta no associativismo e um de seus

sócios, Nícolas, participa ativamente do Núcleo Jovem da ACIBr,

representando a entidade no Conselho Municipal da Juventude,

além de ter feito parte da coordenação nas duas primeiras gestões do

Movimento Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,

hoje atuante como Signatário. “Temos grandes expectativas para o

segundo semestre, assim como para os próximos anos. Cada vez mais

vamos conquistando a confiança de empresas relevantes e construindo

projetos com impacto maior. Se fosse para soltar um spoiler, diríamos

que muito em breve nossa atuação e equipe estão prestes a dar um grande

passo. Estamos preparando mais projetos de conteúdo original, como foi

o documentário, pois enxergamos muito potencial nessa área de branded

content e seguimos ampliando nosso relacionamento com o mercado

de grandes marcas e agências. Com certeza, até o final do ano temos

bastante coisa para tirar do papel”, garantem os criativos Nícolas, José

Luiz e Vinicius.

*Acesse o documentário pelo site www.remotefirst.com.br

R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9

35


Sua equipe mais

saudável e feliz

Os colaboradores da sua

empresa também merecem

sorrir com mais tranquilidade.

Com os planos odontológicos

da Denvima, você oferece

muito mais saúde e

autoestima para a sua equipe.

Acesse nosso site e saiba mais!

Rua Padre Gatone, 20 - Sala 11 - Centro - Brusque - 88350-350

/denvima

/denvima

47 98410-5065 SAC: 47 98479-9121 SAC: 47 3351-3727

comercial@denvima.com.br

www.denvima.com.br

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!