REVISTA-ACIBR-ED-16
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EDIÇÃO 16 · ANO VI · AGOSTO DE 2019
NÚCLEOS E NOVOS ASSOCIADOS
Novos Associados
• Amplitude Comunicação e
eventos
• Ares Empreendimentos
Imobiliários
• Assertive Escola de Negócios
• Brotos e Outros
• Clínica Veterinária Vida e Saúde
• Colégio Avantis
• Edegar Viagens e Turismo
• Euro Pisos e revestimentos
• Farmácia dos Trabalhadores
Brusque
• Farmácia dos Trabalhadores
Guabiruba
• Fava reciclagem Têxtil
• Fit Life Pilates e treinamento
funcional
• Forttseg Segurança
• Gilmar Jorge Erbs
• HG Têxtil
• Hospital de Olhos de Brusque
• Imatech
• Inteligência Sat
• Léo Klann Hipnoterapeuta
Coordenadores de
Núcleos Setoriais
• Leonardo Ribeiro Personal
• Level Comunicação
• Locare Móveis
• Luk Mar Confecções
• Mabitex Malhas
• Mascavo Brasil
• MPJ Têxtil
• Nova Etiquetas
• Nuss Têxtil
• Orbital Engenharia
• Paloschi Móveis para banheiro
• Porto Textil Business
• Prime International
• Priscila Hertel
• RF Malhas
• RN Contabilidade
• Shake da Cida
• Susla Renata Miranda Michalsky
• Thyago de Lima Vandressen
• Transportes Pavesi
• Visual casas e sobrados
• Vitavet Clínica Veterinária
• Whizzo Coworking Company
MALHARIAS
DIEGO SEUBERT
Seubertex
EMPRESAS CONTÁBEIS DE BRUSQUE E REGIÃO
MARIO AUGUSTO LEONI
Leoni Contabilidade
GASTRONOMIA
JONATHAN ANTONY CASAGRANDE
Casarão Garibaldi
ESCOLAS DE IDIOMAS
ROSANGELA SALETE KREUSCH EVARISTO
Big Ben Idiomas
MULHERES EMPRESÁRIAS
GISELA GRACHER STIEVEN
Shopping Gracher
PANIFICADORAS E CONFEITARIAS
CLEDIR RODRIGUES ALBUQUERQUE
Panificadora Moriá
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
VANDERLEY ALBINO
Saymon Etiquetas
JOVENS EMPREENDEDORES – ACIBr JOVEM
DAIANE ROSSANO COLDEBELLA
Portal da Cidade
INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DE BRUSQUE
OTTO HERMANN GRIMM
Colégio Cônsul Carlos Renaux
ATIVIDADES FÍSICAS
LEONARDO RISTOW
Unifebe
SAÚDE
EVANDRO ROZA
Hospital Azambuja
COMÉRCIO EXTERIOR
GABRIEL DANTAS
Gadan Trade
GESTÃO AMBIENTAL
LUIZ GUSTAVO DE FREITAS
Irmãos Fischer S/A
CONSTRUTORAS
DANIEL APPEL COELHO
Moratta Empreendimentos
FABRICANTES DE TOALHAS
JONAS GROH
Toalhas Groh
CORRETORES E IMOBILIÁRIAS DE BRUSQUE
JUÇARA BENVENUTTI
Imobiliária Benvenutti
AGROPECUÁRIAS E PET SHOPS
ANDRESSA ZIMERMANN TONIÊTO
E-COMMERCE
MICHELLE CURBANI
Chemizz Camisaria
EMPRESARIAL DE GUABIRUBA
MAICO TOMASI
ASV / Appel & Voltolin
NÚCLEO DE BENEFICIAMENTO TÊXTIL
DIRCEU LUIZ DIRSCHNABEL
Kohler Tinturaria e Estamparia
EMPRESÁRIOS DE BOTUVERÁ
EDUARDO BARNI
Calcário Botuverá
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EDITORIAL
HALISSON HABITZREUTER
Presidente
Sustentabilidade
Em março deste ano, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o 6º Panorama
Ambiental Global (GEO6), um documento produzido por 250 cientistas, representando
mais de 70 países. O relatório concluiu que o mundo ainda não está no caminho da
sustentabilidade e que um esforço, através da integração de todos os setores, mais do
que necessário, é vital para perpetuar a vida no nosso planeta. Já em 5 de junho foi
celebrado o Dia Mundial do Meio Ambiente, data que remete ao ano de 1972, quando ocorreu a
Conferência de Estocolmo. Na oportunidade, 113 países se reuniram para discutir pela primeira vez
a preservação dos recursos naturais que, como sabemos, são esgotáveis.
Em Brusque alguns passos no caminho da sustentabilidade começam ser trilhados. Como a
lei que proíbe o uso de canudos de plásticos em estabelecimentos. O que pode parecer uma gota
de água no oceano se apresenta, na verdade, como o marco de um novo tempo, pois já traz consigo
novas reflexões, como o uso de copos e sacolas plásticas.
Outra medida importante foi a instalação de três postes inteligentes (Smigth), uma das ações
do projeto “50 parcerias municipais pelo clima”, que une Brusque e o Distrito de Karlsruhe, na
Alemanha. Instalados nas praças Sesquicentenário, Barão de Schneeburg e logo na entrada da
Unifebe, os postes estão equipados com luzes de LED, possuem conexão wi-fi e permitem o
carregamento de carros elétricos.
Nesta edição da Revista ACIBr nós trazemos como tema central a sustentabilidade e algumas
ações que são desenvolvidas pela entidade. Faz bastante tempo que nossos Núcleos e empresas
associadas unem esforços e se tornam protagonistas de ações que estimulam a responsabilidade
social e ambiental. Desde a política dos 5Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar) até
a Indústria 4.0, que reduz recursos e processos através da tecnologia. E a nossa missão enquanto
empreendedores também é refletir sobre o impacto dos nossos negócios, de modo que tragam
prosperidade, e não prejuízos, para as gerações futuras.
Ecoponto, Eu Ajudo na Lata e Sustentabilidade na Ponta do Lápis são projetos que a ACIBr
desenvolve atualmente, através do Núcleo de Gestão Ambiental, de uma parceria com a Unimed
Brusque e enquanto membro do Comitê Gestor do Movimento ODS, respectivamente. Nas páginas
a seguir você conhecerá melhor cada uma dessas iniciativas, que são abertas à participação e
também servem como inspiração para novas práticas.
O desafio é se inserir neste movimento, que não exige grande investimento, mas, com certeza,
faz uma diferença significativa na vida da comunidade. O próprio associativismo é reflexo deste
processo: juntos garantiremos o amanhã!
EXPEDIENTE
Revista da Associação Empresarial de Brusque
Textos e fotos: Ideia Comunicação Corporativa
Jornalistas Responsáveis: Ana Roberta Venturelli, Carina Machado,
Guédria B. Motta e Taiana Eberle
Planejamento Gráfico e diagramação: Diego Bernardi
Veiculação Trimestral: 1.200 Exemplares
Impressão: Gráfica Mercúrio
A ACIBr utiliza material reciclado em sua embalagem de jornal
Conselho Editorial: Valzete Walendowsky, Bernadete Loos Moritz,
Cândido Horácio Godoy e Aliomar Luciano dos Santos.
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3
ÍNDICE
Sustentabilidade 3
Neurociência como aliada na gestão de negócios 6
Amigo da PM de Santa Catarina 8
‘Dia D’ do Feirão do Imposto 10
Conclusão de sucesso 12
24 anos de casa 14
ACIBr sustentável 16
Incentivo para uma segunda chance 20
1ª Cãominhada Social 24
Artigo | Núcleo de Empresas Contábeis 27
Temperô eleva gastronomia de Brusque 28
Blumenauense vence o 6º Festival Nacional da Cuca 30
Foco na Saúde e Segurança do Trabalho 32
Artigo | Comunicação 33
Artigo | Núcleo Instituições Educacionais 34
Conteúdo criativo e assertivo 35
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5
ALMOÇO DE IDEIAS
Durante o Almoço de Ideias, o palestrante chamou atenção, para o fato de que os negócios atualmente,
são fortalecidos pelas relações pessoais
Neurociência como
aliada na gestão
de negócios
20ª edição do Almoço de Ideias
da ACIBr reuniu cerca de 350
participantes na Sociedade Esportiva
Bandeirante, no dia 9 de maio
O
“
que é decisão? O que influencia a nossa decisão?
Precisamos pensar nisso, porque, mais importante
do que tomar uma decisão, é o estado de espírito
da pessoa no momento de tomar a decisão. A
realidade não muda, o que muda é o que a pessoa
está sentindo”.
Foi com essas palavras, que o professor Dr. Luciano
Miguel Salamacha iniciou a palestra “Estratégia, Negócios e
NeuroEstratégia: um olhar para o futuro”, durante a 20ª edição do
Almoço de Ideias da ACIBr – Associação Empresarial de Brusque,
realizado no dia 9 de maio, na Sociedade Esportiva Bandeirante, em
parceria com o Colégio e Faculdade São Luiz e ESIC Internacional
- Business & Marketing School.
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Precisamos começar a
estudar o comportamento
do ser humano para evoluir
nos negócios
Dr. Luciano Miguel Salamacha
O convidado do evento é Doutor em Administração e Mestre
em Engenharia de Produção, professor da Fundação Getúlio Vargas
e leciona em programas de pós-graduação, mestrado e doutorado
no Brasil, Argentina e Estados Unidos.
Relações Pessoais
O especialista chamou atenção dos cerca de 350 participantes,
para o fato de que os negócios atualmente, são fortalecidos pelas
relações pessoais. “Infelizmente, ainda se perde muito tempo e
energia discutindo coisas bobas e se desperdiça relacionamentos.
Por isso, precisamos começar a estudar o comportamento do ser
humano para evoluir nos negócios. A partir do momento que eu
entendo o meu comportamento e entendo o comportamento do
outro, eu diminuo os atritos, o calor na relação, elevo o grau de
compreensão e de formação de time, consequentemente, alcanço
melhores resultados. Todos os dias precisamos dizer para nós
mesmos: eu sou forte, se não eu serei fraco, e os fortes moldam o
ambiente que molda os fracos”, salientou Salamacha.
O professor destacou a necessidade de unir a Neurociência às
estratégias de gestão. “Nascemos programados para tomar decisões
e precisamos evoluir. Há vários tipos de pessoas que lidam de
diferentes formas diante da mesma situação. O otimista enxerga
oportunidades para o futuro enquanto o pessimista vê ameaças
e problemas pela frente. A neurociência nos mostra o quanto
somos suscetíveis a estímulos, o quanto somos auto enganáveis,
ou enganados pelos outros. O quanto podemos entender melhor o
nosso próprio comportamento cerebral ou se estamos sendo reféns
de algum tipo de armadilha, seja por um ego exacerbado, ou com
excesso de medo e extinto de proteção. Quanto mais eu consigo
entender meu funcionamento cerebral, melhor eu consigo tomar
decisões dentro das empresas”, reforçou o palestrante.
Salamacha falou também sobre as pessoas saberem aproveitar
o tempo que têm de forma saudável. “Hoje em dia, como estamos
cercados de tecnologia, acabamos não dando muita importância
para as relações pessoais, para um tempo de qualidade com a
família, por exemplo. Mas é preciso rever nossas prioridades. Um
estudo aponta que ao longo de nossas vidas, passamos 520 dias
assistindo séries, seis anos assistindo TV, oito anos navegando na
internet e dez anos olhando telas, seja de celular, computador, ...
Portanto, é preciso fazer as escolhas certas. E a palavra-chave é ser
intenso e viver bem cada momento, seja com a família, no trabalho,
no lazer”, definiu o convidado.
Por fim, o professor reconheceu que a neurociência ainda
está muito restrita ao ambiente acadêmico e a laboratórios, e que
O especialista Dr. Luciano Salamacha explicou como a Neurociência
ajuda o ser humano a entender melhor o comportamento cerebral para
evoluir na tomada de decisões dentro das empresas
a intenção, é ampliar o acesso ao estudo. “Na ESIC foi criada a
Escola do Pensar, que é a primeira escola da América Latina,
focada num pensamento pedagógico, que junta neurociência, que
é o comportamento humano, com a gestão de negócios. O objetivo
é fazer uma abordagem que não segue o método tradicional, onde a
pessoa que tem a melhor memória e obtém as melhores notas, não
necessariamente é o melhor empreendedor ou melhor profissional.
A ideia é proporcionar um curso inovador, 100% voltado à tomada
de decisão. E queremos trazer esse curso para Brusque, juntamente
com a Faculdade São Luiz, e em parceria com a ACIBr”, observou
Salamacha.
Aperfeiçoamento
Sobre a oferta de um curso de Neuroestratégia em Brusque, o
presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, falou que a entidade
está fechando uma parceria com a Faculdade São Luiz e a ESIC
– Escola Internacional de Negócios, para viabilizar esse curso
diferenciado, que possa atender desde as pequenas, até as grandes
empresas, de diretores, gerentes a proprietários de negócios.
“Podemos ver com a palestra do professor Salamacha, o quanto a
Neuroestratégia é um assunto oportuno, que faz parte do nosso dia
a dia e pode ajudar significativamente na tomada de decisões e na
gestão dos negócios. Nosso Almoço de Ideias mais uma vez foi
um sucesso, a quantidade de pessoas presentes demonstrou isso, e
ficamos contentes em proporcionar esse momento de networking e
o fortalecimento das relações pessoais”, descreveu Halisson.
Para o diretor do Colégio e Faculdade São Luiz, padre Cláudio
Marcio Piontkewicz, é preciso investir em aperfeiçoamento e
desenvolver programas conforme a demanda da região. “É notável
que nosso município e cidades vizinhas vêm crescendo cada vez mais
no segmento da indústria e do comércio, e também se faz presente
no cenário internacional. Diante da necessidade de lideranças
que desempenhem suas atividades com o profissionalismo que a
função requer, visamos contribuir para esse processo de formação
e aperfeiçoamento, pois acreditamos que à medida que tivermos
profissionais mais qualificados, mais desenvolvimento teremos.
Nesse sentido, estamos desenvolvendo um programa específico,
conforme o professor Salamacha comentou, para proporcionar uma
visão estratégica diferenciada”, considerou padre Cláudio.
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7
HOMENAGEM
Presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, recebeu o título de ‘Amigo da PMSC’, em solenidade realizada no Batalhão da Polícia Militar em Blumenau
Amigo da PM de
Santa Catarina
Presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter é homenageado em
solenidades da Polícia Militar, em Blumenau e Brusque
Em meio a uma Solenidade de Promoção de Praças
e Oficiais, realizada no 10º Batalhão de Polícia
Militar, em Blumenau, na manhã do dia 3 de maio, o
Comando Geral da Polícia Militar de Santa Catarina,
concedeu o título honorífico de ‘Amigo da Polícia
Militar’ para o presidente da ACIBr – Associação Empresarial
de Brusque, Halisson Habitzreuter, como forma de agradecer a
contribuição para o engrandecimento da corporação. O empresário
foi reconhecido como um grande parceiro e apoiador dos projetos
do 18º Batalhão da PM em Brusque, e das causas da segurança
pública local, defendendo sempre o lema de que uma cidade só
tem progresso, se tiver segurança pública. Halisson recebeu a
homenagem das mãos do comandante da 7ª Região da PMSC,
Coronel Moacir Gomes Ribeiro, e do comandante do 18º Batalhão
da PM em Brusque, Tenente Coronel Otávio Manoel Ferreira Filho.
Coronel Gomes destacou a passagem do aniversário de 184
anos da Polícia Militar de Santa Catarina, em 5 de maio de 2019,
e disse que a PM vem se preparando para o futuro. “Agradecemos
e enaltecemos os amigos da PM e nossos parceiros de sempre.
Amigo é uma palavra forte, que vem do coração. É quem nos
auxilia independente da hora e do assunto. Para receber esse título,
requer realmente, merecimento. Somos gratos ao Halisson, por ter
batalhado para que mantivéssemos o Fundo Municipal em auxílio
ao Batalhão de Brusque. Quando a ACIBr encampou a ideia de
retomar o Fundo e não deixar ele acabar, foi fundamental para
darmos andamento aos trabalhos dentro da PM, principalmente, por
meio da aquisição de novos equipamentos, armamentos, viaturas,
coletes a prova de bala, fazendo com que o policial militar se sinta
valorizado. O Estado é muito grande, tem muitos problemas não
só na área de segurança pública e é muito importante esse apoio
da sociedade civil organizada. Precisamos da ajuda da comunidade
para que a PM chegue aos 200 anos, com muitos mais motivos para
comemorar. Vamos continuar lutando para fazer uma sociedade
mais justa, fraterna e com qualidade de vida”, declarou Gomes.
O comandante do 10º Batalhão de PMSC, Tenente Coronel
Jefferson Schmidt, desejou um forte abraço a cada um que foi
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agraciado com homenagens. “A medalha de Amigo da PM, é um
dos títulos mais altos que a Polícia Militar pode prestar, e diante
da comemoração dos 184 anos da PMSC, vemos o quanto nossa
instituição engrandeceu, graças a homens e mulheres do passado
e a homens e mulheres de hoje. Deixo um agradecimento com o
coração cheio de carinho”, ressaltou.
Medalha
A homenagem se repetiu em Brusque, no dia 24 de maio,
quando foi realizada a solenidade que marcou o aniversário de 10
anos do 18º Batalhão de Polícia Militar de Brusque, comemorado
no dia 25 de maio. Na oportunidade, houve a entrega de três novas
viaturas, homenagens para policiais e também o reconhecimento
para cidadãos que colaboram com a Polícia Militar. O presidente
da ACIBr, Halisson Habitzreuter, foi um dos condecorados com a
Medalha ‘Amigo da Polícia Militar de Santa Catarina’.
O comandante do 18º Batalhão, Tenente Coronel Otávio
Manoel Ferreira Filho, destacou a contribuição dos parceiros e
amigos da PM. “Além de já ter o título de Amigo do 18º Batalhão,
o presidente da ACIBr foi indicado para receber o título de Amigo
da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, diante do apoio que
tem dado à segurança pública em Brusque e região, principalmente,
na recém mudança do FUMMPOM para o Convênio de Rádio
Patrulha, mantendo assim o apoio financeiro e estrutural desse
Batalhão, resultando na continuidade do bom nível de segurança de
nossa cidade”, declarou o comandante.
Tenente Coronel Otávio também salientou o apoio das
entidades representativas, como ACIBr, AmpeBr e CDL, que
juntamente com a Prefeitura de Brusque, possibilitaram a
formalização do Convênio de Rádio Patrulha. “Através desse novo
Fundo Municipal, foi possível adquirir três novas viaturas, sendo
dois automóveis e uma motocicleta. Isso demonstra o quanto
acreditam em nosso Batalhão e na PMSC, num mundo e futuro
melhor. Só assim, com a união de todos, conseguiremos melhorar a
segurança pública em geral”, completou o comandante.
Honra
Para o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter, o
sentimento ao ser homenageado, é de felicidade e honra. “Ser
presidente da ACIBr me proporciona muitas alegrias e uma
delas é poder defender bandeiras as quais eu pessoalmente
acredito e que coincidem com as bandeiras da entidade. Nossa
entidade, representante da classe empresarial, trabalha em prol
do desenvolvimento econômico, mas uma das nossas lutas é
a segurança porque acreditamos que para haver crescimento
econômico precisamos ter um ambiente favorável. Na condição
de presidente, pude estar envolvido nessa luta. Através das ações
da entidade, lutamos por maior efetivo, trabalhamos em busca do
reestabelecimento do Fundo Municipal para a PM, e conseguimos
junto com outras entidades parceiras, criar um novo Fundo em prol
da Polícia Militar e da Polícia Civil também. Sabemos que é um
dever do Estado bancar a segurança pública, mas ele já mantém
os salários e toda a estrutura e precisamos ajudar. Temos que
ser parceiros não só economicamente, mas moralmente”, frisou
Halisson.
O presidente salienta ainda que pretende continuar sendo um
agente multiplicador perante as demais entidades e associações
empresariais do Estado. “É papel da entidade, defender a bandeira
da segurança pública, que é uma demanda do empresariado
brusquense, de Guabiruba e Botuverá. Incentivar e promover
maior segurança faz parte de um ciclo, para que nossa economia se
É papel da entidade, defender
a bandeira da segurança
pública, que é uma demanda do
empresariado brusquense, de
Guabiruba e Botuverá
Halisson Habitzreuter, presidente da ACIBr
Homenagem se repetiu em Brusque e foi prestigiada pelos diretores
da entidade Maria Valzete Ludvig Walendowsky e Alexandre Zen, e pelo
secretário executivo Cândido Horácio Godoy
desenvolva e fortaleça. Recebo essa medalha com muito orgulho e
me comprometo em continuar lutando por essa bandeira que é um
diferencial em nossa cidade, onde as entidades e o Poder Público
se unem em busca do mesmo propósito. Temos reuniões regionais
agendadas, por meio da Facisc, para falar do exemplo de Brusque
e incentivar outros municípios a fazerem o mesmo, e buscarem
tornar realidade um Fundo Municipal, que possa ajudar no trabalho
das Polícias Militar e Civil. Não adianta cuidarmos só da nossa
cidade, se tivermos problemas de segurança nas cidades vizinhas.
Precisamos de um plano de segurança pública estadual para garantir
o desenvolvimento e o bem-estar de todos”, definiu Halisson.
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9
ACIBR JOVEM
Venda de combustível sem imposto foi uma das ações do Feirão do Imposto
‘Dia D’ do Feirão
do Imposto
Ações promocionais e de conscientização foram realizadas pela ACIBr Jovem,
em vários pontos da cidade de Brusque, durante o dia 25 de maio
Com o tema “Menos burocracia, mais eficiência”,
integrantes da ACIBr Jovem – Núcleo de Jovens
Empreendedores, promoveram o ‘Dia D’ do
Feirão do Imposto, no dia 25 de maio. Além de
ações de conscientização realizadas durante todo
o dia no Shopping Gracher e River Mall, consumidores tiveram
a oportunidade de comprar produtos com isenção de impostos,
através de uma parceria com as panificadoras Sassipan e Moriá
(que comercializaram pão francês com preço promocional), e
com o Posto Mime (que vendeu três mil litros de gasolina ao valor
de R$ 2,43 o litro - com limite de 20 litros por veículo). A ação
contou ainda com a exibição de um impostômetro, em três telões
de LED (patrocinados pelas empresas Alvo Digital, Cavalca
e Webtouch) localizados em frente a Felog, Ponte Estaiada e
Fiat Treviso, que apresentava em tempo real, a arrecadação de
impostos no Brasil, em Santa Catarina e em Brusque.
A estilista Daniele Zottis participou da ação promocional
no Posto Mime e reconhece a importância de a população
reivindicar por um retorno efetivo dos impostos pagos. “Acho
essa iniciativa muito bacana para chamar a atenção das pessoas,
pois o brasileiro é quem mais paga impostos e quem tem menos
retorno. Não faz o menor sentido, por exemplo, ter que fazer
corte de verbas em áreas essenciais, diante de uma arrecadação
de trilhões de reais. É uma conta que não fecha. O dinheiro não
é investido como deveria, e cada vez mais, temos que pagar por
serviços privados para suprir necessidades que deveriam ser
garantidas pelo poder público”, refletiu Daniele.
No Shopping Gracher, a líder de produção Cristiane de
Moraes, ficou surpresa diante da demonstração de produtos
com preços sem impostos. “Eu nunca parei para analisar e
me surpreendi com a quantidade de impostos que pagamos
por coisas simples que consumimos no dia a dia. Da maneira
como demonstraram aqui ficou bem fácil de entender”, avaliou
Cristiane.
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O motorista José Clair Correa, que também circulou
pelo shopping, manifestou indignação, especialmente com a
porcentagem de tributos cobrada no preço de uma motocicleta.
“É um absurdo o que se paga de impostos, pelo retorno que se
tem em serviços para a população”, declarou José.
O mesmo sentimento, é compartilhado pelo engenheiro
químico Roni Czerwinski. “O Feirão do Imposto é uma forma
muito interessante de chamar a atenção da população. A gente
sabe que paga um monte de impostos, mas o problema é não
ter retorno. O dinheiro vai para locais que a gente não vê, mas
se retornasse em benefícios para a população, com certeza,
ninguém se incomodaria em pagar, pelo contrário, pagaria com
prazer”, considerou Roni.
Cidadania
Para o coordenador do Feirão do Imposto em Brusque,
Marcos Flores, as atividades de mais essa edição do ‘Dia D’
atingiram o objetivo de chamar a atenção dos cidadãos e
conscientizar para a alta carga tributária praticada no país.
“A ideia é fazer com que as pessoas reflitam melhor na hora
de escolher seus representantes e analisarem com atenção os
planos de ação dos candidatos. A luta é para que tenhamos um
retorno efetivo do imposto que é pago ao Governo, e não contra
ao pagamento dos tributos. O que queremos, são investimentos
em Saúde e Educação, por exemplo, compatíveis com o que
contribuímos”, destacou o empresário.
O representante do Posto Mime, Lurran Nascimento de
Souza, observou que o Feirão do Imposto ajuda a esclarecer aos
consumidores, qual o valor real pago pelos produtos. “Na nossa
avaliação, essa iniciativa é muito positiva, pois evidencia que
a carga tributária é a principal responsável pelo preço elevado
do combustível. Muitos clientes veem o Posto como vilão, mas
é preciso deixar claro que o litro da gasolina que hoje custa R$
4,26, sairia por R$ 2,43 sem os tributos. Por isso, realizamos
essa ação promocional, com o desconto sendo subsidiado pelo
Posto, para exemplificar ao consumidor, de forma prática”,
explicou Lurran.
A proprietária do Shopping Gracher, Gisela Gracher
Stieven, também considera o Feirão do Imposto, uma importante
ferramenta de conscientização e cidadania. “É fundamental
promover esse tipo de esclarecimento para a população e por
isso, somos parceiros da iniciativa. É algo que precisa ser
demonstrado de forma visual e as ações feitas aqui, permitiram
que as pessoas entendessem de maneira fácil, o quanto a carga
tributária influencia na vida de cada um”, avaliou a empresária.
A estudante Mariane Groh, que é estagiária do Observatório
Social de Brusque, auxiliou nas atividades de conscientização
e revelou que a maioria das pessoas abordadas manifestou
surpresa com os percentuais de tributos pagos. “Grande parte
de quem passou por aqui, disse não ter noção do quanto paga de
impostos em cada produto que é consumido. Por isso, a educação
fiscal é uma das principais bandeiras do Observatório Social,
assim como, a análise e fiscalização dos serviços realizados pelo
Governo, com o dinheiro dos impostos que pagamos”, descreveu
Mariane.
Proposta pelo Conselho Estadual de Jovens Empreendedores
de Santa Catarina (Cejesc) e pela Confederação Nacional de
Jovens Empresários (Conaje), a ação ‘Dia D’ do Feirão do
Imposto foi realizada em mais de 125 cidades, em 15 estados e
impactou mais de um milhão de pessoas.
A luta é para que tenhamos
um retorno efetivo do
imposto que é pago ao
Governo, e não contra ao
pagamento dos tributos
Marcos Flores
Distribuição de chope na quantidade correspondente ao valor sem
imposto, também chamou atenção durante o ‘Dia D’
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11
PROGRAMA DE GESTÃO EMPRESARIAL
No total, 109 empresários, gestores, e colaboradores de empresas de diversos segmentos de Brusque e
região participaram do programa, iniciado em 2018
Conclusão
de sucesso
ACIBr forma primeiras turmas do PGVE e lança o MBA em Neuroestratégia,
em parceria com a ESIC - Business & Marketing School Internacional
A
Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)
concluiu na noite do dia 23 de maio mais uma
importante etapa: a formação das duas primeiras
turmas do Programa de Gestão e Vivência
Empresarial (PGVE). A solenidade de entrega
de certificados aos alunos concluintes foi realizada no Teatro do
Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) e
contou com a presença de cerca de 80 deles, das duas turmas da
capacitação. No total, 109 empresários, gestores, e colaboradores
de empresas de diversos segmentos de Brusque e região
participaram do programa, iniciado em 2018 e, os alunos que
não puderam estar presentes na ocasião receberam os certificados
posteriormente.
O PGVE é uma realização da parceria entre a ACIBr, a
Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina
(Facisc), a Fundação Empreender e a Sociedade Educacional
de Santa Catarina (Unisociesc). O Programa tem o objetivo de
oportunizar vivências, informações e conhecimentos atualizados,
que contribuem para o crescimento das organizações, ao mesmo
tempo em que fortalece o associativismo.
“Estamos muito felizes em receber esses profissionais, que
concluíram com êxito a capacitação. O PGVE utiliza os professores
da Fundação Getúlio Vargas, que atua no eixo Rio-São Paulo, com
bastante experiência, tanto acadêmica como profissional. O curso
foi bem prático, trouxe muita vivência, a parte teórica aplicada de
forma simples, sempre direcionado com a realidade e o dia a dia das
empresas. Foi um momento onde nós, enquanto entidade podemos
contribuir para o desenvolvimento de todas as nossas empresas
associadas”, comentou na oportunidade o presidente da ACIBr,
Halisson Habitzreuter.
Conhecimento para crescimento
Da mesma forma, também presente no evento, o professor
Alexandre Weiler destacou a importância do Programa, que
permite que empresários, colaboradores, profissionais de diferentes
segmentos possam se encontrar, conversar, conhecer novas
realidades empresariais e entender o que há de mais moderno na
área da gestão. “Não importa a área que você atua, você sempre vai
precisar de gestão, e o PGVE proporciona isso, através de encontros
muito práticos. Sem dúvida é um prazer muito grande poder fazer
12 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
parte desse projeto e Brusque está de parabéns por formar suas
turmas e dar continuidade à capacitação. Por termos profissionais
de várias áreas, após concluíram essa etapa, a cidade e região
avançam de forma conjugada no desenvolvimento, na aplicação do
conhecimento, o que faz uma diferença muito grande”, reforçou.
Entre os que concluíram a formação do PGVE estava a gerente
geral Adriana Maria Colombi, que atua na Contabilidade Colombi.
Para ela, o programa fez a diferença no dia a dia da empresa, tanto
pelas experiências trocadas como pela metodologia do mesmo.
“Podemos conhecer cases de empresas maiores que a nossa e
trazer alguns exemplos para serem aplicadas nosso dia a dia. Sem
contar no conhecimento dos professores e o conteúdo apresentado,
que foi excelente. Sem dúvida foi uma oportunidade muito boa,
valeu muito a pena ter participado e recomendo para as demais
empresas”, comentou ela que fez parte da segunda turma do PGVE.
O gerente comercial Edson Rubem Müller, da Tecelagem
Atlântica, também integrou a segunda turma do PGVE e avaliou
como enriquecedora a experiência da capacitação. “Precisamos
sempre nos atualizar, ainda mais por conta da realidade que
vivemos hoje. Para mim essa capacitação veio em um excelente
momento, onde podemos conhecer várias empresas, métodos, que
vieram reforçar nosso conhecimento. E tudo isso oferecido em
Brusque, o que foi o grande diferencial. A ACIBr está de parabéns
por oportunizar a nós, brusquenses, esse programa tão bom”,
completou.
Novidade
Além disso, outro importante momento ocorreu durante
a solenidade: o lançamento da parceria da ACIBr com a ESIC -
Business & Marketing School Internacional, que irá oferecer o
MBA ‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ em Brusque.
Para marcar o lançamento, foi realizada a assinatura do ‘Termo
de Convênio’ entre a ACIBr e a ESIC Internacional, instituição
ranqueada entre as 20 melhores escolas de negócios do mundo, e
vinculada à Faculdade São Luiz, em Brusque.
O professor Alexandre Weiler, que também é diretor acadêmico
e de negócios da ESIC, fez a apresentação do programa e enalteceu
a oportunidade, já que com o mercado cada vez mais competitivo
e tecnológico é necessário preparo e capacitação para gerenciar
os processos, pessoas e serviços nas empresas. “Cada vez mais
vimos a inteligência artificial, a indústria 4.0, máquinas e sistemas
começando a tomar o lugar o ser humano, que cada vez mais vai
precisar de gestão criativa e inovadora e o conhecimento, o que é
feito através da neurociência. E este MBA permite que você reveja
tudo o que sabe sobre administração, tanto na área profissional
como pessoal, com foco na prática”, pontuou.
Para ele, poder ver uma cidade pujante como Brusque que
através da Associação Empresarial disponibiliza este MBA, é
engrandecedor. “Hoje não podemos mais competir em um cenário
globalizado, com técnicas puramente nacionais ou locais. E é isso
que a ESIC traz e o que sabiamente a ACIBr firmou para oferecer
ao empresariado da região. Santa Catarina é um estado privilegiado
e aqui, em especial no Vale do Itajaí é uma região que faz acontecer
e que é exemplo para todo o país, por isso, para nós da ESIC é um
grande privilégio estarmos aqui”, acrescentou.
O presidente da ACIBr também destacou a oportunidade
aos empresários e demais profissionais da região em participar
do MBA, tanto os que já fizeram o PGVE como os que ainda
não realizaram, o programa. “É um modelo de curso de extensão
diferenciado, com uma grande qualidade nos temas e com
O professor Alexandre Weiler, que também é diretor acadêmico e de
negócios da ESIC, fez a apresentação do MBA e enalteceu que, com o
mercado cada vez mais competitivo e tecnológico é necessário preparo e
capacitação para gerenciar os processos, pessoas e serviços nas empresas
Durante a solenidade foi assinado o ‘Termo de Convênio’ entre a ACIBr e a
ESIC - Business & Marketing School Internacional, que irá oferecer o MBA
‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ em Brusque
profissionais altamente qualificados que os ministram. Quem tem
a formação empresarial diária, com essa experiência e garra na
condução de seus negócios também poderá cursar esse módulo,
sem a necessidade de formação acadêmica. Sem dúvida esse MBA
irá colaborar para que os empresários possam tomar melhores
decisões, entender os colaboradores e ajudá-los nesse processo de
gestão de pessoas. Esperamos que a comunidade empresarial possa
aderir e tenha grande interesse, pelo que nos foi apresentado”,
complementou Habitzreuter.
Saiba mais
Após a conclusão das duas primeiras turmas, o Programa
de Gestão e Vivência Empresarial continua sendo oferecido
pela ACIBr, destinado para empresários e colaboradores
de empresas associadas à entidade como uma importante
ferramenta de atualização profissional.
Interessados em ingressar no PGVE e também no MBA
‘Neuroestratégia e o pensamento transversal’ podem entrar
em contato com a ACIBr, através do (47) 3351-1588.
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13
PERFIL
24 anos de casa
Jornalista por essência e competência, Janice Kunitz trabalhou mais de duas
décadas na Associação Empresarial de Brusque e viu de perto o crescimento e
fortalecimento da entidade na região
“ Não foi possível encontrar outra história
como aquela porque não era das que a gente
inventa no papel. Quem as inventa é a vida”.
A frase, do saudoso escritor e jornalista
Gabriel García Marquez, define a trajetória
da jornalista brusquense Janice Kunitz, que neste ano de
2019, somou 24 anos de atuação na Associação Empresarial
de Brusque.
Mas a história de Janice é muito peculiar, dessas, que
como Gabriel diz, foi inventada pela vida. Em 1º de abril de
1975 foi seu primeiro momento na ACIBr, uma contratação
para o cargo de secretária. Uma função muito comum em
todas as empresas e entidades. O presidente era Érico
Antônio Contesini e a entidade já somava ali seus quase 41
anos de história. O período de Janice na associação nessa
época foi meteórico, meses depois ela passou a atuar como
secretária executiva de outra empresa e em seguida também
exerceu a função em uma construtora.
Quase dois anos depois dessa experiência, eis que
o jornalismo entrou em sua vida através de um convite
do empresário Jaime Mendes, proprietário do Jornal O
Município, principal semanário da cidade. Ali Janice não
só fazia a parte de secretaria, como também passou a revisar
as edições e algum tempo depois, a escrever notas e até
mesmo entrevistas. “Seu Jaime gostava do meu texto, dizia
que eu era clara, objetiva e tinha um talento de jornalista, de
escrever frases curtas”, lembra ela.
A primeira grande entrevista que fez foi com uma
personalidade da cidade de Brusque, o industriário Willy
Renaux. “Fiz as perguntas, gravei tudo naquele gravador
enorme dos tempos antigos, redigi o texto e mostrei para
o seu Jaime. Ele não mudou uma vírgula. Dali para frente,
começou a me passar diversas entrevistas para fazer,
cobertura de acontecimentos e assim começou oficialmente
o meu trabalho de jornalista”, conta.
Como a faculdade de Jornalismo só existia em
Florianópolis, Janice conseguiu o registro de jornalista
provisionado e passou a atuar oficialmente como
comunicadora. Somou experiências em jornais de Balneário
Camboriú, Laguna e como correspondente do Diário
Catarinense. Além de cuidar da parte de notícias, também
atuava no setor comercial e gerenciava pequenos jornais.
Morou alguns meses em Brasília, depois em Curitiba, onde
fez estágio em um jornal da capital paranaense.
Em 1990, com o retorno a Brusque, Janice começou a
trabalhar na Secretaria de Comunicação da Prefeitura e seis
Janice Kunitz em uma das solenidades da ACIBr, entidade a
qual se dedicou durante 24 anos
14 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
Eu sempre gostei muito do
meu trabalho na ACIBr. Era
um aprendizado em cada
reunião, com os assuntos
que eram discutidos
Janice Kunitz
O então presidente da ACIBr, Nelson Zen Filho
‘Tato’ (in memoriam) ao lado de Janice
anos depois, sua história se cruzou com a ACIBr novamente,
desta vez, como uma prestadora de serviços na área de assessoria
de imprensa. “Fui contratada na gestão do seu Hylário Zen para
fazer assessoria de imprensa para ACIBr. Eu ia lá uma vez por
semana para pegar as informações, naquela época a entidade
não tinha máquina de escrever, muito menos computador. Eu
anotava o que era necessário com o diretor executivo e voltava
para casa para escrever na minha máquina. No outro dia, voltava
à associação e passava fax para os jornais, das notícias da
entidade”, relembra.
Idas e vindas
Sete anos depois, Janice foi contratada como funcionária
efetiva da Associação Empresarial, para atuar como secretária
executiva e assessora de imprensa. Na época, a entidade era
presidida pelo empresário Ingo Fischer e se engajava arduamente
na construção do Centro Empresarial, empreendimento que
tornou-se a casa das entidades do município, um ícone de Brusque.
Nessas idas e vindas, de prestadora de serviços à
funcionária, somaram-se 24 anos de uma história regada a muitos
acontecimentos e muitas notícias. De gestão em gestão, Janice
atuou com diversos presidentes, cada qual com sua característica,
mas todos com o propósito único de elevar na história da entidade,
seu papel de protagonista do desenvolvimento de Brusque e
região, e de representante da classe empresarial. “Eu sempre
gostei muito do meu trabalho na ACIBr. Era um aprendizado em
cada reunião, com os assuntos que eram discutidos. Tomávamos
conhecimento de coisas que nem imaginávamos. Cada semana
era algo diferente, às vezes coisas boas, outras nem tanto, mas
a maioria era para engrandecer a classe empresarial, auxiliar,
abrir novos horizontes para eles, e isso trazia resultados à toda
cidade e região”, avalia.
Em maio deste ano, a jornalista encerrou suas atividades
profissionais com a aposentadoria, um merecido descanso depois
de tantos anos de atuação. “Não estou mais nos bastidores, agora
só acompanho na mídia as notícias que por tantos anos escrevi.
Saio feliz por tudo o que vivi ali dentro da entidade. Trabalhei
com tantos presidentes, cada um com seu estilo, sua maneira de
gerir a associação e que transformaram a ACIBr no que ela é
hoje”, complementa.
Em maio deste ano a jornalista recebeu uma homenagem de todos os colegas de trabalho
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15
Desde 2014 o Ecoponto recolhe materiais como pilhas,
baterias, pneus e aparelhos elétricos e eletrônicos
Além das edições de Dia D, o Ecoponto mantém sede fixa na empresa Cidade Limpa
ESPECIAL
ACIBr
sustentável
Conheça os trabalhos que estimulam
a sustentabilidade mantidos pela
Associação Empresarial
Em 2015 algo histórico aconteceu. Países e a população
global se uniram para debater sobre mudanças
de práticas e condutas como forma de garantir o
futuro da vida no planeta. Algo sem precedentes foi
construído: uma agenda mundial com 17 princípios
norteadores, os já conhecidos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), profundamente inspirados na base de seus
antecessores, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Em Brusque, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)
foi parceria dos ODMs e teve seus projetos e trabalhos institucionais
reconhecidos através da certificação do Selo Social, uma iniciativa
promovida pela Prefeitura. Instituído pela Organização das Nações
Unidas (ONU) em 2000, os oito Objetivos de Desenvolvimento do
Milênio combatiam a fome extrema e tinham um prazo de execução
mundial até 2015. Eram seus princípios: erradicar a extrema pobreza
e a fome; garantir o ensino básico fundamental a todos; promover a
igualdade de gênero e a autonomia das mulheres; bem como reduzir
a mortalidade infantil; melhorar a saúde materna; combater a AIDS,
a malária e outras doenças; assegurar a sustentabilidade ambiental e
promover uma parceria mundial para o desenvolvimento.
Conforme dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
(Ipea) divulgados em 2016, mais do que reflexão e debates sobre os
temas, houve avanços expressivos nas áreas correspondentes aos oito
ODMs. O número de pessoas que vivem em extrema pobreza caiu
pela metade, assim também como o número de comunidades que
não tinham acesso a uma fonte de água potável. A taxa de matrículas
na Educação Básica nas regiões em desenvolvimento aumentou mais
de 90% e também cresceu o número de meninas que hoje frequentam
regularmente a escola. Por fim, a taxa de mortalidade de crianças até
cinco anos diminuiu 50%, assim como a mortalidade materna.
Em 15 anos de projeto, graças a ações conjuntas e globais, o mundo
deu um salto em igualdade, permitindo mais saúde e qualidade de vida
para pessoas que antes viviam à margem, condenadas pela miséria,
falta de educação e de oportunidades. No entanto, se havia um ganho
importante ao olhar para trás, era também visível, inegável e urgente
atender outras demandas do presente. E assim, a partir dos 8 ODMs se
fundamentaram os 17 ODSs e suas 169 metas globais distribuídas em 15
anos de ações, um prazo que expira em 2030. Agora, além de erradicar
a extrema pobreza, os esforços também se direcionam para o combate à
desigualdade e a contenção das mudanças climáticas.
Neste contexto, a Associação Empresarial de Brusque, que em
2019 comemora seus 85 anos de fundação, não se isenta de participar
deste processo. Ao contrário. A entidade, como em toda a sua história,
segue na vanguarda do desenvolvimento, agora bastante vinculado à
Indústria 4.0 e o seu progresso que não esgota os recursos para o futuro.
Ecoponto
Em 2014, último ano de vigência dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio, a ACIBr, através do Núcleo de Gestão
Ambiental, lançou o Ecoponto, um projeto que deu certo e continua
até hoje. De acordo com a consultora do Núcleo, Rose Civinski, a ideia
surgiu de maneira informal durante uma reunião. “Não havia nenhum
lugar em Brusque para se fazer o descarte correto de materiais como
pilhas, baterias, pneus e aparelhos elétricos e eletrônicos”, recorda.
Hoje membro do Núcleo de Gestão Ambiental, o empresário
Valter Floriani lembra bem deste momento. “Havia uma insatisfação
das empresas que pertenciam ao Núcleo porque não havia como fazer
a disposição final destes resíduos. O caminhão de lixo comum não
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Além de estimular o descarte correto, o Ecoponto também contribui com
a educação ambiental e envolve estudantes no projeto
Duas vezes por ano, o Núcleo de Gestão Ambiental realiza edições
do Dia D Ecoponto, nas dependências do Sesc
recolhia e os materiais se acumulavam pela cidade, gerando poluição
visual e, sobretudo, ambiental. Foi assim que surgiu a ideia de fazer o
Ecoponto”, explica.
Segundo ele, a ação tem duas frentes de trabalho. A primeira
é minimizar o impacto ambiental através da coleta desses resíduos,
dando o destino correto para cada um deles. E, a segunda, é oferecer um
trabalho socioambiental, estimulando a conscientização das pessoas no
descarte desses materiais.
Além de ser um profundo motivador do Dia D Ecoponto, que
durante muitas edições foi realizado no estacionamento do Centro
Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) e hoje acontece
duas vezes por ano nas dependências do Serviço Social do Comércio
(SESC), Valter Floriani abriu a sua empresa para que a iniciativa
tivesse um endereço permanente. Desde então, a Cidade Limpa (Rua
Alberto Knop, n° 400, Souza Cruz) é a sede do Ecoponto em Brusque.
De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h e das 13h às 17h, podem
ser deixados gratuitamente no local pilhas, baterias, pneus, eletro e
eletrônicos. Apenas as lâmpadas têm o custo de R$ 1 a unidade por
conta da empresa que faz o descarte final do produto. Vale ressaltar que
a Cidade Limpa e o Núcleo de Gestão Ambiental não possuem nenhuma
fonte de recursos vinculada ao projeto.
“Nosso Ecoponto foi desenvolvido através de um projeto embasado
na legislação. As cláusulas estabelecem que o local deva ser fechado,
sem acesso de pessoas e animais, coberto e impermeável. Entre todas as
empresas que compõem o Núcleo de Gestão Ambiental, apenas a Cidade
Limpa teria condições de acolher a iniciativa. Então cedi um espaço
na empresa que, inclusive, já estava preparado para esta ambientação.
Apenas cercamos o acesso que é coberto, protegido e atende as normas
ambientais”, detalha Floriani.
Talvez só quem viva de forma muito intensa os preceitos da
sustentabilidade possa olhar para o seu negócio com a impressão
de que é possível fazer ainda mais. Assim, dois anos depois da
instalação, Floriani decidiu licenciar o Ecoponto junto à Fundação
Municipal do Meio Ambiente (Fundema). “Pagamos o engenheiro
e todas as taxas envolvidas. Hoje temos um projeto de Ecoponto
licenciado pelos órgãos ambientais o que, até onde sei, é inédito na
região. Temos certificação municipal, estadual e federal”, enfatiza.
Eu Ajudo na Lata
Ainda em 2014, a Associação Empresarial de Brusque (ACIBr)
lançou mais um projeto sustentável – e também solidário – que
permanece em execução até hoje. O “Eu Ajudo na Lata” é uma iniciativa
da Unimed Brusque que ganhou a parceria da entidade, o apoio de outras
organizações e o envolvimento de toda a comunidade.
Receptividade
Apenas nas edições de Dia D Ecoponto até 2018 foram recolhidas
mais de oito mil lâmpadas, oito mil toneladas de aparelhos elétricos e
eletrônicos, mais de 100 pneus e grande quantidade de pilhas e baterias.
Nas primeiras edições, conforme lembra Floriani, o movimento foi
tímido, até pelo desconhecimento da população. Mas, com a divulgação
do projeto e, principalmente, com a informação sobre o dano ambiental
decorrente do descarte incorreto, a população começou a aderir. Com
um local apropriado para recolher todo este material de forma gratuita,
simplesmente se esgotaram as justificativas de depositar esses resíduos
em lixo comum ou acumular em algum canto do terreno ou da casa.
“A participação hoje é ativa e a cada edição do Dia D Ecoponto
percebemos um aumento de público, através do volume de materiais
descartados. Agora se um projeto como esse é interrompido, ele cria
um vácuo na sociedade, até porque já se estabeleceu esta participação
bastante significativa”, observa.
Conforme esclarece Floriani, na sede do Ecoponto a movimentação
não é tão intensa. Ainda assim, todo o material é recebido e catalogado.
Para quem solicita, uma declaração é emitida, confirmando que os
produtos foram deixados no local. Apenas não há emissão de Nota
Fiscal, até porque não é uma operação que envolve cobranças e nem é
objetivo da Cidade Limpa comercializar esses resíduos.
“Não fizemos a destinação final. O local funciona apenas como
depósito temporário, onde os produtos são armazenados conforme a
legislação exige. Quando há um volume significativo nós chamamos
as empresas responsáveis pelo descarte correto, que são, inclusive,
auditadas e licenciadas por nós, garantindo a sustentabilidade do
projeto”, ressalta Floriani.
A reciclagem de lâmpadas acontece em Balneário Camboriú.
Já as pilhas e baterias se integram ao material também utilizado pelas
indústrias Renaux View e Fischer SA, que se encarregam de enviar
os resíduos para São Paulo, pois não há nenhuma empresa que faça
este descarte correto no sul do Brasil. Os eletros e eletrônicos são
encaminhados para Florianópolis e, os pneus, permanecem em Brusque:
depois de triturados se transformam em combustível para a indústria
cimenteira.
O objetivo é recolher os lacres de alumínio de latinhas de
refrigerante, cerveja, sucos, entre outros, vender para empresas de
reciclagem e, com o valor angariado, comprar cadeiras de rodas para
pessoas carentes e especiais. “Nestes cinco anos de projeto, sete mil
quilos de alumínio deixaram de circular no meio ambiente e permitiram
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17
ESPECIAL
a compra de nove cadeiras de rodas adaptadas,
que tem um custo bastante elevado, pois são
desenvolvidas a partir da necessidade de cada
pessoa”, conta a consultora de Núcleos da ACIBr,
Rose Civinski.
A gestora de Responsabilidade Social da
Unimed Brusque, Camile Rebeca Bruns, reforça
que o foco do projeto é proporcionar acessibilidade
para pessoas com deficiência de baixa renda.
Até o momento, todos os beneficiados pelo “Eu
Ajudo na Lata” não tinham cadeira de rodas ou
o recurso não era adequado para a sua condição.
“Esta escolha vem através de uma avaliação sócioeconômica
da família. Já foram beneficiados
usuários das Apaes de Brusque e Guabiruba, bem
como da Escola Charlotte”, afirma Camile.
Pelo caminho, apenas sorrisos de gratidão e
histórias inspiradoras. A cada novo beneficiado,
um universo de superação se apresenta, relevando
pessoas criativas, que driblam as limitações
diárias e não perdem a esperança no amanhã. E,
através do “Eu Ajudo na Lata”, a cadeira de rodas
adaptada assumia a forma de alegria, embaladinha
como presente. Daquele momento em diante, a
lida permanente passou a ser mais leve, prática,
confortável e acessível.
Inspiração
Entre tantas histórias vividas e contadas
através do “Eu Ajudo na Lata” vale lembrar de
dois meninos especiais, que roubaram a cena dos
noticiários de Brusque e região em junho de 2017.
Pedro Cysne da Silva, na época com nove
anos, morava em Florianópolis e ouviu seu
tio contar que, com cinco garrafas pets cheias
de lacres de alumínio era possível comprar
uma cadeira de rodas. Intrigado com a notícia,
começou ali mesmo a recolher os primeiros
lacres disponíveis. Depois, formou parcerias com
donos de mercadinhos e outros estabelecimentos
próximos de casa. Foi então que descobriu que a
informação estava errada: uma cadeira de rodas
dependeria da arrecadação de não apenas cinco,
mas de 100 garrafas pets! “Preciso aumentar a
minha rede”, pensou o menino, na época, sem se
abalar com a notícia. Familiares, amigos, a escola
e toda a comunidade se envolveram nesta grande
corrente do bem. Garçons passaram a recolher os
lacres de diversos restaurantes da capital do Estado
motivados pelo bom coração de Pedro.
Desta forma, naquela tarde fria de junho,
em 2017, dois anos e 10 meses depois de iniciar
este trabalho de formiguinha, o menino visitou a
sede da Apae Brusque e, com um sorriso largo,
fez a entrega de 100 garrafas pets abarrotadas de
lacres de alumínio. Na oportunidade, ele também
conheceu o Kauã, o sexto beneficiado pelo projeto
“Eu Ajudo na Lata”.
Beneficiados
Edson Francisco Furquim
Em 2015, quando tinha 24 anos, Edson
foi o primeiro contemplado pelo projeto
“Eu ajudo na Lata”. Na época ele não tinha
cadeira de rodas e utilizava uma da Apae de
Brusque, como empréstimo. Segundo sua
mãe, Maria Juvenir Furquim, Edson nasceu
com falta de oxigenação no cérebro, o que
provocou deficiência física e intelectual.
Marise Polli
A segunda beneficiada do
“Eu ajudo na Lata” recebeu sua
cadeira de rodas adaptada também
em 2015, quando tinha 24 anos.
Vinculada à Apae de Guabiruba,
Marise tem paralisia cerebral e
também disfunções relacionadas
ao nervo ciático.
Daiane Cardoso Ribeiro
Ex-aluna da Apae de Brusque,
em 2016, aos 17 anos, Daiane
passava boa parte do seu dia em
uma cadeira de plástico revestida
com uma colcha. A paralisia
cerebral, que comprometeu seu
desenvolvimento cognitivo e
motor, não a impediu de sorrir ao
ganhar sua primeira cadeira de
rodas, feita sob medida, conforme
sua necessidade.
Nayane Monteiro dos Santos
Em abril de 2016, a exaluna
da Escola Charlotte
também ganhou uma cadeira
de rodas adaptada. Até então, a
família utilizava um carrinho de
bebê para transportar a menina
que, na época, tinha quatro anos
e o diagnóstico confirmado de
Síndrome de Rett.
18 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
Daniela Lessa Antunes
Richard Gustavo Teske
No ano passado, quando
tinha 18 anos, foi o sétimo
contemplado com uma
cadeira de rodas adaptada.
Aluno da Escola Charlotte,
ele nasceu com falta de
oxigenação no cérebro e,
desde cedo, apresentou atraso
no desenvolvimento motor,
além de convulsões.
Também acometida pela paralisia cerebral,
Daniela recebeu sua primeira cadeira de rodas em
2016, através do projeto “Eu Ajudo na Lata”. Sem
condições financeiras para a compra do equipamento,
a família era só gratidão pela conquista, que contribui
com a acessibilidade e inclusão da menina.
Kauã Cesário dos Passos
Davi Matulle Cesaro
Em 2018 a sorte também
sorriu para Davi, que ganhou
sua primeira cadeira de rodas
própria. Com deficiência
múltipla, ele melhorou a
qualidade de vida já que,
até então, passava muito
tempo deitado ou no colo de
familiares e amigos.
Em junho de 2017 foi a vez do pequeno Kauã ser
contemplado com uma cadeira de rodas adaptada. Portador
de paralisia cerebral, ele passou a contar com melhores
condições de saúde e postura a partir da doação. No final de
2018 ele passou por uma cirurgia nas pernas, que minimizaram
seu problema de atrofia. Mais forte e saudável, hoje a família
celebra a evolução do menino.
Wellington Guilherme
Lima Silva
Também vítima de paralisia
cerebral, foi contemplado pelo projeto
“Eu Ajudo na Lata” em 2018, quando
tinha 9 anos. Graças a campanha, ele
agora segue a vida com melhoras na
postura e mais acessibilidade ao sair de
casa.
TerraCyclo
A Associação Empresarial de Brusque (ACIBr) integra o Comitê
dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e, por esta razão,
desde o início do ano é também parceria da ONG TerraCyclo, através
do projeto “Sustentabilidade na Ponta do Lápis”. Assim, quem chega no
Centro Empresarial, Social e Cultural de Brusque (CESCB) ou mesmo
na própria sede da ACIBr, já encontra uma caixa onde podem ser feitas
doações de todo tipo de material de escrita que não se usa mais.
“É uma campanha lançada pelo movimento nacional dos ODS,
que o Comitê de Brusque também abraçou. Desde o mês de março
os signatários estão estimulando a coleta de canetas, lápis, lapiseiras,
canetinhas, lápis de cor, entre outros, que não são mais utilizados. Todo
este material é encaminhado para a TerraCycle, com sede em São Paulo,
que faz a separação dos produtos e recicla”, conta a consultora da ACIBr,
Rose Civinski.
A grande vantagem da parceria é que a cada 12g de material
entregue, a TerraCycle doará R$ 0,02 para uma escola ou entidade
sem fins lucrativos. Ou seja, além de permitir um descarte correto
do material, existe a possibilidade de contribuir com um projeto que
estimula a educação.
Hoje, todos os signatários brusquenses fazem parte dos pontos de
coleta dos materiais: são 26 empresas e organizações e quatro pessoas
físicas. Criado em maio de 2016, o Comitê Municipal de Brusque
amplia a mobilização, discussão e propõe meios de implementação para
os ODS, que contemplem medidas efetivas para alcançar as metas da
agenda 2030, aprovada pelos 193 países membros da ONU durante sua
70ª Assembleia Geral, realizada em setembro de 2015, em Nova York, e
do qual o Brasil faz parte desde então.
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RECONHECIMENTO NACIONAL
Susymeri Ogliari (centro) com o secretário de Estado de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, Leandro Antônio Soares Lima; o gerente comercial da
Tecelagem Atlântica, Edson Rubem Müller; outro empresário catarinense reconhecido; e o gerente laboral do Complexo Penitenciário, Paulo César
Morais, durante a entrega do Selo Restaga 2019
Incentivo para
uma segunda
chance
Conheça mais sobre o trabalho com apenados, realizado pelas empresas
Porto Franco e Irmãos Fischer S.A, que receberam certificação nacional e
oferecem novas oportunidades de vida a detentos
20 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
No mês de maio foi realizada em Brasília a entrega
do Selo Nacional de Responsabilidade Social
pelo Trabalho no Sistema Prisional, o ‘Selo
Resgata’, iniciativa do Governo Federal desde
2017 que reconhece empresas, órgãos públicos
e empreendimentos que contratam presos, egressos do sistema
prisional e pessoas que cumprem penas alternativas no país.
No total, este ano 198 empresas de caráter público e privado
receberam a certificação, entre elas duas empresas da região de
Brusque, que integram a Associação Empresarial (ACIBr): a
Indústria Têxtil Porto Franco, certificada pela primeira vez, e a
Irmãos Fischer S.A, contemplada com o selo pelo terceiro ano
consecutivo.
O evento contou com a participação do ministro da Justiça e
Segurança Pública, Sergio Moro, o diretor-geral do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), Fabiano Bordignon, além do
secretário de Estado de Justiça e Cidadania de Santa Catarina,
Leandro Antônio Soares Lima.
Pioneirismo
A pioneira nos trabalhos de ressocialização com os apenados
em Brusque foi a Irmãos Fischer, que já recebeu três certificações
do Selo Resgata: em 2017, onde foi a primeira empresa de Santa
Catarina a ter o reconhecimento; em 2018; e agora novamente
em 2019.
De acordo com o diretor industrial da Cia Irmãos Fischer,
Norival Fischer, a iniciativa da implantação da indústria nas
unidades prisionais surgiu a partir do convite dos juízes Dr.
Edemar Leopoldo Schlosser, Dr. Cláudio Valdyr Helfenstein, que
atuou na comarca do município, e da promotora de Justiça, Dra.
Suzana Carnaúba, logo após a inauguração da Unidade Prisional
Avançada (UPA) de Brusque, em 2009. A possibilidade foi
uma alternativa encontrada pela empresa, já que ocupa o tempo
ocioso dos detentos, auxilia na linha de produção, incentiva os
apenados na remissão de pena a cada três dias de trabalho, além
da oportunidade de capacitação e futuras novas oportunidades de
vida.
Desde então a Irmãos Fischer passou a investir em duas
unidades prisionais para oferecer a estrutura suficiente e adequada,
conforme todas as normativas de trabalho e segurança, para a
realização de trabalhos com detentos. “Em nossa região acredito
que a Fischer foi uma das primeiras indústrias a implantar esse
sistema. O apenado é um cidadão como qualquer outro e ele está
preparado para fazer qualquer atividade, já que tem seu tempo
ocioso, mas desde que se ofereçam condições e estrutura”,
comenta.
Aos os que merecem, a
sociedade deve oportunizar
trabalho e educação. E todo
ser humano precisa de uma
segunda oportunidade
Norival Fischer, diretor industrial da Cia Irmãos Fisher e
presidente do ComumBrusque
Em 2017 o diretor esteve em Brasília, no Congresso
Nacional, onde falou sobre a iniciativa, em reunião com o então
ministro Torquato Lorena Jardim, que posteriormente esteve em
Brusque em visita à UPA da cidade, e conheceu in loco como o
sistema de trabalho funciona no espaço. “Na época conversamos
com o ministro para que houvesse um incentivo para as empresas,
para que se quebrasse essa rejeição de trabalho com apenados e
logo depois surgiu o Selo Resgata”, detalha Fischer.
Mudança de olhar
Atualmente a Irmãos Fischer tem o trabalho de apenados no
Complexo Penitenciário do Vale do Itajaí, em Itajaí, e na UPA de
Brusque. Em torno de 170 apenados, somando as duas unidades,
trabalham para a empresa, que possui mais de 700 colaboradores.
Entre as ações, os presos produzem diversas atividades laborais,
como montagem do fogão de quatro bocas, caixa de acessórios,
churrasqueira, painel eletrônico de fornos elétricos, entre
outras. “De lá o produto é conferido e enviado ao estoque para
a distribuição. O sistema na unidade prisional tem que funcionar
da mesma forma que dentro da empresa. E como a Fischer é uma
empresa certificada, procuramos cumprir todas as regras para que
o produto possa ser certificado também, quando é feito dentro do
sistema prisional”, explica.
Para Fischer o Selo Resgata é um importante reconhecimento,
mas em especial um incentivo para as empresas mudarem suas
perspectivas perante os trabalhos de produção dentro do sistema
prisional. “Que o sistema empresarial brusquense olhe para
o sistema prisional, com outros e bons olhos. Existem várias
R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
21
RECONHECIMENTO NACIONAL
Norival Fischer (centro) ao lado do então ministro Torquato Lorena Jardim, em 2017, durante a entrega do Selo Resgata, quando a Fischer
recebeu pela primeira vez o reconhecimento nacional
É uma gratidão enorme
criarmos esse ambiente
favorável, em especial
fazendo com que essas
mulheres tenham outros
planos após cumprirem
a pena
Susymeri Ogliari, diretora Executiva do
Grupo Atlântica
atividades na sociedade brusquense que poderiam ser muito bem implantadas e
utilizadas com a mão de obra dos apenados. Esses homens e mulheres, que estão
recolhidos da sociedade, são mantidos por nós, através dos tributos que pagamos.
Então, porque não reverter esse processo, fazer com eles produzam para a
sociedade? Resolver o problema não é possível, mas amenizar sim. Temos que ser
muito perseverantes, é uma busca contínua”, considera o diretor, que há nove anos
também é presidente do Conselho Municipal da Comunidade - ComumBrusque,
onde também representa a ACIBr. Além disso, Fischer integra o Conselho Estadual
da Comunidade de Santa Catarina. “Assim como na sociedade de modo geral, nos
presídios temos pessoas boas e ruins e o trabalho é uma força de amenizar o tempo
ocioso. Nem todos merecem, mas aos que merecem a sociedade deve oportunizar
trabalho e educação. E todo ser humano precisa de uma segunda oportunidade”,
complementa.
Mulheres em destaque
Outra empresa da região de Brusque a ser contemplada com o Selo Resgata e
que se tornou inspiração é a Indústria Têxtil Porto Franco, das lojas Porto Franco e
Sufalu, com sede em Botuverá, e que integra o Grupo Atlântica.
De acordo com a diretora Executiva do Grupo, Susymeri Ogliari, o início dos
trabalhos com os apenados deu-se após uma reunião da própria ACIBr, no final de
2015, onde o diretor industrial da Irmãos Fischer apresentou o projeto realizado pela
empresa e na época falou sobre os benefícios do mesmo.
Em seguida o Grupo Atlântica visitou o presídio feminino de Itajaí, onde
conheceu a estrutura e as necessidades do local, bem como iniciou os trâmites para
a implantação de um setor de costura no mesmo, que passou a funcionar no início
de 2016 no local. A unidade de Itajaí foi a primeira a ter detentas trabalhando para
a Porto Franco. “Não tiramos mão de obra da empresa, conseguimos suspender a
importação de produtos acabados de uma linha que comprávamos muito, trazendo
apenas matéria prima e industrializando na unidade prisional. Foi algo que nos
deixou muito feliz”, comenta Susymeri.
Em seguida, foram montadas células de produção no presídio de Tijucas e
22 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
mais recentemente, em 2018, no presídio de Blumenau.
Atualmente, 46 pessoas fazem parte da produção da Porto
Franco no presídio feminino de Itajaí, 12 em Tijucas, e
18 em Blumenau. Além disso, uma célula de produção da
empresa Atlântica funciona na UPA de Brusque e conta com
o trabalho de 14 apenados.
Em ambos os presídios são realizados processos de
acabamento e finalização de produtos nas áreas de costura,
embalagem, e outras, onde os apenados também possuem
metas de produção a cumprir, assim como na própria empresa.
“Hoje mandamos para as unidades prisionais trabalhos
simples, mas acredito que ao longo dos anos isso possa evoluir
e se aperfeiçoar, com outras atividades”, destaca Susymeri.
Entre as 198
Em relação ao Selo Resgata, a diretora Executiva do
Grupo Atlântica, que participou da cerimônia de entrega da
certificação, declara que para a empresa ter o reconhecimento
foi uma honra, em ver que o trabalho que transforma vidas
na região possa servir de inspiração para demais empresas
e locais do país. “Nos sentimos privilegiados de estarmos
entre as demais empresas reconhecidas e o que também
nos deixou felizes foi ver que Santa Catarina está muito
bem representada, com empresas engajadas nesse processo.
Fazemos muitas coisas em prol do bem e, quando nos
envolvemos e vimos que este é um projeto grande, do Governo
Federal, que pretende alcançar mil empresas certificadas no
próximo ano, é ainda mais realizador”, pontua.
Além disso, para ela ter a oportunidade de utilizar o
trabalho para a transformação de perspectiva de vida, em
especial de mulheres, é ainda mais engrandecedor. “É uma
gratidão enorme criarmos esse ambiente favorável, em
especial fazendo com que essas mulheres tenham outros
planos após cumprirem a pena, que não seja a opção de voltar
para o crime. Sabemos que há necessidade de se cumprir a
pena, mas também é muito significativo saber que estamos
gerando novas oportunidades”, salientou.
Novos produtos
Uma das novidades para este ano, a partir do mês de
agosto é disponibilidade de produtos exclusivos produzidos
nas unidades prisionais, que estarão presentes nas 23 lojas do
Grupo Atlântica. “A empresa cede, sem compromisso, matéria
prima e as detentas estão fazendo amostras. Cadastramos
dez itens, criamos uma padronização, uma marca, e elas vão
produzir essas peças, que serão cedidas para comercialização.
Serão caminhas, almofadas, travesseiros, enfim, produtos
feitos de materiais ecológicos e pelas mãos das apenadas”,
comenta Susymeri. O objetivo é utilizar a ocupação das
mulheres no presídio e estimular o lado criativo das mesmas
em prol do bem, na confecção das peças.
Saiba mais
Criado pela Portaria 630, de 3 de novembro de 2017, o Selo Resgata
é uma estratégia do Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
para dar visibilidade positiva para as entidades que colaboram com a
reintegração social de apenados com a oferta de vagas de trabalho.
A iniciativa está no rol da Política de Promoção e Acesso ao Trabalho
no âmbito do Sistema Prisional. Entre os critérios as empresas
precisam possuir em seu quadro de colaboradores presos provisórios
ou condenados no regime fechado, semiaberto, aberto, domiciliar,
internado, cumpridor de penas alternativas ou egressos, na proporção
mínima de 3% (três por cento) do total de quadro de empregados.
(Fonte: site Governo Federal).
Fique por Dentro!
De acordo com a Secretaria de Estado da Administração Prisional
e Socioeducativa de Santa Catarina, o preso que está trabalhando
tem interesse em se manter na função não somente pela
remuneração, mas pelas características de terapia ocupacional
que a atividade laboral proporciona. A remuneração mínima
prevista na Lei de Execução Penal (LEP) é de 3/4 do salário mínimo.
No entanto, nos convênios com o sistema prisional catarinense, as
empresas pagam um salário mínimo inteiro. 75% desse valor ficam
para o detento e 25% vão para o Fundo Penitenciário Estadual - e
a verba é utilizada na manutenção da própria unidade prisional. O
valor recebido pelo preso fica em uma conta poupança e poderá
ser retirado quando for liberado ou pode ser repassado aos seus
familiares ou advogados, mediante autorização. Além disso,
também como prevê a LEP, a cada três dias trabalhados o preso
tem redução de um dia de pena.
Por outro lado, as empresas conveniadas ficam dispensadas
do pagamento de 13º salário, FGTS, INSS, aviso prévio, bem
como alguns impostos e outros benefícios trabalhistas. Como
contrapartida, investem na estrutura das oficinas de trabalho
dentro das unidades prisionais e essas benfeitorias poderão ficar
na unidade prisional se ocorrer rescisão do contrato de trabalho.
(Fonte: Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa).
Sobre o ComumBrusque
As reuniões do Conselho da Comunidade de Brusque acontecem
todas as terceiras quintas-feiras do mês. O Conselho também
realiza visitas, junto com representantes do Poder Judiciário,
todas as primeiras quartas-feiras do mês nas unidades prisionais.
Além disso, uma comissão do Conselho também visita toda
a semana as unidades profissionais. Integram o Conselho
representantes do Judiciário, promotores e representantes da
sociedade civil.
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EVENTO
O evento surpreendeu os organizadores diante do número de participantes: mais de 300 pessoas levaram seus pets para a Cãominhada
Cãominhada
Social
1ªEvento realizado pelo Núcleo de Agropecuárias e Pet Shops
reuniu mais de 300 pessoas e seus pets
Os participantes
partiram do pátio da
Apae Brusque com
destino ao Centro
Empresarial, pela
avenida Beira Rio
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Integrantes do Núcleo de Agropecuárias e Pet Shops da ACIBr
Pink e Pandora também marcaram presença com
seus tutores no evento promovido pelo Núcleo da
ACIBr
O borzoi Orlof foi pura elegância na
1ª Cãominhada e despertou atenção
de muitos participantes
Adriana Piran aproveitou a oportunidade
para passear com sua Lady, que resgatou
de maus tratos há três anos e também
ajudar as ONGs de proteção aos animais
com a doação de ração
A
manhã de domingo, 16 de junho, reservou um
momento de pura sintonia entre as mais de
trezentas pessoas e seus cãezinhos, que atenderam
ao convite do Núcleo de Agropecuárias e Pet
Shops da Associação Empresarial de Brusque
(ACIBr) e participaram da 1ª Cãominhada Social.
A concentração dos participantes aconteceu no pátio da Apae
Brusque, o primeiro momento de socialização entre cães de diversas
raças e tamanhos, e de seus donos, que aproveitaram o momento para
trocar ideias, informações e ainda doarem ração para auxiliar ONGs que
atuam nos cuidados com animais.
A Cãominhada teve início às 10 horas, pela avenida Beira Rio e
seguiu até o estacionamento do Centro Empresarial, Social e Cultural
de Brusque (CESCB), onde os participantes aproveitaram para hidratar
seus pets, receber dicas importantes sobre vacinação e cuidados com os
animais e ainda concorrer a diversos prêmios que foram sorteados.
Karina Martins participou da Cãominhada com Pink e Pandora,
ambas com pouco mais de um ano, e avaliou como muito positiva a ideia
do evento. “Tomara que este evento continue e seja realizado mais vezes
no ano, porque além de ajudarmos com a doação de ração, aproveitamos
o passeio com elas”, comenta.
Adriele Guimarães e Romário Eleutério também marcaram
presença no evento, com a Wendy, de três anos, e Sadan, de três meses.
Eles souberam do evento porque Adriele trabalha em um pet shop e na
hora se programaram para participar. “É um evento muito interessante e
a expectativa agora é para que ocorram mais edições”, enfatiza Adriele.
Amor aos animais
As amigas Bruna Benvenutti e Fernanda Fantini participaram do
evento com seus pets Summer e Tobias, de quatro meses e oito anos,
respectivamente. Para elas, a ideia da Cãominhada foi sensacional, pois
ao mesmo tempo em que enaltece o amor de seus donos por seus pets,
ainda conta com a parte social, que é a doação de ração para ONGs que
trabalham com animais de rua.
Orlof, de cinco anos, foi pura elegância durante a 1ª Cãominhada,
ao lado de Tamara Zierke de Souza. “Ele adora passear e precisa se
movimentar sempre. Penso que este evento é muito legal, temos bastante
ONGs que precisam de ajuda e é uma forma social de promovermos a
interação e boas energias entre os cães e ao mesmo tempo ajudarmos os
cãezinhos de rua”, avalia.
Adriana Piran fez questão de participar com sua Lady, pet que
adotou há três anos. Além dela, Adriana tem outros dois cães. “A Lady
estava muito debilitada quando nós a adotamos e hoje ela está conosco e
com a Tiger e a Sofia, recebendo carinho e toda atenção que merecem.
É por isto que fiz questão de participar, porque muitos animais precisam
de ajuda e vemos quantas pessoas ainda prezam pelos animais”, conta.
R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
25
EVENTO
Quatro entidades de proteção aos animais foram beneficiadas com a 1ª Cãominhada e receberam doação e ração para cães e gatos
Causa Social
De acordo com a coordenadora do Núcleo, Andressa Zimmermann
Tonieto, o resultado do evento foi extremamente positivo na avaliação do
grupo. “É uma honra para nós realizarmos este evento em tão pouco
tempo de Núcleo, já que constituímos o grupo em fevereiro deste ano,
apesar das reuniões já acontecerem desde setembro de 2018. Este era
o primeiro projeto social do Núcleo, com o objetivo de conscientizar a
população, principalmente quanto aos cuidados com os pets. Sabemos
que nossa cidade tem bastante amor pelos animais, principalmente por
cachorros e gatos. Nossa expectativa era reunir cerca de 300 pessoas
e estamos muito felizes com o resultado, pois todos foram bastante
receptivos”, revela.
“A Cãominhada foi um sucesso. Uma oportunidade para que o
tutor possa passear com o seu cachorro, que também precisa sair de casa
para ter o equilíbrio do corpo e mente. Tem muita gente que pensa que
não tem problema confinar o animal em casa, mas ele precisa ter esta
vida ao ar livre”, comenta o vice-coordenador do Núcleo, José Antônio
Gesser.
Antes e durante o evento foram arrecadados mais de uma tonelada
de ração para gatos e cachorros, destinada para quatro entidades de
proteção animal com sede em Brusque e Guabiruba. A entrega das
doações foi realizada às entidades na noite de 27 de junho, no hall do
Centro Empresarial.
Segundo o integrante do Núcleo de Agropecuárias, Felipe Langaro
Gandin, a ideia de aliar uma causa social ao evento foi bem aceita
pelos organizadores, até porque existem entidades de proteção animal
que dependem do apoio comunitário para a manutenção do serviço.
“As pessoas também aprovaram esta possibilidade de ajudar e foram
vendidas todas as camisetas. A intenção é que o evento se repita mais
uma vez ainda este ano”, afirma Felipe.
Sem direcionamento na escolha das entidades, a divisão da ração
aconteceu conforme a quantidade de gatos e cachorros acolhidos em
cada instituição. O Núcleo de Agropecuárias inclusive informa que caso
existam outras iniciativas desta natureza, que também se beneficiariam
com a doação de ração, podem entrar em contato com a ACIBr e se
cadastrar para as próximas edições do evento.
“As ONGs são importantes porque trabalham de forma bastante
intensa para ajudar esses animais que são abandonados em grandes
números. Alguns ficam acolhidos em casas de voluntários. Outros,
em local próprio. Por isso é tão necessário se envolver e colaborar”,
completa o vice-coordenador do Núcleo, José Antônio Gesser.
Entre as entidades de proteção estava a Associação Regional de
Bem-Estar Animal (Arba), representada pelo voluntário Cesar Rubik.
Com sede alugada na região do Moura, a instituição acolhe cerca de
60 cachorros e depende de doações para o funcionamento. “A minha
esposa e eu começamos a ajudar o fundador há alguns meses. Ele é
aposentado, vive apenas com um salário mínimo. Mas é uma pessoa
muito boa, que merece este apoio da comunidade”, afirma Cesar, que
comemorou o volume de rações que vai alimentar os animais acolhidos
pelos próximos dias.
Eder Leite é fundador da ONG Protetores de Animais
Independentes de Brusque (Paib), que ficou mais conhecido após
seu canil, em um sítio da Rua São Pedro, ser incendiado no ano
passado. Agora a entidade mantém sede própria em Botuverá,
onde vivem cerca de 100 cachorros. E, na casa de Eder, no bairro
Limeira, estão mais 10. “Não gosto de pedir lar temporário para
as pessoas. Prefiro levar na clínica veterinária e depois ficar
cuidando até encontrar um dono. Com a doação recebida hoje já
consigo respirar um pouco”, diz ele, que é brusquense e precisou
abandonar o ofício de servente de pedreiro há dois anos para se
dedicar aos animais abandonados.
Kelly Cristine Stricker é presidente da Pata, a ONG de cuidado e
defesa animal em Guabiruba, fundada há quatro anos. Além de acolher
gatos e cachorros abandonados, os voluntários também fazem um
trabalho de conscientização nas escolas e nas redes sociais. Chegaram,
inclusive, a instalar placas pelo município, incentivando à adoção.
“Encontramos animais pelas ruas que estão debilitados, são vítimas de
atropelamentos ou maus-tratos. Fazemos então apelo para encontrar
lares temporários ou alguém que adote de forma permanente”, explica
Kelly.
Moacir Giraldi foi o representante da Acapra, que completou
recentemente 20 anos de atuação em Brusque. “Quero parabenizar o
Núcleo pelo evento que disponibilizou esta doação para as ONGs que
tanto precisam de ajuda. Hoje a Acapra passa por uma transição, com
a eleição de nova diretoria, mas mantém seu trabalho em busca de lares
temporários e no projeto de castração”, destaca.
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ARTIGO | NÚCLEO DE EMPRESAS CONTÁBEIS
JUCESC Digital:
a novidade do momento
A
evolução dos processos exige de empresários e
contadores constante atualização e modernização
dos seus sistemas e meios de trabalho.
Assim foi com as declarações entregues à
Receita Federal, a implantação da Nota Fiscal
Eletrônica, interligação digital entre clientes e escritório de
contabilidade na busca e entrega de documentos, processamento
digital nas diversas esferas da Justiça, entre muitas outras.
Agora chegou a vez da Junta Comercial do Estado de Santa
Catarina que está implantando a tramitação totalmente digital de
processos e de livros fiscais e contábeis, eliminando as etapas de
protocolo, distribuição, expedição e guarda física de documentos
nos processos de registro mercantil.
Com a implantação do processo digital na JUCESC, teremos
vários benefícios, tais como:
- o usuário do sistema não precisa mais se deslocar até um
escritório da JUCESC;
- o protocolo é realizado automaticamente pela INTERNET;
- a distribuição dos processos é feita de forma automática aos
analistas da JUCESC de todo o Estado de Santa Catarina;
- o tempo de análise e homologação dos processos digitais
pela JUCESC foi reduzido para 3 dias úteis e 10 dias úteis para
processos colegiados e físicos;
- após análise e homologação pela JUCESC o processo é
devolvido de forma digital via e-mail;
- o armazenamento dos processos em formato digital,
reduzindo o custo de impressão e guarda de documentos;
- compactação de etapas processuais.
Uma boa novidade que certamente trará agilidade e reduzirá
custos, diminuindo a burocracia na abertura e alterações de
empresas, bem como no registro dos livros mercantis.
O processo de assinatura digital possui um sistema próprio,
prático e de fácil acesso, tornando o processo muito ágil.
As informações e instruções sobre o processo digital na
JUCESC encontram-se no site: http://www.jucesc.sc.gov.br/index.
php/servicos/jucesc-digital.
O Sistema já está em pleno funcionamento, mas não para
todos os processos. Aqueles mais complexos, que exigem análise
colegiada, ainda são enviados de maneira física.
Chama-se a atenção dos operadores do sistema JUCESC
DIGITAL no sentido de que a exigência de assinatura digital que
deve constar nos atos levados a registro é a mesma que para os
atos físicos, inclusive do advogado. Ou seja, quem deve assinar
digitalmente são os mesmos assinantes de um processo físico, que
será identificado no Requerimento Eletrônico. Já o Instrumento
Contratual e documentos auxiliares deverão ser assinados por todos
os sócios.
Todos os sócios devem ter certificado digital – E-CPF,
podendo ser do tipo A1 ou A3 token ou cartão, para poder assinar
os instrumentos contratuais. Há a possibilidade de assinatura por
procuração, porém esta não é aconselhável.
Uma vez que sua assinatura digital foi aposta nos instrumentos
contratuais, o assinante não pode alegar desconhecimento daquilo
que neles consta.
Além disso, ressalte-se a necessidade de cuidado especial com
a guarda do e-CPF, pois sempre há riscos de mau uso, ao delegar
sua guarda a terceiros.
Os processos digitais vieram para ficar. Então, a nós cumpre
nos adaptarmos e tirar o melhor proveito dos sistemas, agilizando
os processos e reduzindo custos.
Junta Comercial passa a realizar atendimento
na Sala do Empreendedor
O escritório regional da Junta Comercial do Estado de Santa
Catarina (Jucesc), que funcionava anexo à sede da Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr) há mais de duas décadas, desde
o dia 4 de julho passou a atender em novo espaço: na Sala do
Empreendedor, no hall da Prefeitura de Brusque, das 12h às 18h.
A mudança faz parte do novo projeto da administração
municipal, e tem como objetivo integrar o espaço junto aos demais
órgãos que fazem atendimento para a constituição de novas empresas,
tais como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária, entre outros,
para facilitar e dar maior celeridade para os usuários (contadores
e empresários) na condução dos procedimentos de formalização e
abertura de empresas. “Com este novo formato proposto pela Sala
do Empreendedor, os usuários encontrarão, num só espaço físico, os
órgãos essenciais para a abertura de seus negócios, bem como para
obter demais informações relativas ao registro empresarial”, reforça
o analista da Jucesc, André Luís Brito Beck.
Mesmo com a mudança, além de Brusque, o escritório
regional permanece atendendo usuários das cidades de Botuverá,
Guabiruba, Nova Trento e São João Batista. Mais informações:
(47) 3251-1833.
R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
27
O lançamento do Festival Temperô reuniu autoridades, jornalistas, comunicadores, colunistas e convidados no dia 3 de agosto, no Hotel Monthez
FESTIVAL
Temperô eleva
gastronomia
de Brusque
De 4 de julho a 4 de agosto os estabelecimentos participantes atenderam
clientes com opção pensada exclusivamente para o Festival
Proporcionar experiências gastronômicas e valorizar
a variedade culinária de Brusque é um dos objetivos
do Garni – Núcleo de Gastronomia da Associação
Empresarial de Brusque, que pelo quarto ano
consecutivo realizou o Festival Temperô, de 4 de
julho a 4 de agosto.
Um dia antes dos estabelecimentos participantes desta edição
abrirem suas portas para servirem os pratos do Temperô deste ano,
o Garni promoveu o lançamento do Festival, na noite de 3 de julho,
no Hotel Monthez. O evento foi bastante prestigiado por autoridades,
colunistas, comunicadores, influencers, parceiros e convidados. Na
oportunidade, as casas levaram alguns de seus pratos para degustação,
promovendo uma noite onde a gastronomia foi a grande protagonista. O
evento contou ainda com degustação de vinhos, chopes e cafés especiais.
“O Temperô já foi abraçado pelo brusquense, como também pelas
pessoas de Botuverá, Guabiruba, Nova Trento, que visitam anualmente
os estabelecimentos. É interessante que já no início do ano os clientes
começam a questionar sobre o festival, esperam por ele. Por outro lado,
existe toda uma preparação dentro dos estabelecimentos, para planejar
os cardápios, mais precisamente, o prato participante do festival, que
geralmente não faz parte do cardápio da casa, mas depois do Temperô
pode vir a fazer, diante do retorno positivo e pedido dos próprios clientes”,
comenta o coordenador do Garni, Jonathan Antony Casagrande.
O objetivo do Festival Temperô é oferecer uma experiência
gastronômica com pratos nos valores pré-definidos de R$ 24,90 para
lanches acompanhados por sobremesa, ou de R$ 49,90 para entrada,
prato principal e sobremesa. Além disso, esta edição também conta com
o Cartão Fidelidade, onde o cliente que participar do Festival e degustar
pratos de quatro estabelecimentos diferentes, leva para casa um brinde
do Temperô. “Pensamos em trazer algo útil, para ser usado na cozinha e
escolhemos uma tábua de corte, de madeira, personalizada do festival”,
revela Casagrande.
Preparativos e expectativa
De acordo com uma das integrantes da Comissão organizadora do
Temperô, Sara Caetano Sassi, o festival é sempre um desafio a todo o
grupo, que a cada ano se dedica ainda mais para que o objetivo principal
não seja jamais esquecido. “Estamos muito felizes porque o Temperô está
a cada dia alcançando resultados positivos. É um festival onde pensamos
em cada detalhe e trabalhamos para que tudo fique perfeito, para que as
pessoas consigam ter a melhor experiência possível no momento em que
estiverem nos restaurantes participantes”, ressalta.
Para que isto ocorra, Sara enaltece que existe uma preocupação
constante com capacitações e aperfeiçoamento das equipes de cada
28 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
estabelecimento. “E tudo isso faz diferença, impacta na experiência que os
clientes têm em cada restaurante, lanchonetes e cafés”, acredita.
Representando a Sassipan Panificadora no Garni, ela conta que para
esta edição o estabelecimento trouxe uma pizza de fermentação natural,
assada em um forno específico para isso, com quatro sabores diferentes, e de
sobremesa uma tortinha alemã. O menu está dentro da linha funcional que
a panificadora segue em muitos de seus produtos e pretende surpreender os
clientes que o degustarem, conforme aconteceu no próprio lançamento do
Temperô.
Betina Kraus Müller assumiu o restaurante Mascavo Brasil há alguns
meses e participa pela primeira vez do Temperô, com uma expectativa
bastante positiva. “Eu já tinha participado nas outras edições como cliente,
e sempre admirei muito o festival, toda estrutura e envolvimento dos
restaurantes. E este ano estou muito contente por participar com a Mascavo
e esperamos que as pessoas realmente apreciem. O retorno, mesmo antes
do Temperô iniciar, já tem acontecido. Acredito que as pessoas virão para
conhecer o prato e também o restaurante, o que é muito bom para a casa”,
avalia.
Já o Batata Bistrô é um dos estabelecimentos que participa desde a
primeira edição do Temperô, sempre com pratos exclusivos para o Festival.
“Temos cinco anos de casa e pelo quarto ano participamos do Temperô.
Desde a primeira edição temos um percentual de 40 a 50% a mais de
vendas no mês de julho. Então a cada ano a expectativa é sempre maior e
ficamos ansiosos para levar algo diferente e melhor aos clientes. Nesta edição
trouxemos como entrada os palitos de queijo, com uma receita e produção
totalmente próprias. O prato principal é uma batata com linguiça artesanal,
produzida em Brusque, com bacon, tomate seco e molho quatro queijos. E
ainda um waffle de sobremesa. O que eu mais gosto no festival são os novos
clientes que surgem, que passam a conhecer a casa e o nosso desafio de
conquista-los, fidelizá-los”, comenta André Cipriani Gomes.
Segundo o coordenador do Garni, todo ano a expectativa para o
Temperô é de casa cheia. “Chegamos a triplicar nosso movimento durante
o festival. É um período desafiador do ano, porque é um mês de férias, o que
estimula as pessoas a saírem da cidade. Mas temos notado que nossas vendas
aumentam, duplicam e até triplicam, em alguns casos, o que é mais um sinal
de que o evento é algo fantástico”, afirma Casagrande.
O Casarão Garibaldi também integra a relação de estabelecimentos
participantes e traz para o festival um prato exclusivo. “Nossa ideia é trazer
algo novo para o cliente. Por mais que seja uma sequência promocional,
trazemos algo exclusivo e este ano trata-se de uma entrada, um prato principal
a base de gnocchi de batata doce com costela desfiada e uma sobremesa”,
comenta Casagrande.
De acordo com a diretora para Assuntos de Comércio e Turismo da
ACIBr, Rita Cássia Conti, o Temperô tem demonstrado um grande crescimento
a cada edição, gerando empregos, injetando um bom dinheiro na economia da
cidade e proporcionando maior visibilidade aos estabelecimentos participantes.
“Além do reconhecimento da gastronomia o que acho muito bacana é que
vemos o associativismo em primeiro lugar. São concorrentes que estão aqui,
mas que colaboram entre si, têm um brilho no olho maravilhoso, têm ganhos
em uma época de férias e todos saem ganhando. É um festival incrível que vale
a pena as pessoas prestigiarem”, enfatiza.
O Temperô teve duração de um mês, e encerrou este ano no aniversário
da cidade de Brusque, 4 de agosto. Nesta edição, nove estabelecimentos
gastronômicos de Brusque ofereceram menus exclusivos (entrada, prato
principal e sobremesa) por R$ 49,90, contando também com opções de café
ou lanche por R$ 24,90.
Marca registrada
Outra novidade bastante aguardada e comemorada pelo Núcleo Garni,
foi o registro da marca Temperô, conquistado nesta edição. “É uma grande
conquista para nós o registro desta marca”, complementa Casagrande.
Durante o lançamento os convidados puderam degustar alguns dos pratos
que integram o cardápio do Festival deste ano
O evento contou ainda com degustação de vinhos, cervejas artesanais e
cafés especiais
Integrantes do Núcleo Garni, idealizador e realizador do Festival Temperô
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SUCESSO
Leonice Fritzke, de Blumenau, foi a campeã do 6º Concurso Nacional da Cuca
Blumenauense
vence o 6º Festival
Nacional da Cuca
Durante três dias, cerca de 25 mil pessoas prestigiaram o evento, no Pavilhão da Fenarreco
Um encontro que reúne gerações e perpetua tradições.
Assim pode ser definido o 6º Festival Nacional da Cuca,
realizado entre os dias 5 e 7 de julho, no Pavilhão da
Fenarreco. O evento é uma organização do Núcleo de
Panificadoras e Confeitarias da Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr), em parceria com a Secretaria Municipal de
Turismo.
Entre as novidades deste ano, além do concurso “A cuca nota
10 do Brasil”, foi estabelecida uma nova competição: “A melhor cuca
da Vovó”. E as crianças que passaram pelo local puderam se divertir,
aprender e colocar a mão na massa em uma mini cozinha.
“Avançamos através do planejamento de atrações diferentes. Com
isso batemos recorde de público e encerramos o Festival Nacional da
Cuca com enorme gratidão. A panificação é isso, o sinônimo de família
reunida. Quando conhecemos a base de uma panificadora, vemos filho,
esposa, marido, todos trabalhando juntos. E o Festival tem esta proposta
familiar. Então envolvemos desde as crianças até as vovós, o que foi um
sucesso. A casa está cheia, mesmo com uma final de futebol rolando.
Hoje a Seleção Brasileira ficou em segundo plano porque a família de
Brusque e da região acreditou no nosso evento”, afirma o diretor da
ACIBr e membro do Núcleo de Panificadoras e Confeitarias da entidade,
Marlon Sávio Sassi.
Segundo ele, no decorrer da última semana, o Instituto Nacional de
Propriedade Industrial (INPI) emitiu o parecer favorável para o processo
30 R E V I S T A A C I B r A G O S T O 2 0 1 9
de registro das seguintes marcas: Festival Nacional da Cuca de Brusque;
Festival Nacional da Cuca da ACIBr e Fenacuca – Festival Nacional da
Cuca da ACIBr. Com a medida, a ACIBr passa a ser a detentora exclusiva
para o uso dessas marcas, uma conquista importante, que a entidade
tem a grata alegria de dividir com todo o município. “Conseguimos
patentear esses nomes, o que considero importante. Porém, gostaria
que todas as cidades tivessem um Festival da Cuca para fazer a alegria
do povo. Deveria ser criado um Circuito da Cuca, inclusive. Sei que já
existe este festival em cidades como Joinville, Blumenau e Timbó. Sou
incentivador deste projeto porque, algo com um valor tão pequeno é
capaz de promover uma festa tão grande”, detalha.
Segundo Marlon, as receitas que fizeram parte do concurso estão
disponíveis no site da ACIBr para que as pessoas também se empenhem
nesta tentativa gastronômica. Da mesma forma, as 9 panificadoras que
formaram o Mercado da Cuca estão com suas portas abertas e sempre
buscando novas técnicas e processos para aperfeiçoar este doce, herança
dos colonizadores alemães.
Os vencedores
Estreante no concurso “A cuca nota 10 do Brasil”, a blumenauense
Leonice Fritzke trouxe para o 6º Festival Nacional da Cuca uma receita
própria, que misturava maçã e castanha. A combinação deu certo e ela
alcançou o primeiro lugar da disputa.
“Só cozinho em casa para a família. Mas, quando soube do
concurso, decidi tentar. Escolhi a receita imaginando que a maioria das
pessoas gosta de maçã. Estou feliz e não esperava este resultado. Ano
que vem estarei aqui tentando de novo”, garante Leonice, que quase não
encontrava palavras para descrever tamanha emoção.
O segundo lugar ficou com Vicent Ramon Ponick, de Joinville, que
apresentou uma cuca refrescante, de abacaxi com hortelã. E, na terceira
colocação, estava Simone Sueli Beck Hertel, também de Joinville, e sua
deliciosa criação: uma cuca de pêra, maçã e especiarias.
Já no concurso “A cuca da Vovó”, que reuniu integrantes dos clubes
de terceira idade de Brusque e região, a vencedora foi a guabirubense
Rosane Mannrich, que ofereceu uma cuca de coco. Na segunda
colocação ficou a brusquense Lourdes Fischer de Oliveira, que apostou
na clássica combinação de banana, farofa e nata. Por fim, em terceiro
lugar, também de Brusque, ficou Maria José Serra, com sua saborosa
produção de uma cuca tradicional de banana.
Avaliação
Para o diretor de Turismo da Prefeitura de Brusque, Sidnei Dematé,
o evento foi finalizado com sucesso porque registrou um aumento de
30% em participação. Segundo ele, cerca de 20 mil pessoas passaram
pelo Pavilhão da Fenarreco durante os três dias de realização.
“O Pavilhão permaneceu lotado. No Mercado da Cuca a meta era
vender tudo o que foi produzido. As seis mil embalagens personalizadas
do evento se esgotaram e algumas panificadoras precisaram usar suas
embalagens próprias. No Café Colonial foi registrado 30% a mais no
volume de vendas. As equipes do artesanato também estavam satisfeitas,
assim como o número de inscrições para os concursos superou a
expectativa”, observa Dematé.
Presença VIP
O premiado chef de cozinha e apresentador do programa “Fábrica
de Casamentos”, transmitido pelo SBT, Carlos Bertolazzi, foi a presença
vip do 6º Festival Nacional da Cuca e chegou ao Pavilhão da Fenarreco
acompanhado pelo empresário Luciano Hang.
Bastante acessível, Bertolazzi participou da solenidade de
premiação do concurso “A cuca nota 10 do Brasil” e também atendeu aos
fãs com fotos e autógrafos. “Amo cuca, sou suspeito para falar. Quando
O evento foi marcado por um expressivo
aumento de público nesta edição
Mini cozinha e o concurso “A melhor cuca da
Vovó” foram as novidades do evento
me convidaram para o evento, não tive dúvidas em aceitar porque sabia
que, além de ver, iria ter a oportunidade de comer”, disse o apresentador.
O chef garante que nunca se arriscou na produção de uma cuca
e tem quase certeza de que os moradores de Brusque e da região são
mais capacitados na elaboração desta receita. “Este evento precisa existir
para estimular que as pessoas se inscrevam, participem e não deixem esta
cultura morrer”, comenta.
Cuca social
Quem passou pelo 6º Festival Nacional da Cuca teve a oportunidade
de contribuir com uma causa beneficente, através de um leilão solidário
em prol do Projeto Vida, que acolhe dependentes químicos em busca de
recuperação.
Neste leilão especial não vencia apenas o maior valor oferecido.
Todo e qualquer lance já era retido como forma de doação. As propostas
iniciaram em R$ 102, sendo que a maior oferta foi de R$ 1 mil pela
“Cuca nota 10 do Brasil”.
“Temos condições de colocar em tudo que faz um destino social.
Por isso somos parceiros do Projeto Vida, que visita os moradores de
rua, conversa, oferece tratamento. Depois continua o acompanhamento,
inclusive na integração à sociedade através do emprego. Ações desta
natureza não devem mendigar por apoio. Eles precisam ser valorizados.
Precisam ter a oportunidade de pensar em outras coisas e não na falta de
recursos”, afirma Marlon.
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EMPRESA DESTAQUE
Foco na Saúde e
Segurança do Trabalho
Em julho de 2019, a empresa Becker Saúde e Segurança
do Trabalho, completou três anos de atuação.
Localizada na rua dos Imigrantes, em Guabiruba,
oferece serviços de segurança do trabalho, consultoria,
saúde ocupacional e treinamentos, para toda a região.
De acordo com o engenheiro de Segurança do Trabalho, Vinícius
Becker, a empresa possui clientes de diversos segmentos, como têxtil,
alimentação, construção civil, comércio, panificação, metalmecânico,
saúde, educação, informática e serviços. “Todos os ramos de atividade
possuem suas peculiaridades e precisam atender legislações específicas
de segurança do trabalho. Quem está começando um novo negócio,
também precisa ficar atento com a legislação trabalhista, pois qualquer
falha pode inviabilizar o sucesso do negócio. É mais fácil começar do
jeito certo, ao invés de precisar se adequar depois. O melhor é quando
a empresa e os funcionários, já começam sabendo das suas obrigações,
para não haver surpresas desagradáveis no futuro. Para quem está
começando, passamos todas as orientações de forma clara e objetiva”,
declara Vinícius.
O engenheiro descreve que a Becker vem atendendo demandas em
três principais áreas: Engenharia de Segurança (elaboração de laudos,
projetos preventivos, adequações de máquinas e PPRA - Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais); Saúde Ocupacional (exames
médicos de admissão, periódicos, de retorno ao trabalho e demissão,
além de acompanhamento médico na empresa); Cursos e Treinamentos
(formação de Brigada de Incêndio, trabalho em altura NR-35, trabalho
com eletricidade NR-10, operador de empilhadeira NR-11, CIPA e
uso de EPI´s). “Os cursos que realizamos habilitam os profissionais a
trabalhar de forma segura, diminuindo significativamente os acidentes
de trabalho, além de trazer ganhos em produtividade e ainda estar em dia
com a legislação vigente”, observa Vinícius.
Ao avaliar as recentes mudanças nas leis trabalhistas, o engenheiro e
proprietário da Becker considera as propostas positivas e fala dos planos
da empresa para o futuro. “Todas as medidas que visam desburocratizar,
diminuir a carga tributária, gerar riqueza e renda são bem-vindas
e devem ser apoiadas. Não há segurança do trabalho ou saúde nos
postos de trabalho, onde há crise e onde a economia vai mal. Quando
existem ofertas de emprego e crescimento, há mais e melhores opções e
condições de trabalho. Acreditamos nesse cenário e entre os planos da
Becker para o futuro, está ampliar o número de empresas atendidas, sem
perder a qualidade dos serviços, que é nossa marca registrada. Nosso
objetivo é continuar contribuindo para que mais empresas possam
crescer de forma sustentável, para gerar riqueza e renda para o município
de Guabiruba e região”, salienta o empresário.
Comunidade
Paralelo às atividades na área de saúde e segurança do trabalho,
outra preocupação da Becker, é manter um relacionamento próximo
com a comunidade. “Desde o início, a empresa sempre esteve engajada
em questões sociais e disposta a buscar soluções para os problemas do
dia a dia, seja por meio do associativismo e da participação na ACIBr e
Cursos e treinamentos, são alguns dos serviços prestados
pela Becker Saúde e Segurança do Trabalho, e visam preparar
profissionais para trabalhar de forma segura e atendendo a
legislação vigente
Nosso objetivo é continuar
contribuindo para que mais
empresas possam crescer de forma
sustentável, para gerar riqueza e
renda para o município e região
no Núcleo Empresarial de Guabiruba, como na CDL de Guabiruba, ou
através das ações de seus diretores como membros atuantes do Clube
de Engenharia de Brusque e da Associação Catarinense de Engenharia
de Segurança do Trabalho, além de trabalhos voluntários no Corpo de
Bombeiros de Guabiruba. “Recentemente, contribuímos para a compra
de duas viaturas para a Polícia Militar de Guabiruba, numa ação de
iniciativa do Núcleo de Empresários, para melhorar a atuação da
polícia na cidade. Ainda através do Núcleo Empresarial de Guabiruba,
apoiamos financeiramente a campanha para construção do Centro de
Hemodinâmica do Hospital Azambuja, para atender pacientes do SUS.
São pequenas ações que visam beneficiar a comunidade e contribuir
para que que nossas cidades se transformem em um lugar melhor para se
viver”, destaca Vinícius.
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ARTIGO | COMUNICAÇÃO
Bárbara Silvana Sabino - Ma. CRA 23.960 - professora - IFSC Gaspar
Francisco José Sabino - publicitário, Especialista em Marketing Criativo - SABINO COMUNICAÇÃO
Quantas lições de marketing
há em um carrinho de sorvetes?
Segunda-feira de final de março, início de outono, dia
bonito, 10 horas, praia… Quase deserta. O movimento
de banhistas começa mesmo ao meio-dia e com ele,
surgem os ambulantes. Primeiramente circula um
carrinho de sorvetes quase imperceptível, pois além de
silencioso é branco, com poucas imagens, apresenta uma plaquinha
(folha A4, impressa em PB) com preços até atrativos, mas um
nome desconhecido. Os banhistas mal percebem sua presença, no
máximo são lançados alguns olhares incrédulos.
Na sequência, ouve-se um ‘fonfom’. Um carrinho de sorvete
vistoso, o dobro do anterior, vermelho, uma placa grande com
muitas imagens; o vendedor uniformizado, sorridente; um nome de
sorvete que não é um nome qualquer, é uma marca nacionalmente
conhecida. As pessoas chegam a murmurar: ‘que bom, um sorvete
bom!’. Entretanto, apenas algumas crianças o circundam, olham
para os pais que acenam aprovando com um movimento de cabeça,
mas também só.
Passado algum tempo, surge no horizonte um carrinho verde
fosco, cujo tamanho é o triplo do primeiro. Mesmo distante, ele
faz com que as pessoas se questionem: ‘o que é aquilo?’. Ao se
aproximar, percebe-se que é um carrinho de sorvetes padronizado
por cor e logomarca (carrinho e uniforme). Um carrinho discreto,
cuja elegância é imponente e respaldada pela marca que ativou
aquela água na boca... As pessoas comentavam no seu íntimo: ‘nem
sabia que esta marca brasileira de chocolates tinha sorvete, deve ser
muito bom, pois os chocolates o são!’. Só que o vendedor estava
um piloto de jato, e as pessoas precisavam sair correndo atrás dele,
pois entre a ativação da atenção e a ação de compra (técnica de
marketing AIDA), o vendedor já estava longe.
Quantas lições de marketing se podem aprender com esses
carrinhos de sorvetes? Em termos do composto mercadológico,
percebe-se: (1) produto: o nível de qualidade dos produtos, percebido
pelos consumidores por meio da sua marca, são automaticamente
atribuídos aos novos produtos. O novo desperta interesse no
consumidor; (2) preço: existem consumidores que não se importam
em pagar mais por produtos com valor agregado; (3) praça:
ampliação do canal de distribuição (praia), com o direcionamento
do produto certo (sorvetes e não chocolates); (4) promoção:
propagandas em mídias diversas são importantes para a construção
e o fortalecimento da marca e não apenas para divulgar produtos ou
promoções; o carrinho e o vendedor são instrumentos essenciais de
divulgação; quanto mais a marca for conhecida, menor pode ser o
esforço (variedade de ferramentas e $$$$) de divulgação na praça.
Além disso, no ponto de venda (praça) é preciso aplicar
materiais publicitários que chamem a Atenção do consumidor, a
partir desse ponto, todo o esforço empregado na gestão da marca
será o suporte para a geração de Interesse e criação do Desejo. A
decisão de compra (Ação) vai muito além da simples visualização
do carrinho de sorvetes, pois o primeiro não seduziu os turistas.
Por quê? Pode-se deduzir que o produto desse não condiz ao
mercado escolhido, ou seja, esta praia não é a praça correta para
este produto. Pois este público não se seduz com preços baixos e
sim pela credibilidade da marca.
E quanto ao atendimento, quando não há concorrência
acirrada, a credibilidade e o posicionamento da marca superam o
atendimento ruim. Um bom produto, cujo preço, praça e promoção
estão dimensionados corretamente não se sobrepõe a uma inovação,
ou seja, não gera Interesse, pois é o mesmo do mesmo. Em suma,
um carrinho de sorvetes pode fornecer mil lições de marketing, que
não cabem nesta lauda.
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䐀 䄀 䴀 唀 䰀 吀 䤀 倀 䰀 䤀 䌀 䄀 윀쌀 伀 준 䄀
䐀 䤀 嘀 䤀 匀 쌀 伀
倀 䔀 一 匀 伀 唀 䤀 䴀 倀 伀 刀 吀 䄀 刀 伀 唀 䔀 堀 倀 伀 刀 吀 䄀 刀 㼀
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䌀 漀 洀 瀀 愀 爀 琀 椀 氀 栀 愀 爀 漀
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攀 椀 搀 攀 愀 氀 瀀 爀 愀 瘀 漀 挀 ⸀
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ARTIGO | NÚCLEO INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
Eliomara Rodrigues das Neves, gestora da escola do Sesc em Brusque
Pedagoga com especialização em Psicopedagogia, Neuropedagogia e Psicanálise no âmbito escolar; Doutora em psicanálise clínica.
LIMITES: Como estabelecê-los
na educação de uma criança?
Nos constituímos seres sociáveis justamente por
causa dos limites. Alguns aspectos de nosso campo
emocional e psíquico se organizarão e desenvolverão
justamente a partir dos limites. Não tê-los é ser um
humano deficiente sobre este aspecto.
Dizer e permanecer no NÃO, cansa. Isso é fato! A criança vai buscar
caminhos de realizar o seu desejo, porque este é o processo natural da
infância: descobrir caminhos de realizar atividades que sejam prazerosas.
As regras compõem o mundo do adulto, não das crianças, por isso, elas
sempre insistirão, tornando a função do adulto exaustiva. Além disso o
NÃO entristece a criança e muitas vezes os pais se fragilizam e cedem,
esquecendo a aprendizagem maior que está por trás de manter a palavra.
Nesse sentido, tranquilidade e firmeza são palavras que aparentemente
não são parceiras, mas essenciais diante desse processo, principalmente
quando para resistir ao limite a criança faz birra.
Esse conflito interno, que chamamos de birra, é desencadeado
por sentimentos com os quais a criança não sabe lidar. Toda reação
física de uma birra: o grito, choro, bater as pernas, jogar-se no chão,
são maneiras de externar o desequilíbrio emocional que está sentindo
e não sabe explicar, muito menos controlar. A criança é contrariada,
sente um enorme incômodo, pois o seu desejo, ou seja, aquilo que no
momento dará prazer está sendo negado (como negar a compra de um
determinado objeto num passeio ao shopping). Esse prazer negado
provocará internamente a produção de substâncias que desencadearão
uma explosão de sensações desconhecidas e incômodas, de forma
que a criança reage com todo esse conjunto de comportamentos que
chamamos de birra. O que fazer então? Orientar com tranquilidade
e firmeza, ajudando a criança a compreender que essa sensação é
desagradável, mas em algumas situações será inevitável. É importante
utilizar exemplos do dia-a-dia para ajudá-la a compreender. Inclusive é
importante que os adultos deem exemplos de como fazem para controlar
suas frustações. Se não conseguirmos lembrar exemplos plausíveis de
como reagimos nessas situações para compartilharmos com as crianças,
significa que numa guerra da birra, nós também estamos despreparados.
Dicas importantes:
-Faça o exercício de “assistir-se”, agindo e interagindo com seu
filho, perceba o quanto usa justificativas para explicar as decisões
que toma. Como responsável pela educação de uma criança, quando
justificamos muito é possível serem falhas que estamos com dificuldade
de assumir. Ex: “É porque meu filho tem a personalidade muito forte”;
-Procure desabafar com os parceiros, amigos, profissionais
terapeutas. A tarefa de educar uma criança é desgastante, mas evite
deixar isso claro para ela;
-Estabeleça combinados que realmente vai cumprir;
-Evitar acordos e barganhas em situações que representam valores
que a criança precisa construir. Exemplo: “se você, obedecer, respeitar,
tratar bem os colegas, etc. você ganhará...”. Valores são elementos
básicos para a vida em sociedade e devem ser exercitados sem moeda
de troca. É muito perigoso negociar com a criança sobre essas questões;
-Sob nenhuma circunstância diga para seu filho “eu não sei mais
o que fazer com você”. Se testar caminhos para burlar as regras é um
movimento natural da infância, essa frase metaforicamente, é como
entregar o troféu no pódio para a criança;
-Ouça a criança, dê a ela oportunidade de dizer o que pensa, o que
sente. Esse é um exercício para conhecer melhor seu filho, demonstrar
respeito e também ajudá-lo a organizar as ideias e sentimentos.
Os pais de hoje foram educados por uma geração que imprimia com
mais intensidade a presença das regras, enquanto não descontruirmos
a ideia de que as regras são algo ruim, não conseguiremos avançar na
orientação às crianças. Regras não são ruins, nossas memórias sobre a
forma como as conhecemos talvez sejam, contudo, essa memória não é da
criança que estou educando, por isso desconstruir significa compreender
que limite representa: equilíbrio interno, organização de pensamento,
autocontrole, temperança, segurança, entre tantas outras qualidades que
contribuirão para a formação de um adulto psiquicamente, equilibrado,
leve e saudável.
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EMPRESA DESTAQUE
Conteúdo criativo
e assertivo
Um estúdio criativo e muitas possibilidades, tendo o
vídeo como a principal ferramenta para criar conteúdo.
Assim é a Expoente, uma empresa que une o design e a
comunicação para realizar trabalhos multidisciplinares.
“Não somos só uma produtora de vídeo e também não
somos uma agência de publicidade. Somos criadores de conteúdo”,
explicam os sócios-proprietários da Expoente, Nícolas Krieger, José
Luiz Day e Vinicius Santos.
Atentos a uma oportunidade de mercado, os amigos de colégio
formaram a sociedade e começaram a trabalhar nos primeiros projetos
no final de 2017. “Percebemos que o mercado de audiovisual regional
tinha muito potencial para se profissionalizar e crescer. Nos reunimos e
criamos uma marca, que fosse a nossa cara, para atender essa demanda.
Desde então, compartilhamos o escritório com um grupo de empresas
de tecnologia em Brusque”, descreve o trio.
Com foco no profissionalismo e inovação, a Expoente enxerga
todas as pontas da comunicação como importantes e não se preocupa
apenas com a execução de uma ideia. “Temos uma preocupação muito
grande com o modelo de negócio e os processos que utilizamos, tudo isso
para entregar o máximo potencial criativo ao cliente. Nosso método tem
um pouco da experiência de cada pessoa com quem já trabalhamos, e ele
não para de se renovar e crescer. Nossas formações em design, produção
audiovisual, cinema e publicidade também servem como base para o que
fazemos. E para conseguir atender as demandas que queríamos, fomos
buscar as pessoas que já admirávamos na área e hoje esses profissionais
trabalham na nossa equipe. Temos um time de umas 25 a 30 pessoas
que podemos acionar de acordo com cada projeto, fazendo a empresa
funcionar de maneira mais eficiente e assertiva a cada novo projeto”,
observam os sócios.
Em um ano e meio de trabalho, a Expoente comemora uma
carteira diversa de clientes. Entre eles, estão marcas de destaque como
Midea, Trussardi, Fischer, Unifique, Havan Liberty Gaming, Barba de
Respeito, Híbrido e ERBS. “Nossa atuação não se limita à região de
Brusque e já rodamos projetos em São Paulo e Brasília, como no caso
do documentário ‘Remote First’*, que lançamos há pouco tempo. Esse
documentário foi um projeto idealizado e produzido pela Expoente, e
junto com o Officeless (um movimento que fala sobre trabalho remoto
em nível nacional) exploramos alguns temas como liberdade e propósito
no trabalho. Foi um processo que demonstra muito o nosso jeito de
trabalhar, pois não nos limitamos a talentos regionais e dirigimos uma
equipe distribuída em Brusque, Florianópolis, Brasília, Washington
(EUA) e Toronto (Canadá)”, destacam os empreendedores.
Empreendedorismo
Além de produzir conteúdo de qualidade, a empresa incentiva
a ação de jovens empreendedores. “O documentário que fizemos
foi distribuído de forma gratuita, e também participamos de vários
eventos, palestras e talks para partilhar conhecimento. Recentemente,
estivemos no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) de Brusque,
A empresa Expoente consiste num estúdio criativo que une o design e a
comunicação, para produzir audiovisuais com conteúdo diferenciado
Até o final do ano temos bastante
coisa para tirar do papel
onde batemos um papo com jovens estagiários, para incentivar o
empreendedorismo e mostrar um caminho palpável e próximo de como
é possível fazer acontecer projetos pessoais. Outra experiência bacana foi
nossa participação no Join Digital Meet, em Joinville, onde conversamos
junto com o youtuber Tavião sobre a produção de vídeo e os impactos
disso em nossas vidas. Ainda esse ano, temos mais quatro eventos
confirmados, sendo um deles, o retorno ao CIEE”, comentam os jovens.
A Expoente também aposta no associativismo e um de seus
sócios, Nícolas, participa ativamente do Núcleo Jovem da ACIBr,
representando a entidade no Conselho Municipal da Juventude,
além de ter feito parte da coordenação nas duas primeiras gestões do
Movimento Nacional dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável,
hoje atuante como Signatário. “Temos grandes expectativas para o
segundo semestre, assim como para os próximos anos. Cada vez mais
vamos conquistando a confiança de empresas relevantes e construindo
projetos com impacto maior. Se fosse para soltar um spoiler, diríamos
que muito em breve nossa atuação e equipe estão prestes a dar um grande
passo. Estamos preparando mais projetos de conteúdo original, como foi
o documentário, pois enxergamos muito potencial nessa área de branded
content e seguimos ampliando nosso relacionamento com o mercado
de grandes marcas e agências. Com certeza, até o final do ano temos
bastante coisa para tirar do papel”, garantem os criativos Nícolas, José
Luiz e Vinicius.
*Acesse o documentário pelo site www.remotefirst.com.br
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Sua equipe mais
saudável e feliz
Os colaboradores da sua
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