REVISTA-ACIBR-ED-10
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EDIÇÃO 10 · ANO IV · ABRIL DE 2017
NÚCLEOS E NOVOS ASSOCIADOS
Novos Associados
• Alpha Monitoramento
• Aroma do Café
• Bravacinas Clínica Vacinação
• Capacita Brusque
• Carolitas Café
• CDM Máquinas e Equipamentos
• Chemizz Camisaria
• Classificados Meu Balcão
• Copacabana Ind. e Com.
• Estilo Equipamentos Escritório
• Fenix Impressão
• Fiel Limpeza
• Gerar - Geração de Emprego, Renda e Apoio ao Desenvolvimento Regional
• Goulart Produções e Eventos
• Marcin Seguros
• Ntools Informática
• Prollar Serviços Especializados
• RipRipi
• Splendore
• Supermercado Mix
• Tecelagem Oliveira
• Theichmann Pães e Doces
• TIE Tecnologia Informação Empresarial
Coordenadores de
Núcleos Setoriais
ACADEMIAS DE BRUSQUE
JOÃO HEITOR DEBRASSI BENVENUTI
Extremme Academia
COMÉRCIO EXTERIOR
LUCIANE KORMANN
BorgWarner PDS Brasil
CONSTRUTORAS
VALTER ORLANDI
KRCON Empreendimentos
CORRETORES E IMOBILIÁRIAS DE BRUSQUE
HORST HEINIG
Escritório Imobiliário Heinig
EMPRESAS CONTÁBEIS DE BRUSQUE E REGIÃO
ANDRÉ RAMOS KLABUNDE
Supervisão Serviços Contábeis
GASTRONOMIA
JONATHAN ANTONY CASAGRANDE
Casa Grill Restaurante
TURISMO
ROSELAINE ERTHAL
Rose Cia de Viagens
FARMÁCIAS E DROGARIAS
CLAUDETE WILLRICH SANI
Farmácia Lindóia
ESCOLAS DE IDIOMAS
KARINA RISTOW KOHLER
Link Language School
MULHERES EMPRESÁRIAS
ROSANGELA ANDRADE
Andrade Eventos e Consultoria
PANIFICADORAS E CONFEITARIAS
FERNANDO ZEN
Panificadora Zen
TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
LUCIANO QUINTINO
Univer Soluções
MOVELEIROS
DANIEL DOS SANTOS
Kaza Móveis
METALMECÂNICA
ADALBERTO SPECK DIAS
Perfil Máquinas e Equipamentos
JOVENS EMPREENDEDORES – ACIBr JOVEM
EDUARDO JONAS IMHOF
Eduardo Imhof Corretor de Imóveis
INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DE BRUSQUE
MAICON RODRIGO MORESCO
Colégio Amplo
LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS
WERNER GUSTAVO VIEIRA WILLRICH
Laboratório TWA – Verner Willrich
GESTÃO AMBIENTAL
VALTER FLORIANI
Caçamba Cidade Limpa
FABRICANTES DE TOALHAS
ARTUR EDUARDO MARCHI
Lufamar Tecidos
CORRETORES DE SEGUROS
GLODOALDO PINHEIRO
Erpa Seguros
EMPRESARIAL DE GUABIRUBA
LUANA SCHUMACHER VAZ
Guabifios Produtos Texteis
EMPRESÁRIOS DE BOTUVERÁ
EDUARDO BARNI
Mineração Rio do Ouro
2 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
EDITORIAL
HALISSON HABITZREUTER
Presidente
Depois de um ano que deixou muita gente de cabelo
em pé, finalmente boas notícias: as previsões para
2017 são otimistas. Pelo menos é o que indicam
especialistas de Federações Empresariais, da
Indústria, do Comércio e de Serviços em nosso país.
Análises indicam que o cenário econômico negativo de 2016
– com queda de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB), inflação de
6,8%, retração de 6,0% nas vendas do varejo, perda de 3% do PIB
Industrial e mais de 12 milhões de desempregados – ficará para trás.
As projeções para este ano são positivas e inspiram confiança.
Além disso, está previsto também saldo comercial favorável,
forte ingresso de capitais via investimentos diretos e financeiros,
resgate da inclinação ao investimento por parte de empresários
nacionais e estrangeiros e recuperação do consumo ao longo do ano.
Esse processo deve dar início à retomada do emprego e redução das
taxas de desemprego.
Essas mudanças positivas já começaram a se apresentar ainda
em 2016, com as reduções da pressão inflacionária e da desconfiança,
por causa da mudança de governo. Com empresários e consumidores
mais confiantes, o ambiente político mais consistente, as medidas
necessárias para o crescimento são tomadas mais facilmente.
A crise de confiança é um dos fatores mais relevantes para a
explicação da crise econômica que o país atravessa atualmente. A
incerteza é a base da desconfiança, e a confiança é a base do capitalismo.
Funciona mais ou menos assim: quando a confiança do consumidor
está em baixa, ele não compra. Consequentemente o mercado esfria.
Sem confiança nas perspectivas do mercado o empresário não investe.
Mais do que isso, ele deixa de empregar. Com menos emprego, o
trabalhador consome menos, a economia desacelera ainda mais, e
o empresário investe e emprega sempre menos. À medida que essa
situação se repete exponencialmente dentro de uma economia, as
consequências são a crise e a estagnação que o brasileiro atualmente
conhece muito bem.
Obviamente que a confiança não foi o único elemento a
desempenhar um papel importante na crise que o país atravessa. A
situação decorre de uma série de erros técnicos das últimas equipes
econômicas. O nosso modelo de desenvolvimento dos últimos 15 anos
baseou-se somente em consumo e ele se esgotou. Faltou investimento.
O investimento deve acompanhar o desenvolvimento, e o setor público
deve dar espaço a quem investe.
Mas temos esperança que as coisas vão melhorar.Uma parcela
importante da recessão interna e da paralisação do mercado advém
das incertezas resultantes da crise política. Por isso, com a perspectiva
das recentes definições no quadro político, a tendência é de melhora
do panorama para este ano. Alguns elementos sustentam o otimismo,
entre os quais: uma melhoria em curso dos índices de confiança; uma
queda observável, embora muito lenta, na inflação; uma provável
recuperação do PIB; expectativas de redução dos juros; e a retomada
da atividade econômica, graças a um aumento no consumo das
famílias.
A tendência de melhora é muito clara. E não é mais para
2018. Pode ser já no segundo semestre de 2017. Estamos
contando com uma contenção de gastos do governo e uma
redução de juros, com consequente retirada de dinheiro do
mercado financeiro, para injeção no comércio. Os índices
indicam que tanto os consumidores quanto os empresários estão
aumentando as expectativas otimistas. Isso nos garantirá um ano
difícil, porém melhor. Mais confiança significa uma perspectiva
de aumento de compras e, consequentemente, de investimentos,
com reaquecimento da economia.
Nossa aposta neste momento é no empreendedorismo e no
associativismo. Os empreendedores geram tecnologia, criam
incubadoras, promovem cursos, lançam novos produtos, têm foco
na eficiência, geram empregos e renda e, consequentemente, o
desenvolvimento econômico do município. Estamos percebendo que
o associativismo e a troca de informações que ele promove deixa o
conjunto mais forte e atuante.
Estamos trabalhando para ampliar o número de núcleos setoriais.
Hoje contamos com 22 e o princípio é que, mesmo sendo concorrentes
tem problemas comuns e os caminhos para buscar as soluções podem
ser encontrados em conjunto pelos empresários de cada setor.
Mesmo com um cenário econômico que anseia por reformas
urgentes e importantes, acreditamos que este ano será melhor que
2016.
EXPEDIENTE
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BRUSQUE
Textos e fotos: Ideia Comunicação Corporativa - Jornalistas
Responsáveis: Carina Machado, Guédria B. Motta, e Taiana Eberle
Planejamento Gráfico e diagramação: Diego Bernardi
Veiculação Trimestral: 1.200 Exemplares
Impressão: Gráfica Mercúrio
A ACIBr utiliza material reciclado em sua embalagem de jornal
Conselho Editorial: Valzete Walendowsky, Janice Kunitz,
Cândido Horácio Godoy e Aliomar Luciano dos Santos.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
3
ÍNDICE
Calendário de Atividades 6
Entrevista Especial: "A Indústria 4.0 já é uma realidade" 8
Julho: o mês do doce sabor da tradição alemã 12
Entrevista: ACIBr projeta ações para ter um 2017 produtivo 14
Núcleo de Corretores e Imobiliárias - Reivindicações ao prefeito 18
Empresa Destaque: A arte de resolver problemas 19
12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC 20
Diretor ACIBr: Ademir José Pereira 21
Empresa Destaque: O cardápio italiano do Restaurante do Nido 22
ACIBr apresenta Escola de Negócios para a FACISC 24
2º Ciclo de Palestras do Núcleo de Metalmecânica 26
Empresa Destaque: O doce sabor de empreender 27
ACIBr recebe certificação do Movimento Nacional ODS, Nós Podemos Santa Catarina 28
Feira Multissetorial Núcleos e Associados ACIBr 30
ACIBr marca presença em reunião plenária da FACISC 32
E-commerce: um novo negócio 34
Protesto Expresso 36
Empresa Destaque: Mergulhar na nova vida 37
Hiper: a Startup que cresceu 85% no ano passado 38
Artigo Comunicação 39
Mais eficiência na abertura de empresas 40
Programa “Observador Mirim” vai atender duas mil crianças 41
Polícia Militar recebe novo efetivo 42
ACIBr participa de Momento Técnico do CEAB 43
“A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas” 44
Brusque vai sediar nova Escola de Soldados 46
ACIBr e CDL solicitam criação de um Fundo para a Polícia Civil 47
Profissionais de educação física participam de Curso de Hidroginástica 48
Escritório Regional da Jucesc oferece novos serviços 49
Núcleo Empresas Contábeis 50
Artigo Núcleo Instituições Educacionais 51
GRÁFICA MERCÚRIO
4 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ONDE O BRDE ESTÁ PRESENTE,
O DESENVOLVIMENTO ACONTECE.
Com os financiamentos do BRDE, projetos inovadores do Sul
do Brasil viram realidade. Aqui, você conta com a orientação
de uma equipe especializada que encontra a solução ideal
para cada necessidade, além de linhas de crédito específicas
para inovação, como o desenvolvimento de novos produtos,
aprimoramento de serviços ou modernização de processos.
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Ouvidoria DDG 0800 600 1020
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Calendário de atividades
Início Reuniões Diretoria 06/02
Início Reuniões Núcleos Setoriais 06/02
Palestra filantrópica em benefício APAE
Campanha Eu Ajudo na Lata(Arrecadação Lacres)
Primeiro semestre
Fevereiro à dezembro
Reunião Conselho Deliberativo - Palestra: Entendendo as consequências da evolução tecnológica 20/03
Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 27/03
Dia D – Campanha Vacinação Gripe H1N1
Seminário EMPRETEC - Sebrae / ACIBr
Abril
24 à 29/Abril
2º Feirão de Imóveis – Núcleo Construtoras 07, 08 e 09/04
Almoço de Ideias– FIESC/SENAI – Jeferson de Oliveira Gomes 04/05
Campanha Mania de Ler – ACIBr/CDL/SESC (Doação de Livros)
Maio à agosto
DIA D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 11/05
1ª Multifair – Feira Multissetorial dos Núcleos ACIBr 25, 26, 27 E 28/05
Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 29/05
Reunião Plenária FACISC Regional Vale do Itajaí
Junho/julho
Sessão de Negócios – Sebrae/ACIBr 19/06
Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 21/06
IV Festival Nacional da Cuca– Núcleo Panificadoras/Confeitarias 08 E 09/07
Doação Cobertores Campanha Agasalho -ACIBr/CDL/SINDILOJAS 10/07
5º Fórum de RH 18/07
19º Jantar Dia do Panificador – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 29/07
Feirão do Imposto – Núcleo ACIBr Jovem
2º Festival Gastronômico TEMPERÔ – Núcleo Gastronomia 05/07 à 09/08
Assembleia Geral Eleitoral: Diretoria Gestão 2017/2019
e Conselhos Deliberativo e Fiscal Triênio 2017/2020
Julho/agosto
Almoço Ideias 10/08
Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 10/08
Reunião Conselho Deliberativo 25/09
Seminário EMPRETEC –Sebrae/ ACIBr
Outubro
Missa em Ação de Graças 83 anos fundação ACIBr 01/10
Aniversário 83 anos fundação ACIBr – Distribuição bolo aos associados e visitantes 02/10
Jantar Festivo 83 anos / Solenidade Posse Diretoria / Conselhos / Coordenadores
NúcleosACIBr
09/10
Missa em Ação de Graças Dia Mundial do Pão – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 15/10
Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 23/10
Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 09/11
Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 13/11
Happy Hour Novos Associados 22/11
Última Reunião Diretoria 27/11
Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 30/11
Reunião Conselho Deliberativo 04/12
Confraternização Diretoria e Colaboradores 06/12
Julho
6 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ESPECIAL ENTREVISTA
“A Indústria 4.0 já
é uma realidade”
Diretor do Senai de Santa Catarina e professor
do ITA, Jefferson de Oliveira Gomes, fala sobre
a chamada quarta revolução industrial
FOTO EDSON JUNKES
Acada nova tecnologia que surge, o mundo dá mais um
passo no intuito de aliar seus equipamentos, produtos e
serviços às novas facilidades. Esta constante evolução,
tornou muitos processos extintos, deu velocidade a outros,
e transformou a forma como as indústrias atuam. Além
disso, as novas tecnologias também foram responsáveis
por grandes mudanças na forma com que as pessoas se relacionam, se
comunicam entre si, debatem e expõem suas opiniões.
Eis que chegamos a um momento que não só as pessoas utilizam
tecnologias para se comunicar, mas as próprias máquinas estão fazendo
isso. Aquilo que víamos em filmes, 15, 20 anos atrás, está acontecendo
agora, trazendo novos conceitos e mudando a forma com que as
indústrias vinham trabalhando há anos. É a chamada Indústria 4.0, a
quarta revolução industrial, que já é uma realidade no mundo inteiro,
segundo o diretor regional do Senai de Santa Catarina e professor
do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Jefferson de Oliveira
Gomes.
Revista ACIBr: O que é a Indústria 4.0 e no que ela consiste?
Professor Jefferson: Internet Industrial, Manufatura Avançada,
Indústria 4.0 são termos que definem um fenômeno que ocorre em todo
o planeta, com reflexos na economia e no comportamento humano.
Esse fenômeno está baseado na hiperconectividade, avanço do big data
(volume de dados) e de sistemas de sensoriamento, inteligência artificial
e customização em massa. Os termos podemos dizer que são uma
questão de branding, a forma como os países querem vender. Quando
você vende Indústria 4.0, vende uma alcunha da Alemanha. Logo
você relaciona com produtos, com fábricas altamente tecnológicas e,
consequentemente, marcas alemãs são lembradas. Se você fala Internet
Industrial das coisas, é uma alcunha já americana, a necessidade de
conectar produtos e coisas, por si só, faz com que isso seja aplicado
no chão de fábrica. É uma derivação do que já temos, equipamentos
que já existem, e que se pode acoplar tecnologia, conectando-os. Tudo
isso está embarcado numa mesma lógica do que a gente já experimenta
no nosso dia a dia. Você usa um smartphone, trabalha com aplicativos
para fazer várias coisas. Antigamente você usava um telefone celular
para se comunicar e falar com alguém. Hoje você usa para verificar o
trânsito, para trocar informações e fotos com os seus próximos, para
jogar, enfim, você tem uma miríade de ações nesse computador de
bordo, que tem 500 vezes mais tecnologias de processamento de dados,
do que a nave que pousou na lua. Se estamos em uma época como
essa, tão fácil para nós, imagine que essa facilidade de precificação de
sensores, de digitalização, eletrônica, internet, big data, essa quantidade
Segundo o professor Jefferson Gomes, a Indústria 4.0 já
chegou e muitas mudanças já começam a ser sentidas
de tecnologias está disponível também para o chão de fábrica e isso vai
alterar necessariamente a forma de se fabricar coisas. É a isso que se
dá a alcunha de Indústria 4.0, porque é a quarta revolução industrial.
A primeira revolução foi a relacionada à máquina a vapor; a segunda à
eletricidade; a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e tecnologia de
dados; e a quarta é essa ligada à conexão de tudo.
RA: O entendimento de muitas pessoas, é de que a Indústria
4.0 é algo que está por vir, mas como o senhor mesmo frisou, já é
uma realidade no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Quais são os
impactos disso?
Prof. Jefferson: É normal pensar que a indústria vai modificar
ao longo do tempo. Hoje temos aproximadamente três bilhões e meio
de pessoas trabalhando na face da Terra com algum tipo de carteira
8 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
assinada. Dessas pessoas, um bilhão, já estão em profissões que não
existiam antes de 2011. E o melhor de tudo é que a expectativa do Fórum
Econômico Mundial é que em sete anos, 65% das profissões que serão
ofertadas, serão novas, ou seja, não existem hoje. Não estamos falando
de futuro, estamos falando de um presente imenso. E esse presente
tem consequências. Como temos sistemas robotizados de informações,
quando você vê um Netflix, um YouTube, quando você procura coisas,
esses canais já lhe dão os seus gostos. Esse mecanismo de inteligência
artificial têm trazido a concepção da informação selecionada. Em termos
práticos: se você gostou de um tipo de filme, ele vai mostrar o mesmo
tipo de filme; se você gostou de um mesmo tipo de vídeo no YouTube, ele
vai continuar trazendo opções semelhantes para você escolher. Se você
gosta de uma aptidão política, você vai receber coisas sobre aquilo. O
que os especialistas têm dito inclusive é que esse processo faz com que
a gente esteja mais próximo dos nossos pares, e cada vez mais distante
dos nossos diferentes. Mas isso é filosofia. Em termos de indústria, ora,
eu não conheço nenhuma que ainda liga para uma empresa de caminhões
para chamar o caminhão para buscar a sua carga. Não conheço nenhuma
indústria de alimentos de Santa Catarina, que não sabe exatamente em que
lugar está o caminhão que está transportando milho para as granjas.
Tem uma sequência de coisas que a gente nem percebe. As
máquinas de usinagem, de fabricação, são incorporadas
com computadores que são extremamente eficazes e
eficientes. O problema é que a gente tem algumas
consequências com tamanha avalanche tecnológica
disponível hoje no nosso dia a dia. Eu sinto essas
consequências, porque olho para o meu celular e
penso: ‘como é que eu posso saber tão pouco sobre
o que está aí dentro e uso tanto’. Temos tantos
recursos hoje disponíveis nos equipamentos, nas
indústrias, porém, aquelas pessoas que estão utilizando
esses equipamentos não estão formadas para as opções
existentes. Você está formado para utilizar um smartphone?
Não, você comprou e foi usando. A mesma coisa é quando se compra uma
máquina, existe um treinamento de duas semanas, mas não se explora a
potencialidade existente. E isso é o que está fazendo a diferença entre as
Nações na questão de produtividade. Nações têm investido fortemente na
necessidade tecnológica e no uso daquela tecnologia. Em termos práticos
podemos dizer que em vez de falar de quando o futuro vai chegar, o fato
é que já chegou.
RA: O senhor falou de sistemas robotizados, robôs autônomos,
que estão sendo utilizados nesses novos processos. No Brasil isso
ainda não acontece, por quê?
Prof. Jefferson: Em vários países é comum a utilização de
robôs autônomos. Diferentemente dos robôs convencionais, que fazem
aquelas operações que o ser humano comanda, que é o tipo que todo
Jefferson de
Oliveira Gomes
É Diretor Regional do Senai de
Santa Catarina, engenheiro
e professor do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica
– ITA
ESPECIAL ENTREVISTA
A primeira revolução foi a relacionada à
máquina a vapor; a segunda à eletricidade;
a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e
tecnologia de dados; e a quarta é essa ligada à
conexão de tudo
mundo mais conhece, embora aqui no Brasil sejam pouco utilizados
perto de outros países, já é comum o uso de robôs que tomam decisões.
O uso de robôs autônomos tem sido crescente no planeta, a diferença
é que a nossa legislação não permite o uso deles. É possível nos EUA,
na Alemanha, na Coréia, na China, mas aqui não é permitido por causa
da segurança. Todo mundo está fazendo isso lá fora com bastante
propriedade e nós temos ainda uma lei muito travada nessas questões
de utilização.
RA: Quais são as consequências da Indústria
4.0, dessa velocidade tecnológica que vai
impulsionar novas carreiras e mudar a forma
de atuação das indústrias?
Prof. Jefferson: Eu sempre falo que temos
quatro pilares para explicar as consequências da
Indústria 4.0. Todos têm igual importância nesse
contexto. O primeiro deles: temos um conjunto
de tecnologias pilares que estão muito baratas hoje
em dia. Digitalização, inteligência artificial, sensores,
construção de máquinas, big data, acesso à internet.
Essas tecnologias estão num limiar de precificação tão baixo,
que é possível montar soluções. Se você tem seis ou sete soluções,
comece a misturá-las e você terá soluções novas. Depois, faça isso com
distintos setores: terá mais soluções ainda. Comece agora, dentro dos
setores, têxtil, alimentar, etc, a misturar para distintos departamentos
da empresa, ou seja, a quantidade de opções tecnológicas para novos
produtos é imensa. Então essa será uma consequência, aliás, já é uma
consequência em um curto espaço de tempo, basta olhar a quantidade
de produtos sendo lançados e que você nem imaginava que surgiriam.
A segunda consequência diz respeito ao desenvolvimento de novos
produtos, o surgimento de novas empresas. Para se ter ideia, 60% das
novas empresas de base tecnológica do Brasil, surgiram nos últimos
três anos. Ou seja, a quantidade de novos produtos que está sendo
desenvolvida com empresas pelo mundo afora, é enorme. Estive em
um encontro, este ano, em Berlim, de startups, que são idealizadores e
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
9
ESPECIAL ENTREVISTA
inovadores que desenvolvem com três ou quatro pessoas uma empresa
para lançamento de produtos. Tinham aproximadamente 200 candidatos
tentando o investimento de empresas lá na Alemanha. Nesse evento,
havia cinco empresas brasileiras e a que ganhou foi uma de Chapecó.
A empresa é de uma menina e de um menino que desenvolveram um
sensor para monitorar a qualidade do transporte da carga de carne. Esse
desenvolvimento deles não saiu por U$ 30, ou seja, a quantidade de
tecnologias baratas que existe, faz com que haja uma consequência
dinâmica na formação de empresas. Então essa ordem natural que se vê
de grande e sólidas empresas, ou elas se tornarão mais sólidas porque
vão perceber que vale a pena o desenvolvimento com essas pequenas
empresas, ou vão ter problemas. Esse surgimento de novas cadeias de
processos e fornecimento será importante.
O terceiro ponto que vamos observar em um curto espaço de tempo,
tem questões ligadas à utilização de robôs, questões ligadas à ética, e os
produtos que podem ser desenvolvidos agora sem ter problemas com as
leis. Enfim, vamos observar mudanças de atitude em relação às regulações
e legislações. Por exemplo: home office. Não faz mais sentido, em muitas
profissões, com esses sistemas existentes, você ter a pessoa trabalhando
na empresa. O grande problema é como você mede se essa pessoa está
trabalhando. Pode-se combinar que isso se meça por entregas. Porém, o
ajuste de expectativas do que o empregador e o que o empregado podem
esperar de entregas é diferente. Com esse processo de desenvolvimento
de inteligência artificial, lá nos EUA eu visitei um local em que utilizava
mecanismos para medir essa produtividade. Mas isso pode ter implicações
diretas sobre as questões de regulações, legislações e comportamentos.
O último pilar, mas não menos importante é: e as pessoas, estão
preparadas para isso tudo? Um terço das profissões já existentes hoje no
planeta não existiam antes de 2011, 65% das profissões daqui sete anos
ainda nem existem. Diante disso, posso afirmar com muita tranquilidade:
nenhuma educação está preparada para atender as crianças hoje, porque
não sabemos que profissional vamos formar. Essa ideia de formar do jeito
que estamos fazendo, nos resulta em altíssima evasão, mais de 40% da
evasão dos jovens é porque não tem significado. A educação mudou o
seu sentido, ela precisa ter significado. Em termos práticos: a gente perde
contingente não porque eles não são bons em matemática e português, mas
porque simplesmente optamos por ensinar naquele modelo do século 19.
Isso não é mais atrativo tendo todas essas informações à mão. Se formos
pegar todos os nossos dados de educação, aumentamos drasticamente a
quantidade de anos dos nossos alunos, mas não conseguimos transformar
isso em produtividade para um país, em aumento de PIB. Se começarmos
a modelar a educação baseada em significados e também dando acesso
à experimentação, essa coisa de construir coletivo, muitas escolas estão
fazendo isso pelo mundo afora. O Senai acabou de lançar um modelo
em que permite que o aluno consiga tomar seus próprios caminhos no
Ensino Médio. Esse mundo novo precisa formar as pessoas com essas
tecnologias abundantes, mas dentro de significados.
Hoje na indústria de Santa Catarina temos 800 mil trabalhadores.
Precisamos pensar no jovem e formá-lo para um futuro que nós não
sabemos bem quais são as profissões, mas sabemos quais são as bases
tecnológicas para aquelas profissões. É muito simples entender que
qualquer profissão nova o cidadão vai estar em contato permanente com
Não estamos falando de futuro, estamos
falando de um presente imenso. E esse
presente tem consequências
FOTO EDSON JUNKES
O diretor regional do Senai de Santa Catarina ressalta a
importância da área de educação aliada a significados, dentro
do modelo Indústria 4.0
programação, com sensoriamento, com inteligência artificial, enfim,
sabemos quais são tecnologias básicas estarão naquela vida. Além
disso, é importante frisar que 70% das novas profissões que estão sendo
concebidas, estão nos escritórios.
RA: E como ficam os profissionais que já estão formados e
atuam no mercado de trabalho?
Prof. Jefferson: Hoje temos na indústria de Santa Catarina 800 mil
trabalhadores, em quatro anos, metade terá mais que 45 anos de idade.
Temos uma geração de pessoas muito experientes, mas com péssimo
conhecimento em termos de conectividade, de digitalização, de tudo o
que falei anteriormente. Precisamos reformar, não tem jeito. O modelo
de ensino para um jovem de 45 anos de idade é completamente distinto
do modelo para um jovem de 16, 17 anos. Já não é a mesma sala de
aula para o jovem, quem dirá para o mais experiente. Então, se você
usa o smartphone para tanta coisa, você poderia utilizá-lo para fazer
várias outras coisas desde que elas tivessem significado. Este modelo
de ensino para reformar pessoas também está sendo trabalhado e vai ser
uma função da Indústria 4.0. E daí, um calcanhar de Aquiles danado
que temos, é o que várias nações já perceberam e estão trabalhando
fortemente para isso: é esse descompasso de gênero, que é muito alto nas
nossas indústrias. Infelizmente ainda temos no Brasil muito a questão
do machismo. A menina pode gostar de matemática, mas dificilmente
ela vai derivar para uma linha tecnológica porque está dentro do aspecto
da sociedade, do microcosmo que ela vive. Não só em casa, mas dentro
da escola tudo isso já é muito comum.
Os EUA começaram a desenvolver várias movimentações para
isso e na Europa também. Nos EUA tem um programa chamado women
in computer science, exclusivo de mulheres na ciência da computação e
bingo: o resultado é muito maior, melhor, porque as mulheres são mais
concentradas. Não estou dizendo que um gênero é melhor que o outro.
Precisa haver uma mixagem, quando eu falo isso não estou falando de
inclusão social, estou falando de posicionamento econômico. Todos os
países que são grandes hoje têm trabalhado fortemente na mixagem de
gênero. O fato é que mixar percepções distintas, isso passa diretamente
pela mixagem de gêneros. Se eu tiver só 10 homens trabalhando no
desenvolvimento de produtos, as percepções em função da questão
cultural serão altamente baseadas em concepções de um gênero. Então
essa indústria nova, com tudo tão barato, vai necessitar disso. E pra
finalizar essa questão eu posso dizer que a empresa que ganhou o
prêmio de startup tem como presidente uma mulher, uma jovem.
10 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ASSUNTO
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
11
CULINÁRIA
Julho: o mês do doce sabor
da tradição alemã
4º Festival Nacional da Cuca, realizado pelo Núcleo de Panificadoras
e Confeitarias da ACIBr acontece dias 8 e 9 de julho e mais uma vez
deverá reunir amantes e apreciadores de cucas de todo o país
Evento já consagrado
no município, visa
manter as tradições
culinárias germânicas,
ao mesmo tempo em
que inova em receitas e
sabores
Nos dias 8 e 9 de julho o Pavilhão da Fenarreco, em
Brusque, irá reunir, pelo quarto ano consecutivo
amantes dos mais variados tipos de cucas do
Brasil, com a realização de mais uma edição do
Festival Nacional da Cuca. Promovido pelo Núcleo
de Panificadoras e Confeitarias da Associação Empresarial de
Brusque (ACIBr) em parceria com a Prefeitura de Brusque,
para este ano as expectativas da organização do evento são de
que um maior número de pessoas possa prestigiar o Festival,
já consagrado no município e na região, e que cada vez mais
mantém as tradições culinárias germânicas ao mesmo tempo em
que inova em receitas e sabores.
Programação
Em 2017, novamente o Festival irá oferecer ao público as
opções de Café Colonial, Combo (cuca+café) e o Mercado da
Cuca, com a venda de cucas tradicionais e gourmets de doze
panificadoras integrantes do Núcleo. Além disso, o 4º Festival
Nacional da Cuca também terá o tradicional Concurso da Cuca
Nota 10 do Brasil, onde os competidores irão preparar as receitas
ao vivo, que posteriormente serão avaliadas por um júri. As cucas
Saiba mais
O Núcleo de Panificadoras e Confeitarias de Brusque e Região,
criado em 1993, foi um dos pioneiros na ACIBr. Tem como
objetivo impulsionar o crescimento das empresas nucleadas,
através da implantação de melhorias de processo e gestão,
ampliando o mercado. O grande desafio do Núcleo tem sido
discutir problemas comuns e buscar soluções conjuntas para
gerar ganhos de qualidade, produtividade e competividade,
visando fortalecer as empresas na área administrativa, de
produção e comercial para produzir alimentos de excelência
que atendam as exigências da clientela.
Em seu planejamento estratégico, o Núcleo programa eventos
como reuniões mensais, visitas técnicas, missões empresariais
para conhecer feiras e eventos do setor, palestras e cursos.
Promove anualmente o Jantar Festivo em comemoração ao Dia
do Panificador, celebrado em 8 de julho, e também Missa em
Ação de Graças no Dia Mundial do Pão, no dia 16 de outubro. O
Festival Nacional da Cuca é outro importante evento do Núcleo,
que cada vez mais promove e fortalece as empresas que o
integram, e também divulga as delícias produzidas na região.
12 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
CULINÁRIA
Em 2017, novamente o
Festival irá oferecer ao
público as opções de
Café Colonial, Combo
(cuca+café) e o Mercado
da Cuca, com a venda
de cucas tradicionais
e gourmets de doze
panificadoras integrantes
do Núcleo
Esperamos que o público e as famílias
prestigiem, mais uma vez, esse evento
delicioso, que já se consolidou no
calendário da cidade
Fernando Zen, coordenador do Núcleo Panificadoras e
Confeitarias da ACIBr
Conheça as panificadoras Integrantes do
Núcleo da ACIBr e que participaram do
3º Festival Nacional da Cuca:
-Ristow
-Sassipan
-Zen
-Carolina Josefina
-Limoeiro
-Panissa
-Sodepan
-Danine
-Moriá
- Guabiruba
- Panificadora Ventura
- Sol Panificadora e Confeitaria
que ficarem em primeiro, segundo e terceiro lugar receberão
premiações em dinheiro, e as inscrições e regulamentação do
concurso deverão ser divulgadas no mês de abril, mais próximo
à data do evento.
Além disso, para este ano também está prevista a feira de
equipamentos e produtos para os interessados no segmento
gastronômico, bem como oficinas especiais de culinária. “Em
2016 tivemos a parceria com o Sesc, que realizou as Oficinas
de Cuca para as crianças, o que foi um sucesso. Nesta edição
queremos fazer não só para os pequenos, mas também para os
idosos. Estamos elaborando isso ainda, para realizar da melhor
forma, mas temos certeza que será mais uma atração especial do
evento”, comenta o coordenador do Núcleo da ACIBr, Fernando
Zen. Demais parcerias também estão sendo fechadas com
empresas da região, para garantir a qualidade e as atrações do
evento.
Outra novidade que está sendo pensada pela organização
do Festival é uma parceria com o Núcleo de Tecnologia da
Informação da ACIBr, para que sejam desenvolvidos métodos
que possam contabilizar o número de público e contribuir para
a melhoria do evento. “Cada vez mais queremos nos organizar
para oferecer da melhor forma o Festival da Cuca. Esperamos
que o público e as famílias prestigiem, mais uma vez, esse
evento delicioso, que já se consolidou no calendário da cidade”,
completa Zen.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
13
ENTREVISTA
Halisson Habitzreuter ressalta o constante trabalho da entidade na busca de
parcerias e ações em benefício de desenvolvimento dos seus associados
ACIBr projeta ações para
ter um 2017 produtivo
Presidente Halisson Habitzreuter traça um panorama
dos projetos e bandeiras da entidade para este ano
Terminamos 2016 deixando para trás um cenário caótico no
que diz respeito à crise política e econômica do Brasil. A
troca de comando no governo federal, os escândalos a cada
nova fase da Operação Lava Jato e todos os esquemas de
corrupção, levaram o país a um momento negro de sua
história. Por outro lado, foi também um ano de disputas eleitorais
nos 5.568 municípios brasileiros. Milhares de eleitores exerceram
seu direito ao voto e fizeram suas escolhas. A aposta agora, é que os
prefeitos, vices e vereadores que assumiram o Executivo e Legislativo,
façam uma boa gestão para que toda a população possa ganhar.
Na contramão de notícias nem tanto positivas, vimos a
Associação Empresarial de Brusque buscando soluções para auxiliar
seus associados a passarem por esse momento de crise. Tanto que
a entidade encerrou o ano de 2016 com um balanço positivo de
atividades: 211 ações no total, que contaram com a participação de
8.332 pessoas. Eventos promovidos pela ACIBr e seus 22 núcleos
setoriais, como cursos (17), palestras (50), visitas técnicas (23) e
eventos diversos com o objetivo constante de levar conhecimento,
promover troca de ideias, novos modelos de negócio e experiências
aos associados. O trabalho continua neste ano, em que a entidade
levantará novamente bandeiras importantes para os municípios em
que atua.
Confira a entrevista com o presidente da entidade, Halisson
Habitzreuter:
Revista ACIBr: Quais são os principais projetos da Associação
Empresarial neste ano de 2017?
Halisson Habitzreuter: O que temos de ações já estabelecidas
são os nossos Almoços de Ideias, o jantar de posse da nova diretoria
que será escolhida no mês de julho, o já tradicional Festival da
Cuca, como também o Temperô – Festival Gastronômico, o Feirão
de Imóveis, esses últimos três eventos realizados através dos nossos
14 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ENTREVISTA
núcleos setoriais e que vamos dar continuidade, pois comprovaram
seu sucesso em 2016. Estamos fazendo também através do Núcleo
de Mulheres Empresárias, a Multifair, uma feira multissetorial, que
vai envolver todos os nossos núcleos e associados, e que será um
evento de grande porte e muito importante para nossa cidade e para
a entidade também. Um diferencial da Associação Empresarial, que
gostamos sempre de frisar, é que nós costumamos dar continuidade as
ações que foram sucesso nas gestões anteriores. Isso demonstra uma
grande evolução da entidade.
A associação também está trabalhando forte em cima da Escola
de Negócios, acreditamos muito nesse projeto. Hoje estamos com 19
cursos e o objetivo é ampliar cada vez mais. O diferencial é que apesar
de serem cursos à distância, são de grande qualidade e com um custo
baixíssimo, além de proporcionar para o empresário uma ferramenta
de avaliação dos seus colaboradores. É um grande instrumento,
levamos esse case à Facisc e gostaríamos que isso fosse implantado
de forma estadual pelas ACIs. Acreditamos que a Escola de Negócios
vai colaborar com os empresários na questão de qualificação e,
consequentemente, no aumento da produtividade e desempenho do
próprio empreendedor e dos seus colaboradores. Lembrando que
tudo isso é extensivo aos empresários e aos seus colaboradores das
empresas associadas à ACIBr.
RA: A ACIBr conta com uma gama de serviços e produtos
à disposição de seus associados. Quais os planos de ampliação?
Habitzreuter: Neste ano queremos aumentar a gama de serviços
que a associação disponibiliza aos associados. Finalizamos os
convênios no mês de fevereiro e já estão à disposição das empresas.
Um deles é o convênio com a Neoway, um serviço onde as empresas
podem prospectar os seus potenciais clientes conforme desejam,
através de pesquisas. É um serviço que usa de inteligência artificial,
big data, em que a pesquisa é segmentada e filtra as informações,
considerando 34 milhões de empresas, 194 milhões de indivíduos,
seus ativos, processos judiciais, entre outras informações importantes.
Conseguimos uma parceria com a Neoway, onde o nosso associado
pagará pela consulta que realizar, sem mensalidade. Fechamos
também um convênio com a Data Center, que atua na área da
telemetria de negócios, em que é possível medir sua produtividade.
Outro convênio que estabelecemos foi com o Hospital Azambuja,
onde nossos associados terão descontos consideráveis na questão
de exames e atendimentos, sendo extensivo aos colaboradores das
empresas associadas. Temos os serviços já conveniados com a Facisc,
os nossos, e agora estamos ampliando essa gama. Esse é um dos
objetivos de 2017: quando encontrarmos bons serviços para nossos
associados, a ACIBr tem intenção de fazer esses convênios para trazer
produtos a um custo menor. Mas sempre lembrando que a entidade faz
esse tipo de convênio com produtos exclusivos, porque não podemos
dar preferência a um associado em detrimento de outro.
Temos como projeto também o calendário de viagens, junto
com a Fundação Empreender, onde a ACIBr auxilia os associados
a visitarem feiras, congressos, visitas técnicas, não só no estado,
Temos que cuidar do nosso país para que
possamos deixar um lugar melhor para os
nossos filhos, não só na questão de segurança,
mas em tudo, como sociedade
Vamos ser parceiros nas boas práticas, mas
não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o
dedo quando preciso
mas também em todo país e no exterior. Queremos auxiliar nossos
associados a conhecerem novos mercados, fazerem essas visitas
que muitas vezes abrem pensamentos e ideias, principalmente
nosso grande público, levando em conta que a maioria dos nossos
associados, 80%, são pequenas e médias empresas e para eles é uma
grande oportunidade.
RA: Quais serão as principais bandeiras e pleitos da entidade
neste ano?
Habitzreuter: Continuaremos trabalhando na questão da
segurança pública, porque embora tenhamos recebido 16 novos
policiais militares, sempre há aqueles que irão se aposentar, tirar
licença, pedir transferência. Enfim, vamos trabalhar nesse pleito, pois
entendemos que é uma bandeira constante. Onde não há segurança
pública, não há desenvolvimento econômico, acreditamos realmente
nisso.
Outra bandeira da entidade é no acompanhamento e fiscalização
de obras importantes para a nossa região, como a duplicação da
rodovia Antônio Heil (SC-486). Inclusive mantemos conversas com
a ACI de Itajaí, e estamos ambas as entidades fiscalizando essa obra,
pois se houver alguma parada ou problema, vamos atuar em conjunto.
Da mesma forma a Barragem de Botuverá, nós queremos que essa
obra aconteça, então estamos pressionando os órgãos públicos
e Itajaí também está nos dando suporte nisso. São duas obras que
são benéficas para nossas cidades e acreditamos que o nosso futuro
está voltado para a região de Itajaí e litoral. Tanto é que a própria
administração municipal está tentando se desvincular da AMMVI
(Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí) para se associar
à AMFRI (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), com
acertada visão de que Brusque vai crescer para aquele lado. Tanto no
que diz respeito à questão industrial e econômica, quanto turística,
que é voltada para o litoral, Itajaí e Balneário Camboriú. Foi nessa
gestão que criamos o Núcleo de Turismo da ACIBr e pretendemos dar
total apoio, pois é um segmento da economia que pode florescer muito
em nossa cidade, temos muito a evoluir. O próprio Convention Bureau
que temos aqui é muito frágil e pequeno, então temos que desenvolver
ele e acreditamos que o caminho seja através da associação, que é
um local onde se encontram as três cidades Brusque, Botuverá e
Guabiruba, e quando falamos em turismo agregamos ainda a cidade
de Nova Trento. Precisamos vender a região, ajustar os calendários
dessas cidades para não haver conflitos de datas e eventos, para que
haja um trabalho em conjunto e que dali ocorra o fortalecimento do
Convention. Essas são bandeiras perenes.
Outra preocupação nossa é com relação ao projeto e implantação
do tratamento do esgoto doméstico na nossa cidade. Acreditamos que
nesse período agora será falado muito nessa questão e a Associação
Empresarial vai querer participar dessa discussão com o intuito de
acompanhar e fiscalizar, para que não ocorra nenhum problema.
Sabemos que ali serão valores expressivos, o transtorno será muito
grande, e se for feito uma coisa errada, a população e todo comércio
vão sentir muito. Não queremos dar margem a erros, então vamos
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
15
ENTREVISTA
fiscalizar e trabalhar no que for possível. A primeira lei que criou
o Samae tinha um conselho consultivo, do qual a Associação
Empresarial e outras entidades faziam parte. Em meados do ano
2.000 houve uma alteração nessa lei e o conselho foi extinto. Nós
gostaríamos que esse conselho fosse novamente instituído e faremos
esse pedido à administração municipal, pois entendemos que é muito
importante participarmos. A troca de pessoas nas gestões acontece,
e entendemos que a participação das entidades no acompanhamento
dos projetos e obras de extrema relevância.
RA: Em 2016 já foram iniciadas algumas conversas sobre a
instalação da Praça do Empreendedor no município. Esse será
um dos projetos da entidade neste ano?
Habitzreuter: Sim, vamos trabalhar em cima da implantação
da Praça do Empreendedor, que é uma determinação do governo
estadual. Já estamos em conversas com a prefeitura e também com a
CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), pois pretendemos, ambas as
entidades, assumirmos a administração dessa praça, para manter a
eficiência. Não podemos sofrer ingerências em virtude do prefeito
x ou y, e que haja descontinuidade do serviço. Então acreditamos
que isso possa ser feito com a gerência das entidades, até pelo
exemplo de Blumenau, onde a Praça do Empreendedor fica instalada
dentro de um shopping. Acreditamos que possa ser implantado este
modelo aqui e com isso obtermos bastante sucesso. Ainda estamos
conversando sobre o local para esta implantação. Da mesma forma
estamos conversando internamente para termos um diálogo constante
com a administração municipal. Pretendemos colaborar no que for
possível, para termos melhorias no nosso município com relação à
classe empresarial e abertura de empresas, impostos, enfim, uma
maior transparência da gestão. Queremos fazer essas reivindicações
à prefeitura de Brusque com o objetivo comum de termos serviços
melhores. Da mesma forma faremos com a Câmara de Vereadores.
Mas não é porque trabalharemos dessa forma que vamos nos furtar de
fiscalizar quando necessário. Vamos ser parceiros nas boas práticas,
mas não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o dedo quando
preciso. Vamos conversar e trabalhar para conseguir o melhor para
Brusque. Temos que torcer para a administração pública ter sucesso,
porque com isso o município todo ganha. Se eles tiverem fracasso,
o município todo se prejudica. Está se batendo muito na tecla de
que a gestão política antiga está falida e que é preciso criar uma
nova. E qual é essa nova forma? Acho que essa ideia da parceria
público-privada é muito importante na questão da eficiência, porque
o governo para de fazer burrada e de pensar o município de quatro
em quatro anos, sem dar continuidade a ações que deram certo.
Por outro lado, entendo que o povo, a classe empresarial como um
todo, precisa participar mais da política. Vemos que nos países mais
desenvolvidos como os EUA e os europeus, a população se envolve
mais com política e esse envolvimento faz com que haja esse ganho
em eficiência, em transparência. Esse que é o novo modelo de gestão.
A gente acredita nisso e que a população toda, classe empresarial,
se envolva mais.
Temos que torcer para a administração pública
ter sucesso, porque com isso o município todo
ganha. Se eles tiverem fracasso, o município
todo se prejudica
RA: Quais são as perspectivas da entidade com relação à
economia do país?
Habitzreuter: Já sabíamos que o final de 2016 e o início de 2017
seriam tumultuados. No nosso último Almoço de Ideias o palestrante
nos alertou que o pior já havia passado e que a tendência era melhorar.
Estamos sentindo essa melhora gradativa, porém, ela está acontecendo
de forma muito lenta. A recessão veio muito rápido e a recuperação está
demorando. A própria alta do dólar incentivou bastante nossa indústria
local, mas até que isso gire e as indústrias se preparem para atender
a demanda, principalmente na nossa região que tem a indústria têxtil
muito forte, isso demora um tempo. E temos que considerar ainda o
reflexo que isso tem lá na ponta, no final da cadeia produtiva, que é
o comércio, que demora mais ainda para se recuperar, já que o poder
de compra de grande parte da população ficou limitado. Tudo isso
aliado ao medo, que faz com que a pessoa deixe de gastar, de investir.
O fantasma da crise faz isso e precisamos ter a retomada da confiança
também. Eu acredito que, olhando para a classe empresarial, essas
medidas que o governo Temer está querendo tomar, como as Reformas
da Previdência, Tributária, isso realmente acontecendo, será importante,
são medidas necessárias. O povo vai sentir, principalmente a reforma da
Previdência. Será um remédio amargo, mas o Brasil precisa disso para
voltar a crescer. Precisamos das reformas para resolvermos a questão de
déficit do país, que gasta mais do que arrecada.
No lado empresarial, em termos de competitividade mundial,
estamos muito atrás por conta da alta carga tributária e da questão
trabalhista, que é muito arcaica. Nossa CLT (Consolidação das Leis do
Trabalho) foi criada em 1945, hoje nossa realidade não é mais aquela,
não existe mais aquele tipo de empresa, e o colaborador também por si
só, é uma pessoa muito mais qualificada e inteligente. Nossa realidade, o
custo país, a insegurança jurídica é muito grande e precisamos resolver
isso através das reformas trabalhista e tributária, para podermos ter mais
competitividade e isso não se aplica apenas às empresas que exportam.
Quando se fala em competitividade é justamente para as empresas que
produzem aqui, vendem dentro do Brasil, mas que estão competindo
com uma empresa que produz fora e está vendendo aqui. Se ela não
tiver condições de competir, nunca vai chegar no preço e na qualidade
igual. Então precisamos melhorar isso.
E a reforma política também, penso que é algo muito importante,
pelo fato da situação em que o país enfrenta. A crise que estamos
passando é uma crise política que refletiu para a parte econômica e
não podemos passar por isso novamente. Precisamos dessa reforma
política para organizar nosso próprio sistema. Não temos como nos
auto organizar, auto gerir, da forma como está. Eu acredito, sou um
entusiasta, que deveríamos rever nosso próprio sistema de governo
como um todo. Em vez de ser tão centralizado em Brasília o governo
deveria pensar numa reforma federativa que concedesse mais poderes
para os estados e municípios, isso significa deixar dinheiro, não é
levar e trazer, é deixar de levar. Acredito que dessa forma poderíamos
dar grandes passos na questão da segurança, saúde e educação, tendo
essa autonomia legislativa em alguns setores e autonomia financeira.
O Brasil tem muita coisa para fazer, vemos boa vontade do governo
federal, e esperamos que ele consiga. Não é porque é o Michel Temer,
ou o PMDB, é porque precisamos disso realmente. No governo
passado não havia o mínimo interesse, mas precisamos que algo seja
feito, e esperamos isso do atual governo. Queremos que aconteça,
somos brasileiros, vamos ficar aqui, não existe essa possibilidade de
morar no exterior. Temos que cuidar do nosso país para que possamos
deixar um lugar melhor para os nossos filhos, não só na questão de
segurança, mas em tudo, como sociedade. É unânime o discurso
em todos os locais e entidades que vamos, é isso que o país clama e
esperamos isso dos nossos dirigentes.
16 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
NÚCLEO DE CORRETORES E IMOBILIÁRIAS
Reivindicações ao prefeito
Depois de encontro com chefe do Executivo, foi protocolado
ofício na Prefeitura e Câmara de Vereadores
No dia 13 de março, os
membros do Núcleo de
Corretores e Imobiliárias
da Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr)
participaram de uma
reunião com o prefeito
de Brusque, Jonas Oscar
Paegle
Na manhã do dia 13 de março, o prefeito de Brusque, Jonas
Oscar Paegle, participou de um encontro do Núcleo de
Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de
Brusque (ACIBr). Na oportunidade foram apresentados
alguns pedidos que se transformaram em ofícios,
protocolados dia 23 de março, na Prefeitura e na Câmara Municipal.
“O prefeito ouviu nossas reivindicações e sugeriu que fosse
apresentado este documento ao poder público. Já nos adiantou,
inclusive, que tem possibilidade de atender alguns pedidos. Nós
entendemos que, quando trabalhamos juntos, a sociedade ganha”,
afirma o coordenador do Núcleo de Corretores e Imobiliárias, Horst
Heinig, que também é delegado do Creci e secretário do Conselho
Estadual de Núcleos de Imobiliárias de Santa Catarina (Cenisc).
Segundo ele, a principal reivindicação é sobre a demora da
emissão da guia do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).
Em alguns protocolos entregues pela prefeitura o prazo chega a ser até
de 30 dias. No ofício encaminhado, o Núcleo solicita que esta emissão
seja imediata ou aconteça, no máximo, em 48 horas. “Existem
negociações que só se concretizam após a liberação da escritura e,
com essa demora, o comprador pode desistir do negócio”, observa
Heinig.
Outro pedido é para que o Núcleo de Corretores e Imobiliárias
de Brusque possa integrar a equipe da prefeitura responsável pela
avaliação de imóveis. Quando se paga o IPTU, por exemplo, é
possível encontrar certas discrepâncias de avaliação: alguns imóveis
extrapolam o valor, enquanto outros pagam abaixo do que é justo.
“O corretor faz um curso de avaliação de imóveis, trabalha na área,
tem esta experiência de mercado. Por essa razão, é capaz de avaliar
corretamente”, ressalta Heinig. Hoje, a estimativa é de que 30
escrituras tramitem por dia no setor responsável da prefeitura.
O guichê exclusivo para atendimento de corretores e imobiliárias
também foi pauta do encontro. Segundo o coordenador do Núcleo, o
benefício foi conquistado em gestões anteriores, mas se desvirtuou do
objetivo inicial, passando a atender também engenheiros, arquitetos
e demais profissionais não autorizados. “Nós usamos muito este
serviço e não podemos passar uma tarde inteira esperando para pagar
uma consulta de viabilidade. Por isso mesmo conseguimos o guichê
em gestões anteriores, que agora também é usado por outras pessoas.
Nossa reivindicação é que seja exigido o Creci, que é a identidade do
corretor de imóveis”, salienta.
Mais reivindicações
Ainda sobre o ITBI, o Núcleo de Corretores e Imobiliárias
de Brusque solicita que o valor seja revisto pela prefeitura. Hoje o
pagamento está fixado em 2% e o pedido é que baixe para 1,5%.
Atualmente, em uma compra de imóvel de R$ 300 mil, por exemplo,
só o ITBI custará R$ 6 mil. Com a escritura, o valor pode chegar a R$
10 mil, o que é um montante considerável para quem está comprando
um imóvel.
Da mesma forma, representando as incorporadoras, é solicitada
a isenção do IPTU. Hoje, quando o loteamento é integralizado, o
incorporador tem a isenção do IPTU nos dois primeiros anos e paga
50% no terceiro ano. Os loteadores alegam, no entanto, que o negócio
costuma demorar bem mais para se vender e, às vezes, chega à marca
de cinco anos para total conclusão.
“Estamos nesta mudança de governo, desta vez legitimado pelo
voto, e nós precisamos trabalhar para que se melhorem as condições
do corretor de seguros e das imobiliárias da cidade”, completa Heinig.
O coordenador
do Núcleo de
Corretores e
Imobiliárias,
Horst Heinig,
diz que uma
das principais
reivindicações é
que a emissão da
guia do ITBI seja
imediata
18 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
EMPRESA DESTAQUE
A arte de resolver problemas
Conheça os gestores inventivos da New Tech Life
Os empreendedores da
New Tech Life:
Valdir Rosa Correia e
Adalberto Luiz Comin
Éum grupo de amigos despretensioso. Formado, na
maioria, por pessoas atuantes na área da saúde.
Juntos, eles compartilham jantares, férias, viagens.
Compartilham também do mesmo foco: a criatividade e
uma certa tendência a resolver necessidades e demandas
que aparecem no mundo, o tempo inteiro. Adalberto
Luiz Comin e Valdir Rosa Correia integram este grupo e, há
cerca de sete anos, decidiram colocar algumas destas ideias em
prática e começaram a empreender.
“Passamos a fazer pesquisas de desenvolvimento na área da
saúde. Envolvemos também um terceiro sócio, Jonata Apolinário,
que é engenheiro elétrico e trouxe este conhecimento da parte
técnica. Neste momento estamos nos adequando às exigências da
Anvisa e a expectativa é que três produtos possam ser lançados
ainda este ano no mercado, para o consumidor final”, afirma o
sócio da empresa, Adalberto Luiz Comin.
Segundo ele, a principal inspiração para o negócio veio da
própria mudança de paradigma que já está ocorrendo no mundo:
soluções físicas para tratamentos de doenças. “A indústria
farmacêutica está sendo questionada, porque qualquer substância
que entra no corpo traz consequências. Já a medicina com
princípios físicos não é invasiva”, explica Comin.
Um dos aparelhos desenvolvidos pela empresa utiliza luz de
Led para o tratamento de dores e cicatrização. Não é tão simples
quanto parece: segredos como frequência e outros dispositivos
são resultados de quase seis anos de pesquisa nas áreas de
química, física e engenharia elétrica.
Tratamentos para Alzheimer, estimulação do cérebro para
o aprendizado, insônia, enxaqueca e ansiedade são algumas
aplicações de outro produto desenvolvido pela New Tech Life.
“Duas destas abordagens já foram liberadas pela Anvisa no Brasil.
Nós estamos estudando muito, lendo todos os tipos de artigos
publicados sobre o assunto no mundo”, enfatiza o empreendedor.
“Também temos um aparelho para coluna. Como passamos muito
tempo em pé ou sentados, as vértebras se comprimem. Isso provoca
inflamação e dor. Cerca de 70% das pessoas reclamam de dor nas
costas. Com o nosso aparelho, três minutos de exercício diário são
suficientes para a dor ir embora”, salienta.
Automação Industrial
Há quase três anos, Comin, Correia e Apolinário se deram
conta de que era possível desenvolver outras competências dentro
da empresa. E só então foi formalizada a New Tech Life.
“Nosso objetivo inicial era fazer os aparelhos médicos. Mas,
pela capacidade da equipe em resolver problemas, surgiu a área
de automação”, conta o sócio cotista, Valdir Rosa Correia.
O primeiro cliente veio por indicação. Era uma grande
empresa farmacêutica de manipulação com sede em Florianópolis.
O desafio era criar uma encapsuladora de óleo para cápsulas
médicas e o projeto levou um ano e meio para ser finalizado.
Com sucesso, claro.
“Nossa proposta é trabalhar caso à caso. Não se reproduz nada.
A automação então se tornou um ramo de negócio da empresa
quando percebemos a carência do mercado local e regional. Desde
então também atendemos a indústria”, relata Comin.
Hoje, a New Tech Life é integradora da Yaskawa (maior
fabricante de robôs do mundo) e da SMC. Isso significa que,
quando alguma empresa decidir implementar um robô com
estas tecnologias na região, a New Tech Life será indicada para
integralizar este processo.
“O Censo de 2015 constatou que são 10 braços robóticos
para cada 10 mil trabalhadores no Brasil. Na Europa esse número
chega a 140. No Japão, 170. Nos Estados Unidos, 145. Então tem
muito espaço para crescer”, observa Comin.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
19
CAPACITAÇÃO
A 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC reuniu representantes das Associações Empresariais de todo o Estado
12ª Convenção das Soluções
Empresariais da FACISC
Evento reuniu as associações empresariais de todo o Estado ao longo de três dias de capacitação
Nos dias 15, 16 e 17 de março, foi realizada em Florianópolis
a 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC
– Federação das Associações Empresariais de Santa
Catarina, que reuniu representantes das entidades de todo
o Estado. Na oportunidade a Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr) esteve presente no evento, representada por
Sônia Regina Fumagalli, do departamento Comercial, e por Valeska
Rescaroli, do setor de Marketing da instituição.
Ao longo do encontro, ambas conferiram o lançamento de novas
Soluções; o novo plano de marketing para as Soluções Empresariais;
a nova roupagem da rede Util Card e Util Mais; a nova parceria da
FACISC com o Cartório de Protesto; e as palestras nas áreas de
Gestão, Negócios e Marketing (chamadas ‘trilhas’); entre outras
ações.
O presidente da FACISC, Ernesto Reck, participou do evento e
destacou a importância das Soluções Empresariais na oportunidade.
“É extremamente importante fidelizarmos nossos associados,
principalmente nesse momento de turbulência econômica. Eles
precisam perceber que farão a diferença com os produtos das
Soluções. Precisamos nos reinventar e compartilhar as experiências
e a Convenção é um momento certo já que reúne os integrantes do
sistema vindos de todo o estado”, declarou.
Palestras
No primeiro dia do evento, o público conferiu importantes
palestras, como a ministrada por Patrik Castilho da Clint Solutions,
sobre como as empresas e organizações estão preparadas para o
novo perfil dos consumidores e o setor digital. Outra importante
capacitação foi sobre estratégias de Marketing Digital, como a criação
dos personas e influenciadores digitais, tema apresentado pelo content
writer da Clint Solutions, Roberson Pinheiro.
Já no segundo dia, 16 de março, a 12ª Convenção das Soluções
Empresariais da FACISC teve como atrações outras duas palestras:
‘Você tem preço ou valor’, com a jornalista Laine Valgas e o educador
físico Affonso Kulevicz; e ‘Inovação e Criatividade – Fora da Caixa,
dentro da caixa’, com o jornalista e comunicador Marco Piangers.
No dia 17 de março, foram apresentadas aos participantes da
Convenção ações da Fundação Empreender, do Programa de Gestão
20 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
CAPACITAÇÃO
e Vivência Empresarial (PGVE), que desenvolve o gerenciamento das
Associações Empresariais do Estado, para alavancar os resultados
dos negócios e o associativismo. Novidades de soluções como o
Certificado Digital, SCPC/Boa Vista, e Printe – Programa de Proteção
Intelectual da FACISC, também foram apresentadas na oportunidade.
Avaliação
A colaborada da ACIBr, Sônia Regina Fumagalli participou
pela sétima vez da Convenção e acredita que em todas as edições
do evento foi possível aprender e levar aos empresários de Brusque
e região soluções que possam contribuir para otimizar os processos
operacionais nas empresas. Em relação à edição de 2017 ela
considerou toda a programação com um rico conteúdo, que será
passado para as empresas associadas à ACIBr, a partir de agora.
“Esta 12ª Convenção superou as expectativas. Além do conteúdo das
palestras, que ajudaram a reciclar as novas formas de apresentar a
venda de produtos, os profissionais comerciais das associações que
integram a Federação tiveram a oportunidade de trocar ideias, sanar
dúvidas e buscar mais treinamento para oferecer às empresas, o que
foi muito válido”, destacou a comercial da ACIBr.
Da mesma forma, Valeska Rescarolli, do setor de Marketing da
entidade acredita que participar da Convenção foi uma oportunidade
de trocar informações e experiências com outras ACIs, ter uma
noção da realidade das outras cidades, bem como aumentar a rede de
contatos. “Também pudemos conhecer melhor as soluções que são
A assessora Administrativa da ACII- Itajaí, Marilene Bernardi
Batistoti Pezzini, com Valeska Rescarolli e Sônia Fumagali, da
ACIBr
oferecidas aos associados, sem contar na parte de Comunicação, que
trouxe importantes contribuições, já que a Federação está investindo
em novas técnicas e ferramentas, como a ‘inbound marketing’, que
trabalha com o chamado marketing de conteúdo para melhorar
processos dentro das ACIs, tanto na parte interna como externas”,
ressaltou Valeska.
DIRETOR ACIBR
Ademir José Pereira
Representante da ACIBr nos Conselhos do Fundo de Habitação
e Interesse Social, Turismo e Saneamento Básico
Você sabia que todos os diretores da Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr), além das próprias
demandas da entidade, também estão envolvidos em
Conselhos Públicos do município? A partir desta edição
você vai ler na Revista da ACIBr um pouco deste trabalho
que os empresários de Brusque prestam, gratuitamente, à comunidade
de Brusque, Guabiruba e Botuverá.
Ademir José Pereira é diretor para Assuntos de Comércio
e Turismo dentro da ACIBr. Na entidade ele segue as diretrizes
pontuadas pelo presidente, Halisson Habitzreuter. Também
acompanha ativamente as reuniões nas noites de segunda-feira e
auxilia na resolução das demandas e problemas apresentadas.
Dentro dos Conselhos vinculados à prefeitura, Ademir participa
do Conselho Gestor do Fundo de Habitação e Interesse Social,
Conselho de Turismo e Conselho de Saneamento Básico. Este último
o empresário ocupa a cadeira de suplente.
“Este ano, infelizmente, o trabalho dos Conselhos ainda não
começou em função da nova administração. Sabemos que eles estão
mapeando as ações desenvolvidas e, em breve, devem convocar
todos os conselheiros e nos informar como o trabalho vai funcionar.
A ACIBr é uma entidade representativa dos empresários e o nosso
papel, enquanto conselheiro, é defender o interesse das empresas,
O diretor da ACIBr, Ademir José Pereira,
representa a entidade em Conselhos Municipais
porque nos Conselhos são resolvidas muitas matérias que temos que
estar por dentro e dar o nosso parecer, favorável ou não. Não podemos
deixar as coisas acontecerem simplesmente por acontecer”.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
21
EMPRESA DESTAQUE
O cardápio italiano do
Restaurante do Nido
Panela de barro no fogão à lenha: a alquimia
da comida sempre quentinha
Não é apenas pela polenta com galinha e pelo macarrão
caseiro. Essa descendência italiana transcende o cardápio
e se fortifica no atendimento. Afinal de contas, italiano
que se preza fala alto, gesticula, está sempre preocupado
em receber bem, em oferecer mesa farta.
E esse espírito está presente no Restaurante do Nido
que, desde março de 2014, tem nova sede, na rodovia que liga os
municípios de Brusque e Botuverá.
A vocação para o negócio, no entanto, começou com o pai
de Nido, seu Leomar, há mais de 30 anos. Foi ele quem deixou a
região de Ourinhos, interior de Botuverá e trouxe a esposa e seus sete
filhos para o Centro do município, com o desafio de administrar o
restaurante de Zenor Sgrott. “Minha mãe era trabalhadeira e todos
nós, filhos, passamos a ajudá-la. A dona Neném, esposa do seu
Zenor, também nos orientou. Foram 10 anos cuidando do restaurante
e da lanchonete da família. Depois meu pai ainda gerenciou um
segundo estabelecimento, até abrir seu próprio restaurante, com um
mercadinho ao lado. Isso aconteceu no início da década de 1990”,
conta Nido.
Naquela época, o movimento de clientes já era intenso,
especialmente pela exploração do calcário. E, quem precisava vir ao
Centro, passava o dia inteiro no local, pela limitação de horários do
transporte coletivo.
E foi a convite novamente de Zenor Sgrott que Nido passou
a administrar uma associação com campo de futebol suíço. Ali
servia lanches, churrasco e abria para almoço aos domingos. Foi
assim por cerca de cinco anos, até receber uma proposta semelhante
da Sociedade União, em 1999. Desde então, ele passou a atender
também festas particulares, jantar de formatura e casamentos. “A
pessoa escolhia o cardápio e a gente elaborava. Era comida caseira.
Assim começou o Restaurante do Nido. Em 2004 Botuverá recebeu
o Odonto Sesc, um ônibus que prestou atendimento odontológico
por quase cinco meses na cidade. Eram 14 pessoas que precisavam
de almoço. Comecei a fazer marmita. Depois, abri o restaurante
durante a semana. Todo dia vinha uma, duas, três pessoas a mais.
O ônibus do Sesc foi embora e eu continuei o trabalho, agora com
clientela”, recorda Nido.
O envolvimento da família
A esposa de Nido, Josiane Gianesini Leoni, começou a se
aperfeiçoar em alimentação. Muito do que sabe também aprendeu com
dona Neném. “Quando tinha 20 anos fiz meu primeiro casamento,
para umas 50 pessoas. A dona Neném estava junto. Foi ela quem me
incentivou a continuar, disse que eu não iria mais me perder”, conta
Josiane, que já ajudava o marido na época da lanchonete, quando
eram apenas namorados.
A família: Nido, a esposa Josiane e a filha Josiele
Foi por volta de 2008 que o casal teve uma ideia. Guabiruba
já era famosa por seu marreco recheado com repolho roxo, prato
típico alemão. Então eles decidiram honrar seus ancestrais com
o que sabiam fazer de melhor: polenta com galinha, prato típico
italiano. Mas, só isso não era o suficiente. E assim surgiu a chapa
com fogão à lenha e o uso das panelas de barro, sucesso absoluto
do negócio!
“Meu pai sempre dizia que o que manda muito é a família da
gente. Minha mulher sempre trabalhou certinho e a minha filha vem
no mesmo caminho. É preciso ter amor por aquilo que se faz e o
fundamental é atender bem o cliente. Para mim, cliente tem sempre
razão e gosto de ouvir o que eles tem a dizer”, ensina Nido.
Esta vocação em acolher bem talvez explique o sucesso do local.
A família até investe recursos em um pouco de mídia, mas quem chega
ao local, todos os dias, veio quase sempre motivado pela propaganda
do boca a boca.
Hoje a filha do casal, Josiele, que estuda Processos Gerenciais, é
responsável pela administração do negócio. Josiane cuida da cozinha
e Nido serve as mesas.
Reconhecimento
No primeiro domingo de atendimento em 2017, 250 pessoas
passaram pelo Restaurante do Nido. O salão é climatizado, tem
capacidade para receber 600 pessoas sentadas e realiza mais de 40
eventos por ano. Atende o público de domingo à sexta-feira. Sábado o
espaço é exclusivo para festas em geral.
O Restaurante do Nido é certificado pelo Programa Alimento
Seguro e, no ano passado, recebeu o prêmio de “Melhores do Ano”,
como restaurante mais comentado da região.
22 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
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INOVAÇÃO
Participaram do encontro o coordenador do curso de Administração da Unifebe, George Wilson Aiub; o presidente da ACIBr, Halisson
Habitzreuter; o reitor da Unifebe e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr, Günther Lother Pertschy; o vicepresidente
do Setor da Indústria da Federação, André Gaidzinski; o diretor Executivo da FACISC, Gilson Zimmermann; o diretor Executivo
da ACIBr, Candido Godoy; e o assistente de projetos do setor de Inovação, Diogo Borba
ACIBr apresenta
Escola de Negócios
para a FACISC
Modelo de ensino,
voltado para
empresários e
colaboradores
associados à entidade,
foi elogiado por
representantes da
Federação
AAssociação Empresarial de Brusque (ACIBr) esteve
no dia 8 de fevereiro na sede da Federação das
Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC),
em Florianópolis. O objetivo da visita foi apresentar
a Escola de Negócios da entidade para a Federação e
discutir possíveis parcerias para que o produto desenvolvido pela
ACIBr possa ser ampliado para outras associações empresariais do
Estado.
Lançada em outubro de 2016, a Escola de Negócios da ACIBr
é mantida em parceria com o Centro Universitário de Brusque
(Unifebe) e disponibiliza 24 cursos de curta duração, nas áreas de
Administração e Recursos Humanos. Todos os cursos são oferecidos
na modalidade de Ensino à Distância e direcionados exclusivamente
às empresas associadas à entidade e seus colaboradores.
Na oportunidade, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter;
o diretor Executivo da entidade, Candido Godoy; o reitor da Unifebe
e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr,
Günther Lother Pertschy; e o coordenador do curso de Administração
da universidade, George Wilson Aiub; falaram sobre os objetivos da
Escola, os cursos disponibilizados, o funcionamento da plataforma
e principalmente os diferenciais do mesmo.
“Esse é um produto feito para empresas, não é um programa
acadêmico adaptado a elas. Ou seja, desde o início ele foi criado com
o ‘DNA empresarial’, com linguagem acessível, que possa atingir
tanto empresários de pequenos, médios e grandes negócios como
seus colaboradores de várias faixas etárias”, comentou Habitzreuter.
Da mesma forma, o reitor da Unifebe e diretor da ACIBr também
Podemos realmente pensar em uma parceria
estadual, como um produto para ser oferecido
às empresas, melhorando o nível do nosso
empreendedor catarinense para ser mais
competitivo em relação a outros Estados
Vice-presidente do Setor da Indústria da FACISC, André Gaidzinski
24 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
INOVAÇÃO
Além de apresentar a
Escola de Negócios para
a FACISC, também foram
discutidas possíveis
parcerias para que o
produto desenvolvido pela
ACIBr possa ser ampliado
para outras associações
empresariais do Estado
destacou a inovação da Escola, que não se limita a um treinamento,
mas sim a uma formação em todos os níveis de qualquer organização.
“Com tecnologia de ponta, facilidade e flexibilização em relação ao
tempo das pessoas, a Escola é perfeita para o que precisamos nas
nossas organizações nos dias atuais. E com certeza quem aderir a ela
terá grandes resultados em seus negócios”, pontuou.
Ineditismo
Para o vice-presidente do Setor da Indústria da Federação,
André Gaidzinski, a Escola de Negócios é algo inédito e pode
ser direcionada para outras regiões de Santa Catarina para
atender a demanda das 34 mil empresas e 146 associações
empresariais no Estado que integram a FACISC. “O que mais
precisamos hoje no nosso país é de Educação e a Escola de
Negócios vem em um formato diferenciado, que particularmente
nunca tinha visto. Ela é voltada para a classe empresarial,
para os associados do sistema FACISC, para que eles tenham
melhor formação e capacitação dentro de seu setor. Podemos
realmente pensar em uma parceria estadual, como um produto
para ser oferecido às empresas, melhorando o nível do nosso
empreendedor catarinense para ser mais competitivo em relação
a outros Estados”, avaliou.
Além dele, participaram do encontro o diretor Executivo da
FACISC, Gilson Zimmermann, e o assistente de projetos do setor de
Inovação, Diogo Borba.
Para o presidente da ACIBr, as expectativas são as melhores
possíveis, já que a Escola de Negócios tem um grande potencial e
pode ser adaptada conforme as necessidades das demais empresas
em Santa Catarina. “A FACISC conseguiu ver o diferencial desse
produto e acreditamos que será uma grande ferramenta para a classe
Saiba mais
Todos os cursos da Escola de Negócios ACIBr são direcionados
às empresas associadas à entidade e seus colaboradores,
todos com um preço único de R$ 75. Para se inscrever basta
acessar o endereço eletrônico www.acibr.org.br e clicar em
“Escola de Negócios”. Lá o processo é simples e consiste
em escolher o curso desejado, fazer um rápido cadastro e
começar o estudo.
Totalmente digitais, os cursos são à distância e oferecem ao
aluno mais flexibilidade de acesso ao conteúdo, na escolha do
melhor dia e horário para receber o conhecimento. A plataforma
disponibiliza textos e vídeos, além de leituras complementares e
sistema próprio de avaliação.
Na área de Administração são oferecidos cursos como
Qualidade nas Empresas, Administração do Tempo,
Atendimento ao Cliente, Curso Básico de Liderança,
Desenvolvimento de Líderes, Técnica de Vendas, entre outros.
Já na área de Recursos Humanos, Treinamento de Equipes,
Gestão de Conflitos Organizacionais, Marketing Pessoal e
Rotinas Trabalhistas são algumas opções.
Os colaboradores das empresas associadas também podem
adquirir os cursos diretamente. Basta entrar em contato com
a ACIBr e fazer a inscrição. Na oportunidade será solicitado
a comprovação de vínculo com a empresa associada, que
pode ser uma declaração da empresa ou cópia da folha de
pagamento. Mais informações: (47) 3351-1588.
empresarial de Brusque e de todo o Estado. Esperamos realmente que
isso possa ser um produto da FACISC, disponibilizado para outras
associações empresariais e que irá contribui para a capacitação
profissional de todas essas empresas e seus colaboradores”, ressaltou.
Há 10 anos produzindo qualidade.
Águas Negras - Botuverá - Sc
Tel: 47 3359 4172 | Facebook: Dalfios Fiação
www.dalfiosfiacao.com.br
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
25
CAPACITAÇÃO
2º Ciclo de Palestras do
Núcleo de Metalmecânica
Evento acontece em abril e faz parte das comemorações dos 25 anos de fundação do Núcleo
As expectativas do Núcleo
são de que, assim como
na edição de 2016 do
Ciclo de Palestras, os
profissionais participem e
confiram novidades que
estão sendo colocadas
no mercado para que
possam aplicá-las dentro
do ambiente de trabalho
ONúcleo de Metalmecânica da Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr) realiza no dia 26 de abril a segunda
edição do Ciclo de Palestras do Núcleo. Com temas
atuais e profissionais renomados, o evento acontece nas
dependências do Centro Empresarial, Social e Cultural de
Brusque (CESCB) e será voltado para empresas do setor associadas
da entidade, ou que tenham interesse em participar.
Na oportunidade serão apresentadas duas palestras: a primeira,
com início às 19h, sobre ‘Otimização de processos de Usinagem’,
que busca definir melhores parâmetros de usinagem, de estratégias de
corte, visando redução do tempo e maximização da vida da ferramenta
de corte. Já a segunda palestra, às 20h30, será sobre ‘Impressão 3D
– Metálica’ e irá apresentar as novas tecnologias e tendências desse
processo.
Ambas serão ministradas por profissionais técnicos dos Institutos
SENAI de Inovação em Manufatura Integrada e SENAI de Inovação
em Laser. “Como em nossa região há muitas empresas que atuam no
segmento de usinagem e ferramentaria, estamos trazendo para este
encontro temas que agreguem conhecimento e informação nestas
áreas”, comenta o coordenador do Núcleo, Adalberto Speck Dias.
25 anos
Além do 2º Ciclo de Palestras, 2017 será de diversas atividades
para o Núcleo, que completa 25 anos de sua fundação e cada vez mais
busca unir as empresas do segmento e fortalecer o setor na região.
“Incentivar o desenvolvimento através da busca pelo conhecimento,
parcerias e troca de experiências, preparando-as para um mercado
cada vez mais exigente e competitivo sempre foi nossa meta. E é uma
imensa alegria ver que aquela ideia lançada lá atrás, em realizar um
evento que agregasse conhecimento e desenvolvimento das nossas
empresas, já está em sua segunda edição”, completa o coordenador.
Com isso, as expectativas do grupo são de que, assim como
na edição de 2016 do Ciclo, os profissionais participem e confiram
novidades que estão sendo colocadas no mercado para que possam
aplicá-las dentro do ambiente de trabalho, aumentando assim o
desempenho, qualidade e nível de competitividade em suas empresas.
“Dentre os objetivos do nosso Núcleo, a troca de experiência,
o acesso ao conhecimento e a capacitação de nossos colaboradores
estão sempre na lista de prioridades. E é com esse intuito que
procuramos realizar ações que estejam diretamente ligadas a isso,
para contribuir com o desenvolvimento e crescimento das empresas e
dos profissionais envolvidos”, acrescenta Dias.
Pelo Ciclo ser realizado em apenas um único dia, o Núcleo já está
pensando na 3ª edição do evento, no segundo semestre de 2017. Além
disso, diversas ações e visitas técnicas em empresas da região também
estão sendo programadas para fortalecer as empresas nucleadas que
fazem parte do segmento.
Como participar
As palestras serão realizadas na sala 3 do CESCB, no pavimento
térreo, com capacidade para 60 pessoas. Interessados em
participar do evento podem adquirir os ingressos, no valor de
R$ 25, disponíveis na sede da ACIBr ou com os integrantes do
Núcleo Metalmecânico. Durante o intervalo entre as palestras
será servido um coffe break. Mais informações: (47) 3351-1588.
26 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
EMPRESA DESTAQUE
O doce sabor
de empreender
Empresa Rafaela Doces comemora sucesso
na produção de doces artesanais, que cada
vez mais conquistam o paladar de clientes de
Brusque e região
Dizem que cozinhar é uma arte. Ou um dom. Mas, quando
as duas peculiaridades se unem, o resultado é o sucesso.
Essas são algumas das características da empresária e
chef pâtissier Rafaela Ludvig Walendowsky, que desde
2010 comanda as delícias produzidas artesanalmente por
sua empresa, a Rafaela Doces.
Formada em Chef Internacional e Pâtissier e Bacharel em
Gastronomia, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a
brusquense conta que o gosto pelo mundo culinário surgiu ainda
na infância, quando brincava de cozinhar. Com o passar dos anos
a brincadeira passou a ser um hobby e a produção de bolos, doces
e sobremesas era garantia nos finais de semana e nos encontros de
família e amigos, o que facilitou na escolha da profissão na hora
do vestibular.
A empresária e chef pâtissier Rafaela Ludvig
Walendowsky, desde 2010 comanda as delícias produzidas
artesanalmente por sua empresa, a Rafaela Doces,
atendendo clientes de toda a região
O segredo é fazer com muito amor e carinho
Rafaela Ludvig Walendowsky, empresária e chef pâtissier
Apesar da diversidade de áreas que a Gastronomia oferece,
durante o período em que se aperfeiçoou na culinária, a chef buscou
conhecer os mais variados segmentos culinários: foi estagiária em
um bistrô italiano no Mato Grosso e também no Costão do Santinho,
em Florianópolis, local onde atuou por três anos sendo dois deles na
confeitaria do resort.
A partir da experiência, a brusquense passou a firmar ainda
mais as certezas de que gostaria de trabalhar com as doces delícias
de confeitar. Após a formação, mesmo recebendo propostas, Rafaela
resolveu inovar, empreender e montar o próprio negócio e assim
fundou a Rafaela Doces, que até hoje funciona na rua Francisco
Walendowsky, no bairro Primeiro de Maio.
Inicialmente os atendimentos eram para pequenos eventos e
festas, mas com o tempo e o gosto dos clientes, a demanda aumentou,
e atualmente a empresa atende encomendas de toda a região para
aniversários, casamentos, lanches, formaturas, chás de bebês e
eventos em geral.
Para criar tantas delícias e tantos doces, que muitas vezes
parecem pequenas ‘obras de arte’, Rafaela acredita que dois
ingredientes são fundamentais para a inspiração. “O segredo é fazer
com muito amor e carinho. São doces artesanais, feitos um a um, e
sempre busco passar boas energias para cada cliente. Além disso,
é uma satisfação minha poder ajudar as pessoas a realizarem a sua
festa, seus sonhos. Desde a escolha dos doces, até a montagem da
mesa, sempre fico muito feliz”, detalha.
Crescimento
Com a vontade de continuar se especializando e cada vez
mais contribuir para o seu negócio, desde 2016 a empresa
passou a integrar o Núcleo de Gastronomia da Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr), o que para a empresária, foi
enriquecedor. “É muito bom participar, para ficar por dentro do
que está acontecendo no mercado. Além disso, por ser um Núcleo
multisetorial sempre compartilhamos experiências, o que é muito
válido. Fizemos o 1º Temperô, em 2016, que trouxe resultados
muito positivos, para todos os empreendimentos envolvidos
e também para a cidade, já que o Festival foi além das nossas
expectativas”, comenta.
A busca por novidades é outro fator que contribui para o sucesso
do negócio de Rafaela, já que a empresa tem o desafio de trabalhar
com doces tradicionais ao mesmo tempo em que os oferece em
formatos e complementos diferenciados. Ou seja: a empreendedora
busca conhecer o paladar de sua clientela e o adapta às novidades do
mercado. “É um trabalho que exige bastante, desde o atendimento
ao cliente, administração, até a produção com ingredientes de
qualidade. É sempre um grande desafio, mas busco fazer tudo com
amor e entender o que os clientes querem para que o evento que eles
estejam fazendo seja sempre o melhor possível”, completa Rafaela,
que sempre superou os desafios da vida e dos negócios, com garra e
determinação.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
27
ODS
ACIBr recebe certificação do
Movimento Nacional ODS,
Nós Podemos Santa Catarina
Entrega ocorreu em Florianópolis, durante Assembleia Geral do Movimento
A consultora de
Núcleos da ACIBr, Rose
Debatin Civinski, com
a Coordenadora Geral
do Movimento ODS Nós
Podemos SC, Adelita
Adiers, e o diretor de
Assuntos da Indústria,
Nelson Zen Filho, durante a
certificação aos signatários
do Movimento ODS Nós
Podemos SC
AAssociação Empresarial de Brusque (ACIBr) participou
no dia 29 de março, em Florianópolis da primeira
Assembleia Geral de 2017 do Movimento Nacional
ODS Nós Podemos em Santa Catarina. O evento reuniu
diversos representantes de entidades, organizações e
empresas de todo o Estado.
O encontro contou com um balanço das atividades desenvolvidas
pelo Movimento ao longo de 2016, a apresentação das estratégias e
ações para 2017, e o lançamento do novo Selo do Movimento, que
os signatários poderão utilizar a partir de agora para certificar o seu
compromisso com os ODS. “Ver tantas pessoas aqui hoje, mostra o
quanto estamos comprometidos. Esta é uma prova que estamos no
caminho certo. O Movimento não é feito por apenas uma pessoa,
o Movimento somos todos nós”, afirmou a Coordenadora Geral do
Movimento ODS Nós Podemos SC, Adelita Adiers.
Atualmente, mais de cem organizações participam do Movimento
em todo o Estado. Em Brusque, 15 delas assinaram a repactuação, e
continuarão com os trabalhos ao longo de 2017.
“A assembleia teve como objetivo justamente fazer essa
repactuação com as organizações que já estavam como signatárias
dos Oito Objetivos do Milênio (ODM). Foi uma forma de sabermos
se elas querem continuar conosco para pensar em estratégias com os
17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), até 2030. E
vamos continuar na busca por mais pessoas, entidades e empresas que
estão engajadas na causa para aderirem ao Movimento em Brusque”,
ressaltou a coordenadora geral do Movimento do município, que
também é adjunta na coordenação de Mobilização Estadual, Camile
Rebeca Bruns.
Certificação
Durante o encontro também foi realizada a entrega da Certificação
de Adesão aos 59 signatários do Movimento ODS Nós Podemos SC,
pessoas e organizações que comprovaram a sua atuação em prol dos
Como participar
Empresas, organizações, entidades e pessoas físicas que
desejam participar do Movimento podem entrar em contato
com a organização através da fanpage: Movimento Nacional
ODS Nós Podemos Brusque; ou então acessar o site do
Movimento Estadual: http://nospodemos-sc.org.br, no link ‘Seja
ODS’ para realizar a inscrição. Lá também estão disponíveis para
conhecimento os 17 ODS e as metas traçadas para cada um.
28 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ODS
Em Brusque, 15
organizações assinaram
a repactuação, e
continuarão com os
trabalhos ao longo de
2017. Representantes
de entidades, empresas
e pessoas físicas do
município marcaram
presença no evento e
receberam a certificação
do Movimento Estadual
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A ACIBr esteve entre as entidades que receberam a certificação,
representada pelo diretor de Assuntos da Indústria, Nelson Zen Filho, e
a consultora de Núcleos da ACIBr, Rose Debatin Civinski. A entidade
participa do movimento desde o lançamento dos Oito Objetivos do
Milênio, e é uma das organizações que deu continuidade a projetos e
metas que envolvem os 17 ODS. “Foi muito bom participarmos desse
encontro, para a entidade conhecer melhor o que tem sido proposto por
esse Movimento e divulgar aos seus associados. Hoje o empresariado
tem muitas atividades, em especial por esse momento econômico e
político do nosso país, e cabe à ACIBr orientá-los, realizar projetos e
dar andamento aos mesmos, em prol da sociedade. Esse Movimento é
a longo prazo e cabe a nós engajarmos as empresas e demais entidades.
Reunindo forças, com certeza superamos as dificuldades, melhoramos
nosso padrão de vida na cidade, no Estado, no país e no mundo.
Parabéns a todos pelo envolvimento e organização desse evento, que
ficará para as próximas gerações”, salientou Zen na oportunidade.
Saiba mais
Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são
considerados uma agenda para pessoas, prosperidade e para o
planeta, com objetivos a serem alcançados até 2030. Enquanto
os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estavam
mais focados em políticas públicas, envolvendo assuntos como
miséria, mortalidade infantil, doenças epidêmicas e saneamento
básico, os 17 ODS envolvem questões do mundo corporativo,
tais como o consumo, produção, energia limpa. Em vigor
desde o início de 2016, os ODS também determinam um prazo
de 15 anos para a conquista das 169 metas propostas e 234
indicadores, que foram pactuados pelos 193 países signatários
da ONU, entre eles o Brasil.
Em nosso Estado, o Movimento Nacional ODS Nós Podemos
Santa Catarina, formado por um grupo de voluntários, está
mobilizando setores públicos, privados e sociedade civil para
alcançarem esses objetivos. Ao todo, são 105 signatários que
atuam em oito comitês do Movimento em Santa Catarina, nas
cidades de: Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Grande
Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul e Joinville.
O encontro contou com um balanço das atividades
desenvolvidas pelo Movimento ao longo de 2016,
a apresentação das estratégias e ações para 2017.
Atualmente, mais de cem organizações participam do
Movimento em todo o Estado
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
29
ECONOMIA
Feira Multissetorial
Núcleos e Associados ACIBr
Multifair acontece em maio e deverá fortalecer a economia de Brusque e região
A Feira Multissetorial da
ACIBr terá a participação
de Núcleos e associados
que compõem o quadro
de sócios da entidade
Entre os dias 25 e 28 de maio, a Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr), junto com o Núcleo das Mulheres
Empresárias da entidade, realiza no Pavilhão da
Fenarreco, a Feira Multissetorial Núcleos e Associados
ACIBr – Multifair. O evento, destinado às empresas que
fazem parte dos Núcleos ou do quadro de associados da entidade,
tem como objetivo enfatizar a diversidade econômica de Brusque
e fortalecer os diversos setores da indústria, comércio e serviços,
a fim de movimentar e gerar negócios a todas as empresas
participantes.
“A Feira irá movimentar a economia de Brusque e também
fixar as marcas da nossa região, das cidades de Guabiruba e
Botuverá. Estarão expostos produtos e serviços dos mais variados
segmentos, do comércio, da indústria, o que também será muito
interessante para o consumidor que poderá verificar o que é
feito em nossa região e conhecer um pouco mais da força do
nosso empresariado”, ressalta o presidente da ACIBr, Halisson
Habitzreuter.
Fortalecimento dos setores
e produtos, e os Núcleos Setoriais da entidade.
“A Multifair também irá nos conectar com a sociedade,
pois será uma oportunidade de mostrarmos o que, enquanto
entidade, estamos fazendo, bem como os produtos e serviços que
as empresas associadas têm para oferecer. É um grande evento
e esperamos que todos possam participar e nos prestigiar”,
completou Habitzreuter.
A diretora de Núcleos e/ou Câmaras da ACIBr, Susymeri
Ogliari participou do lançamento da Multifair, no dia 9 de fevereiro,
que reuniu coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos
da ACIBr. Da mesma forma ela destacou o potencial da Feira em
promover a interação entre os próprios Núcleos e empresas que
os integram e que fazem parte da entidade. “Todos os setores da
economia em um mesmo lugar fará com que possamos conhecer
MULTIFAIR
Participe!
MULTIFAIR
FEIRA MULTISSETORIAL
NÚCLEOS E ASSOCIADOS
ACIBr
Além disso, a Feira tem como intuito incrementar vendas, FEIRA MULTISSETORIAL
NÚCLEOS E ASSOCIADOS
conectar novos clientes para Brusque e região, conhecer A programação da Multifair terá palestras com especialistas e
compradores potenciais de diferentes áreas, reforçar as relações ACIBr apresentação de cases de sucessos de empresas associadas à
comerciais com clientes atuais, gerar alianças estratégicas, entidade. Integrantes dos Núcleos da ACIBr ou associados da
entidade interessados em participar da Multifair, podem entrar
apresentar produtos e inovações, e posicionar as marcas, para
em contato com a ACIBr no: (47) 3351-1588. Andrade Eventos
prospectar e gerar grandes negócios. O evento contará com no (47) 3355 9520.
estandes de empresas dos mais variados setores, com seus serviços
30 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ECONOMIA
Programe-se
A Multifair acontece nos dias 25 a 28 de maio, no Pavilhão
da Fenarreco, em Brusque. A entrada é gratuita. Confira os
horários de funcionamento:
- 25 de maio, quinta-feira (abertura): das 18h30 às 22h
- 26 de maio, sexta-feira: das 14h às 22h
- 27 de maio, sábado: das 14h às 22h
- 25 de maio, domingo: das 13h às 19h
tudo o que a nossa variada economia possui. É um projeto que vai
dar certo, já que quem está envolvido no associativismo também
busca gerar negócios, fazer network, trocar ideias e crescer. E com
certeza esse evento vem ao encontro da proposta da entidade, de
propagar e gerar resultado para o município”, completa.
Para a coordenadora do Núcleo das Mulheres Empresárias
da ACIBr, Rosangela Andrade, as expectativas também são as
melhores para o evento, que deverá gerar importantes negócios
e fortalecer ainda mais as empresas e marcas que integram a
entidade. “A ACIBr acreditou no nosso Núcleo, que também é
multissetorial, e estamos juntas para fazer com que esse evento
aconteça. É um projeto novo, ousado, e queremos envolver todos
O lançamento do evento, no dia 9 de fevereiro, reuniu
coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos da ACIBr
os associados, para que eles se conheçam também entre si. O
Núcleo das Mulheres acredita no potencial da Multifair, que irá
agregar valor de negócios com todos que irão participar dela.
Queremos fomentar a economia, mostrar o que as nossas empresas
têm de novidades para o mercado e esperamos a participação de
todos”, completou.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
31
ESTADUAL
Durante o encontro o presidente da ACIBr enalteceu a união das entidades na busca da celeridade das obras em rodovias tão
importantes para a região, como também o acompanhamento dos trâmites da Barragem de Botuverá
ACIBr marca presença em
reunião plenária da FACISC
Presidentes das Associações Empresariais do Vale do Itajaí discutiram assuntos relacionados
à duplicação de rodovias, Barragem de Botuverá e as reformas em evidência no país
AFederação das Associações Empresariais de Santa
Catarina - FACISC realizou na noite de 30 de março,
a reunião plenária no Vale do Itajaí. A Associação
Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú
- Acibalc, representada pelo presidente Augusto
München, pela conselheira Superior Ciça Muller e pelos VP's da
entidade foi a anfitriã do encontro. A reunião contou com a presença
do presidente da FACISC, Ernesto João Reck, pela vice-presidente
regional, Maria Izabel Pinheiro Sandri, pelos presidentes Halisson
Habitzreuter da Associação Empresarial de Brusque, Carlos
Tavares D'Amaral da Associação Empresarial de Blumenau,
Peter Volkmann da Associação Empresarial de Pomerode, por
representantes do Conselhos Estadual dos Jovens Empreendedores
- Cejesc, do Conselho Estadual da Mulher Empreendedora - Ceme
e por coordenadores de Núcleos da Acibalc.
As questões relacionadas à infraestrutura, no que diz respeito
às obras de modernização do Aeroporto de Navegantes, a ampliação
da bacia de evolução dos Portos de Itajaí e Navegantes, a reforma
da rodovia SC-412 denominada Jorge Lacerda, a duplicação
da BR-470 e as reformas no país, foram os assuntos discutidos
durante o encontro e que nortearão as ações das entidades nos
próximos meses. Os pleitos já foram levados aos deputados
representantes catarinenses em outras ocasiões, como durante o
Fórum Parlamentar Catarinense que aconteceu no dia 1º de agosto
de 2016, em Blumenau, e no dia 21 de agosto em São José, na
Grande Florianópolis. Nos dois momentos a FACISC promoveu
um encontro entre as classes política e empresarial, com o objetivo
de aproximá-los e cobrar celeridade.
Prioridade BR-470
A atenção se volta principalmente às obras de duplicação da
BR-470, que já foi pauta de diversas audiências públicas em que
as Associações do Vale solicitaram a intervenção de parlamentares
junto ao Governo Federal. Trechos importantes, como os entre as
cidades de Navegantes e Indaial, se dão a passos lentos na rodovia
que liga o oeste ao litoral do Estado de Santa Catarina. Passados
quase seis anos, as obras da duplicação avançam em apenas dois
dos quatro lotes contratados e diversas áreas às margens da rodovia
ainda aguardam desapropriação.
O movimento da classe empresarial não é de hoje. As
Associações do Vale do Itajaí e a FACISC iniciaram em março
de 2016 a campanha "Faça igual ao governo: vá devagar” e
“Imprudência mata. Incompetência também”. Encabeçada pela
Associação Empresarial de Rio do Sul, o mote foi criado para
despertar a atenção do Governo e dos usuários da BR. Em números,
mais de 500 pessoas perderam a vida desde que a promessa de
32 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ESTADUAL
Presidente da ACIBr,
Halisson Habitzreuter,
presidente FACISC,
Ernesto João Reck,
assessor jurpidico ACIBr,
Osmar Peron Jr e pela
vice-presidente regional
da FACISC, Maria Izabel
Pinheiro Sandri
agilizar a duplicação aconteceu em junho de 2010.
Reck enfatizou durante a reunião, a importância do
envolvimento de todos os presidentes no mesmo movimento por
meio de um discurso unificado, trabalhando estratégias de forma
conjunta e colaborativa na busca de resolução e atendimento dos
pleitos. Ele reafirmou o apoio da FACISC à causas tão nobres e
que impactam diretamente o desenvolvimento econômico. "Fico
muito feliz em saber que o discurso está alinhado. Esforços em
conjunto para problemas em comum. Precisamos nos reinventar
e cobrar daqueles em que depositamos o nosso voto de confiança,
para nos representar a nível estadual e federal", enfatizou.
Para o Presidente da Associação Empresarial de Pomerode,
Peter Volkmann, o que precisamos é pressionar a classe política
nacional de forma prática e objetiva. "Vivemos uma deficiência de
representatividade em nossa região. Representamos hoje 30% do
PIB catarinense e temos quatro representantes do poder público".
“Todas as associações empresariais têm em comum a questão
da infraestrutura regional, mais voltada principalmente às nossas
rodovias, os acessos. Nossa rodovia Antônio Heil, duplicação da
BR-470, melhorias na rodovia Jorge Lacerda. Nossas entidades
precisam estar unidas e pleitear de forma única essas obras, que
são tão necessárias”, reforça o presidente da ACIBr, Halisson
Habitzreuter.
Barragem de Botuverá
Um dos assuntos em pauta também foi a Barragem de
Botuverá, obra que concluída trará benefícios à região do Vale
do Itajaí, mais diretamente aos municípios de Brusque, Itajaí e
Balneário Camboriú. Na oportunidade o presidente da ACIBr,
fez considerações a respeito de todo processo. “Foi uma obra
muito comentada e terá apoio de toda nossa regional para que
seja concluída o quanto antes. Vamos continuar acompanhando e
fiscalizando”, ressaltou Habitzreuter.
A próxima plenária da regional da Facisc será realizada entre
Nossas entidades precisam estar unidas e
pleitear de forma única essas obras, que são
tão necessárias
Halisson Habitzreuter, presidente ACIBr
os meses de junho e julho, na sede da Associação Empresarial de
Brusque.
Startup Cejesc
Também durante a plenária, os Conselhos dos Jovens
Empreendedores e da Mulher Empreendodora compartilharam
programas e projetos em desenvolvimento. O Conselho Estadual
dos Jovens Empreendedores, na ocasião, apresentou o Startup
Cejesc.
A iniciativa dos jovens empreendedores do Estado foi
apresentada em fevereiro durante a Assembleia Geral Ordinária
- AGO na cidade de Taió. Um dos objetivos do Programa de
Empreendedorismo e Inovação é desenvolver negócios com
potencial inovador e acelerá-los por meio da rede de associativismo
catarinense.
Os benefícios segundo o VP Eduardo Pedrini são inúmeros.
Integrar empresários e executivos em prol da imersão no contexto de
Lean Startup, podendo estes abordar e desenvolver frentes em suas
organizações orientadas nos moldes do empreendedorismo startup.
Interação com grupos, exercendo o aprendizado dos conceitos por
meio da interação com pré-startups. Painel Interativo Corporativo
para compartilhar o ciclo de aprendizado. Fomento Empreendedor
Colaborativo, com visão geral a ciclos de investimento em startup.
Desenvolvimento de um modelo de inovação aberta para empresa,
assim, organizando desafios internos e de inovação.
Geração Empreendedora
Já o Conselho Estadual da Mulher Empreendedora, destacou
o projeto Geração Empreendedora que visa despertar, estimular
e orientar o desenvolvimento do espírito empreendedor e da
cultura associativista nos estudantes de ensino médio, criando
uma geração consciente, pró-ativa e capacitada para transformar o
cenário socioeconômico.
O programa envolve principalmente dois públicos distintos:
empresários e alunos do ensino médio. O objetivo é aproximar
ambos para que os alunos possam vivenciar e conhecer mais sobre
empreendedorismo na prática.
Ainda em fase de implantação o projeto ocorrerá nas 12
regionais que possuem Núcleos das Mulheres Empresárias e
contará com o apoio destes para a sua realização, cabendo às
nucleadas a aplicação do projeto em suas cidades.
Texto: Assessoria de Comunicação Acibalc
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
33
COMÉRCIO ELETRÔNICO
E-commerce:
um novo negócio
O comércio eletrônico já é uma realidade no Brasil, onde 150 mil empresas atuam.
O importante é ter a percepção que ele pode ser um novo negócio para sua empresa
Na avaliação de Nicolas
Tamanini Marchewsky, o
grande desafio de uma
empresa que já está
estabelecida ao implantar seu
e-commerce, é cultural
Oe-commerce, comércio eletrônico através de
plataformas digitais, têm tido motivos para comemorar.
Segundo dados do Webshoppers, estudo de maior
credibilidade sobre o comércio virtual brasileiro
realizado pela Ebit, o e-commerce faturou R$44,4
bilhões em 2016 no Brasil, atingindo um crescimento nominal de
7,4%. O estudo também apontou que 48 milhões de consumidores
compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano,
registrando alta de 22% ante 2015. Com números tão interessantes,
levando em consideração que passamos por uma das maiores
crises econômicas e políticas do país, há motivos para comemorar,
e a Ebit prevê que o e-commerce deverá crescer 12% neste ano de
2017, com quase R$50 bilhões em faturamento.
Os números são atrativos principalmente para as empresas que
têm interesse de entrar no comércio digital. Porém, há um caminho
a se percorrer, e o primeiro passo é entender que o e-commerce
será um novo negócio dentro da sua empresa.
Segundo o sócio e gestor de negócios da Híbrido, empresa
que atua na concepção de projetos de e-commerce, professor de
pós na Universidade Católica de Santa Catarina e de E-commerce
na MB Treinamentos, Nicolas Tamanini Marchewsky, o grande
desafio de uma empresa que já está estabelecida ao implantar
seu e-commerce, é cultural. “É necessário enxergar esse negócio
como algo novo dentro da empresa, tem grandes desafios políticos
internos, de comissões, representantes, relacionamentos com
gerentes de lojas, entre outros. O grande desafio é entender que
isso é mais um negócio, tem que ser investido tal como, não é
um negócio que é grátis ou com custo baixo. Tem todo um tempo
de maturação, no mínimo de 18 a 24 meses, logo, não é do dia
para noite que gira e acontece, tem que haver um trabalho, um
acompanhamento”, enfatiza.
Hoje existe no comércio eletrônico do Brasil cerca de 150 mil
lojas, mas não é um negócio simples. “É lógico que é um cenário
melhor, que não precisa ter tanta gente trabalhando no início, mas
tem todo um investimento em marketing, em tecnologia e assim
por diante”, ressalta Marchewsky.
Perfil dos consumidores
O perfil do cliente de e-commerce é diferente dos que compram
na loja física. Quando falamos de cliente no comércio eletrônico,
estamos nos referindo a 40 milhões de compradores só no Brasil.
“Uma loja no bairro, no Centro da cidade, o perfil do público é
aquele que está ali perto. Na internet você vai poder atingir muito
mais pessoas, lógico que o desafio é maior, é preciso saber como se
comunicar para atender o nicho específico”, ressalta Marchewsky.
Além disso, o consumidor on line é muito mais exigente, tem
34 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
COMÉRCIO ELETRÔNICO
mais ferramentas à mão, muito mais tecnologia, que pode usar
para barganhar e comprar. E, se não for muito bem atendido, ele
pode facilmente acabar com a imagem de uma empresa. “Então
com certeza muda o perfil, especialmente o perfil de engajamento
que eles têm com a marca, que pode ser positivo ou negativo, e as
ferramentas que ele têm à mão para decidir a compra”, explica o
professor.
Hoje há grandes empresas de comércio eletrônico, que estão
entre os maiores faturamentos do Brasil quando falamos em
varejo, como a Dafiti, a Netshoes, a própria B2W formada pela
Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato e Submarino
Finance. Essas empresas, segundo Marchewsky, querem se
consolidar no mercado. Trazendo para nossa região, há empresas
que têm alcançado importantes resultados. Algumas começaram
pequenas, como a Rope Store, que estão emergindo e crescendo
muito. No que se refere a indústrias na região, o professor cita
algumas como a Karsten, Trussardi, Korova, e a brusquense
Fischer, que estão atuando de maneira correta, e colhendo bons
frutos de suas lojas virtuais.
Passo a passo
O primeiro passo para ter um e-commerce é entender o modelo
do negócio em que a empresa pretende atuar: varejo ou atacado.
“Além disso, o que ela precisa ter de funções, de ferramentas, se
vai necessitar de representante dentro da plataforma, se terá que
trabalhar apenas no varejo. Em seguida, é preciso procurar uma
empresa que faça o desenvolvimento da loja virtual. Desse tipo
de empresa tem inúmeras. Uma dica é analisar quem está tempo
no mercado, qual tipo de cliente que essa empresa já atende, os
diferenciais da plataforma, e se atende o que é preciso quando
falamos de ferramentas”, comenta Marchewsky.
Existem ferramentas gratuitas ou de baixo custo, de R$ 100,
R$ 200 mensais, até ferramentas de R$ 100 mil, R$ 1 milhão.
Logo, o que se levará em conta é o modelo do negócio e momento
que a empresa vive. “Às vezes um empreendedor sozinho não tem
tanto a investir, mas uma empresa maior, que precisa integrar o
e-commerce com seu sistema de gestão, deixar tudo acontecendo
de uma maneira mais prática, precisa de uma ferramenta mais
robusta para o processo ser mais ágil. Então tem que buscar
mesmo profissionais especializados para ajudar em todo esse
processo, e ter também alguém dentro da própria empresa para
chamar o e-commerce de filho. Um gestor, um coordenador, que
terá que estar no dia a dia lutando pelo e-commerce, buscando
novos produtos, mídia, atendendo clientes. Depois essa pessoa vai
tendo mais pedidos, mais clientes e começa a criar uma equipe”,
afirma o professor.
O grande desafio é entender que isso é mais um
negócio, tem que ser investido tal como, não é
um negócio que é grátis ou com custo baixo
Logística
Nicolas Tamanini Marchewsky
Mas não basta apenas ter uma loja virtual, um bom controle
de estoque e produtos atrativos se a entrega não funcionar. É
preciso, na opinião de Marchewsky, ter uma boa logística interna
de produto. Uma boa coordenação e ordenação dos produtos no
centro de distribuição. “O teu estoque é primordial, então precisa
estar sempre correto. Processos internos bem agilizados, para isso
a tecnologia ajuda muito. E parceiros de transporte de qualidade.
Hoje os Correios fazem praticamente 85% das entregas, mas tem
várias entregadoras surgindo que também prezam por um serviço
de qualidade”, frisa.
A logística começa primeiro internamente: acelerar o processo
de atendimento, para o pedido e o produto saírem logo do CD, e
seguirem para a entrega.
Marketing
Outra questão muito importante é o marketing. Não basta
apenas colocar a loja no ar e imaginar que as vendas acontecerão
como num passe de mágica. “Em média 13.1% do faturamento
é reinvestido em marketing, ou seja, é muito diferente da
comunicação off line que estamos acostumados, que investe de
dois a três por cento. Tem-se talvez investimentos menores no
começo para implantar o e-commerce, talvez de 10% a 15% do
que custaria uma loja física com móveis e outros componentes,
menos pessoas trabalhando, porém, o investimento em marketing
é muito maior. E realmente tem que ser, pois são mais de 150 mil
lojas no Brasil. Então para ficar conhecido, para trazer pessoas até
o seu negócio, não é um desafio fácil”, reforça o professor.
Fato é que o e-commerce não é um negócio tão simples
assim, e deve ser encarado como uma nova oportunidade para as
empresas que pensam em investir nesse mercado. O importante é
pensar em todos os passos necessários, contar com profissionais
especializados e fazer o devido acompanhamento e investimentos
para alcançar bom resultados e atingir clientes no mundo inteiro.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
35
ACESSO
Protesto Expresso
Ferramenta
disponibilizada
pela ACIBr agiliza
recuperação de
crédito
O
protesto é um ato formal pelo qual se comprova a
inadimplência e o descumprimento de uma obrigação
originada em títulos e outros documentos de dívida.
Todas as dívidas vencidas e não pagas que tenham
amparo legal de documentos podem ser protestadas
atendendo a especificidade de cada transação. A ACIBr mantém
convênio com a FACISC/IEPTB-SC para o Protesto Expresso.
De acordo com o administrador e coordenador comercial
do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção
de Santa Catarina (IEPTB/SC), Sérgio Acy Kollet, o protesto é
a divulgação de uma dívida feita em cartório. Após o pedido, o
cartório faz uma intimação ao devedor, que tem três dias úteis para
quitar a dívida. “Se o pagamento não for efetuado dentro desse prazo,
o título será protestado e aparecerá no Serasa, Boa Vista e SPC Brasil
durante cinco anos. No cartório, o devedor ficará negativado até a
dívida ser paga”, explica Kollet.
A ACIBr passou a oferecer em março deste ano o serviço de
Protesto Expresso, em parceria com a Federação das Associações
Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e com o IEPTB/SC. O
principal objetivo da ferramenta é a blindagem do mercado frente aos
grandes índices de inadimplência existentes.
Como
funciona
O associado irá receber um login
e senha para encaminhar os títulos
a protesto, tudo de forma online e
sem burocracia. Sem precisar se
deslocar da empresa, o único
custo é o de R$ 5,00 por título
apontado no sistema.
Saiba mais
Quer obter mais informações
sobre o Protesto Expresso contate
o e-mail comercial@acibr.org.br
ou ligue para (47) 3351-1588.
Kollet frisa que o serviço proporciona economia e velocidade
na cobrança de títulos e documentos de dívidas vencidas. “Os
benefícios são a rapidez do processo, economia para as empresas
que não precisam pagar as custas e emolumentos de cartório, pois
ficam por conta do devedor, e a vantagem é a facilidade. Não precisa
ir ao cartório, o processo é todo online”, ressalta. Os títulos são
apresentados via web com custo de inserção de R$ 5,00 por título.
O diretor executivo da ACIBr, Candido Horácio Godoy, destaca
que a entidade busca constantemente disponibilizar novos serviços
aos associados para facilitar o dia a dia das empresas. “O Protesto
Expresso é oferecido com suporte completo da ACIBr e IEPTB/SC”,
frisa.
Os benefícios são a rapidez do processo,
economia para as empresas, e a facilidade, já
que o processo é todo online.
Sérgio Acy Kollet
36 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
EMPRESA DESTAQUE
Mergulhar na nova vida
Setrat Piscinas e a história inspiradora de seus proprietários
A Setrat Piscinas é
fruto do trabalho e do
empenho deste casal:
Cristiane e Sedenir
Bonacina
Avida do empresário Sedenir José Bonacina é uma destas
histórias que merecem ser contadas. Durante quatro anos
ele cursou Tecnologia em Processos Industriais, das
18h30 às 21h30. Era preciso deixar a academia um pouco
antes do horário, porque às 22h iniciava o expediente em
uma indústria da cidade, que se estendia até as 5h. Em casa, Sedenir
costumava dormir até o meio-dia. Acordava, almoçava e ia limpar
piscina para ter uma renda extra.
“Em 2007 eu deixei o trabalho na indústria e fui me
fortalecendo no ramo de piscinas. Tinha 154 clientes efetivos,
para os quais prestava serviço de assistência. Nesta época a
Setrat passou a ter cinco funcionários e uma recepcionista. Nossa
prestação de serviço era de limpar piscina duas vezes por semana,
o ano inteiro. Eu era responsável pela manutenção e toda a parte
técnica”, conta Sedenir.
Mas, no ano seguinte, a empresa quebrou. Limpar piscina era
trabalhoso e, o retorno financeiro, pouco expressivo. Sedenir, então,
repassou seus clientes para dois funcionários e voltou para a carteira
assinada, ainda no ramo de piscinas, mas no município de Itajaí.
Novamente a lida se tornou puxada: saía de Brusque às 6h, quase
nunca cumpria o intervalo de almoço de 1h30min na tentativa de
adiantar as assistências programadas e, ainda assim, chegava em casa
pelas 20h30, 21h. Foi assim até 2011.
“Eu não aguentava mais, estava sem perspectivas. Disse aos
donos que queria ir para frente. Não esperava aumento de salário,
mas queria ser vendedor, trabalhar na loja, estar mais bem vestido. A
empresa não me deu oportunidade. Pedi a conta e pensei em comprar
uma caminhonete e continuar a assistência técnica em Itajaí. Mas,
conversando com a minha esposa, decidimos abrir novamente a
Setrat”, recorda Sedenir.
Cristiane Costa Bonacina nunca deixou de acreditar no marido.
Tinha consciência do quanto ele entendia de piscinas: sabia vender,
sabia trabalhar, era bom no que fazia. E as economias da família, que
serviriam para construir a casa própria, foram investidas na empresa.
“Reativamos o CNPJ e mudamos a Razão Social, de manutenção
para comércio. A nova Setrat estava localizada na rótula do Steffen e o
começo foi difícil. Eu trabalhava em outra empresa no setor financeiro
e, algumas vezes, precisamos pagar nossos funcionários com o meu
salário. A gente só tinha dinheiro para abrir a loja e quando se começa
é assim: não tem crédito e nem boleto. Tudo precisa ser pago a vista.
Foi difícil”, afirma Cristiane.
Como a Setrat foi reativada em novembro, até o mês de março
do ano seguinte foram registradas vendas. Depois, com a chegada
do outono e inverno, o setor entrou em recessão. “Foi um período
complicado até a entrada do verão. Depois aprendemos uma política
diferente, para manter clientes efetivos o ano inteiro. A estratégia
foi ampliar o mix de produtos com banheiras, spas, assessoria,
aquecimento residencial e assistência técnica”, destaca Sedenir.
Cristiane, que ajudava o marido aos sábados, também deixou a
carteira assinada para se dedicar à empresa da família.
Ampliação e mudanças
A Setrat fundou em 2013 uma filial da empresa em Guabiruba,
depois de um ano de estudo de viabilidade. Muitos clientes vinham
do município vizinho e, em apenas um ano, o crescimento foi de
quase duas mil pessoas na cidade. Mas, na prática, os moradores de
Guabiruba continuavam fazendo suas compras na Setrat de Brusque
e, por essa razão, em fevereiro de 2016 a empresa encerrou suas
atividades no local.
Em contraponto, em outubro de 2015 a Setrat mudou de
endereço em Brusque, agora instalada na rotula de acesso à Rodovia
Ivo Silveira. No local o showroom foi ampliado e, com o fechamento
em Guabiruba, as duas empresas se tornaram uma, com estrutura
melhorada.
“Hoje a meta é estabilizar o crescimento e manter a excelência
no atendimento, assistência técnica e pós-venda. A nossa empresa
cresceu rápido, mais de 25% ao ano e não conseguimos acompanhar
isso em termos de estrutura, funcionários, treinamentos, loja, caixa...
Nossa meta agora é se reestruturar e se manter forte no mercado.
Quando conseguirmos alcançar esse objetivo, nenhuma crise nos
derruba”, enfatiza Sedenir, que em 2017 comemora 10 anos desta
história de luta, trabalho e muita inspiração.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
37
TECNOLOGIA
Hiper: a Startup que cresceu
85% no ano passado
Três jovens empreendedores brusquenses almejam a liderança no mercado nacional
Com o advento da tecnologia, a gestão empresarial, outrora
traduzida em livros, se transformou em informação digital.
Os softwares se tornaram ferramentas indispensáveis
para todos os tipos de negócio e, diante de uma demanda
crescente e de um consumo quase em massa, restou à
padronização. O final da década de 1990 foi marcado por estes
programas mais “quadradões”, engessados, difíceis de entender e de
operar. Enquanto se dava valor aos adicionais e penduricalhos pouco
acessados, não se levava em consideração a experiência de uso.
“E nós enxergamos uma oportunidade de mudar isso. Criamos
a Hiper para mudar a forma como o micro e pequeno empresário
de varejo administra seu negócio, através de um produto simples,
que fala a linguagem do pequeno empresário, fácil de comprar, de
aprender e de usar”, explica o empresário Thiago Vailati, que ao lado
dos amigos Marcos Fischer e Marinho Silva Jr, fundou a Hiper em
Brusque, no ano de 2012.
Os três jovens empreendedores se conheceram no trabalho para
uma grande rede varejsta de Brusque. Lá, eles eram responsáveis
pelo desenvolvimento do sistema de gestão de todos os processos da
empresa. “Isso nos permitiu ganhar um profundo conhecimento de
como este mercado funcionava. Dessa forma, vivíamos na pele o que
o nosso público de hoje precisa e isso fez toda a diferença na hora
que decidimos empreender e desenvolver um produto para alcançar o
mercado nacional”, conta Thiago.
Segundo ele, desde o primeiro dia de vida da Hiper, o
foco sempre esteve na consolidação de uma grande empresa,
com expressividade nacional. O objetivo também se tornou o
principal desafio, por transitar em um mercado pulverizado, com
Saiba mais
Startups são empresas ou, muitas vezes, simples grupos
de pessoas trabalhando juntas sem estarem formalmente
constituídos como empresas, que estão atuando num ambiente de
muitas incertezas relacionadas ao produto, mercado-alvo, modelo
de negócio ou escalabilidade. Uma startup busca desenvolver um
modelo de negócio escalável, ou seja, que possa ser replicável para
um número muito grande de clientes e de forma acelerada.
Normalmente, startups conseguem fazer coisas disruptivas em
mercados consolidados, simplesmente por serem mais leves
e mais rápidas que grandes corporações. “Vemos com grande
frequência startups fazendo empresas de longa data e ótima
saúde financeira terem que sair da zona de conforto para não
perder mercado. Não basta apenas competir pelo produto mais
completo, os clientes buscam pela melhor experiência, querem
trabalhar com empresas com as quais se identificam. Estamos
numa era onde não é o maior que vence e, sim, o mais rápido”,
afirma Thiago.
Os empreendedores da Hiper:Marinho Silva Jr,
Tiago Vailati e Marcos Fischer
concorrentes na região e em todo o Brasil. “Em contrapartida não
há um líder hoje no mercado de software para a base da pirâmide
de varejo, onde estão as micro e pequenas empresas. Entendemos
que era uma grande oportunidade e encaramos o desafio. Costumo
dizer que não há ninguém sentado na cadeira do líder deste nicho
de mercado. Nosso sonho grande é ocupar a cadeira do líder”,
enfatiza o jovem empresário.
Novos conhecimentos
Desde a fundação da empresa, os três sócios sentiram a
necessidade de buscar mais conhecimento. Participaram de diversos
eventos, cursos e workshops, tanto em Santa Catarina, quanto em
demais Estados e também no exterior.
“Em 2014 entramos para o programa StartupSC, idealizado pelo
Sebrae-SC, que desempenha um papel muito nobre no ecossistema
empreendedor do nosso Estado. O foco do StartupSC é oferecer,
gratuitamente, capacitação para empreendedores de startups do
nosso Estado, contando com um time qualificado de mentores e uma
programação de workshops sobre temas voltados à estratégia de
entrada no mercado, marketing digital, desenvolvimento de produtos,
captação de investimento e vendas”, lembra Thiago.
Outro momento importante na história da empresa foi no final
de 2014, quando os fundadores receberam o investimento de uma
aceleradora de startups de São Paulo, chamada Ace (na época chamavase
Aceleratech), eleita a melhor aceleradora da América Latina. Com o
38 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
TECNOLOGIA
investimento, eles passaram a contar com uma rede de mentores para
apoiar em assuntos-chave do negócio como marketing, vendas e produto.
“Em 2016, fomos selecionados pela Endeavor, a maior organização
global de apoio a empreendedores, para fazermos parte do programa
Promessas, hoje chamado de ScaleUp, cujo objetivo é capacitar
empreendedores para que se tornem grandes exemplos no Brasil e no
mundo, através de mentorias de altíssimo nível com empreendedores
da rede Endeavor e troca de experiências com empresas em estágios
parecidos. Estes momentos foram transformadores para o negócio e
para nós como empreendedores”, avalia Thiago.
Os jovens ainda costumam acompanhar os acontecimentos
mundiais. Por isso já participaram de duas capacitações no Vale do
Silício, na Califórnia (EUA). Estiveram também em Nova Iorque
(EUA) para participar do NRF Big Show, a maior conferência global
de tendências e tecnologias para varejo, e uma vez em Londres
(UK) durante uma capacitação oferecida pelo Consulado Britânico
e o Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil, para o qual foram
selecionados em nível nacional. Durante a primeira semana de fevereiro
deste ano eles também participaram de uma conferência que abordou
as tendências de Software como Serviço novamente no Vale do Silício.
Perspectivas
Apenas no ano passado a Hiper alcançou a marca de 85% de
crescimento em relação a 2015 e em plena estagnação econômica.
Para este ano a meta também é desafiadora: crescer 90%.
Segundo Thiago, a valorização pessoal dos 80 colaboradores da
empresa cria uma sinergia na qual é possível que todos compartilhem
do mesmo sonho. Para ele, as novas gerações não se interessam em
trabalhar onde não se tem um propósito.
“É comum ver nas empresas três quadrinhos nas paredes
com frases românticas e extensas sobre a missão, visão e valores.
Propósito vai muito além do velho trio ‘missão, visão e valores’.
Missão e visão precisam ser simples de entender e tem que estar
gravadas na mente das pessoas e os valores nas suas atitudes.
Isso acaba criando uma espécie de personalidade para a empresa
e traz resultados. Hoje, somos em 80 pessoas no time da Hiper
e uma grande parte veio de outros Estados para se juntar a nós.
Isso acontece por causa do propósito. Estamos provando que
é possível fazer um negócio de grande impacto sem estar nas
capitais”, destaca.
ARTIGO
Comunicação
Bárbara S. Sabino - IFSC - Câmpus Gaspar
Francisco J. Sabino - Sabino Comunicação
A propaganda impacta na economia
Você já parou para pensar nisso? Sim, a propaganda impacta
na economia, porque auxilia as empresas a atingirem a principal
função do marketing, que é a troca, ou seja, vender. O aumento da
demanda gera crescimento e com isso há necessidade de aquisições de
máquinas e equipamentos, novas contratações (emprego) e assim, vai!
O ano de 2017 está só começando e nos próximos meses
haverá uma injeção no mercado brasileiro de, pelo menos, R$
30 bilhões via saques de contas inativas do FGTS.Este dinheiro
poderá ser aplicado em diversas formas de investimento (poupança
ou no mercado de capitais, por exemplo) ou parar no mercado de
bens de consumo e serviços. Isso vai depender, principalmente,
de como o comércio e a indústria irão se comportar em termos
de divulgação (propaganda) de seus produtos e serviços para
estimular o consumo.
O governo já deu sua mãozinha, mas as empresas precisam agir!
Agora, mais do que nunca é essencial adotar ações mercadológicas em
termos de comunicação com o seu público-alvo. É preciso considerar
que a concorrência é acirrada, e os clientes estão diante de um
crescente leque de opções diversas e abrangentes, consequentemente,
as preferências dos mercados mudam rapidamente de tempos em
tempos. E buscando a ampliação da integração da empresa com o
seu mercado-alvo, cada organização deve institucionalizar a inserção
de investimentos contínuos e planejados em marketing promocional
(comunicação / divulgação).
Isto fortalecerá, automaticamente, a área de vendas e
possibilitará substancial crescimento do faturamento. Mas para estes
resultados serem, realmente, efetivos é preciso que se tenham amplos
conhecimentos do mercado consumidor, do mercado publicitário e
da utilização de cada uma das ferramentas do composto promocional
de marketing, observando formas eficazes de comunicação com o
público-alvo da empresa, ou seja, cada caso é um caso. E para tal, é
preciso reconhecer a necessidade de apoio profissional de empresa
especializada em comunicação e marketing. Pois, adianta a empresa
ter um produto de qualidade superior ou realizar uma super promoção
se ninguém ficar sabendo? Não! Então, é preciso agir, mas de forma
profissional.
Em 2016, apesar da turbulência política e econômica, o mercado
publicitário brasileiro movimentou, aproximadamente, R$ 130
bilhões. Na média manteve-se no patamar de 2015, com alguns
crescimentos, como em mídia externa (17%) e Internet (6,6%).
A empresa de pesquisa Katar IBOPE Media, identificou como as
mídias que receberam maior investimento, como sendo: TV (aberta e
fechada), jornais, TV Merchandising, rádio, revista, Internet (display
e OOH) e cinema.
Enfim, agora é a hora de estruturar a empresa, se preparar
em termos de divulgação de seus produtos e serviços (marketing
promocional), pois as perspectivas para 2017 são positivas, as opções
são inúmeras para os consumidores se os concorrentes são agressivos
na sedução dos mesmos. Não basta ter um produto bom, é preciso ir
além em termos de marketing promocional.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
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ABERTURA DE EMPRESAS
Mais eficiência na
abertura de empresas
Associação
Empresarial de
Brusque (ACIBr),
através de seu
Núcleo de Empresas
Contábeis, cobra
da prefeitura mais
agilidade nos
processos
Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr cobra mais eficiência na abertura de empresas e emissão de guias
Foi realizada na tarde do dia 7 de março, na prefeitura de
Brusque, um encontro entre o presidente da Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr), Halisson Habitzreuter e o
coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da entidade,
André Klabunde, com o prefeito Jonas Oscar Paegle. Também
participaram da reunião outros empresários vinculados ao Núcleo da
ACIBr, o vice-prefeito, Ari Vequi, o secretário de Desenvolvimento
Econômico, João Beuting, o então procurador geral do Município,
Mário Wilson da Cruz Mesquita, o diretor geral de TI, Willian Molina
e o vereador Deivis Silva.
O objetivo do encontro era reforçar o conteúdo de dois ofícios
entregues à municipalidade em 2016, com uma série de sugestões para
melhorar o atendimento e a prestação do serviço público. “Conversamos
sobre assuntos que não são novos. Reiteramos os pleitos cobrados na
gestão anterior e ficamos contentes com a receptividade. O prefeito, seu
vice e demais secretários entenderam a necessidade da implementação
tecnológica para melhorar os processos, principalmente na abertura de
empresas e na emissão de guias, impostos, multas, entre outros”, afirma
o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.
Já o coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr,
André Klabunde, explica que a principal reclamação do empresário
está relacionada à morosidade para abrir sua empresa. “Para
exemplificar, estou com um protocolo de abertura de empresa há
40 dias sem nenhuma informação. E ainda se trata de um Micro
Empreendedor Individual. Por isso nós criamos estes dois ofícios com
algumas proposições, para que estes gargalos sejam resolvidos ou, de
alguma forma, atenuados”, ressalta Klabunde.
Para o membro do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr,
Beno Alcides Buttchevits, há muitas possibilidades de agilizar o
processo, através do uso adequado do sistema, da emissão de guias
pela internet e do cruzamento de dados. “Posso dar outro exemplo.
Em novembro do ano passado solicitamos a abertura de uma empresa
e a vistoria da Vigilância Sanitária. No dia 15 de fevereiro a prefeitura
foi até lá fechar a empresa, por falta de alvará sanitário. Mas a vistoria
ainda nem havia sido feita. A impressão que se tem é que a Vigilância
Sanitária, a Fundema, o setor de Tributação e o IBPLAN (Instituto
Brusquense de Planejamento) são peças diferentes. Mas tudo isso é
a prefeitura e os trabalhos, infelizmente, não estão alinhados”, avalia.
Beno também falou sobre a abertura de empresas no Estado de
São Paulo. “Lá, dependendo do ramo de atividade, quando se faz a
abertura da empresa, já se cria a inscrição e libera a emissão de nota
fiscal. Os alvarás são um processo à parte e as vistorias acontecem nos
dias seguintes. Isso gera emprego e pagamento de impostos e estas
são questões que precisamos evoluir em Brusque”, enfatiza.
Praça do Empreendedor
O procurador geral do Município, Mário Wilson da Cruz
Mesquita, explanou sobre a Praça do Empreendedor, citando o
exemplo de Blumenau. No município vizinho a estrutura funciona
dentro de um shopping e reúne todos os órgãos responsáveis pela
abertura de empresas.
Em contraponto, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter,
falou sobre a atuação da Junta Comercial, que mantém seu escritório
modelo em funcionamento anexo à entidade. Lá existe um colaborador
cedido pela prefeitura de Brusque, um segundo colaborador, cedido
pela prefeitura de Guabiruba e mais dois funcionários mantidos pela
ACIBr, que custeia também as despesas de estrutura e de treinamento.
“A Junta Comercial de Brusque atende os municípios de
Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, São João Batista, Gaspar, Itajaí,
Balneário Camboriú e Itapema. Esta procura acontece por causa da
eficiência. Mas os gargalos são sempre os mesmos e estão relacionados
com a prefeitura. Não adianta colocar todos os setores em uma única
sala se não for possível resolver as questões burocráticas e os problemas
de comunicação. A Praça do Empreendedor é só um detalhe e envolve
custos. É claro que nós queremos colaborar, mas também exigimos a
coordenação do sistema porque acreditamos que a iniciativa privada,
aliada a expertise da Junta Comercial, pode trazer mais eficiência ao
setor. Agora, se for possível melhorar a questão da comunicação dos
setores aqui dentro da prefeitura, não é necessário fundar a Praça do
Empreendedor, pois o assunto já estará resolvido”, observa Habitzreuter.
40 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
CIDADANIA
Programa “Observador Mirim”
vai atender duas mil crianças
Desenvolvido pelo Observatório Social, projeto estimula o civismo e a cidadania
Programa “Observador
Mirim” vai atender
cerca de duas mil
crianças em Brusque,
Guabiruba e Botuverá
Já está previsto para iniciar ainda no primeiro semestre de 2017, o
programa “Observador Mirim”, desenvolvido pelo Observatório
Social de Brusque (OSBr) e destinado para duas mil crianças
regularmente matriculadas na quarta série das escolas públicas e
particulares de Brusque, Guabiruba e Botuverá. A proposta já passou
por um trabalho piloto no ano passado e atendeu cerca de 800 estudantes.
“O objetivo é estimular o civismo e a cidadania. Que as
crianças entendam como funcionam os poderes da República. O que
faz o presidente, os juízes, os deputados... Quem é o Executivo, o
Legislativo e o Judiciário. O que faz um promotor público, entre outros
conhecimentos. Tudo isso é apresentado de forma lúdica, através de
brincadeiras e historinhas”, conta o diretor do OSBr, Evandro Gevard.
Em cada escola serão realizados três encontros, com a duração
de 1h30 cada. Todas as crianças recebem um caderno ilustrado
pelo cartunista Aldo, com patrocínio da Receita Federal e Unimed.
Elas também ganham uma lupa, que remete ao mascote do projeto:
o Lupinha. Além da leitura e explicação desta apostila cheia de
desenhos, o projeto conta com um teatro sobre orçamento público e
brincadeiras como o “passa e repassa”, para que as crianças possam
fixar ainda mais o aprendizado recebido.
“O programa foi inspirado em projetos como o Proerd, da
Polícia Militar e o Bombeiro Mirim. Buscamos a parceria com as
escolas porque sentimos um grande desconhecimento da população,
sobretudo com relação ao pagamento de tributos. Muitas pessoas
acham que não pagam impostos porque ganham pouco. Mas, quanto
menos se ganha, mais se paga tributos no Brasil, porque a maior carga
tributária incide em produtos de consumo, como roupas, alimentos,
equipamentos eletrônicos, entre outros”, detalha Gevaerd.
Para o diretor executivo do OSBr, quanto mais consciência o
cidadão tem de que ele financia todo o sistema público, mais criterioso
ele fica na hora do voto. “Ele também passa a exigir do gestor público
competência na aplicação do dinheiro. Cobra para que os cargos
públicos não sejam ocupados por pessoas desqualificadas, mas com
formação técnica e experiência profissional”, ressalta.
Nova geração
Hoje, todas as apostas do Observatório Social de Brusque
estão depositadas nestes pequenos cidadãos, através do poder
transformador da educação. Gevaerd acredita que as novas gerações
possam estar mais sensibilizadas com a política em todas as suas
esferas e demonstrar uma atitude mais proativa, sobretudo diante do
acomodamento das gerações mais velhas. “Hoje as pessoas tomam
conhecimento de tudo que está errado, ficam indignadas, mas não
tomam nenhum tipo de atitude. E eu espero que esta nova geração
cresça mais consciente do seu papel”, salienta o diretor do OSBr.
Noções de civismo e cidadania são
apresentadas de forma lúdica e divertida
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
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SEGURANÇA
Polícia Militar
recebe novo efetivo
Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr)
trabalhou ativamente em
prol desta conquista
Para o presidente
da ACIBr, Halisson
Habitzreuter, não
há desenvolvimento
econômico onde não
há segurança pública
No dia 9 de março, na sede do 18º Batalhão de Polícia
Militar de Brusque, foi realizada a apresentação oficial
dos 16 novos policiais militares que vão iniciar o
trabalho no município. A Associação Empresarial de
Brusque (ACBIr), através de seu presidente, Halisson
Habitzreuter, participou do evento e demonstrou alegria por
contribuir decisivamente para esta conquista, ao lado de outras
entidades empresariais e do poder público.
“Estamos felizes por recepcionar os novos policiais, já que esta
vinda demandou muito serviço para a ACIBr e todas as entidades
envolvidas, bem como o poder público de Brusque, Guabiruba e
Botuverá. Com tantas pessoas trabalhando juntas foi possível receber
este reforço de efetivo. Estamos contentes porque acreditamos que
a segurança é importante para o desenvolvimento das nossas três
cidades e é também um anseio da população como um todo. Nós,
além de empresários, somos cidadãos e queremos um município
mais seguro”, afirma Habitzreuter
Parceria CDL
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque é parceria da
ACIBr na luta de uma condição melhor para a segurança pública
no município e na região. Por isso, foi com sentimento de gratidão
que o presidente da CDL, Michel Belli, participou da solenidade de
apresentação dos 16 novos policiais militares que vão compor o 18º
Batalhão de PM de Brusque.
“É um motivo de honra porque acompanhamos de perto esta luta.
A CDL, como as demais entidades empresariais e o poder público,
esteve diversas vezes em Florianópolis e Blumenau, conversando com
as respectivas autoridades. Sabemos as dificuldades que enfrentamos
e receber estes novos policiais é motivo de orgulho, porque fizemos
parte desta reivindicação”, explica o presidente da CDL Brusque,
Michel Belli.
Gratidão e apoio
Para o comandante da PM em Brusque, Tenente-Coronel
Moacir Gomes Ribeiro, foi uma satisfação apresentar os 16
policiais militares que vão reforçar o policiamento do município
e atender a uma demanda reprimida. Ao todo, o Batalhão recebeu
29 novos policiais: dois foram direcionados para Ilhota, oito para
Gaspar, dois para Guabiruba, um para Botuverá e 16 ficam na sede,
em Brusque.
“Para nós é uma conquista. Eles vão trabalhar em áreas especificas
que exigiam reforço. E isso só foi possível pelo envolvimento das
entidades empresariais e do poder público, que fizeram várias visitas
ao Comando Geral e ao próprio secretário de Segurança Pública. Este
apoio foi indispensável. E aqui está o resultado da pressão política que
foi feita, com o objetivo de proporcionar para Brusque e região um
efetivo melhor”, enfatiza Gomes.
ACIBr recepcionou os novos polícias militares que já compõem
o 18º Batalhão de PM de Brusque
42 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
ENCONTRO
ACIBr participa de
Momento Técnico do CEAB
Evento do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque contou
com apresentação dos trabalhos da Secretária de Obras de Brusque
Opresidente da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr),
Halisson Habitzreuter, participou no dia 14 de fevereiro, do
Momento Técnico do Clube de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia de Brusque (CEAB). O evento contou com a
participação do secretário municipal de Obras, Renato de
Borba, que apresentou os trabalhos desenvolvidos pela pasta atualmente,
bem como as obras e convênios que estão no planejamento da atual
administração para serem executados pelos próximos quatro anos.
Planejamento
Segundo Borba, as ações da Secretaria se concentram na
manutenção da cidade, e na oportunidade a prefeitura ainda atuava
na resolução dos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram
Brusque no dia 5 de janeiro. “Foram deslizamentos, alagamentos,
entupimentos de redes fluviais, e danos no sistema viário. Nesse curto
prazo de tempo que assumimos a pasta estamos dando prioridade a
essas ações e após isso vamos continuar com as obras já previstas e
conveniadas”, ressaltou.
Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente
da ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos e
execução de algumas obras, bem como deram sugestões e falaram
sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a exigência de
profissionais e técnicos qualificados, para minimizar possíveis
prejuízos posteriormente nas obras. “Foi uma reunião muito produtiva,
o tema foi relevante, já que todos precisam da infraestrutura e nos
colocamos à disposição a possíveis discussões, para ajudar a prefeitura
e a comunidade de Brusque em algum projeto ou obra que contemple
a cidade. O Clube há tempo é parceiro da ACIBr e convidamos a
entidade para participar desse evento já que este é um assunto que
interessa toda a comunidade e também o setor empresarial”, avaliou
o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting, que pretende
fortalecer ainda mais a parceria entre CEAB e ACIBr e para viabilizar
as demandas do município.
Fortalecimento
Da mesma forma, o presidente da ACIBr, ressaltou a importância
de ações em conjunto entre as entidades de classe, que são parceiras de
longa data. “Como entidade, temos objetivos comuns, como a duplicação
da rodovia Antônio Heil, tanto no trecho estadual como no municipal. E o
CEAB pode nos oferecer as informações técnicas de que a obra está dentro
do prazo, se está sendo feita de acordo com os projetos apresentados. Da
mesma forma, com a implantação da terceira subestação da Celesc, a
Barragem de Botuverá, as ações de manutenção que surgiram com as
chuvas de janeiro, e demais obras previstas na cidade. Pretendemos fazer
isso e trabalhar em prol não só da classe empresarial, mas da população
de Brusque como um todo”, comentou Habitzreuter.
O secretário de Obras Renato de Borba; o diretor Regional
CREA-SC/Inspetoria Brusque Armando Alberto Walendowsky;
o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting; e o presidente
da ACIBr Halisson Habitzreuter
Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente da
ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos
e execução de algumas obras, bem como deram sugestões e
falaram sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a
exigência de profissionais e técnicos qualificados
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
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EDUCAÇÃO
“A Reforma do Ensino Médio:
desafios e perspectivas”
Café de Ideias no Núcleo de Instituições Educacionais da ACIBr contou com
a presença do diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola
Na tarde do dia 22 de fevereiro, no auditório do Bloco C do
Centro Universitário de Brusque (Unifebe), foi realizada
mais uma edição do Café de Ideias, organizado pelo Núcleo
de Instituições Educacionais da Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr). O evento contou com a presença do
Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria Estadual de
Educação, Osmar Matiola, que ministrou a palestra “A Reforma do
Ensino Médio: desafios e perspectivas”.
“O objetivo é falar sobre as implicações que a Reforma do Ensino
Médio terá nas escolas públicas e privadas, já que existem bastante
dispositivos que serão alterados. Vale ressaltar que Santa Catarina
participou de forma direta neste processo, através da presença do
secretário Estadual de Educação, Eduardo Deschamps, que é também o
presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE). O Estado acabou
intervindo no projeto que, desde 2013 tramitava no Congresso. No
ano passado, com a decisão do Governo Federal em adotar a Reforma
através de Medida Provisória, essa participação se tornou ainda mais
intensa. Na minha opinião, através desta participação do Governo
de Santa Catarina, se conseguiu alterar dispositivos que estavam na
reforma inicial e isso melhorou significativamente a proposta”, explica
o Diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola.
Segundo ele, a Reforma do Ensino Médio foi sancionada na 1ª quinzena
de fevereiro em Brasília e contou com a presença de estudantes catarinenses.
“O principal objetivo é melhorar a qualidade do Ensino Médio, que está
estagnada desde 2005, conforme os indicadores de desempenho dos alunos
avaliados pelo Ministério da Educação (MEC). Há uma década nós não
conseguimos avançar. Além disso, existe a questão do acesso e o número
expressivo de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Antes, o Ensino Médio
era generalista, focava na preparação do estudante para o Ensino Superior.
Com a Reforma, há a possibilidade de o aluno optar pelo curso que está mais
relacionado com o seu projeto de vida. Isso torna mais flexível a sua trajetória
pelo Ensino Médio e diminui a evasão escolar”, enfatiza Matiola.
De acordo com o Diretor de Articulação, a participação contrária
à Reforma, sobretudo da comunidade acadêmica, professores e
movimentos estudantis foi motivada por reivindicações já atendidas.
Disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia
permanecem na grade curricular da Educação Básica.
“Foram pontos aperfeiçoados enquanto se tramitou no Senado.
Agora temos os debates junto ao Conselho Nacional de Educação.
A Reforma não é imediata. Vai levar pelo menos um ano para ser
regulamentada e, talvez, mais um ano pra entrar em vigor, junto com o
novo currículo nacional”, observa.
Mais conhecimento sobre a Reforma
De acordo com o coordenador do Núcleo de Instituições
Educacionais da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Maicon
O Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria
Estadual de Educação, Osmar Matiola, ministrou a palestra “A
Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas”
A gente vem conversando sobre o modelo atual,
que não funciona mais. A mudança é necessária
Maicon Rodrigo Moresco
Rodrigo Moresco, a intenção da escolha pelo profissional vinculado
à Secretaria Estadual de Educação tinha como objetivo entender
exatamente de que forma as instituições de ensino serão impactadas
pela Reforma do Ensino Médio.
“Queremos reconhecer o que está sendo proposto como mudança
e de que forma isso vai acontecer. Também queremos entender até que
ponto é possível interagir e adotar este novo modelo que está sendo
proposto, sobretudo em termos de educação profissionalizante”, afirma
Moresco.
Segundo ele, nas próprias discussões do Núcleo, a Reforma era
considerada uma mudança que precisava acontecer. “A gente vem
conversando sobre o modelo atual, que não funciona mais. A mudança
é necessária. Agora, na fase final do Ensino Médio, há a possibilidade
do aluno decidir por uma área na qual tem mais aptidão e se dedicar.
Hoje o estudante não tem mais pré-disposição em conhecer tudo, sobre
tudo. E isso é um fator de evasão escolar, através da grade massificada,
44 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
EDUCAÇÃO
Professores e
gestores em educação
prestigiaram o evento
engessada e da quantidade de conteúdo”, salienta Moresco.
Já o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy, destaca a importância
de fortalecer o Ensino Médio para receber no Ensino Superior estudantes
mais preparados. “A universidade é a instância final deste processo.
Então, quanto mais se discute a qualidade dos anos finais da Educação
Básica, melhor será o ingresso no Ensino Superior”, pontua.
Para a diretora do Senac Brusque, Ana Cristina Belli, o Café de
Ideias foi a oportunidade para refletir sobre as mudanças que as políticas
públicas estão trazendo ao Ensino Médio e de que forma sua instituição
de ensino pode atuar em benefício dos alunos e da comunidade. “O
principal ponto positivo é que as mudanças propostas vão reter mais
alunos na escola. O mundo mudou e nossos adolescentes e jovens
também têm necessidades diferentes. É preciso mudar para que eles
tenham uma motivação maior na continuidade dos estudos”, afirma.
Fazem parte do Núcleo de Instituições Educacionais da Associação
Empresarial de Brusque (ACIBr) o Colégio São Luiz, Faculdade São
Luiz, Grupo Uniasselvi / Assevim, Colégio Cultura, Unifebe, Colégio
Cônsul Carlos Renaux, Senai, Senac, Sesi, Sesc e Colégio Amplo.
REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
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SEGURANÇA
Brusque vai sediar
nova Escola de Soldados
Formação inicia em maio e deve reunir mais de 30 policiais militares
Representantes da Segurança Pública do Estado participaram de uma reunião com
a comitiva de Brusque e região, liderada pela ACIBr, em outubro do ano passado
Depois de muita articulação com o Governo Estadual,
deputados e o comando da Polícia Militar em Santa
Catarina, Brusque foi contemplada com uma Escola
de Formação de Soldados. A Associação Empresarial
de Brusque (ACIBr) contribuiu decisivamente para
este resultado e não poupou esforços para esta conquista. “Foi
realmente uma luta na qual as entidades, principalmente a ACIBr e
a CDL, visitaram diversas autoridades no Estado, reivindicando a
Escola de Formação de Soldados. Quando Blumenau disse que não
tinha condições de realizar a escola nós intensificamos este lobby.
É importante frisar também o apoio que tivemos do poder público
em Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia o presidente da ACIBr,
Halisson Habitzreuter.
Segundo ele, apenas com a união de todos foi possível alcançar
o objetivo almejado. “A segurança é fundamental para qualquer
sociedade e a classe empresarial espera que estes esforços em
conjunto possam trazer uma melhora nesta área para Brusque e
região”, acrescenta.
Apoio fundamental
De acordo com o Comandante da PM em Brusque, Tenente-
Coronel Moacir Gomes Ribeiro, esta mobilização das entidades de
classe foi indispensável para o êxito do pedido. “Na nossa instituição,
que é a Polícia Militar, a parceria com a ACIBr é fundamental para o
apoio e engajamento em torno de uma segurança pública melhor para
todos nós”, enfatiza.
Segundo Gomes, o Batalhão já estava quase sem esperanças de
sediar uma Escola de Soldados e, por esta razão, se uniu às entidades
e ao poder público de Brusque, Guabiruba e Botuverá. “E se houve
sucesso e o objetivo foi alcançado não tenho dúvidas que foi graças
a estas parcerias. Não só no sentido de aplicar recursos necessários
através do Fundo Municipal, como também de se deslocar até o
Comando Geral em Florianópolis. Isso demonstra que não temos
apenas estrutura financeira e material. Temos, também, o que é mais
importante: o apoio da sociedade organizada”, detalha.
Para o Tenente-Coronel, são muitas as vantagens de sediar uma
Escola de Soldados. A primeira delas é que, ainda em formação, os
alunos podem contribuir em operações e policiamentos dos eventos
que acontecem na cidade. Como são esperados mais de 30 soldados,
haverá um significativo reforço na segurança pública neste período.
“Outro ponto importante está em apresentar aos PMs em
formação a qualidade de vida que existe na nossa cidade. A expectativa
é que eles se tornem candidatos para continuar o trabalho aqui depois
de formados. O policial em formação é alguém mais maduro, que já
tem curso superior e, muitas vezes, chega ao município acompanhado
pela família. Então é importante que conheça, goste da cidade e, se
possível, se estabeleça aqui”, observa.
A Escola de Soldados deve iniciar em Brusque logo na primeira
quinzena de maio e a formatura está prevista até dezembro. É possível
que estes policiais recém-formados, inclusive, trabalhem na Operação
Veraneio, nas cidades do litoral, sem precisar deslocar outros policiais
que atuam no 18º Batalhão de Brusque.
“Quero novamente agradecer a parceria da sociedade organizada,
em especial a ACIBr. Foi com a união de esforços e voltados para um
objetivo em comum que conseguimos trazer a Escola de Soldados
para Brusque”, ressalta Gomes.
46 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017
SEGURANÇA
ACIBr e CDL solicitam criação
de um Fundo para a Polícia Civil
Entidades apresentam solicitação aos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá,
e ao Delegado da Polícia Regional, Fernando de Faveri
Na tarde de 28 de março, o presidente da Associação
Empresarial de Brusque, Halisson Habitzreuter, e o
diretor executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy,
visitaram a sede da Delegacia Regional de Brusque para
entregar ofícios ao delegado Fernando de Faveri. O pedido
que solicita o repasse de 2% do IPVA que o Estado disponibiliza aos
municípios foi reivindicado ao prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle,
e ao seu vice, José Ari Vequi, ao prefeito de Guabiruba, Matias Kohler
e ao prefeito de Botuverá, José Luiz (Nene) Colombi. A iniciativa conta
com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque.
“Viemos aqui cumprir o nosso acordo. A Associação
Empresarial, juntamente com a CDL, se comprometeu no ano
passado em colaborar com a Polícia Civil e Militar na questão da
segurança pública. Para a Policia Civil tínhamos o compromisso de
criar um Fundo para aperfeiçoamento e aparelhamento, nos moldes
do que já existe na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Depois
de várias conversas, inclusive com a municipalidade, nós tivemos a
ideia de fazer um repasse de 2% da verba que os municípios recebem
do Estado, através do valor do IPVA”, conta o presidente da ACIBr,
Halisson Habitzreuter.
Segundo ele, este pedido foi formalizado aos prefeitos de
Brusque, Guabiruba e Botuverá. “Todos foram bastante solícitos
com a ideia e consideraram justo o percentual. Então a gente aguarda
com bastante euforia para que isso se transforme em projeto de lei,
encaminhado pelo Executivo para a aprovação na Câmara dos três
municípios. Também vamos conversar com o presidente e demais
vereadores no momento oportuno, para que a aprovação aconteça o
quanto antes”, salienta Habitzreuter.
O presidente da ACIBr enfatiza que segurança pública é
indispensável para a ordem social e deveria ser vista com mais
sensibilidade pelo poder público, nas esferas municipal, estadual e
federal. “Não existe desenvolvimento econômico em um local onde
não existe segurança pública. Isto é básico. Então contamos com o
respaldo dos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, ressalta.
Fummpom e Funrebom
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque,
Michel Belli, lembra do Fundo Municipal de Melhoramento da
Polícia Militar (Fummpom) e Fundo Municipal de Reaparelhamento
do Corpo de Bombeiros (Fumrebom). “Isso faz com que a nossa
Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros sejam os mais bem equipados
do Estado. O Fundo funciona muito bem. Então a gente quer que a
Polícia Civil também seja beneficiada e quem ganha com isso são os
munícipes de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia Belli.
Neste momento, ACIBr e CDL fecham o ciclo de visitas iniciais
aos prefeitos, aguardam a criação do projeto de lei e esperam que
a Câmara dos Vereadores das três cidades possam abraçar a mesma
O presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter e o diretor
Executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy, conversaram
com o delegado regional Fernando de Faveri sobre a criação
de um Fundo para a Polícia Civil
causa. “Vale ressaltar que não é um imposto a mais que o cidadão vai
pagar. É apenas o repasse de 2% do valor que o Estado já encaminha
aos municípios através do IPVA”, explica.
Gratidão
O delegado regional, Fernando de Faveri, recebeu com alegria
a atitude dos empresários vinculados a ACIBr e CDL. “A aprovação
deste projeto nos dá uma nova dinâmica de atuação, para resolver,
notadamente, despesas urgentes e para a manutenção da Polícia Civil
no município. Hoje os recursos estão concentrados em Florianópolis.
As despesas de mero expediente dependem do almoxarifado na
Capital. Então desde uma lâmpada queimada ou de uma torneira com
problemas, tudo depende de toda uma tramitação de documentos que,
às vezes, pode levar um dia, semanas ou meses”, relata o delegado.
Segundo ele, o Fundo auxiliaria neste sentido, conforme já
acontecem nas demais corporações da cidade: Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros. “Nada mais justo, por uma questão de igualdade e isonomia,
que a Polícia Civil também venha a ser contemplada. Assim, todas as
instituições de segurança pública se sentem valorizadas”, observa.
Para o delegado, segurança pública é um tema que transcende a
atividade policial e que envolve toda a sociedade, desde a população,
os empresários, as entidades de classe e o poder público. “Esta
solicitação veio de entidades respeitadas e fortes. Isso nos deixa
extremamente felizes e confiantes e esperamos trabalhar cada vez
mais próximos”, finaliza.
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NÚCLEO ACADEMIAS
Profissionais de educação física
de Brusque e região participam
de Curso de Hidroginástica
Capacitação
foi oferecida
pelo Núcleo de
Academias da
ACIBr e contou
com a renomada
professora e
personal trainer
Roxana Brasil
O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias ACIBr e teve como objetivo contribuir
para uma formação mais sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área
Nos dias 17 e 18 de março diversos profissionais de educação
física da região e de cidades como Blumenau e Joinville,
estiveram reunidos em Brusque para participar do Curso de
Hidroginástica com a professora Roxana Brasil, considerada
uma das melhores instrutoras do país e com atuação
internacional. O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias da
Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), e realizado na Academia
Extreme, na unidade da rua Bulcão Viana.
O objetivo da capacitação foi contribuir para uma formação mais
sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área. “Com certeza foi
um curso muito válido. A professora Roxana é uma referência na área de
hidroginástica e o Núcleo acredita que um profissional não pode ficar muito
tempo sem se atualizar. E isso motiva os alunos e conquista muitos outros,
já que a hidroginástica não é voltada somente para pessoas da terceira
idade”, comentou na oportunidade o coordenador do Núcleo de Academias
da ACIBr, João Heitor Debrassi Benvenuti.
Capacitar para praticar
Ao todo, foram 12 horas de aulas práticas e teóricas, com diversos
métodos diferentes, onde foram abordadas as melhores formas de aproveitar
as características do meio aquático para aprimorar a hidroginástica; treinos
combinados sem a repetição de exercícios; técnicas e planejamentos
eficazes; entre outros temas. Além disso, Roxana também trouxe diversas
informações da área acadêmica, que possam ser implantadas na prática. “O
fitness aquático tem várias atividades e uma das vertentes é a hidroginástica,
por isso é preciso estar atento às novidades. A população brasileira está
envelhecendo e treinar na água certamente irá oferecer melhor qualidade
e quantidade de vida. Hoje temos pessoas com mais de 60 anos ativas,
fisicamente bem mais preparadas do que muitos jovens, e todo esse olhar,
essa reflexão aquática, foi o que também trouxemos para essa capacitação”,
comentou a renomada professora.
Quem acompanhou alguns momentos do curso também foi
O médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em
Ortopedia e Traumatologia; a renomada professora Roxana
Brasil; o coordenador do Núcleo de Academias da ACIBr, João
Heitor Debrassi Benvenuti, da Extreme Academia; e Lourdes
Zanon, da CCN Academia
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NÚCLEO ACADEMIAS
o médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em
Ortopedia e Traumatologia. Para ele, é importante que as pessoas
pratiquem atividades adequadas às suas condições físicas e também de
acordo com a idade. “Às vezes, algumas pessoas insistem em manter
a mesma atividade física, quando o corpo já mudou. E se respeitamos
essa transição, os resultados serão muito melhores”, comentou.
A orientação também é que antes de iniciar alguma atividade
física, as pessoas busquem indicação médica, bem como
profissionais qualificados para a realização das atividades, para não
prejudicar a saúde.
Troca de experiências
Entre os 57 participantes do curso estava a educadora física
Daiana Neiss, que atua em Brusque. Para ela, além de ter sido uma
boa oportunidade de se atualizar o curso permitiu o network e a
troca de ideias e experiências entre os profissionais. “Foi uma troca
muito boa, nos unimos mais, pessoas de outras cidades também
participaram e trouxeram as suas experiências e foi ótimo. Temos
um público muito grande que participa das aulas de hidroginástica e
foi uma excelente oportunidade de aprendizado”, comentou.
A também educadora física Andreia Waltrick foi uma das
participantes que veio de Blumenau para prestigiar o curso. “Essas
oportunidades são poucas aqui em nossa região e quando têm,
temos que aproveitá-las. A professora é uma grande referência, e
tê-la aqui em Brusque, foi fantástico. Tivemos várias orientações
de muitos detalhes e cuidados que às vezes acabam passando, mas
que fazem toda a diferença no dia a dia. Foi muito importante essa
reciclagem”, avaliou.
NOVIDADE
Escritório Regional da Jucesc
oferece novos serviços
Desde o mês de março está em funcionamento a abertura/constituição de Sociedades Ltdas
Oescritório regional de Brusque da Junta Comercial
do Estado de Santa Catarina (JUCESC) ampliou sua
prestação de serviço. Além da abertura e alterações
de Empresa Individual (EI), abertura (constituição)
de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada
(Eireli), desde o mês de março foi disponibilizada também a abertura
(constituição) de Sociedade Empresária, um trabalho interrompido
em 2014 e que agora será retomado.
“Também almejamos, a partir de maio, fazer no Escritório
Regional de Brusque, as alterações e transformações de Sociedade
Empresária, Eireli e Empresa Individual”, explica o analista de
registro mercantil da JUCESC, do escritório regional de Brusque,
André Luís Brito Beck.
Com este incremento na prestação de serviço, a única atividade
que o escritório regional da JUCESC não contempla é a Sociedade
Anônima que, por questões técnicas, tramita, é analisado e recebe o
registro apenas em Florianópolis, pela necessidade de ser submetido
ao órgão colegiado.
“Todos os demais serviços vão passar a ser feitos aqui na unidade
de registro mercantil de Brusque. Para o empresário o ganho é bastante
significativo, porque isso reflete na celeridade dos processos. Nos
encaminhamentos para análise e registro em Florianópolis, a média de
tempo, entre o encaminhamento dos processos e a análise propriamente
dita, é de 15 dias. Nós queremos reduzir em 1/3 este prazo, ou seja,
atender a necessidade do empresário em até cinco dias”, afirma Beck.
Segundo ele, além da agilidade de atendimento, esta prestação
de serviço na cidade também facilita a atuação dos escritórios de
contabilidade, pelo acesso mais direto ao escritório regional. Em
caso de dúvidas ou problemas que ocorram no decorrer do processo,
é possível se dirigir diretamente ao escritório regional, sem a
A equipe do escritório regional de Brusque da Junta
Comercial do Estado de Santa Catarina
necessidade de se reportar à Junta em Florianópolis.
“A facilidade e a rapidez aumenta, não só para as empresas de
Brusque, mas também aos demais municípios que são vinculados
formalmente ao nosso escritório, que são Guabiruba, Botuverá, Nova
Trento e São João Batista, bem como as demais cidades da região que
também optam pelos nossos serviços”, enfatiza Beck.
O escritório regional da JUCESC em Brusque funciona anexo
à Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). O horário de
atendimento da Junta é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das
13h30min às 17h. Mais informações pelo telefone (47) 3351-1588.
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Núcleo Empresas Contábeis
Obrigações Acessórias:
você sabe o que é?
Você sabia que a simples emissão de uma NFe é uma obrigação acessória?
O Brasil possui atualmente mais de 150 obrigações acessórias representadas
por declarações e arquivos digitais.
Na era digital, o fisco cada vez mais se utiliza da tecnologia para fiscalizar,
cruzando informações de uma maneira inimaginável até bem pouco tempo atrás.
O resultado se vê no aumento significativo de autuações fiscais.
A maioria das empresas de contabilidade perde quase a totalidade de seu
esforço de trabalho com as obrigações acessórias, por isso a qualidade das
informações prestadas pelo empresário ao seu contador são de muita importância.
São elas que vão alimentar essas obrigações acessórias e a qualidade desta
informação é que poderá evitar futuras autuações.
Pense nisso empresário!
Empresário e contador:
uma via de mão dupla
A relação entre contadores e empresários é saudável e produtiva se ambas as
partes agirem com ética e respeito.
O contador deve tratar as informações da empresa de forma correta, tanto de acordo
com as leis vigentes como com a sua ética profissional. Também é obrigação do empresário
administrador da empresa tratar as informações de forma apropriada, fazendo com que as
informações que são enviadas para o contador estejam sempre corretas, pois o contador
mesmo que receba informações errôneas, seja ela em documentos ou arquivos eletrônicos,
essas informações não podem ser modificadas ou alteradas, porque nos dias atuais o
governo se utiliza das tecnologias para vigiar e fiscalizar o contribuinte.
A responsabilidade dos profissionais da contabilidade é muito grande, pois
precisam estar sempre preparados para fornecer uma orientação correta para o
administrador da empresa, e por outro lado ter pleno conhecimento das diversas
legislações para atender as exigências do Fisco.
Alguns empresários gestores possuem imperfeições em sua administração
que prejudicam a relação com o escritório de contabilidade e consequentemente
o trabalho apresentado pelo contador. São várias atitudes que demonstram falta de
compromisso com o contabilista, como pagamentos atrasados do honorário dos
serviços prestados, informações incorretas, falta de atenção ao trabalho prestado pela
empresa de contabilidade.
A relação entre contador e empresário deve ser uma via de mão dupla, ou seja,
o empresário deve se conscientizar do seu papel e dar o primeiro passo no trabalho
conjunto a ser realizado com o seu contador.
Há aqueles empresários que esperam o melhor do contabilista, mas, para isso,
fornecem a matéria-prima necessária para que o resultado devolvido pelo contador
seja o esperado.
Isso resume um pouco da ética de trabalho de muitos profissionais da
contabilidade, esperar pelo melhor dos clientes para poder fornecer excelência
em troca. Recomendamos aos empresários que trabalhem em via dupla com seu
contador e que sempre valorizem e olhem para esse ofício como algo importante e
significativo para a sua empresa.
Abertura e
alterações de
empresas
Os caminhos para a formalização e alterações
estão complicados!
Atualmente Santa Catarina possui um programa
chamado REGIN, criado em 2006 com a finalidade
de unificar e agilizar o procedimento de constituição e
alteração de empresas no Estado. Criado com a melhor
das intenções, passou por seus momentos de glória,
funcionou muito bem, agora não podemos afirmar o
mesmo, o colapso chegou.
O sistema que foi criado para agilizar e
padronizar, atualmente está atrapalhando as alterações e
constituições de empresas, tendo em vista que dele parte
a autorização de todos os órgãos públicos para se iniciar
os registros de uma empresa.
A simples autorização para se iniciar a abertura
de uma empresa, chega a demorar 20 dias. Após este
período de espera, inicia-se os registros dos atos,
passando primeiramente pela Junta Comercial que
irá registrar o Contrato e liberar o CNPJ; em seguida
dependerá da liberação do Alvará dos Bombeiros,
Vigilância Sanitária, algumas atividades necessitarão da
dispensa ou licença da Fundema.
Com estes documentos em mãos, é solicitado o
Alvará da Prefeitura que em alguns casos poderá ser
Provisório e, por último, libera-se a Inscrição Estadual
e enfim, o empresário estará regularizado perante o
Governo para trabalhar.
Fazendo uma conta rápida, chegamos a conclusão
de que estamos vivendo um verdadeiro caos para
registrar uma empresa. Segue abaixo:
1º Passo: REGIN – 15 Dias
2º Passo: Registro Contrato e CNPJ – 5 Dias
3º Passo: Alvará Bombeiros – 4 Dias
4º Passo: Alvará Sanitário – 20 Dias
5º Passo: Prefeitura de Brusque – 30 Dias
6º Passo: Secretaria da Fazenda SC – 1 Dia
O empresário leva em média 75 dias para conseguir
se formalizar. Neste período, o empresário deixa de
arredar impostos e dar empregos formais, aumentado
ainda mais o problema financeiro da nossa economia.
Será que não está faltando interesse dos Governos
Municipais, Estaduais e Federais com os empresários e
futuros empresários?
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ARTIGO
Núcleo Instituições Educacionais
Louise Dorow Caetano - Supervisora de Educação SESI Escola
Encantar em sala de aula!
Na semana antes do ano letivo iniciar, o Núcleo de Instituições
Educacionais de Brusque teve o prazer de se encantar com o professor
Max Haetinger, e nos trouxe algumas reflexões.
Cada vez mais ouvimos falar que a educação precisa ser repensada,
que modelos usados já não servem mais, que agora os alunos aprendem
de forma diferente. Uma coisa é fato: informação e conteúdo estão
disponíveis em todos os lugares, é fácil encontrar quase tudo sobre tudo.
O desafio é relacionar-se num mundo que está cada vez mais
conectado virtualmente. Resgatar o contato entre as pessoas, sentir
a emoção do “olho no olho”. Saber conversar, ouvir e respeitar os
indivíduos que possuem personalidades tão distintas e maneiras tão
peculiares de se envolver recursos tecnológicos para sala de aula e
fazer desse ambiente um espaço de colaboração.
A sala de aula deve ser ambiente de perguntas e não de respostas
prontas, onde o professor, é mediador dessa busca pela curiosidade que move,
auxiliando-os a descobrirem juntos, a juntar as informações que encontram, a
descartar o que não será preciso e enaltecer aquilo que buscavam.
Livro didático é apenas o início de uma grande descoberta que pode
ser feita em grupo, discutida, levantada hipóteses. Não é tarefa fácil para o
professor, fazemos parte de uma geração em transição, onde nossa educação
não acontecia dessa forma, afinal éramos também alunos diferentes.
O que precisamos é aprender uns com os outros, formação,
informação. Ouvir o nosso aluno, e fazer com que ele aprenda a ouvir.
Aprender entre os professores com práticas que funcionam, aprender
com a sociedade que está em constante transformação.
Para isso, o professor precisa comunicar-se de maneira clara,
fazer isso bem. Assim como o aluno. Sem comunicação não há
aprendizagem, não há troca. Nosso desafio é fazer com que a sala
de aula seja o espaço que encanta, por ser o espaço que gera vida,
conhecimento e aprendizagem, e tudo isso gere prazer, o prazer por
fazer parte de um processo onde aprender e ensinar é uma troca
mútua, independente de ser o professor ou o aluno.
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