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REVISTA-ACIBR-ED-10

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EDIÇÃO 10 · ANO IV · ABRIL DE 2017


NÚCLEOS E NOVOS ASSOCIADOS

Novos Associados

• Alpha Monitoramento

• Aroma do Café

• Bravacinas Clínica Vacinação

• Capacita Brusque

• Carolitas Café

• CDM Máquinas e Equipamentos

• Chemizz Camisaria

• Classificados Meu Balcão

• Copacabana Ind. e Com.

• Estilo Equipamentos Escritório

• Fenix Impressão

• Fiel Limpeza

• Gerar - Geração de Emprego, Renda e Apoio ao Desenvolvimento Regional

• Goulart Produções e Eventos

• Marcin Seguros

• Ntools Informática

• Prollar Serviços Especializados

• RipRipi

• Splendore

• Supermercado Mix

• Tecelagem Oliveira

• Theichmann Pães e Doces

• TIE Tecnologia Informação Empresarial

Coordenadores de

Núcleos Setoriais

ACADEMIAS DE BRUSQUE

JOÃO HEITOR DEBRASSI BENVENUTI

Extremme Academia

COMÉRCIO EXTERIOR

LUCIANE KORMANN

BorgWarner PDS Brasil

CONSTRUTORAS

VALTER ORLANDI

KRCON Empreendimentos

CORRETORES E IMOBILIÁRIAS DE BRUSQUE

HORST HEINIG

Escritório Imobiliário Heinig

EMPRESAS CONTÁBEIS DE BRUSQUE E REGIÃO

ANDRÉ RAMOS KLABUNDE

Supervisão Serviços Contábeis

GASTRONOMIA

JONATHAN ANTONY CASAGRANDE

Casa Grill Restaurante

TURISMO

ROSELAINE ERTHAL

Rose Cia de Viagens

FARMÁCIAS E DROGARIAS

CLAUDETE WILLRICH SANI

Farmácia Lindóia

ESCOLAS DE IDIOMAS

KARINA RISTOW KOHLER

Link Language School

MULHERES EMPRESÁRIAS

ROSANGELA ANDRADE

Andrade Eventos e Consultoria

PANIFICADORAS E CONFEITARIAS

FERNANDO ZEN

Panificadora Zen

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

LUCIANO QUINTINO

Univer Soluções

MOVELEIROS

DANIEL DOS SANTOS

Kaza Móveis

METALMECÂNICA

ADALBERTO SPECK DIAS

Perfil Máquinas e Equipamentos

JOVENS EMPREENDEDORES – ACIBr JOVEM

EDUARDO JONAS IMHOF

Eduardo Imhof Corretor de Imóveis

INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS DE BRUSQUE

MAICON RODRIGO MORESCO

Colégio Amplo

LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS

WERNER GUSTAVO VIEIRA WILLRICH

Laboratório TWA – Verner Willrich

GESTÃO AMBIENTAL

VALTER FLORIANI

Caçamba Cidade Limpa

FABRICANTES DE TOALHAS

ARTUR EDUARDO MARCHI

Lufamar Tecidos

CORRETORES DE SEGUROS

GLODOALDO PINHEIRO

Erpa Seguros

EMPRESARIAL DE GUABIRUBA

LUANA SCHUMACHER VAZ

Guabifios Produtos Texteis

EMPRESÁRIOS DE BOTUVERÁ

EDUARDO BARNI

Mineração Rio do Ouro

2 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


EDITORIAL

HALISSON HABITZREUTER

Presidente

Depois de um ano que deixou muita gente de cabelo

em pé, finalmente boas notícias: as previsões para

2017 são otimistas. Pelo menos é o que indicam

especialistas de Federações Empresariais, da

Indústria, do Comércio e de Serviços em nosso país.

Análises indicam que o cenário econômico negativo de 2016

– com queda de 3,2% no Produto Interno Bruto (PIB), inflação de

6,8%, retração de 6,0% nas vendas do varejo, perda de 3% do PIB

Industrial e mais de 12 milhões de desempregados – ficará para trás.

As projeções para este ano são positivas e inspiram confiança.

Além disso, está previsto também saldo comercial favorável,

forte ingresso de capitais via investimentos diretos e financeiros,

resgate da inclinação ao investimento por parte de empresários

nacionais e estrangeiros e recuperação do consumo ao longo do ano.

Esse processo deve dar início à retomada do emprego e redução das

taxas de desemprego.

Essas mudanças positivas já começaram a se apresentar ainda

em 2016, com as reduções da pressão inflacionária e da desconfiança,

por causa da mudança de governo. Com empresários e consumidores

mais confiantes, o ambiente político mais consistente, as medidas

necessárias para o crescimento são tomadas mais facilmente.

A crise de confiança é um dos fatores mais relevantes para a

explicação da crise econômica que o país atravessa atualmente. A

incerteza é a base da desconfiança, e a confiança é a base do capitalismo.

Funciona mais ou menos assim: quando a confiança do consumidor

está em baixa, ele não compra. Consequentemente o mercado esfria.

Sem confiança nas perspectivas do mercado o empresário não investe.

Mais do que isso, ele deixa de empregar. Com menos emprego, o

trabalhador consome menos, a economia desacelera ainda mais, e

o empresário investe e emprega sempre menos. À medida que essa

situação se repete exponencialmente dentro de uma economia, as

consequências são a crise e a estagnação que o brasileiro atualmente

conhece muito bem.

Obviamente que a confiança não foi o único elemento a

desempenhar um papel importante na crise que o país atravessa. A

situação decorre de uma série de erros técnicos das últimas equipes

econômicas. O nosso modelo de desenvolvimento dos últimos 15 anos

baseou-se somente em consumo e ele se esgotou. Faltou investimento.

O investimento deve acompanhar o desenvolvimento, e o setor público

deve dar espaço a quem investe.

Mas temos esperança que as coisas vão melhorar.Uma parcela

importante da recessão interna e da paralisação do mercado advém

das incertezas resultantes da crise política. Por isso, com a perspectiva

das recentes definições no quadro político, a tendência é de melhora

do panorama para este ano. Alguns elementos sustentam o otimismo,

entre os quais: uma melhoria em curso dos índices de confiança; uma

queda observável, embora muito lenta, na inflação; uma provável

recuperação do PIB; expectativas de redução dos juros; e a retomada

da atividade econômica, graças a um aumento no consumo das

famílias.

A tendência de melhora é muito clara. E não é mais para

2018. Pode ser já no segundo semestre de 2017. Estamos

contando com uma contenção de gastos do governo e uma

redução de juros, com consequente retirada de dinheiro do

mercado financeiro, para injeção no comércio. Os índices

indicam que tanto os consumidores quanto os empresários estão

aumentando as expectativas otimistas. Isso nos garantirá um ano

difícil, porém melhor. Mais confiança significa uma perspectiva

de aumento de compras e, consequentemente, de investimentos,

com reaquecimento da economia.

Nossa aposta neste momento é no empreendedorismo e no

associativismo. Os empreendedores geram tecnologia, criam

incubadoras, promovem cursos, lançam novos produtos, têm foco

na eficiência, geram empregos e renda e, consequentemente, o

desenvolvimento econômico do município. Estamos percebendo que

o associativismo e a troca de informações que ele promove deixa o

conjunto mais forte e atuante.

Estamos trabalhando para ampliar o número de núcleos setoriais.

Hoje contamos com 22 e o princípio é que, mesmo sendo concorrentes

tem problemas comuns e os caminhos para buscar as soluções podem

ser encontrados em conjunto pelos empresários de cada setor.

Mesmo com um cenário econômico que anseia por reformas

urgentes e importantes, acreditamos que este ano será melhor que

2016.

EXPEDIENTE

REVISTA DA ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BRUSQUE

Textos e fotos: Ideia Comunicação Corporativa - Jornalistas

Responsáveis: Carina Machado, Guédria B. Motta, e Taiana Eberle

Planejamento Gráfico e diagramação: Diego Bernardi

Veiculação Trimestral: 1.200 Exemplares

Impressão: Gráfica Mercúrio

A ACIBr utiliza material reciclado em sua embalagem de jornal

Conselho Editorial: Valzete Walendowsky, Janice Kunitz,

Cândido Horácio Godoy e Aliomar Luciano dos Santos.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

3


ÍNDICE

Calendário de Atividades 6

Entrevista Especial: "A Indústria 4.0 já é uma realidade" 8

Julho: o mês do doce sabor da tradição alemã 12

Entrevista: ACIBr projeta ações para ter um 2017 produtivo 14

Núcleo de Corretores e Imobiliárias - Reivindicações ao prefeito 18

Empresa Destaque: A arte de resolver problemas 19

12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC 20

Diretor ACIBr: Ademir José Pereira 21

Empresa Destaque: O cardápio italiano do Restaurante do Nido 22

ACIBr apresenta Escola de Negócios para a FACISC 24

2º Ciclo de Palestras do Núcleo de Metalmecânica 26

Empresa Destaque: O doce sabor de empreender 27

ACIBr recebe certificação do Movimento Nacional ODS, Nós Podemos Santa Catarina 28

Feira Multissetorial Núcleos e Associados ACIBr 30

ACIBr marca presença em reunião plenária da FACISC 32

E-commerce: um novo negócio 34

Protesto Expresso 36

Empresa Destaque: Mergulhar na nova vida 37

Hiper: a Startup que cresceu 85% no ano passado 38

Artigo Comunicação 39

Mais eficiência na abertura de empresas 40

Programa “Observador Mirim” vai atender duas mil crianças 41

Polícia Militar recebe novo efetivo 42

ACIBr participa de Momento Técnico do CEAB 43

“A Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas” 44

Brusque vai sediar nova Escola de Soldados 46

ACIBr e CDL solicitam criação de um Fundo para a Polícia Civil 47

Profissionais de educação física participam de Curso de Hidroginástica 48

Escritório Regional da Jucesc oferece novos serviços 49

Núcleo Empresas Contábeis 50

Artigo Núcleo Instituições Educacionais 51

GRÁFICA MERCÚRIO

4 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ONDE O BRDE ESTÁ PRESENTE,

O DESENVOLVIMENTO ACONTECE.

Com os financiamentos do BRDE, projetos inovadores do Sul

do Brasil viram realidade. Aqui, você conta com a orientação

de uma equipe especializada que encontra a solução ideal

para cada necessidade, além de linhas de crédito específicas

para inovação, como o desenvolvimento de novos produtos,

aprimoramento de serviços ou modernização de processos.

BRDE. O banco que liga você ao desenvolvimento.

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Calendário de atividades

Início Reuniões Diretoria 06/02

Início Reuniões Núcleos Setoriais 06/02

Palestra filantrópica em benefício APAE

Campanha Eu Ajudo na Lata(Arrecadação Lacres)

Primeiro semestre

Fevereiro à dezembro

Reunião Conselho Deliberativo - Palestra: Entendendo as consequências da evolução tecnológica 20/03

Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 27/03

Dia D – Campanha Vacinação Gripe H1N1

Seminário EMPRETEC - Sebrae / ACIBr

Abril

24 à 29/Abril

2º Feirão de Imóveis – Núcleo Construtoras 07, 08 e 09/04

Almoço de Ideias– FIESC/SENAI – Jeferson de Oliveira Gomes 04/05

Campanha Mania de Ler – ACIBr/CDL/SESC (Doação de Livros)

Maio à agosto

DIA D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 11/05

1ª Multifair – Feira Multissetorial dos Núcleos ACIBr 25, 26, 27 E 28/05

Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 29/05

Reunião Plenária FACISC Regional Vale do Itajaí

Junho/julho

Sessão de Negócios – Sebrae/ACIBr 19/06

Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 21/06

IV Festival Nacional da Cuca– Núcleo Panificadoras/Confeitarias 08 E 09/07

Doação Cobertores Campanha Agasalho -ACIBr/CDL/SINDILOJAS 10/07

5º Fórum de RH 18/07

19º Jantar Dia do Panificador – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 29/07

Feirão do Imposto – Núcleo ACIBr Jovem

2º Festival Gastronômico TEMPERÔ – Núcleo Gastronomia 05/07 à 09/08

Assembleia Geral Eleitoral: Diretoria Gestão 2017/2019

e Conselhos Deliberativo e Fiscal Triênio 2017/2020

Julho/agosto

Almoço Ideias 10/08

Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 10/08

Reunião Conselho Deliberativo 25/09

Seminário EMPRETEC –Sebrae/ ACIBr

Outubro

Missa em Ação de Graças 83 anos fundação ACIBr 01/10

Aniversário 83 anos fundação ACIBr – Distribuição bolo aos associados e visitantes 02/10

Jantar Festivo 83 anos / Solenidade Posse Diretoria / Conselhos / Coordenadores

NúcleosACIBr

09/10

Missa em Ação de Graças Dia Mundial do Pão – Núcleo Panificadoras/Confeitarias 15/10

Reunião Itinerante Diretoria/Guabiruba 23/10

Dia D – EcoPonto – Núcleo Gestão Ambiental 09/11

Reunião Itinerante Diretoria/Botuverá 13/11

Happy Hour Novos Associados 22/11

Última Reunião Diretoria 27/11

Reunião Conselho de Núcleos Setoriais 30/11

Reunião Conselho Deliberativo 04/12

Confraternização Diretoria e Colaboradores 06/12

Julho

6 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017



ESPECIAL ENTREVISTA

“A Indústria 4.0 já

é uma realidade”

Diretor do Senai de Santa Catarina e professor

do ITA, Jefferson de Oliveira Gomes, fala sobre

a chamada quarta revolução industrial

FOTO EDSON JUNKES

Acada nova tecnologia que surge, o mundo dá mais um

passo no intuito de aliar seus equipamentos, produtos e

serviços às novas facilidades. Esta constante evolução,

tornou muitos processos extintos, deu velocidade a outros,

e transformou a forma como as indústrias atuam. Além

disso, as novas tecnologias também foram responsáveis

por grandes mudanças na forma com que as pessoas se relacionam, se

comunicam entre si, debatem e expõem suas opiniões.

Eis que chegamos a um momento que não só as pessoas utilizam

tecnologias para se comunicar, mas as próprias máquinas estão fazendo

isso. Aquilo que víamos em filmes, 15, 20 anos atrás, está acontecendo

agora, trazendo novos conceitos e mudando a forma com que as

indústrias vinham trabalhando há anos. É a chamada Indústria 4.0, a

quarta revolução industrial, que já é uma realidade no mundo inteiro,

segundo o diretor regional do Senai de Santa Catarina e professor

do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Jefferson de Oliveira

Gomes.

Revista ACIBr: O que é a Indústria 4.0 e no que ela consiste?

Professor Jefferson: Internet Industrial, Manufatura Avançada,

Indústria 4.0 são termos que definem um fenômeno que ocorre em todo

o planeta, com reflexos na economia e no comportamento humano.

Esse fenômeno está baseado na hiperconectividade, avanço do big data

(volume de dados) e de sistemas de sensoriamento, inteligência artificial

e customização em massa. Os termos podemos dizer que são uma

questão de branding, a forma como os países querem vender. Quando

você vende Indústria 4.0, vende uma alcunha da Alemanha. Logo

você relaciona com produtos, com fábricas altamente tecnológicas e,

consequentemente, marcas alemãs são lembradas. Se você fala Internet

Industrial das coisas, é uma alcunha já americana, a necessidade de

conectar produtos e coisas, por si só, faz com que isso seja aplicado

no chão de fábrica. É uma derivação do que já temos, equipamentos

que já existem, e que se pode acoplar tecnologia, conectando-os. Tudo

isso está embarcado numa mesma lógica do que a gente já experimenta

no nosso dia a dia. Você usa um smartphone, trabalha com aplicativos

para fazer várias coisas. Antigamente você usava um telefone celular

para se comunicar e falar com alguém. Hoje você usa para verificar o

trânsito, para trocar informações e fotos com os seus próximos, para

jogar, enfim, você tem uma miríade de ações nesse computador de

bordo, que tem 500 vezes mais tecnologias de processamento de dados,

do que a nave que pousou na lua. Se estamos em uma época como

essa, tão fácil para nós, imagine que essa facilidade de precificação de

sensores, de digitalização, eletrônica, internet, big data, essa quantidade

Segundo o professor Jefferson Gomes, a Indústria 4.0 já

chegou e muitas mudanças já começam a ser sentidas

de tecnologias está disponível também para o chão de fábrica e isso vai

alterar necessariamente a forma de se fabricar coisas. É a isso que se

dá a alcunha de Indústria 4.0, porque é a quarta revolução industrial.

A primeira revolução foi a relacionada à máquina a vapor; a segunda à

eletricidade; a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e tecnologia de

dados; e a quarta é essa ligada à conexão de tudo.

RA: O entendimento de muitas pessoas, é de que a Indústria

4.0 é algo que está por vir, mas como o senhor mesmo frisou, já é

uma realidade no mundo inteiro, inclusive no Brasil. Quais são os

impactos disso?

Prof. Jefferson: É normal pensar que a indústria vai modificar

ao longo do tempo. Hoje temos aproximadamente três bilhões e meio

de pessoas trabalhando na face da Terra com algum tipo de carteira

8 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


assinada. Dessas pessoas, um bilhão, já estão em profissões que não

existiam antes de 2011. E o melhor de tudo é que a expectativa do Fórum

Econômico Mundial é que em sete anos, 65% das profissões que serão

ofertadas, serão novas, ou seja, não existem hoje. Não estamos falando

de futuro, estamos falando de um presente imenso. E esse presente

tem consequências. Como temos sistemas robotizados de informações,

quando você vê um Netflix, um YouTube, quando você procura coisas,

esses canais já lhe dão os seus gostos. Esse mecanismo de inteligência

artificial têm trazido a concepção da informação selecionada. Em termos

práticos: se você gostou de um tipo de filme, ele vai mostrar o mesmo

tipo de filme; se você gostou de um mesmo tipo de vídeo no YouTube, ele

vai continuar trazendo opções semelhantes para você escolher. Se você

gosta de uma aptidão política, você vai receber coisas sobre aquilo. O

que os especialistas têm dito inclusive é que esse processo faz com que

a gente esteja mais próximo dos nossos pares, e cada vez mais distante

dos nossos diferentes. Mas isso é filosofia. Em termos de indústria, ora,

eu não conheço nenhuma que ainda liga para uma empresa de caminhões

para chamar o caminhão para buscar a sua carga. Não conheço nenhuma

indústria de alimentos de Santa Catarina, que não sabe exatamente em que

lugar está o caminhão que está transportando milho para as granjas.

Tem uma sequência de coisas que a gente nem percebe. As

máquinas de usinagem, de fabricação, são incorporadas

com computadores que são extremamente eficazes e

eficientes. O problema é que a gente tem algumas

consequências com tamanha avalanche tecnológica

disponível hoje no nosso dia a dia. Eu sinto essas

consequências, porque olho para o meu celular e

penso: ‘como é que eu posso saber tão pouco sobre

o que está aí dentro e uso tanto’. Temos tantos

recursos hoje disponíveis nos equipamentos, nas

indústrias, porém, aquelas pessoas que estão utilizando

esses equipamentos não estão formadas para as opções

existentes. Você está formado para utilizar um smartphone?

Não, você comprou e foi usando. A mesma coisa é quando se compra uma

máquina, existe um treinamento de duas semanas, mas não se explora a

potencialidade existente. E isso é o que está fazendo a diferença entre as

Nações na questão de produtividade. Nações têm investido fortemente na

necessidade tecnológica e no uso daquela tecnologia. Em termos práticos

podemos dizer que em vez de falar de quando o futuro vai chegar, o fato

é que já chegou.

RA: O senhor falou de sistemas robotizados, robôs autônomos,

que estão sendo utilizados nesses novos processos. No Brasil isso

ainda não acontece, por quê?

Prof. Jefferson: Em vários países é comum a utilização de

robôs autônomos. Diferentemente dos robôs convencionais, que fazem

aquelas operações que o ser humano comanda, que é o tipo que todo

Jefferson de

Oliveira Gomes

É Diretor Regional do Senai de

Santa Catarina, engenheiro

e professor do Instituto

Tecnológico de Aeronáutica

– ITA

ESPECIAL ENTREVISTA

A primeira revolução foi a relacionada à

máquina a vapor; a segunda à eletricidade;

a terceira foi relativa à eletrônica, robótica e

tecnologia de dados; e a quarta é essa ligada à

conexão de tudo

mundo mais conhece, embora aqui no Brasil sejam pouco utilizados

perto de outros países, já é comum o uso de robôs que tomam decisões.

O uso de robôs autônomos tem sido crescente no planeta, a diferença

é que a nossa legislação não permite o uso deles. É possível nos EUA,

na Alemanha, na Coréia, na China, mas aqui não é permitido por causa

da segurança. Todo mundo está fazendo isso lá fora com bastante

propriedade e nós temos ainda uma lei muito travada nessas questões

de utilização.

RA: Quais são as consequências da Indústria

4.0, dessa velocidade tecnológica que vai

impulsionar novas carreiras e mudar a forma

de atuação das indústrias?

Prof. Jefferson: Eu sempre falo que temos

quatro pilares para explicar as consequências da

Indústria 4.0. Todos têm igual importância nesse

contexto. O primeiro deles: temos um conjunto

de tecnologias pilares que estão muito baratas hoje

em dia. Digitalização, inteligência artificial, sensores,

construção de máquinas, big data, acesso à internet.

Essas tecnologias estão num limiar de precificação tão baixo,

que é possível montar soluções. Se você tem seis ou sete soluções,

comece a misturá-las e você terá soluções novas. Depois, faça isso com

distintos setores: terá mais soluções ainda. Comece agora, dentro dos

setores, têxtil, alimentar, etc, a misturar para distintos departamentos

da empresa, ou seja, a quantidade de opções tecnológicas para novos

produtos é imensa. Então essa será uma consequência, aliás, já é uma

consequência em um curto espaço de tempo, basta olhar a quantidade

de produtos sendo lançados e que você nem imaginava que surgiriam.

A segunda consequência diz respeito ao desenvolvimento de novos

produtos, o surgimento de novas empresas. Para se ter ideia, 60% das

novas empresas de base tecnológica do Brasil, surgiram nos últimos

três anos. Ou seja, a quantidade de novos produtos que está sendo

desenvolvida com empresas pelo mundo afora, é enorme. Estive em

um encontro, este ano, em Berlim, de startups, que são idealizadores e

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

9


ESPECIAL ENTREVISTA

inovadores que desenvolvem com três ou quatro pessoas uma empresa

para lançamento de produtos. Tinham aproximadamente 200 candidatos

tentando o investimento de empresas lá na Alemanha. Nesse evento,

havia cinco empresas brasileiras e a que ganhou foi uma de Chapecó.

A empresa é de uma menina e de um menino que desenvolveram um

sensor para monitorar a qualidade do transporte da carga de carne. Esse

desenvolvimento deles não saiu por U$ 30, ou seja, a quantidade de

tecnologias baratas que existe, faz com que haja uma consequência

dinâmica na formação de empresas. Então essa ordem natural que se vê

de grande e sólidas empresas, ou elas se tornarão mais sólidas porque

vão perceber que vale a pena o desenvolvimento com essas pequenas

empresas, ou vão ter problemas. Esse surgimento de novas cadeias de

processos e fornecimento será importante.

O terceiro ponto que vamos observar em um curto espaço de tempo,

tem questões ligadas à utilização de robôs, questões ligadas à ética, e os

produtos que podem ser desenvolvidos agora sem ter problemas com as

leis. Enfim, vamos observar mudanças de atitude em relação às regulações

e legislações. Por exemplo: home office. Não faz mais sentido, em muitas

profissões, com esses sistemas existentes, você ter a pessoa trabalhando

na empresa. O grande problema é como você mede se essa pessoa está

trabalhando. Pode-se combinar que isso se meça por entregas. Porém, o

ajuste de expectativas do que o empregador e o que o empregado podem

esperar de entregas é diferente. Com esse processo de desenvolvimento

de inteligência artificial, lá nos EUA eu visitei um local em que utilizava

mecanismos para medir essa produtividade. Mas isso pode ter implicações

diretas sobre as questões de regulações, legislações e comportamentos.

O último pilar, mas não menos importante é: e as pessoas, estão

preparadas para isso tudo? Um terço das profissões já existentes hoje no

planeta não existiam antes de 2011, 65% das profissões daqui sete anos

ainda nem existem. Diante disso, posso afirmar com muita tranquilidade:

nenhuma educação está preparada para atender as crianças hoje, porque

não sabemos que profissional vamos formar. Essa ideia de formar do jeito

que estamos fazendo, nos resulta em altíssima evasão, mais de 40% da

evasão dos jovens é porque não tem significado. A educação mudou o

seu sentido, ela precisa ter significado. Em termos práticos: a gente perde

contingente não porque eles não são bons em matemática e português, mas

porque simplesmente optamos por ensinar naquele modelo do século 19.

Isso não é mais atrativo tendo todas essas informações à mão. Se formos

pegar todos os nossos dados de educação, aumentamos drasticamente a

quantidade de anos dos nossos alunos, mas não conseguimos transformar

isso em produtividade para um país, em aumento de PIB. Se começarmos

a modelar a educação baseada em significados e também dando acesso

à experimentação, essa coisa de construir coletivo, muitas escolas estão

fazendo isso pelo mundo afora. O Senai acabou de lançar um modelo

em que permite que o aluno consiga tomar seus próprios caminhos no

Ensino Médio. Esse mundo novo precisa formar as pessoas com essas

tecnologias abundantes, mas dentro de significados.

Hoje na indústria de Santa Catarina temos 800 mil trabalhadores.

Precisamos pensar no jovem e formá-lo para um futuro que nós não

sabemos bem quais são as profissões, mas sabemos quais são as bases

tecnológicas para aquelas profissões. É muito simples entender que

qualquer profissão nova o cidadão vai estar em contato permanente com

Não estamos falando de futuro, estamos

falando de um presente imenso. E esse

presente tem consequências

FOTO EDSON JUNKES

O diretor regional do Senai de Santa Catarina ressalta a

importância da área de educação aliada a significados, dentro

do modelo Indústria 4.0

programação, com sensoriamento, com inteligência artificial, enfim,

sabemos quais são tecnologias básicas estarão naquela vida. Além

disso, é importante frisar que 70% das novas profissões que estão sendo

concebidas, estão nos escritórios.

RA: E como ficam os profissionais que já estão formados e

atuam no mercado de trabalho?

Prof. Jefferson: Hoje temos na indústria de Santa Catarina 800 mil

trabalhadores, em quatro anos, metade terá mais que 45 anos de idade.

Temos uma geração de pessoas muito experientes, mas com péssimo

conhecimento em termos de conectividade, de digitalização, de tudo o

que falei anteriormente. Precisamos reformar, não tem jeito. O modelo

de ensino para um jovem de 45 anos de idade é completamente distinto

do modelo para um jovem de 16, 17 anos. Já não é a mesma sala de

aula para o jovem, quem dirá para o mais experiente. Então, se você

usa o smartphone para tanta coisa, você poderia utilizá-lo para fazer

várias outras coisas desde que elas tivessem significado. Este modelo

de ensino para reformar pessoas também está sendo trabalhado e vai ser

uma função da Indústria 4.0. E daí, um calcanhar de Aquiles danado

que temos, é o que várias nações já perceberam e estão trabalhando

fortemente para isso: é esse descompasso de gênero, que é muito alto nas

nossas indústrias. Infelizmente ainda temos no Brasil muito a questão

do machismo. A menina pode gostar de matemática, mas dificilmente

ela vai derivar para uma linha tecnológica porque está dentro do aspecto

da sociedade, do microcosmo que ela vive. Não só em casa, mas dentro

da escola tudo isso já é muito comum.

Os EUA começaram a desenvolver várias movimentações para

isso e na Europa também. Nos EUA tem um programa chamado women

in computer science, exclusivo de mulheres na ciência da computação e

bingo: o resultado é muito maior, melhor, porque as mulheres são mais

concentradas. Não estou dizendo que um gênero é melhor que o outro.

Precisa haver uma mixagem, quando eu falo isso não estou falando de

inclusão social, estou falando de posicionamento econômico. Todos os

países que são grandes hoje têm trabalhado fortemente na mixagem de

gênero. O fato é que mixar percepções distintas, isso passa diretamente

pela mixagem de gêneros. Se eu tiver só 10 homens trabalhando no

desenvolvimento de produtos, as percepções em função da questão

cultural serão altamente baseadas em concepções de um gênero. Então

essa indústria nova, com tudo tão barato, vai necessitar disso. E pra

finalizar essa questão eu posso dizer que a empresa que ganhou o

prêmio de startup tem como presidente uma mulher, uma jovem.

10 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ASSUNTO

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

11


CULINÁRIA

Julho: o mês do doce sabor

da tradição alemã

4º Festival Nacional da Cuca, realizado pelo Núcleo de Panificadoras

e Confeitarias da ACIBr acontece dias 8 e 9 de julho e mais uma vez

deverá reunir amantes e apreciadores de cucas de todo o país

Evento já consagrado

no município, visa

manter as tradições

culinárias germânicas,

ao mesmo tempo em

que inova em receitas e

sabores

Nos dias 8 e 9 de julho o Pavilhão da Fenarreco, em

Brusque, irá reunir, pelo quarto ano consecutivo

amantes dos mais variados tipos de cucas do

Brasil, com a realização de mais uma edição do

Festival Nacional da Cuca. Promovido pelo Núcleo

de Panificadoras e Confeitarias da Associação Empresarial de

Brusque (ACIBr) em parceria com a Prefeitura de Brusque,

para este ano as expectativas da organização do evento são de

que um maior número de pessoas possa prestigiar o Festival,

já consagrado no município e na região, e que cada vez mais

mantém as tradições culinárias germânicas ao mesmo tempo em

que inova em receitas e sabores.

Programação

Em 2017, novamente o Festival irá oferecer ao público as

opções de Café Colonial, Combo (cuca+café) e o Mercado da

Cuca, com a venda de cucas tradicionais e gourmets de doze

panificadoras integrantes do Núcleo. Além disso, o 4º Festival

Nacional da Cuca também terá o tradicional Concurso da Cuca

Nota 10 do Brasil, onde os competidores irão preparar as receitas

ao vivo, que posteriormente serão avaliadas por um júri. As cucas

Saiba mais

O Núcleo de Panificadoras e Confeitarias de Brusque e Região,

criado em 1993, foi um dos pioneiros na ACIBr. Tem como

objetivo impulsionar o crescimento das empresas nucleadas,

através da implantação de melhorias de processo e gestão,

ampliando o mercado. O grande desafio do Núcleo tem sido

discutir problemas comuns e buscar soluções conjuntas para

gerar ganhos de qualidade, produtividade e competividade,

visando fortalecer as empresas na área administrativa, de

produção e comercial para produzir alimentos de excelência

que atendam as exigências da clientela.

Em seu planejamento estratégico, o Núcleo programa eventos

como reuniões mensais, visitas técnicas, missões empresariais

para conhecer feiras e eventos do setor, palestras e cursos.

Promove anualmente o Jantar Festivo em comemoração ao Dia

do Panificador, celebrado em 8 de julho, e também Missa em

Ação de Graças no Dia Mundial do Pão, no dia 16 de outubro. O

Festival Nacional da Cuca é outro importante evento do Núcleo,

que cada vez mais promove e fortalece as empresas que o

integram, e também divulga as delícias produzidas na região.

12 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


CULINÁRIA

Em 2017, novamente o

Festival irá oferecer ao

público as opções de

Café Colonial, Combo

(cuca+café) e o Mercado

da Cuca, com a venda

de cucas tradicionais

e gourmets de doze

panificadoras integrantes

do Núcleo

Esperamos que o público e as famílias

prestigiem, mais uma vez, esse evento

delicioso, que já se consolidou no

calendário da cidade

Fernando Zen, coordenador do Núcleo Panificadoras e

Confeitarias da ACIBr

Conheça as panificadoras Integrantes do

Núcleo da ACIBr e que participaram do

3º Festival Nacional da Cuca:

-Ristow

-Sassipan

-Zen

-Carolina Josefina

-Limoeiro

-Panissa

-Sodepan

-Danine

-Moriá

- Guabiruba

- Panificadora Ventura

- Sol Panificadora e Confeitaria

que ficarem em primeiro, segundo e terceiro lugar receberão

premiações em dinheiro, e as inscrições e regulamentação do

concurso deverão ser divulgadas no mês de abril, mais próximo

à data do evento.

Além disso, para este ano também está prevista a feira de

equipamentos e produtos para os interessados no segmento

gastronômico, bem como oficinas especiais de culinária. “Em

2016 tivemos a parceria com o Sesc, que realizou as Oficinas

de Cuca para as crianças, o que foi um sucesso. Nesta edição

queremos fazer não só para os pequenos, mas também para os

idosos. Estamos elaborando isso ainda, para realizar da melhor

forma, mas temos certeza que será mais uma atração especial do

evento”, comenta o coordenador do Núcleo da ACIBr, Fernando

Zen. Demais parcerias também estão sendo fechadas com

empresas da região, para garantir a qualidade e as atrações do

evento.

Outra novidade que está sendo pensada pela organização

do Festival é uma parceria com o Núcleo de Tecnologia da

Informação da ACIBr, para que sejam desenvolvidos métodos

que possam contabilizar o número de público e contribuir para

a melhoria do evento. “Cada vez mais queremos nos organizar

para oferecer da melhor forma o Festival da Cuca. Esperamos

que o público e as famílias prestigiem, mais uma vez, esse

evento delicioso, que já se consolidou no calendário da cidade”,

completa Zen.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

13


ENTREVISTA

Halisson Habitzreuter ressalta o constante trabalho da entidade na busca de

parcerias e ações em benefício de desenvolvimento dos seus associados

ACIBr projeta ações para

ter um 2017 produtivo

Presidente Halisson Habitzreuter traça um panorama

dos projetos e bandeiras da entidade para este ano

Terminamos 2016 deixando para trás um cenário caótico no

que diz respeito à crise política e econômica do Brasil. A

troca de comando no governo federal, os escândalos a cada

nova fase da Operação Lava Jato e todos os esquemas de

corrupção, levaram o país a um momento negro de sua

história. Por outro lado, foi também um ano de disputas eleitorais

nos 5.568 municípios brasileiros. Milhares de eleitores exerceram

seu direito ao voto e fizeram suas escolhas. A aposta agora, é que os

prefeitos, vices e vereadores que assumiram o Executivo e Legislativo,

façam uma boa gestão para que toda a população possa ganhar.

Na contramão de notícias nem tanto positivas, vimos a

Associação Empresarial de Brusque buscando soluções para auxiliar

seus associados a passarem por esse momento de crise. Tanto que

a entidade encerrou o ano de 2016 com um balanço positivo de

atividades: 211 ações no total, que contaram com a participação de

8.332 pessoas. Eventos promovidos pela ACIBr e seus 22 núcleos

setoriais, como cursos (17), palestras (50), visitas técnicas (23) e

eventos diversos com o objetivo constante de levar conhecimento,

promover troca de ideias, novos modelos de negócio e experiências

aos associados. O trabalho continua neste ano, em que a entidade

levantará novamente bandeiras importantes para os municípios em

que atua.

Confira a entrevista com o presidente da entidade, Halisson

Habitzreuter:

Revista ACIBr: Quais são os principais projetos da Associação

Empresarial neste ano de 2017?

Halisson Habitzreuter: O que temos de ações já estabelecidas

são os nossos Almoços de Ideias, o jantar de posse da nova diretoria

que será escolhida no mês de julho, o já tradicional Festival da

Cuca, como também o Temperô – Festival Gastronômico, o Feirão

de Imóveis, esses últimos três eventos realizados através dos nossos

14 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ENTREVISTA

núcleos setoriais e que vamos dar continuidade, pois comprovaram

seu sucesso em 2016. Estamos fazendo também através do Núcleo

de Mulheres Empresárias, a Multifair, uma feira multissetorial, que

vai envolver todos os nossos núcleos e associados, e que será um

evento de grande porte e muito importante para nossa cidade e para

a entidade também. Um diferencial da Associação Empresarial, que

gostamos sempre de frisar, é que nós costumamos dar continuidade as

ações que foram sucesso nas gestões anteriores. Isso demonstra uma

grande evolução da entidade.

A associação também está trabalhando forte em cima da Escola

de Negócios, acreditamos muito nesse projeto. Hoje estamos com 19

cursos e o objetivo é ampliar cada vez mais. O diferencial é que apesar

de serem cursos à distância, são de grande qualidade e com um custo

baixíssimo, além de proporcionar para o empresário uma ferramenta

de avaliação dos seus colaboradores. É um grande instrumento,

levamos esse case à Facisc e gostaríamos que isso fosse implantado

de forma estadual pelas ACIs. Acreditamos que a Escola de Negócios

vai colaborar com os empresários na questão de qualificação e,

consequentemente, no aumento da produtividade e desempenho do

próprio empreendedor e dos seus colaboradores. Lembrando que

tudo isso é extensivo aos empresários e aos seus colaboradores das

empresas associadas à ACIBr.

RA: A ACIBr conta com uma gama de serviços e produtos

à disposição de seus associados. Quais os planos de ampliação?

Habitzreuter: Neste ano queremos aumentar a gama de serviços

que a associação disponibiliza aos associados. Finalizamos os

convênios no mês de fevereiro e já estão à disposição das empresas.

Um deles é o convênio com a Neoway, um serviço onde as empresas

podem prospectar os seus potenciais clientes conforme desejam,

através de pesquisas. É um serviço que usa de inteligência artificial,

big data, em que a pesquisa é segmentada e filtra as informações,

considerando 34 milhões de empresas, 194 milhões de indivíduos,

seus ativos, processos judiciais, entre outras informações importantes.

Conseguimos uma parceria com a Neoway, onde o nosso associado

pagará pela consulta que realizar, sem mensalidade. Fechamos

também um convênio com a Data Center, que atua na área da

telemetria de negócios, em que é possível medir sua produtividade.

Outro convênio que estabelecemos foi com o Hospital Azambuja,

onde nossos associados terão descontos consideráveis na questão

de exames e atendimentos, sendo extensivo aos colaboradores das

empresas associadas. Temos os serviços já conveniados com a Facisc,

os nossos, e agora estamos ampliando essa gama. Esse é um dos

objetivos de 2017: quando encontrarmos bons serviços para nossos

associados, a ACIBr tem intenção de fazer esses convênios para trazer

produtos a um custo menor. Mas sempre lembrando que a entidade faz

esse tipo de convênio com produtos exclusivos, porque não podemos

dar preferência a um associado em detrimento de outro.

Temos como projeto também o calendário de viagens, junto

com a Fundação Empreender, onde a ACIBr auxilia os associados

a visitarem feiras, congressos, visitas técnicas, não só no estado,

Temos que cuidar do nosso país para que

possamos deixar um lugar melhor para os

nossos filhos, não só na questão de segurança,

mas em tudo, como sociedade

Vamos ser parceiros nas boas práticas, mas

não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o

dedo quando preciso

mas também em todo país e no exterior. Queremos auxiliar nossos

associados a conhecerem novos mercados, fazerem essas visitas

que muitas vezes abrem pensamentos e ideias, principalmente

nosso grande público, levando em conta que a maioria dos nossos

associados, 80%, são pequenas e médias empresas e para eles é uma

grande oportunidade.

RA: Quais serão as principais bandeiras e pleitos da entidade

neste ano?

Habitzreuter: Continuaremos trabalhando na questão da

segurança pública, porque embora tenhamos recebido 16 novos

policiais militares, sempre há aqueles que irão se aposentar, tirar

licença, pedir transferência. Enfim, vamos trabalhar nesse pleito, pois

entendemos que é uma bandeira constante. Onde não há segurança

pública, não há desenvolvimento econômico, acreditamos realmente

nisso.

Outra bandeira da entidade é no acompanhamento e fiscalização

de obras importantes para a nossa região, como a duplicação da

rodovia Antônio Heil (SC-486). Inclusive mantemos conversas com

a ACI de Itajaí, e estamos ambas as entidades fiscalizando essa obra,

pois se houver alguma parada ou problema, vamos atuar em conjunto.

Da mesma forma a Barragem de Botuverá, nós queremos que essa

obra aconteça, então estamos pressionando os órgãos públicos

e Itajaí também está nos dando suporte nisso. São duas obras que

são benéficas para nossas cidades e acreditamos que o nosso futuro

está voltado para a região de Itajaí e litoral. Tanto é que a própria

administração municipal está tentando se desvincular da AMMVI

(Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí) para se associar

à AMFRI (Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí), com

acertada visão de que Brusque vai crescer para aquele lado. Tanto no

que diz respeito à questão industrial e econômica, quanto turística,

que é voltada para o litoral, Itajaí e Balneário Camboriú. Foi nessa

gestão que criamos o Núcleo de Turismo da ACIBr e pretendemos dar

total apoio, pois é um segmento da economia que pode florescer muito

em nossa cidade, temos muito a evoluir. O próprio Convention Bureau

que temos aqui é muito frágil e pequeno, então temos que desenvolver

ele e acreditamos que o caminho seja através da associação, que é

um local onde se encontram as três cidades Brusque, Botuverá e

Guabiruba, e quando falamos em turismo agregamos ainda a cidade

de Nova Trento. Precisamos vender a região, ajustar os calendários

dessas cidades para não haver conflitos de datas e eventos, para que

haja um trabalho em conjunto e que dali ocorra o fortalecimento do

Convention. Essas são bandeiras perenes.

Outra preocupação nossa é com relação ao projeto e implantação

do tratamento do esgoto doméstico na nossa cidade. Acreditamos que

nesse período agora será falado muito nessa questão e a Associação

Empresarial vai querer participar dessa discussão com o intuito de

acompanhar e fiscalizar, para que não ocorra nenhum problema.

Sabemos que ali serão valores expressivos, o transtorno será muito

grande, e se for feito uma coisa errada, a população e todo comércio

vão sentir muito. Não queremos dar margem a erros, então vamos

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

15


ENTREVISTA

fiscalizar e trabalhar no que for possível. A primeira lei que criou

o Samae tinha um conselho consultivo, do qual a Associação

Empresarial e outras entidades faziam parte. Em meados do ano

2.000 houve uma alteração nessa lei e o conselho foi extinto. Nós

gostaríamos que esse conselho fosse novamente instituído e faremos

esse pedido à administração municipal, pois entendemos que é muito

importante participarmos. A troca de pessoas nas gestões acontece,

e entendemos que a participação das entidades no acompanhamento

dos projetos e obras de extrema relevância.

RA: Em 2016 já foram iniciadas algumas conversas sobre a

instalação da Praça do Empreendedor no município. Esse será

um dos projetos da entidade neste ano?

Habitzreuter: Sim, vamos trabalhar em cima da implantação

da Praça do Empreendedor, que é uma determinação do governo

estadual. Já estamos em conversas com a prefeitura e também com a

CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), pois pretendemos, ambas as

entidades, assumirmos a administração dessa praça, para manter a

eficiência. Não podemos sofrer ingerências em virtude do prefeito

x ou y, e que haja descontinuidade do serviço. Então acreditamos

que isso possa ser feito com a gerência das entidades, até pelo

exemplo de Blumenau, onde a Praça do Empreendedor fica instalada

dentro de um shopping. Acreditamos que possa ser implantado este

modelo aqui e com isso obtermos bastante sucesso. Ainda estamos

conversando sobre o local para esta implantação. Da mesma forma

estamos conversando internamente para termos um diálogo constante

com a administração municipal. Pretendemos colaborar no que for

possível, para termos melhorias no nosso município com relação à

classe empresarial e abertura de empresas, impostos, enfim, uma

maior transparência da gestão. Queremos fazer essas reivindicações

à prefeitura de Brusque com o objetivo comum de termos serviços

melhores. Da mesma forma faremos com a Câmara de Vereadores.

Mas não é porque trabalharemos dessa forma que vamos nos furtar de

fiscalizar quando necessário. Vamos ser parceiros nas boas práticas,

mas não vamos nos furtar de fiscalizar e apontar o dedo quando

preciso. Vamos conversar e trabalhar para conseguir o melhor para

Brusque. Temos que torcer para a administração pública ter sucesso,

porque com isso o município todo ganha. Se eles tiverem fracasso,

o município todo se prejudica. Está se batendo muito na tecla de

que a gestão política antiga está falida e que é preciso criar uma

nova. E qual é essa nova forma? Acho que essa ideia da parceria

público-privada é muito importante na questão da eficiência, porque

o governo para de fazer burrada e de pensar o município de quatro

em quatro anos, sem dar continuidade a ações que deram certo.

Por outro lado, entendo que o povo, a classe empresarial como um

todo, precisa participar mais da política. Vemos que nos países mais

desenvolvidos como os EUA e os europeus, a população se envolve

mais com política e esse envolvimento faz com que haja esse ganho

em eficiência, em transparência. Esse que é o novo modelo de gestão.

A gente acredita nisso e que a população toda, classe empresarial,

se envolva mais.

Temos que torcer para a administração pública

ter sucesso, porque com isso o município todo

ganha. Se eles tiverem fracasso, o município

todo se prejudica

RA: Quais são as perspectivas da entidade com relação à

economia do país?

Habitzreuter: Já sabíamos que o final de 2016 e o início de 2017

seriam tumultuados. No nosso último Almoço de Ideias o palestrante

nos alertou que o pior já havia passado e que a tendência era melhorar.

Estamos sentindo essa melhora gradativa, porém, ela está acontecendo

de forma muito lenta. A recessão veio muito rápido e a recuperação está

demorando. A própria alta do dólar incentivou bastante nossa indústria

local, mas até que isso gire e as indústrias se preparem para atender

a demanda, principalmente na nossa região que tem a indústria têxtil

muito forte, isso demora um tempo. E temos que considerar ainda o

reflexo que isso tem lá na ponta, no final da cadeia produtiva, que é

o comércio, que demora mais ainda para se recuperar, já que o poder

de compra de grande parte da população ficou limitado. Tudo isso

aliado ao medo, que faz com que a pessoa deixe de gastar, de investir.

O fantasma da crise faz isso e precisamos ter a retomada da confiança

também. Eu acredito que, olhando para a classe empresarial, essas

medidas que o governo Temer está querendo tomar, como as Reformas

da Previdência, Tributária, isso realmente acontecendo, será importante,

são medidas necessárias. O povo vai sentir, principalmente a reforma da

Previdência. Será um remédio amargo, mas o Brasil precisa disso para

voltar a crescer. Precisamos das reformas para resolvermos a questão de

déficit do país, que gasta mais do que arrecada.

No lado empresarial, em termos de competitividade mundial,

estamos muito atrás por conta da alta carga tributária e da questão

trabalhista, que é muito arcaica. Nossa CLT (Consolidação das Leis do

Trabalho) foi criada em 1945, hoje nossa realidade não é mais aquela,

não existe mais aquele tipo de empresa, e o colaborador também por si

só, é uma pessoa muito mais qualificada e inteligente. Nossa realidade, o

custo país, a insegurança jurídica é muito grande e precisamos resolver

isso através das reformas trabalhista e tributária, para podermos ter mais

competitividade e isso não se aplica apenas às empresas que exportam.

Quando se fala em competitividade é justamente para as empresas que

produzem aqui, vendem dentro do Brasil, mas que estão competindo

com uma empresa que produz fora e está vendendo aqui. Se ela não

tiver condições de competir, nunca vai chegar no preço e na qualidade

igual. Então precisamos melhorar isso.

E a reforma política também, penso que é algo muito importante,

pelo fato da situação em que o país enfrenta. A crise que estamos

passando é uma crise política que refletiu para a parte econômica e

não podemos passar por isso novamente. Precisamos dessa reforma

política para organizar nosso próprio sistema. Não temos como nos

auto organizar, auto gerir, da forma como está. Eu acredito, sou um

entusiasta, que deveríamos rever nosso próprio sistema de governo

como um todo. Em vez de ser tão centralizado em Brasília o governo

deveria pensar numa reforma federativa que concedesse mais poderes

para os estados e municípios, isso significa deixar dinheiro, não é

levar e trazer, é deixar de levar. Acredito que dessa forma poderíamos

dar grandes passos na questão da segurança, saúde e educação, tendo

essa autonomia legislativa em alguns setores e autonomia financeira.

O Brasil tem muita coisa para fazer, vemos boa vontade do governo

federal, e esperamos que ele consiga. Não é porque é o Michel Temer,

ou o PMDB, é porque precisamos disso realmente. No governo

passado não havia o mínimo interesse, mas precisamos que algo seja

feito, e esperamos isso do atual governo. Queremos que aconteça,

somos brasileiros, vamos ficar aqui, não existe essa possibilidade de

morar no exterior. Temos que cuidar do nosso país para que possamos

deixar um lugar melhor para os nossos filhos, não só na questão de

segurança, mas em tudo, como sociedade. É unânime o discurso

em todos os locais e entidades que vamos, é isso que o país clama e

esperamos isso dos nossos dirigentes.

16 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017



NÚCLEO DE CORRETORES E IMOBILIÁRIAS

Reivindicações ao prefeito

Depois de encontro com chefe do Executivo, foi protocolado

ofício na Prefeitura e Câmara de Vereadores

No dia 13 de março, os

membros do Núcleo de

Corretores e Imobiliárias

da Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr)

participaram de uma

reunião com o prefeito

de Brusque, Jonas Oscar

Paegle

Na manhã do dia 13 de março, o prefeito de Brusque, Jonas

Oscar Paegle, participou de um encontro do Núcleo de

Corretores e Imobiliárias da Associação Empresarial de

Brusque (ACIBr). Na oportunidade foram apresentados

alguns pedidos que se transformaram em ofícios,

protocolados dia 23 de março, na Prefeitura e na Câmara Municipal.

“O prefeito ouviu nossas reivindicações e sugeriu que fosse

apresentado este documento ao poder público. Já nos adiantou,

inclusive, que tem possibilidade de atender alguns pedidos. Nós

entendemos que, quando trabalhamos juntos, a sociedade ganha”,

afirma o coordenador do Núcleo de Corretores e Imobiliárias, Horst

Heinig, que também é delegado do Creci e secretário do Conselho

Estadual de Núcleos de Imobiliárias de Santa Catarina (Cenisc).

Segundo ele, a principal reivindicação é sobre a demora da

emissão da guia do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI).

Em alguns protocolos entregues pela prefeitura o prazo chega a ser até

de 30 dias. No ofício encaminhado, o Núcleo solicita que esta emissão

seja imediata ou aconteça, no máximo, em 48 horas. “Existem

negociações que só se concretizam após a liberação da escritura e,

com essa demora, o comprador pode desistir do negócio”, observa

Heinig.

Outro pedido é para que o Núcleo de Corretores e Imobiliárias

de Brusque possa integrar a equipe da prefeitura responsável pela

avaliação de imóveis. Quando se paga o IPTU, por exemplo, é

possível encontrar certas discrepâncias de avaliação: alguns imóveis

extrapolam o valor, enquanto outros pagam abaixo do que é justo.

“O corretor faz um curso de avaliação de imóveis, trabalha na área,

tem esta experiência de mercado. Por essa razão, é capaz de avaliar

corretamente”, ressalta Heinig. Hoje, a estimativa é de que 30

escrituras tramitem por dia no setor responsável da prefeitura.

O guichê exclusivo para atendimento de corretores e imobiliárias

também foi pauta do encontro. Segundo o coordenador do Núcleo, o

benefício foi conquistado em gestões anteriores, mas se desvirtuou do

objetivo inicial, passando a atender também engenheiros, arquitetos

e demais profissionais não autorizados. “Nós usamos muito este

serviço e não podemos passar uma tarde inteira esperando para pagar

uma consulta de viabilidade. Por isso mesmo conseguimos o guichê

em gestões anteriores, que agora também é usado por outras pessoas.

Nossa reivindicação é que seja exigido o Creci, que é a identidade do

corretor de imóveis”, salienta.

Mais reivindicações

Ainda sobre o ITBI, o Núcleo de Corretores e Imobiliárias

de Brusque solicita que o valor seja revisto pela prefeitura. Hoje o

pagamento está fixado em 2% e o pedido é que baixe para 1,5%.

Atualmente, em uma compra de imóvel de R$ 300 mil, por exemplo,

só o ITBI custará R$ 6 mil. Com a escritura, o valor pode chegar a R$

10 mil, o que é um montante considerável para quem está comprando

um imóvel.

Da mesma forma, representando as incorporadoras, é solicitada

a isenção do IPTU. Hoje, quando o loteamento é integralizado, o

incorporador tem a isenção do IPTU nos dois primeiros anos e paga

50% no terceiro ano. Os loteadores alegam, no entanto, que o negócio

costuma demorar bem mais para se vender e, às vezes, chega à marca

de cinco anos para total conclusão.

“Estamos nesta mudança de governo, desta vez legitimado pelo

voto, e nós precisamos trabalhar para que se melhorem as condições

do corretor de seguros e das imobiliárias da cidade”, completa Heinig.

O coordenador

do Núcleo de

Corretores e

Imobiliárias,

Horst Heinig,

diz que uma

das principais

reivindicações é

que a emissão da

guia do ITBI seja

imediata

18 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


EMPRESA DESTAQUE

A arte de resolver problemas

Conheça os gestores inventivos da New Tech Life

Os empreendedores da

New Tech Life:

Valdir Rosa Correia e

Adalberto Luiz Comin

Éum grupo de amigos despretensioso. Formado, na

maioria, por pessoas atuantes na área da saúde.

Juntos, eles compartilham jantares, férias, viagens.

Compartilham também do mesmo foco: a criatividade e

uma certa tendência a resolver necessidades e demandas

que aparecem no mundo, o tempo inteiro. Adalberto

Luiz Comin e Valdir Rosa Correia integram este grupo e, há

cerca de sete anos, decidiram colocar algumas destas ideias em

prática e começaram a empreender.

“Passamos a fazer pesquisas de desenvolvimento na área da

saúde. Envolvemos também um terceiro sócio, Jonata Apolinário,

que é engenheiro elétrico e trouxe este conhecimento da parte

técnica. Neste momento estamos nos adequando às exigências da

Anvisa e a expectativa é que três produtos possam ser lançados

ainda este ano no mercado, para o consumidor final”, afirma o

sócio da empresa, Adalberto Luiz Comin.

Segundo ele, a principal inspiração para o negócio veio da

própria mudança de paradigma que já está ocorrendo no mundo:

soluções físicas para tratamentos de doenças. “A indústria

farmacêutica está sendo questionada, porque qualquer substância

que entra no corpo traz consequências. Já a medicina com

princípios físicos não é invasiva”, explica Comin.

Um dos aparelhos desenvolvidos pela empresa utiliza luz de

Led para o tratamento de dores e cicatrização. Não é tão simples

quanto parece: segredos como frequência e outros dispositivos

são resultados de quase seis anos de pesquisa nas áreas de

química, física e engenharia elétrica.

Tratamentos para Alzheimer, estimulação do cérebro para

o aprendizado, insônia, enxaqueca e ansiedade são algumas

aplicações de outro produto desenvolvido pela New Tech Life.

“Duas destas abordagens já foram liberadas pela Anvisa no Brasil.

Nós estamos estudando muito, lendo todos os tipos de artigos

publicados sobre o assunto no mundo”, enfatiza o empreendedor.

“Também temos um aparelho para coluna. Como passamos muito

tempo em pé ou sentados, as vértebras se comprimem. Isso provoca

inflamação e dor. Cerca de 70% das pessoas reclamam de dor nas

costas. Com o nosso aparelho, três minutos de exercício diário são

suficientes para a dor ir embora”, salienta.

Automação Industrial

Há quase três anos, Comin, Correia e Apolinário se deram

conta de que era possível desenvolver outras competências dentro

da empresa. E só então foi formalizada a New Tech Life.

“Nosso objetivo inicial era fazer os aparelhos médicos. Mas,

pela capacidade da equipe em resolver problemas, surgiu a área

de automação”, conta o sócio cotista, Valdir Rosa Correia.

O primeiro cliente veio por indicação. Era uma grande

empresa farmacêutica de manipulação com sede em Florianópolis.

O desafio era criar uma encapsuladora de óleo para cápsulas

médicas e o projeto levou um ano e meio para ser finalizado.

Com sucesso, claro.

“Nossa proposta é trabalhar caso à caso. Não se reproduz nada.

A automação então se tornou um ramo de negócio da empresa

quando percebemos a carência do mercado local e regional. Desde

então também atendemos a indústria”, relata Comin.

Hoje, a New Tech Life é integradora da Yaskawa (maior

fabricante de robôs do mundo) e da SMC. Isso significa que,

quando alguma empresa decidir implementar um robô com

estas tecnologias na região, a New Tech Life será indicada para

integralizar este processo.

“O Censo de 2015 constatou que são 10 braços robóticos

para cada 10 mil trabalhadores no Brasil. Na Europa esse número

chega a 140. No Japão, 170. Nos Estados Unidos, 145. Então tem

muito espaço para crescer”, observa Comin.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

19


CAPACITAÇÃO

A 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC reuniu representantes das Associações Empresariais de todo o Estado

12ª Convenção das Soluções

Empresariais da FACISC

Evento reuniu as associações empresariais de todo o Estado ao longo de três dias de capacitação

Nos dias 15, 16 e 17 de março, foi realizada em Florianópolis

a 12ª Convenção das Soluções Empresariais da FACISC

– Federação das Associações Empresariais de Santa

Catarina, que reuniu representantes das entidades de todo

o Estado. Na oportunidade a Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr) esteve presente no evento, representada por

Sônia Regina Fumagalli, do departamento Comercial, e por Valeska

Rescaroli, do setor de Marketing da instituição.

Ao longo do encontro, ambas conferiram o lançamento de novas

Soluções; o novo plano de marketing para as Soluções Empresariais;

a nova roupagem da rede Util Card e Util Mais; a nova parceria da

FACISC com o Cartório de Protesto; e as palestras nas áreas de

Gestão, Negócios e Marketing (chamadas ‘trilhas’); entre outras

ações.

O presidente da FACISC, Ernesto Reck, participou do evento e

destacou a importância das Soluções Empresariais na oportunidade.

“É extremamente importante fidelizarmos nossos associados,

principalmente nesse momento de turbulência econômica. Eles

precisam perceber que farão a diferença com os produtos das

Soluções. Precisamos nos reinventar e compartilhar as experiências

e a Convenção é um momento certo já que reúne os integrantes do

sistema vindos de todo o estado”, declarou.

Palestras

No primeiro dia do evento, o público conferiu importantes

palestras, como a ministrada por Patrik Castilho da Clint Solutions,

sobre como as empresas e organizações estão preparadas para o

novo perfil dos consumidores e o setor digital. Outra importante

capacitação foi sobre estratégias de Marketing Digital, como a criação

dos personas e influenciadores digitais, tema apresentado pelo content

writer da Clint Solutions, Roberson Pinheiro.

Já no segundo dia, 16 de março, a 12ª Convenção das Soluções

Empresariais da FACISC teve como atrações outras duas palestras:

‘Você tem preço ou valor’, com a jornalista Laine Valgas e o educador

físico Affonso Kulevicz; e ‘Inovação e Criatividade – Fora da Caixa,

dentro da caixa’, com o jornalista e comunicador Marco Piangers.

No dia 17 de março, foram apresentadas aos participantes da

Convenção ações da Fundação Empreender, do Programa de Gestão

20 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


CAPACITAÇÃO

e Vivência Empresarial (PGVE), que desenvolve o gerenciamento das

Associações Empresariais do Estado, para alavancar os resultados

dos negócios e o associativismo. Novidades de soluções como o

Certificado Digital, SCPC/Boa Vista, e Printe – Programa de Proteção

Intelectual da FACISC, também foram apresentadas na oportunidade.

Avaliação

A colaborada da ACIBr, Sônia Regina Fumagalli participou

pela sétima vez da Convenção e acredita que em todas as edições

do evento foi possível aprender e levar aos empresários de Brusque

e região soluções que possam contribuir para otimizar os processos

operacionais nas empresas. Em relação à edição de 2017 ela

considerou toda a programação com um rico conteúdo, que será

passado para as empresas associadas à ACIBr, a partir de agora.

“Esta 12ª Convenção superou as expectativas. Além do conteúdo das

palestras, que ajudaram a reciclar as novas formas de apresentar a

venda de produtos, os profissionais comerciais das associações que

integram a Federação tiveram a oportunidade de trocar ideias, sanar

dúvidas e buscar mais treinamento para oferecer às empresas, o que

foi muito válido”, destacou a comercial da ACIBr.

Da mesma forma, Valeska Rescarolli, do setor de Marketing da

entidade acredita que participar da Convenção foi uma oportunidade

de trocar informações e experiências com outras ACIs, ter uma

noção da realidade das outras cidades, bem como aumentar a rede de

contatos. “Também pudemos conhecer melhor as soluções que são

A assessora Administrativa da ACII- Itajaí, Marilene Bernardi

Batistoti Pezzini, com Valeska Rescarolli e Sônia Fumagali, da

ACIBr

oferecidas aos associados, sem contar na parte de Comunicação, que

trouxe importantes contribuições, já que a Federação está investindo

em novas técnicas e ferramentas, como a ‘inbound marketing’, que

trabalha com o chamado marketing de conteúdo para melhorar

processos dentro das ACIs, tanto na parte interna como externas”,

ressaltou Valeska.

DIRETOR ACIBR

Ademir José Pereira

Representante da ACIBr nos Conselhos do Fundo de Habitação

e Interesse Social, Turismo e Saneamento Básico

Você sabia que todos os diretores da Associação

Empresarial de Brusque (ACIBr), além das próprias

demandas da entidade, também estão envolvidos em

Conselhos Públicos do município? A partir desta edição

você vai ler na Revista da ACIBr um pouco deste trabalho

que os empresários de Brusque prestam, gratuitamente, à comunidade

de Brusque, Guabiruba e Botuverá.

Ademir José Pereira é diretor para Assuntos de Comércio

e Turismo dentro da ACIBr. Na entidade ele segue as diretrizes

pontuadas pelo presidente, Halisson Habitzreuter. Também

acompanha ativamente as reuniões nas noites de segunda-feira e

auxilia na resolução das demandas e problemas apresentadas.

Dentro dos Conselhos vinculados à prefeitura, Ademir participa

do Conselho Gestor do Fundo de Habitação e Interesse Social,

Conselho de Turismo e Conselho de Saneamento Básico. Este último

o empresário ocupa a cadeira de suplente.

“Este ano, infelizmente, o trabalho dos Conselhos ainda não

começou em função da nova administração. Sabemos que eles estão

mapeando as ações desenvolvidas e, em breve, devem convocar

todos os conselheiros e nos informar como o trabalho vai funcionar.

A ACIBr é uma entidade representativa dos empresários e o nosso

papel, enquanto conselheiro, é defender o interesse das empresas,

O diretor da ACIBr, Ademir José Pereira,

representa a entidade em Conselhos Municipais

porque nos Conselhos são resolvidas muitas matérias que temos que

estar por dentro e dar o nosso parecer, favorável ou não. Não podemos

deixar as coisas acontecerem simplesmente por acontecer”.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

21


EMPRESA DESTAQUE

O cardápio italiano do

Restaurante do Nido

Panela de barro no fogão à lenha: a alquimia

da comida sempre quentinha

Não é apenas pela polenta com galinha e pelo macarrão

caseiro. Essa descendência italiana transcende o cardápio

e se fortifica no atendimento. Afinal de contas, italiano

que se preza fala alto, gesticula, está sempre preocupado

em receber bem, em oferecer mesa farta.

E esse espírito está presente no Restaurante do Nido

que, desde março de 2014, tem nova sede, na rodovia que liga os

municípios de Brusque e Botuverá.

A vocação para o negócio, no entanto, começou com o pai

de Nido, seu Leomar, há mais de 30 anos. Foi ele quem deixou a

região de Ourinhos, interior de Botuverá e trouxe a esposa e seus sete

filhos para o Centro do município, com o desafio de administrar o

restaurante de Zenor Sgrott. “Minha mãe era trabalhadeira e todos

nós, filhos, passamos a ajudá-la. A dona Neném, esposa do seu

Zenor, também nos orientou. Foram 10 anos cuidando do restaurante

e da lanchonete da família. Depois meu pai ainda gerenciou um

segundo estabelecimento, até abrir seu próprio restaurante, com um

mercadinho ao lado. Isso aconteceu no início da década de 1990”,

conta Nido.

Naquela época, o movimento de clientes já era intenso,

especialmente pela exploração do calcário. E, quem precisava vir ao

Centro, passava o dia inteiro no local, pela limitação de horários do

transporte coletivo.

E foi a convite novamente de Zenor Sgrott que Nido passou

a administrar uma associação com campo de futebol suíço. Ali

servia lanches, churrasco e abria para almoço aos domingos. Foi

assim por cerca de cinco anos, até receber uma proposta semelhante

da Sociedade União, em 1999. Desde então, ele passou a atender

também festas particulares, jantar de formatura e casamentos. “A

pessoa escolhia o cardápio e a gente elaborava. Era comida caseira.

Assim começou o Restaurante do Nido. Em 2004 Botuverá recebeu

o Odonto Sesc, um ônibus que prestou atendimento odontológico

por quase cinco meses na cidade. Eram 14 pessoas que precisavam

de almoço. Comecei a fazer marmita. Depois, abri o restaurante

durante a semana. Todo dia vinha uma, duas, três pessoas a mais.

O ônibus do Sesc foi embora e eu continuei o trabalho, agora com

clientela”, recorda Nido.

O envolvimento da família

A esposa de Nido, Josiane Gianesini Leoni, começou a se

aperfeiçoar em alimentação. Muito do que sabe também aprendeu com

dona Neném. “Quando tinha 20 anos fiz meu primeiro casamento,

para umas 50 pessoas. A dona Neném estava junto. Foi ela quem me

incentivou a continuar, disse que eu não iria mais me perder”, conta

Josiane, que já ajudava o marido na época da lanchonete, quando

eram apenas namorados.

A família: Nido, a esposa Josiane e a filha Josiele

Foi por volta de 2008 que o casal teve uma ideia. Guabiruba

já era famosa por seu marreco recheado com repolho roxo, prato

típico alemão. Então eles decidiram honrar seus ancestrais com

o que sabiam fazer de melhor: polenta com galinha, prato típico

italiano. Mas, só isso não era o suficiente. E assim surgiu a chapa

com fogão à lenha e o uso das panelas de barro, sucesso absoluto

do negócio!

“Meu pai sempre dizia que o que manda muito é a família da

gente. Minha mulher sempre trabalhou certinho e a minha filha vem

no mesmo caminho. É preciso ter amor por aquilo que se faz e o

fundamental é atender bem o cliente. Para mim, cliente tem sempre

razão e gosto de ouvir o que eles tem a dizer”, ensina Nido.

Esta vocação em acolher bem talvez explique o sucesso do local.

A família até investe recursos em um pouco de mídia, mas quem chega

ao local, todos os dias, veio quase sempre motivado pela propaganda

do boca a boca.

Hoje a filha do casal, Josiele, que estuda Processos Gerenciais, é

responsável pela administração do negócio. Josiane cuida da cozinha

e Nido serve as mesas.

Reconhecimento

No primeiro domingo de atendimento em 2017, 250 pessoas

passaram pelo Restaurante do Nido. O salão é climatizado, tem

capacidade para receber 600 pessoas sentadas e realiza mais de 40

eventos por ano. Atende o público de domingo à sexta-feira. Sábado o

espaço é exclusivo para festas em geral.

O Restaurante do Nido é certificado pelo Programa Alimento

Seguro e, no ano passado, recebeu o prêmio de “Melhores do Ano”,

como restaurante mais comentado da região.

22 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


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INOVAÇÃO

Participaram do encontro o coordenador do curso de Administração da Unifebe, George Wilson Aiub; o presidente da ACIBr, Halisson

Habitzreuter; o reitor da Unifebe e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr, Günther Lother Pertschy; o vicepresidente

do Setor da Indústria da Federação, André Gaidzinski; o diretor Executivo da FACISC, Gilson Zimmermann; o diretor Executivo

da ACIBr, Candido Godoy; e o assistente de projetos do setor de Inovação, Diogo Borba

ACIBr apresenta

Escola de Negócios

para a FACISC

Modelo de ensino,

voltado para

empresários e

colaboradores

associados à entidade,

foi elogiado por

representantes da

Federação

AAssociação Empresarial de Brusque (ACIBr) esteve

no dia 8 de fevereiro na sede da Federação das

Associações Empresariais de Santa Catarina (FACISC),

em Florianópolis. O objetivo da visita foi apresentar

a Escola de Negócios da entidade para a Federação e

discutir possíveis parcerias para que o produto desenvolvido pela

ACIBr possa ser ampliado para outras associações empresariais do

Estado.

Lançada em outubro de 2016, a Escola de Negócios da ACIBr

é mantida em parceria com o Centro Universitário de Brusque

(Unifebe) e disponibiliza 24 cursos de curta duração, nas áreas de

Administração e Recursos Humanos. Todos os cursos são oferecidos

na modalidade de Ensino à Distância e direcionados exclusivamente

às empresas associadas à entidade e seus colaboradores.

Na oportunidade, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter;

o diretor Executivo da entidade, Candido Godoy; o reitor da Unifebe

e diretor para Assuntos das Pequenas e Micro Empresas da ACIBr,

Günther Lother Pertschy; e o coordenador do curso de Administração

da universidade, George Wilson Aiub; falaram sobre os objetivos da

Escola, os cursos disponibilizados, o funcionamento da plataforma

e principalmente os diferenciais do mesmo.

“Esse é um produto feito para empresas, não é um programa

acadêmico adaptado a elas. Ou seja, desde o início ele foi criado com

o ‘DNA empresarial’, com linguagem acessível, que possa atingir

tanto empresários de pequenos, médios e grandes negócios como

seus colaboradores de várias faixas etárias”, comentou Habitzreuter.

Da mesma forma, o reitor da Unifebe e diretor da ACIBr também

Podemos realmente pensar em uma parceria

estadual, como um produto para ser oferecido

às empresas, melhorando o nível do nosso

empreendedor catarinense para ser mais

competitivo em relação a outros Estados

Vice-presidente do Setor da Indústria da FACISC, André Gaidzinski

24 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


INOVAÇÃO

Além de apresentar a

Escola de Negócios para

a FACISC, também foram

discutidas possíveis

parcerias para que o

produto desenvolvido pela

ACIBr possa ser ampliado

para outras associações

empresariais do Estado

destacou a inovação da Escola, que não se limita a um treinamento,

mas sim a uma formação em todos os níveis de qualquer organização.

“Com tecnologia de ponta, facilidade e flexibilização em relação ao

tempo das pessoas, a Escola é perfeita para o que precisamos nas

nossas organizações nos dias atuais. E com certeza quem aderir a ela

terá grandes resultados em seus negócios”, pontuou.

Ineditismo

Para o vice-presidente do Setor da Indústria da Federação,

André Gaidzinski, a Escola de Negócios é algo inédito e pode

ser direcionada para outras regiões de Santa Catarina para

atender a demanda das 34 mil empresas e 146 associações

empresariais no Estado que integram a FACISC. “O que mais

precisamos hoje no nosso país é de Educação e a Escola de

Negócios vem em um formato diferenciado, que particularmente

nunca tinha visto. Ela é voltada para a classe empresarial,

para os associados do sistema FACISC, para que eles tenham

melhor formação e capacitação dentro de seu setor. Podemos

realmente pensar em uma parceria estadual, como um produto

para ser oferecido às empresas, melhorando o nível do nosso

empreendedor catarinense para ser mais competitivo em relação

a outros Estados”, avaliou.

Além dele, participaram do encontro o diretor Executivo da

FACISC, Gilson Zimmermann, e o assistente de projetos do setor de

Inovação, Diogo Borba.

Para o presidente da ACIBr, as expectativas são as melhores

possíveis, já que a Escola de Negócios tem um grande potencial e

pode ser adaptada conforme as necessidades das demais empresas

em Santa Catarina. “A FACISC conseguiu ver o diferencial desse

produto e acreditamos que será uma grande ferramenta para a classe

Saiba mais

Todos os cursos da Escola de Negócios ACIBr são direcionados

às empresas associadas à entidade e seus colaboradores,

todos com um preço único de R$ 75. Para se inscrever basta

acessar o endereço eletrônico www.acibr.org.br e clicar em

“Escola de Negócios”. Lá o processo é simples e consiste

em escolher o curso desejado, fazer um rápido cadastro e

começar o estudo.

Totalmente digitais, os cursos são à distância e oferecem ao

aluno mais flexibilidade de acesso ao conteúdo, na escolha do

melhor dia e horário para receber o conhecimento. A plataforma

disponibiliza textos e vídeos, além de leituras complementares e

sistema próprio de avaliação.

Na área de Administração são oferecidos cursos como

Qualidade nas Empresas, Administração do Tempo,

Atendimento ao Cliente, Curso Básico de Liderança,

Desenvolvimento de Líderes, Técnica de Vendas, entre outros.

Já na área de Recursos Humanos, Treinamento de Equipes,

Gestão de Conflitos Organizacionais, Marketing Pessoal e

Rotinas Trabalhistas são algumas opções.

Os colaboradores das empresas associadas também podem

adquirir os cursos diretamente. Basta entrar em contato com

a ACIBr e fazer a inscrição. Na oportunidade será solicitado

a comprovação de vínculo com a empresa associada, que

pode ser uma declaração da empresa ou cópia da folha de

pagamento. Mais informações: (47) 3351-1588.

empresarial de Brusque e de todo o Estado. Esperamos realmente que

isso possa ser um produto da FACISC, disponibilizado para outras

associações empresariais e que irá contribui para a capacitação

profissional de todas essas empresas e seus colaboradores”, ressaltou.

Há 10 anos produzindo qualidade.

Águas Negras - Botuverá - Sc

Tel: 47 3359 4172 | Facebook: Dalfios Fiação

www.dalfiosfiacao.com.br

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

25


CAPACITAÇÃO

2º Ciclo de Palestras do

Núcleo de Metalmecânica

Evento acontece em abril e faz parte das comemorações dos 25 anos de fundação do Núcleo

As expectativas do Núcleo

são de que, assim como

na edição de 2016 do

Ciclo de Palestras, os

profissionais participem e

confiram novidades que

estão sendo colocadas

no mercado para que

possam aplicá-las dentro

do ambiente de trabalho

ONúcleo de Metalmecânica da Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr) realiza no dia 26 de abril a segunda

edição do Ciclo de Palestras do Núcleo. Com temas

atuais e profissionais renomados, o evento acontece nas

dependências do Centro Empresarial, Social e Cultural de

Brusque (CESCB) e será voltado para empresas do setor associadas

da entidade, ou que tenham interesse em participar.

Na oportunidade serão apresentadas duas palestras: a primeira,

com início às 19h, sobre ‘Otimização de processos de Usinagem’,

que busca definir melhores parâmetros de usinagem, de estratégias de

corte, visando redução do tempo e maximização da vida da ferramenta

de corte. Já a segunda palestra, às 20h30, será sobre ‘Impressão 3D

– Metálica’ e irá apresentar as novas tecnologias e tendências desse

processo.

Ambas serão ministradas por profissionais técnicos dos Institutos

SENAI de Inovação em Manufatura Integrada e SENAI de Inovação

em Laser. “Como em nossa região há muitas empresas que atuam no

segmento de usinagem e ferramentaria, estamos trazendo para este

encontro temas que agreguem conhecimento e informação nestas

áreas”, comenta o coordenador do Núcleo, Adalberto Speck Dias.

25 anos

Além do 2º Ciclo de Palestras, 2017 será de diversas atividades

para o Núcleo, que completa 25 anos de sua fundação e cada vez mais

busca unir as empresas do segmento e fortalecer o setor na região.

“Incentivar o desenvolvimento através da busca pelo conhecimento,

parcerias e troca de experiências, preparando-as para um mercado

cada vez mais exigente e competitivo sempre foi nossa meta. E é uma

imensa alegria ver que aquela ideia lançada lá atrás, em realizar um

evento que agregasse conhecimento e desenvolvimento das nossas

empresas, já está em sua segunda edição”, completa o coordenador.

Com isso, as expectativas do grupo são de que, assim como

na edição de 2016 do Ciclo, os profissionais participem e confiram

novidades que estão sendo colocadas no mercado para que possam

aplicá-las dentro do ambiente de trabalho, aumentando assim o

desempenho, qualidade e nível de competitividade em suas empresas.

“Dentre os objetivos do nosso Núcleo, a troca de experiência,

o acesso ao conhecimento e a capacitação de nossos colaboradores

estão sempre na lista de prioridades. E é com esse intuito que

procuramos realizar ações que estejam diretamente ligadas a isso,

para contribuir com o desenvolvimento e crescimento das empresas e

dos profissionais envolvidos”, acrescenta Dias.

Pelo Ciclo ser realizado em apenas um único dia, o Núcleo já está

pensando na 3ª edição do evento, no segundo semestre de 2017. Além

disso, diversas ações e visitas técnicas em empresas da região também

estão sendo programadas para fortalecer as empresas nucleadas que

fazem parte do segmento.

Como participar

As palestras serão realizadas na sala 3 do CESCB, no pavimento

térreo, com capacidade para 60 pessoas. Interessados em

participar do evento podem adquirir os ingressos, no valor de

R$ 25, disponíveis na sede da ACIBr ou com os integrantes do

Núcleo Metalmecânico. Durante o intervalo entre as palestras

será servido um coffe break. Mais informações: (47) 3351-1588.

26 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


EMPRESA DESTAQUE

O doce sabor

de empreender

Empresa Rafaela Doces comemora sucesso

na produção de doces artesanais, que cada

vez mais conquistam o paladar de clientes de

Brusque e região

Dizem que cozinhar é uma arte. Ou um dom. Mas, quando

as duas peculiaridades se unem, o resultado é o sucesso.

Essas são algumas das características da empresária e

chef pâtissier Rafaela Ludvig Walendowsky, que desde

2010 comanda as delícias produzidas artesanalmente por

sua empresa, a Rafaela Doces.

Formada em Chef Internacional e Pâtissier e Bacharel em

Gastronomia, pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a

brusquense conta que o gosto pelo mundo culinário surgiu ainda

na infância, quando brincava de cozinhar. Com o passar dos anos

a brincadeira passou a ser um hobby e a produção de bolos, doces

e sobremesas era garantia nos finais de semana e nos encontros de

família e amigos, o que facilitou na escolha da profissão na hora

do vestibular.

A empresária e chef pâtissier Rafaela Ludvig

Walendowsky, desde 2010 comanda as delícias produzidas

artesanalmente por sua empresa, a Rafaela Doces,

atendendo clientes de toda a região

O segredo é fazer com muito amor e carinho

Rafaela Ludvig Walendowsky, empresária e chef pâtissier

Apesar da diversidade de áreas que a Gastronomia oferece,

durante o período em que se aperfeiçoou na culinária, a chef buscou

conhecer os mais variados segmentos culinários: foi estagiária em

um bistrô italiano no Mato Grosso e também no Costão do Santinho,

em Florianópolis, local onde atuou por três anos sendo dois deles na

confeitaria do resort.

A partir da experiência, a brusquense passou a firmar ainda

mais as certezas de que gostaria de trabalhar com as doces delícias

de confeitar. Após a formação, mesmo recebendo propostas, Rafaela

resolveu inovar, empreender e montar o próprio negócio e assim

fundou a Rafaela Doces, que até hoje funciona na rua Francisco

Walendowsky, no bairro Primeiro de Maio.

Inicialmente os atendimentos eram para pequenos eventos e

festas, mas com o tempo e o gosto dos clientes, a demanda aumentou,

e atualmente a empresa atende encomendas de toda a região para

aniversários, casamentos, lanches, formaturas, chás de bebês e

eventos em geral.

Para criar tantas delícias e tantos doces, que muitas vezes

parecem pequenas ‘obras de arte’, Rafaela acredita que dois

ingredientes são fundamentais para a inspiração. “O segredo é fazer

com muito amor e carinho. São doces artesanais, feitos um a um, e

sempre busco passar boas energias para cada cliente. Além disso,

é uma satisfação minha poder ajudar as pessoas a realizarem a sua

festa, seus sonhos. Desde a escolha dos doces, até a montagem da

mesa, sempre fico muito feliz”, detalha.

Crescimento

Com a vontade de continuar se especializando e cada vez

mais contribuir para o seu negócio, desde 2016 a empresa

passou a integrar o Núcleo de Gastronomia da Associação

Empresarial de Brusque (ACIBr), o que para a empresária, foi

enriquecedor. “É muito bom participar, para ficar por dentro do

que está acontecendo no mercado. Além disso, por ser um Núcleo

multisetorial sempre compartilhamos experiências, o que é muito

válido. Fizemos o 1º Temperô, em 2016, que trouxe resultados

muito positivos, para todos os empreendimentos envolvidos

e também para a cidade, já que o Festival foi além das nossas

expectativas”, comenta.

A busca por novidades é outro fator que contribui para o sucesso

do negócio de Rafaela, já que a empresa tem o desafio de trabalhar

com doces tradicionais ao mesmo tempo em que os oferece em

formatos e complementos diferenciados. Ou seja: a empreendedora

busca conhecer o paladar de sua clientela e o adapta às novidades do

mercado. “É um trabalho que exige bastante, desde o atendimento

ao cliente, administração, até a produção com ingredientes de

qualidade. É sempre um grande desafio, mas busco fazer tudo com

amor e entender o que os clientes querem para que o evento que eles

estejam fazendo seja sempre o melhor possível”, completa Rafaela,

que sempre superou os desafios da vida e dos negócios, com garra e

determinação.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

27


ODS

ACIBr recebe certificação do

Movimento Nacional ODS,

Nós Podemos Santa Catarina

Entrega ocorreu em Florianópolis, durante Assembleia Geral do Movimento

A consultora de

Núcleos da ACIBr, Rose

Debatin Civinski, com

a Coordenadora Geral

do Movimento ODS Nós

Podemos SC, Adelita

Adiers, e o diretor de

Assuntos da Indústria,

Nelson Zen Filho, durante a

certificação aos signatários

do Movimento ODS Nós

Podemos SC

AAssociação Empresarial de Brusque (ACIBr) participou

no dia 29 de março, em Florianópolis da primeira

Assembleia Geral de 2017 do Movimento Nacional

ODS Nós Podemos em Santa Catarina. O evento reuniu

diversos representantes de entidades, organizações e

empresas de todo o Estado.

O encontro contou com um balanço das atividades desenvolvidas

pelo Movimento ao longo de 2016, a apresentação das estratégias e

ações para 2017, e o lançamento do novo Selo do Movimento, que

os signatários poderão utilizar a partir de agora para certificar o seu

compromisso com os ODS. “Ver tantas pessoas aqui hoje, mostra o

quanto estamos comprometidos. Esta é uma prova que estamos no

caminho certo. O Movimento não é feito por apenas uma pessoa,

o Movimento somos todos nós”, afirmou a Coordenadora Geral do

Movimento ODS Nós Podemos SC, Adelita Adiers.

Atualmente, mais de cem organizações participam do Movimento

em todo o Estado. Em Brusque, 15 delas assinaram a repactuação, e

continuarão com os trabalhos ao longo de 2017.

“A assembleia teve como objetivo justamente fazer essa

repactuação com as organizações que já estavam como signatárias

dos Oito Objetivos do Milênio (ODM). Foi uma forma de sabermos

se elas querem continuar conosco para pensar em estratégias com os

17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), até 2030. E

vamos continuar na busca por mais pessoas, entidades e empresas que

estão engajadas na causa para aderirem ao Movimento em Brusque”,

ressaltou a coordenadora geral do Movimento do município, que

também é adjunta na coordenação de Mobilização Estadual, Camile

Rebeca Bruns.

Certificação

Durante o encontro também foi realizada a entrega da Certificação

de Adesão aos 59 signatários do Movimento ODS Nós Podemos SC,

pessoas e organizações que comprovaram a sua atuação em prol dos

Como participar

Empresas, organizações, entidades e pessoas físicas que

desejam participar do Movimento podem entrar em contato

com a organização através da fanpage: Movimento Nacional

ODS Nós Podemos Brusque; ou então acessar o site do

Movimento Estadual: http://nospodemos-sc.org.br, no link ‘Seja

ODS’ para realizar a inscrição. Lá também estão disponíveis para

conhecimento os 17 ODS e as metas traçadas para cada um.

28 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ODS

Em Brusque, 15

organizações assinaram

a repactuação, e

continuarão com os

trabalhos ao longo de

2017. Representantes

de entidades, empresas

e pessoas físicas do

município marcaram

presença no evento e

receberam a certificação

do Movimento Estadual

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A ACIBr esteve entre as entidades que receberam a certificação,

representada pelo diretor de Assuntos da Indústria, Nelson Zen Filho, e

a consultora de Núcleos da ACIBr, Rose Debatin Civinski. A entidade

participa do movimento desde o lançamento dos Oito Objetivos do

Milênio, e é uma das organizações que deu continuidade a projetos e

metas que envolvem os 17 ODS. “Foi muito bom participarmos desse

encontro, para a entidade conhecer melhor o que tem sido proposto por

esse Movimento e divulgar aos seus associados. Hoje o empresariado

tem muitas atividades, em especial por esse momento econômico e

político do nosso país, e cabe à ACIBr orientá-los, realizar projetos e

dar andamento aos mesmos, em prol da sociedade. Esse Movimento é

a longo prazo e cabe a nós engajarmos as empresas e demais entidades.

Reunindo forças, com certeza superamos as dificuldades, melhoramos

nosso padrão de vida na cidade, no Estado, no país e no mundo.

Parabéns a todos pelo envolvimento e organização desse evento, que

ficará para as próximas gerações”, salientou Zen na oportunidade.

Saiba mais

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são

considerados uma agenda para pessoas, prosperidade e para o

planeta, com objetivos a serem alcançados até 2030. Enquanto

os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estavam

mais focados em políticas públicas, envolvendo assuntos como

miséria, mortalidade infantil, doenças epidêmicas e saneamento

básico, os 17 ODS envolvem questões do mundo corporativo,

tais como o consumo, produção, energia limpa. Em vigor

desde o início de 2016, os ODS também determinam um prazo

de 15 anos para a conquista das 169 metas propostas e 234

indicadores, que foram pactuados pelos 193 países signatários

da ONU, entre eles o Brasil.

Em nosso Estado, o Movimento Nacional ODS Nós Podemos

Santa Catarina, formado por um grupo de voluntários, está

mobilizando setores públicos, privados e sociedade civil para

alcançarem esses objetivos. Ao todo, são 105 signatários que

atuam em oito comitês do Movimento em Santa Catarina, nas

cidades de: Blumenau, Brusque, Chapecó, Criciúma, Grande

Florianópolis, Itajaí, Jaraguá do Sul e Joinville.

O encontro contou com um balanço das atividades

desenvolvidas pelo Movimento ao longo de 2016,

a apresentação das estratégias e ações para 2017.

Atualmente, mais de cem organizações participam do

Movimento em todo o Estado

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

29


ECONOMIA

Feira Multissetorial

Núcleos e Associados ACIBr

Multifair acontece em maio e deverá fortalecer a economia de Brusque e região

A Feira Multissetorial da

ACIBr terá a participação

de Núcleos e associados

que compõem o quadro

de sócios da entidade

Entre os dias 25 e 28 de maio, a Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr), junto com o Núcleo das Mulheres

Empresárias da entidade, realiza no Pavilhão da

Fenarreco, a Feira Multissetorial Núcleos e Associados

ACIBr – Multifair. O evento, destinado às empresas que

fazem parte dos Núcleos ou do quadro de associados da entidade,

tem como objetivo enfatizar a diversidade econômica de Brusque

e fortalecer os diversos setores da indústria, comércio e serviços,

a fim de movimentar e gerar negócios a todas as empresas

participantes.

“A Feira irá movimentar a economia de Brusque e também

fixar as marcas da nossa região, das cidades de Guabiruba e

Botuverá. Estarão expostos produtos e serviços dos mais variados

segmentos, do comércio, da indústria, o que também será muito

interessante para o consumidor que poderá verificar o que é

feito em nossa região e conhecer um pouco mais da força do

nosso empresariado”, ressalta o presidente da ACIBr, Halisson

Habitzreuter.

Fortalecimento dos setores

e produtos, e os Núcleos Setoriais da entidade.

“A Multifair também irá nos conectar com a sociedade,

pois será uma oportunidade de mostrarmos o que, enquanto

entidade, estamos fazendo, bem como os produtos e serviços que

as empresas associadas têm para oferecer. É um grande evento

e esperamos que todos possam participar e nos prestigiar”,

completou Habitzreuter.

A diretora de Núcleos e/ou Câmaras da ACIBr, Susymeri

Ogliari participou do lançamento da Multifair, no dia 9 de fevereiro,

que reuniu coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos

da ACIBr. Da mesma forma ela destacou o potencial da Feira em

promover a interação entre os próprios Núcleos e empresas que

os integram e que fazem parte da entidade. “Todos os setores da

economia em um mesmo lugar fará com que possamos conhecer

MULTIFAIR

Participe!

MULTIFAIR

FEIRA MULTISSETORIAL

NÚCLEOS E ASSOCIADOS

ACIBr

Além disso, a Feira tem como intuito incrementar vendas, FEIRA MULTISSETORIAL

NÚCLEOS E ASSOCIADOS

conectar novos clientes para Brusque e região, conhecer A programação da Multifair terá palestras com especialistas e

compradores potenciais de diferentes áreas, reforçar as relações ACIBr apresentação de cases de sucessos de empresas associadas à

comerciais com clientes atuais, gerar alianças estratégicas, entidade. Integrantes dos Núcleos da ACIBr ou associados da

entidade interessados em participar da Multifair, podem entrar

apresentar produtos e inovações, e posicionar as marcas, para

em contato com a ACIBr no: (47) 3351-1588. Andrade Eventos

prospectar e gerar grandes negócios. O evento contará com no (47) 3355 9520.

estandes de empresas dos mais variados setores, com seus serviços

30 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ECONOMIA

Programe-se

A Multifair acontece nos dias 25 a 28 de maio, no Pavilhão

da Fenarreco, em Brusque. A entrada é gratuita. Confira os

horários de funcionamento:

- 25 de maio, quinta-feira (abertura): das 18h30 às 22h

- 26 de maio, sexta-feira: das 14h às 22h

- 27 de maio, sábado: das 14h às 22h

- 25 de maio, domingo: das 13h às 19h

tudo o que a nossa variada economia possui. É um projeto que vai

dar certo, já que quem está envolvido no associativismo também

busca gerar negócios, fazer network, trocar ideias e crescer. E com

certeza esse evento vem ao encontro da proposta da entidade, de

propagar e gerar resultado para o município”, completa.

Para a coordenadora do Núcleo das Mulheres Empresárias

da ACIBr, Rosangela Andrade, as expectativas também são as

melhores para o evento, que deverá gerar importantes negócios

e fortalecer ainda mais as empresas e marcas que integram a

entidade. “A ACIBr acreditou no nosso Núcleo, que também é

multissetorial, e estamos juntas para fazer com que esse evento

aconteça. É um projeto novo, ousado, e queremos envolver todos

O lançamento do evento, no dia 9 de fevereiro, reuniu

coordenadores e vice-coordenadores dos 22 Núcleos da ACIBr

os associados, para que eles se conheçam também entre si. O

Núcleo das Mulheres acredita no potencial da Multifair, que irá

agregar valor de negócios com todos que irão participar dela.

Queremos fomentar a economia, mostrar o que as nossas empresas

têm de novidades para o mercado e esperamos a participação de

todos”, completou.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

31


ESTADUAL

Durante o encontro o presidente da ACIBr enalteceu a união das entidades na busca da celeridade das obras em rodovias tão

importantes para a região, como também o acompanhamento dos trâmites da Barragem de Botuverá

ACIBr marca presença em

reunião plenária da FACISC

Presidentes das Associações Empresariais do Vale do Itajaí discutiram assuntos relacionados

à duplicação de rodovias, Barragem de Botuverá e as reformas em evidência no país

AFederação das Associações Empresariais de Santa

Catarina - FACISC realizou na noite de 30 de março,

a reunião plenária no Vale do Itajaí. A Associação

Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú

- Acibalc, representada pelo presidente Augusto

München, pela conselheira Superior Ciça Muller e pelos VP's da

entidade foi a anfitriã do encontro. A reunião contou com a presença

do presidente da FACISC, Ernesto João Reck, pela vice-presidente

regional, Maria Izabel Pinheiro Sandri, pelos presidentes Halisson

Habitzreuter da Associação Empresarial de Brusque, Carlos

Tavares D'Amaral da Associação Empresarial de Blumenau,

Peter Volkmann da Associação Empresarial de Pomerode, por

representantes do Conselhos Estadual dos Jovens Empreendedores

- Cejesc, do Conselho Estadual da Mulher Empreendedora - Ceme

e por coordenadores de Núcleos da Acibalc.

As questões relacionadas à infraestrutura, no que diz respeito

às obras de modernização do Aeroporto de Navegantes, a ampliação

da bacia de evolução dos Portos de Itajaí e Navegantes, a reforma

da rodovia SC-412 denominada Jorge Lacerda, a duplicação

da BR-470 e as reformas no país, foram os assuntos discutidos

durante o encontro e que nortearão as ações das entidades nos

próximos meses. Os pleitos já foram levados aos deputados

representantes catarinenses em outras ocasiões, como durante o

Fórum Parlamentar Catarinense que aconteceu no dia 1º de agosto

de 2016, em Blumenau, e no dia 21 de agosto em São José, na

Grande Florianópolis. Nos dois momentos a FACISC promoveu

um encontro entre as classes política e empresarial, com o objetivo

de aproximá-los e cobrar celeridade.

Prioridade BR-470

A atenção se volta principalmente às obras de duplicação da

BR-470, que já foi pauta de diversas audiências públicas em que

as Associações do Vale solicitaram a intervenção de parlamentares

junto ao Governo Federal. Trechos importantes, como os entre as

cidades de Navegantes e Indaial, se dão a passos lentos na rodovia

que liga o oeste ao litoral do Estado de Santa Catarina. Passados

quase seis anos, as obras da duplicação avançam em apenas dois

dos quatro lotes contratados e diversas áreas às margens da rodovia

ainda aguardam desapropriação.

O movimento da classe empresarial não é de hoje. As

Associações do Vale do Itajaí e a FACISC iniciaram em março

de 2016 a campanha "Faça igual ao governo: vá devagar” e

“Imprudência mata. Incompetência também”. Encabeçada pela

Associação Empresarial de Rio do Sul, o mote foi criado para

despertar a atenção do Governo e dos usuários da BR. Em números,

mais de 500 pessoas perderam a vida desde que a promessa de

32 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ESTADUAL

Presidente da ACIBr,

Halisson Habitzreuter,

presidente FACISC,

Ernesto João Reck,

assessor jurpidico ACIBr,

Osmar Peron Jr e pela

vice-presidente regional

da FACISC, Maria Izabel

Pinheiro Sandri

agilizar a duplicação aconteceu em junho de 2010.

Reck enfatizou durante a reunião, a importância do

envolvimento de todos os presidentes no mesmo movimento por

meio de um discurso unificado, trabalhando estratégias de forma

conjunta e colaborativa na busca de resolução e atendimento dos

pleitos. Ele reafirmou o apoio da FACISC à causas tão nobres e

que impactam diretamente o desenvolvimento econômico. "Fico

muito feliz em saber que o discurso está alinhado. Esforços em

conjunto para problemas em comum. Precisamos nos reinventar

e cobrar daqueles em que depositamos o nosso voto de confiança,

para nos representar a nível estadual e federal", enfatizou.

Para o Presidente da Associação Empresarial de Pomerode,

Peter Volkmann, o que precisamos é pressionar a classe política

nacional de forma prática e objetiva. "Vivemos uma deficiência de

representatividade em nossa região. Representamos hoje 30% do

PIB catarinense e temos quatro representantes do poder público".

“Todas as associações empresariais têm em comum a questão

da infraestrutura regional, mais voltada principalmente às nossas

rodovias, os acessos. Nossa rodovia Antônio Heil, duplicação da

BR-470, melhorias na rodovia Jorge Lacerda. Nossas entidades

precisam estar unidas e pleitear de forma única essas obras, que

são tão necessárias”, reforça o presidente da ACIBr, Halisson

Habitzreuter.

Barragem de Botuverá

Um dos assuntos em pauta também foi a Barragem de

Botuverá, obra que concluída trará benefícios à região do Vale

do Itajaí, mais diretamente aos municípios de Brusque, Itajaí e

Balneário Camboriú. Na oportunidade o presidente da ACIBr,

fez considerações a respeito de todo processo. “Foi uma obra

muito comentada e terá apoio de toda nossa regional para que

seja concluída o quanto antes. Vamos continuar acompanhando e

fiscalizando”, ressaltou Habitzreuter.

A próxima plenária da regional da Facisc será realizada entre

Nossas entidades precisam estar unidas e

pleitear de forma única essas obras, que são

tão necessárias

Halisson Habitzreuter, presidente ACIBr

os meses de junho e julho, na sede da Associação Empresarial de

Brusque.

Startup Cejesc

Também durante a plenária, os Conselhos dos Jovens

Empreendedores e da Mulher Empreendodora compartilharam

programas e projetos em desenvolvimento. O Conselho Estadual

dos Jovens Empreendedores, na ocasião, apresentou o Startup

Cejesc.

A iniciativa dos jovens empreendedores do Estado foi

apresentada em fevereiro durante a Assembleia Geral Ordinária

- AGO na cidade de Taió. Um dos objetivos do Programa de

Empreendedorismo e Inovação é desenvolver negócios com

potencial inovador e acelerá-los por meio da rede de associativismo

catarinense.

Os benefícios segundo o VP Eduardo Pedrini são inúmeros.

Integrar empresários e executivos em prol da imersão no contexto de

Lean Startup, podendo estes abordar e desenvolver frentes em suas

organizações orientadas nos moldes do empreendedorismo startup.

Interação com grupos, exercendo o aprendizado dos conceitos por

meio da interação com pré-startups. Painel Interativo Corporativo

para compartilhar o ciclo de aprendizado. Fomento Empreendedor

Colaborativo, com visão geral a ciclos de investimento em startup.

Desenvolvimento de um modelo de inovação aberta para empresa,

assim, organizando desafios internos e de inovação.

Geração Empreendedora

Já o Conselho Estadual da Mulher Empreendedora, destacou

o projeto Geração Empreendedora que visa despertar, estimular

e orientar o desenvolvimento do espírito empreendedor e da

cultura associativista nos estudantes de ensino médio, criando

uma geração consciente, pró-ativa e capacitada para transformar o

cenário socioeconômico.

O programa envolve principalmente dois públicos distintos:

empresários e alunos do ensino médio. O objetivo é aproximar

ambos para que os alunos possam vivenciar e conhecer mais sobre

empreendedorismo na prática.

Ainda em fase de implantação o projeto ocorrerá nas 12

regionais que possuem Núcleos das Mulheres Empresárias e

contará com o apoio destes para a sua realização, cabendo às

nucleadas a aplicação do projeto em suas cidades.

Texto: Assessoria de Comunicação Acibalc

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

33


COMÉRCIO ELETRÔNICO

E-commerce:

um novo negócio

O comércio eletrônico já é uma realidade no Brasil, onde 150 mil empresas atuam.

O importante é ter a percepção que ele pode ser um novo negócio para sua empresa

Na avaliação de Nicolas

Tamanini Marchewsky, o

grande desafio de uma

empresa que já está

estabelecida ao implantar seu

e-commerce, é cultural

Oe-commerce, comércio eletrônico através de

plataformas digitais, têm tido motivos para comemorar.

Segundo dados do Webshoppers, estudo de maior

credibilidade sobre o comércio virtual brasileiro

realizado pela Ebit, o e-commerce faturou R$44,4

bilhões em 2016 no Brasil, atingindo um crescimento nominal de

7,4%. O estudo também apontou que 48 milhões de consumidores

compraram no comércio eletrônico pelo menos uma vez no ano,

registrando alta de 22% ante 2015. Com números tão interessantes,

levando em consideração que passamos por uma das maiores

crises econômicas e políticas do país, há motivos para comemorar,

e a Ebit prevê que o e-commerce deverá crescer 12% neste ano de

2017, com quase R$50 bilhões em faturamento.

Os números são atrativos principalmente para as empresas que

têm interesse de entrar no comércio digital. Porém, há um caminho

a se percorrer, e o primeiro passo é entender que o e-commerce

será um novo negócio dentro da sua empresa.

Segundo o sócio e gestor de negócios da Híbrido, empresa

que atua na concepção de projetos de e-commerce, professor de

pós na Universidade Católica de Santa Catarina e de E-commerce

na MB Treinamentos, Nicolas Tamanini Marchewsky, o grande

desafio de uma empresa que já está estabelecida ao implantar

seu e-commerce, é cultural. “É necessário enxergar esse negócio

como algo novo dentro da empresa, tem grandes desafios políticos

internos, de comissões, representantes, relacionamentos com

gerentes de lojas, entre outros. O grande desafio é entender que

isso é mais um negócio, tem que ser investido tal como, não é

um negócio que é grátis ou com custo baixo. Tem todo um tempo

de maturação, no mínimo de 18 a 24 meses, logo, não é do dia

para noite que gira e acontece, tem que haver um trabalho, um

acompanhamento”, enfatiza.

Hoje existe no comércio eletrônico do Brasil cerca de 150 mil

lojas, mas não é um negócio simples. “É lógico que é um cenário

melhor, que não precisa ter tanta gente trabalhando no início, mas

tem todo um investimento em marketing, em tecnologia e assim

por diante”, ressalta Marchewsky.

Perfil dos consumidores

O perfil do cliente de e-commerce é diferente dos que compram

na loja física. Quando falamos de cliente no comércio eletrônico,

estamos nos referindo a 40 milhões de compradores só no Brasil.

“Uma loja no bairro, no Centro da cidade, o perfil do público é

aquele que está ali perto. Na internet você vai poder atingir muito

mais pessoas, lógico que o desafio é maior, é preciso saber como se

comunicar para atender o nicho específico”, ressalta Marchewsky.

Além disso, o consumidor on line é muito mais exigente, tem

34 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


COMÉRCIO ELETRÔNICO

mais ferramentas à mão, muito mais tecnologia, que pode usar

para barganhar e comprar. E, se não for muito bem atendido, ele

pode facilmente acabar com a imagem de uma empresa. “Então

com certeza muda o perfil, especialmente o perfil de engajamento

que eles têm com a marca, que pode ser positivo ou negativo, e as

ferramentas que ele têm à mão para decidir a compra”, explica o

professor.

Hoje há grandes empresas de comércio eletrônico, que estão

entre os maiores faturamentos do Brasil quando falamos em

varejo, como a Dafiti, a Netshoes, a própria B2W formada pela

Americanas.com, Submarino, Shoptime, Sou Barato e Submarino

Finance. Essas empresas, segundo Marchewsky, querem se

consolidar no mercado. Trazendo para nossa região, há empresas

que têm alcançado importantes resultados. Algumas começaram

pequenas, como a Rope Store, que estão emergindo e crescendo

muito. No que se refere a indústrias na região, o professor cita

algumas como a Karsten, Trussardi, Korova, e a brusquense

Fischer, que estão atuando de maneira correta, e colhendo bons

frutos de suas lojas virtuais.

Passo a passo

O primeiro passo para ter um e-commerce é entender o modelo

do negócio em que a empresa pretende atuar: varejo ou atacado.

“Além disso, o que ela precisa ter de funções, de ferramentas, se

vai necessitar de representante dentro da plataforma, se terá que

trabalhar apenas no varejo. Em seguida, é preciso procurar uma

empresa que faça o desenvolvimento da loja virtual. Desse tipo

de empresa tem inúmeras. Uma dica é analisar quem está tempo

no mercado, qual tipo de cliente que essa empresa já atende, os

diferenciais da plataforma, e se atende o que é preciso quando

falamos de ferramentas”, comenta Marchewsky.

Existem ferramentas gratuitas ou de baixo custo, de R$ 100,

R$ 200 mensais, até ferramentas de R$ 100 mil, R$ 1 milhão.

Logo, o que se levará em conta é o modelo do negócio e momento

que a empresa vive. “Às vezes um empreendedor sozinho não tem

tanto a investir, mas uma empresa maior, que precisa integrar o

e-commerce com seu sistema de gestão, deixar tudo acontecendo

de uma maneira mais prática, precisa de uma ferramenta mais

robusta para o processo ser mais ágil. Então tem que buscar

mesmo profissionais especializados para ajudar em todo esse

processo, e ter também alguém dentro da própria empresa para

chamar o e-commerce de filho. Um gestor, um coordenador, que

terá que estar no dia a dia lutando pelo e-commerce, buscando

novos produtos, mídia, atendendo clientes. Depois essa pessoa vai

tendo mais pedidos, mais clientes e começa a criar uma equipe”,

afirma o professor.

O grande desafio é entender que isso é mais um

negócio, tem que ser investido tal como, não é

um negócio que é grátis ou com custo baixo

Logística

Nicolas Tamanini Marchewsky

Mas não basta apenas ter uma loja virtual, um bom controle

de estoque e produtos atrativos se a entrega não funcionar. É

preciso, na opinião de Marchewsky, ter uma boa logística interna

de produto. Uma boa coordenação e ordenação dos produtos no

centro de distribuição. “O teu estoque é primordial, então precisa

estar sempre correto. Processos internos bem agilizados, para isso

a tecnologia ajuda muito. E parceiros de transporte de qualidade.

Hoje os Correios fazem praticamente 85% das entregas, mas tem

várias entregadoras surgindo que também prezam por um serviço

de qualidade”, frisa.

A logística começa primeiro internamente: acelerar o processo

de atendimento, para o pedido e o produto saírem logo do CD, e

seguirem para a entrega.

Marketing

Outra questão muito importante é o marketing. Não basta

apenas colocar a loja no ar e imaginar que as vendas acontecerão

como num passe de mágica. “Em média 13.1% do faturamento

é reinvestido em marketing, ou seja, é muito diferente da

comunicação off line que estamos acostumados, que investe de

dois a três por cento. Tem-se talvez investimentos menores no

começo para implantar o e-commerce, talvez de 10% a 15% do

que custaria uma loja física com móveis e outros componentes,

menos pessoas trabalhando, porém, o investimento em marketing

é muito maior. E realmente tem que ser, pois são mais de 150 mil

lojas no Brasil. Então para ficar conhecido, para trazer pessoas até

o seu negócio, não é um desafio fácil”, reforça o professor.

Fato é que o e-commerce não é um negócio tão simples

assim, e deve ser encarado como uma nova oportunidade para as

empresas que pensam em investir nesse mercado. O importante é

pensar em todos os passos necessários, contar com profissionais

especializados e fazer o devido acompanhamento e investimentos

para alcançar bom resultados e atingir clientes no mundo inteiro.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

35


ACESSO

Protesto Expresso

Ferramenta

disponibilizada

pela ACIBr agiliza

recuperação de

crédito

O

protesto é um ato formal pelo qual se comprova a

inadimplência e o descumprimento de uma obrigação

originada em títulos e outros documentos de dívida.

Todas as dívidas vencidas e não pagas que tenham

amparo legal de documentos podem ser protestadas

atendendo a especificidade de cada transação. A ACIBr mantém

convênio com a FACISC/IEPTB-SC para o Protesto Expresso.

De acordo com o administrador e coordenador comercial

do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção

de Santa Catarina (IEPTB/SC), Sérgio Acy Kollet, o protesto é

a divulgação de uma dívida feita em cartório. Após o pedido, o

cartório faz uma intimação ao devedor, que tem três dias úteis para

quitar a dívida. “Se o pagamento não for efetuado dentro desse prazo,

o título será protestado e aparecerá no Serasa, Boa Vista e SPC Brasil

durante cinco anos. No cartório, o devedor ficará negativado até a

dívida ser paga”, explica Kollet.

A ACIBr passou a oferecer em março deste ano o serviço de

Protesto Expresso, em parceria com a Federação das Associações

Empresariais de Santa Catarina (Facisc) e com o IEPTB/SC. O

principal objetivo da ferramenta é a blindagem do mercado frente aos

grandes índices de inadimplência existentes.

Como

funciona

O associado irá receber um login

e senha para encaminhar os títulos

a protesto, tudo de forma online e

sem burocracia. Sem precisar se

deslocar da empresa, o único

custo é o de R$ 5,00 por título

apontado no sistema.

Saiba mais

Quer obter mais informações

sobre o Protesto Expresso contate

o e-mail comercial@acibr.org.br

ou ligue para (47) 3351-1588.

Kollet frisa que o serviço proporciona economia e velocidade

na cobrança de títulos e documentos de dívidas vencidas. “Os

benefícios são a rapidez do processo, economia para as empresas

que não precisam pagar as custas e emolumentos de cartório, pois

ficam por conta do devedor, e a vantagem é a facilidade. Não precisa

ir ao cartório, o processo é todo online”, ressalta. Os títulos são

apresentados via web com custo de inserção de R$ 5,00 por título.

O diretor executivo da ACIBr, Candido Horácio Godoy, destaca

que a entidade busca constantemente disponibilizar novos serviços

aos associados para facilitar o dia a dia das empresas. “O Protesto

Expresso é oferecido com suporte completo da ACIBr e IEPTB/SC”,

frisa.

Os benefícios são a rapidez do processo,

economia para as empresas, e a facilidade, já

que o processo é todo online.

Sérgio Acy Kollet

36 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


EMPRESA DESTAQUE

Mergulhar na nova vida

Setrat Piscinas e a história inspiradora de seus proprietários

A Setrat Piscinas é

fruto do trabalho e do

empenho deste casal:

Cristiane e Sedenir

Bonacina

Avida do empresário Sedenir José Bonacina é uma destas

histórias que merecem ser contadas. Durante quatro anos

ele cursou Tecnologia em Processos Industriais, das

18h30 às 21h30. Era preciso deixar a academia um pouco

antes do horário, porque às 22h iniciava o expediente em

uma indústria da cidade, que se estendia até as 5h. Em casa, Sedenir

costumava dormir até o meio-dia. Acordava, almoçava e ia limpar

piscina para ter uma renda extra.

“Em 2007 eu deixei o trabalho na indústria e fui me

fortalecendo no ramo de piscinas. Tinha 154 clientes efetivos,

para os quais prestava serviço de assistência. Nesta época a

Setrat passou a ter cinco funcionários e uma recepcionista. Nossa

prestação de serviço era de limpar piscina duas vezes por semana,

o ano inteiro. Eu era responsável pela manutenção e toda a parte

técnica”, conta Sedenir.

Mas, no ano seguinte, a empresa quebrou. Limpar piscina era

trabalhoso e, o retorno financeiro, pouco expressivo. Sedenir, então,

repassou seus clientes para dois funcionários e voltou para a carteira

assinada, ainda no ramo de piscinas, mas no município de Itajaí.

Novamente a lida se tornou puxada: saía de Brusque às 6h, quase

nunca cumpria o intervalo de almoço de 1h30min na tentativa de

adiantar as assistências programadas e, ainda assim, chegava em casa

pelas 20h30, 21h. Foi assim até 2011.

“Eu não aguentava mais, estava sem perspectivas. Disse aos

donos que queria ir para frente. Não esperava aumento de salário,

mas queria ser vendedor, trabalhar na loja, estar mais bem vestido. A

empresa não me deu oportunidade. Pedi a conta e pensei em comprar

uma caminhonete e continuar a assistência técnica em Itajaí. Mas,

conversando com a minha esposa, decidimos abrir novamente a

Setrat”, recorda Sedenir.

Cristiane Costa Bonacina nunca deixou de acreditar no marido.

Tinha consciência do quanto ele entendia de piscinas: sabia vender,

sabia trabalhar, era bom no que fazia. E as economias da família, que

serviriam para construir a casa própria, foram investidas na empresa.

“Reativamos o CNPJ e mudamos a Razão Social, de manutenção

para comércio. A nova Setrat estava localizada na rótula do Steffen e o

começo foi difícil. Eu trabalhava em outra empresa no setor financeiro

e, algumas vezes, precisamos pagar nossos funcionários com o meu

salário. A gente só tinha dinheiro para abrir a loja e quando se começa

é assim: não tem crédito e nem boleto. Tudo precisa ser pago a vista.

Foi difícil”, afirma Cristiane.

Como a Setrat foi reativada em novembro, até o mês de março

do ano seguinte foram registradas vendas. Depois, com a chegada

do outono e inverno, o setor entrou em recessão. “Foi um período

complicado até a entrada do verão. Depois aprendemos uma política

diferente, para manter clientes efetivos o ano inteiro. A estratégia

foi ampliar o mix de produtos com banheiras, spas, assessoria,

aquecimento residencial e assistência técnica”, destaca Sedenir.

Cristiane, que ajudava o marido aos sábados, também deixou a

carteira assinada para se dedicar à empresa da família.

Ampliação e mudanças

A Setrat fundou em 2013 uma filial da empresa em Guabiruba,

depois de um ano de estudo de viabilidade. Muitos clientes vinham

do município vizinho e, em apenas um ano, o crescimento foi de

quase duas mil pessoas na cidade. Mas, na prática, os moradores de

Guabiruba continuavam fazendo suas compras na Setrat de Brusque

e, por essa razão, em fevereiro de 2016 a empresa encerrou suas

atividades no local.

Em contraponto, em outubro de 2015 a Setrat mudou de

endereço em Brusque, agora instalada na rotula de acesso à Rodovia

Ivo Silveira. No local o showroom foi ampliado e, com o fechamento

em Guabiruba, as duas empresas se tornaram uma, com estrutura

melhorada.

“Hoje a meta é estabilizar o crescimento e manter a excelência

no atendimento, assistência técnica e pós-venda. A nossa empresa

cresceu rápido, mais de 25% ao ano e não conseguimos acompanhar

isso em termos de estrutura, funcionários, treinamentos, loja, caixa...

Nossa meta agora é se reestruturar e se manter forte no mercado.

Quando conseguirmos alcançar esse objetivo, nenhuma crise nos

derruba”, enfatiza Sedenir, que em 2017 comemora 10 anos desta

história de luta, trabalho e muita inspiração.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

37


TECNOLOGIA

Hiper: a Startup que cresceu

85% no ano passado

Três jovens empreendedores brusquenses almejam a liderança no mercado nacional

Com o advento da tecnologia, a gestão empresarial, outrora

traduzida em livros, se transformou em informação digital.

Os softwares se tornaram ferramentas indispensáveis

para todos os tipos de negócio e, diante de uma demanda

crescente e de um consumo quase em massa, restou à

padronização. O final da década de 1990 foi marcado por estes

programas mais “quadradões”, engessados, difíceis de entender e de

operar. Enquanto se dava valor aos adicionais e penduricalhos pouco

acessados, não se levava em consideração a experiência de uso.

“E nós enxergamos uma oportunidade de mudar isso. Criamos

a Hiper para mudar a forma como o micro e pequeno empresário

de varejo administra seu negócio, através de um produto simples,

que fala a linguagem do pequeno empresário, fácil de comprar, de

aprender e de usar”, explica o empresário Thiago Vailati, que ao lado

dos amigos Marcos Fischer e Marinho Silva Jr, fundou a Hiper em

Brusque, no ano de 2012.

Os três jovens empreendedores se conheceram no trabalho para

uma grande rede varejsta de Brusque. Lá, eles eram responsáveis

pelo desenvolvimento do sistema de gestão de todos os processos da

empresa. “Isso nos permitiu ganhar um profundo conhecimento de

como este mercado funcionava. Dessa forma, vivíamos na pele o que

o nosso público de hoje precisa e isso fez toda a diferença na hora

que decidimos empreender e desenvolver um produto para alcançar o

mercado nacional”, conta Thiago.

Segundo ele, desde o primeiro dia de vida da Hiper, o

foco sempre esteve na consolidação de uma grande empresa,

com expressividade nacional. O objetivo também se tornou o

principal desafio, por transitar em um mercado pulverizado, com

Saiba mais

Startups são empresas ou, muitas vezes, simples grupos

de pessoas trabalhando juntas sem estarem formalmente

constituídos como empresas, que estão atuando num ambiente de

muitas incertezas relacionadas ao produto, mercado-alvo, modelo

de negócio ou escalabilidade. Uma startup busca desenvolver um

modelo de negócio escalável, ou seja, que possa ser replicável para

um número muito grande de clientes e de forma acelerada.

Normalmente, startups conseguem fazer coisas disruptivas em

mercados consolidados, simplesmente por serem mais leves

e mais rápidas que grandes corporações. “Vemos com grande

frequência startups fazendo empresas de longa data e ótima

saúde financeira terem que sair da zona de conforto para não

perder mercado. Não basta apenas competir pelo produto mais

completo, os clientes buscam pela melhor experiência, querem

trabalhar com empresas com as quais se identificam. Estamos

numa era onde não é o maior que vence e, sim, o mais rápido”,

afirma Thiago.

Os empreendedores da Hiper:Marinho Silva Jr,

Tiago Vailati e Marcos Fischer

concorrentes na região e em todo o Brasil. “Em contrapartida não

há um líder hoje no mercado de software para a base da pirâmide

de varejo, onde estão as micro e pequenas empresas. Entendemos

que era uma grande oportunidade e encaramos o desafio. Costumo

dizer que não há ninguém sentado na cadeira do líder deste nicho

de mercado. Nosso sonho grande é ocupar a cadeira do líder”,

enfatiza o jovem empresário.

Novos conhecimentos

Desde a fundação da empresa, os três sócios sentiram a

necessidade de buscar mais conhecimento. Participaram de diversos

eventos, cursos e workshops, tanto em Santa Catarina, quanto em

demais Estados e também no exterior.

“Em 2014 entramos para o programa StartupSC, idealizado pelo

Sebrae-SC, que desempenha um papel muito nobre no ecossistema

empreendedor do nosso Estado. O foco do StartupSC é oferecer,

gratuitamente, capacitação para empreendedores de startups do

nosso Estado, contando com um time qualificado de mentores e uma

programação de workshops sobre temas voltados à estratégia de

entrada no mercado, marketing digital, desenvolvimento de produtos,

captação de investimento e vendas”, lembra Thiago.

Outro momento importante na história da empresa foi no final

de 2014, quando os fundadores receberam o investimento de uma

aceleradora de startups de São Paulo, chamada Ace (na época chamavase

Aceleratech), eleita a melhor aceleradora da América Latina. Com o

38 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


TECNOLOGIA

investimento, eles passaram a contar com uma rede de mentores para

apoiar em assuntos-chave do negócio como marketing, vendas e produto.

“Em 2016, fomos selecionados pela Endeavor, a maior organização

global de apoio a empreendedores, para fazermos parte do programa

Promessas, hoje chamado de ScaleUp, cujo objetivo é capacitar

empreendedores para que se tornem grandes exemplos no Brasil e no

mundo, através de mentorias de altíssimo nível com empreendedores

da rede Endeavor e troca de experiências com empresas em estágios

parecidos. Estes momentos foram transformadores para o negócio e

para nós como empreendedores”, avalia Thiago.

Os jovens ainda costumam acompanhar os acontecimentos

mundiais. Por isso já participaram de duas capacitações no Vale do

Silício, na Califórnia (EUA). Estiveram também em Nova Iorque

(EUA) para participar do NRF Big Show, a maior conferência global

de tendências e tecnologias para varejo, e uma vez em Londres

(UK) durante uma capacitação oferecida pelo Consulado Britânico

e o Ministério de Ciência e Tecnologia do Brasil, para o qual foram

selecionados em nível nacional. Durante a primeira semana de fevereiro

deste ano eles também participaram de uma conferência que abordou

as tendências de Software como Serviço novamente no Vale do Silício.

Perspectivas

Apenas no ano passado a Hiper alcançou a marca de 85% de

crescimento em relação a 2015 e em plena estagnação econômica.

Para este ano a meta também é desafiadora: crescer 90%.

Segundo Thiago, a valorização pessoal dos 80 colaboradores da

empresa cria uma sinergia na qual é possível que todos compartilhem

do mesmo sonho. Para ele, as novas gerações não se interessam em

trabalhar onde não se tem um propósito.

“É comum ver nas empresas três quadrinhos nas paredes

com frases românticas e extensas sobre a missão, visão e valores.

Propósito vai muito além do velho trio ‘missão, visão e valores’.

Missão e visão precisam ser simples de entender e tem que estar

gravadas na mente das pessoas e os valores nas suas atitudes.

Isso acaba criando uma espécie de personalidade para a empresa

e traz resultados. Hoje, somos em 80 pessoas no time da Hiper

e uma grande parte veio de outros Estados para se juntar a nós.

Isso acontece por causa do propósito. Estamos provando que

é possível fazer um negócio de grande impacto sem estar nas

capitais”, destaca.

ARTIGO

Comunicação

Bárbara S. Sabino - IFSC - Câmpus Gaspar

Francisco J. Sabino - Sabino Comunicação

A propaganda impacta na economia

Você já parou para pensar nisso? Sim, a propaganda impacta

na economia, porque auxilia as empresas a atingirem a principal

função do marketing, que é a troca, ou seja, vender. O aumento da

demanda gera crescimento e com isso há necessidade de aquisições de

máquinas e equipamentos, novas contratações (emprego) e assim, vai!

O ano de 2017 está só começando e nos próximos meses

haverá uma injeção no mercado brasileiro de, pelo menos, R$

30 bilhões via saques de contas inativas do FGTS.Este dinheiro

poderá ser aplicado em diversas formas de investimento (poupança

ou no mercado de capitais, por exemplo) ou parar no mercado de

bens de consumo e serviços. Isso vai depender, principalmente,

de como o comércio e a indústria irão se comportar em termos

de divulgação (propaganda) de seus produtos e serviços para

estimular o consumo.

O governo já deu sua mãozinha, mas as empresas precisam agir!

Agora, mais do que nunca é essencial adotar ações mercadológicas em

termos de comunicação com o seu público-alvo. É preciso considerar

que a concorrência é acirrada, e os clientes estão diante de um

crescente leque de opções diversas e abrangentes, consequentemente,

as preferências dos mercados mudam rapidamente de tempos em

tempos. E buscando a ampliação da integração da empresa com o

seu mercado-alvo, cada organização deve institucionalizar a inserção

de investimentos contínuos e planejados em marketing promocional

(comunicação / divulgação).

Isto fortalecerá, automaticamente, a área de vendas e

possibilitará substancial crescimento do faturamento. Mas para estes

resultados serem, realmente, efetivos é preciso que se tenham amplos

conhecimentos do mercado consumidor, do mercado publicitário e

da utilização de cada uma das ferramentas do composto promocional

de marketing, observando formas eficazes de comunicação com o

público-alvo da empresa, ou seja, cada caso é um caso. E para tal, é

preciso reconhecer a necessidade de apoio profissional de empresa

especializada em comunicação e marketing. Pois, adianta a empresa

ter um produto de qualidade superior ou realizar uma super promoção

se ninguém ficar sabendo? Não! Então, é preciso agir, mas de forma

profissional.

Em 2016, apesar da turbulência política e econômica, o mercado

publicitário brasileiro movimentou, aproximadamente, R$ 130

bilhões. Na média manteve-se no patamar de 2015, com alguns

crescimentos, como em mídia externa (17%) e Internet (6,6%).

A empresa de pesquisa Katar IBOPE Media, identificou como as

mídias que receberam maior investimento, como sendo: TV (aberta e

fechada), jornais, TV Merchandising, rádio, revista, Internet (display

e OOH) e cinema.

Enfim, agora é a hora de estruturar a empresa, se preparar

em termos de divulgação de seus produtos e serviços (marketing

promocional), pois as perspectivas para 2017 são positivas, as opções

são inúmeras para os consumidores se os concorrentes são agressivos

na sedução dos mesmos. Não basta ter um produto bom, é preciso ir

além em termos de marketing promocional.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

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ABERTURA DE EMPRESAS

Mais eficiência na

abertura de empresas

Associação

Empresarial de

Brusque (ACIBr),

através de seu

Núcleo de Empresas

Contábeis, cobra

da prefeitura mais

agilidade nos

processos

Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr cobra mais eficiência na abertura de empresas e emissão de guias

Foi realizada na tarde do dia 7 de março, na prefeitura de

Brusque, um encontro entre o presidente da Associação

Empresarial de Brusque (ACIBr), Halisson Habitzreuter e o

coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da entidade,

André Klabunde, com o prefeito Jonas Oscar Paegle. Também

participaram da reunião outros empresários vinculados ao Núcleo da

ACIBr, o vice-prefeito, Ari Vequi, o secretário de Desenvolvimento

Econômico, João Beuting, o então procurador geral do Município,

Mário Wilson da Cruz Mesquita, o diretor geral de TI, Willian Molina

e o vereador Deivis Silva.

O objetivo do encontro era reforçar o conteúdo de dois ofícios

entregues à municipalidade em 2016, com uma série de sugestões para

melhorar o atendimento e a prestação do serviço público. “Conversamos

sobre assuntos que não são novos. Reiteramos os pleitos cobrados na

gestão anterior e ficamos contentes com a receptividade. O prefeito, seu

vice e demais secretários entenderam a necessidade da implementação

tecnológica para melhorar os processos, principalmente na abertura de

empresas e na emissão de guias, impostos, multas, entre outros”, afirma

o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter.

Já o coordenador do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr,

André Klabunde, explica que a principal reclamação do empresário

está relacionada à morosidade para abrir sua empresa. “Para

exemplificar, estou com um protocolo de abertura de empresa há

40 dias sem nenhuma informação. E ainda se trata de um Micro

Empreendedor Individual. Por isso nós criamos estes dois ofícios com

algumas proposições, para que estes gargalos sejam resolvidos ou, de

alguma forma, atenuados”, ressalta Klabunde.

Para o membro do Núcleo de Empresas Contábeis da ACIBr,

Beno Alcides Buttchevits, há muitas possibilidades de agilizar o

processo, através do uso adequado do sistema, da emissão de guias

pela internet e do cruzamento de dados. “Posso dar outro exemplo.

Em novembro do ano passado solicitamos a abertura de uma empresa

e a vistoria da Vigilância Sanitária. No dia 15 de fevereiro a prefeitura

foi até lá fechar a empresa, por falta de alvará sanitário. Mas a vistoria

ainda nem havia sido feita. A impressão que se tem é que a Vigilância

Sanitária, a Fundema, o setor de Tributação e o IBPLAN (Instituto

Brusquense de Planejamento) são peças diferentes. Mas tudo isso é

a prefeitura e os trabalhos, infelizmente, não estão alinhados”, avalia.

Beno também falou sobre a abertura de empresas no Estado de

São Paulo. “Lá, dependendo do ramo de atividade, quando se faz a

abertura da empresa, já se cria a inscrição e libera a emissão de nota

fiscal. Os alvarás são um processo à parte e as vistorias acontecem nos

dias seguintes. Isso gera emprego e pagamento de impostos e estas

são questões que precisamos evoluir em Brusque”, enfatiza.

Praça do Empreendedor

O procurador geral do Município, Mário Wilson da Cruz

Mesquita, explanou sobre a Praça do Empreendedor, citando o

exemplo de Blumenau. No município vizinho a estrutura funciona

dentro de um shopping e reúne todos os órgãos responsáveis pela

abertura de empresas.

Em contraponto, o presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter,

falou sobre a atuação da Junta Comercial, que mantém seu escritório

modelo em funcionamento anexo à entidade. Lá existe um colaborador

cedido pela prefeitura de Brusque, um segundo colaborador, cedido

pela prefeitura de Guabiruba e mais dois funcionários mantidos pela

ACIBr, que custeia também as despesas de estrutura e de treinamento.

“A Junta Comercial de Brusque atende os municípios de

Guabiruba, Botuverá, Nova Trento, São João Batista, Gaspar, Itajaí,

Balneário Camboriú e Itapema. Esta procura acontece por causa da

eficiência. Mas os gargalos são sempre os mesmos e estão relacionados

com a prefeitura. Não adianta colocar todos os setores em uma única

sala se não for possível resolver as questões burocráticas e os problemas

de comunicação. A Praça do Empreendedor é só um detalhe e envolve

custos. É claro que nós queremos colaborar, mas também exigimos a

coordenação do sistema porque acreditamos que a iniciativa privada,

aliada a expertise da Junta Comercial, pode trazer mais eficiência ao

setor. Agora, se for possível melhorar a questão da comunicação dos

setores aqui dentro da prefeitura, não é necessário fundar a Praça do

Empreendedor, pois o assunto já estará resolvido”, observa Habitzreuter.

40 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


CIDADANIA

Programa “Observador Mirim”

vai atender duas mil crianças

Desenvolvido pelo Observatório Social, projeto estimula o civismo e a cidadania

Programa “Observador

Mirim” vai atender

cerca de duas mil

crianças em Brusque,

Guabiruba e Botuverá

Já está previsto para iniciar ainda no primeiro semestre de 2017, o

programa “Observador Mirim”, desenvolvido pelo Observatório

Social de Brusque (OSBr) e destinado para duas mil crianças

regularmente matriculadas na quarta série das escolas públicas e

particulares de Brusque, Guabiruba e Botuverá. A proposta já passou

por um trabalho piloto no ano passado e atendeu cerca de 800 estudantes.

“O objetivo é estimular o civismo e a cidadania. Que as

crianças entendam como funcionam os poderes da República. O que

faz o presidente, os juízes, os deputados... Quem é o Executivo, o

Legislativo e o Judiciário. O que faz um promotor público, entre outros

conhecimentos. Tudo isso é apresentado de forma lúdica, através de

brincadeiras e historinhas”, conta o diretor do OSBr, Evandro Gevard.

Em cada escola serão realizados três encontros, com a duração

de 1h30 cada. Todas as crianças recebem um caderno ilustrado

pelo cartunista Aldo, com patrocínio da Receita Federal e Unimed.

Elas também ganham uma lupa, que remete ao mascote do projeto:

o Lupinha. Além da leitura e explicação desta apostila cheia de

desenhos, o projeto conta com um teatro sobre orçamento público e

brincadeiras como o “passa e repassa”, para que as crianças possam

fixar ainda mais o aprendizado recebido.

“O programa foi inspirado em projetos como o Proerd, da

Polícia Militar e o Bombeiro Mirim. Buscamos a parceria com as

escolas porque sentimos um grande desconhecimento da população,

sobretudo com relação ao pagamento de tributos. Muitas pessoas

acham que não pagam impostos porque ganham pouco. Mas, quanto

menos se ganha, mais se paga tributos no Brasil, porque a maior carga

tributária incide em produtos de consumo, como roupas, alimentos,

equipamentos eletrônicos, entre outros”, detalha Gevaerd.

Para o diretor executivo do OSBr, quanto mais consciência o

cidadão tem de que ele financia todo o sistema público, mais criterioso

ele fica na hora do voto. “Ele também passa a exigir do gestor público

competência na aplicação do dinheiro. Cobra para que os cargos

públicos não sejam ocupados por pessoas desqualificadas, mas com

formação técnica e experiência profissional”, ressalta.

Nova geração

Hoje, todas as apostas do Observatório Social de Brusque

estão depositadas nestes pequenos cidadãos, através do poder

transformador da educação. Gevaerd acredita que as novas gerações

possam estar mais sensibilizadas com a política em todas as suas

esferas e demonstrar uma atitude mais proativa, sobretudo diante do

acomodamento das gerações mais velhas. “Hoje as pessoas tomam

conhecimento de tudo que está errado, ficam indignadas, mas não

tomam nenhum tipo de atitude. E eu espero que esta nova geração

cresça mais consciente do seu papel”, salienta o diretor do OSBr.

Noções de civismo e cidadania são

apresentadas de forma lúdica e divertida

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

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SEGURANÇA

Polícia Militar

recebe novo efetivo

Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr)

trabalhou ativamente em

prol desta conquista

Para o presidente

da ACIBr, Halisson

Habitzreuter, não

há desenvolvimento

econômico onde não

há segurança pública

No dia 9 de março, na sede do 18º Batalhão de Polícia

Militar de Brusque, foi realizada a apresentação oficial

dos 16 novos policiais militares que vão iniciar o

trabalho no município. A Associação Empresarial de

Brusque (ACBIr), através de seu presidente, Halisson

Habitzreuter, participou do evento e demonstrou alegria por

contribuir decisivamente para esta conquista, ao lado de outras

entidades empresariais e do poder público.

“Estamos felizes por recepcionar os novos policiais, já que esta

vinda demandou muito serviço para a ACIBr e todas as entidades

envolvidas, bem como o poder público de Brusque, Guabiruba e

Botuverá. Com tantas pessoas trabalhando juntas foi possível receber

este reforço de efetivo. Estamos contentes porque acreditamos que

a segurança é importante para o desenvolvimento das nossas três

cidades e é também um anseio da população como um todo. Nós,

além de empresários, somos cidadãos e queremos um município

mais seguro”, afirma Habitzreuter

Parceria CDL

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque é parceria da

ACIBr na luta de uma condição melhor para a segurança pública

no município e na região. Por isso, foi com sentimento de gratidão

que o presidente da CDL, Michel Belli, participou da solenidade de

apresentação dos 16 novos policiais militares que vão compor o 18º

Batalhão de PM de Brusque.

“É um motivo de honra porque acompanhamos de perto esta luta.

A CDL, como as demais entidades empresariais e o poder público,

esteve diversas vezes em Florianópolis e Blumenau, conversando com

as respectivas autoridades. Sabemos as dificuldades que enfrentamos

e receber estes novos policiais é motivo de orgulho, porque fizemos

parte desta reivindicação”, explica o presidente da CDL Brusque,

Michel Belli.

Gratidão e apoio

Para o comandante da PM em Brusque, Tenente-Coronel

Moacir Gomes Ribeiro, foi uma satisfação apresentar os 16

policiais militares que vão reforçar o policiamento do município

e atender a uma demanda reprimida. Ao todo, o Batalhão recebeu

29 novos policiais: dois foram direcionados para Ilhota, oito para

Gaspar, dois para Guabiruba, um para Botuverá e 16 ficam na sede,

em Brusque.

“Para nós é uma conquista. Eles vão trabalhar em áreas especificas

que exigiam reforço. E isso só foi possível pelo envolvimento das

entidades empresariais e do poder público, que fizeram várias visitas

ao Comando Geral e ao próprio secretário de Segurança Pública. Este

apoio foi indispensável. E aqui está o resultado da pressão política que

foi feita, com o objetivo de proporcionar para Brusque e região um

efetivo melhor”, enfatiza Gomes.

ACIBr recepcionou os novos polícias militares que já compõem

o 18º Batalhão de PM de Brusque

42 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


ENCONTRO

ACIBr participa de

Momento Técnico do CEAB

Evento do Clube de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Brusque contou

com apresentação dos trabalhos da Secretária de Obras de Brusque

Opresidente da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr),

Halisson Habitzreuter, participou no dia 14 de fevereiro, do

Momento Técnico do Clube de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia de Brusque (CEAB). O evento contou com a

participação do secretário municipal de Obras, Renato de

Borba, que apresentou os trabalhos desenvolvidos pela pasta atualmente,

bem como as obras e convênios que estão no planejamento da atual

administração para serem executados pelos próximos quatro anos.

Planejamento

Segundo Borba, as ações da Secretaria se concentram na

manutenção da cidade, e na oportunidade a prefeitura ainda atuava

na resolução dos danos causados pelas fortes chuvas que atingiram

Brusque no dia 5 de janeiro. “Foram deslizamentos, alagamentos,

entupimentos de redes fluviais, e danos no sistema viário. Nesse curto

prazo de tempo que assumimos a pasta estamos dando prioridade a

essas ações e após isso vamos continuar com as obras já previstas e

conveniadas”, ressaltou.

Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente

da ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos e

execução de algumas obras, bem como deram sugestões e falaram

sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a exigência de

profissionais e técnicos qualificados, para minimizar possíveis

prejuízos posteriormente nas obras. “Foi uma reunião muito produtiva,

o tema foi relevante, já que todos precisam da infraestrutura e nos

colocamos à disposição a possíveis discussões, para ajudar a prefeitura

e a comunidade de Brusque em algum projeto ou obra que contemple

a cidade. O Clube há tempo é parceiro da ACIBr e convidamos a

entidade para participar desse evento já que este é um assunto que

interessa toda a comunidade e também o setor empresarial”, avaliou

o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting, que pretende

fortalecer ainda mais a parceria entre CEAB e ACIBr e para viabilizar

as demandas do município.

Fortalecimento

Da mesma forma, o presidente da ACIBr, ressaltou a importância

de ações em conjunto entre as entidades de classe, que são parceiras de

longa data. “Como entidade, temos objetivos comuns, como a duplicação

da rodovia Antônio Heil, tanto no trecho estadual como no municipal. E o

CEAB pode nos oferecer as informações técnicas de que a obra está dentro

do prazo, se está sendo feita de acordo com os projetos apresentados. Da

mesma forma, com a implantação da terceira subestação da Celesc, a

Barragem de Botuverá, as ações de manutenção que surgiram com as

chuvas de janeiro, e demais obras previstas na cidade. Pretendemos fazer

isso e trabalhar em prol não só da classe empresarial, mas da população

de Brusque como um todo”, comentou Habitzreuter.

O secretário de Obras Renato de Borba; o diretor Regional

CREA-SC/Inspetoria Brusque Armando Alberto Walendowsky;

o presidente do CEAB, Carlos Henrique Beuting; e o presidente

da ACIBr Halisson Habitzreuter

Durante o encontro, os integrantes do CEAB e o presidente da

ACIBr esclareceram dúvidas quanto a elaboração de projetos

e execução de algumas obras, bem como deram sugestões e

falaram sobre as suas expectativas para a prefeitura, como a

exigência de profissionais e técnicos qualificados

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

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EDUCAÇÃO

“A Reforma do Ensino Médio:

desafios e perspectivas”

Café de Ideias no Núcleo de Instituições Educacionais da ACIBr contou com

a presença do diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola

Na tarde do dia 22 de fevereiro, no auditório do Bloco C do

Centro Universitário de Brusque (Unifebe), foi realizada

mais uma edição do Café de Ideias, organizado pelo Núcleo

de Instituições Educacionais da Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr). O evento contou com a presença do

Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria Estadual de

Educação, Osmar Matiola, que ministrou a palestra “A Reforma do

Ensino Médio: desafios e perspectivas”.

“O objetivo é falar sobre as implicações que a Reforma do Ensino

Médio terá nas escolas públicas e privadas, já que existem bastante

dispositivos que serão alterados. Vale ressaltar que Santa Catarina

participou de forma direta neste processo, através da presença do

secretário Estadual de Educação, Eduardo Deschamps, que é também o

presidente do Conselho Nacional da Educação (CNE). O Estado acabou

intervindo no projeto que, desde 2013 tramitava no Congresso. No

ano passado, com a decisão do Governo Federal em adotar a Reforma

através de Medida Provisória, essa participação se tornou ainda mais

intensa. Na minha opinião, através desta participação do Governo

de Santa Catarina, se conseguiu alterar dispositivos que estavam na

reforma inicial e isso melhorou significativamente a proposta”, explica

o Diretor de Articulação com os Municípios, Osmar Matiola.

Segundo ele, a Reforma do Ensino Médio foi sancionada na 1ª quinzena

de fevereiro em Brasília e contou com a presença de estudantes catarinenses.

“O principal objetivo é melhorar a qualidade do Ensino Médio, que está

estagnada desde 2005, conforme os indicadores de desempenho dos alunos

avaliados pelo Ministério da Educação (MEC). Há uma década nós não

conseguimos avançar. Além disso, existe a questão do acesso e o número

expressivo de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. Antes, o Ensino Médio

era generalista, focava na preparação do estudante para o Ensino Superior.

Com a Reforma, há a possibilidade de o aluno optar pelo curso que está mais

relacionado com o seu projeto de vida. Isso torna mais flexível a sua trajetória

pelo Ensino Médio e diminui a evasão escolar”, enfatiza Matiola.

De acordo com o Diretor de Articulação, a participação contrária

à Reforma, sobretudo da comunidade acadêmica, professores e

movimentos estudantis foi motivada por reivindicações já atendidas.

Disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia

permanecem na grade curricular da Educação Básica.

“Foram pontos aperfeiçoados enquanto se tramitou no Senado.

Agora temos os debates junto ao Conselho Nacional de Educação.

A Reforma não é imediata. Vai levar pelo menos um ano para ser

regulamentada e, talvez, mais um ano pra entrar em vigor, junto com o

novo currículo nacional”, observa.

Mais conhecimento sobre a Reforma

De acordo com o coordenador do Núcleo de Instituições

Educacionais da Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), Maicon

O Diretor de Articulação com os Municípios da Secretaria

Estadual de Educação, Osmar Matiola, ministrou a palestra “A

Reforma do Ensino Médio: desafios e perspectivas”

A gente vem conversando sobre o modelo atual,

que não funciona mais. A mudança é necessária

Maicon Rodrigo Moresco

Rodrigo Moresco, a intenção da escolha pelo profissional vinculado

à Secretaria Estadual de Educação tinha como objetivo entender

exatamente de que forma as instituições de ensino serão impactadas

pela Reforma do Ensino Médio.

“Queremos reconhecer o que está sendo proposto como mudança

e de que forma isso vai acontecer. Também queremos entender até que

ponto é possível interagir e adotar este novo modelo que está sendo

proposto, sobretudo em termos de educação profissionalizante”, afirma

Moresco.

Segundo ele, nas próprias discussões do Núcleo, a Reforma era

considerada uma mudança que precisava acontecer. “A gente vem

conversando sobre o modelo atual, que não funciona mais. A mudança

é necessária. Agora, na fase final do Ensino Médio, há a possibilidade

do aluno decidir por uma área na qual tem mais aptidão e se dedicar.

Hoje o estudante não tem mais pré-disposição em conhecer tudo, sobre

tudo. E isso é um fator de evasão escolar, através da grade massificada,

44 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


EDUCAÇÃO

Professores e

gestores em educação

prestigiaram o evento

engessada e da quantidade de conteúdo”, salienta Moresco.

Já o reitor da Unifebe, Günther Lother Pertschy, destaca a importância

de fortalecer o Ensino Médio para receber no Ensino Superior estudantes

mais preparados. “A universidade é a instância final deste processo.

Então, quanto mais se discute a qualidade dos anos finais da Educação

Básica, melhor será o ingresso no Ensino Superior”, pontua.

Para a diretora do Senac Brusque, Ana Cristina Belli, o Café de

Ideias foi a oportunidade para refletir sobre as mudanças que as políticas

públicas estão trazendo ao Ensino Médio e de que forma sua instituição

de ensino pode atuar em benefício dos alunos e da comunidade. “O

principal ponto positivo é que as mudanças propostas vão reter mais

alunos na escola. O mundo mudou e nossos adolescentes e jovens

também têm necessidades diferentes. É preciso mudar para que eles

tenham uma motivação maior na continuidade dos estudos”, afirma.

Fazem parte do Núcleo de Instituições Educacionais da Associação

Empresarial de Brusque (ACIBr) o Colégio São Luiz, Faculdade São

Luiz, Grupo Uniasselvi / Assevim, Colégio Cultura, Unifebe, Colégio

Cônsul Carlos Renaux, Senai, Senac, Sesi, Sesc e Colégio Amplo.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

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SEGURANÇA

Brusque vai sediar

nova Escola de Soldados

Formação inicia em maio e deve reunir mais de 30 policiais militares

Representantes da Segurança Pública do Estado participaram de uma reunião com

a comitiva de Brusque e região, liderada pela ACIBr, em outubro do ano passado

Depois de muita articulação com o Governo Estadual,

deputados e o comando da Polícia Militar em Santa

Catarina, Brusque foi contemplada com uma Escola

de Formação de Soldados. A Associação Empresarial

de Brusque (ACIBr) contribuiu decisivamente para

este resultado e não poupou esforços para esta conquista. “Foi

realmente uma luta na qual as entidades, principalmente a ACIBr e

a CDL, visitaram diversas autoridades no Estado, reivindicando a

Escola de Formação de Soldados. Quando Blumenau disse que não

tinha condições de realizar a escola nós intensificamos este lobby.

É importante frisar também o apoio que tivemos do poder público

em Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia o presidente da ACIBr,

Halisson Habitzreuter.

Segundo ele, apenas com a união de todos foi possível alcançar

o objetivo almejado. “A segurança é fundamental para qualquer

sociedade e a classe empresarial espera que estes esforços em

conjunto possam trazer uma melhora nesta área para Brusque e

região”, acrescenta.

Apoio fundamental

De acordo com o Comandante da PM em Brusque, Tenente-

Coronel Moacir Gomes Ribeiro, esta mobilização das entidades de

classe foi indispensável para o êxito do pedido. “Na nossa instituição,

que é a Polícia Militar, a parceria com a ACIBr é fundamental para o

apoio e engajamento em torno de uma segurança pública melhor para

todos nós”, enfatiza.

Segundo Gomes, o Batalhão já estava quase sem esperanças de

sediar uma Escola de Soldados e, por esta razão, se uniu às entidades

e ao poder público de Brusque, Guabiruba e Botuverá. “E se houve

sucesso e o objetivo foi alcançado não tenho dúvidas que foi graças

a estas parcerias. Não só no sentido de aplicar recursos necessários

através do Fundo Municipal, como também de se deslocar até o

Comando Geral em Florianópolis. Isso demonstra que não temos

apenas estrutura financeira e material. Temos, também, o que é mais

importante: o apoio da sociedade organizada”, detalha.

Para o Tenente-Coronel, são muitas as vantagens de sediar uma

Escola de Soldados. A primeira delas é que, ainda em formação, os

alunos podem contribuir em operações e policiamentos dos eventos

que acontecem na cidade. Como são esperados mais de 30 soldados,

haverá um significativo reforço na segurança pública neste período.

“Outro ponto importante está em apresentar aos PMs em

formação a qualidade de vida que existe na nossa cidade. A expectativa

é que eles se tornem candidatos para continuar o trabalho aqui depois

de formados. O policial em formação é alguém mais maduro, que já

tem curso superior e, muitas vezes, chega ao município acompanhado

pela família. Então é importante que conheça, goste da cidade e, se

possível, se estabeleça aqui”, observa.

A Escola de Soldados deve iniciar em Brusque logo na primeira

quinzena de maio e a formatura está prevista até dezembro. É possível

que estes policiais recém-formados, inclusive, trabalhem na Operação

Veraneio, nas cidades do litoral, sem precisar deslocar outros policiais

que atuam no 18º Batalhão de Brusque.

“Quero novamente agradecer a parceria da sociedade organizada,

em especial a ACIBr. Foi com a união de esforços e voltados para um

objetivo em comum que conseguimos trazer a Escola de Soldados

para Brusque”, ressalta Gomes.

46 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


SEGURANÇA

ACIBr e CDL solicitam criação

de um Fundo para a Polícia Civil

Entidades apresentam solicitação aos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá,

e ao Delegado da Polícia Regional, Fernando de Faveri

Na tarde de 28 de março, o presidente da Associação

Empresarial de Brusque, Halisson Habitzreuter, e o

diretor executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy,

visitaram a sede da Delegacia Regional de Brusque para

entregar ofícios ao delegado Fernando de Faveri. O pedido

que solicita o repasse de 2% do IPVA que o Estado disponibiliza aos

municípios foi reivindicado ao prefeito de Brusque, Jonas Oscar Paegle,

e ao seu vice, José Ari Vequi, ao prefeito de Guabiruba, Matias Kohler

e ao prefeito de Botuverá, José Luiz (Nene) Colombi. A iniciativa conta

com a parceria da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Brusque.

“Viemos aqui cumprir o nosso acordo. A Associação

Empresarial, juntamente com a CDL, se comprometeu no ano

passado em colaborar com a Polícia Civil e Militar na questão da

segurança pública. Para a Policia Civil tínhamos o compromisso de

criar um Fundo para aperfeiçoamento e aparelhamento, nos moldes

do que já existe na Polícia Militar e no Corpo de Bombeiros. Depois

de várias conversas, inclusive com a municipalidade, nós tivemos a

ideia de fazer um repasse de 2% da verba que os municípios recebem

do Estado, através do valor do IPVA”, conta o presidente da ACIBr,

Halisson Habitzreuter.

Segundo ele, este pedido foi formalizado aos prefeitos de

Brusque, Guabiruba e Botuverá. “Todos foram bastante solícitos

com a ideia e consideraram justo o percentual. Então a gente aguarda

com bastante euforia para que isso se transforme em projeto de lei,

encaminhado pelo Executivo para a aprovação na Câmara dos três

municípios. Também vamos conversar com o presidente e demais

vereadores no momento oportuno, para que a aprovação aconteça o

quanto antes”, salienta Habitzreuter.

O presidente da ACIBr enfatiza que segurança pública é

indispensável para a ordem social e deveria ser vista com mais

sensibilidade pelo poder público, nas esferas municipal, estadual e

federal. “Não existe desenvolvimento econômico em um local onde

não existe segurança pública. Isto é básico. Então contamos com o

respaldo dos prefeitos de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, ressalta.

Fummpom e Funrebom

O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Brusque,

Michel Belli, lembra do Fundo Municipal de Melhoramento da

Polícia Militar (Fummpom) e Fundo Municipal de Reaparelhamento

do Corpo de Bombeiros (Fumrebom). “Isso faz com que a nossa

Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros sejam os mais bem equipados

do Estado. O Fundo funciona muito bem. Então a gente quer que a

Polícia Civil também seja beneficiada e quem ganha com isso são os

munícipes de Brusque, Guabiruba e Botuverá”, avalia Belli.

Neste momento, ACIBr e CDL fecham o ciclo de visitas iniciais

aos prefeitos, aguardam a criação do projeto de lei e esperam que

a Câmara dos Vereadores das três cidades possam abraçar a mesma

O presidente da ACIBr, Halisson Habitzreuter e o diretor

Executivo da entidade, Cândido Horácio Godoy, conversaram

com o delegado regional Fernando de Faveri sobre a criação

de um Fundo para a Polícia Civil

causa. “Vale ressaltar que não é um imposto a mais que o cidadão vai

pagar. É apenas o repasse de 2% do valor que o Estado já encaminha

aos municípios através do IPVA”, explica.

Gratidão

O delegado regional, Fernando de Faveri, recebeu com alegria

a atitude dos empresários vinculados a ACIBr e CDL. “A aprovação

deste projeto nos dá uma nova dinâmica de atuação, para resolver,

notadamente, despesas urgentes e para a manutenção da Polícia Civil

no município. Hoje os recursos estão concentrados em Florianópolis.

As despesas de mero expediente dependem do almoxarifado na

Capital. Então desde uma lâmpada queimada ou de uma torneira com

problemas, tudo depende de toda uma tramitação de documentos que,

às vezes, pode levar um dia, semanas ou meses”, relata o delegado.

Segundo ele, o Fundo auxiliaria neste sentido, conforme já

acontecem nas demais corporações da cidade: Polícia Militar e Corpo de

Bombeiros. “Nada mais justo, por uma questão de igualdade e isonomia,

que a Polícia Civil também venha a ser contemplada. Assim, todas as

instituições de segurança pública se sentem valorizadas”, observa.

Para o delegado, segurança pública é um tema que transcende a

atividade policial e que envolve toda a sociedade, desde a população,

os empresários, as entidades de classe e o poder público. “Esta

solicitação veio de entidades respeitadas e fortes. Isso nos deixa

extremamente felizes e confiantes e esperamos trabalhar cada vez

mais próximos”, finaliza.

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NÚCLEO ACADEMIAS

Profissionais de educação física

de Brusque e região participam

de Curso de Hidroginástica

Capacitação

foi oferecida

pelo Núcleo de

Academias da

ACIBr e contou

com a renomada

professora e

personal trainer

Roxana Brasil

O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias ACIBr e teve como objetivo contribuir

para uma formação mais sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área

Nos dias 17 e 18 de março diversos profissionais de educação

física da região e de cidades como Blumenau e Joinville,

estiveram reunidos em Brusque para participar do Curso de

Hidroginástica com a professora Roxana Brasil, considerada

uma das melhores instrutoras do país e com atuação

internacional. O evento foi promovido pelo Núcleo de Academias da

Associação Empresarial de Brusque (ACIBr), e realizado na Academia

Extreme, na unidade da rua Bulcão Viana.

O objetivo da capacitação foi contribuir para uma formação mais

sólida e eficiente dos profissionais que atuam na área. “Com certeza foi

um curso muito válido. A professora Roxana é uma referência na área de

hidroginástica e o Núcleo acredita que um profissional não pode ficar muito

tempo sem se atualizar. E isso motiva os alunos e conquista muitos outros,

já que a hidroginástica não é voltada somente para pessoas da terceira

idade”, comentou na oportunidade o coordenador do Núcleo de Academias

da ACIBr, João Heitor Debrassi Benvenuti.

Capacitar para praticar

Ao todo, foram 12 horas de aulas práticas e teóricas, com diversos

métodos diferentes, onde foram abordadas as melhores formas de aproveitar

as características do meio aquático para aprimorar a hidroginástica; treinos

combinados sem a repetição de exercícios; técnicas e planejamentos

eficazes; entre outros temas. Além disso, Roxana também trouxe diversas

informações da área acadêmica, que possam ser implantadas na prática. “O

fitness aquático tem várias atividades e uma das vertentes é a hidroginástica,

por isso é preciso estar atento às novidades. A população brasileira está

envelhecendo e treinar na água certamente irá oferecer melhor qualidade

e quantidade de vida. Hoje temos pessoas com mais de 60 anos ativas,

fisicamente bem mais preparadas do que muitos jovens, e todo esse olhar,

essa reflexão aquática, foi o que também trouxemos para essa capacitação”,

comentou a renomada professora.

Quem acompanhou alguns momentos do curso também foi

O médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em

Ortopedia e Traumatologia; a renomada professora Roxana

Brasil; o coordenador do Núcleo de Academias da ACIBr, João

Heitor Debrassi Benvenuti, da Extreme Academia; e Lourdes

Zanon, da CCN Academia

48 REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017


NÚCLEO ACADEMIAS

o médico Dr. Sebastião Alexandre I. de Lima, especializado em

Ortopedia e Traumatologia. Para ele, é importante que as pessoas

pratiquem atividades adequadas às suas condições físicas e também de

acordo com a idade. “Às vezes, algumas pessoas insistem em manter

a mesma atividade física, quando o corpo já mudou. E se respeitamos

essa transição, os resultados serão muito melhores”, comentou.

A orientação também é que antes de iniciar alguma atividade

física, as pessoas busquem indicação médica, bem como

profissionais qualificados para a realização das atividades, para não

prejudicar a saúde.

Troca de experiências

Entre os 57 participantes do curso estava a educadora física

Daiana Neiss, que atua em Brusque. Para ela, além de ter sido uma

boa oportunidade de se atualizar o curso permitiu o network e a

troca de ideias e experiências entre os profissionais. “Foi uma troca

muito boa, nos unimos mais, pessoas de outras cidades também

participaram e trouxeram as suas experiências e foi ótimo. Temos

um público muito grande que participa das aulas de hidroginástica e

foi uma excelente oportunidade de aprendizado”, comentou.

A também educadora física Andreia Waltrick foi uma das

participantes que veio de Blumenau para prestigiar o curso. “Essas

oportunidades são poucas aqui em nossa região e quando têm,

temos que aproveitá-las. A professora é uma grande referência, e

tê-la aqui em Brusque, foi fantástico. Tivemos várias orientações

de muitos detalhes e cuidados que às vezes acabam passando, mas

que fazem toda a diferença no dia a dia. Foi muito importante essa

reciclagem”, avaliou.

NOVIDADE

Escritório Regional da Jucesc

oferece novos serviços

Desde o mês de março está em funcionamento a abertura/constituição de Sociedades Ltdas

Oescritório regional de Brusque da Junta Comercial

do Estado de Santa Catarina (JUCESC) ampliou sua

prestação de serviço. Além da abertura e alterações

de Empresa Individual (EI), abertura (constituição)

de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada

(Eireli), desde o mês de março foi disponibilizada também a abertura

(constituição) de Sociedade Empresária, um trabalho interrompido

em 2014 e que agora será retomado.

“Também almejamos, a partir de maio, fazer no Escritório

Regional de Brusque, as alterações e transformações de Sociedade

Empresária, Eireli e Empresa Individual”, explica o analista de

registro mercantil da JUCESC, do escritório regional de Brusque,

André Luís Brito Beck.

Com este incremento na prestação de serviço, a única atividade

que o escritório regional da JUCESC não contempla é a Sociedade

Anônima que, por questões técnicas, tramita, é analisado e recebe o

registro apenas em Florianópolis, pela necessidade de ser submetido

ao órgão colegiado.

“Todos os demais serviços vão passar a ser feitos aqui na unidade

de registro mercantil de Brusque. Para o empresário o ganho é bastante

significativo, porque isso reflete na celeridade dos processos. Nos

encaminhamentos para análise e registro em Florianópolis, a média de

tempo, entre o encaminhamento dos processos e a análise propriamente

dita, é de 15 dias. Nós queremos reduzir em 1/3 este prazo, ou seja,

atender a necessidade do empresário em até cinco dias”, afirma Beck.

Segundo ele, além da agilidade de atendimento, esta prestação

de serviço na cidade também facilita a atuação dos escritórios de

contabilidade, pelo acesso mais direto ao escritório regional. Em

caso de dúvidas ou problemas que ocorram no decorrer do processo,

é possível se dirigir diretamente ao escritório regional, sem a

A equipe do escritório regional de Brusque da Junta

Comercial do Estado de Santa Catarina

necessidade de se reportar à Junta em Florianópolis.

“A facilidade e a rapidez aumenta, não só para as empresas de

Brusque, mas também aos demais municípios que são vinculados

formalmente ao nosso escritório, que são Guabiruba, Botuverá, Nova

Trento e São João Batista, bem como as demais cidades da região que

também optam pelos nossos serviços”, enfatiza Beck.

O escritório regional da JUCESC em Brusque funciona anexo

à Associação Empresarial de Brusque (ACIBr). O horário de

atendimento da Junta é de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das

13h30min às 17h. Mais informações pelo telefone (47) 3351-1588.

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Núcleo Empresas Contábeis

Obrigações Acessórias:

você sabe o que é?

Você sabia que a simples emissão de uma NFe é uma obrigação acessória?

O Brasil possui atualmente mais de 150 obrigações acessórias representadas

por declarações e arquivos digitais.

Na era digital, o fisco cada vez mais se utiliza da tecnologia para fiscalizar,

cruzando informações de uma maneira inimaginável até bem pouco tempo atrás.

O resultado se vê no aumento significativo de autuações fiscais.

A maioria das empresas de contabilidade perde quase a totalidade de seu

esforço de trabalho com as obrigações acessórias, por isso a qualidade das

informações prestadas pelo empresário ao seu contador são de muita importância.

São elas que vão alimentar essas obrigações acessórias e a qualidade desta

informação é que poderá evitar futuras autuações.

Pense nisso empresário!

Empresário e contador:

uma via de mão dupla

A relação entre contadores e empresários é saudável e produtiva se ambas as

partes agirem com ética e respeito.

O contador deve tratar as informações da empresa de forma correta, tanto de acordo

com as leis vigentes como com a sua ética profissional. Também é obrigação do empresário

administrador da empresa tratar as informações de forma apropriada, fazendo com que as

informações que são enviadas para o contador estejam sempre corretas, pois o contador

mesmo que receba informações errôneas, seja ela em documentos ou arquivos eletrônicos,

essas informações não podem ser modificadas ou alteradas, porque nos dias atuais o

governo se utiliza das tecnologias para vigiar e fiscalizar o contribuinte.

A responsabilidade dos profissionais da contabilidade é muito grande, pois

precisam estar sempre preparados para fornecer uma orientação correta para o

administrador da empresa, e por outro lado ter pleno conhecimento das diversas

legislações para atender as exigências do Fisco.

Alguns empresários gestores possuem imperfeições em sua administração

que prejudicam a relação com o escritório de contabilidade e consequentemente

o trabalho apresentado pelo contador. São várias atitudes que demonstram falta de

compromisso com o contabilista, como pagamentos atrasados do honorário dos

serviços prestados, informações incorretas, falta de atenção ao trabalho prestado pela

empresa de contabilidade.

A relação entre contador e empresário deve ser uma via de mão dupla, ou seja,

o empresário deve se conscientizar do seu papel e dar o primeiro passo no trabalho

conjunto a ser realizado com o seu contador.

Há aqueles empresários que esperam o melhor do contabilista, mas, para isso,

fornecem a matéria-prima necessária para que o resultado devolvido pelo contador

seja o esperado.

Isso resume um pouco da ética de trabalho de muitos profissionais da

contabilidade, esperar pelo melhor dos clientes para poder fornecer excelência

em troca. Recomendamos aos empresários que trabalhem em via dupla com seu

contador e que sempre valorizem e olhem para esse ofício como algo importante e

significativo para a sua empresa.

Abertura e

alterações de

empresas

Os caminhos para a formalização e alterações

estão complicados!

Atualmente Santa Catarina possui um programa

chamado REGIN, criado em 2006 com a finalidade

de unificar e agilizar o procedimento de constituição e

alteração de empresas no Estado. Criado com a melhor

das intenções, passou por seus momentos de glória,

funcionou muito bem, agora não podemos afirmar o

mesmo, o colapso chegou.

O sistema que foi criado para agilizar e

padronizar, atualmente está atrapalhando as alterações e

constituições de empresas, tendo em vista que dele parte

a autorização de todos os órgãos públicos para se iniciar

os registros de uma empresa.

A simples autorização para se iniciar a abertura

de uma empresa, chega a demorar 20 dias. Após este

período de espera, inicia-se os registros dos atos,

passando primeiramente pela Junta Comercial que

irá registrar o Contrato e liberar o CNPJ; em seguida

dependerá da liberação do Alvará dos Bombeiros,

Vigilância Sanitária, algumas atividades necessitarão da

dispensa ou licença da Fundema.

Com estes documentos em mãos, é solicitado o

Alvará da Prefeitura que em alguns casos poderá ser

Provisório e, por último, libera-se a Inscrição Estadual

e enfim, o empresário estará regularizado perante o

Governo para trabalhar.

Fazendo uma conta rápida, chegamos a conclusão

de que estamos vivendo um verdadeiro caos para

registrar uma empresa. Segue abaixo:

1º Passo: REGIN – 15 Dias

2º Passo: Registro Contrato e CNPJ – 5 Dias

3º Passo: Alvará Bombeiros – 4 Dias

4º Passo: Alvará Sanitário – 20 Dias

5º Passo: Prefeitura de Brusque – 30 Dias

6º Passo: Secretaria da Fazenda SC – 1 Dia

O empresário leva em média 75 dias para conseguir

se formalizar. Neste período, o empresário deixa de

arredar impostos e dar empregos formais, aumentado

ainda mais o problema financeiro da nossa economia.

Será que não está faltando interesse dos Governos

Municipais, Estaduais e Federais com os empresários e

futuros empresários?

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ARTIGO

Núcleo Instituições Educacionais

Louise Dorow Caetano - Supervisora de Educação SESI Escola

Encantar em sala de aula!

Na semana antes do ano letivo iniciar, o Núcleo de Instituições

Educacionais de Brusque teve o prazer de se encantar com o professor

Max Haetinger, e nos trouxe algumas reflexões.

Cada vez mais ouvimos falar que a educação precisa ser repensada,

que modelos usados já não servem mais, que agora os alunos aprendem

de forma diferente. Uma coisa é fato: informação e conteúdo estão

disponíveis em todos os lugares, é fácil encontrar quase tudo sobre tudo.

O desafio é relacionar-se num mundo que está cada vez mais

conectado virtualmente. Resgatar o contato entre as pessoas, sentir

a emoção do “olho no olho”. Saber conversar, ouvir e respeitar os

indivíduos que possuem personalidades tão distintas e maneiras tão

peculiares de se envolver recursos tecnológicos para sala de aula e

fazer desse ambiente um espaço de colaboração.

A sala de aula deve ser ambiente de perguntas e não de respostas

prontas, onde o professor, é mediador dessa busca pela curiosidade que move,

auxiliando-os a descobrirem juntos, a juntar as informações que encontram, a

descartar o que não será preciso e enaltecer aquilo que buscavam.

Livro didático é apenas o início de uma grande descoberta que pode

ser feita em grupo, discutida, levantada hipóteses. Não é tarefa fácil para o

professor, fazemos parte de uma geração em transição, onde nossa educação

não acontecia dessa forma, afinal éramos também alunos diferentes.

O que precisamos é aprender uns com os outros, formação,

informação. Ouvir o nosso aluno, e fazer com que ele aprenda a ouvir.

Aprender entre os professores com práticas que funcionam, aprender

com a sociedade que está em constante transformação.

Para isso, o professor precisa comunicar-se de maneira clara,

fazer isso bem. Assim como o aluno. Sem comunicação não há

aprendizagem, não há troca. Nosso desafio é fazer com que a sala

de aula seja o espaço que encanta, por ser o espaço que gera vida,

conhecimento e aprendizagem, e tudo isso gere prazer, o prazer por

fazer parte de um processo onde aprender e ensinar é uma troca

mútua, independente de ser o professor ou o aluno.

REVISTA ACIBr l ABRIL DE 2017

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