10 OPINIÃOTRIBUNA PACENSE 27 de Dezembro de 20192020, MAIS UM ANODE MIXÓRDIA POLÍTICAPoucos dias mais e apostura 2020 é largadada cloaca do futuro parao presente. Presumivelmente,a maioria dosovos ou darão monstrosmalformados, ou aquelemistifório mal cheirosoque nos arruína a vontadede comer enquantoo seu fedor persistir nanossa memória - o repelenteovo choco - algumasvezes utilizadocomo arma de arremessocontra políticosmal-amados.Os ovos férteis, sópor grande fenómenodarão seres perfeitospor causa da oscilaçãodas temperaturas entreextremos resultantes doaquecimento global etambém pela contaminaçãoalimentar provenientedos agrotóxicosda “científica” Bayer-Monsanto, produtorados químicos capitalistasque exponenciamproduções agrícolas epecuárias e, por tabela,as indústrias farmacêuticaspara curaremas intoxicações e asdoenças crónicas daísequentes, isto é, paraprosseguirem os lucrosdas poluições e envenenamentosagrícolas epecuários com a vendaa granel de medicamentosque não curam e quereforçam o prolongamentodas doenças pelomaior tempo de vidapossível, porque doenteque morre rápido nãopresta, não garantelucros perpétuos.Não há publicações eestudos sobre o assunto,mas é admissível queos políticos dos paísespredadores, o grupode países submissosaos imperadores norte--americanos, entre osquais Portugal e restantelacaiada, que se armamnos líderes da históriae do desenvolvimento,de há muito descendemde ovos contaminados ecada vez mais a partir domomento em que os partidosmontaram indústriaprópria de germinação,mantença, educaçãoe treinamento dosseus políticos no assaltoao Estado, garantindodeste modo a preservaçãodas característicascanalhas, demagógicas,oportunistas e sabujasconsideradas preciosidadesde carácter e detalento político. Estaindústria “aviária” dospartidos está a conseguirgrande êxito, tendojá produzido numerososexemplares completamenteimunes à ética esem cabeça, que estão afazer o delírio das multinacionaise do casinobolsista. Políticos semcabeça são o sonho doCapital, a breve trecho,plenamente realizado.Políticos com cabeçajá são poucos e os queexistem já têm guias demarcha passadas para acadeia, para o exílio oupara a tumba.Os “aviários” nacionaisdo PSD e do PSestão no top mundialda produção de políticossem cabeça, grandeparte dela completamentelimpa de ideias,uma brancura ou escuridãototal com direito aselo de qualidade. Ondeera a base da cabeçaforam colocadas entradasUSB para introduçãode pens, que serãotrocadas em funçãodas necessidades doCapital. Isto é que é progressotecnológico.A realização da WebSummit em Portugal temalicerce nos “aviários”dos partidos e é o reconhecimentodo sucessodas startups partidáriasportuguesas dedicadasà produção de políticosde última geração,completamente isentosde ideias próprias etotalmente abertos àsaplicações informáticasde quem manda nascoisas, nas pessoas, nossalários, na poluição,no aquecimento globale se prepara para disputarao Universo a possedo Sistema Solar paraexploração das naturaisriquezas e depósito deescórias diversas.2020 é o fecho dasegunda década do terceiromilénio pelas nossascontas, fora delas éapenas mais uma translaçãoda Terra em voltado Sol. Os acontecimentosdeste período serãoimportantes para nós,mas inúteis para o restodo mundo cósmico.Serão a continuidade deproblemas que recusamsolução e o despeitodesta por problemas quea querem longe de si.No campo político, problemae solução estãode costas voltadas e nãose entrevê reconciliaçãonas próximas décadasou séculos. O arrufo ésério e que ninguém semeta ao meio que podelevar facada, modalidadeactualmente degrande sucesso pelobaixo custo da arma e doseu elevadíssimo poderde corte conseguidocom aços inoxidáveis eafiamentos electrónicosde alta precisão.Portanto, dado que osproblemas não são pararesolver, temos o ServiçoNacional de Saúdecada vez mais definhado,incapaz de darcura às pessoas, antespelo contrário, de lhesaumentar as doenças elhes abreviar o tempode desfrute existencial.Quem for lá com umadiarreia, poderá de lásair com a diarreia quelevou a confirmar-secom provas a descerem--lhe pelas calças abaixo,mais uma pneumonia,uma cirrose, uma tosseindefinida ou qualqueroutra doença que andepor ali ao desbaratoentre os utentes, ansiosapor fazer novas vítimas.Claro que se vocêtiver dinheiro poderárecorrer aos privados,porque é para isso queos privados existem nasaúde e não só, paraquem tem dinheiro suficientepara gastar emtodos os confortos dacivilização capitalista.Mas os pobres, Senhor,como poderão eles amenizara sua dor e conseguiruma tença que lhespermita curar a doença?Entrementes, o raiodo INE deu-lhe paraborrar os bonitos floreadosdemagógicosgovernamentais comnúmeros desmoralizadores.Não é que a parcelada riqueza criada(PIB) aplicada na saúdedos portugueses, SNS;encolheu entre 2006 e2018 muito mais que oscorpos dos velhos quepor lá buscam a intoxicaçãoquímica que lhesilude a existência?Entre 2000 e 2018 adespesa com saúde dasfamílias aumentou mais20,7 pontos percentuaisem relação ao desenvolvimentoda despesapública no mesmoperíodo. Este facto mostrao SNS a gastar cadavez menos com os portuguesese estes a gastarcada vez mais do seubolso com a saúde. É porestas e por outras que apercentagem da despesadas famílias portuguesascom a saúde émuito mais elevada quea média da União Europeia,18% contra 28%de Portugal.O primeiro-Ministro,o Ministro das Finanças,e a Ministra da Saúdenão falam abertamentesobre estes números. Averdade é dura de roer eeles não estão para danificaros dentes.O subfinanciamentopersistente do SNS peloOrçamento de Estadoorigina má gestão e umamistura público-privadoque está a atirar progressivamentea saúdedos portugueses para asseguradoras, as clínicase os hospitais privados.Estes meios só estãoao alcance dos endinheirados.Se você nãotem dinheiro, comecedesde já a organizaruma farmacopeia pessoalà base de infusõese outras mezinhas comprodutos do seu quintale das matas ao redor.Era assim antigamentee é assim que voltaráa ser. Se a sua fé aindanão esmoreceu, poderárecorrer aos milagres,mas não esqueça o óboloao santo que o atender.De graça só a chuva, épor isso que escasseiacada vez mais.Entretanto, nada debaixar o orgulho patriótico,porque nem emtodas as tabelas andamospelos últimos lugares.Por exemplo, no trabalhoprecário temos aterceira maior percentagemde contratos a prazoda União Europeia, masa primeira como os maismal pagos. Já no saláriomínimo estamos nomeio da tabela, estabelecendoa divisão entre osantigos países do blocosocialista e os paísescapitalistas. No que tocaà exploração do trabalhotemos a memória frescado tempo em que fomosos maiores esclavagistasdo mundo. É por estarazão que nos orgulhamosde estar no topo dasdesigualdades sociais daUnião Europeia.Para que esta situaçãonão sofra mudançasde corte com o passado,as classes empresariaisportuguesas preservamtenazmente os seusníveis de qualificaçõesprofissionais abaixoda média europeia einferiores à populaçãoque emprega ou dirige.Parece um fenómeno e émesmo.Saúde e trabalho sãoos bens primários danossa existência corporale social. Entreguesque estão a políticosmais focados na ambiçãode enriquecimentopessoal que nas necessidadesdo país, padecentede uma pobrezaendémica que inventouo fado para chorar assuas dores e deste modofrustrar a raiva contraos seus opressores ea empresários inaptossem mais habilidadesque as de esmagar ostrabalhadores na extracçãode mais-valias, Portugaltransforma-se numrochedo que o tempocompacta cada vezmais.Emigrar sempre foia melhor solução emPortugal. Pense nissoe não se arrependerá.Patriotismo num paísque sempre mandou opovo borda fora é burrice.Como podem ospobres ter pátria se delanão possuem migalha?OCTÁVIO RENATOMAGALHÃES
27 de Dezembro de 2019 TRIBUNA PACENSE OPINIÃO 11Greta Thunberg, aadolescente sueca, que setransformou no símboloda luta contra os agentesdas alterações climáticasno planeta causadores dasdrásticas consequênciasconhecidas, está, e continuará,zangada, disse,enquanto os responsáveisnão demonstrarem vontadeséria de reverter as condições,que estão a provocara extinção, não só doshumanos, mas de toda abiosfera.De acordo com as maisou menos arbitrárias eentre si divergentes classificaçõese caracterizaçõessociológicas, Greta Thunbergé uma “milenial”, porquepertence à geração nascidana viragem do século,também, designada pelasletras Y e Z, que, sendo asúltimas do alfabeto, nãosignificam, assim o espero, qualquer má premonição.Que sabemos sobreestes “mileniais”?Quando apareceram,muitos de nós, considerámo-losdemasiado autistas,egoístas, enclausuradosno seu mundo virtual,alheios a tudo o que osrodeava, sempre inclinadossobre o telemóvel,reagindo malcriadamente,sempre que importunadosou chamados a atençãopelos mais velhos para oseu comportamento anti--social.A minha geração, chamadade “baby-boomers”,(por termos nascido noO meu (con)textoQUEM SÃO OS MILENIAIS?período de 1945-1961,logo após a segunda guerramundial e cujos progenitores,segundo se diz,começaram a fazer filhosem barda, logo que cessoua ameaça das bombas deHitler) via naqueles jovensuma geração rasca.Pressentíamos que, sobo seu mutismo, os mileniaiscriticavam a nossa maneirade estar e ser, acusando--nos de todos os males,que os afligiam, sem queno entanto, nos dessem aconhecer, em alternativa, oque verdadeiramente queriame pensavam.Aos poucos, porém,fomo-nos apercebendoque, sob aquela fachada deostensivo isolamento e, até,hostilização aos valores,que temos por sagrados, osmileniais talvez quisessemdizer-nos algo para que nãoestávamos preparados paraouvir.Muitos de nós, começámosa questionar-nossobre se a esses jovensnão assistiria razão, aoadoptarem um estilo devida desprendido e estabeleceremum padrão defelicidade, que se preenchiacom muito pouco:um smartphone, dinheiroq.b. e conhecimento suficientede inglês para seentregarem com paixão aosamigos das redes sociais epoderem viajar, fruindo,até ao tutano, cada novaexperiência.Sentimos, até, algumdespeito pela forma simplese eficaz como acediamao conhecimento, aos relacionamentose, mesmo,diversões e através de umsimples clic, fazerem comque o mundo coubesse napalma de uma mão.Apesar de tudo, continuávamosa censurar oseu “elitismo” técnico--isolacionista, até que, nasenda de Greta Thunberg,resolveram sair para a ruae lutar, a seu jeito, por umaqualidade de vida que umdesenfreado consumismo,alimentado por uma indústriasem escrúpulos, querliquidar.E vão mais longe aoconcordarem com aquelaactivista nórdica, apontandoa nossa geração e talvez,a geração X, nascidana década de setenta, comoculpados pela causa da suazanga.Aceitando termoscometido muitos erros,mais ou menos, conscientemente,não assistirá, porventuraaos mileniais todaa razão para nos declarar“guilty”, pois, há que lembrar-lhesque, para fruírem,hoje, de tantas benesses,de mão beijada, as duasgerações anteriores tiveramde sofrer muitos infernos,desde o medo da guerrafria ao do difícil acesso àcultura, sempre submissosa uma hierarquia familiar esocial autoritária, onde nãohavia lugar para discutir,ou até dialogar, para já nãofalar das difíceis condiçõeseconómicas de muitos, aonível da subsistência.Não podem os mileniaisestranhar que, para superaraquele sombrio quadro, àminha geração só restasseapostar na valorização pelotrabalho como fonte primeirade sucesso e ascensãosócio-económica.Os mileniais têm desaber que foram os melhoresdas duas geraçõesanteriores que iniciaram atransposição da televisão eda rádio rudimentares paraa era tecnológica e digital,de que eles, hoje, sãoos maiores beneficiários,uma vez que nós já éramosquarentões, quando nos foidada a conhecer a Internet,com a Web e o Google,obrigando-nos a forçar osneurónios, já cristalizados,a uma adaptação difícil enunca inteiramente conseguida.Por isso, mileniais,usem de algum perdão paraconnosco, pois, se fizemosasneiras, foi, muitas vezes,sob a convicção de queestávamos a contribuir parauma vida melhor e para umbem-estar que, em boa verdadeera, até então, inexistente.A prova da nossa boa féestá, em que a grande maioriaestá disponível, comovós, para remediar a situaçãoe lutar pelo controlodo consumo de combustíveisfósseis e das fontesde emissão de CO2, paraevitarmos ser engolidos,conjuntamente, pelo buraconegro da irreversibilidade.Ecos do nosso TempoLembrar-se-ão osmais velhos, que há cinquentaanos atrás, só osmuito pobrezinhos usavamcalças ou vestidosrasgados, porque pobres avaler. Assim, as mães iamremendando as peças dovestuário, ou colocandoum pedaço de pano a taparos buracos possíveis deconserto. Pobreza, comentava-se.O mundo do vestuáriofoi modificando ehoje paga-se bem caro aoadquirir-se vestuário rasgado,porque tais peçassaem da fábrica assimmesmo. Temos na modaque hoje se vê, blusas semgola e calças sem cinta.Mais tarde, pudemosverificar que o mundofeminino, passou a usarcalças como os homense na verdade foi umamoda que não chocou.Mas temos de concordarque em cinco décadas, asmodas do feminino hoje,nada têm a ver com o quese usava então. E se pudemosdizer que os doidosinventam as modas e queos tolos as seguem deperto, aqueles não têm omínimo pejo em fabricarvestuário que desrespeitaos usos e costumes de umpovo, de um ambiente,que os banaliza, e sejamamorais.A propósito da imoralidadede certo vestuárioem certos ambientes,há uns anos atrás, osenhor Bispo (na altura)de Fátima e perante maisde quatrocentos mil peregrinos,ao terminar ascelebrações fez um apeloà multidão, apelo que, àexcepção dos presentes, oresto do país “não ouviu”e muito menos os órgãosda Comunicação Socialpresentes. Após tal pedido,ninguém mais disse nadae nada mais se comentou.O pedido foi delicado,e por isso mesmo feitocom toda a delicadeza.SAIAS E CALÇASE já agora, talvezalguma humidade, mileniais,não vos fizessenenhum mal; os “cotas”,que, hoje somos, têm, aomenos, sobre vós, a vantagemda sabedoria dosvelhos, que, se a ouvirdes,podereis evitar que os vossossucessores, alfa e beta,que já estão à espreita, vosatinjam, ainda mais duramente,do que Vós estais afazer-nos; nesta convicção,correndo o risco de mechamardes casmurro, nãoresisto a perguntar-vos esugerir-Vos o seguinte:- Não achais que a vossaactuação deveria ser maiscoerente com o que dizeisserem as vossas convicções?,pois, infelizmente,não é o que está a acontecer,de todo, como pudecomprovar, na manhã soalheirade uma sexta-feira,no verão passado, quando,estando de passagem poruma cidade italiana, depareicom uma manifestaçãogigantesca de jovens, provindosde várias escolas epaíses, que, integrados nomovimento “Fridays forfuture” ostentavam bandeirase palavras de ordem,apelando à defesa doambiente. Fiquei feliz; sóque, horas depois, repareique, no local onde o ajuntamentoocorrera, centenasde latas vazias de refrigeranteshaviam sido atiradaspara o chão pelos mesmosque reclamavam da nossageração gestos amigos doambiente.-Não sejais fanáticos,nem extremistas, pois, deoutro modo, correis o riscode ejectar o bebé com aágua suja do banho; tendesde encontrar o ajustadoequilíbrio entre o queé aproveitável “malgrétout” e as inovações nãopoluentes, pois, a soluçãonão passa pelo regresso aobarco à vela, à candeia deazeite ou à passarola dopadre Bartolomeu de Gusmão.-Finalmente, porquenão orientais, também, osvossos ataques contra acausa primeira da poluição,que, sem dúvida, é o crescimentoexponencial e desregradoda população no planeta,que já não tem capacidadepara alimentá-la,apelando, para a melhoriadas condições de vivênciados povos, do que resultaria,como está, hoje, cientificamentedemonstrado,não só, a dita redução,mas, paralela e concomitantemente,a pacificaçãodos povos e o consequenteestancamento das migraçõese dos refugiados?Se o não fizerdes, mileniais,se persistirdes nessaarrogância de quem nãoprecisa de ouvir, nem escutar,julgo que estareis a dar--me, também, de sobejo,para me zangar convosco,o que já não queria, passadosque são largas dezenasde anos sobre o “baby boomer”que já fui.ANTÓNIO TÉTÉPEREIRAPediu o referido Prelado,que os peregrinos fossemcuidadosos em “não fazerdaquele recinto local deturismo e, muito menoslocal de praia”. Entende--se o pedido, entende-seo querer-se arredar de umlocal sagrado a falta depudor, entende-se que oescândalo fere, destrói.Sabemos que o mundoevolui, as pessoas de ontemviveram e foram educadassegundo as normasde então e, hoje, há outrasmentalidades, outra culturae muitos mais ambientesse oferecem e se vendemem qualquer aldeia, vilaou cidade. Todavia, há queviver atentos e, diz o povo,nem oito nem oitenta!Também há uns anosatrás, um deputado doGoverno Regional daMadeira – quem sabese influenciado pelopedido do senhor Bispoem Fátima – aconselhounormas de vestuário destinadaaos “operadoresde imagem e aos repórteresfotográficos”, paraentrarem no ParlamentoRegional, isto é, queriabom “senso e decência novestir”, respeitando não sóo Parlamento em si, comoo povo da Madeira. Logoaconteceu que chamaramao deputado de ultraconservador,salazarista,retrógrado e até um jornalistado continente, um talsenhor Malheiros, atravésdo jornal em que colaborava,afirmou que taisexigências do deputadoMadeirense era criar “osímbolo da inferioridadee de submissão” ao Parlamentoda Madeirense.Nunca fui nem sereitravão, do progresso quebeneficie o homem e ondese leia e se veja o bomsenso, a inteligência e aausência de escândalos.O que vivi antes e comovivo hoje, soube-me bema mudança, a evolução,e gosto de colaborar emtudo e em todos os lugares,para o respeito e para apaz do meu bairro, do meupaís. Extravagâncias, radicalismose formas extrovertidasde vida, rejeito.Sendo esta a minhaforma de ser e de estar navida, que dizer daqueleassessor da recente eleitadeputada Joacine, que seapresentou de vestido, naAssembleia da República?Sapatos pretos de homem,meias esverdeadas, vestidopreto e mala. Este senhorassessor da deputada,sabe que a Assembleia daRepública é o local maisimportante da vida daNação. É a Casa da Democracia,é a Casa que representao povo português, éa Casa onde o respeito porPortugal se impõe e é atravésde todos esses eleitosque se identifica a sociedadeportuguesa: quer nomodo de estar, quer nomodo de vestir. Poder--se-á argumentar que se amulher passou a usar calçasde homens em vez desaias, porque não poderãoos homens de hoje usaremvestidos em vez de calças?Tal argumento cai porterra, por acontecer nestasegunda década do séculoXXI.Aceita-se que o referidoassessor use em casa,na rua e junto de amigos,os vestidos e as saias queentender, a vestimenta quemais lhe agradar. Agoracomo assessor da deputadae na Assembleia daRepública, de vestido, éabsoluto desrespeito peloParlamento e pelos portugueses.Um fato (dehomem) parisiense ou londrinoseria o ideal e harmonioso.Não sendo isso,a sua fardeta não condizcom a careta.ARTUR SOARES- Escritor d’Aldeia)(O autor não escreve segundoo novo Acordo Ortográfico)