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Tribuna Pacense 27 de Dezembro de 2019 | Edição nº 1198

Destaques desta edição: - Nova Igreja de Freamunde já está aberta ao público - Reportagem: "Sem-abrigo, também os há na nossa terra" - Vento e chuva fazem estragos no concelho - F.C Paços de Ferreira em maré alta - Artigos de opinião: "2020, mais um ano de mixórdia política" e "Greta Thunberg".

Destaques desta edição:
- Nova Igreja de Freamunde já está aberta ao público
- Reportagem: "Sem-abrigo, também os há na nossa terra"
- Vento e chuva fazem estragos no concelho
- F.C Paços de Ferreira em maré alta
- Artigos de opinião: "2020, mais um ano de mixórdia política" e "Greta Thunberg".

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2 OPINIÃO

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responsabilidade dos seus autores,

podendo a sua doutrina estar ou não

de acordo com as directrizes deste

jornal)

ASSOCIAÇÃO

PORTUGUESA

DE IMPRENSA

unir

UNIÃO PORTUGUESA DA IMPRENSA REGIONAL

SÓCIO FUNDADOR

TER CONSCIÊNCIA

DA POBREZA

Tens tudo o que é

necessário? Dependes

apenas de ti para

viver? Tudo acontece

de acordo com a tua

vontade? Por que razão

não és feliz se nada te

falta? Será que essa

alegria profunda a que

aspiras não está já em

ti, enquanto a procuras

nos bens materiais? O

que te irá acontecer se

pretenderes para ti só o

mínimo essencial?

O dinheiro e as coisas

desviam a nossa

atenção do que é mesmo

importante.

A maior miséria não

é a exterior. É a interior.

Tratamos como

seres inferiores aqueles

que têm menos do que

nós, não lhes perdoamos

a pobreza e condenamo-los

como parasitas.

Podem estar tristes

e desanimados, mas a

maior parte de nós vê-os

como incómodos, ameaçadores

e incapazes que,

por isso mesmo, merecem

a sua miséria.

Os pobres são humilhados

pelo mundo até

ao íntimo. São considerados

estranhos e postos

à margem. O mundo

ignora a voz dos pobres,

tenta que sejam o mais

invisíveis possível. São

quase uma espécie de

lixo do qual nos queremos

livrar, cheiram mal

e pesam-nos na consciência.

Contudo, o valor de

alguém pode ser calculado

pela forma como

TRIBUNA PACENSE 27 de Dezembro de 2019

Editorial

trata aqueles que nada

podem fazer por ele.

São os mais miseráveis

que nos permitem saber

quem somos.

Fixa o teu olhar em

alguém mais pobre do

que tu, estende-lhe a

mão e verás quem sai a

ganhar dessa relação.

Todos somos pobres.

Ninguém se basta a

si mesmo. Dependemos

de tantos fatores

estranhos a nós. Que a

nossa pobreza exterior

nos remeta para a busca

interior das riquezas que

não passam.

A medida que usas

com os pobres é a

medida justa com que

deves ser tratado.

JOSÉ LUÍS NUNES

MARTINS

OS SEM-NATAL!

Em plena Época Natalícia,

vêm à evidência,

os milhares e milhares

de Seres Humanos que,

por esse Mundo fora,

não celebram, sequer,

esta Quadra Festiva.

Ou porque não têm

Família, ou porque não

lhes são conhecidos

Amigos, ou porque são,

tão só e apenas, como

soe dizer-se, uns desgraçados!

Estes, os Sem-Natal,

versus, Sem-Abrigo, pululam

por aí, pelas ruas

das grandes e médias

Cidades, na sua grande

maioria, mas também e

já, pelos cantos deste Interior

esquecido e bem

distante dos decisores

alfacinhas.

Daí que, toda esta

azáfama, esta onda solidária,

que encenamos

a preceito e vivemos tão

intensamente, possa ser

entendida como uma

enorme hipocrisia, sem

igual,

Ao fazermos compras,

nestes dias de azáfama

desmedida, não

temos nós tropeçado,

aqui e ali, em mendigos,

mulheres e crianças, de

mão estendida, a pedirem

a “esmolinha” do

costume?!

Muita dessa gente,

Portugueses de “terceira”,

misturados com

refugiados provindos

do Leste Europeu, África,

Ásia, etc.; criaturas

estas, “sem eira nem

beira”, completamente

votadas ao abandono,

entregues a si mesmas!...

Estes, os eternos excluídos

de uma sociedade,

que se diz e se quer

(pelo menos uns tantos;

poucos, é certo, mas alguns!...)

incluída.

Uma desigualdade

bem latente, aos nossos

olhos, em que as oportunidades

só bafejam uns

tantos, mormente os que

estão ligados, alimentam

e sustêm os sistemas

e poderes dominantes.

Paradoxo, este, de injustiça

atroz, a que urge

pôr termo, sob pena da

Sociedade se desmoronar,

mais dia menos dia.

E o nosso Chefe de

Estado, ele, têm plena

consciência disto mesmo,

razão pela qual lá

se vai desdobrando em

iniciativas múltiplas, de

forma a tentar atenuar,

esconder ou, muito simplesmente,

protelar toda

esta situação terceiro-

-mundista, para mais

num Pais pequeno como

o nosso, de pouco mais

de 10 milhões de habitantes,

onde tudo poderia

e deveria correr às

mil maravilhas, não fossem

os maus políticos

que nos têm (des)governado,

salvo muito raríssimas

excepções.

Ademais, há que

acrescentar que, nestas

últimas quatro décadas,

muitos têm sido os milhões

de Euros entrados

nos cofres nacionais,

fruto dos fundos e programas

comunitários

que, a serem bem aplicados,

muito principalmente,

em áreas deficitárias

e mais carenciadas,

Portugal e os portugueses

estariam muito mais

desafogados e a respirar

outra saúde financeira.

Mas, não!

Temos, isso sim, assistido

a um fartar de

vilanagem.

Sente-se, no Natal!

Neste e nos outros...

O DIRECTOR

Recorte

A NACIONALIDADE

DE CONVENIÊNCIA

A Assembleia da República discutiu recentemente

várias alterações à Lei da Nacionalidade.

Por iniciativa do Bloco de Esquerda, do Partido

Comunista, do Partido dos Animais e da

Natureza e do Partido Livre (com uma preciosa

ajuda do presidente da Assembleia da República,

Ferro Rodrigues), foram debatidas iniciativas

legislativas com propostas de alterações muito

díspares.

Desde logo, a condenação judicial e a residência

ilegal deixaram de ser obstáculos para a

obtenção da nacionalidade, privilegiando o jus

solis em detrimento do jus sanguinis. E instituiu-

-se a permissão da naturalização para todos os

que nasceram entre o ano da revolução de 1974

e 1981 (essencialmente dirigida a muitos afrodescendentes

que nasceram antes da aprovação

e entrada em vigor da Lei da Nacionalidade de

1981).

Este debate político e jurídico suscitado pelo

BE, PCP, PAN e Livre aconteceu, na prática, um

ano depois da entrada em vigor das últimas alterações

à Lei da Nacionalidade. Esta lei é das mais

estruturantes do país (e de qualquer país). E daí

decorre que as alterações ao regime jurídico de

direito da nacionalidade devem ser debatidas e

promovidas com muito equilíbrio e moderação.

Não se devem mudar as leis da nacionalidade

todos os dias, a toda a hora. Antes pelo contrário:

legislar nestas e noutras matérias a quente, a

reboque muitas vezes de acontecimentos muito

mediatizados ou por agendas ideológicas extremistas,

traz por regra mais problemas do que

soluções.

Em Portugal, nas últimas décadas, conseguiram-se

alguns consensos positivos para se ‘fazerem’

e alterarem leis como a da nacionalidade e

da imigração.

Num mundo cada vez mais global, e onde

várias fronteiras físicas, legais e de outra índole

se vão esbatendo, as leis da nacionalidade (como

as da imigração) são instrumentos jurídico-legais

de muita importância para os Estados, para as

organizações supra-estaduais, para os cidadãos

e para as empresas, e não devem ser politizadas,

nem à esquerda nem à direita.

Devem, sim, ter em conta a conformidade

histórica, social, cultural, económica, das respetivas

comunidades politicamente organizadas,

quer a nível estadual quer a nível supra-estadual.

Países como Portugal, membro da União

Europeia e da CPLP, tanto devem evitar-se as

soluções baseadas no ‘efeito papão’ e ‘país concha’

como as baseadas no chamado ‘efeito chamada’.

O direito da nacionalidade, o direito dos

estrangeiros, o direito da imigração têm cada vez

mais ‘fronteiras’ político-jurídicas muito sensíveis.

Quando se debatem alterações à lei da nacionalidade,

não se pode abrir a porta a soluções

que vão ao arrepio da realidade portuguesa,

europeia e do espaço lusófono. Bem sabemos

que, por exemplo, se a atual lei da nacionalidade

portuguesa fosse a que vigorava no século XII,

D. Afonso Henriques nunca teria sido português.

Aliás, o mesmo sucederia no caso americano

com Donald Trump, filho de alemão e escocesa.

Daí fazer sentido que se deixe passar mais

tempo para aquilatar a operacionalidade e utilidade

da lei da nacionalidade em vigor. Para, no

tempo devido, se fazerem as alterações necessárias.

Com impacto fora e dentro de portas.

E sobretudo na relação com os países membros

da CPLP – organização que deve ter nos

seus desígnios para as próximas décadas a harmonização

dos regimes jurídicos de concessão

da nacionalidade e de entrada, permanência e

saída de cidadãos estrangeiros. Por forma a que

o pilar da mobilidade no espaço da CPLP seja

cada vez mais estruturante para o futuro de todos

os países de língua oficial portuguesa.

FELICIANO BARREIRAS DUARTE | SOL

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