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Tribuna Pacense 27 de Dezembro de 2019 | Edição nº 1198

Destaques desta edição: - Nova Igreja de Freamunde já está aberta ao público - Reportagem: "Sem-abrigo, também os há na nossa terra" - Vento e chuva fazem estragos no concelho - F.C Paços de Ferreira em maré alta - Artigos de opinião: "2020, mais um ano de mixórdia política" e "Greta Thunberg".

Destaques desta edição:
- Nova Igreja de Freamunde já está aberta ao público
- Reportagem: "Sem-abrigo, também os há na nossa terra"
- Vento e chuva fazem estragos no concelho
- F.C Paços de Ferreira em maré alta
- Artigos de opinião: "2020, mais um ano de mixórdia política" e "Greta Thunberg".

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6 NACIONAL / REGIONAL

TRIBUNA PACENSE 27 de Dezembro de 2019

De há 53 anos a esta

parte a Igreja tem querido

colocar cada ano sob a

égide da Paz. “Desejaríamos

que, cada ano,

se viesse a repetir, como

augúrio e promessa, no

início do calendário que

mede e traça o caminho

da vida humana no

tempo, que seja a Paz,

com o seu justo e benéfico

equilíbrio, a dominar

o processar-se [desenvolvimento]

da história

no futuro”, eram estes os

votos formulados por São

Paulo VI, na Mensagem

para o primeiro Dia Mundial

da Paz, a celebrar

em 1 de janeiro de 1968.

E este Magistério não se

interrompeu, falando da

paz e animando o mundo

“a amar a Paz, a construí-

-la e a defendê-la”, como

pedia então na sua mensagem.

Para iniciar o próximo

ano, o Papa Francisco

motiva, de novo, a

nossa reflexão (e oração)

fazendo-nos compreender

que a Paz é uma aspiração

de toda a humani-

No passado dia 11 de

dezembro, o Papa Francisco

recebeu em audiência

o Cardeal Prefeito

da Congregação para

as Causas dos Santos e

promulgou e autorizou a

referida Congregação a

publicar o Decreto relativo

ao Padre (Pai) Américo,

reconhecendo nele a

vivência em grau heróico

das virtudes cristãs. Um

longo caminho já percorrido

que se seguiu à sua

morte, então já com um

reconhecimento inaudito,

pela fama de santidade

que exalava, até que em

1986 foi introduzido o seu

processo de Beatificação

e Canonização. Depois

de uma fase de investigação

e sistematização histórica,

testemunhal e da

análise da sua vasta obra,

a que se seguiu o debate

interno no seio da Congregação

para a Causa

dos Santos, que culminou

no dia 2 de dezembro de

2019 com o voto favorável

unânime, é agora

declarado Venerável.

Reconhece-se e valida-

-se a sua exemplaridade

como caminho seguro a

seguir e imitar, e na devoção

privada o benefício

da sua intercessão. Para

a Beatificação e Canonização,

estádios de uma

devoção mais pública

dade. Desejo que contrasta

com os sinais que

vão macerando a comunidade

humana, recrudescendo

em tantas circunstâncias

a sua “capacidade

destruidora”, em

que se vão fortalecendo

“cadeias de exploração

e corrupção que alimentam

ódios e violências”.

Lugares concretos onde

“se nega a dignidade, a

integridade física, a liberdade,

a solidariedade

comunitária, a esperança

no futuro”, e assim se

hipoteca a vida de tantos

dos nossos contemporâneos,

afetando em

especial os mais pobres e

frágeis. “Toda a guerra se

revela um fratricídio que

destrói o próprio projeto

de fraternidade, inscrito

na vocação da família

humana”. A guerra que se

nutre, diz o Papa, “com

TRIBUNA RELIGIOSA

A PAZ É UMA CONSTRUÇÃO

EM CONTÍNUA ELABORAÇÃO

VENERÁVEL PADRE AMÉRICO

e universal, requer-se

agora a evidência de um

milagre realizado por

Deus por sua intercessão;

é o espaço da devoção

dos fiéis que se confiam

sob a sua paternidade e,

do seu amor compassivo,

esperam a intercessão

junto de Deus, que lhes

baste nas suas provações

e necessidades.

Américo Monteiro de

Aguiar, conhecido como

Padre ou Pai Américo,

nasceu na freguesia de

Galegos (Penafiel) a 23

de outubro de 1887 e

veio a falecer no Hospital

de Santo António (Porto)

a 16 de julho de 1956, na

sequência de um acidente

de viação em São Martinho

do Campo (Valongo),

ocorrido dois dias antes.

Assola-o desde o início

do seu ministério o serviço

aos mais pobres, às

crianças e jovens sem

retaguarda familiar e os

doentes incuráveis, para

quem vai edificando as

Casas do Gaiato e a retaguarda

dos Lares, a primeira

casa em Miranda

do Corvo, o Património

dos Pobres que foram

proliferando por todo o

país e o Calvário de Beire,

cuja Capela é inaugurada

quatro dias antes da sua

morte, acontecimento

tido como última aparição

pública. Vai assim

estruturando essa rede de

ação que as mais diversas

referências bibliográficas

vão descrevendo, de onde

se destaca a sua Doutrina,

Isto é a Casa do Gaiato e

o Pão dos Pobres e, com

uma incrível perseverança

O Gaiato, de que

foi fundador, diretor e

editor, publicado ainda

hoje, uma “Obra de rapazes,

para rapazes, por

rapazes”, e que teve o seu

primeiro número a 5 de

Março de 1944.

Inscreve-se como das

figuras incontornáveis,

cimeiras, da Igreja em

Portugal do século XX,

com um fervor de caridade

e de ação social

pujante e desafiadora,

então como hoje: “É pelas

obras da Caridade que os

homens conhecem e se

apercebem da existência

de Deus. Caridade que

não seja uma palavra vã,

as ambições hegemónicas,

os abusos de poder,

com o medo do outro e

a diferença vista como

obstáculo; e, simultaneamente,

alimenta tudo

isso”. Recorda-nos, por

isso, os últimos passos

que a Igreja percorreu

no Sínodo dos Bispos

para a Amazónia e a mais

recente Viagem Apostólica

ao Japão, e esta

última concretizando a

nem seja uma caricatura,

muito menos uma pintura.

Muito menos, ainda,

a maneira como o mundo

mentiroso costuma

aplicá-la e apresentá-la”

(Padre Américo, Tivoli –

Lisboa, junho de 1956).

A ele, aqui juntamos a

incrível similitude com a

Venerável Sílvia Cardoso

(1882-1950), incrivelmente

contemporâneos

no zelo apostólico, no

cuidado dos mais frágeis

e procura das periferias

existenciais, e conterrâneos

na vizinhança de

tantos dos seus passos.

“Que Deus nos ajude a

recolher as suas riquezas,

validamente pedagógicas

e profundamente cristãs”

(No cinquentenário da

morte do Padre Américo.

Nota do Conselho Permanente

da Conferência

Episcopal Portuguesa, 13

de julho de 2006).

HELDER BARBOSA

demanda de uma fraternidade

real.

Convida-nos, de

seguida, a ativar “o serviço

imprescindível da

memória”, que evidencie

um horizonte de esperança,

“que inspire ações

corajosas e até heroicas”,

de onde sobressaiam

“testemunhas convictas,

artesãos de paz abertos

ao diálogo”, bem mais do

que esses planos teóricos

de palavras vazias. É fundamental

perceber o processo

de paz como “um

empenho que se prolonga

no tempo”, “um trabalho

paciente de busca da verdade

e da justiça”, de procura

do bem comum, da

fidelidade à palavra dada,

de respeito pelo direito,

de escuta mútua, despertando

nas pessoas “a

capacidade de compaixão

e solidariedade criativa”.

É a essa aventura que

nos convida a Bíblia narrando

a história da salvação.

Aí, fica bem evidente

a construção da fraternidade

universal, de onde

resulta como dignidade

CHTS

O Centro Hospitalar do

Tâmega e Sousa acolheu

, no dia 7, a já tradicional

Festa de Natal dos Utentes.

Foi uma tarde repleta de

música, dança, pinturas

faciais, histórias encantadas,

modelagem de

balões e muita alegria.

Na plateia, estiveram

crianças seguidas na

Consulta Externa, utentes

internados e familiares.

No final, não faltou

a visita do Pai Natal com

presentes para entregar.

Os doentes internados,

que não puderam descer

até ao auditório, acompanharam

a festa através do

canal interno de televisão

do hospital.

CIMTS

O ciclo de conferências

Quid Juris, Tâmega e

Sousa?, iniciado em

Janeiro deste ano, terminou,

na penúltima Sexta-

-Feira, a sua actividade

de debate em torno das

especificidades jurídicas

e novidades legislativas

aplicáveis às entidades

intermunicipais e autarquias

locais. A quarta e

última conferência, que

versou sobre o papel dos

municípios nas futuras

concessões de distribuição

de energia eléc-

TRIBUNA REGIONAL

maior o ser filhos de Deus

e, por aí perpassa todo o

sentido da promessa, que

alenta a esperança, pelo

perdão, a gratuidade e a

comunhão.

Urge, assim, um caminho

de conversão “entendida

de maneira integral,

como uma transformação

das relações que mantemos

com as nossas irmãs

e irmãos, com os outros

seres vivos, com a criação

na sua riquíssima variedade,

com o Criador que

é origem de toda a vida”.

Há, por isso, que investir

numa autêntica cultura

do encontro. Recorda

também para os cristãos

o benefício do itinerário

proposto pelo Sacramento

da Reconciliação,

e a abertura ao Espírito,

que possa frutificar em

nós como paciência e

confiança, e “atitudes e

palavras para nos tornarmos

artesãos de justiça e

de paz”.

Que a Paz seja, assim,

a graça e a bênção para

todos neste novo ano!

HELDER BARBOSA

trica em baixa tensão,

decorreu no Auditório

da Comunidade Intermunicipal

do Tâmega e

Sousa.

A quarta e última conferência,

que versou sobre

o papel dos municípios

nas futuras concessões

de distribuição de energia

eléctrica em baixa

tensão, decorreu no

Auditório da Comunidade

Intermunicipal do

Tâmega e Sousa.

CHTS

O Centro Hospitalar do

Tâmega e Sousa bateu,

no dia 25 de Novembro,

o recorde de nascimentos

com a realização de

16 partos num dia.

No total, foram feitos 14

partos por via vaginal

e duas cesarianas, nascendo,

assim, oito meninos

e oito meninas.

Com cerca de 2400 partos

por ano, cerca de 8

por dia, a maternidade

do Hospital Padre Américo

é uma das maiores

do Norte e possuiu óptimos

indicadores de qualidade

como, por exemplo,

uma das mais baixas

taxas de cesarianas. Em

2018, a taxa de cesarianas

no CHTS foi de

22,4% e, a nível nacional,

a taxa situou-se nos

28,35%.

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