Revista Mistérios de Órunmilá - 04
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ENDOMETRIOSE PRECISAMOS FALAR SOBRE ISSO!
O mês de março é o mês da mulher, mas também é uma época do ano muito importante para conscientização de
uma doença que atinge cerca de 200 milhões de meninas e mulheres no mundo: a endometriose.
A endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade reprodutiva e que consiste na presença de endométrio
em locais fora do útero. O endométrio é a camada interna do útero, que se renova mensalmente pela menstruação. A
endometriose aparece no momento da menstruação, parte do sangue eliminado passa pelas trompas e cai dentro da barriga.
Esse sangue contém células que têm a capacidade de crescer em locais como o ovário. Quando o sistema imunológico
responsável pela defesa do organismo não consegue eliminar essas células, a doença endometriose se estabelece.
Os locais mais atingidos pela endometriose são: ovários, fundo de saco de Douglas (atrás do útero), fundo de saco
anterior (à frente do útero), ligamentos do útero, trompas, septo reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), superfície
do reto, bexiga e parede da pelve.
O DIAGNOSTICO DA ENDOMETRIOSE
Através da história clínica: cólicas muito fortes no período menstrual (com piora progressiva);
dor profunda na relação sexual (dependendo da posição); dor com irradiação para a raiz da coxa
ou para o ânus; dor para evacuar (às vezes com diarreia) ou para urinar no período menstrual.
EXAME GINECOLÓGICO
O toque ginecológico pode revelar nódulos fixos e dolorosos na parte posterior do útero (entre
o útero e o reto). Algumas vezes massas anexiais fixas podem ser encontradas bilateralmente. O
toque retal pode detectar envolvimento do reto e dos ligamentos laterais do útero (paramétrios).
EXAMES COMPLEMENTARES
A dosagem do Ca-125 sanguíneo no período menstrual costuma estar acima de 35 U/ml
nos casos mais avançados da doença. A ultrassonografia transvaginal tem boa precisão para o
endometrioma de ovário (cisto hemorrágico). A Ressonância magnética da pelve no período
menstrual é um excelente método para o diagnóstico da endometriose infiltrativa profunda. No
caso de invisão intestinal pode ser necessária a realização do estudo da luz do retosigmóide (retosigmoidoscopia ou colonoscopia). Se houver suspeita
de acometimento do sistema urinário pode ser solicitado a ultrassonografia das vias urinárias, urografia excretora, urotomografia ou uroressonância.
LAPAROSCOPIA
A certeza do diagnóstico só pode ser dada através da biópsia feita durante a cirurgia. O procedimento mais indicado é a laparoscopia, que consiste
na introdução de uma microcâmera através de um pequeno corte no umbigo e na manipulação da cavidade abdominal através de instrumentos
cirúrgicos delicados que são introduzidos através de pequenos orifícios no abdome. Por ser considerada uma cirurgia (com anestesia geral), a
laparoscopia assume cada vez mais um papel no tratamento (ressecção das lesões) e não no diagnóstico da endometriose.
ESTÁGIOS DA DOENÇA
• Estágio I (endometriose mínima): lesões isoladas e sem aderências
significantes.
• Estágio II (endometriose leve): Lesões superficiais com menos de
5cm, sem aderências significantes.
• Estágio III (endometriose moderada): múltiplas lesões e aderências
• Estágio IV (endometriose grave): múltiplas lesões superficiais e
profundas, incluindo endometriomas, aderências densas e firmes.
PRINCIPAIS METAS DE TRATAMENTO
• Aliviar ou reduzir a dor
• Diminuir o tamanho dos implantes
• Reverter ou limitar a progressão da doença
• Preservar ou restaurar a fertilidade
• Evitar ou adiar a recorrência da doença
02 Mistérios de Órunmilá Março 2017
Colaboradora: Beatriz Mello
fonte de consulta: Dr, Claudio Moura Junior, Ginecologista e vídeoesteroscopista, CRM: 639583
Dr, Claudio Crispi, especialista em Endometriose, CRM: 52398816