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NOVA FASE, NOVAS PERSPECTIVAS DE ESTUDO
-
Codificação Espírita:
Caminho longo
a percorrer, mas
indispensável
Por Merhy Seba
Ribeirão Preto- SÃO PAULO - BRASIL
Professor de Marketing e Propaganda e Publicitário – Vice-Presidente do Centro Espírita Meimei,
Editor do jornal Roteiro Espírita - Ribeirão Preto-SP
Atualmente, o cenário é altamente favorável à popularização
das ideias espíritas. Vivemos a era das comunicações
globais, que se caracteriza por três diferenciais significantes:
abrangência, instantaneidade e interatividade propiciados pela
Internet e seus desdobramentos de canais virtuais. Essa escalada
tende a crescer, tanto pelos avanços da tecnologia da
informação, ao disponibilizar novas ferramentas, quanto pela
facilidade de acesso do meio espírita à mídia on-line, por dois
motivos fundamentais: o Espiritismo tem um conteúdo rico
para divulgar e o custo é relativamente baixo – o que não acontecia,
quando no passado, os meios off-line apresentavam custos
fora do alcance das instituições. Em consequência desses
avanços, os centros espíritas, a cada dia que passa, recebem a
presença de maior número de pessoas, em busca de esclarecimento,
consolo e orientações.
É oportuno destacar as fases desse processo de comunicação
no acolhimento ao público na casa espírita – o quê irá
ocorrer em várias entrevistas, dependendo do grau de assimilação
das pessoas. Vejamos essas fases, em uma rápida explanação.
São elas: Desconhecimento, conhecimento, compreensão,
convicção e ação.
Em linhas gerais, a informação chega pelo canal de comunicação,
desperta o interesse e a pessoa vai ao centro espírita;
agora, cabe ao centro acolhê-la e dar as noções sobre
os princípios e conceitos doutrinários; em seguida, proporcionar-lhe
que ela tenha a compreensão dos conteúdos espíritas;
para que chegue à convicção, ao reconhecer a legitimidade dos
conceitos e à ação, que é, por seu livre arbítrio abraçar ou não
a doutrina.
Por coerência, sugerimos a leitura das obras básicas.
Quando indicamos O Livro dos Espíritos, como leitura inicial, é
recomendável também dizer que, depois de lido, deve ser relido
e estudado.
Para o escritor espírita Prof. José Herculano Pires, O Livro
dos Espíritos é o código de uma nova fase da evolução humana.
E é essa a posição na história do pensamento. Então, não é
um livro comum, que se pode ler de um dia para outro e depois
esquecer num canto da estante. Nosso dever é estudá-lo e meditá-lo,
lendo-o e relendo-o constantemente. 1 A partir de seu
lançamento, em 1857, surgiram na sequência, O Livro dos médiuns
em 1861, O Evangelho Segundo o Espiritismo em 1864,
O Céu e o Inferno em 1865 e A Gênese, em 1868, perfazendo,
assim o denominado Pentateuco Kardequiano ou obras básicas
do Espiritismo.
Ao examiná-lo, mais detalhadamente, veremos que O
Livro dos Espíritos proporcionou um delineamento às demais
obras da Codificação, de tal modo que, partindo de única fonte,
obteve-se uma unidade doutrinária coerente e harmônica.
Assim, por partes podemos detalhar:
O Livro dos Médiuns: Corresponde ao Livro II – Mundo
Espírita ou dos Espíritos, a partir do capítulo 6º, até o final.
O Evangelho Segundo o Espiritismo tem conexão com o
Livro III – As Leis Morais, do capítulo I ao capítulo XII.
14 Atração_maio de 2020