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POSSIBILIDADES DE VIVÊNCIAS E ESCOLHAS
CONSTRUTORES
DA CASA MENTAL
Por Euza Missano
Aracaju - SERGIPE - BRASIL
Palestrante Espírita
Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt Sampaio
Quando nos colocamos a refletir sobre as parábolas
de Jesus, algumas vezes introjetamos o enigmático ensinamento
que transpassou séculos vivos, adentrando em
espíritos que crescem em ordem de pensamento e vida
e ainda assim adensam suas histórias e condensam seus
propósitos transformadores. Nada passa a livre experiência
do amor, nenhuma nota podemos transpor sem a coragem
de um construtor da vida, da casa, de seus cômodos
e de seus hóspedes.
Jesus, Mestre do amor, aos fariseus ensina que
não se progride em “casa dividida”, em compartimentos
de várias moradas e sem réstia de sol latente, apenas se
estima a brigada maior do corpo, mas não transborda o
ensino grandioso do amor. Que fazer então para aprender
a obra de construção maior? Já pensou no estigma
do sofredor aparente? Aquele que busca sempre desculpas
para não transpor as portas do maior número de compartimentos
possíveis? Já pensou naquele que nem coragem
possui para conhecer todos os âmagos de sua morada?
Compreende o entorno da sua construção mental, meu
caro amigo?
Casa edificada em rocha é pacífica em sentimentos,
não se divide os aposentos mentais em rochas intransponíveis
de angústia e desassossego, mas apresenta
carinhoso respeito por tijolo de coragem que a argamassa
do tempo compõe na fornalha da vida. É responsabilidade
inteira que Calderaro faz referência in “No Mundo Maior”,
é chama que domina a vida e que, em muitas oportunidades,
chama-nos para a aflição da construção real, com
maturidade e segurança.
Casa dividida, conforme o Cristo nos ensina, é vida
sem equilíbrio mental, sem estrutura e pilares suficientemente
fortes para suportar os vários cômodos e seus hóspedes,
somos vários “eus” impregnados na vida que se
move e somos várias vidas impregnadas no cômodo do
espírito. Que buscamos em vida? Que encontramos nos
vários compartimentos em alvoroço? Vamos consertar o
mar de intrigas que criamos com as nossas vicissitudes e
arrastamos dividindo a nossa casa mental em vários compartimentos
que não se comunicam entre si.
Somos longe de construção segura e sólida, a nossa
rocha procurada ainda não está seguramente posta como
alicerce, mas já temos a boa vontade do construtor, pois
aprendemos com o maior e mais elegante de todos a gerenciar
o trabalho e construir o amor no mais sólido terreno
do pensamento, sem contaminação e sem arestas com
o mal. Casa dividida? Nunca mais a teremos, se buscarmos
a identidade do espírito que desejamos ser na vitória do
bem maior em nós.
No Livro Renúncia, pelo espírito de Emmanuel, obra
psicografada por Chico Xavier, no momento de instrução,
nas palavras de Antênio para o anjo Alcíone, ressai:
O discípulo da verdade e do amor, no mundo, é alguma
coisa de Jesus e de Deus, e a massa vulgar não lhe perdoa
tal condição sobrecarregando-o de pesados amargores,
porque seus sentimentos não são análogos àqueles que
a conduzem a incoerências e desatinos. Não haverá acordo
entre a virtude e o pecado.
Nunca esqueçamos dessas asserções. A rocha sólida
da construção da nossa casa mental sempre deverá ser
firmada em luzes de nossa própria redenção, sem divisão,
sem trincas. Não haveremos de encontrar desespero no
sopro do vento ou na rajada forte do trovão que se avizinha
anunciando a tempestade, mas segurança porque,
com “Jesus e com Deus”, aprendemos a ser construtores
do nosso verdadeiro “EU”.
24 Atração_maio de 2020