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29ª Edição_Revista ATRAÇÃO

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POSSIBILIDADES DE VIVÊNCIAS E ESCOLHAS

CONSTRUTORES

DA CASA MENTAL

Por Euza Missano

Aracaju - SERGIPE - BRASIL

Palestrante Espírita

Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt Sampaio

Quando nos colocamos a refletir sobre as parábolas

de Jesus, algumas vezes introjetamos o enigmático ensinamento

que transpassou séculos vivos, adentrando em

espíritos que crescem em ordem de pensamento e vida

e ainda assim adensam suas histórias e condensam seus

propósitos transformadores. Nada passa a livre experiência

do amor, nenhuma nota podemos transpor sem a coragem

de um construtor da vida, da casa, de seus cômodos

e de seus hóspedes.

Jesus, Mestre do amor, aos fariseus ensina que

não se progride em “casa dividida”, em compartimentos

de várias moradas e sem réstia de sol latente, apenas se

estima a brigada maior do corpo, mas não transborda o

ensino grandioso do amor. Que fazer então para aprender

a obra de construção maior? Já pensou no estigma

do sofredor aparente? Aquele que busca sempre desculpas

para não transpor as portas do maior número de compartimentos

possíveis? Já pensou naquele que nem coragem

possui para conhecer todos os âmagos de sua morada?

Compreende o entorno da sua construção mental, meu

caro amigo?

Casa edificada em rocha é pacífica em sentimentos,

não se divide os aposentos mentais em rochas intransponíveis

de angústia e desassossego, mas apresenta

carinhoso respeito por tijolo de coragem que a argamassa

do tempo compõe na fornalha da vida. É responsabilidade

inteira que Calderaro faz referência in “No Mundo Maior”,

é chama que domina a vida e que, em muitas oportunidades,

chama-nos para a aflição da construção real, com

maturidade e segurança.

Casa dividida, conforme o Cristo nos ensina, é vida

sem equilíbrio mental, sem estrutura e pilares suficientemente

fortes para suportar os vários cômodos e seus hóspedes,

somos vários “eus” impregnados na vida que se

move e somos várias vidas impregnadas no cômodo do

espírito. Que buscamos em vida? Que encontramos nos

vários compartimentos em alvoroço? Vamos consertar o

mar de intrigas que criamos com as nossas vicissitudes e

arrastamos dividindo a nossa casa mental em vários compartimentos

que não se comunicam entre si.

Somos longe de construção segura e sólida, a nossa

rocha procurada ainda não está seguramente posta como

alicerce, mas já temos a boa vontade do construtor, pois

aprendemos com o maior e mais elegante de todos a gerenciar

o trabalho e construir o amor no mais sólido terreno

do pensamento, sem contaminação e sem arestas com

o mal. Casa dividida? Nunca mais a teremos, se buscarmos

a identidade do espírito que desejamos ser na vitória do

bem maior em nós.

No Livro Renúncia, pelo espírito de Emmanuel, obra

psicografada por Chico Xavier, no momento de instrução,

nas palavras de Antênio para o anjo Alcíone, ressai:

O discípulo da verdade e do amor, no mundo, é alguma

coisa de Jesus e de Deus, e a massa vulgar não lhe perdoa

tal condição sobrecarregando-o de pesados amargores,

porque seus sentimentos não são análogos àqueles que

a conduzem a incoerências e desatinos. Não haverá acordo

entre a virtude e o pecado.

Nunca esqueçamos dessas asserções. A rocha sólida

da construção da nossa casa mental sempre deverá ser

firmada em luzes de nossa própria redenção, sem divisão,

sem trincas. Não haveremos de encontrar desespero no

sopro do vento ou na rajada forte do trovão que se avizinha

anunciando a tempestade, mas segurança porque,

com “Jesus e com Deus”, aprendemos a ser construtores

do nosso verdadeiro “EU”.

24 Atração_maio de 2020

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