30ª Edição_Revista ATRAÇÃO
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POSSIBILIDADES DE VIVÊNCIAS E ESCOLHAS
“Que Fazeis de
Extraordinário?”
Por Euza Missano
Aracaju - SERGIPE - BRASIL
Palestrante Espírita
Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt Sampaio
A pergunta amorosa de Jesus aos discípulos e ao
povo que o cercava em multidão faminta ainda repercute
em nossa alma, como questionamento maior da nossa
proeza espiritual, auscultando o imo, no desejo maior de
colaborar com a construção do Reino de Deus em nossos
corações. Lembremos que esse é o primeiro passo ativo,
mas Jesus espera mais do cristão compromissado, aguarda
a verdadeira edificação do Reino de Deus em Casa Mental
sólida, erguida em querência segura e sustentada em colunas
de amor.
Amar os nossos amores, com sentimento de ternura
e responsabilidade, constitui a essência da nossa
construção espiritual. Somos imagem e semelhança do
amor, não poderíamos ter passos diferentes nessa jornada,
mas o nosso Mestre Amigo não nos pede a facilidade do
sentimento por excelência que flui naturalmente, solicita
e aguarda o nosso despertar para o compromisso comportamental
diante de todos, sem exclusão e, na verdade,
quanto mais “difícil” for o semelhante, mais devemos nos
devotar em posturas de compreensão e entendimento.
Não podemos desacreditar na força do império das
fascinações do mundo, no toar da cantiga uníssona do
mundo que suplicia os corações errantes, mas devemos
fazer o diferente e mais complexo caminho da verdade,
encontrar o método original protetivo do amanhã nas cinzas
dos flagelados e na dor dos desafortunados, que nada
podem oferecer em troca imediata, mas que são significativos
para a nossa evolução. Amar os amigos é coisa simples
até para os “gentios”, mas estamos falando de comportamento
amoroso para com os “temperamentais” do
mundo, aqueles que não encontram abrigo em nenhum
coração sincero.
A proposta de Jesus é para que façamos o extraordinário.
O comum muitos já fazem e, se a proposta
foi ousada para os judeus da época, diante da imagem de
sua origem eleita, não reconhecendo o irmão fora de sua
“raça”, justificando a pergunta do doutor da lei ao Mestre,
continua sendo intrépida para os dias atuais, diante
do orgulho e do egoísmo que nos assombram, tornando
adoentados os corações de tantos. Quantas revisitações
faremos ainda à parábola do Samaritano? Ainda escolhemos
a quem amar no caminho perigoso de Jerusalém a
Jericó, portanto, teremos que burilar um pouco mais os
nossos sentimentos com o cinzel da boa vontade sincera
para sermos movidos pela compaixão.
Não vacilemos na jornada, não nos esqueçamos da
nossa filiação divina e nas potencialidades da alma, com
atributos latentes, prontos, treinados e preparados para
eclodir, baste uma ordem de comando do sentimento para
que possam, verdadeiramente, vivenciar Jesus, através da
sua Boa Nova.
Emmanuel, no capítulo 96 de “Fonte Viva”, pela
psicografia de Chico Xavier, vai comentar o capítulo 5:46,
com o título “Além dos Outros”, nos fazendo um chamado
para escalarmos “os cimos da espiritualidade superior”,
aproveitando os minutos da nossa existência com o lastro
de conhecimento que já possuímos, acumulados de tantas
andanças, ora em “tendas” ora fora das “tendas”, mas
sempre acumulando conteúdos ensejadores do progresso.
Em nossas jornadas reencarnatórias, em vários
corpos que habitamos por bênção divina, sempre surgirá
o desafio de Nosso Senhor, “indagando o que de
extraordinário estamos fazendo”. Pensemos nisso e prossigamos
para o alvo.
24 Atração_junho de 2020