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30ª Edição_Revista ATRAÇÃO

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O REAL SENTIDO DA VIDA

Como tem sido o

seu relacionamento

com você mesmo?

Por Domingos Pascoal

Aracaju - SERGIPE - BRASIL

Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante

da cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE

Amigo, como anda o seu relacionamento com a sua máquina,

digo, com o seu corpo.

É! Com seu corpo, aquele que hospeda a sua alma, lembrase

dele?

Você lhe tem dado atenção? Como você o tem tratado? Você

está cuidando dele no presente para não sofrer muito no futuro?

Você acredita que é muito melhor agir preventivamente hoje do

que socorrer atabalhoadamente amanhã? Então, o que tem sido

feito?

De sã consciência, você já pensou nisso? Você tem dado o

devido valor a essas coisas? Para iniciar, vejamos pequenos e elementares

detalhes: você já olhou para si mesmo? Pelo menos uma

vez na vida você parou para olhar com carinho, por exemplo, para

os seus pés? Já? Ótimo. E qual foi a sensação? Foi o que você esperava?

Afinal, os pés são os pés, não é mesmo?

Mas, aqueles são pés especiais, são os seus pés, úteis; levam

e trazem você, mantendo-o ereto; são a sua base. Com eles você

anda, joga bola, corre, nada, dança...

Pois bem, pelo menos uma vez na vida você conversou com

eles? Já agradeceu a maravilha que eles representam em sua vida?

E suas pernas? Tão importantes, não são mesmo? Levam e trazem

você conforme o seu desejo, não é verdade?

Seus órgãos genitais, reprodutores da vida. Os intestinos,

sim, os seus intestinos, você sabia que os tem? Intestino grosso e

intestino delgado. Estranho, não? ─ Pôxa! Eu tenho isto, é?

Tem. Pode até não ter dado o valor que eles representam.

Mas, eles estão lá. E os pulmões, os rins e o coração, você já parou

e fez uma reflexão de como eles são importantes na sua vida? Como

são essenciais, hein?

Mas, não é só. Pare um pouco e perceba o seu rosto: boca,

nariz, olhos, orelhas, cabelo, tudo tão bem elaborado, tão bem

colocado.

Você sabia que é proprietário de uma das máquinas mais perfeitas

que existem no mundo? É, o seu cérebro. Ih! Amigo, temos

tantas coisas boas, que falar de todas tomaria muito espaço.

Deixo somente a provocação: pense em cada uma, da importância,

da localização, da utilidade... Pense com honestidade.

Você sabia que era tão rico? Que tinha tudo isso? Pare um

momento, bata um papo com você mesmo, converse com o seu

corpo... Isso vai elevar a sua autoestima e lembrá-lo que você tem

o dever de cuidar de si mesmo. Agindo e, às vezes, evitando agir.

Fazendo esta reflexão, com certeza você ponderará na hora

de cometer certos absurdos com esse conjunto de órgãos que guarnecem

a sua vida.

Por exemplo: vamos imaginar uma das maiores agressões que

você ou eu podemos praticar com o nosso corpo: fim de semana,

uma feijoada na casa de um amigo. Tudo ali começa cedo. Primeiro

uma bebidinha: cerveja, whisky, ou cachaça, isso só para abrir o

apetite.

Porém não se bebe sem um tira-gosto. Então, que tal linguiça

com farofa? Ótimo. Mas, pode ser também uma carne frita,

um caranguejo ou ainda outro marisco. Vai bem, né? Então, desce

um... Desce dois e blá blá blá blá blá blá... E lá vai. Daqui a pouco

a feijoada está pronta.

Ah! Ia esquecendo do churrasco. Ele também já está “esturricando”

no braseiro. Você já está entupido de linguiça com farofa, carne e peixe

fritos, caranguejo, ostra, lambreta, siri, camarão...

Mas, sempre tem uma “vaguinha”. Feijoada pronta reinicia-se o

“sacrifício”, quer dizer, a agressão: churrasco, feijoada, couve mineira,

torresmo, farinha, gordura, pimenta, cachaça, cerveja...

Não se preocupe, tem uma laranjinha pra rebater.

E você “sacode” e mistura tudo dentro do seu corpo como quem

colhe lavagem para dar aos porcos. Tudo aquilo vai para uma vasilha só.

Pense na mistura: feijão, carne, gordura, farinha, couve, cerveja, cachaça,

caranguejo, linguiça, laranja...? Eca!

Neste instante, você nem se dá conta do trabalho que seus órgãos

internos estão desenvolvendo para separar e se ver livres daquela mistura

horrorosa.

O que serve para alguma coisa vai para um lado, o que não é

aproveitado vai para outro...

É um trabalho lindo feito pelo fígado, rins, baço, intestinos, sucos

gástricos etc.

Mas, enquanto isso não acontece o “cabra” fica meio sem jeito,

se retorcendo. Não encontra uma posição agradável, o fôlego fica curto,

pois aquele bolo enorme está, digamos, mal arrumado...

Ah! Tem nada não! Eu tomo um sonrisal e está tudo resolvido!

Está não, amigo. Você sobrecarregou a máquina. E máquina

sobrecarregada não funciona bem e acaba quebrando. Você sabia?

26 Atração_junho de 2020

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