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UNIDADE
Renascimento e Barroco – Retorno ao Clássico
Pré-Renascimento
Florença, na Itália, foi a cidade onde surgiram as primeiras manifestações
artísticas do Pré-Renascimento. Devido às ameaças do Duque de Milão, Florença
se empenhou em resistir bravamente com uma campanha cívico-patriótica para
garantir sua liberdade. Imbuída do título de protetora das artes, a cidade se dedicou
à produção de obras para sua ornamentação, valorizando o papel do artista como
um ser criador e homem de saber, como os literários e matemáticos.
A família Médici, abastada e crente nesta nova era, teve um papel importante
no incentivo à produção artística, contribuindo para o surgimento de um grupo de
artistas talentosos, capazes de trazer de volta o esplendor da cultura greco-romana.
Se destacaram Filippo Brunelleschi (1377-1446), na arquitetura; Donatello (1386-
1466), na escultura; e Tomasso Masaccio (1401-1428), na pintura.
Fig. 5 – Cinco mestres da Renascença florentina (s/data), de Paolo Ucello. Da direita para a esquerda,
Giotto di Bondone, Paolo Ucello, Donatello, Antonio Manetti e Felippo Bruneleschi
Fonte: wikiart.org
Na arquitetura renascentista, o que importava era a criação de espaços compreensíveis
de todos os ângulos possíveis do olho humano e a busca de uma ordem
na composição dos espaços. Se utilizaram das ordens arquitetônicas gregas e dos
arcos e cúpulas da arquitetura romana.
Filippo Brunelleschi foi um dos arquitetos que se destacou nesse período. Um
dos seus trabalhos mais importantes foi a cúpula da Catedral de Florença, também
chamada de Igreja de Santa Maria del Fiore (Fig. 6). A construção da catedral foi
iniciada pelo arquiteto e escultor florentino Arnolfo di Cambio (1240-1310), mas
a enorme cúpula com calota dupla foi feita por Brunelleschi, com um método que
ele mesmo inventou.
Por essa célebre realização, ele foi chamado para projetar outras igrejas
e edifícios. Viajou pela Itália e mediu as ruínas de templos e palácios romanos,
esboçando toda arquitetura e ornamentações desses antigos edifícios.
Seu processo de criação dos projetos e a construção dos edifícios permitia que
a antiga arquitetura greco-romano fosse utilizada livremente, criando novas formas
de harmonia. Esse pensamento arquitetônico perpetuou-se na Europa por quase
quinhentos anos.
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