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UNIDADE
Renascimento e Barroco – Retorno ao Clássico
Fig. 18 – A Última ceia (1495-1498), de Leonardo da Vinci, afresco, Santa Maria Delle Grazie, Milão (Itália)
Fonte: Wikimedia Commons
Observe que o ponto de fuga fica atrás da cabeça do Cristo, fazendo com que
nossos olhos o vejam em primeiro lugar, dando a devida importância ao personagem
principal desta história. A janela que está atrás, parece dar a impressão de uma auréola,
santificando-o. A representação é do momento em que o Salvador pronuncia
a frase ápice do jantar “Um de vós há de me trair” e os apóstolos respondem, quase
que ao mesmo tempo, “Senhor, serei eu?”. Da Vinci explicita esse momento através
das expressões do rosto e dos gestos que cada um dos personagens faz.
O Renascimento Norte-Europeu
Essa nova estética e a valorização da cultura
greco-romana pelos Italianos atravessou as
fronteiras da Itália e chegou a outras regiões
da Europa. Na cultura germânica e dos países
baixos, a pintura foi a arte que mais se destacou,
criando uma mistura com características
góticas e renascentistas.
Jan Van Eyck (1390-1441) foi um dos pioneiros
no uso da tinta a óleo, aperfeiçoando a
técnica da aplicação de camadas transparentes,
o que lhe permitiu pintar detalhes e criar
cores profundas. Podemos observar a preciosidade
desenvolvida por ele na pintura através
da obra O Casal Arnolfini (1434) (Fig. 19).
O artista representou com muito realismo
os objetos e superfícies com a ajuda da tinta
óleo, que lhe possibilitou representar até
mesmo o reflexo da luz sobre eles com muito
naturalismo. Note as diferentes texturas que
consegue no metal dos lustres, na madeira das
sandálias, nas contas do terço pendurado na
parede, nos diferentes tecidos...
Fig. 19 – O Casal Arnolfini (1434),
de Jan Van Eyck, óleo sobre painel,
National Gallery, Londres (Reino Unido)
Fonte: Wikimedia Commons
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