edição 207 impresso pdf - Jornal Copacabana
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um jeito diferente de fazer jornal de bairro ANUNCIE: 2549-1284 / copa@jornalcopacabana.com.br 3<br />
Participe!<br />
publicaremos aqui, no seu <strong>Jornal</strong> <strong>Copacabana</strong><br />
Calçadão inseguro<br />
Sou empresário e vivo entre Minas Gerais<br />
e Rio, aqui sou morador da Av. Atlântica<br />
em <strong>Copacabana</strong> e como podem imaginar,<br />
pago meu IPTU em dia, para ver todos os<br />
dias, a bagunça correr solta debaixo da minha<br />
janela, começando ainda cedo depois<br />
das 20:00 h. Ultimamente nossa calçada<br />
com desenhos do Burle Marx, outrora tão<br />
aprazível para caminhadas, ganhou outros<br />
“donos” - um grupo de travestis que<br />
anda em bando entre o <strong>Copacabana</strong> Palace<br />
e o Hotel Olinda. Não são esses travestis<br />
normais e dóceis como encontramos em<br />
muitos lugares, esses são bandidos! Xingam,<br />
gritam, esfregam-se nos homens sem<br />
a concessão, ameaçam alguns transeuntes<br />
com facas e conferem o terror ao ponto<br />
mais turístico do Rio – enfim – queimam o<br />
filme da cidade maravilhosa e retira nosso<br />
direito de ir e vir em segurança.<br />
Não sei por que a polícia faz vista grossa<br />
contra os abusos desses criminosos? Machismo<br />
barato? Talvez seja pelo preconceito<br />
contra os “suspeitos” agredidos por travestis,<br />
que merecem um corretivo? Enfim,<br />
essa é uma distorção na tarefa protetora<br />
policial e ainda é semelhante com a lógica<br />
que converte a mulher vitima de estupro,<br />
como a causa, quando essa está usando<br />
minissaia.<br />
Já vi morador correr deles para sobreviver<br />
a múltiplas facadas, já vi socos e pontapés<br />
com outras prostitutas. Sem contar os<br />
moradores da orla que com muito medo,<br />
silenciam as denúncias para não ficarem<br />
marcados para morrer. Eu mesmo fui agredido<br />
por um deles e quase perdi minha córnea<br />
esquerda, porque fui abordado e não<br />
permiti que se encostassem a minha parte<br />
íntima, tudo enquanto chegava prosaicamente<br />
em casa.<br />
Agora não posso mais jantar e voltar a pé<br />
para casa... E há outros casos como o meu.<br />
Quero deixar claro que não sou preconceituoso,<br />
sou educado, um cara do bem, nunca<br />
entrei em briga, gosto de papear com<br />
os idosos e por isso escolhi este bairro tão<br />
diversificado para morar.<br />
Em nome de milhares de bons pagadores<br />
de IPTUs, espero uma providência urgente<br />
e constante da polícia.<br />
O leitor não quis se identificar@<br />
Desordem Urbana<br />
A desfaçatez<br />
dos politicos ao<br />
usarem o espaço<br />
público não tem<br />
limite.<br />
Agora tem faixas,<br />
cavaletes em<br />
todos pontos da<br />
cidade, viadutos,<br />
esquinas movimentadas,<br />
saída<br />
de metrô e como<br />
mostra a foto até<br />
os jardins publicos<br />
estão sendo<br />
utilizados para<br />
expor e ou guardar<br />
os cavaletes.<br />
Anderson<br />
Barbosa@<br />
– O que é isto?<br />
– Um passaporte. Ele está dizendo para<br />
ela que vai embora, para sempre.<br />
– Não disfarça.<br />
– Verdade. Parece que ele não gosta<br />
mais dela.<br />
– Não estou falando do filme, seu sonso.<br />
Estou perguntando o que é isto aqui,<br />
entre as minhas pernas.<br />
– Minha mão, ora.<br />
– Você não pediu permissão.<br />
– E precisa?<br />
– Saiba que não sou dessas.<br />
– Já sei. Também não gosto dessas.<br />
– Não está me agradando.<br />
– Tudo bem. Podemos sair e procurar<br />
outro cinema. Tem um filme legal no Estação<br />
Botafogo.<br />
– Não se faça de bobo.<br />
– Eu te amo.<br />
– Que ridículo!<br />
– Eu?<br />
– Não. O sujeito do filme. Olha que bigodinho<br />
mais cafona.<br />
– Também acho.<br />
No cinema<br />
– Eu vou gritar.<br />
– Não faça isso, vamos evitar o escândalo.<br />
– Então, pára.<br />
– Não consigo.<br />
– Por quê?<br />
– Minha mão está presa entre as suas<br />
pernas.<br />
– Tira a mão daí!<br />
– Então abre as pernas.<br />
– Nem morta. Se eu fizer isso, você se<br />
aproveita.<br />
– Criou-se o impasse.<br />
– Como assim?<br />
– No filme. Ele não sabe se pega o trem<br />
ou se vai jantar com ela.<br />
– Precisa aparar essa unha.<br />
– Farei isso hoje mesmo.<br />
– Então vou abrir um pouquinho. Mas<br />
só um pouquinho.<br />
– Você é uma boa menina.<br />
– E você é um cafajeste.<br />
– Fala baixo. Lá vem o lanterninha.<br />
– Ele vai ver sua mão. Esconde.<br />
– Onde?<br />
– Aqui.