Download (pdf - 5086 Kb) - Comercial Rede Globo
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mercado<br />
CONSUMO<br />
A classe média alta valoriza o<br />
consumo inteligente mas ainda não<br />
é plenamente atendida pelo varejo<br />
Em busca da<br />
exclusividade e<br />
diferenciação<br />
Compra jeans em shoppings,<br />
garimpa sapatos em pontas de<br />
estoque e pechincha acessórios<br />
em ruas de comércio popular.<br />
Um dia almoça fast-food e, no<br />
outro, janta num restaurante chique.<br />
O esforço para garimpar o bacana e<br />
diferente que caiba no bolso, poupando<br />
de um lado para gastar do outro, reflete<br />
o comportamento complexo do<br />
consumidor da classe média alta.<br />
Mesmo representando apenas 4% do<br />
total da população, esse grupo detém<br />
parcela significativa de renda total do<br />
país – de 23% – e ainda não dispõe de<br />
uma opção de varejo que a satisfaça.<br />
A classe média alta quer um modelo de<br />
varejo “inteligente”, que equilibre<br />
diferenciação e atendimento<br />
personalizado, pagando um preço justo<br />
por isso. Essas foram as constatações de<br />
4<br />
BIP<br />
pesquisa feita pela TNS InterScience<br />
para entender melhor as nuances de<br />
consumo dessa camada social.<br />
O estudo, realizado no ano passado, em<br />
São Paulo, analisou 200 pessoas das<br />
classes A1 e A2 (critério Brasil), de 25 a<br />
55 anos, com renda familiar entre R$ 6,6<br />
mil e R$ 12 mil.<br />
Apesar do poder de compra limitado,<br />
o consumidor da classe média alta<br />
admite que tem muitas opções para<br />
consumir e que há o desejo de obter e<br />
aproveitar tudo. Tanto que 76% afirmam<br />
consumir mais que há cinco anos.<br />
Outro estudo comprova as<br />
oportunidades do varejo diante dessa<br />
população. Uma sondagem sobre os<br />
sentimentos do consumidor da classe<br />
média, realizada em 2008 pelo instituto<br />
Market Analysis, revelou que, quando<br />
questionado se tem todos os bens<br />
materiais de que precisa, a porcentagem<br />
dos que discordaram passou de 28%<br />
para 34% em relação ao último dado,<br />
relativo a 2006. Fabián Echegaray, diretor<br />
do instituto, afirma: “O brasileiro mostra<br />
ter muito mais apego pelos bens<br />
materiais agora do que tinha antes.<br />
Tem fascinação pelo consumo, como se<br />
a quantidade definisse a identidade das<br />
pessoas. Quanto mais se tem, mais se<br />
quer”. Ele explica o fenômeno pela<br />
rapidez com que o Brasil evoluiu<br />
economicamente nos últimos anos.<br />
Elizabeth Salmeirão, diretora da TNS<br />
InterScience, explica que a classe média<br />
alta está interessada no melhor dos dois<br />
mundos e oscila entre a busca pela<br />
diferenciação e a procura por boas<br />
oportunidades econômicas, mas com<br />
aval de qualidade.<br />
Pela complexidade de suas escolhas<br />
JUNHO / 2009 • N O 560