Relatório de Atividades do DTI - 2020
Relatório de Atividades do DTI em 2020
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assunto. Outra questão interessante, segundo
Kaufman, foi colocada pelo filósofo americano
Ned Block, transcrita a seguir:
“se as máquinas aprendem com o comportamento
humano, e esse nem sempre está
alinhado com valores éticos, como prever o
que elas farão?”
Esse fato pôde ser observado com
o chatbot Tay da Microsoft que, em menos
de 24 horas, se transformou de um inocente
amigo virtual de adolescentes para um
defensor nazista de sexo incestuoso,
comportamento adquirido pela interação
com os jovens. Talvez, o uso da Teoria da
Disponibilidade explicada em um artigo
da MIT Technology Review possa ajudar a
resolver esse problema.
IA no Setor Público
O tema IA tem ganhado extrema relevância
também no setor público, no qual várias
implementações têm sido discutidas para
agilizar a engessada máquina administrativa.
O Governo Federal, inclusive, fez uma
consulta pública sobre a Estratégia Brasileira
de Inteligência Artificial e sua aplicação
no setor público. A consulta recebeu várias
contribuições em relação a pontos como
benefícios do uso de IA em órgãos públicos,
áreas prioritárias, uso de IA para ajuda na
tomada de decisão, e questões éticas.
Se por um lado há ainda grandes obstáculos
para chegarmos à criação de uma IA
geral, por outro lado os especialistas estão
cada vez melhores em criar soluções que
utilizam a IA restrita, principalmente porque
já temos poder de processamento suficiente,
muitos dados disponíveis e, por último, mas
não menos importante, o conjunto certo de
técnicas e algoritmos.
Fato é que hoje há muitas soluções de
IA restrita em uso em várias empresas e
também em órgãos públicos. Nos órgãos
de controle, por exemplo, há o uso de robôs
pelos Tribunais de Contas, como o chatbot
de atendimento do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo e o Zello, do Tribunal
de Contas da União. Na página da consulta
pública sobre IA há vários outros exemplos
em órgãos públicos, como os robôs
Alice, Monica e Sofia do TCU; Bem-te-vi do
Tribunal Superior do Trabalho; Victor do
Supremo Tribunal Federal; e Elis do Tribunal
de Justiça de Pernambuco.
A interação com robôs durante a pandemia
cresceu até 200%, segundo artigo publicado
no jornal Folha de São Paulo, e isso também
aconteceu no setor público, onde a digitalização
de serviços acabou sendo impulsionada
em órgãos como o Poupatempo e o Governo
Federal, com sua plataforma Gov.br.
Uma iniciativa digna de nota é que no
âmbito do Comitê de Tecnologia, Governança
e Segurança da Informação dos Tribunais
de Contas foi criado um grupo de trabalho
específico para tratar do tema Inteligência
Artificial. O objetivo desse grupo de trabalho
é identificar oportunidades de uso da IA e
compartilhar soluções que já estejam em uso,
como já vem acontecendo com o robô Alice
do TCU/CGU, que já está em uso em vários
Tribunais de Contas estaduais.
O caminho é longo, mas bastante
promissor. E a junção de forças e compartilhamento
de soluções e ideias é uma ótima
iniciativa que em breve dará muitos frutos.
Autor: Fabio Correa Xavier
Fonte: https://bit.ly/2WqdBEv
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