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38ª Edição_Revista ATRAÇÃO

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R E V I S T A

Ciências:

Magnética e Espírita

38ª Edição - Fevereiro 2021

A importância do

Perispírito

no Tratamento

Magnético

Irmã

Dulce

por André Peixinho

na rádio Ilumina -

SE, vai mexer

com você

Imunidade

Espiritual e

Conduta Espírita

Atração_fevereiro de 2021 1


Domingos

Pascoal

O escritor e Acadêmico Domingos Pascoal rende homenagem

ao admirável poeta, cordelista popular, e membro da

Academia Sergipana de Cordel. Ele, é palestrante e escritor,

além de ter sido Guardião do Cordel Sergipense.

É um grande colaborador e incentivador da

cultura nordestina e em particular, a cultura de Sergipe.

É evangélico. E, recebeu os seguintes prêmios e comendas:

1. SESC/SE - Mensão Honrosa em 1996 e 1997;

2. Certificados de participação no Concurso de Talentos da Maturidade do

Banco Santander das décimas e décima segunda edições;

3. Foi o GUARDIÃO DO CORDEL SERGIPENSE de 2008 a 2014, cuidando

da Sala de Cultura Popular Poeta Manoel D'Almeida Filho, da Biblioteca Pública

Estadual Epifânio Dória;

4. Foi premiado no Projeto 100 Anos de Mazzaropi;

5. Em 01/10/2015, foi agraciado com o título de Cidadão Aracajuano pela

Câmara Municipal de Aracaju;

6. Em 19 de julho de 2017 tomou-se membro da Academia Sergipana de

Cordel ocupando a Cadeira 01;

7. Em março de 2018 recebeu a homenagem do Governo do Estado de Sergipe

pela grande contribuição à Cultura Sergipana;

8. É Autor de mais de 150 títulos e com um acervo com mais de 7000 raridades

de cordelistas passado;

9. É palestrante com presença constante nas Igrejas, Escolas e Eventos culturais e,

aceita convites para se apresentar em qualquer lugar;

10. Atualmente desenvolve um projeto ambicioso que é escrever, em forma de

Cordel, sobre cada um dos 75 Municípios Sergipanos. Cinquenta já estão prontos, faltam,

portanto, apenas vinte e cinco para encerrar esta magnífica obra que será num livro só.

2 Atração_fevereiro de 2021


ZEZÉ DE BOQUIM é o nome artístico de JOSÉ MARCIANO

DOS SANTOS, nasceu no povoado Pururuca, na cidade de Lagarto

em Sergipe. Quando criança, gostava muito de ouvir seu

pai cantando cordel, isso o fascinava. Todavia, esta alegria durou

pouco pois, quando tinha cinco anos, o seu cordelista que tanto

o encantava, resolveu abandonar a família fazendo com que sua

mãe voltasse à antiga casa de seus pais. A partir daí coube a sua

avó materna, dona Sabina, criá-lo com os cuidados e carinhos

que somente as avós sabem dar.

Aos nove anos foi matriculado numa escola pública na

localidade de Fazenda Buril, distante nove quilômetros de onde

residia. Durante um ano e meio ele fez, a pé, este trajeto de ida e

volta, caminhando em média, 18 quilômetros por dia para assistir

às aulas. Todavia, por motivos particulares dona Dete, única professora

daquela escola, se casou e teve que vir morar em Aracaju,

a escola, por tal razão, encerrou as suas atividades.

Tempos depois foi matriculado noutra escola, que funcionou,

por dois meses, na casa de sua tia Etelvina, no povoado

Morcego.

A partir de então, sem escola para estudar, salvou-lhe o

amor aos cordéis. Contudo, faltava-lhe dinheiro para adquirir, nas

feiras quinzenais, os livrinhos mágicos que tanto amava. Pensou:

se quero cordel tenho que ter dinheiro e, a única forma encontrada

foi a de aprisionar passarinho, vender e comprar o cordel

que queria. Assim foi feito. Aprisionou quatro canários, vendeu

na feira, cada um a 50 réis, apurou os dois mil réis necessários à

aquisição do seu primeiro livreto. Depois outros vieram e, nosso

cordelista foi se tornando popular, nos saraus familiares era sempre

solicitada a sua presença para cantar cordel que já sabia de

cor e salteado.

Aos 23 anos casou-se com dona Dalva, morou em vários

lugares de Sergipe e escolheu o Conjunto Bugio, como pátria de

ficar. É pai de 09 filhos, vários netos e até bisnetos.

Atração_fevereiro de 2021 3


O SUCESSO SEMPRE ACOMPANHA

Maria Victória

Uma jovem talentosa e altamente competente. Profissional de sucesso

que, através da expressão e da beleza desta ARTE, vem

com suas personagens, levar emoções e fortalecer os ideais de quem

deseja fazer algo motivador, diferente e sem medo de ser feliz.

REVISTA

O magnetismo de Deus em nossas vidas

38ª Edição - Fevereiro de 2021

Revista Atração, ano 04 nº 38

É um veículo destinado a promover e fortalecer o Movimento Espírita, assim como

levar a ciência Magnética ao conhecimento da humanidade em prol da saúde física e

espiritual no cenário mundial. Visa também consolidar o intercâmbio doutrinário em

favor da humanidade, resultante da união das duas ciências.

COLABORAM NESTA EDIÇÃO:

Antônio Francisco (Saracura), Domingos Pascoal, Jacob Melo, Célia Mônica, Rita Freire,

Euza Missano, Telma M S Machado, Silvan Aragão, Lourdinha Lisboa, Graziela Nunes,

José Manoel 4 Conde, Atração_fevereiro Telma Costa, Said Pontes de Abuquerque, de 2021 Vânia Bandeira, Paiva

Neto, Prof. Halley F. Oliveira, Mehry Seba

ACESSE NOSSO SITE E DEGUSTE AS EDIÇÕES

www.revistaatracao.com.br

atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com

Publicidade / Contato Fones: (79) 99650.4887 oi

Aracaju - Sergipe - Brasil

Diretora Responsável

IVONETE SANTOS CONCEIÇÃO

Editor

ISAIAS MARINHO CONCEIÇÃO

Revisor(a)

GRAZIELA NUNES

Diagramação

BERGSON MARINHO

Atendimento ao Leitor:

CÉLIA MÔNICA pedagoga e poetisa

Nossa CAPA. Trazemos nesta edição a imagem

da Irmã Dulce e do palestrante espírita

Professor Doutor André Luiz Peixinho, ao proferir

uma palestra para a Rádio Ilumina de

Aracaju - Sergipe, onde o mesmo fala da sua

convivência com a santa Ir. Dulce. São histórias

que mexem com a gente e alimentam nossa fé.

Vale apena conferir.

A rádio ILUMINA nos dá esse presente,

através da disponibilização do LINK de acesso

via PODCAST. Confira na nossa pagina 9.


Conversa com o LEITOR

Sobreviventes

rumo ao futuro

De repente, o mundo parou, e o século XXI trouxe com ele o rigor

necessário para a efetivação de uma transição já dantes anunciada.

Sejamos realistas. Confessemos que os avisos foram constantes para todos.

Vejamos: abalos sísmicos, tsunamis, guerrilhas, fissuras políticas e econômicas,

clima, lutas para a manutenção do poder. Entretanto, os que praticam abusos

e atos nocivos de diversas ordens, esquecem que estamos dentro de mundo

globalizado, no qual a população mundial está cada vez mais informada e conhecedora

dos seus direitos. É um momento em que se luta pelo que é certo,

rejeitando todo tipo de torpezas que atrapalhem o crescimento moral, intelectual

e material.

A humanidade amarga situações vexatórias causadas por ela mesma. E

quando a situação aperta, começa a clamar em tom de desespero, pedindo

ajuda “especial”, como se não fossemos merecedores de remédios amargos.

Por incrível que pareça, o brado é insistente, pedindo ao Pai Celestial que os livre

de todos os males, esquecendo que somos geradores de tais situações.

Não resta dúvida, porém, de que a grande estrela da virada do século foi e

é mesmo a natureza, em todos os sentidos. É nela que nos deparamos com atos

inconsequentes provocados pelo homem, e dela surgem elementos que darão

ao homem respostas imediatas e contundentes.

Já que estamos falando de futuro e estamos lutando pela

sobrevivência, não nos esqueçamos de que podemos e devemos

alimentar a nossa fé no Cristo Jesus. É chegada a hora,

para muitos, de retornar ao plano espiritual, e os que ficam

devem parar para analisar que não são privilegiados, que nós a-

penas recebemos uma moratória e/ou não foi chegado o momento,

mas, com certeza, faremos a preparação da Terra do Futuro,

recepcionando os que aqui estão aportando.

Deus tem-nos reservado uma “EDIÇÃO ESPECIAL” com

novos capítulos para efetivação desse novo tempo, dessa nova

era. Estaremos ou não marcados para um encontro com os

novos seres que consolidarão o Mundo de Regeneração.

Seja como for, vamos tratar de nos acostumar e aprender

a viver a nova realidade que nos impulsiona para o futuro.

Isaias Marinho

j.antenoraguiar@terra.com.br

Essa obra nos remete aos tempos dos nossos avós,

principalmente no interior do nordeste brasileiro,

onde se reuniam com as crianças (filhos, netos e

bisnetos), para contar causos que despertavam

curiosidades, gerando suspense, além de

muita emoção e temor das possíveis assombrações.

Vale apena conferir e aproveitar esses momentos

de pandemia, para se reunir com a turminha.

Diria que é uma maneira bem

legal para minimizar a reclusão.

Atendimento Magnético

AQUI em SANTA CATARINA

FLF – Sociedade Espirita Fraternidade Luz e Fé

Rua Frederico Voelz 730, bairro Itoupava Central, Blumenau SC

http:// www.ordemflf.com.br/ marcelo5.0@terra.com.br

Contato: (47)99985.0208 e Marly (presidente) (47) 99265.2692

Atendimentos: 2ª feira das 20h as 21h30 – Estudos (Obras Básicas) –

Assistência Espiritual na 4ª feira das 17h às 22h e Reunião Mediunica e

Estudos sobre o Magnetismo nas 6as feiras

Atração_fevereiro de 2021 5


Por Isaias Marinho

A importância do

perispírito no

tratamento magnético

Aracaju Rio de

Janeiro

SERGIPE

RJ - BRASIL

Magnetizador Espírita. Facilitador do ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita

No tratamento magnético, para se atingir o mal que

está na carne, é necessário atingir primeiro o perispírito.

Por que?!

Para que possamos entender melhor a colocação

acima citada, devemos abordar algumas

lógicas importantes e imprescindíveis.

O filósofo e matemático francês René Descartes

foi o primeiro a aventar que a glândula

pineal é o órgão onde se instalara a alma. Por

isso o termo "sede da alma".

Será?! E se for?! Seria perfeitamente natural...

Ao se afirmar que ali na PINEAL não está

ou está a sede da alma, é perfeitamente cabível

uma análise profunda e sensata, pois além

de ter semelhança de forma e estrutura com

certa peça do aparelho receptor da telegrafia

sem fio, ela pode ser considerada como órgão

sensorial no fenômeno mediúnico.

Agora vamos a outra lógica. Quem já viu

um espírito? Refiro-me à energia e não ao perispírito.

Chico Xavier, certa feita, mencionou a

visão que teve quando do desencarne da sua

segunda mãe, ao visualizar bolas de luz que se

transformaram em imagens (espíritos), recepcionando

dona Cidália.

Ao visualizarmos aqueles pontos de luz,

ou bolas de luz, às vezes não nos damos conta

de que, ali se apresentando, são formas naturais

de declaração, como se desejassem dizer

para nós:

— Estou aqui, à tua frente, ao teu lado,

mas também sou um servo de Deus na busca

da perfeição, não importando a forma e o local

em que possa estar.

Eu tive essa experiência. Pois quando esses

seareiros apareceram para mim, como se

fossem vaga-lumes povoando o meu quarto,

em minha residência, não imaginei que eles

também poderiam ser detentores de imperfeições,

o que é, também, perfeitamente natural.

Portanto, o espírito ao ser visualizado energeticamente,

não significa dizer que o perispírito

6 Atração_fevereiro de 2021


ali não se encontre, pelo contrário, ali está,

porém não visualizado. É esse mesmo perispírito

que carrega os miasmas e imperfeições

que por acaso possam existir, mas que

um dia serão extirpados por completo, deixando

o corpo espiritual livre e diáfano. Isso

é inegável.

Hoje eu posso dizer que em tudo há

sincronia. Como acontece com o corpo físico,

corpo espiritual e espírito. Portanto,

para que o tratamento seja completo, é necessário

tratar o banco de dados que existe

em nós e que se interliga no cômputo geral.

Lembremos que tudo é energia. Matéria

é energia, perispírito é energia, espírito

é energia, que se interligam entre si, formando

uma perfeita sincronia. Se estamos

doentes, com certeza, estaremos num todo,

pois o espírito, ao se encher de mazelas e

enfermidades, transfere ao perispírito carga

energética negativa, que consequentemente

irá atingir o corpo somático.

E quando direcionamos uma ação magnética,

os fluidos começam a penetrar o corpo

seguindo em direção a raiz do problema.

Eu já vivi essa experiência, não só aplicando,

como também recebendo a ação bioenergética.

E nesse caso, além de sentir, já

tive a graça de ver a aplicação que insidia

sobre meu corpo, inclusive as cores predominantes

da energia aplicada pela espiritualidade

sobre mim. Algum intelectual ou

algum espírita “estudioso” poderia questionar:

“Como pode ele afirmar que recebeu

aplicação bioenergética através de desencarnados,

se a BIOENERGIA é inerente aos

encarnados?” A esses irmãos, eu aconselho

a leitura da obra psicografada por Francisco

Cândido Xavier, “NOSSO LAR”. Aí vocês entenderão

o que estou afirmando.

Com relação à aplicação, também recebi

a prestabilidade dos magnetizadores encarnados.

Desta feita, eu não vi, mas senti a

ação magnética.

É assim que eu posso afirmar o poder

da energia no tratamento magnético e enfatizar

a importância de agir no corpo espiritual.

Érika Coutinho, bancária e nascida na cidade

do Rio de Janeiro. Há 31anos Érika mora em Petrópolis,

região serrana do Estado, e há 28 participa do Grupo

de Comunicação Espiritual –GCE. Trabalhando como

médium ostensiva e também coordenando as turmas

de estudo há mais de 15anos, recentemente está como

coordenadora dos tratamentos magnéticos da Casa. Ela

é também vice-presidente do Grupo, fundado em sua

casa por sua mãe – Ângela Coutinho – presidente.

Ela nos diz: “Pois é, encontrei o magnetismo “por

acaso”.

Em 2014 tentava preparar uma aula sobre passes,

desses tradicionais que são aplicados em quase todas

as Casas Espíritas, e que nunca tivemos no GCE por orientação

da Espiritualidade–acredito que já sabiam que

não saberíamos o que estávamos fazendo! Assim, em

busca de informações deparei-me com as palestras de

Adilson e Jacob. Fiquei fascinada pelo assunto, e a partir

daí passei a estudar com muita devoção o Magnetismo.

Li diversas obras sobre o assunto e assisti inúmeras palestras.

Então após estudos apresentei o tema, como eu

o vi, para as turmas de estudo lá do GCE. Todos ficaram

interessadíssimos. E eu cada vez mais fascinada. Continuei

estudando assiduamente o assunto”.

Fonte: Jornal Vórtice - edição nº 09, de fevereiro de 2018

Atração_fevereiro de 2021 7


Por Dra Norma A de Oliveira

IMUNIDADE ESPIRITUAL

E CONDUTA ESPÍRITA

Aracaju

Sergipe

BRASIL

Médica Psiquiatra (RQE: 2898), Mestre em Ciências da Saúde (UFS), Pós graduação em Psicologia Transpessoal

e em Terapia Regressiva; Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, da Associação Médico-Espírita

do Brasil e da Academia de Letras Espíritas de Sergipe. Presidente da Associação Sergipana de Psiquiatria.

Autora dos livros Transtorno Mental sob um Novo Prisma, Associação entre Depressão e Síndrome Coronariana

Aguda e Psicanálise Transpessoal e Terapia de Vivências Passadas.

Diante da emergência social decorrente do flagelo

da COVID-19, um conhecimento mais profundo sobre

a imunidade, além das vacinas, tem emergido. A Psiconeuroimunoendocrinologia

avança ao considerar a

inclusão da dimensão da psique, no entanto, André

Luiz ressalta que as células, quando ajustadas ao ambiente

orgânico, demonstram o comportamento natural

do operário mobilizado em serviço, sob as ordens

da inteligência, comunicando-se umas com as outras

sob o influxo espiritual que lhes mantém a coesão...

A inteligência, influenciando o citoplasma, que é, no

fundo, o elemento intersticial de vinculação das forças

fisiopsicossomáticas, obriga as células ao trabalho de

que necessita para expressar-se (XAVIER, 2013) 1

Em outra obra, ele comenta que o pensamento é

uma força que comanda as células, facilitando a sua

mobilidade no sentido de conter a invasão nos processos

infecciosos. É capaz de acelerar a velocidade

com que as células no nosso sistema imunológico se

movimentam e influenciar a capacidade das células de

engolir as bactérias, delas ficarem mais ofensivas (XA-

VIER, 2014) 2 .

Em processos de adoecimento, considera André

Luiz que a alma transporta consigo as próprias falhas

a se lhe refletirem na veste carnal como zonas favoráveis

à eclosão de determinadas moléstias, oferendo

campo propício ao desenvolvimento de vírus, bacilos

e bactérias inúmeros capazes de conduzi-los aos mais

graves padecimentos, de acordo com os débitos que

haja contraído (XAVIER, 2010) 3 .

No entanto, é ainda na alma que reside a fonte

primária de todos os recursos medicamentosos definitivos

(XAVIER, 2008) 4 . E o homem carrega no corpo

as faculdades de criar no cosmo orgânico todas as espécies

de anticorpos, imunizando-se contra as exigências

da carne, podendo ser potencializado pelos recursos

da oração, pelas disciplinas retificadoras a que se

afeiçoe, pela resistência mental ou pelo serviço ao próximo

que atrai recursos preciosos a nosso favor, pontuando

que o bem é o antídoto do mal (XAVIER,2010).

E quando, ainda assim, o corpo não vença a batalha,

confiemos e aceitemos, pois caminharemos em direção

à cura ou conquistas do Espírito.

1 LUIZ, André (Espírito). Evolução em Dois Mundos. [Psicografado por] Francisco Cândico Xavier.

27. ed. São Paulo: FEB, 2013.

2 LUIZ, André (Espírito). Mecanismos da Mediunidade. [Psicografado por] Francisco Cândico Xavier.

28. ed. São Paulo: FEB, 2014.

3 LUIZ, André (Espírito). Ação e Reação. [Psicografado por] Francisco Cândico Xavier. 28. ed. São

Paulo: FEB, 2010.

4 EMMANUEL (Espírito). Evolução em Dois Mundos. [Psicografado por] Francisco Cândico Xavier.

28. ed. São Paulo: FEB, 2008.

8 Atração_fevereiro de 2021


IMPERDÍVEL

André Luiz Peixinho, narra sua história junto a irmã Dulce. Acesse ao

LINK da rádio ILUMINA https://soundcloud.com/user-826687879/radio

-ilumina-despertando-consciencias-ep35 e viaje no tempo e no espaço.

Você terá motivos suficientes para fortalecer sua fé no Cristo Jesus.

Aqui, há uma mostra do real valor dessa tarefeira, que buscou

vivenciar os ensinamentos do Mestre Jesus.

São experiências emocionantes junto a irmã Dulce.

Atração_fevereiro de 2021 9


Por Jacob Melo

Quando

me descobri

espírita

Natal

R. G. NORTE

BRASIL

Estudioso e praticante do Espiritismo e do Magnetismo há mais de 50 anos. Autor de vários livros sobre o tema, é um dos

fundadores do EMME, bem como da Casa que dirige: o Lar Espírita Alvorada Nova, de Parnamirim (RN). Reside em Natal (RN).

É formado em Engenharia Civil e pós-graduado em Psicanálise.

Um dia, alguém me disse isso: “Quando me

descobri espírita, me redescobri”.

É que aquela criatura vivia num mundo diferente,

pois não aceitava sugestões do tipo: “Se

fosse comigo eu revidaria!”; “Eu mesmo não seria

boboca feito você!”; “Deixe isso de ficar se resguardando,

pois vida só se tem uma mesmo.”...

Sua cabeça e seu coração sempre pensaram diferente.

Não era santo, não era esquisito nem se

comportava de maneira estranha; apenas não

aceitava certos procedimentos, apesar de não ter

palavras ácidas contra quem fosse ou pensasse o

contrário.

E eu te pergunto: Quando você se descobriu

espírita, o que marcou tua vida de diferente? Foram

dúvidas que surgiram, certezas que se confirmaram

ou apenas a busca por soluções de dificuldades

dominantes?

Outro dia, surgiu uma pessoa com grave enfermidade.

Nada aparentava resolver; tudo indicava

final de vida próximo. Por caminhos antes não

aceitos terminou indo a uma Casa que realizava

tratamentos magnéticos e ali encontrou soluções

que lhe restituíram a vida. Rapidamente passou a

se dizer espírita... Mas durou pouco... Essa coisa

de ter que estudar, ajudar aos outros, fazer renúncia

a coisas boas da vida não era com ela. E nem é

que isso seja regra para ser espírita, mas não se ter

novo comportamento pode indicar, no mínimo, ingratidão

para com aquilo que te restituiu a vida.

Achar a Doutrina Espírita algo deslumbrante

não faz o mundo ficar cheio de bolinhas coloridas

e fluorescentes. Acreditar que o Magnetismo é

muito poderoso e eficiente não significa muita coisa,

se nos acomodamos no pouco fazer, no pouco

ajudar aos outros. Saber dos anjos de guarda ou

dos Espíritos protetores tampouco corresponderá

a que estejamos sintonizados com eles. Por isso

que se descobrir espírita pode ser algo muito rico e

especial, porém será intransferível o dever de darlhe

o devido respeito e seguimento.

Quando a gente se descobre espírita, se nos

descobrirmos mesmo como espíritas, certamente

nosso mundo íntimo se enriquecerá e desenvolverá

potencialidades enormes. Isso é o que confirmará

o sentido de redescobrir-se. Se não for assim,

apenas estaremos gritando em vão: “Senhor! Senhor!”

e ouviremos que “nem todos os que dizem

entrarão no Reino dos Céus”.

Sejamos espíritas, humanos espíritas, seres espíritas.

Empreguemos tudo quanto possamos de

sua base e ajudemos a iluminar caminhos, inclusive

o nosso.

10 Atração_fevereiro de 2021


https://www.magnetismoonline.com.br/workshop

Nos dias 06/03 e 13/03

das 17h às 19h

Workshop on-line, ao vivo e gratuito.

Para participar, basta se inscrever.

Atração_fevereiro de 2021 11

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Por Merhy Seba

Lei de Sociedade:

Convite ao exercício

do amor

Ribeirão

Preto

SP - BRASIL

Professor de Marketing e Propaganda e Publicitário – Vice-Presidente do Centro Espírita

Meimei, Editor do jornal Roteiro Espírita - Ribeirão Preto-SP

Vivenciamos um novo momento em nosso Planeta,

caracterizado pela velocidade do desenvolvimento

tecnológico e, consequentemente, do estreitamento

das relações sociais.

Na esteira desse progresso, o conhecimento se

democratiza e o volume de informação atinge patamares,

por vezes, assustadores. Atualmente, o que

uma criança de cinco anos passa a conhecer, no passado

equivaleria a duas ou mais décadas nos bancos

escolares.

Em que pese a opinião dos pessimistas sobre o

caos que paira no Mundo, um olhar atento sobre o

cenário mundial, nesses últimos anos, dá-nos conta

de que o progresso do Globo não somente ocorreu

no campo material, como também avançou no

moral e espiritual. Nunca tivemos conhecimento de

tantos organismos locais e internacionais em favor

da paz, dos direitos humanos, em favor da vida e

da Natureza. São vozes que se levantam clamando

justiça e respeito à obra divina.

As ideações derrotistas geralmente surgem em

função do desconhecimento de uma minoria sobre a

destinação espiritual do Planeta; porém, essa minoria

tem o poder da informação midiática que influencia

grande faixa da população mundial.

Graças à vida social – que é um mecanismo divino

– os homens procuram, por instinto, viver em

sociedade e, dessa forma, buscam o progresso e a

ajuda recíproca. Assim, o isolamento social é contrário

à lei natural, pois retarda o progresso. 1

Ao procurar a ajuda recíproca, os seres humanos

criam, por força das circunstâncias e/ou por afinidades,

laços de amizade, que resultam na formação de

grupos familiares.

Esse é o Plano Divino para burilar as tendências

inatas do homem, despertando-o para o amor fraternal.

Diferentemente dos animais, cujas mães deixam

as suas crias tão logo essas cuidem de si mesmas,

para cuidarem de outras que virão, a necessidade do

homem vai além da vida material, estende-se ao nível

intelecto-moral e ao espiritual – daí a necessidade

dos liames sociais e os laços de família ao progresso

geral.

Reunida em sociedade ou, em outras palavras,

na menor partícula da sociedade - o lar, aí a família

consanguínea se encontra para o exercício do amor

incondicional.

E qual a finalidade de todo esse mecanismo?

Esclarecem os Espíritos a Allan Kardec: “Deus quis

que os homens, assim, aprendessem a amar-se como

irmãos.” 2

Assim é a família: o espaço destinado ao encontro

e/ou reencontro de afetos e desafetos para

o exercício do amor em proporções menores – um

treinamento providencial –, para depois o ser humano

estar apto a expandir esse sentimento a toda a

Humanidade.

Pense nisso. Pense agora!

1 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001, p. 258.

2 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 62. ed. São Paulo: Lake, 2001, p. 259.

12 Atração_fevereiro de 2021


https://www.facebook.com/297690873604698/posts/5332840166756385/

Atração_fevereiro de 2021 13


14 Atração_fevereiro de 2021


Confira a ENTREVISTA com o MAGNETIZADOR ESPÍRITA, na qual, ele fala sobre o MAGNETISMO

https://soundcloud.com/user-826687879/radio-ilumina-jovens-cultura-e-artes-ep-29

Atração_fevereiro de 2021 15


Por Euza Missano

PODER

TERAPÊUTICO

DA ORAÇÃO

Aracaju

SERGIPE

BRASIL

Palestrante Espírita, Membro do Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho (NEPE) - Bittencourt Sampaio

Todos sabemos a importância da prece como

mecanismo de relacionamento com Deus. Pensamentos

povoam a nossa mente com petitório e considerações

diversas, demorando nas filigranas das palavras

decoradas e esquecendo a robustez do sentimento

que devemos aplicar, enriquecido com a fé que constitui

o nosso entrelaçamento constante com Deus.

Na passagem da mulher hemorroíssa, destacamos

o pedido direcionado a Jesus com força de uma

alma necessitada do lenitivo e cansada dos desacertos

que faziam aquela mulher sangrar, perder vitalidade,

por 12 anos, sem tocar e sem ser tocada, e tão grandiosa

é a sua fidelidade, que do Cristo recebeu a energia

de cura, vez que as comportas do coração estavam

abertas e ampliadas para que o fluxo de amor pudesse

representar agora a sua maior conquista.

No Livro “Boa Nova” , Psicografia de Chico Xavier,

pelo espírito Humberto de Campos, Jesus, na Lição

da Oração Dominical, vai ensinar que a prece deve ser

um impulso natural, portanto, prece não é somente

quando recolhemos os nossos sentidos e voltamos o

nosso pensamento para o amor de Deus articulando

palavras, mas significa ação diária no uso bendito do

tempo, em todas as expressões da nossa vida. Somente

isso fará com que tenhamos um relacionamento sincero

com Deus, capaz de narrar os nossos segredos ao

maior amigo íntimo que possuímos, como movimento

involuntário, semelhante a própria respiração.

A oração é o que nos representa, porque acontece

em todos os atos da nossa vida, revelando nossos

sentimentos. Portanto, necessário o controle dos

pensamentos e ações, estando evidenciado quando o

Cristo diz a Pedro: “Enquanto orares pedindo ao Pai

a satisfação de teus desejos e caprichos, é possível te

retires da prece inquieto e desalentado.” O querer humano

não constitui, na maioria das vezes, a necessidade

do espírito. O que pedimos em oração representa

um “querer” do espírito imperfeito e, portanto, ainda

cego espiritual, porque somos apenas capazes de intuir

os atributos divinos em forma de germe no coração.

Recolhermos fragmentos dos ensinamentos do

Cristo voltados ao bem, constitui a maior dádiva em

resposta a nossas preces. O fortalecimento de nossa

mente, voltada para o amor e a verdade, representa

a grande conquista humana em momentos preciosos

com Deus. Tudo silencia e, ao mesmo tempo, tudo se

transforma em nós quando acionamos o liame maior

com o alto; nenhum ruído acontece, e a alma desvela

a saudade de um tempo em que o espírito livre encontra

repouso.

O recurso da prece constitui o maior desafio na

atualidade. Em tempos de medo e lentidão de avanço

espiritual, não encontramos espaços para o relacionamento

sincero e diário com o Pai, não sentimos

a necessidade de recorrer aos preceitos da lei maior de

amor e deixamos o mar da vida conduzir um barco à

deriva e que carrega, de margem a margem da nossa

existência, um Cristo adormecido.

O valor da prece diária na elevação moral das

atitudes empreendidas muda todo o espaço habitado.

Se transformamos os nossos hábitos em novos conceitos,

seguindo o caminho traçado por Jesus, sempre

prosseguindo para o alvo em busca do tesouro

do Evangelho, a oração passa a ser lenitivo para as

aflições e conquista para a felicidade, condutora da

paz interior.

Os apóstolos eram israelitas, todos sabiam orar e

compreendiam a importância da prece, dando o valor

necessário para a experiência nos detalhes da vida, entretanto,

ao acompanharem a exemplificação de Jesus,

entenderam que somente a fidelidade a Deus consegue

promover vitalidade à fé e transformá-la em recurso

terapêutico indispensável e, assim como eles, nós devemos

igualmente reproduzir a assertiva, perguntando

ao Cristo, diariamente: “Mestre ensina-nos a Orar!”.

1 FRANCO, Divaldo (autor). LOPES, L.F. (org.). Sexo e Consciência. Salvador: Leal, 2016, p. xxx

2 KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 72. ed. São Paulo: Lake, 2014, p. 407.

16 Atração_fevereiro de 2021


17

Atração_fevereiro de 2020 17


Por Antônio Saracura

O Itabaianista

Pedro de

Chiquinho Gordo

Do livro -

Os Curadores

de Cobra e

de Gente

Itabaiana

SERGIPE

BRASIL

Romancista, Contista, Cronista e Poeta, Formado em Administração pela Universidade Federal de SE

Membro da Academia Itanbaianense de Letras e da Academia Sergipana de Letras

Isaias Marinho

Pedro era um homem bom

Com alguma restrição

Ninguém viesse apertá-lo

Com muita reclamação

Ele com o juízo quente

Não era nada prudente

Ficar perto de sua mão.

[...]

Num cômodo improvisado

Do tamanho de um banheiro

Pedro de Chiquinho Gordo

É agora fogueteiro,

Pelo chão e numa estante

Pólvora, papel e barbante

Bombas de breu e morteiros.

Taquaras de busca-pé

E busca-pés cordoados

Cargas de dinamite

Salitre e enxofre jogados

Uma caixa de explosivo

À espera do agente ativo,

E varas de fumo brabo...

[...]

O Estado resolveu

Enquadrar Itabaiana

E enviou seus fiscais

Para, em uma semana,

Notificar e multar

Desde o gerente do altar

Ao roleteiro de cana.

O toc-toc na porta

Pedro ouviu, mas nem ligou

Podia ser um vadio...

Mas a insistência o irritou

E o fez parar a labuta:

— Seu filho de uma puta!

Vai entrar ou encovou?

O fiscal pigarreou

Para ganhar atenção

Pedro nem olhou pra ele

E murmurou resmungão:

— Quer fogos pra seu guri?

Espere que eu acabe aqui...

Senta aí nesse caixão!

O fiscal olhou em volta

E sentiu um arrepio

Não atinava o motivo

Mas não gostou do que viu

Deu um breque na tensão

E ativou a missão

Que a Receita definiu:

— O senhor é um infrator

Trabalha à margem da lei

Posso dizer sem temor

Pelo que aqui vejo, eu sei,

Vai morrer pagando multa

E o nome filho da puta,

Que me deu, quando eu entrei.

Não se me faça de mouco

Que eu sei de sua leitura...

Cadê os livros legais

O alvará, a escritura?

Apenas por desacato

Posso prendê-lo no ato

Sem dar direito a soltura.

Xxx

Pedro de Chiquinho Gordo

Não sabia o que falar,

Trabalhava pela feira

E muitas vezes sem dar

A vida dele e Anita (a esposa)

Era uma vida restrita

Sem chance de melhorar.

O fiscal à sua frente

Era a figura do cão

Apontava o dedo em riste

Desnorteando a razão...

Queria que assinasse,

Queria que se curvasse

E que deitasse no chão.

Xxx

Pólvora e dinamites,

Foguetes mal-acabados

Mais o fiscal no caixão 1

(Aracaju 2014. Livre adaptação do conto Pedro de Chiquinho Gordo, do livro

História Breve de uma Paixão, de Antônio Oliveira).

Mais estopins inflamados

Tudo isso em uma cabeça

Pode fazer que aconteça

Um Big Bang danado.

— Não tenho nada a perder

Não gosto de minha vida

Vou resolver essa encrenca

De uma maneira antiga...

E com um toque ligeiro

Acionou no isqueiro

Uma chama colorida.

A língua da labareda

Avermelhou o salão

Pedro com olhos de louco

Revolteava o tição...

O fiscal abriu no mundo;

Depois, o acharam no fundo

De um tanque no Bastião.

(Povoado a seis km da cidade)

18

Atração_dezembro de 2020

1 Há um duplo sentido entre o local onde o fi scal se sentara e onde deveria fi car daqui a pouco.


https://www.youtube.com/c/merlanio

Atração_fevereiro de 2021

19


Por Paiva Neto

Religião não é

chave de

intolerância

Reflexão

de Boa

Vontade

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor. paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

Não adianta apenas cuidar do corpo,

é igualmente necessário medicar

a Alma. Vou repetir para deixar mais

claro: zelar pela Alma — com a magia

do Amor Fraterno, imanente do

Novo Mandamento de Jesus (“Amaivos

como Eu vos amei. Somente assim

podereis ser reconhecidos como

meus discípulos” — Evangelho do

Cristo, segundo João, 13:34 e 35)

— torna a criatura ética, fraterna,

solidária, que não entende Religião

como chave de intolerância, que vê a

Política como o caminho para a segurança

dos povos, a Ciência como

mãe do progresso e a Economia

como fartura para as multidões, pois

sente compaixão pelos que sofrem.

Daí pregarmos o Ecumenismo do

Afeto. Inspirados em quem?! No Jesus

Ecumênico. Não se trata do “Jesus”

instrumento de discussões que

não levam a nada. Ele não deve ser

odiosamente interpretado. Antes

de tudo, é para ser vivido, porque

trouxe o Mandamento Novo do

Pai-Mãe Celestial. Por isso, Alziro

Zarur (1914-1979), o Proclamador

da Religião de Deus, do Cristo e do

Espírito Santo, dizia: “O Novo Mandamento

de Jesus é [justamente] a

Essência de Deus”. E Zarur fala em

suas pregações libertadoras do Deus

que é Amor, de acordo com Jesus, o

Religioso Celeste.

20

Atração_fevereiro de 2021


O sucesso foi

total e contagiante

Aconteceu!!!

Na noite de sábado, 27 de fevereiro de 2021, aconteceu a 42a edição do Sarau

no Coreto de Monte Alegre de Sergipe, através da plataforma do Google Meet. Os

participantes se debruçaram sobre a temática "Vidas Negras Importam: racismo, não!".

Trazer a temática do racismo novamente para o Sarau foi considerado de fundamental

importância, pois, ainda é lamentável a convivência com tamanha covardia dentro da

nossa sociedade em pleno século XXI e este espaço teve o dever de evidenciar esta e

outras temáticas que ceifam vidas.

A conversa iniciou com a leitura de algumas estrofes do cordel "Coisa de Preto" da

cordelista Daniela Bento, participante da edição, e de alguns trechos da obra "Pequeno

Manual Antirracista" de Djamila Ribeiro para que pudesse entender o papel do escravizado

e não do escravo.

Após a leitura Daniela Bento fez uso da palavra e trouxe novos olhares e referência

à Beatriz Nascimento, Carolina de Jesus, Maria Firmina, Conceição Evaristo e demais

figuras importantes dessa caminhada.

A conversa foi acontecendo e poemas de Santo Souza, Tobias Barreto e de autoria de

alguns dos presentes foram sendo recitados.

A edição contou também com a participação de alguns membros da Plêiade

Cavalo-do-cão, Thaise Muller e Iva Melo diretora e coordenadora do Centro de Excelência

28 de Janeiro, do escritores Domingos Pascoal e Marcelo Moura, das escritoras

Josinete Santos, Maria Teresa, Mavi e Gorete Lira e do músico e um dos idealizadores

do Sarau Matheus Borges.

Sabemos que o caminho contra o racismo dentro da nossa sociedade ainda

é longo, devido à ignorância e à falta de empatia existente em nossa vida. Mas não

podemos deixar que a luta de homens e mulheres negros e negras por uma sociedade

respeitosa e equânime seja esquecida. É nosso dever continuar ecoando a voz contrária

ao racismo. Foi nesse embalo de resistência que foi realizado a edição do Sarau no

Coreto. Seus organizadores, convidam a todos (as) a participarem da próxima edição em

março para discutirem sobre a situação dos animais que vivem nas ruas dessa cidade.

Vida longa ao Sarau no Coreto! Diga não ao Racismo!

Atração_fevereiro de 2021 21


Por Said Pontes de Albuquerque

LA ANALOGIO INTER

MEDIPROTEKTA

PROJEKTO KAJ

ESPERANTO

TRADUÇÃO desse texto, VIDE página 27 (seguinte), dentro da faixa VERDE.

Falando

em

Esperanto

B. Horizonte

MINAS GERAIS

BRASIL

Servidor aposentado da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais.

Antes de trabalhar nessa instituição, era Professor licenciado em Física. É associado à União Espirita Mineira,

que conheceu em 1975, quando iniciou os primeiros estudos de Esperanto.

La Manifesto de Prago por la internacia lingvo,

lancita dum Esperanta Kongreso en la Ceha Respubliko

(1996), prezentas sep celojn por kiuj la esperantistoj

aktivas. La sepa temas pri Homa Emancipigo,

al kiu Esperanto vere kontribuas, car gi “ebligas al

ciu homo partopreni kiel individuo en la homara komunumo

kun firmaj radikoj ce sia loka kulturo kaj

lingva identeco, sed ne limigite de ili. La ekskluziva

uzado de naciaj lingvoj starigas barojn al la liberecoj

de sinesprimado, komunikado kaj asociigo”.

Por kompreni la rolon de Esperanto sur tiu

kampo, ni faru komparon inter specifa mediprotekta

projekto kaj Esperanto. En Minas Gerais oni kreis

en 1997 la “Projeto Manuelzão”, en la sekcio por

Kolektiva Sano de la Federacia Universitato de Minas

Gerais, destinita al la revigligo de la Rivero Velhas,

respondeca pri la publika akvoprovizado de 50% el

la logantaro de la Metropola Regiono de Belo Horizonte.

Ampleksante 51 municipojn, la hidrografia

val-alfluejo de tiu rivero, kie malaperis pluraj fis-specioj,

trovigis en bedaurinda stato de media damago.

La aksaj temoj de tiu projekto estas la publika

sano, la mediprotektado, la civitaneco kaj la klopodoj

por kunigi registarajn instituciojn, privatajn

kompaniojn, organizitajn sektorojn de la socio, sciencajn

esplorojn kaj ellaboradon de diagnozoj, por

stimuli la socian mobilizadon favore al giaj celoj. Ci

tiuj inkluzivas la ekonomian plifortigon de la municipoj,

la batalon kontrau malsato, la vigligon de malgrandaj

komercaj entreprenoj rilataj al fiskaptado

kaj al la river-bordanoj, la terkulturan akvumadon

kaj ec iun puran fonton por satigo de la sovagaj

bestoj. La kerna zorgo estis la fiso kaj ties abunda

reapero en la rivero. La konkretigo de ci tiu celo signifus,

cetere, ke la revigligo kaj la ekologia ekvilibro

de la tuta hidrografia teritorio estus atingitaj kaj, pli

ol tio, garantius la ekziston de adekvata indikilo por

la sano de la popolo.

Sed, en surpriza maniero, unu el la idealigintoj

de tiu projekto, Profesoro Apolo Heringer, konfesis

ke sub la celoj de tiu listo ekzistis unu alia, multe

pli grava, ne eksplicite listigita, sed por kiu plej valoros

ciuj klopodoj faritaj, car la revigligo de la regiono,

kun la koncerna reveno de la fiso laulonge

de la tuta rivero, verdire signifus la transformigon

de la civitano mem, signante profundan sangon de

liaj konscienco kaj sinteno, tiel rilate lian ekologian

konduton, kiel rilate la atingitan gradon de lia civitaneco.

Ni faru similan analogion pri Esperanto: gia

largskala adoptado fare de la homaro implice signifus

la transformigon de la propra homo kaj estus

nedudebla atesto pri tio, ke lia frateca sinteno estus

pliamplekse manifestiginta. Ni povus do konstati la

plenan ekeston de la tiel dezirata etoso, kie regus

inter ciuj la vera universala frateco.

1 Wilber, Ken. A Consciência sem Fronteiras. São Paulo: Cultrix, 1991.

22 Atração_fevereiro de 2021

Vide tradução na PÁG. 27 (no quadro verde): A analogia entre um Projeto Ambientalista e o Esperanto


A ANALOGIA ENTRE UM

PROJETO AMBIENTALISTA

E O ESPERANTO

O Manifesto de Praga, lançado durante

o Congresso de Esperanto na República Tcheka

(1996) apresenta sete objetivos para a atuação

dos esperantistas. O sétimo trata da Emancipação

Humana, para a qual o Esperanto certamente

contribui, pois possibilita a cada pessoa participar

no conjunto da humanidade com raízes firmes

em sua própria cultura local e identidade linguística,

mas sem ser limitado por elas. O uso exclusivo

de línguas nacionais inevitavelmente estabelece

barreiras às liberdades de auto-expressão,

comunicação e associação.

Para compreender o papel do Esperanto

nesse campo, façamos uma comparação entre

determinado projeto ambientalista e o Esperantismo.

Em Minas Gerais criou-se em 1997 o

“Projeto Manuelzão”, oriundo do setor de Saúde

Coletiva da Universidade Federal de Minas Gerais,

destinado à recuperação ecológica do Rio das

Velhas, responsável pelo abastecimento público

de água de 50% da população da Região Metropolitana

de Belo Horizonte. Abrangendo 51 municípios,

a bacia hidrográfica desse rio, no qual já

se registrara o desaparecimento de várias espécies

de peixe, encontrava-se em estado lastimável

de degradação ambiental,.

Os eixos temáticos do projeto abrangem

a saúde, o meio ambiente, a cidadania e os esforços

para aglutinar instituições governamentais,

empresas privadas, setores organizados da

sociedade, pesquisas científicas e elaboração de

diagnósticos, visando propiciar a mobilização social

em torno de suas metas. Estas incluem a recuperação

econômica dos municípios, o combate à

fome, o refortalecimento de pequenas atividades

comerciais relacionadas com a pesca e a população

ribeirinha, a irrigação agrícola e até uma

fonte pura para saciar a sede dos animais silvestres.

O centro de atenção seria o peixe e sua volta

em abundância ao rio. A concretização desse objetivo

significaria, porém, que a recuperação e o

equilíbrio ecológico de toda a bacia teriam sido

atingidos e, mais do que isso, estaria garantida a

existência de um índice adequado de saúde para

a população.

Mas, surpreendentemente, um dos idealizadores

do projeto, Professor Apolo Heringer,

confessou que, subjacente a esse rol de objetivos,

existia um outro, de muito maior relevância, não

abordado explicitamente, mas para o qual teriam

validos todos os esforços despendidos, pois a recuperação

da bacia, com a consequente volta do

peixe em todo o rio, significaria, na verdade, a

transformação do próprio cidadão, um sinal de

que uma profunda mudança teria havido em sua

consciência e em sua atitude, tanto no que respeita

ao seu comportamento ambiental quanto

no grau atingido de cidadania.

Façamos uma semelhante analogia sobre

o Esperanto: sua adoção pela humanidade

significaria, implicitamente, a própria transformação

do ser humano, seria um atestado inquestionável

de que sua consciência fraterna teria sido

ampliada. Poderíamos visualizar, enfim, que estaria

implantado o tão desejado ambiente, onde

vicejaria entre todos a verdadeira fraternidade

universal.

Said Pontes de Albuquerque

Em entrevista

na rádio

ILUMINA,

Silvan Aragão

comentou

sobre uma

VIDÊNCIA

Uma visão ocorrida

no Aeroporto

de Aracaju - SE

https://soundcloud.com/user-

826687879/radio-ilumina-jovenscultura-e-artes-ep-28

Atração_fevereiro de 2021 23


Por Dra. Telma Mª S Machado

Liberdade e

Responsabilidade

Aracaju

SERGIPE

BRASIL

Delegada da ABRAME (Associação brasileira dos Magistrados Espíritas) em Sergipe, Graduada em Ciências Biológicas e em

Direito, Pós-Graduada em Direito Processual Público, Juiza Federal da Seção Judiciária de Sergipe, Mestre em Filosofia,

Alguns espíritas costumam repetir que Léon Denis seria o “plano

B” para os Espíritos Superiores, sob a orientação do Espírito da

Verdade, trazer a Codificação Espírita ao mundo, caso Kardec não

tivesse aceitado Professor

a tarefa. Mas, para além dessa afirmativa, o que é

pacífico é que Léon Denis é o consolidador da Doutrina Espírita. A

extrema agudeza dos escritos de Denis foi de notória relevância para

Gonçalo

as lições doutrinárias, trazidas nas Obras Básicas, atravessarem a fase

de arraigados Ferreira positivismo e Melo materialismo, mantendo o brilho não

conspurcado.

Lastimavelmente, as obras de Léon Denis não são suficientemente

estudadas pelo movimento espírita. Livros como O problema

do ser, do destino e da dor; Depois da morte; No invisível; Cristianismo

e espiritismo, verdadeiros manuais de profunda compreensão

da Doutrina Espírita, são desconhecidos por boa parte dos espíritas,

fato que acontece também com as obras de José Herculano Pires,

mas esse será tema de outro artigo.

Pois bem. No seu livro O problema do ser, do destino e da dor,

Denis reflete sobre livre arbítrio, tema relacionado ao título deste artigo.

Pondera que a liberdade é a condição necessária da alma humana,

sem a qual não poderia construir seu destino; que, à primeira

vista, a liberdade do homem parece muito limitada no círculo de

fatalidades que o encerra, tais como necessidades físicas, condições

sociais, interesses ou instintos, mas, ao se considerar a questão mais

de perto, vê-se que essa liberdade é sempre suficiente para permitir à

alma quebrar esse círculo e escapar às forças opressoras 1 .

Complementa o autor que a liberdade e a responsabilidade

do homem são interdependentes e aumentam com sua elevação,

anotando-se que é a responsabilidade que faz sua dignidade e

moralidade, e sem ela ele não seria mais do que um autômato, um

joguete das forças ambientes 2 . Portanto, a noção de moralidade é

inseparável da de liberdade. E a responsabilidade é estabelecida pelo

testemunho da consciência, que nos aprova ou censura segundo a

natureza de nossos atos. Para todo Espírito, por pequeno que seja o

seu grau de evolução, a lei do dever brilha como um farol, através da

névoa das paixões e interesses, por isso, vemos todos os dias homens

nas posições mais humildes e difíceis preferirem aceitar provações

duras a se rebaixarem e cometer atos indignos 3 .

Após tecer outras valiosas reflexões, Denis arremata que o livrearbítrio

é, assim, a expansão da personalidade e da consciência, e

para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir

a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões

inferiores, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo

da razão 4 .

A Doutrina Espírita é muito clara quanto à certeza de o livrearbítrio

ser relativo, mas suficiente para empreendermos uma jornada

evolutiva onde os acertos nos trazem os méritos e os erros nos

vinculam à necessidade de arrependimento, resgate e reparação. Temos

auxiliares constantes na caminhada e, embora possam caminhar

conosco, não podem e não devem caminhar por nós.

O que somos e o que passamos são consequências das nossas

ações. Está na vontade de cada um ter a felicidade a que aspira, eis

que a perfeição relativa leva aos Mundos Celestes.

A providência divina e a liberdade humana se conciliam na

medida em que, explica Denis, o círculo dentro do qual se exerce a

vontade do homem [...] não pode, em caso algum, impedir a ação

divina, cujos efeitos se desenrolam na imensidade sem limites, complementando

com a metáfora de que “o fraco inseto, perdido em

um canto do jardim, não pode, desarranjando os poucos átomos ao

seu alcance, lançar a perturbação na harmonia do conjunto e pôr

obstáculos à obra do Divino Jardineiro” 5 .

Na contundente frase de Jesus, escrita no capítulo 8, versículo

32 do Livro de João: “Conhecerás a verdade e ela vos libertará”, precisamos

focar nos dois verbos: conhecer e libertar, cujos substantivos

correspondentes são, respectivamente, conhecimento e liberdade.

O conhecimento ilumina a razão, e com ela conduzindo as nossas

reflexões, temos condições de escolhas não contaminadas por ignorância,

mentiras e meias verdades. A liberdade decorrente dessa

transcendência compreende, festeja e vincula-se à responsabilidade.

1 DENIS, Léon. O Problema do Ser e do Destino: tradução Homero Dias de Carvalho.

1.ed. — Rio de Janeiro: CELD, 2011, p. 378.

2 Ibidem, p. 378/379

2 Ibidem, p. 379

2 Ibidem, p. 380

24 Atração_fevereiro de 2021


Poeta, cordelista, escritor, empreendedor social

e educador. Natural de Patos na Paraíba. Há 20 anos

radicado em Pernambuco. Licenciado em História

com pós-graduação em História do Nordeste.

Desde 2008 atua na área da educação com

aulas de Literatura de Cordel, com o projeto EDU-

CANDO EM CORDEL.

No ano de 2018 em parceria com a Gerência Regional

Metropolitana Norte, da Secretaria de Educação

do Estado, iniciou um trabalho de poesia nas

unidades prisionais, junto com o programa Remição

pela Leitura, onde realiza oficinas de literatura de

cordel nas unidades prisionais.

GRATIDÃO

É membro da União Brasileira dos Escritores

núcleo Paulista e da Academia de Letras e Artes do

Paulista.

Através de recitais, palestras e oficinas participa de

inúmeros eventos, em todo país, com o objetivo de

divulgar a literatura de cordel para as novas gerações.

Gratidão vai muito além

De usar a palavra: grato

É aceitar, e dá valor

Para o que importa de fato

É saber retribuir

E no dom de dividir

Enxergar nele o abstrato

Gratidão pelos meus atos

Do que desejo e mereço

Que aquilo que Deus não dá

Não é o fim, é o começo

Escolhendo ir bem mais alto

Na liberdade de um salto

Ou escravo do tropeço

Gratidão pelo adverso

Pois nem tudo é só o amor

Perdoe quem te ofendeu

Seja grato até na dor

Que a magoa não te consuma

Visto que o sândalo perfuma

O machado que é agressor

Aos seus pais diante da dor

Um cuidado e gratidão

Na velhice a enfermidade

Pede um pouco de atenção

Quantos sonos já perdidos

E quantos sonhos tolhidos

Talhando nossa missão

E que eu saiba cultivar

A atitude mais coesa

E a paz que desejo em mim

Que disso tenha certeza

E que na não violência

Eu veja na minha essência

A importância da defesa

Gratidão é uma riqueza

Que no viver é tão nobre

Igualando ser humano

Desde o rico até o mais pobre

Bandeira de caridade

Tem a luz de humanidade

E que a humanidade cobre

O seu projeto EDUCANDO EM CORDEL visa

levar para os estudantes do ensino fundamental e

médio das escolas públicas, privadas e ensino superior,

a arte da poesia popular e a possibilidade de

utilizá-la como forma pedagógica. O referido projeto

nasce da necessidade de socializar a diversidade de

nossa cultura e com isso fomentar o interesse pela

pesquisa acerca da poesia popular.

Seja grato pelo preço

Do momento de parar

De sentar pra decidir

E não só se lamentar

Veja a estrada com carinho

Uma pedra no caminho

Nos ensina a caminhar

Grato por toda oração

Nas mensagens de Jesus

Que a ferida é uma brecha

Por onde penetra a luz

Que eu entenda pela dor

O sentido desse amor

A rota que me propus

Na gratidão se descobre

A arte de ser amável

Faça então dela uma rosa

De perfume incomparável

No campo do bem, do mal

O plantio é opcional

A colheita é inevitável

Gratidão é enxergar

O que dispõe no universo

Vislumbrando as maravilhas

Deixando de ser disperso

Fazendo de cada dia

Um livro de poesia

Com beleza em cada verso

Grato até pelo cuscuz

Que hoje tenho pra jantar

Que toda necessidade

Vem só para nos mostrar

Que o plantio é mesmo bom

Quando entendemos o dom

Na arte do saber plantar

Edgar Diniz

Poeta, cordelista, escritor,

empreendedor social e educador

Atração_fevereiro de 2021 25


Por Silvan Aragão

Bem-Vindo Mundo de Regeneração – parte I

Divaldo Franco e a

Transição Planetária

Aracaju

SERGIPE

BRASIL

Bacharel em Administração, aposentado do Banco do Brasil, membro do NEPE

(Núcleo de Estudo e Pesquisa do Evangelho) Bittencourt Sampaio.

No ano de 2010, Manoel Philomeno de Miranda

escreveu, pela psicografia de Divaldo Franco, o livro

Transição Planetária 1 , no qual aborda basicamente o

socorro espiritual às vítimas do tsunami do Oceano Índico,

em 2004, e a encarnação de crianças índigo, mais

notadamente no Brasil, vindas do planeta Alcíone.

Cinco anos depois, a Editora Leal lançou também,

dos mesmos autores, a obra Amanhecer de uma Nova

Era, desta feita tratando da intensificação do assédio

espiritual das trevas nesses tempos de transição planetária,

mais direcionado para as obras em nome de Jesus,

citando, no antepenúltimo capítulo, a encarnação das

crianças índigo e a reencarnação de Espíritos de escol

em benefício da referida transição 2 .

Já no ano de 2018, foi a vez do livro Perturbações

Espirituais 3 , mesmos autores e editora, no qual desenvolve

a questão da concentração das investidas das

sombras às Instituições Espíritas, brevemente tratada

nos capítulos 19 a 21 do primeiro livro.

E, há apenas três meses, o livro No Rumo do Mundo

de Regeneração 4 , mesma editora e mesmos autores.

Nesse último, o autor espiritual informa pertencer a

uma equipe de Espíritos trabalhadores do bem que vêm

ao Brasil para mitigar os efeitos danosos da pandemia

da Covid-19. Destacamos seis aspectos, com base nessa

intrigante obra:

1. O cenário atual do nosso planeta, que alcançou

alto grau de desenvolvimento tecnológico: obsessões

individuais e coletivas; crianças amadurecidas precocemente,

enveredam pelas drogas e pelo sexo desvairado;

convivência social cada vez mais libertina; idosos

tidos como “peso” social; perda do sentido existencial;

guerras locais; divertimentos extravagantes e grosseiros;

drogadição e vícios degradantes que combatem a

família, a educação, a saúde e os meios de dignificação

humana; materialismo; zombaria de Deus e escárnio

e desdém a Jesus; graves transtornos de conduta; os

valores éticos anulados como castradores da liberdade;

libertinagem; jogos políticos que atingem as mais chocantes

aberrações de furtos e roubos; programas ateus

e depravados nas universidades; etc.

2. Os efeitos do vírus: demonstra a fragilidade do

ser humano; mostra a necessidade do amor e da solidariedade

entre as pessoas; faculta a presença de apóstolos

da caridade e do amor, da fraternidade e do bem.

3. Os propósitos da pandemia: revisão dos códigos

dos valores humanos; despertar-nos para a realidade de

seres imortais que somos; redimir a Humanidade dos

seus graves delitos morais; ser instrumento de reequilíbrio

para facilitar o entendimento das Leis Soberanas.

4. A assepsia espiritual da Terra: teremos que melhorar

vibratoriamente ou seremos exilados para outro

domicílio em nosso Sistema Solar.

5. O cenário espiritual: “Entidades desencarnadas,

adversárias do Cristo, declararam guerra ao Seu nome,

ameaçando retirá-lO do calendário humano. Uma campanha

infeliz, muito bem organizada, fora deflagrada,

e os espíritas, por serem os cristãos modernos através

do Consolador que Jesus prometera e se encontrava na

Terra, seriam ferozmente combatidos.”

6. Alguns trechos: “Somente o sentimento de amor,

conforme o expressou Jesus e o viveu, logrará modificar

as paisagens humanas neste momento.”; “Quando os

seres humanos compreenderem que o mundo é feito de

ressonâncias, os seus pensamentos e condutas obedecerão

a diferente critério seletivo.”; “O equilíbrio mental,

a irrestrita confiança em Deus, a oração ungida de

amor, os esforços de caridade dão origem a anticorpos

que impedem a fácil contaminação...”

Sem comentários.

1 MIRANDA, Manoel Philomeno de (Espírito). Transição Planetária. [Psicografado por] Divaldo

Franco. Salvador: LEAL, 2010.

2 ______. Amanhecer de uma nova era. [Psicografado por] Divaldo Franco. 2. ed. Salvador:

LEAL, 2015

3 ______. Perturbações espirituais. [Psicografado por] Divaldo Franco. 1. ed. Salvador: LEAL,

2018.

4______. No Rumo do Mundo de Regeneração. [Psicografado por] Divaldo Franco. Salvador:

LEAL, 2020.

26 Atração_fevereiro de 2021


Atração_fevereiro de 2021 27


Por Domingos Pascoal

Pelo fio

do bigode

Aracaju

SERGIPE

BRASIL

Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante

da cadeira nº 17 da Academia Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE

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Mentir é falar o que não representa a verdade.

Algo contrário ao fato, à ocorrência,

à ação ou ao ato. Enquanto a verdade é a

expressão do real, do ocorrido; a mentira é

a negação.

Alguém sempre nos lembra que, nos tempos

idos, a palavra empenhada tinha muito

valor. Há até quem afirme que os negócios

de antigamente tinham como garantia o fio

do bigode.

A expressão “fio do bigode” foi o que

poderíamos chamar predecessor do lacre, da

assinatura, da rubrica e, mais modernamente,

da assinatura digital. Esta prática, embora de

origem controversa, constava de dar em garantia

um fio da própria barba, retirado do

bigode. Há quem diga que a expressão

é de origem germânica bi Gott, ou inglesa

by God, ou seja, “por Deus”. Representava

a total ausência de documentos, assinados

quando da realização dos negócios.

Nos dias atuais, contudo, as transações

entre as pessoas são asseguradas por contratos,

letras, cheques, garantias, registros em

cartórios, testemunhas... e, mesmo assim,

ainda são quebrados com muito mais facilidade

que antigamente. A palavra vale pouco,

muito pouco hoje em dia.

A mentira faz parte não somente dos

negócios, mas permeia toda a nossa vida, desde

que nascemos até o dia em que partimos.

Podemos afirmar, sem muito medo de errar,

que uma criança, já na sua sagrada inocência,

é atingida por várias mentiras verbalizadas

- por irônico que possa parecer - por

aqueles que nunca poderíamos imaginar que

o fizessem: os próprios pais. “Se você não

comer, não vai crescer.”; “Se você desobedecer,

o papai do céu vai castigar.”; “Se você

teimar com a mamãe, a cuca vem pegar.”,

“Se você não fizer isso ou aquilo, eu vou

chamar o...” - coloque aí o nome do velho ou

do bicho temido na sua infância. Na minha,

era o “Mané doido”. Minha mãe dizia: “Se

você fizer isso, eu vou chamar o Mané doido,

com o seu saco de carregar menino”. Tudo

mentira. Papai do céu não castiga ninguém;

a Cuca nem existe, como também não existe

aquele velho imaginário com a barba grande,

portando um saco enorme e sujo, onde anda

catando criancinhas “levadas”.

E as canções de ninar, verdadeiras cantigas

para amedrontar e acalantar crianças, no

intuito de impor limites. Cito aqui a mais famosa:

“Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega

este menino que tem medo de careta...”.

Podemos citar outras, se necessário, todas

elas seguem a mesma toada. E isso, infelizmente,

prossegue na adolescência, na juventude

e na vida

adulta. As formas são as mais convenientes

possíveis. Exemplo? Alguém bate a

porta e a mãe não quer receber e diz: “Filhinho,

diga ao moço que a mamãe não está.”.

Aí acontece a coisa mais inesperada para ela,

a criança, que ainda vive o seu estado de

pureza e não sabe mentir tão bem, diz: “A

mamãe 'dizeu' que num tava”.


Ela desmente a mãe não porque deliberadamente

quer, é que mentir para enganar,

ela ainda não sabe bem. A mentira da criança

restringe-se à fantasia, a mentira com fitos de

tapeação é uma das coisas que, felizmente, as

crianças demoram a aprender. Elas aprendem

mais cedo e com mais facilidade a andar, a

falar, a brincar, a perguntar... Mas a mentir, só

lá mais

para frente, quando se tornam adultos e

que os “sabe-tudo”, os “amadurecidos” com

quem convivem, com as rudes e desajustadas

ferramentas que lhes são próprias, conseguem

estragar a pureza e a fantasia, inatas a todo e

qualquer ser humano em processo.

Mentirosas como os adultos, as crianças só

estarão formadas quando também se tornarem

marmanjos. É pena que isto aconteça. Na maioridade

dos jovens, testando os valores, muitas

vezes mentirosos, que lhes foram entregues pelos

adultos até ali, entram numa fase perigosa

da vida. Fase esta, segundo alguns estudiosos,

criada pela sociedade moderna, a chamada

Adolescência. Período vulnerável, sobretudo,

às mentiras. Fase da rebeldia e da contestação

que, por meio de mentiras, arrasta, em alguns

casos, os jovens para tão longe que, quando

querem retornar, não podem mais. Já não é

tão fácil. Têm tanta dificuldade que,

infelizmente, muitos não conseguem. Pois

a “mentira de passagem” se transformou em

“mentira permanente” e arrastou-o à perdição

eterna pelo prazer transitório da inclinação às

grandes mentiras, à droga, à bebida, ao sexo,

à preguiça, ao consumismo etc. Existem vários

tipos de mentira e todas, sem exceção, representam

um equívoco que deve ser evitado; seja

a mentira doutrinária, a teórica, a dogmática

ou, simplesmente, a irresponsável.

A mentira é sempre predadora, pois engana,

falseia o real, além de ser o instrumental

usado para outras práticas menos nobres. O

pior é que a mentira, entre nós, até parece uma

coisa normal, saudável, que não prejudica, que

parece facilitar a convivência e que constrói.

A mentira está entranhada na nossa sociedade

como um todo. Mentem os cidadãos e as

autoridades, o pobre e o rico, o culto e o inculto.

Os pais mentem para os filhos, os filhos

mentem para os pais, os subalternos dissimulam

para os dirigentes e estes para os subalternos,

os eleitores para os políticos e estes, bem,

estes... Julgue você mesmo.

Victor Hugo

No dia 26 de fevereiro de 1802 nascia

o escritor francês Victor Hugo. Autor

de obras clássicas da literatura, como

Os Miseráveis e O Corcunda de Notre-

Dame, se destacou como poeta, dramaturgo,

romancista e orador. Em 1853

em viagem para a ilha Jersey, participou

de sessões espíritas e pode observar o

fenômeno das mesas girantes.

https://www.febnet.org.br/portal/2021/02/26/fatos-e-personalidadesnascimento-de-victor-hugo-2/

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