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Os Mortos Nos Falam (Pe. Francois Brune)

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tir a identificação do exército. Fala-se apenas de capacetes, cotas de

malha, lanças e escudos.

Louis Pauwels, de quem extraio todos esses detalhes, (1), relata

que “um conservador da Biblioteca Nacional, Jean-Pierre Seguin, declarou

(num artigo publicado no jornal Le Monde), dispor de cerca de

uma centena de publicações que registram a aparição de tropas armadas,

de figuras humanas, de animais, de diversos objetos assustadores,

às vezes projetados no céu".(2) Nosso autor cita então, brevemente, a

batalha entre dois exércitos, em pleno céu, acima da paróquia de Sarlat,

em 11 de setembro de 1587:

Em 27 de janeiro de 1795, perto de Ujest na Silésia, em campo

aberto, diante de uns cinquenta camponeses, um corpo de infantaria

apareceu de repente, formado em três colunas e precedido por dois oficiais

que carregavam bandeiras vermelhas. Em certo ponto a tropa parou

e a primeira linha atirou na direção dos camponeses que não ouviram,

contudo, qualquer ruído. Dissipada a fumaça, os soldados da cavalaria

ligeira apareceram e desapareceram, também repentinamente. A

cena se repetiu em 3 de fevereiro do ano seguinte, diante de quatrocentas

pessoas, e ainda em 15 do mesmo mês, perante trinta pessoas. Desta

vez preveniram, imediatamente, o general Von Sass que se deslocou

logo para o lugar com um destacamento. O exército fantasma que, nesse

meio tempo, havia desaparecido, apareceu de pronto. Os dois oficiais

a cavalo, de um e de outro exército, deslocaram-se ao encontro

um do outro. O vivo interpelou o fantasma, que não respondeu. O vivo

ia atirar no fantasma quando tudo desapareceu.

Outros casos são narrados nesta obra. Uma terrível batalha que se

reproduziu por cinco vezes, no mesmo lugar na Inglaterra, em 1642,

dois meses depois de realmente travada. Dois enviados de Carlos I da

Inglaterra chegaram a reconhecer, entre os combatentes fantasmas, alguns

dos que ali haviam morrido. Mais curioso ainda: em 1574, cinco

soldados da guarda, em Utrecht, vêem no horizonte, perto da meia-noite,

um combate feroz que só ocorrería de fato, doze dias mais tarde.

Enfim, mais recentemente ainda, 0 Ministro da Defesa de “Sua Majestade"

Elizabete II deveria abrir um inquérito sobre um combate de “es-

(1) Ver Louis Pauwels e Guy Breton, Nouvelles histoires extraordinaires, Albin

Michel 1982, pp. 131-141.

(2) op. cit. p. 137.

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