Edição 20- Revista Aquaculture Brasil
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A EMBRAPA participa do projeto AquaVitae com
quatro centros de pesquisa: Pesca e Aquicultura (Palmas-TO),
Tabuleros Costeiros (Aracajú-SE), Meio Norte
(Teresina-PI) e Amazônia Ocidental (Manaus-AM).
Nesse projeto, atua em pesquisas com duas espécies
de peixes de água doce (tambaqui e pirarucu), ostras e
cultivo multitrófico integrado, além de temas transversais
como: política e governança, economia e marketing,
sensores e gestão de dados.
A Universidade Federal do Rio Grande (FURG),
através do seu Núcleo de Aquicultura e Biotecnologia
Marinha do Instituto de Oceanografia, está participando
do projeto AquaVitae em quatro frentes de pesquisa:
1) Estudo de Bioflocos (Biofloc Technology – BFT) em
sistemas intensivos de produção do camarão-branco
Litopenaeus vannamei; 2) Pesquisa de Aquicultura Multitrófica
Integrada envolvendo o camarão L. vannamei e a
tainha (Mugil sp.) em sistemas BFT; 3) Desenvolvimento
de modelo de aquicultura orgânica integrada com camarões,
macroalgas e ostras nativas (em parceria com
a UNESP e Primar Aquacultura) e 4) Estudo do peixe
marinho Paralicthys orbignyanus (Linguado) em sistemas
de aquicultura de circulação fechada. Todos os trabalhos
de pesquisa contam com a participação de docentes
e professores do Programa de Pós-Graduação em
Aquicultura da FURG.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
atua em 3 frentes dentro do projeto: 1) Cultivo integrado
de camarões e macroalgas (Ulva sp.) em sistema de
bioflocos, 2) em um pacote tecnológico para reprodução
e cultivo de espécies do gênero Ulva nativas do Brasil
e 3) no desenvolvimento de rações com ingredientes
de baixo nível trófico para aquicultura, avaliando a substituição
de óleo de peixe na dieta de camarões por uma
farinha de microalga. Estão sendo avaliadas duas microalgas
Aurantiochytrium (rica em DHA) e Nannochloropsis
(rica em EPA) como substituto ao óleo de peixe.
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) está
atuando basicamente em três tópicos principais: 1)
Desenvolvimento de um modelo de cultivo integrado
orgânico envolvendo algas, camarões marinhos e ostras
para aumentar a eficiência, produtividade e lucratividade
da maricultura no Brasil. 2) Desenvolvimento
de tecnologia de produção de pirarucu e tambaqui, 3)
Desenvolvimento de metodologia para avaliação da
sustentabilidade e serviços ambientais da aquicultura no
âmbito dos países banhados pelo Oceano Atlântico.
FACT BOX: O projeto AquaVitae
• AquaVitae é um projeto de pesquisa e inovação
financiado pelo programa da União Europeia
(UE) Horizon 2020.
• O objetivo do projeto é introduzir novas espécies,
além de novos processos e produtos nas cadeias
de valor da aquicultura ao redor do Atlântico.
• As cadeias de valor estudadas incluem macroalgas,
Aquicultura Multitrófica Integrada (AMTI),
equinodermos (ex. pepino-do-mar), moluscos e peixes.
AMTI é um sistema de produção no qual espécies
de diferentes níveis tróficos são cultivadas utilizando
os resíduos de uma espécie como fonte de
nutrientes para outras espécies.
• O projeto inclui 13 estudos de caso que visam
soluções para diferentes espécies, processos e
problemas transversais.
• AquaVitae apoia a implementação do Acordo
de Belém (Belém Statment) para permitir colaborações
internacionais em pesquisa ao redor do oceano
Atlântico. Este é um acordo trilateral entre a UE,
o Brasil e a África do Sul.
SET/OUT 2019
Imagens: © Jefferson C. Christofoletti; Sylvain Huchette; ALGAplus.
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