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ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE Nº199 Mensal • Março 2021

Exposição 'Máscaras do Mundo'

Evento

Madeira Ladies Open

Porto Santo

Fauna e Flora

Teatro

Rita Miguel

A 'menina do fogo'

Nº199 Mensal

Março 2021 • €2,50

Bolo do Caco

"Encontrámos

a nossa identidade"



••

email:

fiestamadeira@yahoo.com

Propriedade:

O.L.C. Unipessoal Lda.

Sociedade por Quotas; Capital Social:

€500.000,00 Contribuinte: 509865720

Matriculado na Conservatória Registo

Comercial de Lisboa

Sede: Centro Comercial Sol Mar, Sala 303,

Av. Infante D. Henrique, nº71

9500 - 769 Ponta Delgada Açores

Sócio-Gerente com mais de 10% do capital:

Edgar R. de Aguiar

Sede do Editor

Edgar R. de Aguiar

Parque Empresarial Zona Oeste - PEZO

Lote 7, 9304-006 Câmara de Lobos

Director

Edgar Rodrigues de Aguiar

Redação

Dulcina Branco Miguens

Secretária de Redação

Maria Camacho

Depart. Imagem

O Liberal

04 Surgiu no final de 2011 e

estreou-se com a peça ‘O Médico

Engenhoso de Moliére’. Dos palcos

convencionais para casas velhas e

degradadas como auditório, o foco

foi-se orientando progressivamente

para o teatro e circo de rua e

animação temática, criando

espectáculos, peças e actuações onde

o Teatro e a linguagem do Novo Circo

ganharam vida na rua e nos espaços

alternativos. A história do Teatro

Bolo do Caco contada pelos seus

fundadores.

09 Presidente da Assembleia

Legislativa e Representante da

República visitaram centro de

vacinação covid no Madeira

Tecnopólo

10 Museu ‘Universo de Memórias’

expôs ‘Máscaras do Mundo’

14 “Mulheres Artistas Madeirenses

em diálogo com Sonia Delaunay”

16 Madeira Ladies Open 2020

19 Porto Santo: fauna e flora

www.revistafiesta.pt

Sumário

16

22 Quando a neve caíu no Pico do

Arieiro

24 Rita Miguel

A ‘menina do fogo’ em entrevista

26 Instalação ‘Eva’ na Câmara

Municipal do Funchal

27 Líder do Chega, André Ventura,

prepara as eleições autárquicas

28 Imagens e balanço: Um ano de

pandemia

32 Em ano de pandemia

revisitamos o ‘Dia da Mulher’

28

36 Hora do Planeta 2021 em

modo digital

37 Agenda Cultural da Madeira –

Março 2021

41 Fiesta!Aconteceu

Carolina Deslandes em concerto na

Praça do Município - 2019

42 Fiesta!LifeStyle

Luxemburgo ‘país jardim da Europa’

43 Fiesta!7Arte

Desconfinamento gradual na cultura

44 Fiesta!Décor

Como veste os seus sonhos?

45 Cocktail Olim: ‘Primavera’

46 Momentos DDiArte

Sem título

Design Gráfico

O Liberal

Departamento Comercial

O Liberal

Serviço de Assinaturas

Luísa Agrela

Estatuto Editorial

••

Administração, Redação,

Secretariado, Publicidade,

Composição e Impressão

Edifício ‘O Liberal’,

Parque Empresarial Zona Oeste

PEZO, Lote 7,

9304-006 Câmara de Lobos

Madeira / Portugal

Telefones: 291 911 300

Email: preimpressao@oliberal.pt

Depósito Legal nº 109138/97

Registo de Marca Nacional nº 376915

ISSN 0873-7290

Registado no Instituto da Comunicação

Social com o nº 124584

Membro da Associação da Imprensa

Não Diária - Sócio P-881

Tiragem

10.000 exemplares

[Nova Ortografia]

Fiesta!

Fiesta!

É uma revista mensal de informação

geral que dá, principalmente

através da imagem,

uma ampla cobertura

dos mais importantes e significativos

acontecimentos

regionais, com especial incidência

para os eventos

festivos, espetáculos e às

pessoas, não esquecendo temáticas

que, embora saindo

do âmbito regional, sejam

de interesse geral, nomeadamente

para os conterrâneos

espalhados pelo mundo;

Fiesta!

Fiesta!

É um projeto jornalístico e dirige-se

essencialmente aos

quadros médios e de topo,

gestores, empresários, professores,

estudantes, técnicos

superiores, profissionais

liberais, comerciantes, industriais,

marketing e recursos

humanos;

Identifica-se com os valores

da autonomia, da democracia

pluralista e solidária,

defendendo o pluralismo de

opinião, sem prejuízo de poder

assumir as suas próprias

posições;

Mais do que a mera descrição

dos factos, tenta descortinar

as razões por detrás dos

acontecimentos, antecipando

tendências, oportunidades

informativas;

Fiesta!

Fiesta!

Fiesta!

Pauta-se pelo princípio de

que os factos e as opiniões

devem ser claramente separadas:

os primeiros são intocáveis

e as segundas são livres;

Como iniciativa privada, tem

como objetivo o resultado,

pois só assim assegura a sua

independência editorial;

Através dos seus acionistas,

direção, jornalistas e fotógrafos,

rege-se, no exercício

da sua atividade, pelo cumprimento

rigoroso das normas

éticas e deontológicas

do jornalismo.

3


Teatro

Bolo do Caco

• Dulcina Branco

• Fotos: gentilmente cedidas por Xavier Miguel (Teatro Bolo do Caco)

4


A exploração do teatro em espaços velhos e degradados

chamou a atenção sobre o novo projeto cultural Espaço 116

que surgia em 2012 na zona velha da cidade do Funchal.

Por trás do mesmo, o grupo Teatro Bolo do Caco, que

um ano antes fizera a sua estreia com a peça ‘O Médico

Engenhoso de Moliére’. Estava dado o mote para uma

nova forma de trabalhar as linguagens artísticas através

do teatro de rua, o novo circo, as residências artísticas,

animação temática, para referir algumas, em que o universo

referencial regional é o núcleo e inspiração de todo o

trabalho. Do nome ‘bolo do caco’ – sugestão do escritor e

amigo José Viale Moutinho, passando pela mais recente

produção, a radionovela “A Mão de Sangue” há toda uma

história que é contada pelos responsáveis do grupo, Xavier

Miguel, Diogo Gonçalves e Cristiana Nunes.

Como surgiu o grupo de teatro

Bolo do Caco?

- O Teatro Bolo do Caco surgiu no

final de 2011 por iniciativa de Xavier

Miguel. Estreou-se com a peça

O Médico Engenhoso de Moliére,

apresentada em vários concelhos

da ilha. Em Abril de 2012, juntamente

com o colectivo artístico

Mad Space Invaders, criámos o

projecto cultural Espaço 116, numa

casa velha na Rua de St. Maria,

onde foi realizada e apresentada a

peça Rabos de Peixe – episódios da

zona velha, a partir de João Carlos

Abreu. À semelhança de quase

todos os grupos, começámos por

apresentar teatro em palcos “convencionais”,

mas com esse projecto

em 2012 descobrimos o potencial

inerente a isso e começamos a

usar casas velhas e degradadas como

auditório, procurando explorar

os seus elementos e colocando-os

em diálogo directo com o próprio

conteúdo das peças. Estreamos ainda

em auditório três peças originais

do dramaturgo madeirense Jorge

Ribeiro de Castro, que foram editadas

em livro no final do ano passado.

Mas de certo modo desde 2015,

o foco foi-se orientando progressivamente

para o Teatro e Circo de

Rua e Animação Temática, criando

espectáculos, peças e actuações onde

o Teatro e a linguagem do Novo

Circo ganharam vida em uníssono

na rua e nos espaços alternativos.

Em Agosto de 2018 foi fundada a

Associação Teatro Bolo do Caco.

O Grupo de Teatro Bolo do Caco

é formado por quem?

- A direcção do grupo é composta

por três elementos: Xavier Miguel,

Diogo Gonçalves e Cristiana Nunes,

mas trabalhamos frequentemente

com diversos profissionais,

numa equipa cada vez maior de colaboradores

de diversas áreas artísticas.

Entre os muitos colaboradores

ao longo de quase 10 anos de trabalho,

contamos com músicos como

Camachofones, Duarte Salgado,

Ricardo Mota, Bruno Monterroso

e Márcia Aguiar; artistas plásticos

como Fátima Spínola e Cristiana

Sousa (Andorinha); e uma diversa

lista de actores, entre os quais destacamos

alguns dos mais frequentes

nos últimos anos: Mariana Faria,

João José Silva, Sara Cíntia,

Luís Pimenta, Catarina Claro, entre

vários outros.

Que projetos marcam a atividade

do grupo?

- Em primeiro lugar a peça Rabos-

-de-Peixe, em 2012, que marcou

o início do projecto Espaço 116 e

também por nos ter revelado o potencial

da exploração de teatro em

espaço alternativo, trabalhada ainda

por poucos grupos no contexto

regional. Em 2013, numa parceria

com o Museu da Baleia, desenvolvemos

um projecto de residência artística

no Caniçal, que resultou no

espectáculo Gaiados, apresentado

na antiga sala do Museu da Baleia

no Caniçal. No jardim do segundo

Espaço 116, foram apresentadas

as peças As Maminhas de Teresia

(2013) e Os Cornos de Albertu

(2014). No contexto do Halloween

montámos já dois espectáculos no

formato de visita teatralizada: Visita

à Casa Assombrada (em 2014),

e Visita ao Sanatório Assombrado

(em 2017). Tivémos também

o privilégio de apresentar diversas

peças de teatro de rua em grandes

eventos regionais como o Mercado

Quinhentista de Machico, a

Feira do Livro do Funchal, a Festa

do Vinho, entre outros. Em parceria

com a Associação Casa Invisível

e com a CMF apresentamos visitas

encenadas em vários espaços culturais

do Funchal como o Museu A

Cidade do Açúcar, o Museu Henrique

e Francisco Franco e o Teatro

Municipal Baltazar Dias. No final

de 2018, a convite da Casa do Povo

de St. Cruz, fomos responsáveis pela

Recriação Histórica do dia 1 de

Dezembro de 1640: Restauração

da Independência, tendo a honra

de participar com vários elementos

do concelho nesta tradição local

de longa data. Em 2019, produzimos

e organizámos, em parceria

com a Fundação INATEL, o primeiro

Festival de Teatro de Rua do

Funchal, que contou com participação

de vários grupos regionais e

nacionais, e onde apresentou o espectáculo

de novo circo A Fada do

Borracho, que contou com música

ao vivo dos Camachofones. Posteriormente

em 2020, um trabalho

que marcou o ressurgir depois do

primeiro confinamento, e onde recomeçámos

a trabalhar, já segundo

normas de segurança da DGS,

foi a peça Aventuras e Desventuras

no Funchal, da autoria de Avelina

Macedo e que tivémos oportunida-

Xavier Miguel nasceu em 1993

no Funchal. Formou-se em teatro

com o Curso Profissional de Artes

do Espectáculo – Interpretação, do

Conservatório – Escola das Artes

da Madeira, e com a Licenciatura

em Teatro - Interpretação da

Escola Superior de Música e

Artes do Porto, além de várias

formações ligadas ao teatro e ao

circo. Trabalhou no ATEF | Teatro Experimental do Funchal em

diversas produções; na RTP-Madeira como apresentador da

3ª temporada do programa Irreverência (ao lado de Mariana

Faria); e na Companhia de Teatro Viv’Arte em diversos eventos

e produções ao longo de 2015 e 2016. Tem um vasto trabalho

ainda na área da animação temática, tendo participado e

dirigido eventos de vários géneros. Autor e encenador do

espectáculo de abertura do XXVI Festival Regional de Teatro

Escolar – Carlos Varela, Não há Gente c’ma Gente, com o

grupo O Moniz. Fundador e director artístico do Teatro Bolo

do Caco e um dos fundadores e gestores do projecto Espaço

116, no Funchal. Também foi fundador e actor do projecto

Os Arlotes (grupo de animação temática e animais exóticos,

sediado no Porto). Foi ainda vencedor da categoria Artista nos

Mais de 2012 do Diário de Notícias da Madeira.

5


Cristiana Nunes nasceu em

1998, no Funchal. É estudante

finalista do Curso de Licenciatura

em Enfermagem e conta com

7 anos de participações e

desenvolvimento pessoal em

Teatro. Foi atriz e assistente de

encenação e diretora de cena em

várias peças de teatro no grupo O

Moniz – Carlos Varela em duas edições do Festival Regional de

Teatro Escolar Carlos Varela de 2014 a 2016; Participou como

atriz nos filmes Águas (2015) e Feiticeiro da Calheta (2016)

produzidos por Luís Miguel Jardim; atriz em Trapos (2017),

por Artemotion no TMBD; atriz em Tesouros da Ilha (2017),

Um outro conto de Natal (2018) e O Triunfo dos Porcos (2019)

na Associação GATO; atriz em Contos e Lendas (2019) pela

ATEF; atriz em O Burguês Gentil-Homem (2020), encenado e

dirigido por Ricardo Brito. Realizou ainda visitas encenadas

em 2019 no âmbito do serviço educativo com a Casa Invisível

e é atriz na Associação Teatro Bolo do Caco desde 2018,

onde tem participado em encenações de Recriação histórica,

como o Monte do Imperador (2019) e a Restauração da

Independência de 1 de Dezembro (2018 e 2019); de Teatro

de Rua, como Livralhada (2018), A Fada do Borracho (2019),

O Mar e a Serra (2019), Contadores de Estórias (2018-2020),

Circo do Wilson (2020); de Teatro Infantil, como Aventuras

e Desventuras no Funchal (2020), A Leónia Devora os Livros

(2019); de Animação temática em lançamentos de livros,

eventos culturais e épocas festivas; escreveu a peça infantil

os Gigantes do Santo da Serra (2019), encenada por Xavier

Miguel; de Teatro Radiofónico com A Mão de Sangue (2021)

e tem ainda trabalhado na associação como figurinista e

costureira, desenhando e confecionando figurinos, adereços

e elementos cénicos.

de de apresentar em cinco freguesias

do Funchal. Mais recentemente,

em contexto do festival Madeira

Street Arts Festival e em colaboração

com os artistas António Santos

e Guilherme Ferreira, estreámos o

trabalho In Vino Veritas, que cremos

ser a primeira estátua viva madeirense

em termos de génese e

conteúdo. Paralelamente, não parámos

de realizar diversos outros

projectos de Animação Temática,

Mediação Cultural, Recriação Histórica,

e dinamização da Cultura e

Literatura Madeirenses.

A destacar ‘o’ momento alto do

grupo, que momento seria esse?

- A estreia de Rabos de Peixe –

episódios da zona velha, em 2012,

foi algo mágico, e hoje sinto que

foi esse trabalho que nos revelou

aquilo que seria a nossa identidade

artística (Xavier Miguel). Contudo,

penso que um dos momentos

mais altos foi a criação e organização

do primeiro Festival de Teatro

de Rua do Funchal, em parceria

com a CMF e com a Fundação

INATEL. Ao nível do Novo Circo,

o nosso espectáculo mais emblemático

foi O Circo do Wilson,

que contou com uma única apresentação,

no La Vie por altura do

Carnaval de 2020, exactamente devido

à pandemia que então estava

a instalar-se, e que nos impediu de

dar continuidade ao espectáculo,

que está em carteira a amadurecer,

para que possa voltar a ser apresentado

no futuro. Mais recentemente

é essencial assinalar a estreia da

primeira estátua viva regional com

artistas regionais, criada na região,

e com tema regional – representado

dois vilões e uma pipa de vinho

Madeira – In Vino Veritas, no Madeira

Street Arts Festival.

O teatro do Bolo do Caco é diferente

em que aspetos?

- Essencialmente as linguagens artísticas

que trabalhamos. Em primeiro

lugar o Teatro de Rua: termo

que contempla de igual forma

as artes cénicas realizadas na “rua”

enquanto espaço público, também

enquanto espaço exterior e

enquanto espaço alternativo. Além

disso a exploração da linguagem

do Novo Circo, também chamado

Circo Contemporâneo. No núcleo

de tudo isso está o universo referencial

regional, e toda a carga

cultural que ele comporta: Literatura,

História, Artes Plásticas, Folclore,

etc. Sendo que trabalhamos

isso tudo procurando sempre imprimir

uma identidade e uma linguagem

própria, através do nosso

“cunho artístico”. Nos nossos objectivos

temos como linhas de tra-

6


balho fundamentais a dinamização

do rico e vasto Património Cultural

e Tradicional da nossa região. Assim,

procuramos valorizar a grande

riqueza presente nos diversos

elementos da História, do Folclore,

da Literatura, entre outros aspectos

daquilo que forma a nossa Identidade

Madeirense. Mas por forma

a indicar as nossas referências, diga-se

que consiste no vasto panorama

de todo o trabalho artístico

e literário ligado directa e indirectamente

ao arquipélago da Madeira,

sendo que o nosso é fundamentalmente

ao nível das artes cénicas.

Em termos de artes de rua, acreditamos

ser o único grupo cujo trabalho,

passando pelas diversas linguagens

da representação, é quase

inteiramente dedicado à rua e ao

espaço alternativo, inversamente

aos restantes grupos de teatro cujo

trabalho é quase inteiramente dedicado

a um palco “convencional”,

seja teatro ou auditório, o que desde

logo tem implicações profundas

no conteúdo do próprio trabalho,

e que permite à partida fazer uma

clara distinção. Importa dizer que,

parece-nos existir um certo preconceito

em relação às artes de rua, como

se fossem um “género menor”,

o que se reflecte na confusão frequente

dos conceitos Teatro “de

Rua” e Teatro “na rua”, e que às vezes

se mistura com a ideia de Animação

Temática ou de Mediação

Cultural, e isto sentimos por vezes,

e infelizmente, por parte de outros

artistas e grupos da região.

O nome do grupo surgiu como?

- No nosso trabalho procuramos

sempre explorar toda a riqueza e diversidade

do Património Cultural e

Tradicional da nossa região. Assim,

procuramos dar vida aos diversos

elementos da História, do Folclore,

da Literatura, entre outros aspectos

da nossa Identidade Insular.

Ao juntar tudo isso, encontrámos a

nossa identidade, que tem vindo a

ser progressivamente consolidada

ao longo de um percurso de cerca

de 10 anos. Contudo no início do

projecto, o seu título surgiu da sugestão

do escritor e amigo José Viale

Moutinho, como nome para um

novo grupo de teatro, em contexto

regional e de cunho regionalista.

Além disso, tudo o que se poderá

identificar em qualquer trabalho

do grupo tem vindo a ser consolidado

com essa forte carga regionalista,

tendo em vista a exploração de

uma identidade regional associada

às artes cénicas e de rua. Por isso

ainda não sabemos se o nosso nome

nos levou a construir esta identidade,

se ela simplesmente nos

Diogo Gonçalves nasceu na

ilha da Madeira em 1993,

profissionalizou-se em animação

sociocultural na EPA (Escola

Profissional Atlântico) em 2011.

Entre formações e estágios,

divide seu tempo profissional

entre animação hoteleira, onde

já colaborou com a equipa de

animação da Chapitô no Pestana

Porto Santo em 2015 e com projetos com a Associação Teatro

Bolo do Caco. Sua primeira colaboração com a ATBC, foi em

2012 na Festa da Cultura em recreação da “Revolta da Farinha”

na rua de Santa Maria. A partir deste momento sua presença

na associação foi crescendo, contribuindo e participando nas

suas intervenções, ocupando atualmente o cargo de Vice-

Presidente. Coprodutor dos scketchs: Gramoclowning, 00 Seis

e Meio, Quâ-Quê-Quí e Shashimi Duo. Já interpretou diversas

personagens em produções originais do Teatro Bolo do Caco

como: “O Carteiro” e “o Pescador” na peça Circo do Wilson;

“Silvério Augusto” em A Fada do Borracho e em animações

de rua como Há vida na Cidade 88.8JMFM; “Saltimbanco” no

Mercado Quinhentista de Machico, Agente 53 Balala na Feira

do Livro do Funchal 2020; Cristiano Ronaldo em Aventuras e

Desventuras no Funchal; Figura presente nas intervenções no

teatro de rua através do seu domínio nas artes circenses, é

também criativo em adereços e soluções cénicas.

7


“assenta tal e qual uma luva”!.

Lançaram-se recentemente no

teatro radiofónico. Falem-nos

disso.

- No contexto da actual pandemia,

ainda em Março de 2020, todos os

nossos compromissos foram cancelados,

e em menos de duas semanas

perdemos todo o trabalho previsto

para quase um ano. Procuramos

então reinventar o nosso próprio

trabalho, recorrendo às linguagens

multimédia, fundamentalmente

áudio e vídeo. Para alimentar essa

transformação, mergulhámos no

património literário regional e criámos

várias propostas de trabalho ligadas

à multimédia, mas sempre

com a representação em primeiro

plano. A CMF mostrou-se muito

receptiva a todas as nossas propostas

e, depois de uma troca de ideias,

decidimos dar vida a essa literatura

madeirense, ao mesmo tempo

que explorávamos uma linguagem

em vias de extinção no panorama

do entretenimento, o que para nós

é também algo absolutamente novo:

o formato da Radionovela, conhecido

também por Teatro Radiofónico.

Mais tarde encontrámos

no grupo 88.8 JM-FM grande interesse

e entusiasmo neste projecto,

abraçando assim os parceiros

essenciais para a estreia deste projecto

das radionovelas, que agora

temos o orgulho de transmitir em

três rádios regionais, bem como nas

redes sociais. Todos os espectadores

interessados em ouvir a radionovela

A Mão de Sangue poderão fazê-

-lo em directo na Rádio 88.8 JM-

-FM, na Rádio Calheta e na Rádio

Santana, todos os sábados de manhã,

às 11h (de 13 de Fevereiro a

10 de Abril). Quem não tiver possibilidade

de ouvir através de um

rádio poderá também fazê-lo de

forma rápida e prática através do

próprio site da JM-FM ou através

da página gratuita Radio Garden

(existe também como aplicação

gratuita na grande maioria dos telemóveis

smartphone). Sendo que todos

os episódios serão também lançados

semanalmente na página de

youtube do Teatro Municipal Baltazar

Dias. Para consultar a tabela

de lançamento e demais informações

relativas às radionovelas poderão

aceder às nossas páginas nas redes

sociais (Facebook e Instagram).

Como têm enfrentado este tempo

de pandemia?

- Perdemos num curtíssimo espaço

de tempo todo o trabalho que tínhamos

agendado para o ano passado.

A nível de apoios beneficiámos

da primeira Linha de Apoio de

Emergência da Direcção Regional

da Cultura do Governo Regional

num valor simbólico que nos permitiu

custear as despesas de funcionamento

da própria Associação por

alguns meses. Contudo, não tendo

recebido grande interesse nas propostas

que apresentamos, por parte

dos diversos municípios excepto

o Funchal, continuámos em busca

de novos parceiros e novas ideias,

sempre atentos a novas e possíveis

formas de trabalhar as artes cénicas

e a identidade madeirense. Procurámos

criar novas e diversas propostas

aliando-nos à multimédia e novas

tecnologias. Acreditamos que

o teatro e as artes cénicas se deveriam

transformar, tornando-se também

imperativo assegurar a segurança,

algo tão importante que se

impõe nesta fase pandémica: quer

para o público, quer para todos

os profissionais que connosco trabalham.

O objectivo principal é

continuar a chegar ao máximo de

pessoas, explorando a cultura e a

tradição regionais, através da representação.

Procuramos então

reinventar o nosso próprio trabalho,

seguindo uma linguagem que

já é nossa, e que nos permite afirmar

no panorama artístico regional,

desta vez procurando recorrer

às linguagens multimédia, fundamentalmente

áudio e vídeo. Começamos

logo a trabalhar na produção

de duas Radionovelas, bem

como uma Visita Guiada ao Museu

A Cidade do Açúcar em formato

vídeo, em parceria com a Associação

Casa Invisível. Em meados

de Setembro, recebemos o convite

por parte da 88.8 JM-FM para colaborar

no projecto Há Vida na Cidade,

por forma a dinamizar o comércio

local através do teatro e circo de

rua, munindo o rol dos nossos personagens

mais emblemáticos com

máscaras, viseiras e conhecimentos

de proteção e desinfeção individual

de modo poder trabalhar neste

contexto pandémico, garantindo

segurança para os artistas e para o

público. Neste momento estamos a

trabalhar na próxima radionovela,

também a partir de uma obra da Literatura

Madeirense, que em princípio

deverá sair em Abril/Maio.

Além disso começámos a trabalhar

nos últimos meses do ano passado

em parceria com o CRPSF - Irmãs

Hospitaleiras dinamizando aulas

de artes circenses juntamente com

os seus utentes, no âmbito do projecto

de artes performativas inclusivas

Companhia 48, projecto esse

presentemente suspenso devido

à pandemia. Temos ainda a “amadurecer”

um trabalho de animação

temática, em parceria com a Associação

Nuvem Aquarela, que visa

aliar o nosso trabalho de teatro e

circo de rua com a linguagem das

marionetas e formas animadas, previsto

para a Feira do Livro do Funchal,

mas que devido à pandemia

não se pode realizar, estando em

vista a sua realização na próxima

edição do evento. De resto, encaramos

2021 com espectativa, optimismo

e muita esperança. ••

8


Representante da República para a Madeira e Presidente da Assembleia Legislativa

Regional da Madeira visitaram centro de vacinação no Madeira Tecnopolo

Vacinação de polícias e bombeiros

D

epois da visita às instalações

do Presidente do

Governo Regional da

Madeira, desta vez foram o Representante

da República para a

Madeira e o Presidente da Assembleia

Legislativa Regional da Madeira

a verificarem ‘in loco’ a vacinação

contra a Covid. Foram

jáiversos profissionais da chamada

linha da frente no combate à

doença, nomeadamente bombeiros

e polícia. O Governo Regional

da Madeira estabeleceu o mês

de dezembro como meta de vacinação

da população do Funchal

mais prioritária. ••

• Dulcina Branco • Fotos: Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil

(Fotógrafo Miguel Lira)

9


Museu Universo de Memórias expôs coleção de máscaras do espólio

‘Máscaras do Mundo’

O

Museu Universo de

Memórias João Carlos

Abreu teve patente ao

público até ao dia 19 de fevereiro

a coleção de máscaras que integra

o espólio da unidade museológica.

As máscaras foram expostas

nas diversas salas do museu.

‘Máscaras do Mundo’ apresentou

máscaras provenientes de vários

pontos do mundo como Veneza

(em Veneza a máscara é o verdadeiro

símbolo de Carnaval), Grécia

(na Grécia antiga as máscaras

passaram de ritualistas a teatrais,

representando o carácter das personagens),

China (as máscaras

chinesas além de estarem ligadas

às artes e aos ritos religiosos também

estão ligadas ao exorcismo

e à cura de enfermidades), África

(as máscaras tipicamente africanas

têm origem nas tribos ancestrais

e são, maioritariamente,

construídas em madeira). A máscara/busto

da fadista Amália Rodrigues

é uma das peças raras

desta exposição. ••

• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados)

10


11


12

‘Máscaras do Mundo’


13


Galeria Marca de Água apresentou coletiva de mulheres artistas plásticas

‘Mulheres Artistas Madeirenses

em diálogo com Sonia Delaunay’

E

sta exposição tinha o seu

término previsto para o

passado dia 18 de fevereiro

mas dada a relevante afluência

os responsáveis da galeria decidiram

prolongar a exposição a fim

de maximizar o número de visitantes.

“Mulheres Artistas Madeirenses

em diálogo com Sonia

Delaunay” esteve patente ao público

na Galeria Marca de Água

até 19 de março, tendo recebido

a visita do Presidente do Governo

Regional e do Secretário Regional

do Turismo bem como o Presidente

da Câmara Municipal do

Funchal e o Bispo do Funchal,

D. Nuno Brás. A coletiva reuniu

obras das artistas plásticas Dina

Pimenta, Filipa Venâncio, Guareta

Coromoto, Lina Pestana,

Luísa Spínola, Rafaela Luís, Rita

de Andrade, Sara Santos, Teresa

Gonçalves Lobo e Teresa Jardim.

As obras das artistas estabeleceram

diálogos com a obra convidada

de Sonia Delaunay. Sonia

Delaunay nasceu em 1885, em

Hradyzk (Ucrânia) e faleceu em

1979, em Paris. Pintora, designer,

cenógrafa e figurinista, foi casada

com o artista plástico Francês Robert

Delaunay. Manteve amizade

e trabalhou na companhia dos artistas

do Modernismo Português

Amadeo Souza-Cardoso, Almada

Negreiros e Eduardo Viana. Foi

a primeira mulher a ganhar uma

mostra no Museu do Louvre em

1964, merecendo em 2015 uma

grande retrospectiva no Museu

de Arte Moderna de Paris e na

Tate Modern Gallery, em Londres.

••

• Dulcina Branco • Fotos: Presidência do Governo Regional

e Câmara Municipal do Funchal

14


15


Evento desportivo teve a participação de 56 atletas de 20 países

Madeira Ladies Open 2020

D

ecorreu nos campos de ténis

da Quinta Magnólia

em outubro de 2020 este

evento internacional. O Madeira

Ladies Open 2020 foi disputado

diariamente nos campos da Quinta

Magnólia e nele participaram

56 atletas de 20 países, numa organização

da Associação de Ténis da

Madeira. O Madeira Ladies Open

em ténis foi oficialmente apresentado

no hotel Estrelícia pelo Secretário

Regional do Turismo e

Cultura. A vimarenense Francisca

Jorge foi uma das grandes figuras

desta prova que consta do calendário

de provas da Federação internacional

de Ténis e é pontuável para

o ranking mundial da Women’s

Tennis Association Tour. ••

• Dulcina Branco • Fotos: André Ferreira

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17


18

Madeira Ladies Open 2020


Retratos da ilha

Flora e Fauna de Porto Santo

É

uma pequena ilha mas é

de uma enorme riqueza

natural Porto Santo, que

acolhe importante flora e fauna.

Devido às suas condições climatéricas

e geológicas, a flora presente

na ilha de Porto Santo pode

ser encontrada, sobretudo, nos

seus ilhéus, que constituem um

local favorecido para a conservação

da flora macaronésica. Os

ilhéus de Porto Santo são protegidos

pelo PDM, pela Rede Natura

2000 e são também parte integrante

do Parque Natural da Madeira,

por serem locais rochosos, cobertos

por arbustos e flora costeira da

Macaronésia. Ali se encontram arbustos

e pequenas árvores nas suas

escarpas. O goivo-da-rocha (Matthiola

madeirensis), a figueira-do-

-inferno (Euphorbia piscatoria), a

trevina (Lotus glaucus), a barrilha

(Mesembryanthemum crystallinum

e Mesembryanthemum nodiflorum),

o marmulano (Sideroxylon

mirmulans) são espécies que

merecem destaque. A cabeleira-

-de-coquinho (Lotus loweanus) é

uma espécie endémica de Porto

Santo que apenas existe nos ilhéus

da Cal, de Ferro e das Cenouras.

Consta que o ilhéu da Cal, antigamente,

continha uma cobertura

vegetal formada essencialmente

por Zimbros e Marmulanos. Actualmente

o marmulano (Sideroxylon

mirmulans) já está quase extinto

mas ainda assim representa o

único elemento arbustivo-arbóreo

endémico existente. Diz-se também

que no ilhéu de Cima encontravam-se

muitos Dragoeiros (Dracaena

draco) e muitas Oliveiras

(Olea maderensis). É possível observar-se

ainda uma grande diversidade

de líquenes, com destaque

para a urzela. Quanto à fauna presente

na ilha, encontra-se, maioritariamente,

nos seus ilhéus, os

quais são local privilegiado para

a nidificação das aves marinhas. É

possível observar-se a cagarra (Calonectris

diomedea), a alma-negra

(Bulweria bulwerii), o roque-

-de-castro (Oceanodroma castro),

o pintainho (Puffinus assimilis baroli),

o garajau-comum (Sterna hirundo),

a gaivota-de-patas-amarelas

(Larus cachinnans atlantis), o

corre-caminhos (Anthus berthelotii

madeirensis), o andorinhão-da-

-serra (Apus unicolor), o canário-

-da-terra (serinus canaria canaria)

e o pardal-da-terra (Petronia petronia

madeirensis). Estão também

presentes a lagartixa (Teira dugesii

jogeri) e duas tarântulas endémicas

do Porto Santo (Hogna biscoitoi

e Hogna schmitzi). Existe

ainda uma fauna marinha rica e

diversificada originada, em grande

parte, pelo afundamento do navio

Madeirense, um local singular

e muito procurado para a prática

de mergulho. ••

• Dulcina Branco • Fonte: ifcn.madeira.gov.pt e visitmadeira.pt

Fotos: gentilmente cedidas por Fábio Brito

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Flora e Fauna de Porto Santo


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Primeiros meses do ano trouxeram neve aos picos mais altos da Madeira

Neve no Pico do Arieiro

D

epois de darmos conta na

anterior edição, da queda

de neve no Pico Ruivo,

desta vez descemos ao Pico

do Arieiro que, em fevereiro também

ficou coberto de neve. Este

ano de 2021 trouxe neve aos picos

mais altos da Madeira, o que podemos

constatar nas (belas) imagens

obtidas pelo fotógrado Cícero

Castro. Acrescente-se que,

o Pico do Arieiro é o terceiro pio

mais alto da ilha, com 1.818 metros

de altura. Em primeiro lugar

de maior altitude fica o Pico Ruivo

(1.861 m) e depois o Pico das

Torres (1.851 m). Mas é o Pico do

Arieiro que é o mais visitado, onde

fica uma bela pousada, uma cafeteria

e uma loja de ‘souvenirs’ típicos

madeirenses. É possível ir do

Pico do Arieiro ao Pico Ruivo através

de um percurso apeado de cerca

de três horas. ••

• Dulcina Branco • Fotos: Cícero Castro

22


23


“Desde sempre senti grande paixão e fascínio pelo fogo”

Rita Miguel

É das únicas mulheres em Portugal

e no Mundo a lançar fogo pela

boca, uma arte que domina como

poucos, tanto que, em 2019,

inscreveu o seu nome no livro dos

recordes Guiness com a maior labareda.

A história da cuspidora/

manipuladora de fogo Rita Miguel

é uma história de superação

e talento contada pela própria

nesta entrevista e que evidencia

nos inúmeros espetáculos que

já realizou um pouco por todo

o país, nomeadamente nas feiras

medievais na Madeira (Mercado

Quinhentista de Machico e Desembarque

de Colombo em Porto

Santo) e Europa.

• Dulcina Branco

• Fotos: gentilmente cedidas por Rita Miguel (Fire Dragons)

Quem é a Rita Miguel e como

surge no mundo das artes performativas?

- Nasci em Tomar e sou conhecida

como a ‘menina do fogo’. Na

realidade sou uma menina sonhadora

num corpo de mulher. Acredito

muito em mim e nos meus

sonhos. No fundo, sou uma alma

perdida que ousa voar pela vida.

Sou mãe de um rapaz com 14

anos que é a obra de arte da minha

vida. É por ele que vivo todos

os dias. Licenciei-me em Restauro,

Arqueologia e Pintura. Viajei

pelo mundo, trabalhei em vários

ramos de atividade como agências

de viagem, comercial, etc.

Em 2011, fiquei desempregada.

Vivia em Lisboa e regressei à minha

terra natal, Tomar, onde comecei

a trabalhar na região de

turismo da minha cidade. Em

2014, organizei a 1ª Feira Medieval

de Tomar, em que participaram

artistas de fogo e essa atividade

desde logo me seduziu e

fascinou. Na verdade, desde sempre

senti grande paixão e fascínio

pelo fogo. Entretanto, fiquei desempregada

e comecei a pensar

em novos projetos na área artística.

Sempre quis ser artista e com

esse objetivo em mente, em 2015

fui para a escola do Chapitô onde

aprendi Trapézio. Não estando

satisfeita com o que aprendia, certa

vez, numa brincadeira, comecei

a cuspir fogo com água para

depois iniciar o processo de cuspir

com fogo em pequenos lagos,

em Tomar. Foi assim que comecei.

Em 2016, criei o projeto Fire

Dragons - Fusão de Artes Performativas,

Unip., com o qual já participei

em diversos eventos quer

em Portugal e ilhas, quer no estrangeiro.

Em que consiste o seu espetáculo?

- Defino os meus espetáculos como

uma explosão de emoções,

perigo, magia, amor, adrenalina...

Nunca se sabe o que irá acontecer.

De uma forma geral, consiste

num espetáculo de durante 30

minutos mediante o qual a personagem

que é habitualmente uma

mulher seduz o público através

do fogo. A sedução mistura-se

com o perigo do fogo. Eu lanço o

fogo e deixo-me seduzir pelo mesmo.

Adoro ser seduzida e abraçada

pelo fogo que transmite uma

sensação intensa e quente, selvagem

mas cheia de amor. Nos espetáculos

sou a artista principal

mas também posso estar acompanhada

por uma assistente.

Que momentos marcam o seu

percurso na sua área artística?

- Os meus primeiros espetáculos

24


foram na Galiza mas já trabalhei

de norte a sul de Portugal, ilhas,

Espanha, França, Bulgária... Em

2019, aconteceu o momento alto

que foi quando o Guiness World

Records reconheceu a minha labareda

como a maior labareda do

Mundo. Sou detentora do recorde

da maior labareda do mundo

na atividade de cuspidora ou manipuladora

de fogo.

Que desafios acarreta a sua atividade?

- Tem sido uma jornada dificil

mas muito compensadora e que

adoro realizar. Enquanto cuspidora

de fogo, há mais homens

do que mulheres nesta atividade

e, enquanto manipuladora de fogo

que vá ao limite do perigo como

eu faço, só conheço um artista

das Astúrias . Na verdade,

esta é uma atividade que acarreta

vários perigos, como por exemplo:

temos que ter muita atenção

na inalação do fumo, o engolir a

água de fogo que é o que uso para

cuspir fogo pois afecta directamente

os rins , as queimaduras e

por aí fora... Nos materiais, uso

petróleo e/ou parafina líquida.

No espetáculo em si, uso imensas

coisas, desde fumos a pirotecnia,

entre outros. O meu espetáculo

pode ser de rua como de

interior, depende do que me pedem

e ajusto ao que me é solicitado,

desde casamentos , feiras medievais,

espetáculos de burlesco,

concertos com bandas, etc.

Como têm sido estes dias da

pandemia e o que sonha concretizar

na sua arte?

- Tento viver da melhor forma e

evito estar parada. 2020 foi um

ano difícil mas de reflexão e de

grande aposta pessoal. Deu para

fazer 15 espetáculos por isso considero-me

uma sortuda. Acredito

que nada acontece por acaso

e que melhores dias virão. Sonho

em ter uma grande equipa, evoluir

nas minhas atuações e criar

uma escola que ensine aos outros

a minha arte. Trata-se de, acreditar

nas capacidades pessoais,

não desistir, olhar para trás e concluir:

consegui. ••

25


Instalação sensibilizou para a igualdade de género

Instalação artística ‘Eva’

N

o âmbito das comemorações

do Dia Internacional

da Mulher, assinalado a 8

de março, a Olho-Te associou-se

à Câmara Municipal do Funchal

com a instalação “Eva”. O projeto

de arte participativa, que esteve

exposto em vários espaços públicos

do Funchal, nomeadamente

no átrio do edifício da Câmara

Municipal, contou com o contributo

de 67 mulheres e homens. O

presidente da autarquia, Miguel

Gouveia, inaugurou esta iniciativa.

Depois da Câmara, a instalação

esteve também no edifício da

Junta de Freguesia de São Martinho.

De referir que, ao longo do

mês de março, a Câmara Municipal

do Funchal preparou diversas

atividades para assinalar o Dia

Internacional das Mulheres o que

incluiu a instalação criada pela

Associação Olho-Te. ••

• Dulcina Branco • Fotos: Câmara Municipal do Funchal

[fotógrafo André Gonçalves]

26


André Ventura recebido

pelos presidente da Assembleia Legislativa e do Governo Regional

Chega prepara autárquicas

A

ndré Ventura, acompanhado

dos responsáveis

do partido na região, reuniu

com o presidente da Assembleia

Legislativa da Madeira, José

Manuel Rodrigues, e com o

Presidente do Governo Regional,

Miguel Albuquerque. André

Ventura, que marcou presença

num encontro com militantes

numa unidade hoteleira em Santa

Cruz, foi o segundo mais votado,

na Região Autónoma da

Madeira, logo a seguir a Marcelo

Rebelo de Sousa, nas últimas

eleições presidenciais. Aos jornalistas,

André Ventura disse que o

seu partido pretende concorrer

sozinho nas eleições autárquicas

de 2021 em todos os concelhos

da Madeira e que o “grande objetivo”

é impedir o Partido Socialista

de “renovar ou alcançar maiorias”.

••

• Dulcina Branco • Fotos: Assembleia Legislativa Regional da Madeira

(Amílcar Figueira)

27


Em março de 2020 era detetado o primeiro caso covid na Madeira

Um ano da pandemia

N

o dia 2 de março de 2020,

as autoridades de saúde

portuguesas anunciavam

o primeiro caso de covid-19 no

país - um médico de 60 anos que

esteve no norte de Itália e apresentou

sintomas no dia 29 de fevereiro.

Na Madeira, no dia 17 de

março de 2020, o Presidente do

Governo Regional confirmava o

primeiro caso de covid-19 - uma

turista holandesa instalada numa

unidade hoteleira no Funchal.

365 dias depois, o mundo mudou

para enfrentar as diferentes vagas

da pandemia que registou mais

de 2,54 milhões de mortos desde

que foram reportados os primeiros

casos na República Popular

da China, em dezembro de 2019.

Máscara, desinfeção das mãos,

distanciamento físico, quarentena,

confinamento, testes e vacinas

entraram no léxico comum

para enfrentar a pandemia provocada

pelo SARS-CoV-2 e que está

na origem da Covid-19, doença

cujos sintomas mais comuns são:

febre, tosse seca e cansaço, e sintomas

menos comuns: dores musculares

e de garganta, diarreia, conjuntivite,

dor de cabeça, perda de

paladar ou olfato e irritações na

pele ou descoloração dos dedos

das mãos ou dos pés. Com a esperança

colocada nas vacinas para

controlar/debelar a pandemia,

a principal mensagem é que cada

um continue a adotar no dia

a dia as medidas preventivas fundamentais

para evitar o contágio

e que são a utilização da máscara,

a desinfeção/lavagem das mãos e

o distanciamento físico. ••

• Dulcina Branco • Fotos: Presidência do Governo Regional,

Cícero Castro e Fábio Brito (Porto Santo)

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29


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Um ano da pandemia


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‘As mulheres na liderança: alcançar um futuro igualitário num mundo de COVID-19’

Revisitar o ‘Dia da Mulher’

O

Dia Internacional da

Mulher é comemorado a

8 de março. Este dia pretende

celebrar os direitos que as

mulheres conquistaram mas também

relembrar que ainda há muito

por fazer. Causas como o direito

ao voto, a igualdade salarial, a

maior representação em cargos

de liderança, a proteção em situações

de violência física ou psicológica

ou o acesso à educação

continuam atuais, pois em vários

pontos do globo, as mulheres não

têm esses direitos garantidos. Em

ano de pandemia, o tema deste

ano foi ‘As mulheres na liderança:

alcançar um futuro igualitário

num mundo de COVID-19’,

pretendendo-se com isto destacar

o papel das mulheres no combate

a um dos maiores desafios atuais

para a Humanidade. O Dia Internacional

da Mulher é assinalado

desde o início do século XX.

Em 1975, a ONU começou a celebrar

esta data mas só a 16 de

dezembro de 1977 é que a data

viria a ser oficialmente reconhecida

pela Assembleia Geral das

Nações Unidas, através da Resolução

32/142. Na Madeira, o Dia

da Mulher foi desde sempre uma

data assinalada com pompa e circunstância,

em espaços como o

Casino da Madeira, o qual recordamos

no apanhado de imagens

relativo à ‘Noite da Mulher 2019’

ou o Dia da Mulher 2020 em Porto

Santo. ••

• Dulcina Branco • Fotos: Fábio Brito (Porto Santo)

e Alex Pinto (Casino da Madeira)

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Revisitar o ‘Dia da Mulher’


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27 de março entre as 20h30 e 21h30

Hora do Planeta 2021

A

Hora do Planeta 2021 teve

lugar a 27 de março entre

as 20h30 e 21h30. Devido

à Covid-19, esta foi a 2.ª edição

do evento em formato digital. Este

ano, o evento debruçou-se sobre

Água e Alterações Climáticas, pedindo

a todos para apagarem a luz

durante uma hora para mostrarem

o seu compromisso com o planeta.

A Hora do Planeta ou Earth Hour

é um evento anual e consiste em

apagar as luzes no mundo inteiro à

mesma hora, durante 60 minutos,

num movimento contra as alterações

climáticas. O objetivo é conscientizar

as pessoas para a necessidade

de adquirir hábitos que não

prejudiquem o meio ambiente. É

uma iniciativa mundial da WWF

- World Wide Fund For Nature –

que se realizou pela primeira vez

em 2007 na Austrália. Nesses ano,

mais de 2 milhões de australianos

e cerca de 2000 empresas apagaram

as luzes. Já no ano seguinte,

135 países tomaram parte no evento,

que contou com a participação

de mais de 50 milhões de pessoas.

O que torna a Hora do Planeta um

momento marcante são nomeadamente

os monumentos emblemáticos

que são apagados em todo o

mundo, tal como a Torre Eiffel e

o Coliseu. Em Portugal, destaca-se

o Mosteiro dos Jerónimos, o Cristo

Rei, a Torre de Belém, o Palácio

Nacional de Sintra e a Ponte 25 de

Abril, por exemplo. Além de desligar

monumentos, outros eventos

oficiais dão voz à preocupação da

sociedade com o planeta Terra, tal

como a organização de caminhadas

e pedaladas. ••

• Dulcina Branco • Fonte & Fotos: horadoplaneta.pt

AF_Reconquista_rodapé_265x50.pdf 1 19/11/2020 18:14

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APP

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Agenda cultural da Madeira - março 2021

Exposições

Foto Projeto Educativo Municipal – C.Municipal

• Dulcina Branco • Fotos: D.R. (direitos reservados)

“20 ANOS DEPOIS”

ATÉ 06 MARÇO - Mudas – Museu Arte Contemporânea

De Ana Vidigal

Este projeto reúne pintura, objetos e instalação e marca o regresso

desta conceituada artista plástica à região, vinte anos após a sua última

exposição na Madeira. Sobre Ana Vidigal refira-se que é formada

em pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (1984).

Bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian (1985/1987). Também

Foi pintora residente do Museu de Arte Contemporânea – Fortaleza

de São Tiago, Funchal (1998/1999). Em 1995 e em 2002 foi convidada

pelo Metropolitano de Lisboa para a execução de painéis de

azulejos para as estações de Alvalade e de Alfornelos (construída),

respetivamente. Galardoada com vários prémios, está representada

em enumeras coleções públicas e privadas.

Foto Internet

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Agenda cultural da Madeira março 2021

Foto Internet

Foto All About Portugal

COLETIVA “O VENTRE DOS SONHOS”

ATÉ 20 MARÇO - Galeria.a. Cine Teatro Santo António

Curadoria Paulo Sérgio BEJu

O projeto de maniFESTAção surge num momento de comemoração

dos 45 anos da Companhia ATEF. Aos artistas convidados, solicita-se

um modo de “Representação”, um testemunho, uma maniFESTAção

singular. O projeto de maniFESTAção define-se pelo mote: Isto (a

obra), sou eu… esta é a minha Arte, culminando numa exposição coletiva:

“O Ventre dos Sonhos.

“PELA PAISAGEM DIVIDIDA, RETALHADA”

ATÉ 21 MARÇO - Galeria Dos Prazeres

Coletiva de artes plásticas, um projeto que se desenvolve pela galeria

dos Prazeres, igreja paroquial, casa de chá e herbário com

o objetivo de celebrar os 20 anos da Quinta Pedagógica dos Prazeres.

O projeto da Quinta Pedagógica é feito de gente dedicada,

atenta aos ciclos da natureza e aos saberes rurais, onde a ancestralidade

se revela e conserva.

Foto Internet

“OS FIOS DE DEITAR LENHA”

ATÉ 30 MARÇO - Museu Etnográfico Da Madeira

Na freguesia de Ponta Delgada, mais precisamente nos sítios das

Três Lombadas, ainda se utilizam os cabos, popularmente designados

por fios de deitar lenha, como meio de fazer deslocar a carga

nas serras (lenha, feiteira e mato-bardo), suspensa em ganchos

de ferro, em locais distantes e de difícil acesso. Outrora, estes

fios eram utilizados em grande número, sobretudo nas freguesias

da costa norte, nomeadamente Ponta Delgada, Boaventura, São

Vicente e Seixal, onde predomina uma orografia montanhosa e

muito acidentada, o que impossibilitava a utilização da corsa e

do carro chião, meios de transporte de carga, utilizados em freguesias

com uma orografia mais plana. Nesta exposição, o Museu

aborda composição e o modo de funcionamento destes engenhos,

e as profissões associadas a esta atividade.

Foto Internet

“RECOMPOSIÇÃO”

ATÉ 31 MARÇO - Quinta Magnólia – Centro Cultural

De Ricardo Veloza

Esta exposição dá dar a conhecer o trabalho que o escultor Ricardo Veloza,

ao longo dos muitos anos, concebeu nas mais diversas áreas das artes.

Pretende ser uma compilação de trabalhos conhecidos, mas sobretudo

de desconhecidos lastros plásticos que o artista concebeu durante

a sua vida consagrada à comunicação visual. Entenda-se esta exposição

como uma junção de obras diversificadas, nas distintas áreas das artes

plásticas e de intervenção urbana. A exposição pretende ser uma homenagem

ao mestre e à sua extraordinária obra disseminada um pouco por

toda a Região, mas também, sobretudo, ao instigador das artes que é Ricardo

Veloza.

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Foto Internet

“A CASA DA CAPELA”

ATÉ 02 ABRIL - Capela da Boa Viagem

De Filipa Venâncio

Nesta mostra, a artista plástica traz à pequena Capela da Boa Viagem,

uma série de nove pinturas, acrílicos sobre tela, com a dimensão

de 40x50 cm, cada, datadas de 2020.

AF_Correio Ribatejo_252x174.pdf 2 19/11/2020 17:50

Foto Internet

“DAR A PALAVRA”

ATÉ 15 ABRIL - Galeria Espaçomar – Escola Gonçalves Zarco

De Teresa Jardim

Nesta mostra, a artista procura através da criação ‘Dar a Palavra’ dar voz

à poesia enquanto exercício de partilha. Da fotografia ao desenho, da

imagem à palavra, num exercício de movimento contínuo. Nesse lugar

um pouco acima do chão, através do espaço pleno da memória. A artista

apela a uma criação enquanto interrogação do real. Uma metáfora

do tempo, ou seja, uma construção poética permanentemente inacabada.

A realidade tornada visível através da palavra, enchendo o espaço

como se tratasse de matéria orgânica, materializando e desmaterializando

um jogo de assimetrias plenas. Exibindo dessa forma a palavra, tornando-a

legível.

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Agenda cultural da Madeira março 2021

Foto Internet

Foto Internet

“NA ROTA DA URZELA”

ATÉ 30 ABRIL - Núcleo Histórico Santo Amaro – Torre Do

Capitão

De Manuela Jardim

A urzela, líquen verde-acinzentado muito comum nas serras da

ilha, era utilizado na tinturaria para a produção da cor violeta e

do vermelho-púrpura. No século XV, os portugueses, ao estabelecerem

os primeiros contactos comerciais com os povos africanos,

cedo perceberam a importância que os panos tinham naquelas sociedades,

nos rituais de vida e de morte, o que levou a que investissem

no comércio do algodão e das plantas tintureiras. Da Madeira,

tal como dos Açores e de Cabo Verde, seguiram grandes quantidades

de urzela. Os panos passaram assim a funcionar como moeda

de troca nas relações comerciais em África e entre esta e a Europa.

“WHOSE MASKS”

ATÉ 30 JUNHO - Quinta Magnólia – Centro Cultural

Coletiva de Luís Almeida, Rodrigo Canhão e Run Jiang, cujos trabalhos

são apresentados pela primeira vez na Madeira. Trata-se de uma exposição

de pintura que confronta linguagens, figura ções e procedimentos

pictóricos diversos em que são apresentadas abordagens diversas ao

elemento que serve de ponto de partida para esta exposição: a máscara.

Do artista Luís Almeida, são desenhos a tinta preta sobre folha de papel

de algodão cheias de energia e poder; de Rodrigo Canhão chegam personagens

saídas das séries de ficção com uma base de ironia e provocação,

enquanto Ru Jiang traz-nos as pinturas das suas personagens “Cat

Woman”.

Foto Internet

“CESTARIA EM PALHA DE TRIGO”

ATÉ 04 JULHO - Átrio Museu

Etnográfico Madeira

Com o objetivo de proporcionar uma maior

rotatividade das coleções, o museu dá continuidade

ao projeto denominado “Acesso às

Coleções em Reserva”, sendo apresentada, semestralmente

uma nova temática. Prende-se

com esta exposição, divulgar uma tradição ancestral,

subjacente a um saber-fazer que faz parte do nosso património cultural

material e imaterial e que representa a herança cultural de gerações

passadas. Durante quase todo o séc. XX, o cultivo do trigo foi uma das

maiores produções agrícolas e, numa época de escassos recursos, o aproveitamento

da palha de trigo surgiu, quase naturalmente, para confecionar

objetos utilitários e decorativos, atividade desenvolvida por alguns artesões

locais. Neste semestre, o Museu Etnográfico da Madeira dá a conhecer o

processo de produção de cestaria em palha de trigo. Esta tradição, fortemente

enraizada na freguesia da Ponta do Pargo, manteve-se, no século

XX, pelas mãos de dois artesãos locais, Felisbela Ezaura de Sousa e Manuel

Gonçalves, mais conhecido por Manuel Gino, residente no sítio do Serrado.

A palha de trigo, utilizada tradicionalmente, na nossa ilha para cobrir

as casas, era aproveitada, nesta freguesia, como matéria-prima, para a confeção

de cestaria, nomeadamente os chamados balaios, utilizados antigamente

no transporte de água e alimentos e, ainda, para transportar o pão e

o bacalhau, aquando das romarias aos arraiais do Loreto, Ponta Delgada e

Monte. Tendo esta arte se extinguido há mais de vinte anos, o Museu Etnográfico

da Madeira, em parceria com a Casa do Povo da Ponta do Pargo,

lançou o desafio a Madalena Andrade, para recuperar esta tradição.

Foto Wikipédia

“DEPOIS DE COLOMBO”

ATÉ 15 AGOSTO - Casa Colombo – Museu Porto Santo

De Ricardo Veloza

Mostra constituída por 64 ampliações fotográficas das obras do

escultor Ricardo Veloza, com destaque para o busto de Cristóvão

Colombo, a primeira escultura pública, de grandes dimensões,

criada por Ricardo Veloza, em 1989, para o Porto Santo. Para

além das ampliações fotográficas das obras do escultor, oportunidade

para observar o gesso de Brum do Canto e duas maquetas

da obra não executada “a vida dos carreiros”. Na Ilha de Porto

Santo, é possível encontrar várias obras do escultor, desde um

baixo-relevo de 1996, numa unidade hoteleira, em traquito e ouro;

busto de bronze de 2002, de Francisco Rodrigues Jardim, médico

no Porto Santo e que deu nome ao Centro de Saúde e o busto

de Jorge Brum do Canto, de 1995.

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Fiesta! Aconteceu

Concerto Carolina Deslandes

na Praça do Município

H

á dois anos (2019), a cantora atuava na praça do Município no

evento promovido pela Câmara Municipal do Funchal de homenagem

ao 25 de abril. Perante uma praça lotada de público,

Carolina Deslandes, que é atualmente jurada do concurso de talentos

da RTP1, The Voice Kids, atuou acompanhada por Ricardo Marques

no baixo e contrabaixo, André Silva na bateria, Feodor Bivol na guitarra,

Marco Pombinho nas teclas e Sandra Martins no violoncelo/clarinete.

Trouxe temas do álbum ‘Casa’, o seu terceiro disco de originais e que

na altura foi o mais vendido em Portugal, em grande parte devido aos temas

‘A Vida Toda’ e ‘Avião de Papel’. Carolina Martinez Deslandes, 30

anos, ficou conhecida do grande público aos 18 anos quando participou

no programa de talentos da RTP, Ídolos. É formada em Línguas e Literaturas

Modernas pela Universidade de Lisboa, tendo estudo voz na London

Music School. ••

• Dulcina Branco

• Foto: Câmara Municipal do Funchal

(fotógrafo André Gonçalves)

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Fiesta! Lifestyle

Luxemburgo

Ainda que com uma amiga a viver há mais de 20 anos no Luxemburgo,

e com uma série de repetidos convites para ir visitá-la a

alojar-me em sua casa, a viagem ia sendo sucessivamente adiada.

Até que um fim-de-semana prolongado de Junho possibilitou-me finalmente

a oportunidade de aceitar o convite, assentar arraiais em sua

casa e partir à descoberta daquele que é considerado o país jardim da

Europa. País arrumado, organizado, em que o caos é palavra raramente

ouvida, o Luxemburgo prima por ser um exemplo de civismo, respeito

para com o próximo – ainda que os luxemburgueses nativos sejam

mais antipáticos que simpáticos – higiene e cuidados extremos em

manter a disciplina e uma linha de educação que deveria ser extensível

a muitos países. ••

• Texto & Fotos: António Cruz, autor e viajante

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Fiesta! Sé7ima Arte

Desconfinamento gradual

na cultura

• Dulcina Branco

• Fonte: observador.pt

• Foto: NIT

Na cultura, o desconfinamento em Portugal começa pelos livros.

Segue, numa fase seguinte, a reabertura de museus, monumentos,

palácios, galerias de arte e similares. Só mais tarde reabrem cinemas,

teatros, auditórios, salas de espetáculos. E, para último, fica a permissão

de “grandes eventos exteriores e interiores” — mas até ver só com

“diminuição de lotação”. Tudo isto, porém, terá de ter portas fechadas a

partir das 21h de dias úteis e das 13h de sábados, domingos e feriados, pelo

menos até ao início de maio. O calendário da “reabertura progressiva e

a conta-gotas” da sociedade portuguesa foi apresentado a 11 de março pelo

Governo. O documento, apresentado pelo primeiro-ministro António

Costa em declaração feita ao país, avançou uma série de datas para a retoma

dos espaços de difusão cultural — mas o calendário pode sofrer alterações

e ficar retardado se a pandemia deixar de estar sob controlo. No que

diz respeito às salas de cinema, a reabertura foi anunciada para 19 abril.

Também para esse dia - 19 de abril ficou apontado o regresso da permissão

de “eventos exteriores com diminuição de lotação”. Mas não os grandes

eventos. Uma nota relevante: as regras gerais de horários aplicam-se às

salas de espectáculos e aos cinemas. Ou seja, não pode haver espectáculos

ao vivo e exibição de filmes em sala depois das 21h dos dias úteis e das

13h nos fins-de-semana e feriados. Atendendo à duração habitual de filmes

e concertos, as salas não podem exibir filmes das 20h em diante dos

dias úteis (só o poderão fazer com curtas-metragens) e os auditórios, teatros

e outras salas de espectáculos ao vivo não podem ter concertos a começar

depois das 20h (a não ser que sejam excecionalmente curtos). ••

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Fiesta! Décor

Como veste os seus sonhos?

O

quarto é o local mais íntimo da casa e torna-se assim o espaço

que requer mais comodidade e bem-estar. Uma cama confortável

e com a roupa certa é fundamental para uma noite de

descanso profundo. Em algodão, flanela ou percal, com estampas coloridas,

geométricos ou simples, existem inúmeras alternativas para todos

os gostos e estilos. Com a chegada da primavera, opte por dar um

novo visual ao seu quarto com têxteis de cores fortes e vibrantes, com

motivos florais ou estampados. Combine também com almofadas de

tamanhos e formatos diferentes, que complementem na perfeição para

um ambiente mais completo e acolhedor. ••

• Dulcina Branco

• Fonte & Fotos: Tânia Tadeu [taniatadeu@taylor365.pt] Dora Sousa [dorasousa@redoute.pt]

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Cocktail

Primavera

Aproximidade com o verão

faz da primavera uma estação

de dias repletos de sol,

um pouco mais quente que o outono

e, principalmente, o inverno.

No entanto, neste último ano,

a pandemia obrigou a mudanças

nos locais de consumo público de

bebidas e à mudança dos hábitos

de consumo. Em 2021, apontam-

-se novas tendências de consumo

no mundo dos cocktails e que têm

nos gins e nos drinks sem álcool

forte expressão para serem consumidos

no conforto do lar. ••

• Produção: Fernando Olim

• Foto: D.R.

Composição

• Sumo de ananás q.b.

• 50 ml Aguardente

de cereja ‘Kizab’

• 50 ml Licor Amareto

• Clara de ovo

• Xarope de açúcar

Preparação

Shaker com gelo

Servido em copo largo com pé

Decoração

Flor de margarida

categoria

Drink aperitivo

Classe short drink

2020 CUPÃO DE ASSINATURA

Nova Assinatura Renovação Assinatura

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Data de nascimento

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SIM, quero assinar e escolho as seguintes modalidades:

Cheque

à ordem de ‘’O Liberal Comunicações, Lda’’

Pago por transferência Bancária/Multibanco

MPG NIB nº 0036.0130.99100037568.29

“O Liberal”

Parque Emp.da Zona Oeste, Lote 7, Socorridos,

9304-006 Câmara de Lobos • Madeira / Portugal

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Momentos

Sem título

Foto realizada no estúdio DDiArte com o modelo Zé Diogo

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TC


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