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entrevista
Texto por Pedro Queirós e Sara Fernandes Santos
2
3
entrevista
Cláudia Pascoal
7
cultura
Piranha: “Somos a prova que a
decadência dos CD’s não existe”
8
humor: opinião
O Humor que nos Une
10
música: opinião
“californian soil” É um território
que junta o velho e o novo
11
perfil
BTS: um fenómeno a quebrar barreiras
14
entrevista
André de Freitas
23
top 5
Os nossos melhores de 2021
Cláudia Pascoal: “quero mudar a minha
sonoridade mais um pouco, atualizar o
que sou agora”
Cláudia Pascoal é um dos nomes
em ascensão no panorama
musical português. A jovem
artista e cantora de 27 anos,
natural de Gondomar, começou
ainda mais nova no mundo da
música. Nesta entrevista, partilha
com o Pontos de Vista algumas
experiências que fizeram
de si a artista que é hoje, fala
sobre alguns pontos vitais da
sua carreira e como é trabalhar
com alguns dos seus ídolos no
seu novo álbum.
Pontos de Vista: Desde cedo
que começaste a mostrar interesse
pela música, aos 15 anos
começaste a tocar guitarra.
Como é que surgiu esse entusiasmo?
Cláudia Pascoal: A minha aproximação
com a música deve-se
muito à facilidade. É muito fácil
tirar alguma coisa do público,
representando como músico. Ou
seja, há várias formas de comunicar
com as pessoas, por exemplo
a comunicação por escrita,
como vocês estão a fazer, e
achei que a música era uma forma
de ter reações imediatas e
causar felicidade momentânea.
Acho que a música vem muito
a partir desse motivo, de comunicar
muito rapidamente com
alguém.
E quando é que te apercebeste
que querias que a música fosse
o teu futuro?
Isso de a música ser um futuro,
acho que em Portugal não é
uma ‘cena’… [risos] acho que a
música não é o futuro para ninguém!
Neste momento estou
muito comprometida a finalizar
o segundo álbum, e a mostrar o
trabalho musical que tenho feito
com a minha equipa, os meus
produtores e músicos, mas a
verdade é que a vida é feita por
várias coisas. Neste momento
estou com três empregos, é um
bocado essa dinâmica a que existe
em Portugal. Mas, honestamente,
o maior incentivo vem da
minha agência, que me propôs
gravar um álbum e eu pensei
“agora isto é para fazer a sério,
bora lá fazer uma coisa com pés
e cabeça e concentrar todas as
minhas forças em compor música”,
portanto, deve-se muito às
pessoas que tenho à minha volta.
Quando surgiu esta oportunidade
de fazeres música, neste
caso o álbum, alguma vez tinhas
pensado, antes disso, ter outro
tipo de carreira profissional ou
foi sempre ligado às artes?
De alguma maneira, fui sempre
ligada às artes. Estudei áreas
que nada têm a ver com música,
depois envolvi-me muito na
comunicação, a partir do Curto
Circuito, onde estive a trabalhar
algum tempo e gostava muito
dessa vertente. Mas sim, eu acho
que vai variando entre a comunicação,
a música, o audiovisual,
a edição, a produção. Nunca
saí muito deste meio… até a tatuagem
está ligada à vertente
artística.
No fundo, para ti, a música é
como se fosse uma conjugação
de duas áreas das quais sempre
gostaste…
Sim, a música desenvolve em
mim várias coisas que eu gosto
de fazer, não só com produção, 3