Revista-do-CSPMG2022

Revista do CSP-MG
Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG)
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
Revista do
Nesta edição:
A importância
do seguro para
a sociedade.
Lideranças projetam tendências do mercado de seguros
Especialistas falam sobre temas impactantes para o setor
A força das mulheres no mercado de seguros
Profissionais que fazem a diferença são reconhecidos

Porque se chamava moço
Também se chamava estrada
Viagem de ventania
Nem se lembra se olhou pra trás
Ao primeiro passo, aço, aço
Aço, aço, aço, aço, aço, aço
Porque se chamavam homens
Também se chamavam sonhos
E sonhos não envelhecem
Em meio a tantos gases lacrimogênios
Ficam calmos, calmos
Calmos, calmos, calmos...
Lô Borges
Márcio Borges
Milton Nascimento
50 anos do Clube da Esquina
“Em 1972 foi gravado o primeiro LP, o Clube da Esquina, trazendo um
grupo de jovens que chamou a atenção pelas composições engajadas, a
miscelânea de sons que vão da bossa nova, toadas, congadas, choro,
jazz, folias de reis e rock progressivo, tudo reunido numa música
original, de apelo universal e grande força poética.”
Fonte: bardomuseuclubedaesquina.com.br

Novos caminhos
para o setor
Como será o futuro do mercado de seguros?
Alguém arriscaria um palpite em meio a
tantas transformações e novidades que vêm
impactando o setor?
Algumas mudanças são certas e foram
aceleradas pela pandemia da Covid-19. As inovações
e o emprego de tecnologias cada vez mais avançadas
vieram para ficar. Eles indicam um novo caminho que
deve ser trilhado por seguradores, operadoras,
corretores e demais agentes do mercado visando
sempre à satisfação e ao atendimento às diversas
demandas dos clientes.
Nesta edição, propusemos a especialistas e
autoridades do mercado o exercício de refletir sobre
o presente e apontar as tendências do setor de seguros,
com especial foco na área de atuação do Clube.
Nas próximas páginas, os leitores poderão
conferir entrevistas com representantes de entidades
do mercado como Marcio Coriolano (CNseg), Armando
Vergilio (Fenacor), Jorge Nasser (FenaPrevi), João
Editorial
Alceu Amoroso Lima (FenaSaúde) e Gustavo Bentes
(Sincor-MG).
Também colaboram com esta edição, por meio
de artigos assinados, João Paulo Moreira de Mello
(CSP-MG), Maria Helena Monteiro (ENS), Maurício
Tadeu Barros Morais (consultor, professor e diretor
do Clube) e Samy Hazan (consultor em inovação e
transformação digital).
Todos são unânimes ao afirmar que 2020 e
2021 ficaram marcados por profundas mudanças na
sociedade. Vivenciamos um momento histórico em
que tudo mudou, a forma como vivemos, nos
relacionamos, trabalhamos, consumimos bens e
serviços. Essa revolução afeta de forma significativa
o mercado de seguros, um dos pilares da economia
do País, que deve se fortalecer cada vez mais para
seguir cumprindo a nobre missão de proteger e
garantir a estabilidade financeira a milhões de
brasileiros.
Ótima leitura!!
Revista do
Jornalista responsável:
Déborah Gurgel (Reg. Prof. MG 05360 JP)
Produção, redação e edição: Déborah Gurgel
Revisão: Déborah Gurgel e Gustavo Abreu
Projeto gráfico e diagramação: Rita Márcia Costa
Fotos: Arnaldo Athayde, Déborah Gurgel e arquivo
End: Av. Afonso Pena, 726, Sl. 703.
Centro - Belo Horizonte/MG - 30130-902
Tel: (31) 3023-1055
E-mail: secretaria@cspmg.com.br
Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais
DIRETORIA EXECUTIVA (Gestão 2021/2023)
Presidente: João Paulo Moreira de Mello
Vice-Presidente: Rogério Pole Gebin
Diretor Tesoureiro: Mauricio Tadeu Barros Morais
Diretor de Seguros: Edilon Mesquita
Diretora Social: Elaine Oliveira Patente Godinho
Secretária Geral: Elenice Ribeiro Souto
Assessores da Diretoria
Daniela Viana Madeira Malta Moreira
Eduardo Gabriel Diniz
Franklin Rafael Correia da Rocha
Giuliano Alves Baeta
Leandro Higino Godinho de Oliveira
Lorena Caires da Silveira
Raquel Ferreira da Silva
Sergio Prates Nogueira Filho
CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: José Osvaldo de Miranda
Secretário: Hélio Marcelino Loreno
Membros:
Augusto Frederico Costa Rosa de Matos
Edson Ferreira Iria
Fernanda Machado de Carvalho Silva
José Horta Bregunci
Landulfo de Oliveira Ferreira Júnior
Maria do Carmo Ferreira Ribeiro Costa
Roberto Silva Barbosa
Sérgio Canesso Viegas
COMISSÃO FISCAL
Presidente: Denize Gonçalves Pena
Membros:
Gilberto Cordeiro da Silveira
José Geraldo de Andrade
Marinalda dos Santos Dias
Wesley Ferreira de Andrade
cspmg10
www.cspmg.com.br _cspmg CSPMG
CSP-MG
Clube de Seguros de Pessoas - MG

Bastidores
Quem é quem
na comunicação e na
administração do CSP-MG
O Clube de Seguros de Pessoas de Minas
Gerais (CSP-MG) conta hoje com uma equipe
coesa e bastante profissional para gerenciar os
setores administrativo, de comunicação e de
marketing.
Na área administrativa, está a colaboradora
Elenice Ribeiro Souto, que é contratada. Nas
áreas de marketing e comunicação, a entidade
possui duas prof issionais prestadoras de
serviços, ambas experientes no setor de seguros,
e que estão na entidade desde sua fundação,
há 11 anos. Também conta com os serviços
de um repórter fotográfico.
“Nossa equipe é enxuta, porém muito
comprometida, colaborativa e ágil na execução
das tarefas que lhe cabe. Há uma sinergia
muito grande, que contribui para o bom
funcionamento de todos os trabalhos e projetos.
Com isso, o CSP-MG tem a segurança de
programar suas ações visando cumprir sua
missão”, afirma o presidente do CSP-MG, João
Paulo Moreira de Mello.
CONHEÇA A NOSSA EQUIPE
Elenice Souto
Assumiu o cargo de secretária executiva do
Clube em 2015. Possui experiência no setor, tendo
atuado em duas corretoras de seguros, sempre com
atendimento ao público. Na Classic Seguros, empresa
da área de Benefícios, foram 10 anos, em Belo
Horizonte. Já na Disk Seguros, em Ipatinga, trabalhou
por três anos.
No Clube, Elenice coordena o setor administrativo,
realiza o atendimento direto às beneméritas
e aos associados, emite e envia boletos, recibos e
outros documentos, coleta orçamentos de itens de
compras em geral. É responsável pelos registros
documentais em cartório e seus arquivamentos,
entre outras atribuições. Assessora diretamente as
demandas da diretoria e dá suporte à área contábil,
que é terceirizada. Participa ativamente da coordenação
dos eventos e atividades do CSP-MG.
Elenice Ribeiro Souto
Secretária Executiva
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Bastidores
Déborah Gurgel
É formada em Jornalismo pela PUC Minas e
pós-graduada em “Comunicação Estratégica” pelo
IEC/PUC Minas. Com 28 anos de experiência profissional,
atualmente é diretora da DG Comunicação,
focada em comunicação corporativa, digital e organizacional,
atendendo a clientes como instituições e
empresas, com destaque para o mercado de seguros.
Atende também clientes de outros segmentos.
No CSP-MG, a jornalista é responsável pela
assessoria de imprensa da entidade, relacionamento
e atendimento aos profissionais da mídia especializada
do mercado de seguros, produção de matérias de
divulgação das ações do Clube, entrevistas com
players do mercado, coberturas de eventos e atividades,
apoio operacional e acompanhamento da
produção de eventos. Desenvolve ainda a produção
de conteúdo para redes sociais, site, revistas, comuni-
Déborah Gurgel
Assessora de Imprensa
cados e notícias do Clube. É curadora da seção
“Notícias das Beneméritas”, no site do CSP-MG.
A profissional pontualmente é contratada por
algumas beneméritas para atender demandas
específicas.
Rita Márcia Costa
Rita Márcia Costa
Assessora de Comunicação e Marketing
É designer gráfico e profissional de marketing
com mais de 30 anos de carreira e tem nas pessoas o
foco principal de sua atuação, buscando a intercessão
de temas organizacionais e de marketing com
abordagens sociais e culturais.
Possui ampla experiência nas áreas de mídia
impressa, editorial, eventos, vídeo, publicidade,
identidade visual e branding. Produtora de conteúdo
para marketing digital, estratégias de tráfego e social
media. Rita Márcia acompanha o desenvolvimento
do CSP-MG desde o seu nascimento, sendo responsável
pela criação da identidade visual e da assessoria,
atuando na elaboração das estratégias de
comunicação do Clube. Atende algumas beneméritas
do Clube, quando contratada para o serviço.
Junto com a jornalista Déborah Gurgel,
administra o site do CSP-MG e as redes sociais
(Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube). Ambas
também são responsáveis pelos projetos gráfico e
editorial da Revista do CSP-MG.
Arnaldo Athayde
Fotógrafo
Arnaldo Athayde de Souza Dias
Há 24 anos é repórter fotográfico profissional.
Fundou há dois anos a Arnaldo Athayde Fotografias.
Atua na cobertura de eventos sociais em diversos
segmentos da sociedade.
Atende clientes como: Clube de Seguros de
Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), Sindicato dos
Corretores de Seguros de Minas Gerais (Sincor-MG),
SindSeg MG/GO/MT/DF (Sindicato das Seguradoras),
Clube da Bolinha de Minas Gerais, Clube dos Oficiais
da Polícia Militar de Minas Gerais (COPM), Associação
Médica de Minas Gerais (AMMG), Associação
Nacional dos Servidores da Polícia Federal de Minas
Gerais (ANSEF-MG).
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Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022 05

Divulgação
Beneméritas contam
com espaço de divulgação
no site do CSP-MG
O CSP-MG disponibiliza, desde 2020,
um espaço exclusivo e gratuito em seu site
para divulgar as ações das instituições e
companhias parceiras da entidade. A seção
é intitulada “Notícias das Beneméritas”
(http://www.cspmg.com.br/noticias-dasbenemeritas/).
As beneméritas podem compartilhar conteúdos
próprios – sejam imagens, notícias, entrevistas,
releases ou vídeos – sobre suas ações, serviços,
campanhas institucionais ou produtos.
O link deve remeter para o local onde está
“hospedado” o conteúdo, como o site da empresa,
blog, redes sociais (Facebook, Instagram, LinkedIn e
YouTube) ou portais de notícias do mercado.
O material enviado é de total responsabilidade
das empresas parceiras.
COMO PARTICIPAR
Basta enviar o link às sextas-feiras até às 18
horas no e-mail imprensa@cspmg.com.br, aos
cuidados da assessora de imprensa da instituição,
jornalista Déborah Gurgel.
Será postado apenas um link de cada vez,
semanalmente. A postagem segue a ordem de
chegada dos e-mails.
“Nosso objetivo é
valorizar ainda mais o
trabalho das beneméritas,
disponibilizando ao
mercado acesso às
novidades das empresas,
lançamento de
produtos, campanhas
institucionais e serviços
ofertados aos corretores”,
afirma o presidente
do CSP-MG,
João Paulo Moreira
de Mello.
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Entrevistados e Articulistas
Marcio Coriolano 11
Armando Vergilio 18
Jorge Pohlmann Nasser 26
João Alceu Amoroso Lima 33
Gustavo Pereira Lima Bentes 39
João Paulo Moreira de Mello 55
Maria Helena Monteiro 60
Maurício Tadeu Barros Morais 65
Samy Hazan 72
Nesta edição, propusemos a especialistas e autoridades
do setor o exercício de refletir sobre o presente e apontar
as tendências do setor de seguros, com especial foco
na área de atuação do Clube.

Entrevista
Marcio Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg)
Lição do pós-pandemia:
agora é a era da proteção
O presidente da Confederação Nacional das
Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, abre a Série
de Entrevistas sobre o mercado, que publicamos
nesta edição da Revista do CSP-MG.
Dirigente da maior entidade representativa do
mercado segurador, Coriolano avalia que 2021 foi
para o mercado um ano marcado por alguns fatores
como a resiliência e a mudança de percepção da
sociedade com relação à necessidade de proteger a
própria vida e o patrimônio. A tendência, segundo
ele, é que o setor mantenha o papel de protagonismo
no cenário econômico e social do País.
“Esperamos pelos efeitos positivos de normas
aprovadas em 2021, como a que estabelece regras
novas para microsseguros, que pode permitir o
acesso de mais pessoas aos benefícios dos seguros.
A possibilidade de fazer combos nas coberturas de
Danos e Responsabilidades vai impactar positivamente
o setor”, acredita.
Confira:
O setor reconhece ainda como lição do pós-pandemia
que agora é a era da proteção, quando cresce a importância
dos seguros patrimoniais, de pessoas e da previdência.

Entrevista
|RCSP| Como o senhor avalia o ano de 2021 para o
mercado de seguros?
|MC| O crescimento em “V” do mercado de seguros
é a nota mais importante do ano, após os efeitos
colaterais produzidos pela pandemia da Covid-19
entre 2020 e 2021, com a segunda onda. A recuperação
do setor confirma seu caráter anticíclico (resiliência
na baixa do PIB e proativo em momentos de
alta) e, ainda que a base de comparação tenha
relação com um ano difícil como o de 2020, não se
pode deixar de lado o bom desempenho de alguns
ramos e modalidades.
Nos setores e segmentos sociais preservados
da crise sanitária, houve uma crescente preocupação
em manter ou ampliar a proteção em tempos de
enorme incerteza. Em razão disso, a chamada poupança
precaucional, ampliada fortemente no pior
momento na pandemia, começa a ser desmobilizada
gradualmente, à medida que a reabertura das atividades
movimenta todos os segmentos econômicos,
destinando parcelas de seus recursos à compra de
seguros de Danos/Responsabilidade, de Riscos
Pessoais, planos de acumulação e Saúde Suplementar.
Os microsseguros,
conhecidos também
como seguros
inclusivos, são uma
boa porta de entrada
para o público.
A retomada da arrecadação é também mais uma
demonstração de que o setor de seguros é muito
sensível aos atributos da produção, emprego e
renda. Os agentes econômicos, em cada elo da
cadeia produtiva, são os seus clientes: pessoas,
famílias e empresas. Nas crises, as pessoas primeiro
vão suprir suas necessidades básicas para depois
optar por um seguro. E temos no Brasil 73% da
população com rendimentos abaixo de dois salários
mínimos.
|RCSP| O segmento de Seguros de Pessoas vem
registrando crescimento significativo nos últimos
anos, superando, inclusive, o seguro de Auto em
prêmios emitidos. Pode-se afirmar que essa é uma
tendência para os próximos anos?
|MC| As pessoas perceberam com muita clareza,
durante a pandemia, a necessidade de buscar
proteção contra os riscos, por isso, os ramos de
seguros com coberturas diretamente correlacionadas
à proteção de patrimônios e pecúlios para a
família continuam despertando maior interesse da
população.
Em meu editorial da Conjuntura CNseg nº 57,
assinalo que há seis ramos e modalidades que devem
liderar o resultado do setor, tendo em vista o seu
peso no market share. Na margem (setembro versus
agosto), destacam-se as carteiras de Automóveis:
42% de contribuição no segmento de Danos e
Responsabilidades e taxa de crescimento de 6,3%;
Rural: 15% de contribuição no segmento de Danos e
Responsabilidades e crescimento de 53,9%; Vida
Risco: 13% de contribuição no segmento de Pessoas
e taxa de 11,6%; Patrimonial – Massificados: 14% de
contribuição no segmento de D&R e taxa de 18%;
Habitacional: 6% de contribuição, idem, e taxa de
12,7%; e Transporte: 4% de contribuição, idem, e
taxa de 7,5%.
|RCSP| Apesar de registrar alta, os seguros de
proteção pessoal ainda possuem baixa penetração
na sociedade. Como ampliar o acesso da população
a esses produtos?
|MC| Os microsseguros, conhecidos também como
seguros inclusivos, são uma boa porta de entrada
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
para o público. Em agosto de 2021, o microsseguro
de Danos apresentou arrecadação recorde, em termos
nominais: R$ 23,3 milhões, representando crescimento
de 82,5% com relação ao mesmo período do
ano anterior e totalizando R$ 145 milhões em prêmios
emitidos, segundo levantamento que realizamos
na Confederação Nacional das Seguradoras –
CNseg. A alta reflete um maior interesse da população
em proteção após a pior fase da pandemia.
|RCSP| Olhando para o futuro, quais os principais
desafios do setor de seguros?
|MC| As transformações econômicas, sociais e
tecnológicas ocorridas nas últimas décadas, aliadas à
pandemia da Covid-19, afetaram diversos setores da
sociedade brasileira, entre eles o do setor segurador,
que reagiu: enfrentou os desafios, buscou inovação,
|RCSP| O que será destaque na agenda da CNseg
em 2022?
|MC| Esperamos pelos efeitos positivos de normas
aprovadas em 2021, como a que estabelece regras
novas para microsseguros, que pode permitir o
acesso de mais pessoas aos benefícios dos seguros. A
possibilidade de fazer combos nas coberturas de
Danos e Responsabilidades vai impactar positivamente
o setor. Outro destaque é a intensificação do
uso da internet, que fez disparar as ocorrências de
fraudes e ataques cibernéticos, aumentando a
procura por produtos específicos.
Uma questão relevante também é o maior
protagonismo que as seguradoras passam a ter na
subscrição de grandes riscos, levando em consideração
questões relativas ao ASG (Ambiental, Social e
Governança). O ano de 2021 teve um momento
importantíssimo para o setor no aspecto ASG:
durante a Cop - 26, acompanhamos a formalização
do lançamento da Net Zero Insurance Alliance, a
NZIA, que terá como principal desafio criar um
padrão do setor para medir a pegada de carbono nas
suas carteiras de subscrição. Aqui no Brasil, a CNseg
acompanha o tema com atenção por meio da
Comissão de Integração ASG, criada em 2012, após a
realização da Conferência das Nações Unidas para o
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e o lançamento
dos Princípios para Sustentabilidade em Seguros
(PSI). Entre suas atribuições está a promoção da
integração das questões ambientais, sociais e de
governança nas operações do setor de seguros e sua
cadeia de valor a partir da geração de conhecimento
e estabelecimento de compromissos setoriais.
|RCSP| O senhor gostaria de deixar uma mensagem
para o mercado?
sustentabilidade e novos caminhos para ampliar o
atendimento a um consumidor cada vez mais ciente
de seus direitos.
O setor reconhece ainda como lição do póspandemia
que agora é a era da proteção, quando
cresce a importância dos seguros patrimoniais, de
pessoas e da previdência. Para isso, no entanto, é
preciso segurança jurídica, estímulo às parcerias
público-privadas, flexibilização de normas de investimento
e apoio do poder público para deslanchar
projetos de infraestrutura com o objetivo de destravar
o país, e nos quais o setor segurador pode ter
protagonismo.
|MC| O setor segurador é essencial para respaldar a
sociedade em momentos desafiadores. Isso se
reflete nos números do setor, que se mantiveram
superiores ao de outras áreas estratégicas para o País
ao longo de 2021. Essa resiliência, característica
essencial para empresas e pessoas que atuam no
mercado segurador, vai ser um diferencial em 2022,
que promete ter a efervescência típica de qualquer
ano eleitoral. Mais do que nunca, temos que cumprir
a nossa missão – a mesma que nos trouxe ao longo
de sete décadas – de acompanhar as demandas da
sociedade brasileira e ajudar as pessoas a terem
proteção quando os imprevistos acontecerem.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Entrevista
Armando Vergilio, presidente da Fenacor
Futuro abre perspectivas
para corretor qualificado e
conhecedor do seu negócio
Não tenho dúvida em afirmar que, em pouco tempo,
o corretor também será o principal consultor financeiro
das famílias brasileiras.
Quais desafios se impõem para a categoria de
corretores de seguros? Como está sendo a atuação
desses profissionais durante a pandemia de Covid-19?
O corretor está preparado para o mundo digital e as
exigências dos novos consumidores?
Quem responde a essas e outras questões é o presidente
da Federação Nacional dos Corretores de Seguros
Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência
Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de
Resseguros (Fenacor), Armando Vergilio. Confira:
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
|RCSP| Durante os últimos dois anos, os corretores
de seguros viram a necessidade de se reinventar em
função da pandemia, mas também devido às
constantes transformações do mercado. Como o
senhor avalia o desempenho dos profissionais
nesse cenário?
|AV| A atuação dos corretores de seguros ao longo
da pandemia tem sido irrepreensível e imensurável
para os consumidores. Com muito orgulho, tenho
repetido que ninguém ficou sem atendimento, sem
proteção ou amparo desde o começo da pandemia,
em março de 2020. Logo nos primeiros dias dessa
crise, que é a maior da saúde pública do Brasil nos
últimos 100 anos, os corretores se adaptaram ao
novo cenário e prestaram um atendimento eficaz,
rápido e qualificado aos clientes, mesmo de modo
virtual.
O maior desafio
é manter a pegada
na qualificação e no
treinamento, que
precisam ser
constantes e
intensos.
A categoria contribuiu, dessa forma, para que
o mercado de seguros demonstrasse forte resiliência.
E, não por acaso, o setor de seguros se destaca
no cenário nacional, sendo um dos raros segmentos
econômicos que apresentam crescimento consistente
e sustentável desde praticamente o início da
pandemia.
O corretor é protagonista desse processo. E
contribuiu também para que aumentasse a percepção
da população de quanto o seguro é importante.
|RCSP| Muito se discute sobre a necessidade de o
corretor assumir o papel de consultor de seguros,
avaliando de forma ampla o perfil do cliente para
ofertar o melhor produto ou solução. O corretor
está preparado para essa função?
|AV| O corretor já é o principal consultor e assessor
do cliente no momento da escolha de um seguro ou
plano de previdência complementar que atenda de
fato suas necessidades.
Estamos caminhando rapidamente para um
cenário em que esse trabalho terá intensa diversificação.
Boa parte da categoria já comercializa produtos
e serviços diferenciados, incluindo cartões de
crédito, consórcios, planos de assinatura de veículos
e outras demandas do cliente.
Não tenho dúvida em afirmar que, em pouco
tempo, o corretor também será o principal consultor
financeiro das famílias brasileiras.
|RCSP| Como o corretor pode contribuir para
estimular a cultura da proteção entre os brasileiros?
|AV| Ele já faz isso todos os dias, seja orientando o
cliente sobre a melhor proteção que atenda suas
necessidades ou no amparo à saúde e à vida dos familiares
ou ainda para a continuidade dos negócios.
O brasileiro tem, hoje, uma noção bem maior
sobre a relevância de se proteger contra diferentes
riscos. E essa é uma conquista que o mercado deve,
por justiça, creditar ao corretor de seguros.
|RCSP| As novas tecnologias são aliadas ou ameaçam
a atuação do corretor?
|AV| São aliadas, sem dúvida alguma. E o corretor de
seguros as tem utilizado de forma mais intensa a cada
dia. Havia certo, digamos, “folclore” em torno de
uma possível reação do corretor contrária à tecnolo-
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Entrevista
gia. Após a pandemia, quando ficou claro que a
categoria maneja diferentes ferramentas tecnológicas,
sempre que necessário, para melhor atender aos
clientes, esse “folclore” foi, enfim, desmistificado.
|RCSP| Temas como a Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD), Open Insurance, novos canais de
comercialização e distribuição estão na ordem do
dia. Que tipo de qualificação será exigida do
profissional para fazer frente a essas mudanças?
|AV| O corretor investe muito na qualificação. E
conta com o apoio da Fenacor e dos Sincors para
estar adequadamente preparado quando necessário.
Logo nos primeiros meses da pandemia, em
2020, a federação e os Sindicatos organizaram um
ciclo de eventos virtuais, o “Conexão Futuro Seguro”,
com muito treinamento e foco nas ferramentas
tecnológicas mais adequadas para o momento, o
digital, a LGPD, as novas regulamentações. Foi um
sucesso e superou nossas mais otimistas expectativas.
Tivemos, inclusive, uma segunda edição realizada
já em 2021.
No que se refere à LGPD, criamos o LGPDCOR,
ferramenta desenvolvida para atender especificamente
às necessidades do corretor – para que ele
possa cumprir o que estabelece a lei sem riscos para
o seu negócio.
Em relação aos novos canais, é algo natural e
não ameaça de forma alguma o corretor de seguro,
que sempre foi e continuará sendo o principal e mais
qualificado distribuidor de seguros do País, respondendo
por mais de 85% da produção do setor.
|RCSP| Qual a importância de o corretor de seguros
se associar às entidades de classe?
|AV| Total. Quanto mais fortes estiverem as entidades
de classe, maior e mais intenso será o desenvolvimento
dos negócios dos corretores de seguros,
sejam pessoas físicas ou jurídicas. As conquistas
históricas, como a possiblidade de adesão na melhor
tabela do Simples, ou mais recentes, incluindo a
batalha vencida contra a MP 905/19, que simplesmente
extinguia a figura do corretor, mostram o
quão relevantes são nossas entidades.
|RCSP| Para finalizar, quais os principais desafios
do corretor do futuro?
|AV| O maior desafio é manter a pegada na qualificação
e no treinamento, que precisam ser constantes
e intensos. O futuro abre perspectivas excelentes
para o corretor qualificado e pleno conhecedor do
seu negócio. Há um amplo espaço para crescer nesta
década iniciada em 2021.
cspmg10
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Clube de Seguros de Pessoas - MG
www.cspmg.com.br
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Entrevista
Cliente deve estar
no centro do processo
O segmento de Seguros de
Pessoas está em plena expansão
e oferece inúmeras oportunidades
de negócios. Para o presidente
da Federação Nacional de
Previdência Privada e Vida
(FenaPrevi), Jorge Pohlmann
Nasser, “o mercado será do
tamanho da capacidade do
entendimento acerca dos
verdadeiros desafios que serão
apresentados. O importante é ter
o cliente sempre no centro de
todo o processo”.
O dirigente lembra que o
segmento, construído ao longo
de décadas, ainda preserva o
mesmo espírito de pioneirismo e
responsabilidade com o presente
e o futuro das pessoas. Antes do
encerramento do seu mandato à
frente da Federação, em fevereiro
de 2022, Nasser concedeu
entrevista à Revista do CSP-MG.
Jorge Pohlmann Nasser, presidente da FenaPrevi
Munidos dos conhecimentos necessários e deste olhar
especial, os corretores têm a oportunidade de mudar
vidas ao garantir mais cuidado, proteção e segurança
para os brasileiros.

Entrevista
|RCSP| Durante o 8º Encontro Anual do Clube de
Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), o
senhor disse uma frase marcante ao se referir aos
corretores de seguros e seguradores: “Somos
agentes de transformação social do mercado”. Qual
o papel dos profissionais de seguros diante de
tantas mudanças que vêm ocorrendo no setor e na
sociedade?
|JN| Exato! Não é novidade para ninguém que
vivemos um novo momento em vários aspectos da
vida pessoal e profissional. E nessa nova dinâmica de
relações, os corretores vêm ganhando visibilidade.
Passamos da época em que ele era compreendido
como “vendedor de seguros” – classificação que não
tem nada de errado, nenhum problema – mas que,
agora, vive uma transformação ao se exigir que esses
profissionais se tornem diferenciados, pois são
essenciais. Daí os denominamos como “consultores
de seguros”, figuras que, no cerne, têm a missão de
se preocupar em compreender as reais necessidades
de cada pessoa, e de racionalizá-las em demandas
cobertas por ofertas em produtos e serviços alinhados
às expectativas e objetivos dos clientes. Munidos
dos conhecimentos necessários e deste olhar
especial, os corretores têm a oportunidade de
mudar vidas ao garantir mais cuidado, proteção e
segurança para os brasileiros.
|RCSP| Como o senhor avalia a atuação do mercado
durante a pandemia da Covid-19, em especial o
ramo de Seguros de Pessoas?
|JN| A pandemia apresentou um cenário extremamente
desafiador para o mundo e com os segmentos
de Previdência Privada e de Seguro de Pessoas não
foi diferente. Houve, sim, um grande movimento de
adaptação e uma corrida para que as seguradoras,
prontamente, garantissem a devida proteção e a
segurança aos participantes e segurados. E assim foi
e tem sido feito desde então: oferecemos suporte,
cuidado e conforto às famílias atingidas pela crise
sanitária. O maior exemplo disso foi o pagamento de
indenizações por mortes ocasionadas pela Covid-19,
um volume aproximado de R$ 6 bilhões, mesmo que
em caráter de exceção. Sem contar as devoluções de
reservas por morte dos participantes dos planos de
previdência privada e os resgates. Essa imediata
disponibilidade de recursos, em tempos de dificuldades
financeiras, auxiliou empresas e pessoas a
honrarem compromissos e a dar-lhes sustentabilidade
para enfrentar esse período difícil.
|RCSP| De que forma o segmento pode contribuir
para que mais pessoas possam ser incluídas no
universo da proteção?
|JN| Acreditamos bastante na continuidade do
crescimento da contratação dos Seguros de Pessoas e
dos planos de previdência privada. Existe uma nova
percepção do consumidor em relação à importância
de proteger a si, a família e o patrimônio. Isso abre
espaço para avançarmos não apenas comercialmente,
mas na educação securitária e previdenciária, que
se traduz na conscientização dos brasileiros para a
necessidade de olhar para o planejamento do futuro,
a proteção e, assim, buscar nossos produtos. Dito
isso, sem dúvida, o processo de transformação/digitização
vivido até então, acelerado pela pandemia,
impulsionou a inovação em processos, tecnologias
e na maneira de nos relacionarmos com nossos
clientes. Dentro desse cenário, temos apresentado
novas soluções, produtos e formatos de atendimento,
ampliando o foco para toda a sociedade.
O mercado será do
tamanho da
capacidade do nosso
entendimento
acerca dos verdadeiros
desafios que serão
apresentados.
|RCSP| Existe alguma discussão no âmbito da
FenaPrevi a respeito de novidades nos produtos
previdenciários, visando aumentar o interesse da
população?
|JN| Como disse anteriormente, a pandemia acelerou
a digitização das empresas, impulsionando a
inovação em processos e tecnologias na relação com
o cliente. Dentro desse cenário, temos apresentado
novas soluções e reformatado o atendimento,
ampliando o foco para toda a sociedade. Na Comissão
de Produtos por Sobrevivência da Fenaprevi,
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
27

Entrevista
temos tido várias discussões interessantes em
andamento, todas visando aperfeiçoar nosso
mercado de Previdência Privada. Uma das iniciativas
que entendo como promissora é a do mercado de
rendas, cuja proposta entregamos à Susep em 2021 e
está em análise.
O objetivo dela é permitir a estruturação de
planos que possibilitem ao cliente, simultaneamente,
iniciar a percepção da renda e permanecer no
período de diferimento. Isso, mantendo a possibilidade
de aportar recursos ao plano visando aumentar
o valor da renda dos próximos ciclos, como também
de permanecer com a opção de resgatar e portar os
recursos. Esse formato, de “ciclo de rendas”, permite
ao cliente adaptar o tipo de renda à cada fase de sua
aposentadoria, pois sabemos que as necessidades
são diferentes. Além disso, a proposta prevê novos
tipos de renda. Enfim, o projeto apresentado à Susep
é inovador e promissor. Uma vez regulamentado,
entendo que deverá gerar bastante interesse entre
os participantes.
Em outro espectro, lançamos recentemente o
VemdeZAP!, campanha focada em conversar com
jovens de 15 a 18 anos sobre a importância de se
planejar para o futuro, apresentando produtos de
proteção comercializados no mercado atual – como a
Previdência Privada. A ideia é não só expandir nosso
diálogo com novos públicos, mas também desmistificar
conceitos acerca de produtos e serviços existentes,
além de despertar seu interesse e o da família
para o nosso segmento.
|RCSP| Qual a avaliação o senhor faz da sua gestão
à frente da FenaPrevi?
|JN| Acredito que tivemos inúmeras conquistas
nesse período que, imagino, ter sido o mais desafiador
para a história do nosso mercado. Talvez, uma
das mais emblemáticas delas tenha sido alcançar o
marco de R$ 1 trilhão em reservas administradas em
previdência, fruto do investimento em diversas
áreas. Em 2020 foi iniciado um projeto de reposicio-
namento estratégico da Federação, constituído por
um conjunto de medidas, entre elas: o fortalecimento
institucional via aproximação de importantes
stakeholders; a formalização de parcerias com
instituições para uma atuação sinérgica frente aos
temas de interesse comum, como os convênios com
o Instituto de Longevidade Mongeral AEGON, a
ABRAPP e, mais recentemente, o IBA; a promoção e
a participação em diversos eventos técnicos e de
conteúdo, como o próprio Encontro Anual do CSP-
MG, que realizou sua oitava edição em 2021; o
intenso debate técnico promovido nas Comissões
Temáticas acerca de assuntos relevantes para o
desenvolvimento do nosso setor, tais como Open
Insurance, Mercado de Rendas, Tábuas Biométricas,
Planos Tradicionais, e muitos mais; buscamos fortalecer
a interlocução com os Poderes da República e
os órgãos reguladores; o lançamento de iniciativas
da Fenaprevi em documentos, pesquisas e estudos
inéditos, ricos em informações sobre o nosso mercado
de Previdência Privada e Seguro de Pessoas; e
não menos importante, o redesenho da estratégia de
comunicação e marketing da Federação com seus
públicos (associadas, imprensa, setor público e a
sociedade), além das ações de promoção das
culturas securitária e previdenciária no Brasil. Enfim,
graças às seguradoras ligadas à Fenaprevi foi possível
criar um ambiente que nos permitiu atuar de forma
mais holística em diversas áreas de interesse.
|RCSP| Para o futuro, o que podemos esperar do
segmento de Vida e Previdência Complementar?
|JN| Como mencionei anteriormente, o cenário de
incertezas no Brasil e no mundo evidenciou para a
sociedade a importância do mercado segurador, que
também demonstrou ser fundamental para a
economia, dadas as constantes injeções de recursos.
Do ponto de vista externo, esse protagonismo do
setor segurador poderá ser cada vez maior, na
medida em que os entes que compõem o sistema,
sejam públicos ou privados, entendam e valorizem a
importância da manutenção e da preservação de um
ambiente de previsibilidade e de segurança para a
gestão das entidades. Já analisando internamente, o
mercado será do tamanho da capacidade do nosso
entendimento acerca dos verdadeiros desafios que
serão apresentados. O importante é ter o cliente
sempre no centro de todo o processo, o que não será
difícil. Basta lembrar que nosso segmento foi
construído ao longo de décadas e ainda preserva o
mesmo espírito de pioneirismo e responsabilidade
com o presente e o futuro das pessoas.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
Integração dos sistemas público e
privado de saúde é cada vez
mais necessária
João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde
Em entrevista à Revista do CSP-MG, o presidente
da Federação Nacional de Saúde Suplementar
(FenaSaúde), João Alceu Amoroso Lima, falou sobre
o papel do setor no enfrentamento da pandemia de
Covid-19 e destacou a necessidade de maior integração
entre as esferas pública e privada na área de
saúde.
Apontou também que uma das principais
defesas da FenaSaúde é trazer mais beneficiários aos
planos de saúde, mas que esse objetivo só será
alcançado após a atualização da Lei 9.656, que rege a
saúde suplementar.
Acompanhe a entrevista concedida pelo
executivo antes de fevereiro de 2022, quando
finalizou seu mandato de presidente da FenaSaúde.
A atualização do marco legal é uma discussão urgente.
E o principal objetivo da FenaSaúde com essa revisão
é buscar formas de ampliar o acesso aos planos de saúde.

Entrevista
|RCSP| A saúde suplementar teve um papel
fundamental durante a crise sanitária desencadeada
pela Covid-19. Quais foram os impactos da
pandemia no setor e as principais contribuições
feitas à sociedade?
|JA| As operadoras vêm dando enormes contribuições
para o enfrentamento à Covid-19 e isso nem
sempre tem sido devidamente reconhecido. Em
nenhum momento da pandemia, a saúde suplementar
colapsou. E, assim, evitou também que o SUS
colapsasse. Por isso, um dos maiores ensinamentos
da pandemia é a necessidade de intensificarmos a
integração entre os sistemas público e privado de
saúde no País, como prevê a Constituição, mas que
ainda carece de avançar mais.
A partir de estimativa feita pela FenaSaúde
com base nos dados de seis maiores associadas, que
representam 25% dos beneficiários dos planos
médico-hospitalares, encontramos resultados expressivos
da atuação das operadoras na pandemia:
Desde março de 2020, foram:
- Mais de R$ 76 bilhões aplicados pelos planos de
saúde;
- 455 mil internações para tratamento de Covid;
- 2,4 milhões de internações não-Covid;
- 5,2 milhões de exames de detecção da doença e
sorologia;
- 13.179 novos leitos de UTI adulto (alta de 112%)
disponibilizados pela saúde suplementar para o
SUS.
se tornaram mais graves pela postergação dos
tratamentos; e a “Covid longa”, ou seja, sequelas
mais duradouras que atingem de 10% a 30% dos
casos de Covid.
Um dos maiores
ensinamentos da
pandemia é a
necessidade de
intensificarmos a
integração entre os
sistemas público e
privado de saúde.
|RCSP| De que forma o segmento está lidando com
as consequências dessa crise?
|JA| A saúde suplementar viveu momentos muito
distintos ao longo deste 1 ano e 9 meses de pandemia.
Logo no início, o setor acelerou a perda de
beneficiários, ao mesmo tempo em que o uso do
sistema pelos pacientes caía na esteira das restrições
impostas pelas autoridades sanitárias para enfrentar
a Covid-19. Em meados de 2020, o número de
beneficiários começou a subir e, desde então, vem
aumentando continuamente até outubro, último
dado disponibilizado pela Agência Nacional de Saúde
Suplementar (ANS).
Em fins de 2020, os beneficiários voltaram a
buscar atendimento, o que culminou numa explosão
de demanda e, portanto, de sinistralidade, na
primeira metade de 2021. Hoje, as operadoras estão
lidando com o estoque represado de procedimentos
que não foram feitos desde a pandemia; casos que
|RCSP| A pandemia levou o brasileiro a uma
mudança no perfil dos desejos de posse. Segundo
pesquisa do Instituto Vox Populi, o plano de saúde é
o terceiro maior desejo do brasileiro, depois da casa
própria e da educação. O que o setor propõe para
que mais consumidores possam ter condições de
contratar um plano ou seguro saúde?
|JA| Essa é uma das principais defesas da FenaSaúde:
trazer mais beneficiários aos planos de saúde. No
entanto, invariavelmente, esses resultados só serão
possíveis a partir da atualização da Lei 9.656, que
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
rege a saúde suplementar. A lei foi criada em 1998 e,
nesses 23 anos, o Brasil passou e está passando por
profundas transformações. Sem uma atualização
que acompanhe essas mudanças, a lei engessa a
oferta de novos produtos e não facilita a entrada de
beneficiários no sistema de saúde suplementar.
Atualmente, há cerca de 250 projetos de lei,
no Congresso, que tratam da modernização do marco
legal, com temas relevantes como a permissão de
maior segmentação, mais modalidades de cobertura,
novos modelos de franquias e de coparticipação,
mais liberdade para comercialização de planos individuais,
além de regras claras para o rol de coberturas
e para a incorporação de novas tecnologias.
A depender do alcance e da abrangência das
mudanças, o novo marco poderia levar ao ingresso
de 10 a 20 milhões de novos beneficiários nos planos
de saúde em até 15 anos. Além de disponibilizar
saúde e medicina de qualidade a esses brasileiros, a
saúde pública se beneficiaria, com a desoneração do
Sistema Único de Saúde (SUS).
|RCSP| Qual a sua opinião sobre propostas de
mudanças no setor, como o novo marco regulatório
e as alterações nas regras do rol de coberturas
obrigatórias?
|JA| A atualização do marco legal é uma discussão
urgente. E o principal objetivo da FenaSaúde com
essa revisão é buscar formas de ampliar o acesso aos
planos de saúde. Um dos caminhos para atingir esse
objetivo é aumentar a oferta de produtos na saúde
suplementar, com a permissão de comercializar
coberturas mais flexíveis e mais aderentes às
necessidades e à capacidade de pagamento das
famílias e das empresas.
Outra reinvindicação da FenaSaúde para a
modernização da Lei 9.656 passa por iniciativas que
aumentem a competição, a oferta e reduzam os
preços para o beneficiário. É o caso dos reajustes dos
planos individuais, cujo modelo atual desestimula as
operadoras e restringe as opções de mercado.
E, em terceiro, a necessidade de incorporar
ações que permitam maior racionalização do uso do
sistema de saúde, reduzindo custos para os pacientes.
Um dos caminhos é a adoção de novos modelos
de franquias e coparticipação, que ajudam na
redução de desperdícios e criam estímulos para que
o beneficiário seja cada vez mais responsável por
suas escolhas.
Em relação às mudanças nas regras de
cobertura, a FenaSaúde é favorável à resolução
normativa n. 470 da ANS, válida desde julho. Agora a
análise dos novos medicamentos é contínua, acelerada
e constante, com critérios muito bem definidos
e ampla participação de todos os interessados.
Além disso, há a Medida Provisória 1.067,
editada em setembro, pelo Governo Federal, que dá
mais celeridade aos processos de análise e, sobretudo,
preserva a necessária avaliação técnica para a
incorporação de novas tecnologias em saúde feita
pela ANS.
É preciso entender
que avanços
tecnológicos e na
medicina, além de
mudanças
econômicas e sociais
no País, exigem a
atualização da
legislação em vigor.
Importante, em todos os casos, não renunciar
à ATS (Avaliação de Tecnologias em Saúde), etapa
obrigatória e necessária no Brasil e em todo o mundo
para garantir que novos tratamentos efetivamente
comprovem benefícios relevantes aos pacientes e o
custo-eficácia deles.
|RCSP| Em fevereiro de 2022, o senhor deixará a
presidência da FenaSaúde. Quais as ações que
marcaram sua gestão na entidade?
|JA| Sem dúvida nenhuma, nossa gestão foi marcada,
principalmente, pelo enfrentamento da Covid-19,
mas também buscamos ampliar, modernizar e
qualificar a atuação da FenaSaúde nesse período,
procurando levar à sociedade e aos poderes da
República desafios e propostas para ampliar o acesso
da população à saúde de qualidade.
Entre as ações destacamos a estruturação da
área de Relações Institucionais, criando um escritório
no Distrito Federal. Com isso, intensificamos encontros
presenciais em Brasília para tratativas com
autoridades e posicionamento de pleitos relevantes.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
35

Entrevista
E intensificamos a comunicação com a sociedade por
meio de matérias jornalísticas; participação em
eventos onde foram debatidos temas relevantes para
o setor de saúde suplementar; e realização de cursos,
seminários e webinars.
|RCSP| Pensando no futuro, quais as perspectivas
que o senhor vislumbra para a saúde suplementar?
Vale destacar nossa campanha pelo posicionamento
contrário ao PL 6.330/19 – Antineoplásicos
Orais, com divulgação do manifesto “Câncer tem
remédio. E os planos de saúde já cobrem!” e criação
de site específico sobre o tema “cancertemremedio.-
com.br”, entre outras ações, como a intensa atuação
junto aos parlamentares para esclarecer os impactos
negativos do PL.
Também atuamos fortemente em defesa da
regulamentação da telessaúde, com participação em
audiências públicas e contribuições para a Frente
Parlamentar Mista de Telessaúde. E para melhor
informar a sociedade criamos o site “telessaude.fenasaude.org.br”.
Intensificamos o acompanhamento das demandas
no Judiciário. E pudemos celebrar alguns
processos com julgamento favorável ao setor em
2021 com a não obrigatoriedade da cobertura de
fertilização in vitro; a legalidade da cobrança de
coparticipação na internação psiquiátrica; e a
inconstitucionalidade da Lei 8.811/2020, que vedava
a suspensão ou cancelamento dos planos por
inadimplência durante a pandemia, entre outros.
Criamos uma gerência de Avaliação de
Tecnologias em Saúde (ATS) e, assim, conseguimos
contribuir de forma melhor nas discussões sobre a
atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em
Saúde e os impactos dessas incorporações.
Buscamos também o fortalecimento do
segmento odontológico e elaboramos defesa junto à
ANS de propostas de revisão da regulamentação
desse segmento.
Procuramos unir forças com as demais
entidades da saúde suplementar e criamos um canal
de interlocução com a Unimed do Brasil, Abramge,
Santas Casas, Unidas, Anahp, CNSaúde, entre outras
organizações.
|JA| Na minha avaliação o setor terá um crescimento
apenas moderado enquanto vigorar o atual escopo
de produtos e coberturas da Lei 9.656/1998.
É preciso entender que avanços tecnológicos e
na medicina, além de mudanças econômicas e sociais
no País, exigem a atualização da legislação em vigor.
«A depender do alcance e da
abrangência das mudanças, o
novo marco legal poderia levar ao
ingresso de 10 a 20 milhões de
novos beneficiários nos planos de
saúde em até 15 anos.
Além de disponibilizar saúde e
medicina de qualidade a
esses brasileiros, a saúde
pública se beneficiaria, com a
desoneração do SUS.»
A modernização do marco legal poderá proporcionar
a permissão de maior segmentação, mais
modalidades de cobertura, novos modelos de
franquias e de coparticipação, mais liberdade para
comercialização de planos individuais, além de regras
claras para o rol de coberturas e para a incorporação
de novas tecnologias. Tudo isso significa mais acesso
à saúde de qualidade, o que é bom para todo mundo.
Portanto, uma expansão mais acelerada irá
acontecer caso sejam implementadas mudanças no
marco legal que permitam modificações em produtos
para torná-los mais acessíveis ao bolso do
consumidor de renda mais baixa.
36
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
Presidente eleito
revela prioridades da
nova gestão do Sincor-MG
Vamos trabalhar muito para reaproximar e
acolher todos os corretores de Minas Gerais,
sem exceção.
O Sincor-MG está sob nova direção desde 1º
de janeiro de 2022. O presidente eleito, Gustavo
Pereira Lima Bentes, é corretor de seguros habilitado
em todos os ramos.
Bentes, como é conhecido no mercado, é
sócio-fundador da Positivo Seguros e conselheiro do
Grupo A12+. Também exerce o cargo de membro do
Comitê de Ética e de Relações de Mercado do
Sincor-MG e delegado da Fenacor.
Em entrevista exclusiva à Revista do CSP-MG,
ele conta os planos da gestão que comandará a
instituição nos próximos quatro anos.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
39

Entrevista
|RCSP| O que o motivou a se candidatar à presidência
do Sincor-MG?
|GB| A importância da única entidade reconhecida
para representar os corretores de seguros em Minas
Gerais. A situação de grande dificuldade na manutenção
do Sindicato foi o grande motivador para colaborar.
Afinal, a responsabilidade é nossa!
|RCSP| Os corretores podem esperar qual tipo de
postura da nova gestão do Sincor-MG?
|GB| Uma gestão de diretores jovens, ouvintes e que
pretendem reconstruir, reposicionar o Sincor-MG
com uma identidade nova, alinhada com todo o
ecossistema de corretores de seguros do Estado.
Uma identidade inclusiva, diversa e posicionada de
acordo com o maior número possível de profissionais.
Ouvir para construir.
|RCSP| Antes de apresentar propostas, a nova
diretoria do Sincor-MG ouviu a categoria, por meio
de pesquisa de opinião. Os resultados já estão
disponíveis? Que caminho o Sindicato pretende
seguir a partir da consulta aos corretores?
|GB| Continuaremos ouvindo os nossos associados,
agora e sempre. Por meio da pesquisa de opinião,
percebemos que, embora muito tenha sido feito pelo
Sincor-MG, muitos não se sentem representados,
acolhidos. Os corretores de seguros do interior do
Estado consideram o Sindicato um representante
somente da Capital. E isso é muito grave. Vamos
trabalhar muito para reaproximar e acolher todos os
corretores de Minas Gerais, sem exceção. Até mesmo
aqueles que podem não se sentir pertencentes a um
determinado grupo de pessoas devem ser representados,
com maior acolhimento ainda.
|RCSP| Há um plano de ações já traçado, com as
principais metas da entidade?
|GB| A partir do que ouvimos, lemos, debatemos,
estamos construindo um planejamento para o nosso
futuro, com uma cara que represente todos. Não é
um projeto fácil, mas, com o apoio, o interesse, as
ideias, a participação e a associação de todos os
corretores de seguros do nosso Estado, seremos
exitosos. Estamos na diretoria, estou presidente,
todos somos passageiros, mas o Sincor-MG é eterno.
Desde que estejamos juntos, unidos, pertencentes,
representados, sem vaidade e com a certeza
de nossa representatividade. O corretor de seguros
pode voltar a sorrir, pois iremos cuidar para que a sua
autoestima esteja cada vez mais lá no alto, pois
somos os protagonistas do mercado segurador
brasileiro. Somos reconhecidos pela qualidade na
entrega, no cuidado e na responsabilidade, por
nossos clientes e por todas as companhias de
seguros.
Somos reconhecidos
pela qualidade na
entrega, no cuidado
e na responsabilidade,
por nossos clientes e
por todas as
companhias de
seguros.
|RCSP| Quais os principais desafios da entidade e
da classe para os próximos anos?
|GB| Reconstruir a imagem desgastada dos sindicatos.
A mesmice, a continuidade, as práticas repetidas,
as mesmas ideias e o mesmo contexto não fazem
parte deste novo momento do Sincor-MG. Tudo
de bom que foi feito é passado. Tudo que não deu
certo também é passado. O fundamental é que os
corretores de seguros de Minas Gerais acreditem na
nova realidade, neste novo núcleo, assumam seu
protagonismo e estejam juntos conosco nessa jornada,
onde o fim é a nossa representação institucional.
40
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Entrevista
|RCSP| Por que é importante o corretor estar filiado
a uma entidade de classe como o Sincor-MG?
|GB| O Sincor-MG é a representação institucional
dos corretores. Sem representatividade coletiva, não
somos ninguém. A coletividade é a base de uma
sociedade equilibrada, forte e respeitada. Todos
podemos ser fortes, mas juntos somos imbatíveis. O
corretor de seguros é um agente de transformação
sem igual em nossa sociedade. Protegemos as
pessoas, as famílias, o patrimônio, os negócios, as
responsabilidades e a renda de todos em nosso País.
Ninguém está realmente protegido sem um corretor
de seguros, pois esse “anjo da guarda” enxerga e
oferece proteção para todas as nossas vulnerabilidades
e isso é essencial. Sem o corretor de seguros,
estamos à mercê de tudo que temos, que construímos,
desaparecer de uma hora para outra. Dá para
imaginar? Com todas as dificuldades dos últimos dois
anos, esse agente de transformação foi capaz de se
adaptar rapidamente ao novo modelo de distribuição
e entregar números de crescimento em nosso
mercado. É ou não é um agente de transformação
imprescindível? Os meios digitais vieram para ficar,
para auxiliar, para colaborar na entrega, mas este
SER, chamado corretor de seguros, nunca será
substituído, caso esteja sempre atualizado.
A coletividade
é a base de uma
sociedade
equilibrada, forte
e respeitada.
integração e construção de agendas propositivas e
alinhadas, tanto em relação ao calendário quanto ao
conteúdo.
É fundamental o mercado segurador mineiro
ser de fato um só. Sendo percebido dessa forma pelo
seu público interno e externo, ganha robustez e
ainda mais pujança.
Somos um único ecossistema, mas, para que
tudo dê certo, o propósito tem que ser colocado à
frente; e a vaidade, colocada de lado.
O novo Sincor-MG tem o objetivo de colaborar,
instruir, apoiar, servir, motivar, encorajar e liderar ao
lado de quem estiver disposto, uma nova mentalidade,
um momento disruptivo, inclusivo e diverso. O
Sincor-MG é de todos e para todos.
|RCSP| Olhando para o futuro do mercado, qual
será o papel dos corretores?
|GB| Antecipar cada vez mais as tendências para
seus clientes, apresentando soluções a riscos que os
consumidores mesmos desconhecem, mas estão aí.
Temos cada dia mais riscos de responsabilidades,
logísticos, cibernéticos, ambientais, de proteção à
vida, aos negócios e tantos novos riscos que aparecem
todos os dias, com a evolução da sociedade. O
corretor de seguros tem que ser um gestor dos riscos
de todos os seus clientes. Temos que mostrar com
clareza o protagonismo de nosso trabalho como
consultor em gestão e gerenciamento de riscos.
|RCSP| Como o Sincor-MG planeja intensificar o
relacionamento com as demais entidades da área
de seguros de Minas Gerais, ou seja, SindSeg, CSP-
MG, clubes de corretores de várias regiões?
|GB| A integração entre as entidades é um dos
pilares desta nova administração do Sincor-MG.
Tanto é verdade que, mesmo antes de tomar posse, a
atual diretoria do Sincor-MG procurou o SindSeg, o
CSP-MG e o Clubcor-MG. Todos com o objetivo de
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Entidade mostra
a força das mulheres do
mercado de seguros
Sou Segura
Reportagem
Presente e atuante em diversas regiões
do Brasil, a entidade Sou Segura
completará, em abril de 2022,
dois anos de atuação.
“Um período marcado pela ampla
expansão das atividades e pela incessante
busca do empoderamento das mulheres”,
destaca a presidente da instituição, advogada e
professora Simone Vizani. Ela conta que a história
começou a ser trilhada em 2018, quando o tradicional
“Clube das Luluzinhas Executivas de Seguros” se
transformou na Associação das Mulheres do
Mercado de Seguros (AMMS) – a primeira do Brasil.
PRIMEIROS PASSOS
“O embrião de todo esse processo surgiu em
meados da década de 1990, quando um pequeno
grupo de mulheres criou 'Clube do Tailleur', com o
objetivo de “facilitar a troca de experiência e
oportunidades para crescimento profissional”,
lembra a executiva.
Já no final daquela década, veio uma nova
etapa, com o “Clube das Luluzinhas Executivas de
Seguros do Rio de Janeiro”, que tinha como modelo
o grupo americano de mulheres profissionais de
seguros (www.naiw.org).
Em 2004, o grupo ganha ainda mais visibilidade
ao criar sua homepage como um canal direto com
as associadas, além da coluna “Fala Mulher”. Nessa
época, passou a denominar-se “Clube das Luluzinhas
Executivas de Seguros”, com abrangência nacional,
abrindo seus eventos também aos homens, objetivando
maior inclusão e participação dos representantes
do mercado.
“Nos 14 anos seguintes, até a criação da
AMMS, a entidade cresceu exponencialmente e
consolidou-se como uma marca expressiva na luta
Com foco direcionado na defesa da diversidade
e da inclusão, a instituição vem apresentando,
desde então, resultados significativos na defesa da
equidade, contribuindo para reduzir as diferenças de
gênero no comando das empresas, embora ainda
haja expressiva desigualdade.
pela conscientização da mulher e seu espaço no
mercado do trabalho, proporcionando muitos
eventos técnicos de seguros, de assuntos do cotidiano
da mulher e seu protagonismo no mercado,
de lazer e de networking”, ressalta a presidente.
NOVA MARCA
Já como Sou Segura, a entidade avançou
rapidamente. “A marca atual é fruto de um amplo
estudo realizado em parceria com a agência Bethe B,
que representa o ponto de partida para uma nova
era”, explica.
De acordo com Vizani, a entidade promove
várias ações entrelaçadas e eventos técnicos e de
lazer que buscam acelerar o processo de empoderamento
da mulher, da equidade e do crescimento e
consolidação do seu espaço no mercado do trabalho.
A Sou Segura é, hoje, constituída de representantes
de todos os intervenientes do mercado, ou
seja: segurados, seguradoras, resseguradoras,
corretoras de seguros, prestadoras de serviços e
demais instituições do setor.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Reportagem
Para alcançar tais objetivos, a Associação conta
com um programa de mentoria, cursos, eventos,
espaços para artigos, debates, canal de TV no
YouTube e presença nas redes sociais.
SOU SEGURO SUMMIT
“Entre nossos principais
desafios, destaca-se a
conscientização de todas as
profissionais atuantes no
mercado de que a participação
na Associação não somente
fortalece e cria novos laços de
amizade como também é uma
grande oportunidade para
desenvolver o networking e,
principalmente, de capacitar-se
cada vez mais, promovendo o
seu próprio desenvolvimento
profissional rumo ao
empoderamento”,
salienta a executiva.
No começo de dezembro, a entidade deu mais
passo importante com a realização da primeira
edição do “Sou Segura Summit”, evento que superou
as expectativas e os objetivos estabelecidos pela
organização.
Realizado em formato híbrido, o encontro
reuniu mais de 60 palestrantes que abordaram os
principais temas impactantes para a mulher contemporânea.
“Nos dois dias de debates, mulheres e homens
inscritos puderam percorrer um total de 10 trilhas de
conteúdo, com temáticas como carreira, liderança,
comportamento, seguros, proteção financeira,
diversidade e inclusão, equidade de gênero, ESG e
inovação e tecnologia, além de capacitações e
treinamentos para que os participantes pudessem
aplicar na vida pessoal e na carreira”, relata a presidente
da Sou Segura.
No evento, foi lançada a cartilha “Melhores
Práticas em Equidade de Gênero”, elaborada pela
Sou Segura, em parceria com a CMI Business Transformation.
Além disso, foram anunciados os vencedores
do Prêmio “Sou Segura”, que valoriza, reconhece e
incentiva os esforços das empresas e de profissionais
do mercado de seguros que melhor desenvolvem a
cultura de equidade de gênero e promovem o
empoderamento das mulheres.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Reportagem
Fabiana
Resende
representa
Minas Gerais na
Sou Segura
O Estado de Minas Gerais está muito bem
representado na Sou Segura por meio da
atuação da vice-presidente do PASI, a
executiva Fabiana Resende.
A embaixadora da Associação fala sobre a
importância da entidade e suas ações:
|RCSP| O que significa para você ser embaixadora
da Sou Segura?
|FR| Ser embaixadora da Sou Segura representa
estar conectada com importantes projetos que
valorizam e empoderam a atuação da mulher no
mercado de trabalho. Fazer parte da Associação é
uma oportunidade de estar em contato com
grandes líderes do mercado segurador, possibilitando
a troca de conhecimento e experiências profissionais
com o objetivo de construirmos juntas um
ambiente favorável para o crescimento das mulheres
também em cargos mais estratégicos no setor.
|RCSP| Você é a única mineira no grupo? Quais as
suas funções?
|FR| No momento sou a única mineira no time de
embaixadoras da Sou Segura que ainda continua
atuando em Minas Gerais. É um trabalho voluntário
e minha contribuição consiste em apoiar e propiciar
para as mulheres benefícios e oportunidades em
suas carreiras, abrindo caminhos para a ascensão e
o desenvolvimento profissional de cada uma delas.
|RCSP| Qual a sua opinião sobre o papel das
mulheres no mercado de seguros?
|FR| Considero o papel da mulher no mercado
segurador primordial, pela sensibilidade e força que
nós mulheres possuímos. Temos em nossa essência
a proteção, a empatia e o instinto de cuidar das
pessoas. Com essas características, abraçamos e
trazemos para o mercado toda a nossa expertise e
talento, o que contribui de forma significativa para
a visibilidade e o crescimento do setor como um
todo.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
Reflexões para
aumentar a
proteção
securitária
da sociedade
“Se me fosse possível, escreveria a palavra
seguro no umbral de cada porta, na fronte
de cada homem, tão convencido estou de
que o seguro pode, mediante um
desembolso módico, livrar as famílias de
catástrofes irreparáveis.”
Sir Winston Churchill – 1874/1965
João Paulo Moreira de Mello
Foi em 1979 que vi, pela primeira vez, a famosa
frase de Churchill, em um folder dentro da
sede do Banco Mercantil do Brasil, em Belo
Horizonte (MG). Eu tinha 15 anos e iniciava no
seguro, em uma empresa que prestava serviços para
a Cia. de Seguros Minas Brasil. Já naquela época, eu
buscava me informar, aprender, como pudesse, tudo
sobre seguro, tão encantado estava com o modelo
de mitigar riscos, de mutualismo, de uma empresa
recebendo de muitos para repor as perdas de alguns.
Desde então, ocorreram muitas mudanças na minha
vida, na sociedade e, também, no seguro, mas a
mensagem contida na famosa frase permanece tão
atual quanto eu a li e quando foi dita pela primeira
vez pelo famoso estadista.
É impressionante a capacidade que a instituição
do seguro tem de reduzir o impacto de perdas
econômicas, desde a mais simples, como a perda de
um veículo, como também nos casos extremos,
como quando uma empresa ou residência é destruída
pelo fogo ou, ainda mais extremo, na morte de
um provedor de uma família.
Quanto ao aspecto institucional, está mais
que comprovada a importância do seguro para a
sociedade. Não existe País desenvolvido sem uma
indústria de seguro forte e consolidada. O setor gera
recursos que são aplicados na economia da Nação,
em títulos públicos, financiando ações públicas e
privadas. O setor devolve à sociedade na forma de
indenizações, resgates, impostos, salários, comissões
mais de 90% do que arrecada. É um círculo
virtuoso. Devemos todos nos orgulhar de atuar na
área de seguros.
Para discorrer sobre a importância do seguro,
vamos falar do assunto do momento. Apesar do
avanço da vacinação, vivemos ainda a pandemia da
Covid-19, que causou estragos inimagináveis em
todo o mundo. Enquanto escrevo este artigo, houve
o registro de 5,8 milhões de mortes no mundo, com
376 milhões de casos. Somente o Brasil registrou
mais de 642 mil mortes. Em nosso País, já são mais
de 25,3 milhões de casos.
(Fontes: https://covid.saude.gov.br/
e https://covid19.who.int/).
Segundo dados da Federação Nacional de
Previdência e Vida, FenaPrevi, de abril de 2020 a
dezembro de 2021, no Brasil foram pagas mais
162.000 indenizações de seguro por morte causada
pela Covid-19. Isso representa mais de 25% do total
de mortes pela doença. Ou seja, um quarto das
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
55

Artigo
famílias que perderam um ente para a doença
contou com a indenização de seguro. O total indenizado
pelas seguradoras ultrapassou, no período,
R$5,9 bilhões. É um montante muito significativo,
ainda mais se considerado que as indenizações por
pandemia foram pagas como exceção, já que se trata
de situação prevista como risco não coberto. Essa
decisão elevou a sinistralidade do setor para patamares
nunca alcançados.
No campo da Federação Nacional de Saúde
Suplementar – FenaSaúde, o presidente João Alceu
Amoroso Lima apresentou no seminário realizado
pelo CSP-MG, em 4 de novembro de 2021, um
relatório com o resumo do setor, contendo informações
extremamente relevantes sobre o período de
pandemia, os quais cabe destacar:
- aumento de mais de 1,7 milhões de beneficiados
com planos/seguro saúde;
- alta do índice de satisfação geral com o setor
pelos usuários;
- alta da sinistralidade, chegando a 81% da
arrecadação (2º T/2021).
Numa breve análise apenas dessas informações
nos dois setores, podemos constatar de forma
irrefutável a importância do seguro, tanto como
instrumento de mitigação de riscos como contar com
um atendimento hospitalar na emergência e, também,
uma forma de propiciar às famílias enlutadas
um alento no aspecto econômico, já que a perda do
provedor de um núcleo familiar é sempre uma
tragédia.
O presidente Jorge Nasser definiu muito bem,
no 8º Encontro do CSP-MG com a FenaPrevi, em 23
de setembro, o papel das pessoas que atuam no
mercado de seguros como “agentes de transformação
social”, justamente por termos a oportunidade,
para não dizer a obrigação, de levar soluções de
proteção para a população.
Para que a população tenha a proteção
adequada com instrumentos da área de seguros,
somos todos nós que atuamos no setor os responsáveis
por apresentar essas soluções. E para conseguirmos
atingir esse objetivo, temos que estar prontos,
preparados a apresentar aos consumidores as soluções
que nossa indústria possui. Conhecer profundamente
os produtos, os processos, as empresas,
dominar as ferramentas que as empresas do setor
disponibilizam é fundamental para ter condições de
atuar como um agente de transformação.
Uma vez capacitado, vamos conhecer as
necessidades do consumidor. É fato que possuir um
dos produtos de saúde suplementar é um dos
principais desejos do brasileiro, segundo pesquisa
realizada em junho de 2021 pelo Instituto Vox
Populi. Depois, aparecem a casa própria e a educação.
Cabe então fazer chegar a ele esse produto, de
forma adequada a cada situação, conforme o seu
perfil.
Sobre os demais produtos de Seguros de
Pessoas, apesar da percepção do risco de morte ter
provocado uma procura maior por seguros de vida,
ainda estamos longe de poder esperar que se façam
filas de interessados na aquisição.
Dados da Confederação Nacional de Seguradoras
(CNseg) mostram que, de janeiro a novembro
de 2021, o seguro de vida arrecadou R$ 46,4 bilhões
em prêmios, uma variação de 14,1% em relação ao
mesmo período do ano anterior. Nos produtos de
acumulação, foram R$122,8 bilhões em 2021 no
período, aumento de 15% sobre janeiro a novembro
de 2020. Esses números confirmam a avanço do
setor nos últimos anos, que historicamente cresce
acima da inflação e bem acima do PIB brasileiro.
Mas ainda temos muito a fazer. Precisamos
provocar, oferecer, lembrar às pessoas a importância
de não deixar entes queridos desamparados, mas
também alertar sobre as coberturas do seguro de
vida que podem ser usadas em vida, como invalidez
por exemplo, que para um jovem sem dependentes
é mais importante do que a cobertura de morte.
Coberturas de doenças graves, cuja indenização
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
muitas vezes salva a vida do segurado, pois é usada
justamente no tratamento da doença, e as diversas
assistências que as seguradoras estão oferecendo
junto com o seguro, que levam comodidade à vida
do segurado e familiares. Além de uma gama de
produtos que busca dar a quem precisa a devida
proteção, em vida, e aos seus beneficiários, no caso
de sua morte.
Para completar rol de proteção, temos que
falar da Previdência Complementar. É assunto para
qualquer momento, para pessoas que se preocupam
com o futuro.
A Previdência Social, apesar de muito abrangente
e indispensável – penso que todos devem se
inscrever e pagar sua contribuição, mesmo que
mínima – não é suficiente para uma pessoa que
deseja se aposentar com uma renda razoável possa
custear suas necessidades na velhice. E não deixa de
ser uma forma de poupança pois, na pandemia, com
a perda de renda, muitas pessoas recorreram ao
resgate de parte de suas reservas para se manterem.
Em 2020, com a pandemia de Covid-19, o resgate da
previdência privada feita pelos brasileiros chegou a
R$82 bilhões, valor 16% acima de 2019 e o mais alto
desde 2012 segundo a Federação Nacional de
Previdência Privada e Vida (FenaPrevi).
Todos os argumentos usados para os clientes
pessoas naturais são aplicáveis também, obviamente,
no caso de empresas ou instituições que queiram
custear ou ao menos facilitar o acesso de funcionários,
ou associados, aos produtos de proteção pessoal.
E com um argumento adicional, no caso da empresa
ou instituição for custear o todo ou parte do plano
de saúde, ou plano de previdência, ou o seguro de
vida de seus funcionários/associados, que é a
retenção dos talentos, argumento imbatível, além da
contribuição social.
Para conseguir se capacitar, os agentes de
transformação social de nosso mercado – NÓS –
temos uma série de oportunidades. Para começar,
somos um setor que pode se orgulhar de ter uma
Escola especializada e totalmente focada na nossa
área, que é a Escola de Negócios e Seguros – ENS
(www.ens.edu.br).
A ENS possui uma grade de cursos nos
diversos níveis, desde cursos livres, de qualificação,
de certificação, técnico, graduação, pós-graduação,
MBA, além do curso de preparação para o exame de
habilitação como corretor. Para quem atua no setor,
a Escola oferece um amplo portfólio, com modalidades
presencial e remoto, que permite ao interessado
se programar para se qualificar.
Além da ENS, os fornecedores do mercado
(seguradoras, operadoras) promovem cursos e
treinamentos constantes. E as instituições do
mercado, como o SindSeg MG/GO/MT/DF e Sincor-
MG, além dos Clubes, como o CSP-MG, que edita
esta revista, o Clubcor-MG e outros estão sempre
realizando eventos que buscam a capacitação dos
agentes que atuam no setor. Além, é claro, das
entidades nacionais, que organizam palestras,
congressos e seminários presenciais e on-line. E o
objetivo é sempre o mesmo, propiciar a difusão do
conhecimento em seguro, de forma que NÓS
estejamos prontos para atender aos anseios de
proteção da sociedade.
Para aumentar a proteção da sociedade, é
fundamental que a cultura do seguro seja cada vez
mais incentivada em nosso País. Temos muitas ações
louváveis nesse sentido e faço questão de lembrar
de duas, locais, do Sindicato das Seguradoras de
MG/GO/MT/DF, que são o Seguro na Escola, um
programa que realiza oficinas em escolas para
alunos do ensino médio e o Seguro na Universidade,
que promove palestras para o público de ensino
superior (www.sindsegmd.com.br). Em ambos os
casos, procura-se despertar no futuro consumidor o
interesse pela proteção securitária.
A cultura do seguro pode e deve ser desenvolvida
por todos nós junto à população. Temos que
falar de seguro, lembrar que existe um meio pelo
qual “mediante um desembolso módico, livrar as
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
57

Artigo
famílias de catástrofes irreparáveis”, como disse
Churchil. Somos agentes de transformação social,
temos que assumir esse papel. Se estiver capacitado,
pronto, vai conseguir identificar a necessidade e
apresentar o produto adequado. Se não conseguiu o
produto adequado, cobre o fornecedor, apresente
sugestões de mudança, identifique a demanda.
Quando paramos para pensar que mais de
70% da população não possui nenhum produto de
proteção pessoal, fica claro que é preciso aumentar a
oferta e o acesso dos brasileiros aos produtos de
seguros, seja saúde, vida, previdência privada.
Esse é o principal desafio dos agentes do
mercado (seguradoras, operadoras, corretores de
seguros, assessorias, consultorias, administradoras
de benefícios). E como fazê-lo? Por que não iniciar
pelo básico, oferecendo um produto de tíquete mais
baixo? Com uma jornada do cliente simplificada?
Existe a possibilidade de oferecer seguros mais
simplificados, que permitam a contratação rápida,
por meio digital. Além disso, é possível melhorar os
processos para facilitar a jornada dos clientes.
Naturalmente, isso vai contribuir para massificação
do seguro na sociedade.
A pandemia acelerou muito o processo de
digitalização tanto de corretores de seguros como de
seguradoras, mas há muito o que ser feito para
ofertar seguros personalizados e meio de distribuição
on-line, menos burocráticos.
É claro que a venda consultiva, mais complexa,
de valores elevados, sempre vai ter espaço. Corretores
de seguros especializados nesse tipo de venda
sempre vão encontrar espaço para crescerem, pois
existe ainda um grande universo de clientes que
demandam produtos desta linha.
Entretanto, para alcançar a massificação, com
certeza temos que melhorar a distribuição, focando
no digital, com produtos simplificados e, assim,
democratizar o seguro, conseguindo proteger a
maioria dos brasileiros. Este deve ser o nosso grande
desafio.
Temos que agir, o
momento é agora, o dia
é hoje, vamos buscar
aumentar a proteção da
sociedade.
João Paulo Moreira de Mello
é presidente do CSP-MG e sócio-diretor do Grupo BBT
A informação e diversificação dos produtos devem aproximar
e ampliar o público ampliando a sua percepção sobre a importância
do seguro e da sua capacidade de proteção.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
ENS:
há 50 anos
formando os
corretores
de seguros
inovadores
“Sempre tivemos a preocupação
de formar perfis empreendedores.”
Maria Helena Monteiro
Há 50 anos, os mercados segurador e da
corretagem de seguros tiveram a coragem
de fundar a Escola de Negócios e Seguros
(ENS). Ao longo desse tempo, a ENS capacitou
milhares de profissionais para a indústria brasileira
de seguros, por meio de programas educacionais de
excelência e inovadores. Assim, adquiriu credibilidade
e se consolidou como a mais respeitada instituição
de ensino voltada para a qualificação profissional
em seguros e áreas afins.
Desde o início, a Escola teve como uma de
suas principais atribuições a habilitação técnicoacadêmica
dos corretores de seguros, missão
cumprida com rara e exemplar competência. Em
cinco décadas, foram mais de 100 mil corretores de
seguros formados.
No início de 2021, uma nova entidade foi
autorizada a habilitar corretores de seguros no
Brasil. A concorrência é salutar e faz parte do jogo de
mercado. Novos entrantes sempre serão bemvindos,
desde que respeitem a história das empresas
e entidades que ajudaram a construir a solidez e a
reputação do mercado nacional de seguros, um
setor forte e moderno, à altura dos players internacionais.
Essa nova entidade que atua na habilitação de
corretores baseia sua comunicação no fato de que
veio para trazer inovação ao mercado, mas, na
verdade, sabemos que é a ENS que vem inovando há
50 anos!
A pandemia demonstrou isso de forma clara,
quando fomos capazes de construir a primeira e
única Sala do Futuro da América Latina, na nossa
representação em São Paulo (SP). Além disso,
firmamos parcerias inéditas com instituições de
renome de Portugal, Inglaterra e Israel, para realização
de treinamentos internacionais sobre Inovação,
ratificando nossa posição de vanguarda.
Também em meio à pandemia, migramos
todos os nossos cursos para o modo remoto, sem
sequer uma hora de aula perdida, e com avaliações
monitoradas por Inteligência Artificial, mantendo a
máxima integridade do sistema de provas. Foi
disponibilizado também material didático totalmente
desenvolvido para o ensino a distância, com
inúmeros recursos de aprendizagem e fixação de
conceitos.
Para o curso de Habilitação de Corretores de
Seguros (CHCS), não trabalhamos com material
didático pronto. Todos os anos, a ENS investe muito
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
na criação de novos materiais e na atualização dos
existentes, para que os alunos tenham sempre
acesso à informação relevante e de qualidade para
o exercício da profissão – nosso material
didático é completo e de fácil entendimento.
Não raro, nossas apostilas são
impressas e viram “bíblias”, acompanhando
nossos alunos carreira afora.
Somente em 2021, o CHCS somou
mais de 11 mil horas-aula on-line ao vivo,
ministradas por um corpo docente
composto por mais de 1.000 professores,
de todo o ecossistema do mercado:
seguradoras, resseguradoras, corretores,
escritórios de advocacia especializados,
prestadoras de serviços, entre outras.
Sempre tivemos a preocupação de
formar perfis empreendedores. Para
isso, além das disciplinas de empreendedorismo
durante o curso, promovemos
as Oficinas dos Corretores de Seguros e as
Feiras de Empreendedorismo, que buscam
facilitar o início de carreiras autônomas e exitosas.
Nesses eventos sempre contamos com o apoio das
grandes seguradoras, das grandes corretoras de
seguros, das prestadoras de serviços e, mais recentemente,
das insurtechs e demais empresas que
militam no vasto universo da inovação, hoje fundamental
para os corretores que iniciam carreira.
Para atender a um consumidor cada vez mais
exigente e bem-informado, o corretor de seguros
vem, ao longo dos anos, aprimorando a sua abordagem
ao cliente e passando a adotar uma postura
voltada para a venda consultiva. Então, além do
conhecimento técnico de excelência que a ENS
transmite, passamos a moldar o perfil dos nossos
alunos para atender a essa nova realidade, transformando-os
em verdadeiros consultores de gestão de
riscos com conhecimento em vários segmentos.
Uma prova disso é que, em 2019, lançamos o curso
para formação de AAIs (Agentes Autônomos de
Investimentos), que abriu ainda mais o leque de
atuação do corretor.
Vale ressaltar que a profissão de corretor de seguros
é uma das mais inclusivas que existem. Antes
da pandemia, com a predominância dos cursos
presenciais, a ENS conseguia atender no máximo 60
municípios em todo o Brasil. Depois que o programa
passou a ser ministrado de forma totalmente online,
passamos a atender mais de 1.000 municípios,
com alunos espalhados por todo o País.
A participação das mulheres no curso também
merece ser destacada. Desde 2001, elas são maioria
no setor de seguros e é cada vez maior o número de
alunas nessa profissão que possibilita bastante
flexibilidade de horário. Por conta disso, dentro da
sua filosofia de entender cada vez melhor o segmento
em que opera, a ENS conduzirá, em 2022, o 4º
Estudo das Mulheres no Mercado de Seguros. Esses
trabalhos têm demonstrado como a presença
feminina tem evoluído não só numericamente, mas,
também, entre os cargos de gestão.
Os mais de 100 mil corretores de seguros
formados pela ENS são a prova viva de que a tradição
e a inovação convivem com estilo para produzir
profissionais completos.
Assim seguiremos, sempre
buscando inovar em todos
os programas educacionais
que disponibilizarmos ao
mercado e, em especial,
nos programas de
formação de corretores de
seguros.
Maria Helena Monteiro é diretora de Ensino Técnico
da Escola de Negócios e Seguros (ENS)
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Artigo
Inovar e
empreender com
inteligência
em vendas
“O empreendedorismo é
como a força motriz que move
o processo de inovação por
meio dos esforços de
indivíduos entusiasmados,
equipes engajadas e redes
focadas.”
Maurício Tadeu Barros Morais
Ésempre um grande desafio o exercício das
reflexões que nos levem a predições para o
futuro do mercado de seguros, de previdência
complementar privada e de saúde suplementar,
considerando os inúmeros indicadores de tendências
nos campos econômico, social, tecnológico e
político-regulatório para planejamento dos empreendimentos.
São muitas as variáveis que nos permitem
desenhar cenários e criar expectativas – positivas
ou não – sobre o desempenho futuro do setor,
especialmente sob a ótica do consumo e da distribuição
com impactos significativos em toda a cadeia
produtiva do mercado.
Nesse sentido e também das perspectivas
gerenciais, destaco como fatores essenciais ao
atendimento das necessidades de adaptabilidade
empresarial e profissional, palavra de senso comum
no meio de especialistas frente a qualquer cenário
futuro, uma rápida reflexão sobre a inovação, o
empreendedorismo e a inteligência em vendas,
tendo como objetivo apoiar a construção da melhoria
dos processos de gestão e planejamento dos
negócios, levando-se em conta esse recorte de dicas
para que os leitores sejam provocados a repensar os
seus modelos.
A inovação é importante porque a sua necessidade
é percebida e evidenciada desde a declaração
da missão empresarial e em tudo que compõe a
estratégia da organização junto a clientes/acionistas/parceiros/fornecedores
e, também, sobre os
negócios e o seu futuro, fazendo uma grande
diferença em empresas de todos os tipos e tamanhos.
Está fortemente associada à questão da
sobrevivência empresarial, ao crescimento e a novas
ideias, gerando vantagens competitivas.
A capacidade de enxergar novas oportunidades
e de criar novas formas de explorá-las é fator indispensável
ao processo de inovação, podendo assumir
diferentes formas na direção de produtos/serviços
(mudanças nas ofertas); processos (mudanças nas
formas criadas e disponibilizadas); posição (mudanças
no contexto em que produtos/serviços são introduzidos);
e paradigma (mudanças nos modelos mentais
que orientam o que a organização realiza).
Por isso, é fundamental: (1) identificar ou criar
oportunidades; (2) novas maneiras de atender
mercados já existentes; (3) fomentar novos mercados;
(4) repensar os serviços; (5) atender necessidades
sociais; e (6) melhorar operações: fazer melhor o
que fazemos.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Artigo
O empreendedorismo é como a
força motriz que move o processo de
inovação por meio dos esforços de
indivíduos entusiasmados, equipes
engajadas e redes focadas. Uma
mistura potente de visão, paixão,
energia, entusiasmo, insight, bom
senso e esforço, que permite que
ideias se transfo rmem em
realidade.
A estrutura de análise para a
inovação e o empreendedorismo
precisa seguir uma sequência de
atividades, tal como um processo
planejado. O primeiro passo é
reconhecer a oportunidade
(gatilhos tecnológicos, ou de mercado, ou da concorrência,
ou mesmo regulatórios, por exemplo). O
segundo passo é encontrar recursos (necessidade de
se comprometer com alguns recursos para dar início
ao processo de inovação; escolha das estratégias e
verificação de competências para desenvolvê-las). O
terceiro passo é desenvolver a ideia (potencializar
em algum tipo de realidade; investimento em
pesquisa e pessoas). E, finalmente, capturar valor
(gerenciar o processo; maximizar resultados; e
monitorar a aprendizagem).
Tradicionalmente o mercado de seguros é
caracterizado por um “mercado de ofertas”, essencialmente
ainda dependente de ações de vendas dos
produtos criados pelos fornecedores e distribuídos
para consumidores por meio de intermediação de
profissionais legalmente constituídos. Assim, é
fundamental que a inteligência em vendas se alie à
inovação e ao empreendedorismo para proporcionar
a esses profissionais um ferramental de maior
chance de alto desempenho e aceleração de resultados.
A tecnologia e a psicologia devem estar juntas
para gerar ainda mais criatividade, engenhosidade e
capacidade na exploração de relacionamentos e
melhoria das experiências com clientes.
É imperativo trabalhar a gestão comportamental
no contexto da inteligência em vendas, que se
divide em quatro dimensões: (a) a INTELIGÊNCIA
INATA, aquela que faz parte do seu DNA e não muda;
você é tão inteligente quanto sempre foi e será; o seu
talento; (b) a INTELIGÊNCIA ADQUIRIDA, aquela não
estática, cultivada com escolaridade, treinamento,
leitura e outras formas de aprendizado. Encontrada
em pessoas com sede de conhecimento, que
estudam os movimentos da concorrência, que
praticam o exercício da experiência e promovem o
autodesenvolvimento; (c) a INTELIGÊNCIA TECNO-
LÓGICA, relacionada à capacidade de compreender e
de interpretar dados, de trabalhar eficazmente com
IA (Inteligência Artificial) e de movimentar-se
rapidamente em relação às oportunidades, muito
além somente de suas competências de relacionamento.
Pessoas que têm coragem para experimentar,
aprender e estão abertas à inovação. Buscam
competências especiais em atividades estratégias de
alto valor e automatizam tarefas de baixo valor.
Adotam posicionamento de usuários nas novas
tecnologias, adaptam-se à automação e agilizam o
próprio desempenho integrando as tecnologias no
dia a dia de suas atividades; e (d) INTELIGÊNCIA
EMOCIONAL, capacidade de perceber, de interpretar
corretamente e de gerenciar com eficácia as próprias
emoções e de influenciar as emoções alheias. Essa
percepção amplia o impacto das três dimensões
anteriores, pois permite relacionar-se com os outros
seres humanos, respondendo às suas demandas,
influenciando-os e persuadindo-os em vendas ou
qualquer outra disciplina a que se dediquem.
Desta forma, permito-me questionar:
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Ÿ
Como anda a inovação em seu empreendimento?
Você cumpre a sua função social para a
qual foi designado (a)?
O seu time apresenta novas ideias sobre
oportunidades, estratégias e processos?
Como você tem educado seus clientes
atuais e potenciais?
De que forma você gerencia a sua inteligência
em vendas (e de seu time) nas
quatro dimensões?
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
A inovação não implica necessariamente a
comercialização exclusiva de grandes avanços
tecnológicos, mas também inclui a utilização de
mudanças em pequena escala no saber tecnológico.
Seja qual for a natureza da mudança, o fundamental
é como realizá-la e como gerenciá-la.
Finalizo compartilhando recente base de
pesquisa científica que desenvolvi no campo acadêmico,
proximamente a ser publicada nos anais do
mercado, com foco nas possíveis mudanças de
comercialização a partir da percepção de consumidores,
gestores de empresas inovadoras e instituições
de mercado.
As descobertas do trabalho revelam sinteticamente
que o setor de seguros atravessa um momento
de transição tecnológica que impacta as relações
entre consumidores e distribuidores.
Ainda que o mercado seja considerado
conservador, as mudanças tecnológicas trazem novas
e positivas experiências para consumidores, demonstrando
avanços para aquisições de produtos via
empresas inovadoras e tendência de compras online,
com ofertas mais amplas e processos simplificados,
gerando influência social positiva também em
outros consumidores, especialmente os mais jovens.
Hábitos de distribuição e consumo são
percebidos na direção do mercado digital, produtos
mais simples, e para o mercado de corretores para
produtos mais complexos.
As empresas inovadoras trazem riscos de
desintermediação e exigências de reposicionamento
estratégico de corretores neste cenário de transformação
tecnológica com atuação mais digital, consultiva
e proposta de serviços de relacionamento.
As novas exigências e realidades tecnológicas
mudam o modelo de negócios com base em reposicionamento
do mercado, geração de novas oportunidades
e comportamento digital. As principais
barreiras identificadas da inovação para o mercado
são a falta de cultura e desconhecimento do consumidor,
que pode ser superada com educação
securitária.
Continuarei ajudando pessoas e
empresas a remodelarem seus
negócios e seus comportamentos
para se reposicionarem nesse
mercado cada vez mais inovador,
desafiador, competitivo e
transformador. Planeje e se
posicione, pois como nos ensina
Gandhi, “o futuro dependerá
daquilo que fazemos no presente”!
Maurício Tadeu Barros Morais é consultor, professor,
CEO da Ways Gestão Empresarial e diretor do CSP-MG
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
67

Artigo
Os desafios das
insurtechs:
aliadas ou
concorrentes
dos corretores?
O seguro é um serviço
orientado para as pessoas.
Assim, a ascensão das
seguradoras movidas a
tecnologia não significa
necessariamente a morte do
corretor de seguros.
Samy Hazan
Insurtech pode parecer apenas um chavão nos
dias de hoje, mas na verdade é uma parte
importante do novo ecossistema de seguros.
O que é exatamente insurtech? É a tecnologia
que está por trás da criação, distribuição e administração
dos negócios de seguros. Aplicativos de
smartphone, internet das coisas, plataformas de
APIs, soluções inteligentes para processamento de
sinistros, tratamento e vendas de apólices on-line,
ofertas personalizadas e processamento automatizado
são alguns exemplos de insurtechs.
A indústria de seguros está no início de um
renascimento tecnológico liderado, em grande parte,
pela geração dos milênios e compradores mais
jovens. Esses consumidores valorizam os processos
de compra digital e simplificados e são particularmente
abertos às startups recém-chegadas ao setor.
E há muitos novatos. Além das corretoras de seguros
digitais que fazem uso intensivo de dados, mais de 32
novas seguradoras voltadas para a tecnologia
entraram no mercado nos últimos dois anos por
meio de um ambiente experimental regulamentado
(SandBox Regulatório) pela Superintendência de
Seguros Privados (Susep). Apesar de ainda estarem
num estágio muito inicial, as insurtechs poderão
exercer, pouco a pouco, uma força transformadora
do mercado de seguros.
A pergunta de 1 milhão de dólares: o que isso
significa para os corretores de seguros tradicionais?
Os corretores ficarão obsoletos nos próximos cinco
anos e perderão a relevância de hoje como principal
canal de vendas de seguros? Vamos analisar os fatos
e dados para responder essa importante questão. De
qualquer forma, é imperativo que os corretores de
seguros estejam prontos para as mudanças provocadas
pela inovação em geral e para atender uma
sociedade cada vez mais conectada e digitalizada.
FATOS E DADOS
Ao redor do mundo, as vendas de seguros
continuam sendo dominadas por intermediários
humanos (vendas on-line e sem nenhum tipo de
interface humana correspondem a 6% das vendas
totais de seguros no mundo segundo a consultoria
McKinsey).
Em mercados de seguros maduros como EUA e
Europa, a venda direta on-line, sem interface
humana, não aumentou durante a pandemia
(McKinsey).
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Artigo
Os corretores atuam como um representante
de longo prazo para o consumidor ao longo do ciclo
de vida da apólice no que diz respeito a quaisquer
alterações, ocorrências e sinistros.
Os corretores têm a capacidade de compreender
a totalidade das necessidades de
seguro de um cliente, incluindo Vida,
Automóvel e Responsabilidade Civil,
levando em consideração a situação
de vida particular de cada indivíduo.
Independentemente de para onde a
tecnologia caminha, é importante
lembrar que os consumidores não
querem que os humanos sejam
inteiramente substituídos por
máquinas e robôs inteligentes.
O seguro é um serviço orientado
para as pessoas. Assim,
a ascensão das seguradoras
movidas a tecnologia não
significa necessariamente
a morte do corretor de seguros.
O FUTURO SERÁ COLABORATIVO E HÍBRIDO
Para o futuro da indústria de seguros, o grande
valor está em combinar os melhores aspectos das
empresas tradicionais (corretoras e seguradoras) e
empresas movidas a tecnologia (insurtechs). Os
corretores devem repensar sua relação com a
tecnologia e aproveitá-la para fazer seu trabalho
melhor, ao mesmo tempo que se mantêm focados
nos elementos mais humanos do seguro – transmitindo
o know-how da indústria e seus vínculos com
sua carteira de clientes para oferecer mais valor
agregado e um serviço cada vez melhor.
De fato, as insurtechs mais notáveis no Brasil e
no mundo já estão considerando parcerias com
corretores de seguros para um maior crescimento e
ganho de escala. O canal corretor continua crescendo
e é grande demais para ser ignorado, e do ponto
de vista econômico, é um custo variável para a
insurtech e não custo fixo, o que muitas vezes pode
gerar um custo de aquisição menor em relação ao
custo de aquisição da venda direta.
Certamente existe um meio-termo entre os
atores de seguros tradicionais e as insurtechs, ávidas
por disrupção. Nessa discussão, o “modelo vencedor”
virá por meio de parcerias, colaboração,
aquisições e replicação. Não importa qual seja a
abordagem, provavelmente haverá alguma combina-
ção dessas abordagens, e o modelo vencedor surgirá
por meio dessas várias combinações.
Vamos lembrar que a missão do seguro
continua sendo a de repor as perdas econômicofinanceiras
de pessoas e empresas, ou seja, podem
não ser circunstâncias triviais da vida, portanto, é
importante que um elemento do toque humano faça
parte da equação.
A tecnologia certamente pode
ajudar a tornar a jornada do
cliente mais tranquila e suave,
mas tudo indica que os
corretores que abraçarem as
mudanças tecnológicas e
entenderem seu papel na
nova economia certamente
seguirão relevantes em seus
mercados de atuação.
Samy Hazan é consultor internacional em inovação
aberta e transformação digital, professor e líder
da Vertical Insurtech da SOSA Global Open Innovation Hub
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Homenagem
João Paulo Moreira de Mello:
Medalha do Mérito Segurador,
concedida pelo SindSeg MG/GO/MT/DF
“Estou muito emocionado, feliz e grato ao
SindSeg e sua diretoria por este
reconhecimento que coroa uma importante
fase profissional da minha vida.”
O presidente do Clube de Seguros de
Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), João
Paulo Moreira de Mello, foi agraciado
com a Medalha do Mérito Segurador,
maior honraria conferida pelo SindSeg
MG/GO/MT/DF (Sindicato das Seguradoras).
A homenagem aconteceu no dia 15 de dezembro
de 2021, em Belo Horizonte. Em sua nona
edição, a iniciativa reconhece as personalidades do
mercado e da sociedade que atuam em prol do
fortalecimento do setor. “É com muita alegria que
estamos aqui hoje entre amigos após um longo
período de distanciamento social”, disse o presidente
do SindSeg MG/GO/MT/DF, Marco Neves.
João Paulo Mello é corretor, consultor, empresário,
professor e atua há 42 anos no mercado.
“Estou muito emocionado, feliz e grato ao SindSeg e
sua diretoria por este reconhecimento que coroa
uma importante fase profissional da minha vida.
Agradeço a Deus pela saúde e disposição, aos meus
pais pela formação, à minha esposa Nayara, sempre
presente, e a todos que trabalharam e trabalham
comigo por engrandecerem minha trajetória profissional”,
discursou.
Além da sua vasta trajetória e contribuição ao
setor, Mello foi lembrado pelo envolvimento nos
programas “Seguro na Escola” e “Seguro na Universidade”.
Ambos são desenvolvidos pelo Sindicato para
difundir a cultura do seguro junto às crianças e aos
jovens por meio de oficinas e palestras.
Durante sua atuação na Comissão de Relações
com o Mercado do Sindicato, Mello foi um dos
idealizadores do “Seguro na Escola” e hoje é palestrante
do “Seguro na Universidade”.
O SindSeg homenageou ainda Samuel Lichter,
primeiro corretor a integrar o Clube da Bolinha, em
1976. Fundador da Lichter Seguros, ele presidiu o
Sosai/MG por seis mandatos.
O ativista social e presidente da Central Única
das Favelas (Cufa) Minas, Francislei Santos, também
recebeu a honraria. À frente da ONG há seis anos, ele
idealizou uma campanha de doação de alimentos
para minimizar as dificuldades vivenciadas pelos
moradores de comunidades mineiras durante a
pandemia.
A iniciativa foi apoiada pelo Sindicato, responsável
por mobilizar outras entidades do setor de
seguros (CSP-MG, Sincor-MG, Sosai, Clubcor-MG e
Clube da Bolinha) para abraçar a causa.
Os homenageados agradeceram ao Sindicato
na pessoa do presidente Marco Neves e participaram
do coquetel de confraternização, que contou com a
presença de personalidades do mercado de seguros
do Estado.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Homenagem
José Osvaldo
de Miranda, Troféu
de Mérito Profissional
concedido pelo CSP-MG
Miranda integra o Conselho Empresarial de
Seguros da Associação Empresarial e Comercial de
Minas (ACMinas), desde sua implantação, sempre
participativo e atendo às discussões das principais
pautas do setor.
Em 2021, o Clube de Seguros de Pessoas de
Minas Gerais (CSP-MG) homenageou, com o troféu
Mérito Profissional, um dos sócios-fundadores da
entidade, Dr. José Osvaldo de Miranda. Como é mais
conhecido, Miranda é advogado de formação desde
1969 e tem atuação relevante no mercado de
seguros.
Exerceu cargos de liderança em importantes
empresas como a Companhia Internacional de
Seguros (CIS), onde ingressou em janeiro de 1968.
Essa seguradora foi historicamente reconhecida
como uma das principais formadoras de mão de obra
do mercado. Depois, Miranda foi para a Generali
Brasil Seguros, onde ocupou o cargo de diretorexecutivo
estatutário até aposentar-se. Logo após,
abriu o escritório de advocacia e realiza consultorias
na área de seguros para empresas e instituições.
É notável a contribuição do advogado José
Osvaldo nas entidades do setor. Há mais de 30 anos,
colabora com o SindSeg MG/GO/MT/DF, contribuindo
para o avanço do mercado. Atualmente, é
membro da Comissão Especial de Assuntos Jurídicos
e Fiscais, já tendo ocupado vários cargos no Sindicato,
incluindo a vice-presidência da entidade, sob a
presidência de Dr. Alberto Oswaldo Continentino de
Araújo. Foi também presidente da Comissão Intersindical
de Ética do SindSeg e Sincor-MG. Como professor,
participou do primeiro curso de formação de
corretores de seguros, no interior de Minas Gerais.
PARTICIPAÇÃO NA FUNDAÇÃO DO CSP-MG
O homenageado participou ativamente do movimento
de fundação do Clube de Seguros de Pessoas de
Minas Gerais (CSP-MG). Ele ocupa, desde 2018, a
presidência do Conselho Consultivo da instituição.
“O CSP-MG veio corrigir uma lacuna deixada
pelo antigo CVG-MG que, por motivos logísticos,
deixou de existir no passado. Convidado à época pelo
presidente João Paulo, fiz parte dos estudos preliminares
para fundação do Clube, onde estou até hoje. É
com satisfação que vejo o êxito total da entidade,
graças à competência da diretoria que, diuturnamente,
não mede esforços para o cumprimento, na
íntegra, dos objetivos firmados”, ressaltou Miranda
em depoimento à Revista Especial editada em
comemoração aos 10 anos do Clube.
Para o dirigente do CSP-MG, João Paulo
Moreira de Mello, “é um privilégio estar na presidência
da entidade neste momento em que homenageamos
o Dr. Miranda. Ele é um dos ícones do nosso
mercado, incentivando o desenvolvimento do setor
de seguros nas instituições nas quais atuou. No Clube
não é diferente, sempre está lado a lado conosco. É
um orgulho prestar essa homenagem a ele”.
A comenda do Mérito Profissional é um
reconhecimento ao trabalho de personalidades do
setor “pela competência, dedicação, profissionalismo
e relevância ao mercado de seguros”. Tradicionalmente,
é entregue na confraternização de fim de ano
da entidade. Em virtude da pandemia de Covid-19,
em 2021 o CSP-MG optou por não realizar o evento
presencial. O homenageado recebeu o troféu em seu
escritório.
Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022
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Reconhecimentos aos
presidentes da
FenaPrevi e FenaSaúde
Homenagem
Jorge Pohlmann Nasser
João Alceu Amoroso Lima
Dois importantes líderes do mercado segurador
nacional foram homenageados pelo CSP-MG.
Jorge Pohlmann Nasser, presidente da FenaPrevi, e
João Alceu Amoroso Lima, presidente da FenaSaúde,
receberam troféus “pelos relevantes serviços prestados,
com competência e dedicação, em favor do
desenvolvimento do mercado de seguros”. Ambos
encerram a gestão à frente das instituições em
fevereiro de 2022.
Os executivos prestigiaram ativamente dois
dos maiores eventos organizados pelo Clube,
envolvendo o mercado mineiro. Trata-se do Encontro
do CSP-MG, hoje em sua oitava edição, e o
Seminário sobre Saúde Suplementar, na sexta
edição.
Jorge Nasser e João Alceu estiveram presencialmente
em Belo Horizonte, em 2019. Os executivos
palestraram para um público de 250 pessoas que
compareceram em cada um dos encontros. Em 2020
e 2021, em virtude da pandemia da Covid-19, os
eventos migraram para o meio remoto, mesmo
assim os presidentes da FenaPrevi e da FenaSaúde
fizeram questão de participar. Houve bastante
interação com o público de várias partes do Brasil e
até de outros países.
“Os executivos contribuíram de maneira
significativa para o crescimento dos setores de Vida,
Saúde e Previdência Privada, enquanto dirigentes
das entidades. Ressalto também o importante apoio
ao CSP-MG”, destaca o presidente do CSP-MG, João
Paulo Moreira de Mello.
“Nos eventos liderados pelo Nasser e João
Alceu, ambos fizeram uma síntese do cenário de
cada setor e indicaram as tendências, dando uma visão
ampla e privilegiada aos participantes”, salienta
o diretor do CSP-MG, Maurício Tadeu Barros Morais,
que atuou como mediador nos seis encontros.
“Só temos a agradecer a generosidade de
ambos e o carinho com o qual compartilharam seu
vasto conhecimento conosco. A homenagem que o
CSP-MG presta é um reconhecimento por tudo que
eles têm feito e continuarão a fazer pelos setores
que representam. Nasser e João Alceu saem da
presidência das federações deixando um legado de
grandes realizações ao mercado”, finaliza o presidente
do CSP-MG, João Paulo Moreira de Mello.
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Homenagem
Beneméritas
SulAmérica e Icatu Seguros,
pelo aniversário de atuação no mercado
O Clube também prestou homenagens às
beneméritas SulAmérica e Icatu Seguros.
A SulAmérica completou 125 anos, em 2020.
Na ocasião, a diretoria do Clube encaminhou ofício à
presidência da companhia felicitando-a e ressaltando
que a história da empresa se confunde com o
mercado brasileiro de seguros. “Empresa emblemática,
que já se reinventou várias vezes, sempre se
mantendo entre as mais relevantes seguradoras na
preferência do consumidor. Desejamos que nossa
parceria seja profícua e contribua ainda mais para o
desenvolvimento do segmento de Seguros de
Pessoas no Estado e no País”, dizia o texto.
A Icatu também recebeu ofício de felicitações
pelas três décadas de mercado, completados em
2021. “A companhia é destaque no setor ao propor
ações ágeis e inéditas visando democratizar o acesso
de milhões de brasileiros aos produtos de proteção
financeira. É uma honra para o CSP-MG contar com a
parceria dessa renomada seguradora, sempre
colaborativa e participativa nas atividades do Clube”,
ressaltava o ofício.
Em virtude da pandemia de Covid-19, não
houve possibilidade de entregar os troféus de homenagens
pessoalmente, o que foi feito posteriormente
no fim de 2021.
O head comercial Sérgio Ricardo de Souza
Júnior e o superintendente comercial em Minas
Gerais, Giuliano Alves Baeta, receberam a placa em
nome da SulAmérica. Já pela Icatu Seguros, quem
recebeu o troféu foi o diretor regional, Sergio Prates.
“O CSP-MG orgulha-se de contar com o apoio
de empresas como a SulAmérica e a Icatu, que são
reconhecidamente companhias das mais relevantes
do mercado brasileiro e que estão sempre na
vanguarda dos Seguros de Pessoas. A parceria só
fortalece as ações da entidade”, elogiou o presidente
do Clube, João Paulo Moreira de Mello.
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Retrospectiva
Fatos que
marcaram a atuação
do CSP-MG
Os dois últimos anos foram marcados por diversas mudanças
no setor de seguros. Em função da pandemia de Covid-19, o
CSP-MG, assim como diversas empresas e instituições do mercado,
teve que se reinventar, reposicionar as estratégias de atuação
para superar os desafios que se impuseram pela maior crise
sanitária da história.
A transformação digital e os novos canais de interação com
o público vieram para ficar. “Conseguimos migrar praticamente
todas as nossas ações para o meio remoto, mantendo e até
ampliando nosso atendimento e o networking com nossas
parceiras, as beneméritas, e os demais agentes do mercado, como
os corretores de seguros e mais profissionais do setor”, frisa o
presidente do CSP-MG, João Paulo Moreira de Mello.

Retrospectiva
Foco nos
eventos on-line
Em 2021, o Clube
promoveu 20 eventos
on-line.
Em parceria com a Escola de Negócios e
Seguros (ENS), foram realizados quatro cursos
de capacitação nas áreas de seguro de vida e
seguros e planos de saúde.
Entre junho e agosto, 13 encontros
reuniram 39 beneméritas entre as principais
seguradoras, corretoras de seguros, operadoras
de saúde, administradoras de benefícios,
assessorias, consultorias e instituições do
mercado. Quase 30 horas de transmissão online,
envolvendo 50 expositores e cerca de
duas mil participações de espectadores: esse
foi o saldo da maratona 2021 de Workshops
Conhecer para Proteger.
Outros destaques do ano foram o 8º
Encontro do CSP-MG, com a participação do
presidente da FenaPrevi, Jorge Nasser; e o 6º
Seminário sobre Saúde Suplementar, com a
presença do presidente da FenaSaúde, João
Alceu Amoroso Lima.
Além disso, em parceria com a Associação
das Agências, Assessorias e Consultorias de
Seguros do Estado de Minas Gerais (Aconseg-
MG), o Clube realizou um seminário para
debater o papel das assessorias no desenvolvimento
dos corretores no segmento de Seguros
de Pessoas.
Em reunião no dia 9 de dezembro, a diretoria
executiva encerrou os trabalhos do ano com uma
reunião de avaliação das ações de 2021, já dando início
ao planejamento das atividades para 2022.
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Revista do CSP-MG
Ano 7 – Número 7 - Janeiro de 2022

Parcerias de sucesso
Retrospectiva
Mesmo em um ano de intensas mudanças no
mercado, com aquisições, fusões e reestruturação de
companhias, o CSP-MG conquistou, em 2021, a
adesão de mais quatro beneméritas mantenedoras.
São elas: Abdalla e Landulfo Advogados, seguradora
Sabemi, Grupo GNDI e Azos.
Além disso, a entidade manteve as parcerias
vigentes. Esse foi o caso do Sistema Hapvida, que
adquiriu as operadoras mineiras SAUDE Sistema e
Promed Assistência Médica. “Para nossa satisfação, o
grupo permanece apoiando o CSP-MG”, ressalta o
presidente do Clube, João Paulo Moreira de Mello.
O MDS Group, após incorporar a Ben´s Benefícios,
continua atuante como benemérita do Clube. A JKM
Seguros Prime, que passou por mudanças, é outra
empresa que manteve a parceria por considerá-la
fundamental para a disseminação dos seguros de
pessoas e da cultura da proteção na sociedade.
O presidente do Clube agradece a parceria e a
confiança das beneméritas. “A adesão de novas
empresas é motivo de muita satisfação para o
Clube. Na ocasião, conquistamos a parceria de
empresas tradicionais, com atuação destacada no
mercado, que vêm agregar valor, relevância e
experiência à entidade. É também motivo de
orgulho ter em nosso quadro de associadas organizações
que estão passando por profundas reestruturações
e optaram pela permanência no CSP-MG.
Esse apoio é muito significativo para nossa instituição”,
salienta.
Solidariedade que faz a diferença
Em tempos difíceis para a maioria dos brasileiros
atingidos pelos efeitos da pandemia, as entidades
do mercado de seguros no Estado se uniram e
mobilizaram os agentes do setor para ajudar quem
mais precisa.
Mais de 10 toneladas de alimentos arrecadados,
revertidos em 670 cestas básicas. Esse foi o
resultado da campanha “Um abraço em forma de
alimento”, idealizada pelo SindSeg MG/GO/MT/DF,
com o apoio do CSP-
M G , A conseg-MG,
Clube da Bolinha de
Minas Gerais, Clubcor-
M G , S i n c o r - M G e
Sosai, para minimizar
os impactos sociais
trazidos pela pandemia
da Covid-19.
O Clube também participou da “Campanha
Família em Ação”, projeto social idealizado pela
Fenacor e Sincors para ajudar as famílias atingidas
pela pandemia, seja pela morte do provedor, desemprego
ou que sofreram com as sequelas da doença. A
contribuição foi em forma de doações de cestas
básicas.
A iniciativa, parte do movimento “Conexão
Solidariedade”, foi lançada oficialmente no dia 12 de
agosto e ficou em vigor até o dia 17 de setembro,
envolvendo corretores de seguros, executivos e
profissionais do mercado de seguros e seus familiares,
mas também o público em geral.
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Giro pelo mercado
COMEMORAÇÃO NA BAHIA
O CSP-MG participou de live em comemoração aos 62
anos do Clube dos Seguradores da Bahia, realizada no
dia 6 de maio. O presidente João Paulo Moreira de
Mello representou a entidade no encontro virtual.
Um dos destaques foi a palestra do diretor do CQCS,
Gustavo Doria Filho, que falou sobre o tema “A
pandemia como plataforma de aceleração tecnológica
no mercado de seguros”. Após a exposição, o
executivo foi entrevistado por diversas personalidades
do setor, incluindo o presidente do CSP-MG.
Instituição encerra 2021
com nova ação solidária
Solidariedade e empatia. Foram palavras
que moveram o CSP-MG a realizar nova ação
solidária, proporcionando um fim de ano diferente
para famílias em vulnerabilidade social. A
entidade destinou recursos que seriam usados no
tradicional evento de encerramento de 2021 para
adquirir cestas de alimentação, que foram doadas
à Central Única das Favelas (Cufa) de Minas
Gerais.
A distribuição das doações às famílias
ocorreu no dia 18 de dezembro, na Região do
Barreiro, em Belo Horizonte. O presidente do
Clube, João Paulo Moreira de Mello, esteve
presente. “O trabalho social que a Cufa promove
é elogiável. Optamos pela parceria com a entidade,
mais uma vez, por reconhecer sua seriedade e
eficiência. Esta ação foi possível graças ao apoio
das beneméritas mantenedoras do Clube, às
quais agradeço”, afirmou.
“As doações vão ajudar várias famílias que
vivem nas periferias. O Natal será diferente,
graças à generosidade de todos envolvidos nessa
iniciativa. Muito obrigado!”, frisou Anderson
Fabrício, responsável pela ONG no Barreiro.
A diretora da Cufa Minas, Patrícia Alencar,
enfatizou a importância da ação conjunta.
“Estamos muito gratos ao CSP-MG. Esperamos
firmar futuras parcerias, também exitosas,
visando à recuperação econômica e à promoção
do empreendedorismo social. Que possamos
continuar sonhando com dias melhores, levando
a mais pessoas a vontade de fazer a diferença no
nosso País.”
DESTAQUE NA MÍDIA
O presidente João Paulo Mello foi entrevistado pelo
repórter William Anthony da Revista JRS. Ao longo de
três páginas, o dirigente falou sobre as oportunidades
geradas pela transformação digital, mudanças no
comportamento dos consumidores, importância das
parcerias para o fortalecimento do mercado, avanço
das insurtechs e como os corretores de seguros
podem se reinventar frente às mudanças do mercado.
CNSEG COMPLETA 70 ANOS
A diretoria do CSP-MG parabenizou a Confederação
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência
Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização
(CNseg) pelos 70 anos de atuação completados no
dia 25 de junho.
Em carta dirigida à Confederação, o CSP-MG ressalta
que a instituição “é um orgulho para todos os
profissionais que militam nesse mercado estratégico
para o crescimento da economia nacional e a evolução
da sociedade”.
ENS COMEMORA CINQUENTENÁRIO
A diretoria do CSP-MG felicitou a Escola de Negócios
e Seguros (ENS) pelo seu cinquentenário, em 30 de
junho.
“A Escola teve uma participação fundamental na
criação do CSP-MG, tornando-se sócia-honorária do
Clube. Seus dirigentes sempre dispostos a auxiliar nas
ações em prol do desenvolvimento do mercado de
Seguros de Pessoas no Estado e no País”, diz carta
enviada à instituição.
MARATONA INOVAÇÃO EM SEGUROS
O CSP-MG participou da Maratona da Inovação em
Seguros, iniciativa do Portal JRS, que reuniu uma série
de conteúdos especiais sobre o universo do seguro,
tecnologia, dados, entre outros.
A entidade integrou o painel “Tendências em Benefícios
no Brasil” que teve a participação do presidente
João Paulo Moreira de Mello, dirigentes do ISB Brasil,
CSPs e CVGs de outros Estados.
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