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A Casa da Vovó - Marcelo Godoy

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1 O DOI emprestou o termo da esquerda. Ver AEL-Unicamp, Anexo BNM

5.421, referente ao processo BNM 102.

2 Agente Alemão, entrevista em 17 de maio de 2005. Os dados que descrevem a

ação na Mooca foram fornecidos pelo agente Alemão, pela tenente da PM

Neuza, pelo soldado da PM Sinício e pelo agente Chico. Tratam-se dos

codinomes que usavam na época e a forma como pediram para serem

identificados. Também foram ouvidos três oficiais da reserva do Exército – dois

deles participaram da ação e outro não. Eram os então sargentos João de Sá

Cavalcanti Netto e Silvio Giglioli e o cabo Melancia, o agente Jonas. Tomados em

datas e locais diferentes, os depoimentos desmentem a única versão apresentada

pelos militares, a do livro Rompendo o Silêncio, do chefe do DOI do 2º Exército, o

então major Carlos Alberto Brilhante Ustra. Há uma única discordância entre

elas. Segundo o tenente João de Sá Cavalcanti Netto, responsável pelo controle de

Jota, o estudante já era informante na época da emboscada sem que outros no

DOI soubessem disso. Em depoimento à Comissão Nacional da Verdade, em

2013, Jota negou. Disse que se tornou informante depois. Três militantes da ALN

e um do MRT também foram entrevistados. As informações dos agentes foram

ainda confrontadas com livros, documentos e depoimentos a outros autores.

3 Entrevista com a tenente Neuza. Ela acompanhou Ney no Dops. Não se tratava

propriamente de um curso, mas de uma espécie de estágio com muita prática.

Neuza lembra-se de ter participado, nessa época, de uma paquera cujo paciente

(alvo) era o marinheiro José Raimundo da Costa, o Moisés, da direção da

Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Sobre o nome Montenegro para

Anselmo, entrevista de Dirceu Gravina, com o autor. Sobre o apelido de Doutor

Kimble, ver SOUZA, Percival de. Autópsia do Medo, p. 407. A infiltração de

Anselmo foi o tiro de misericórdia na VPR e permitiu a execução de mais de

uma dezena de seus quadros, quase todos dirigentes.

4 Entrevista com Dirceu Gravina, fita 1, lado B, em 16 de maio de 2005. O

estágio de Ney no Dops foi um arranjo local. Para aprender a combater a

guerrilha, o Exército mandou seus homens à Grã-Bretanha, onde acompanharam

como os ingleses enfrentavam o IRA (Ver Folha de S. Paulo, 28 de janeiro de

1979, 1º caderno, p. 6 e 7).

5 Sobre o que ocorria com os detidos pela Investigação, entrevistas dos tenentes

Chico e Neuza e dos policiais civis Alemão e Dirceu Gravina e do agente Marival

Chaves. Ver também a entrevista de Chaves ao repórter Expedito Filho, Veja de

18 de novembro de 1992. Pacientes eram como os agentes do destacamento

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