INFORMAQ - nº 270 - Outubro de 2022 - Ano XXIII
Publicação de ABIMAQ - SINDIMAQ - IPDMAQ
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2 INFORMAQ Ano XXIII • nº 270 • Outubro de 2022
EDITOrIAL › GINO PAULUCCI Jr.
Sócio da Polimáquinas e presidente do Conselho
de Administração da ABIMAQ/SINDIMAQ
RECONSTRUINDO A INDÚSTRIA
OBrasil precisa de taxas de crescimento superiores,
de maiores taxas de investimentos,
de geração de empregos de qualidade, que
garantam maiores rendas e reflitam em melhoria
do bem-estar dos cidadãos. Nesse sentido, o setor
de Máquinas e Equipamento é indiscutivelmente,
um importante catalisador de novas tecnologias
e inovações, fatores que contribuem para uma
maior competitividade das empresas brasileiras
e a geração de empregos e renda.
Essas e outras questões necessárias para o
bom desenvolvimento do nosso setor foram compiladas
em um estudo denominado RECONS-
TRUINDO A INDÚSTRIA, que foi feito com o
principal objetivo de facilitar a compreensão dos
próximos dirigentes do País das nossas necessidades
e possíveis contribuições para o crescimento
da indústria de máquinas e equipamentos
e do Brasil como um todo.
Reduzir fortemente o “Custo Brasil”, além de
manter os preços macroeconômicos favoráveis ao
investimento produtivo, são condições necessárias
para o país registrar crescimento sustentado a taxas
iguais ou maiores ao da média mundial, ampliar
a importância da indústria de transformação no
PIB e sua inserção comércio internacional.
Para tanto será de fundamental importância
avançar na discussão e aprovação de reformas estruturais,
tais como REFORMA TRIBUTÁRIA,
TRABALHISTA E ADMINISTRATIVA. É indispensável
simplificar o atual sistema tributário, reduzindo
os custos administrativos, desonerando
os investimentos produtivos e as exportações,
tornando automática a compensação ou devolução
de créditos tributários, eliminando os impostos
não recuperáveis embutidos nos bens e serviços,
eliminando a tributação de insumos
industriais, extinguindo regimes especiais e isenções
de qualquer espécie, desonerando a folha de
pagamento e aumentando o prazo de recolhimento
de impostos e contribuições.
Desenvolvimento só é possível
com uma indústria forte,
geradora de empregos de
qualidade, de elevada
capacitação técnica e que
demanda serviços sofisticado,
promovendo o necessário
aumento da renda da população.
Nossa proposta é criar um imposto de valor
agregado incidindo sobre todos os bens e serviços,
sem exceções, a exemplo do modelo sugerido
na Proposta de Emenda a Constituição (PEC)
110 de 2019. Precisamos ainda perseguir a construção
de uma infraestrutura moderna, desenvolver
uma indústria de transformação vigorosa,
oferecendo linhas de financiamento atrativas,
apoio a pesquisa e inovação e incentivo ao desenvolvimento
de cadeias produtivas estratégicas,
entre outros fatores.
É sabido que por força de décadas de baixos
níveis de investimento provocados por políticas
públicas equivocadas, a indústria brasileira vem
perdendo importância na formação do produto
nacional e, consequentemente, na geração de empregos
estáveis e de qualidade. Pode-se dizer que
é uma situação vexatória que coloca o Brasil como
um case de economia que ingressou num processo
de desindustrialização precoce, insustentável,
numa nação cuja renda individual anual sequer
havia atingido o patamar necessário para a
absorção de serviços sofisticados.
A reversão dessa situação deve ser a prioridade
absoluta em qualquer programa de governo
para recolocar o país no caminho do desenvolvimento
sustentável, na condição de nação que
precisa, antes de mais nada, gerar emprego para
seus 40 milhões de cidadãos econômica e socialmente
vulneráveis.
E esse desenvolvimento só é possível com
uma indústria forte, geradora de empregos de
qualidade, de elevada capacitação técnica e que
demanda serviços sofisticado, promovendo o necessário
aumento da renda da população.
Dentro do nosso contexto, o que temos de
mais importante neste momento é o diálogo e a
união necessária para um trabalho conjunto de
construirmos um ambiente de negócios e social
favoráveis ao crescimento do Brasil. Essas devem
ser as nossas prioridades.
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